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Características da Brucelose

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Brucelose
Feito por Ketlyn Abreu
Características gerais da Brucela 
 São bactérias classificadas como cocobacilos gram negativos podendo ter arranjo em par ou em pequenos grupos. Possuem endotoxinas como toda gram negativa e além disso essa camada protege a bactéria contra o sistema complemento e algumas citocinas. Ela não esporula e não possui flagelos.
 A sua superfície exibi uma baixa quantidade de pamp’s (antígenos que o sistema imune inata reconhece), que dificulta uma resposta imune inata adequada. Esta bactéria tem como principal características sobreviver a fagocitose pois ela inibe a fusão dos lisossomos, e ainda consegue se multiplicar dentro das células de defesa sendo considerada uma bactéria intracelular facultativa. Pelo fato dela ficar dentro das células de defesa, acaba tendo uma maior proteção com isso ela sobrevive ao congelamento e descongelamento (quando presentes em leites e carnes contaminadas) no ambiente ela sobrevive em locais úmidos, frios e escuros. Por outro lado, desinfetantes, a luz solar a pasteurização conseguem destrui-la. 
 Esta doença se caracteriza por provocar muitas vezes infecções assintomáticas, mas mesmo assim (o animal sem sintomas) ele transmite a bactéria sem as pessoas perceberem, pela urina e por fezes. O sangue também é contagioso, no caso dos machos sexualmente maduros o sêmen também contém as bactérias (uma vez que ela se multiplica nos testículos) e as fêmeas adultas que estiverem prenhas transmitem pelo leite, secreções vaginais, placenta e o feto abortado, caso o filhote o sobreviva já nasce infectado. 
Epidemiologia
 A brucelose é considerada uma doença reprodutiva nos animais, sendo nas fêmeas o aborto a principal característica, porém na maioria das vezes este aborto ocorre na primeira gestação, pois neste caso a imunidade adquirida será ativada criando memoria imunológica. A fêmea infectada quando ela emprenha de novo a bactéria acaba se dirigindo ao útero, porém desta vez a imunidade adquirida impede a morte do feto e a gestação vai até o final, embora o filhote consiga nascer infectado.
Patogenia
 Após a infeção, a bactéria geralmente é fagocitada e levada ao tecidos linfoides secundários para ativação da imunidade adquirida. Por outro lado, a maioria destas bactérias consegue sobreviver e posteriormente se disseminam, tanto pelo sangue como pela linfa e com isso atinge outras partes do corpo.
 Quando este animal está maduro sexualmente, a bactéria nas fêmeas se dirigem as glândulas mamarias enquanto nos machos vai para o testículo se multiplicando nestas regiões, no caso do macho a caba gerando uma forte inflamação local (orquite que é a inflamação do testículo). Quando a fêmea emprenha, ela passa por modificações hormonais e fisiologias, começa a produzir uma substância denominada Eritritol que vai manter a gestação, e ela só circula no útero (com exceção da mulher e da égua). Essa substância funciona como um fator estimulante para a brucela com isso, as bactérias que estavam nos tecidos linfoides secundários e na glândula mamaria, são atraídas para o útero em grande quantidade. 
 Agora a brucela vai se multiplicar intensamente na região do placentoma provocando uma forte inflamação até que ocorre uma obstrução da passagem do sangue da mãe para o feto, ele deixa de ser oxigenado e de receber nutrientes e ele acaba morrendo. Quando isto ocorre o organismo da mãe expulsa o feto causando o aborto e a produção de eritritol para, com isso as brucelas retornam para a glândula mamaria e para os tecidos linfoides. 
Observação: A quantidade de produção do eritritol aumenta de acordo com a evolução da gestação, ou seja, quanto mais adiantada tiver a gestação mais eritritol será produzido, geralmente o aborto ocorre no terço final da gestação.
 Com a interrupção da gestação a bactéria sai do útero e o animal segue a sua vida, numa próxima gestação haverá novamente a produção do eritritol no útero, que vai atrair mais um vez a brucela para este local, só que desta vez o sistema imune adquirido formado por linfócitos e anticorpos de memória estarão presentes reduzindo desta maneira a carga bacteriana no útero, impedindo a morte do feto, mas não consegue destruir por completo a bactéria do organismo, ou seja, a fêmea sempre vai ter essa bactéria nos seus tecidos.

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