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Brucella - Microbiologia Veterinária

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@biavetlove
BRUCELLA
BruceloseBrucelose
G-
Doença de Notificação Obrigatória!
Bactérias gram -negativas que
sobrevivem quase que exclusivamente
nos hospedeiros infectados, de
preferência instaladas nos
compartimentos intracelulares das
células fagocíticas, reticulo-
endoteliais e células epiteliais
especializadas.
A doença clínica conhecida como
Brucelose geralmente está associada a
infecções crônicas e lesões em tecidos
do sistema genital.
O controle da doença em animais que
atuam como reservatórios das
bactérias é a abordagem mais
econômica para a prevenção de
brucelose humana, devido ao fato de
ser uma zoonose. 
 Doença infectocontagiosa provocada por
bactérias do gênero Brucella. 
 Provoca abortos geralmente no terço
final da gestação, nascimento de bezerros
fracos, retenção de placenta
(principalmente em primíparas, devido a
problema nas carúnculas e pelas
bactérias serem transportadas nos restos
placentários), repetição de cio e descargas
uterinas com eliminação desse
microrganismo, podendo transmitir ao
homem.
Características fenotípicas e antigênicas. 
Família Brucelaceae
Espécies: Lisas:
Brucella abortus – bovinos
Brucella suis – suínos
Brucella melitensis – homem, caprinos,
ovinos
Brucela neotomae – ratos silvestres
Brucella cetaceae – golfinhos
Rugosas:
Brucella canis – caninos
Brucella ovins - ovinos
No Brasil: 
B. abortus: biovares 1,2 e 3. 
B. suis: biovar 1.
B. ovis e canis. 
Espécies
 Algumas das espécies clássicas (B.
melitensis, B. abortus e B. suis) são
subdivididas em biovares, com base em
suas propriedades bioquímicas, 
Morfologia e Coloração
Cocobacilos gram negativos,
frequentemente únicos, mas também
podem se apresentar em pares ou em
pequenos grupos. 
Em geral, os cocobacilos apresentam
0,6 a 1,5 μm de comprimento e 0,5 a
0,7 μm de largura. 
As formas pleomorfas são raras,
exceto em culturas antigas. 
Não são móveis, não apresentam
cápsula, e não formam esporos. 
Resistem à descoloração com ácidos
fracos, portanto, coram- se em
vermelho quando se utiliza o corante
Ziehl Neelsen modificado. 
Considera- se que B. abortus, B. suis,
B. melitensis e B. neotomae
apresentam colônias com morfologia
lisa, uma característica associada à
BruceloseBrucelose
G-
expressão de lipopolissacarídio (LPS)
com cadeia lateral O. 
Comparativamente, B. ovis e B. canis
apresentam colônias com morfologia
rugosa e não expressam o LPS com
cadeia lateral O. 
As colônias lisas parecem
arredondadas, brilhantes e de
coloração azul esverdeada e não
absorvem o corante cristal violeta. Em
comparação, as colônias rugosas têm
aparência granular seca, cor amarelo
esbranquiçada e se coram com cristal- 
violeta.
hidrofóbicas da membrana externa,
incluindo lipídios ornitina. O PAMP de
Brucella alterado falha na indução de
uma resposta imune inata potente, que
contribui para a ação furtiva in vivo do
patógeno.
 As bactérias do gênero Brucella são
aeróbicas e várias cepas necessitam de
dióxido de carbono para sua
multiplicação. Tiamina, nicotinamida e
biotina também são necessárias para a
multiplicação das bactérias. 
 A adição de 5 a 10% de soro ao meio de
cultura pode estimular o crescimento
bacteriano, mas sais biliares, telurito e
selenito inibem o crescimento. O
crescimento em meio líquido
frequentemente é lento, a menos que se
propicie vigorosa aeração. 
 As colônias típicas de cepas virulentas
são arredondadas, com margens lisas,
convexas, translúcidas e de cor branca- 
perolada.
Estrutura
 A parede celular de Brucella é típica de
bactéria gram-negativa. A membrana
externa é composta de camadas
assimétricas de LPS e fosfolipídios, sendo
sustentada por uma camada adjacente de
peptideoglicano. 
