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CONSTRUTIBILIDADE_EM_PROJETOS_DE_ENGENHA

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CONSTRUTIBILIDADE - 1 - 
1 
 
 
CONSTRUTIBILIDADE EM PROJETOS DE 
ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão 0 
 
 
 
 
 
 
Welington J Ferreira 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 2 - 
2 
 
CONSTRUTIBILIDADE 
 
Assim que tiver esgotado todas as suas possibilidades e confessado seu 
fracasso, haverá uma solução simples e óbvia, claramente visível a qualquer 
outro, que não você... 
 
 
 
 
 
O gerenciamento clássico de projetos tem evidenciado um índice alto de insucesso 
quando se trata de megaprojetos. Segundo estudos feitos pelo IPA (Independ Project Analysis) 
com dados de 300 megaprojetos industriais com orçamento superior a um bilhão de dólares em 
2010, estes apresentaram 65% de insucesso e em alguns setores da indústria, esta taxa 
chegou a 75%. 
A Construtibilidade, uma das boas práticas de construção, difundida pelo Construction Industry 
Institute (CII), apresenta-se como uma forma de integração e interação entre os distintos 
grupos envolvidos nos megaprojetos. A adoção da Construtibilidade nas fases iniciais dos 
empreendimentos pode resultar em uma redução de custos na ordem de 6 a 23%, uma taxa de 
custo x benefício na ordem de 10:1 além de uma redução de cronograma significativa. 
 
 
 
A construtibilidade é definida pelo Construction Industry Institute CII (1987) apud Griffith e 
Sidwell (1995) como: 
 
CONCEITO DE CONSTRUTIBILIDADE: 
 
“O uso ótimo do conhecimento e da experiência em con strução no planejamento, 
projeto, contratação e trabalho no canteiro, para a tingir os objetivos globais do 
empreendimento ”. 
 
 
 
Por sua vez, Griffith e Sidwell (1995) definem a construtibilidade no projeto como a 
 
“consideração detalhada dos elementos de projeto pa ra atender os requerimentos 
técnicos e financeiros do empreendimento, considera ndo quando possível a relação 
projeto - construção para melhorar a efetividade do projeto e com isto subsidiar o 
processo de construção no canteiro”. 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 3 - 
3 
 
 
PRINCIPIOS GERAIS DA CONSTRUTIBILIDADE 
 
A construtibilidade é atingida através da aplicação de algumas premissas gerais, que 
posteriormente são agrupados em 17 princípios básicos que agem como um roteiro para 
aplicação da metodologia. 
 
O que queremos atingir é a realização de um empreendimento em que possamos antecipar 
todas as desgraças possíveis e imagináveis. Evitar surpresas desagradáveis, de um modo bem 
abrangente e integrado. A experiência de todos se soma para diagnosticar as oportunidades, 
as dificuldades a serem enfrentadas, as impossibilidades, e os ganhos. Dai a importância de 
repensar o projeto desde sua concepção, reanalisar suas especificações a luz da capacidade 
de realizar o que está sendo projetado, enquanto está sendo projetado. 
 
 
Integração 
 
A construtibilidade deve ser parte integral do planejamento do empreendimento. 
 
Conhecimento de construção 
 
O planejamento do projeto deve envolver ativamente o conhecimento e experiência de 
construção. 
 
Habilidade da equipe 
 
A experiência, habilidade e composição da equipe do empreendimento devem ser apropriadas 
para o mesmo. 
 
Objetivos corporativos 
 
Construtibilidade é aumentada quando a equipe do empreendimento em o entendimento dos 
objetivos do cliente e do empreendimento. 
 
Recursos disponíveis 
 
A tecnologia da solução de projeto deve ser compatível com a habilidade e recursos 
disponíveis. 
 
Fatores externos 
 
Fatores externos podem afetar o custo e/ou o programa do empreendimento. 
 
 
Programa 
 
A totalidade do programa do empreendimento deve ser realista e adequado à construção, 
devendo ter a concordância da equipe do empreendimento. 
 
Metodologia construtiva 
 
O projeto deve considerar a metodologia construtiva. 
 
Acessibilidade 
 
Construtibilidade será aumentada se a acessibilidade da construção deve ser considerada no 
projeto e nos estágios de construção do empreendimento. 
 
Especificações 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 4 - 
4 
 
A construtibilidade do empreendimento será aumentada quando a eficiência construtiva é 
considerada na elaboração de especificações. 
 
Inovação 
 
Na construção O emprego de técnicas inovadoras durante a construção vai aumentar a 
construtibilidade. 
 
Por definição, metodologias construtivas inovadoras são as que, compostas de 
novos produtos e sistemas construtivos, não apresentam normas técnicas 
prescritivas específicas que as regulam. 
 
