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Apresentação Moz

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
GEOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
TEMA: Cinturão de Lúrio 
Discentes: 
Langa, Isarena Alberto 
Faife, Jepson
Pedro, Pérola Diamantino Avelino
Miambo, Exon Juventino
Docentes:
 Prof.Dra. Fatima Chauque
 Prof. Dr: Daud Jamal Prof. Dr. Estevao Sumburane
Maputo. Julho, 2022
Localizaçao Geografica
Enquadramento Regional
Enquadramento geologico do Cinturão de Lúrio
A geologia do norte de Moçambique pode ser subdividida em: 
Domínio estrutural da Faixa Norte do Empurrão do Lúrio;
A própria Faixa do Empurrão do Lúrio ;
Domínio estrutural sul da Faixa do Empurrão do Lúrio.
Enquadramento geologico do Cinturão de Lúrio
Enquadramento geologico do Cinturão de Lúrio(Cont.)
Simplified geology of the Nampula sub-Province (Courtesy Paul Macey, 2006). 
Cont.
Domínio estrutural a Norte da Faixa do Empurrão do Lúrio.
as rochas mais antigas compõem o complexo ponta Messsuli, na extremidade NW que preserva idades paleoproterozoicas;
Faixa do Empurrão do Lúrio:
É caracterizado por granulitos máficos com direcçao WSW-ENE;
Metassedimentos do Complexo de Montepuez
iii. Domínio estrutural sul da Faixa do Empurrão do Lúrio:
Embasamento cristalino da sub-Província de Nampula;
Klippes de Monapo e Mugeba.
Cont.
Em termos litológico, a Faixa de Empurrão do Lúrio pode ser considerada como uma melange tectónica, que inclui:
 Granulitos 
Gnaisses cisalhado
 Metassedimentos do Complexo de Montepuez
O embasamento cristalino da sub-Província de Nampula sul, a sul da LTB, compreende o Complexo de Nampula e os chamados Klippen de Monapo e Mugeba.
	Ocua Complex Lithostratigraphy			
	Intrusive Orthogneisses 			
	Unit	Compositional range	Mineralogy	Notes
	Syenitic gneiss		K-feldspar-cpx-biotite
- hornblede ₊ ⁄₋ apatite ₊ /₋ Zircon 	Banded on a cm scale due to variotions in k-feldspar and biotite cotentes
	Granitic-Tonalitic gneiss	Tonalite-granite	Quartz-2 felspars-biotite-hornblede ₊ ⁄₋ garnet	Two cler rock types interbanded on a cm-m scale
	Dioritic-amphibolitic gneiss	Gabbro-diorite	Hornblende-plagioclase -biotite-cpx₊ ⁄₋ opx₊ ⁄₋ garnet₊ ⁄₋ titanite₊ ⁄₋ pyrrhotite₊ ⁄₋ chalcopyrite ₊ ⁄₋ chorite	Locally contins sulphide veins
	Ocua Complex Lithostratigraphy
			
	Supracrustal Rocks			
	Unit	Minor litology	Mineralogy 	Notes
	Qurtz-feldpar gneiss, mylonitic	Quartzite	Quartz-2 feldsprs ₊ ⁄₋ biotite ₊ ⁄₋ muscovite ₊ ⁄₋ hornblende₊ ⁄₋ opx ₊ ⁄₋ magnetite
	Traces of mafic mineral suggest na earlier granulitic
	Felsic-intermediate granulitic gneiss	Impure marble	Garnet-cpx-opx-plagioclase-ca-amphibole-quartz-ilmente₊ ⁄₋ biotite	Occurs interlayered with mafic granulite
	Mafic granulite	Charnockite, biotite gneiss	Garnet-cpx-plagioclase-quartz-ilmenite₊ ⁄₋ ca-amphibole₊ ⁄₋ biotite	Unclear whether this unit is para – or orthogneiss (or both)
				