 O LPS de Brucella é composto de lipídio
A, de núcleo de oligossacarídios e de
polissacarídios O.
 O LPS protege a bactéria da ação de
peptídios catiônicos, de metabólitos de
oxigênio e da lise mediada por
complemento. 
 O polissacarídio O do LPS, expresso pelas
cepas lisas, é altamente imunogênico e
pode expressar os antígenos A e/ou M,
dependendo da espécie de Brucella. 
 O envelope celular de Brucella, o LPS, as
lipoproteínas e as flagelinas exibem
reduzido padrão molecular associado ao
patógeno (PAMP) para ser reconhecido
pelo sistema imune inato, mais
provavelmente dadas as partes
Resistência
Brucella abortus: Resistência
 A sobrevivência prolongada é maior em
condições úmidas e frias, com mínima
exposição à luz ultravioleta. Brucella é
suscetível à maioria dos desinfetantes
indicados para bactérias gram- negativas. 
Leite – 17 dias; Leite congelado >800 dias;
queijos até 6 meses; manteiga até 4
meses; iogurte até 96 dias; temperatura de
60°C – 10 min; 71,5°C – 15 seg.
Luz solar direta – 4-5h; Solo seco 4 dias;
solo úmido 66 dias; fezes 120 dias; dejetos
a altas temperaturas 2-4 horas; exsudato
uterino 200 dias.
BruceloseBrucelose
G-
Brucella abortus: Destruição
Desinfetantes:
- Álcool 96°GL, Hipoclorito de sódio 5%,
Hipoclorito de cálcio 5%, Formol 3%,
Fenol 5%.
- Calor: Autoclavação 120°C/20min,
Pausterização lenta 65°C/30min,
Pasteurização rápida 72-74°C/15-
20segundos, Fervura. 
 Considerando-se o momento em que
ocorre a infecção, o período de incubação
é inversamente proporcional ao tempo de
gestação, ou seja, quanto mais adiantada
a gestação, menor será o período de
incubação.
 Uma das características da infecção por
Brucella sp é o fato de a bactéria poder
resistir aos mecanismos de destruição das
células fagocitárias e sobreviver dentro de
macrófagos por longos períodos. 
 Essa localização intracelular é um dos
mecanismos de evasão do sistema imune,
porque protege as brucelas da ação do
complemento e de anticorpos específicos. 
 Após a multiplicação no sítio de entrada,
a B. abortus é transportada, livre ou
dentro de macrófagos, para os linfonodos
regionais, nos quais pode permanecer por
meses. 
 Se a bactéria não for destruída ou não se
tornar localizada, há disseminação para
vários órgãos por via linfática ou
hematógena. 
 As localizações preferenciais são:
linfonodos, baço, fígado, aparelho
reprodutor masculino, úbere e útero. 
 Eventualmente, pode instalar-se nas
articulações mais exigidas, dando origem
a lesões denominadas higromas, que
podem supurar. 
 Devido ao seu tropismo por algumas
substâncias, como o eritritol, grande
parte das brucelas se localiza nos
testículos e no útero gestante. A infecção
do útero gestante ocorre por via
hematógena. 
Patogenia
 Endocitose à macrófagos à linfonodos
regionais à corrente sanguínea e linfática
– 2 semanas bacteremia à útero, úbere,
linfonodos da região, fígado e baço.
 No animal infectado, as localizações de
maior freqüência do agente são:
linfonodos, baço, fígado, aparelho
reprodutor masculino, útero e úbere.
Porta de entrada: oral, conjuntiva ocular,
genital, pele lesada e respiratório. 
 A porta de entrada mais importante é o
trato digestivo, sendo que a infecção se
inicia quando um animal suscetível
ingere água e alimentos contaminados ou
pelo hábito de lamber as crias recém
nascidas. Uma vaca pode adquirir a
doença apenas por cheirar fetos
abortados, pois a bactéria também pode
entrar pelas mucosas do nariz e dos
olhos. 
 O tempo transcorrido entre a exposição
ao agente infeccioso e o aparecimento dos
sintomas visíveis é o que se define como
período de incubação. No caso da
brucelose, esse período pode ser de
poucas semanas e até mesmo de meses ou
anos. 