 
 
Retroalimentação 
 
Construtibilidade pode ser aumentada, para futuros empreendimentos similares, se uma 
análise pós-construção é realizada pela equipe do empreendimento. 
A questão do Conhecimento adquirido é tratado através de fóruns de lições Aprendidas de 
alguns empreendimentos atuais. A questão de gerar um novo patamar de construtibilidade é 
bem mais complexo, ele é estabelecido em algumas entidades através da disciplina de Gestão 
de Conhecimento. A retroalimentação significa o acúmulo de conhecimento e procedimentos 
que geraram benefícios e o levantamento de soluções que evitem os problemas encontrados 
durante o processo construtivo. Cada novo projeto semelhante deve ter uma base que resgate 
as práticas de excelência, os melhores índices de produtividade, as boas práticas, sejam estas 
ambientais, na área de qualidade, de logística, financeiras, administrativas, de RH, capacitação 
e desenvolvimento humano, mobilização e desmobilização, construção, fabricação, 
armazenamento, preservação, comissionamento. Serão múltiplas áreas, Material, Engenharia – 
Conceitual, Básica, Executica, Finanças, DRH, Ambiental, SMS, que necessitam ter uma 
solução integrada para registrar, catalogar, resgatar e utilizar o conhecimento adquirido no 
percurso de grandes empreendimentos. A realidade das empresas de engenharia é a perda do 
conhecimento acumulado, a não integração entre grandes projetos semelhantes, e o mesmo 
ocorrendo com as grandes empresas que hoje realizam grandes projetos de construção e 
montagem. 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 5 - 
5 
 
 
 
 
 
Fonte: CII (1993). 
 
FATORES DE INFLUENCIA 
 
São aqueles que devem ser considerados no programa de construtibilidade constituindo 
aspectos integrantes do processo de projeto que afetam a qualidade da solução construtiva 
(AMORIM, 2004). O tamanho e o escopo do empreendimento determinarão quantos e quais 
fatores serão considerados (CMC, 1991). Embora os fatores sejam tratados separadamente, 
sua análise sistematizada é fundamental para prover a coordenação e a integração dos 
processos e etapas do empreendimento em todo o seu ciclo de vida, do planejamento até a 
sua conclusão 
(CMC, 1991). 
 
De modo geral os fatores que influenciam a construtibilidade no projeto estão relacionados 
com: 
 
- Grau de complexidade no detalhamento do projeto (detalhes simples e inteligentes); 
 
- Exatidão requerida na aplicação e montagem de materiais e componentes 
(significando inicio mais rápido e menor risco de correções futuras); 
 
- Inter-relação entre diferentes elementos construtivos, componentes e materiais 
(execução mais fácil com menos interfaces entre serviços); 
 
- Complexidade da seqüência de execução e habilidade requerida da mão-de-obra 
(redução dos itens para controle); 
 
- Flexibilidade do projeto e tolerâncias no detalhamento de projeto adequadas aos 
materiais, componentes e mão-de-obra (possibilidade de substituições e adaptações). 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 6 - 
6 
 
CONSTRUTIBILIDADE E O CICLO DE PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 7 - 
7 
 
 
 
 
 
A Construtibilidade aplicada a partir do Projeto Conceitual agrega, desde os primórdios do 
projeto, análises que influenciarão todas as tomadas de decisão a posterior. 
A aplicação de Engenharia de Valor, de Estudos de Flexibilidade de Tubulação para 
fundamentar arranjos de equipamentos, de análises para simplificação de sistemas elétricos, 
da padronização de protocolos de comunicação. Uso de recursos e práticas que resgatem e 
com facilidade a história doProjeto (por disciplina), uso de recursos digitais na geração de 
documentação de Projeto com facilidades de rastreabilidade de tags, integração entre plantas 
de processo, fluxogramas e P&ID, melhoria das especificações técnicas no que tange a clareza 
com uso de ilustrações. Melhoria do padrão digital dos documentos dos fornecedores para 
apoio das atividades de Assistência técnica e Pós-projeto. Esses são alguns exemplos de 
práticas que aumentariam a construtibilidade de um Projeto desde sua base conceitual. A 
equipe do Projeto básico possui grande conhecimento técnico sobre as questões de 
engenharia do projeto e poderiam ser efetivamente utilizadas em reuniões chaves que marcam 
pontos importantes no desenvolvimento do projeto executivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 8 - 
8 
 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM A CONSTRUTIBILIDADE 
 
De acordo com o Guia do CMC (1991) podemos ampliar o processo de análise considerando 
os seguintes fatores: 
 
• Gerenciamento do projeto: o projeto deve ser vislumbrado sob a luz da construtibilidade e, o 
plano de construtibilidade deve estar contido nas etapas de projeto e execução; 
 
 
• Entrega do projeto: os benefícios da aplicação da construtibilidade dependem de como serão 
feitos os arranjos contratuais e a entrega dos proj etos . Os métodos mais usuais de 
gerenciar o projeto são aqueles em que a equipe da execução/construção participa de todas as 
fases do empreendimento (por exemplo: contratos turnkey e design/build. 
 