Os granulitos máficos contêm associações minerais de: granada + clinopiroxênio+ plagioclásio + quartzo + magnesiohastingsita
Os porfiroblastos granada com conteúdo de almandina e spessartina, 
Associações mineralógicas
Tectônica e deformação
Tectônica e deformação
De acordo com Jamal (2005), o LB, foi afectado por 4 fases de deformaçao:
Uma deformação anterior (D1) ao longo do cinturão que é representada por segregações félsicas que comumente traçam as dobras D2 /F2;
 O encurtamento contínuo NW-SE, com componente de cisalhamento dextral, levou ao redobramento das isoclinas D2 em torno da F¬3 aberta a dobras subverticais apertadas e à formação de uma clivagem no plano axial S3;
 D3 é interpretado como envolvendo cisalhamento transcorrente sob fácies anfibolito P – T condições
Cont.
principais zonas de alta tensão e um esquema seção transversal norte-sul com os principais elementos crustais. Note-se que o Grupo Mecuburi está dobrado no Complexo de Nampula em torno dos eixos de dobra D3 orientados a noroeste-sudeste, redobrando dobras D2 mais antigas de sudeste-noroeste
História metamórfica
O cinturão do Lúrio apresenta dois estágios de metamorfismo:
1o Estagio: corresponde a profundidades da crusta de 55 km.
 O Zircão rendeu uma idade U-Pb de 557 ± 16 Ma, inferida para datar a cristalização do zircão durante o pico ou imediatamente após o metamorfismo com a formação de plagioclásio, contendo ortopiroxênio ao redor da granada indica uma descompressão quase isotérmica dos granulitos de alta pressão para condições de fácies de granulito de baixa pressão.
2o Estagio: Corresponde o desenvolvimento de plagioclásio + anfibólio envolvendo os mesmos porfiroblastos de granada mostrado resfriamento subsequente em condições de fácies anfibolito.
O metamorfismo de fácies de granulito de alta pressão do Cinturão Lúrio, estão sujeitos a descompressão quase isotérmica e resfriamento subsequente, está de acordo com uma história tectônica de longa duração acompanhada por alta actividade metamorfismo no Cinturão Lurio durante o final da Orogenia Neoproterozóica-Início do Paleozóico Oriental-Africano-Antártica
Cont.
A= rocha milonitica da formação da formação de Complexo de Ocua;
B= granulito de alta pressão do Cinturão Lúrio . fonte: (GTK Consortium, 2006d).
Geocronologia
Mapa geocronólogico 
 Ocorrȇncia de jazigos minerais
Ocorrencias no LB: 
 Grafite ligada aos gnaises e xistos;
 Pegmatitos
Marmore 
Evolução Crustal do Cinturão do Lúrio
O Cinturão do Lúrio (CL) é uma descontinuidade tectónica e litológica que limita o N do S do COM, ao longo da qual movimentos tectónicos transtensivos, Mesoproterozóicos (1000 Ma) desenvolveram um oceano embrionário. Mais tarde este oceano é suturado durante o evento colisional Pan-Africano (Sacchi et al., 2000);
O Cinturão de Lúrio é interpretado como uma estrutura gerada durante o dobramento do Complexo Nappe Cabo Delgado'' (CDNC) durante os estágios posteriores do evento de encurtamento progressivo;
Para além do Sistema Lúrio ser considerado orogénese formadora da crusta, durante o Kibariano, e como sutura crustal entre Neoproterozóico e Paleozóico Inferior, tem sido, também, encarado como uma zona de acomodação tectónica dentro da orogenia Moçambicana (Jacobs et al., 2008).
Evolução Crustal do Cinturão do Lúrio
	Periodo (anos)	Actividades tectonicas	Facies Metamorficas
	600–550 Ma 	Colocação de nappes de fácies granulito no embasamento Mesoproterozóico com ca. 575 Ma 	Metamorfismo de fácies granulito no núcleo (leste) da Faixa Lúrio
	540–530 Ma 	Colisão entre os fragmentos leste e oeste de Gondwana ao longo do orógeno Leste Africano Antártico; 
	Metamorfismo generalizado da fácies anfibolito de 550 Ma
		início da extensão dirigida NW-SE no leste da Faixa Lúrio, possivelmente devido ao relaxamento da compressão de campo distante, colapso orogênico e delaminação incipiente. Exumação do embasamento de Nampula à superfície, intemperismo laterítico	
	Periodo (anos)
	Actividades tectonicas
	Facies Metamorficas
		Delaminação da raiz orogênica, influxo ascendente do manto astenosférico, justaposto à base da crosta, aumentando o fluxo de calor; rápido equilíbrio isostático (uplift), acomodando componente de deslizamento na Faixa Lúrio	
		Deposição dos Grupos Mecubúri (e Alto Benfica), possivelmente em grabens extensionais pericontinentais restritos em regiões de relevo moderado a alto; enfraquecimento térmico gradual da crosta	
			
	Periodo (anos)	Actividades tectonicas520 - 510 	Alto fluxo de calor dá origem a metamorfismo HT/LP, migmatização, anatexia e geração de derretimentos de granito hipersolvus não mínimos, continuando a extensão N-S para NW-SE e deformação, D3 do Complexo de Nampula com Encurtamento NE- SW em algumas zonas (eg estrutura do Ticué), acomodado pelo movimento de rejuvenescimento e deslizamento ao longo da Faixa Lúrio na margem norte do Complexo de Nampula
	490 - 430 Ma 	Resfriamento lento, em parte devido ao contínuo reabastecimento de calor da litosfera do manto astenosférico ainda quente; 
	após 430 Ma 	Estabilidade crescente (“cratonização”) do Complexo de Nampula e de toda a crosta NE Moçambique, com taxas de denudação lentas até a desmontagem de Gondwana
Pela atenção dispensada, o nosso muito obrigado!

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