BruceloseBrucelose
G-
 As brucelas multiplicam-se inicialmente
no trofoblasto do placentoma, infectando
também as células adjacentes, levando a
uma reação inflamatória da placenta.
Além disso, há infecção do feto, de igual
modo por via hematógena. 
 As lesões placentárias raramente
atingem todos os placentomas; em geral,
apenas parte deles é afetada. Tais lesões
 inflamatório-necróticas de placentomas,
que impedem a passagem de nutrientes e
oxigênio da mãe para o feto, assim como
provocam a infecção maciça do feto por
B. abortus, são as responsáveis pelo
aborto.
 Nos machos existe uma fase inflamatória
aguda, seguida de cronificação,
freqüentementeassintomática. As
bactérias podem instalar-se nos
testículos, epidídimos e vesículas
seminais. Um dos possíveis sinais é a
orquite uni ou bilateral, transitória ou
permanente, com aumento ou
diminuição do volume dos testículos. Em
outros casos, o testículo pode apresentar
um aspecto amolecido e cheio de pus.
Lesões articulares também podem ser
observadas.
Doença no macho: inflamação aguda no
sistema reprodutivo – testículos,
epidídimo, vesículas seminais, ampolas
seminais – Orquite uni ou bilateral (pus,
fibrose ou necrose), Epididimite,
Vesiculite e infertilidade à ou
Cronificação (assintomática).
Doença na fêmea: Tropismo pelo útero
gestante e placenta – placentite necrótica
– aborto, bezerros fracos e natimortos – 
retenção de placenta, endometrite e
infertilidade. 
Transmissão
 Via oral para homem: ingestão leite e
derivados contaminados; via genital e oral
para outro bovino e por contato direto
para animal-homem com feto morto,
resíduos da placenta, local do parto
contaminado, etc. 
 A principal fonte de infecção é
representada pela vaca prenhe, que
elimina grandes quantidades do agente
por ocasião do aborto ou parto e em todo
o período puerperal (até,
aproximadamente, 30 dias após o parto),
contaminando pastagens, água, alimentos
e fômites.
 Descargas vaginais (principais): Feto
abortado, membranas fetais e líquidos
fetais. 
 As vias de eliminação são representadas
pelos fluidos e anexos fetais – eliminados
no parto ou no abortamento e durante
todo o puerpério –, leite e sêmen.
Controle e Prevenção
 A maioria dos testes e dos programas de
controle se baseia na remoção de animais
positivos nos testes sorológicos que
detectam anticorpos ao longo da cadeia
lateral O imunodominante do LPS de
Brucella. 
 Porém, um resultado positivo no teste
sorológico não significa,
necessariamente, que, no momento do
exame, o animal estava infectado ou era
capaz de transmitir brucelose. 
BruceloseBrucelose
G-
 A despovoação completa, com retirada
de todos os animais da propriedade
infectada, é a melhor estratégia para o
controle de brucelose. 
 Medidas de controle da doença em
bovinos e pequenos ruminantes podem
incluir programas sanitários para impedir
a transmissão da doença, programas de
vacinação para reduzir a suscetibilidade
do rebanho e programa de teste e
remoção para eliminar animais com
brucelose. 
 Vacinas efetivas são ferramentas eficazes
tanto em programa de controle quanto
em programas de erradicação da doença.
Embora a vacinação seja altamente
efetiva na redução das perdas de
produção causadas por brucelose, é
menos efetiva na prevenção da infecção
após a exposição a cepas de campo ou na
soro conversão pós- exposição. Ainda que
a vacinação seja efetiva no controle de
brucelose, seu uso exclusivo não tem sido
suficiente na erradicação dessa doença.
provocar aborto se administrada durante
a gestação. Pode ainda infectar o homem,
e dar origem à doença. Portanto, não se
recomenda a vacinação de machos ou
fêmeas gestantes com a amostra B19.
 Por ser uma amostra lisa de B. abortus, a
B19 induz a formação de anticorpos
específicos contra o LPS liso e pode
interferir no diagnóstico sorológico da
brucelose. 
 A persistência desses anticorpos está
relacionada com a idade de vacinação. Se
as fêmeas forem vacinadas com idade
superior a 8 meses, há grande
probabilidade de produção de anticorpos
que perdurem e interfiram no diagnóstico
da doença após os 24 meses de idade. 
 Quando a vacinação ocorre até os 8
meses de idade, tais anticorpos
desaparecem rapidamente, e os animais
acima de 24 meses são totalmente
negativos nas provas sorológicas.
Vacina não Indutora de Anticorpos
Aglutinantes (amostra RB51): A vacina é
elaborada com uma amostra de B. abortus
rugosa atenuada, originada da amostra
lisa virulenta 2308 que sofreu passagens
sucessivas em meio contendo
concentrações subinibitórias de
rifampicina. Ela possui características de
proteção semelhantes às da B19, porém,
por ser uma amostra rugosa, não induz a
formação de anticorpos anti-LPS liso e
não interfere no diagnóstico sorológico da
doença. Por ser uma vacina viva, também
requer precauções. 
Vacinas
 As vacinas vivas atenuadas são aquelas
que efetivamente foram e ainda são
utilizadas nos programas de controle da
brucelose. Duas delas, recomendadas
pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE), são as mais empregadas: a
B19 e a vacina não indutora de anticorpos
aglutinantes (amostra RB51). Ambas são
boas indutoras de imunidade celular.
 No Brasil, é a vacina obrigatória para
bezerras com idade entre 3 e 8 meses. A
B19 é atenuada para fêmeas jovens; pode,
entretanto, causar orquite nos machos e 
BruceloseBrucelose
G-
VACINAS B19
- Animais de 3-6 meses.
- Riscos infecção para o homem
- Inoculadas em fêmeas prenhes: abortos
VACINA INATIVADA
- CEPA 45/20 – brucellas mortas,
revacinação anual.
RB 51
- Somente fêmeas acima de 24 meses
negativas ou 3-8 meses; machos não.
- Diretos: coloração de gram, ágar sangue,
coloração Zihel Neelsen modificada.
- Sorologia Se positivo = abate
- Ag acidificado tamponado: IgG
- Reação do mercaptoetanol: IgG
- Anel do leite
- Imunoensaio da polarização
fluorescente
Métodos Diretos
 Os métodos diretos incluem o
isolamento e a identificação do agente,
imunohistoquímica, e métodos de
detecção de ácidos nucleicos,
principalmente a reação da polimerase
em cadeia (PCR). 
 O isolamento e a identificação da B.
abortus a partir de material de aborto
(feto, conteúdo estomacal de feto,
placenta) ou de secreções apresentam
resultados muito bons se a colheita e o
transporte da amostra forem bem
realizados e se a amostra for processada
em laboratórios capacitados e com
experiência. 
 Entretanto, devido ao risco de
contaminação humana durante o
processamento da amostra, poucos são os
laboratórios que realizam o exame. 
 A imunohistoquímica pode ser
procedida em material de aborto após a
fixação em formol e permite tanto a
identificação do agente como a
visualização de aspectos microscópicos
do tecido examinado. 
Amostras
 As culturas vivas de cepas zoonóticas de
Brucella spp. devem ser manuseadas sob
condições de biossegurança nível 3,
utilizando- se procedimentos de segurança
apropriados. 
 Todo o trabalho deve ser realizado em
câmaras biológicas de segurança e
devem- se evitar procedimentos que
ocasionem formação de partículas em
aerossóis. 
 Recomendam -se condições de
biossegurança nível 2 durante o
processamento de amostras clínicas de
rotina, de origem humana ou animal.
 As amostras microbiológicas ideais para
o diagnóstico de brucelose incluem leite
ou suabes vaginais de animais vivos;
conteúdo pulmonar e/ou gástrico de feto
abortado; ou tecidos, como útero,
glândula mamária, tecidos do sistema
genital de machos, tecidos linfáticos
associados à glândula mamária ou ao
sistema genital obtidos durante a
necropsia; ou fluido de bursite/higroma.
Testes Laboratoriais
BruceloseBrucelose
G-
A PCR detecta um segmento de DNA
específico da B. abortus em material de
aborto, em secreções e excreções. É uma
técnica bastante sensível e específica,
mas requer equipamentos sofisticados e
pessoal treinado.
Métodos Indiretos
 A melhor estratégia – que tem sido
validada por vários países que
conseguiram avanços significativos no
combate à brucelose – costuma ser a
combinação de testes, utilizados em série. 
 Essa estratégia tem como base a escolha
de um teste de triagem de fácil execução,
barato e de boa sensibilidade, seguido de
um teste confirmatório, a ser realizado
apenas nos soros que resultarem positivos
no teste anterior, geralmente mais
elaborado, porém com melhor
especificidade que o teste de triagem.
Esse teste confirmatório tem que ter
também boa sensibilidade.
 No Brasil, o PNCEBT definiu como
oficiais os seguintes testes: Antígeno
Acidificado Tamponado (AAT), Anel em
Leite (TAL), 2- Mercaptoetanol (2-ME) e
Fixação de Complemento (FC). Os dois
primeiros como testes de triagem; os dois
últimos como confirmatórios. Células
inteiras da amostra de B. abortus são
utilizadas na preparação dosantígenos.
tubo, IDGA, Teste do anel em leite,
precipitação do Rivanol, prova de
inativação pelo calor (-65°C para bovinos,
-56°C para suínos)
- Aglutinação em placa com Antígeno
acidificado
- Prova de coombs
- Hemoglutinação indireta
- ELISA
Provas Sorológicas
- Aglutinação rápida em placa
- Aglutinação em placa
- Fixação de complemento
- Antígeno acificado tamponado, redução
do 2 mercaptoetanol, prova lenta em 
Teste de triagem diagnóstica:
Teste de Soroaglutinação com Antígeno
Acidificado Tamponado (AAT): É
preparado com o antígeno na
concentração de 8%, tamponado em pH
ácido (3,65) e corado com o Rosa de
Bengala. É o teste de triagem do rebanho.
É uma prova qualitativa, pois não indica o
título de anticorpos do soro testado. A
leitura revela a presença ou a ausência de
IgG1. O AAT detecta com maior
precocidade as infecções recentes, sendo,
nesse aspecto, superior à prova lenta em
tubos.
- Detecta IgG1: inibindo IgM.
- Técnica: colocar 0,03 ml de soro sobre o
quadrado da placa, colocar 0,03 ml de ag
de Brucella spp. 
- Tamponada: misturar bem 4-5min.
Fazer leitura.
Presença de grumos – REAGENTE 
Ausência de grumos – NÃO REAGENTE
BruceloseBrucelose
G-
para vigilância epidemiológica:
Teste do Anel em Leite (TAL): Foi
idealizado para ser aplicado em misturas
de leite de vários animais, uma vez que a
baixa concentração celular do antígeno
(4%) torna-o bastante sensível. 
 Empregam-se mais comumente
antígenos corados com hematoxilina, que
dá a cor azul característica à reação
positiva. Se existirem anticorpos no leite,
eles se combinarão com as B. abortus do
antígeno, formando uma malha de
complexo antígeno-anticorpo que, por
sua vez, será arrastada pelos glóbulos de
gordura, fazendo com que se forme um
anel azulado na camada de creme do leite
(reação positiva). 
 Não havendo anticorpos presentes, o
anel de creme terá a coloração branca, e a
coluna de leite permanecerá azulada
(reação negativa). Tal prova tem
limitações, pois poderá apresentar
resultados falso-positivos em presença de
leites ácidos, ou provenientes de animais
portadores de mamites ou, ainda, de
animais em início de lactação (colostro).
Anel de creme azul e coluna de leite
branca ou azulada: REAGENTE 
Anel de creme branco e coluna de leite
azul: NÃO REAGENTE
Teste confirmatório de diagnóstico:
Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME): É
uma prova quantitativa seletiva que
detecta somente a presença de IgG no
soro, que é a imunoglobulina indicativa
de infecção crônica. Deve ser executada
sempre em paralelo com a prova lenta em
tubos. Baseia-se no fato de os anticorpos
da classe IgM, com configuração
pentamérica, degradarem-se em
subunidades pela ação de compostos que
contenham radicais tiol. 
 Essas subunidades não dão origem a
complexos suficientemente grandes para
provocar aglutinação. Desse modo, soros
com predomínio de IgM apresentam
reações negativas nessa prova e 40
reações positivas na prova lenta. 
 A interpretação dos resultados é dada
pela diferença entre os títulos dos soros
sem tratamento (prova lenta), frente ao
soro tratado com 2-ME. 
 Os resultados positivos na prova lenta e
negativos no 2-ME devem ser
interpretados como reações inespecíficas
ou como devido a anticorpos residuais de
vacinação com B19. Resultados positivos
em ambas as provas indicam a presença
de IgG, que são as aglutininas
relacionadas com infecção, devendo os
animais ser considerados infectados.
- Sistema de destruição de IgM.
 O grau de aglutinação em cada uma das
distintas diluições deve ser classificado
como: completo (+), incompleto (I) ou
negativo (–):
 • Reação completa – é aquela em Reação
completa – que o líquido da mistura soro-
BruceloseBrucelose
G-
antígeno aparece translúcido e a agitação
suave não rompe os grumos; 100 
• Reação incompleta – é aquela Reação
incompleta – em que a mistura
soroantígeno aparece parcialmente
translúcida, e uma suave agitação não
rompe os grumos; 
• Reação negativa – é Reação negativa –
aquela em que a mistura soroantígeno
aparece opaca ou turva, e uma agitação
suave não revela grumos.
Fixação de Complemento (FC): Este teste
tem sido empregado em diversos países
que conseguiram erradicar a brucelose ou
estão em fase de erradicá-la. É o teste de
referência recomendado pela
Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) para o trânsito internacional de
animais. 
 Na brucelose bovina, apesar de a FC
detectar tanto IgG1 como IgM, o isotipo
IgG1 é muito mais efetivo como fixador do
complemento. Animais infectados
permanecem positivos por períodos mais
longos e com títulos de anticorpos
fixadores de complemento mais elevados
do que os detectados nas provas de
aglutinação. 
 Em animais vacinados acima de 8 meses
de idade, os anticorpos que fixam
complemento desaparecem mais
rapidamente do que os aglutinantes. É um
teste trabalhoso e complexo, que exige
pessoal treinado e laboratório bem
equipado.
Teste de Soroaglutinação em Tubos
(SAT): Também chamada de prova lenta –
porque a leitura dos resultados é feita em
48 horas –, é a prova sorológica mais
antiga e ainda hoje bastante empregada. É
utilizada em associação com o teste do 2-
Mercaptoetanol para confirmar
resultados positivos em provas de rotina. 
 A prova permite identificar uma alta
proporção de animais infectados, porém,
costuma apresentar resultados falso-
negativos, no caso de infecção crônica e,
em algumas situações, podem aparecer
títulos significativos em animais não
infectados por B. abortus como
decorrência de reações cruzadas com
outras bactérias. 
 Em animais vacinados com B19 acima de
8 meses, uma proporção importante deles
pode apresentar títulos de anticorpos
para essa prova por um longo tempo, ou
permanentemente.
BruceloseBrucelose
G-
B. abortus: aborto em bovinos,
normalmente na 2ª metade da gestação,
orquite, epididimite, granulomas no
fígado e baço (não comum), eqüinos,
ovinos e cães com reações positivas, mas
não causa aborto e no homem
(masculino) causa infertilidade. 
B. suis: aborto, orquite, epididimite em
suínos, infecta o homem, equino e
carnívoros silvestres.
B. ovis: orquite e epididimite no carneiro
e aborto. 
B. canis: aborto nas fêmeas, orquite,
epididimite em cães e infecta o homem. 
B. melitensis: aborto, orquite, epididimite
em caprinos e ovinos e no homem causa
infertilidade e aborto. 
 Em machos, relatam- se orquite com
vários abscessos, epididimite, adenite
vesicular e degeneração testicular. A
lesão fetal mais frequente é a
broncopneumonia histiocítica multifocal,
com ou sem infiltrados supurativos. As
lesões fetais também podem incluir focos
variáveis de arterite necrosante, necrose e
granulomas no pulmão e em outros
tecidos. 
 Outras lesões causadas pela infecção por
B. suis, em suínos, incluem artrite
fibrinopurulenta em articulações grandes
ou compostas; osteomielite na epífise de
vértebra lombar; e nódulos de B. abortus
miliares no útero, conhecidos como
causas de bursite e higroma em bovinos. 
Clínica Equinos são hospedeiros aberrantes de B.
abortus e podem apresentar bursite
granulomatosa supurativa na região
supraespinhosa (fístula da cernelha) ou
na bursa supra atlantal.
BOVINOS
ERITROL: carboidrato ótimo para
multiplicação das brucellas – placentite
necrosante aguda ou crônica
(deslocamento total ou parcial da
placenta, expulsão do feto e das
membranas, ou retenção de placenta com
aborto).
- Após o parto – linfonodos regionais e
tecido mamário – latência até nova
gestação que irá ser de menor
intensidade, menos riscos de aborto: 1º
64,7%; 2º 17,3% e 3º 3,7% de chances. 
- Feto se infecta pelo cordão umbilical e
líquidos fetais.
Hiperplasia – atrofia testicular. 
SUÍNOS
- Aborto de 0-80% 2º mês e meio,
natimorfos, débeis e normais; artrite,
claudicação, paralisia dos posteriores. 
CAPRINOS
- Aborto 3º - 4º mês, artrites, espondilite,
orquite, mastite, nódulos na gl. Mamária. 
 ANTICORPOS contra a cadeia O NÃO
PROTEGEM contra a brucelose bovina.
Essa proteção é dada pela produção de
IMUNIDADE CELULAR. 
 Fêmeas nascidas de vacas brucélicas
podem infectar-se no útero, durante ou
logo após oparto. Quando infectadas,
essas fêmeas em geral abortam na 
BruceloseBrucelose
G-
primeira prenhez, e só apresentam
resultados positivos para os testes
sorológicos no decorrer da gestação.
Várias espécies domésticas ou silvestres
são suscetíveis à infecção por B. abortus,
entretanto, são consideradas como
hospedeiros finais da infecção, pois não
transmitem o agente novamente aos
bovinos.
BRUCELLA CANIS
 A transmissão envolve o contato direto
com o microrganismo que é capaz de
penetrar em qualquer mucosa, sendo a
oral, conjuntival e vaginal as mais
importantes. 
 As fêmeas transmitem a doença durante
o estro, no momento da cobertura, por via
transplacentária, após o aborto, leite e
urina. Sendo, aerossóis advindos do
material abortivo a principal via de
infecção, devido à presença de grande
quantidade de microrganismos. 
 A B. canis pode ser transmitida pelo
sêmen, principalmente durante as
primeiras seis a oito semanas de infecção,
pela urina, e também por fômites
contaminados. 
 Nos cães, as principais portas de entrada
da bactéria compreendem
principalmente as mucosas oronasal,
genital e conjuntival.
 A presença do agente no organismo
causa principalmente alterações
reprodutivas como infertilidade,
abortamentos, principalmente no terço
final da gestação e a ocorrência de
natimortos ou do nascimento de filhotes
débeis. 
 
Ocasionalmente afeta outros tecidos
causando alterações como uveíte,
discoespondilite, osteomielite e
dermatite.
 Como a possibilidade de êxito com o
tratamento é incerta e os animais se
tornam uma fonte de infecção para outros
cães e pessoa, o tratamento não é
recomendado, pois os cães tratados
estarão sempre susceptíveis a reinfecção.
 Segundo o LABORATÓRIO CEPAV
(2003), a brucelose ainda não tem cura,
sendo assim o animal infectado
permanece portador por toda a vida. 
 Todavia, alguns medicamentos podem
ser utilizados para minimizar os sintomas
clínicos da doença e sendo utilizada de
acordo com a fase da enfermidade em que
o animal se encontra, e quanto mais
tardia a doença for diagnosticada, mais
difícil será o tratamento.
CURA CLÍNICA E NÃO SOROLÓGICA -
ESTERILIZAÇÃO 
 Em alguns casos, podem levar a gestação
a termo com nascimento de natimortos,
filhotes fracos que morrem em poucos
dias, ou filhotes aparentemente sadios,
exceto pela bacteremia persistente e o
enfartamento de linfonodos, que
geralmente é o único sinal clínico da
infecção até a maturidade sexual.
 As cadelas infectadas não prenhes
comumente não mostram sinais de
infecção, mas podem eliminar o
microrganismo na urina e secreções
vaginais por período de tempo variável.

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