- Turnkey: modelo de contratação onde a participação do contratante é mínima e do contratado 
(fornecedor) máxima, montando as instalações, os equipamentos, fornecendo suprimentos e 
pessoal com o objetivo de colocar o empreendimento em funcionamento (FERREIRA, 2004). 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 9 - 
9 
 
Design/build: modelo de contratação semelhante ao turnkey, onde a empresa ou grupo é 
responsável pelo projeto e construção do empreendimento (SONGER e MOLENAAR, 2005) 
 
 
• Estratégia de contratação: O tipo de contratação afeta a forma de aplicação do programa de 
construtibilidade, ou seja, contratos em que não há a participação da construtora na etapa de 
projeto, seja por estratégia do proprietário, possuem uma abordagem diferente do programa, 
ao contrário dos contratos do tipo turnkey ou design/build em que os profissionais da 
construção participam de todas as fases. 
 
• Gerenciamento de riscos: os fatores de risco devem ser considerados na fase de preparação 
dos contratos. Cada participante poderá contribuir para a identificação dos riscos que estão 
associados a sua área. 
 
• Parcelamento dos lotes de serviço: o arranjo contratual estabelecerá as formas de sub-
contratação e parcelamento dos serviços. Estes parcelamentos estabelecerão um programa de 
entregas de especificações por parte do projetista aos sub-contratados 
 
 
• Plano de trabalho (mão de obra): fatores como disponibilidade da mão-de-obra na região, sua 
qualificação e alojamento no local, influenciarão no programa de construtibilidade e nas 
decisões de projeto quanto às técnicas construtivas, custos, riscos, etc 
• Acesso ao canteiro: o plano de acesso deve considerar a disponibilidade e as limitações das 
estradas, pontes e tráfego, o que afetarão as especificações dos equipamentos, os custos de 
montagem das peças pré-montadas, tanto na indústria quanto no canteiro e, os custos do 
transporte destas. 
• Layout do canteiro: deve ser considerada a seqüência de trabalho em diversas configurações 
de canteiros, com a preocupação de acomodar da melhor forma possível suas funções. O 
plano de construtibilidade pode permitir que instalações temporárias sejam incorporadas nas 
permanentes. 
• Layout das estruturas: deve ser considerada a acessibilidade, tanto para peças a serem 
instaladas como para as futuras reposições. 
• Acesso para operação, instalação, manutenção e reposição: este fator não se refere somente 
ao processo de execução, mas também ao seu uso. Como exemplo, algumas construtoras que 
foram pesquisadas neste trabalho utilizam-se de soluções como colunas de visita de tubulação 
com o objetivo de facilitar a manutenção. 
• Seqüência de execução: a seqüência de execução deve estar contida no plano inicial do 
empreendimento. O responsável deve considerar no caso de condições críticas de execução, o 
recebimento de material e equipamentos, instalação de peças pesadas, modulação, 
prémontagem, pré-fabricação, tempo para testes e balanceamento dos equipamentos. 
• Plano de montagem de equipamentos: o plano deve considerar o local de montagem dos 
equipamentos pesados, os acessos até os equipamentos e os acessos até o canteiro. Prazos 
de entrega dos equipamentos por parte do sub-empreiteiros (subcontratadas) também devem 
ser colocados no plano. 
• Disponibilidade e obtenção/aquisição de equipamentos e materiais: o profissional com 
experiência na construção deve prover informações para a aquisição de materiais e 
equipamentos, tais como os meios de acesso e localização no canteiro, além de sugerir 
materiais e equipamentos alternativos de acordo com a disponibilidade e custos. 
• Pré-fabricação: o uso da pré-fabricação apresenta a vantagem dos componentes serem 
fabricados em um ambiente controlado, podendo este processo ser simultâneo a outros da 
construção. Com isso, reduz-se a necessidade de trazer maquinário para o canteiro. 
• Pré-montagem: podendo ser realizada em local próximo à obra, permite a execução de 
atividades simultaneamente (uma no canteiro e outra no local de pré-montagem). O único 
trabalho a ser feito no canteiro é o de instalação das peças. 
• Modulação: reduz os custos do trabalho dentro do canteiro e aumenta a qualidade referente a 
sua montagem devido à similaridade dos componentes. 
• Gerenciamento da organização da construção ou plano de gerenciamento da construção: 
neste plano devem constar a responsabilidades, os procedimentos e as equipes necessárias 
(quais e quantos profissionais) inclusive as equipes de suporte e de instalações. Os 
profissionais se encaixarão nas seguintes funções: plano de construtibilidade, supervisão da 
 CONSTRUTIBILIDADE - 10 - 
10 
 
obra, administração de contratos, compras e aquisições, gerenciamento de materiais 
contabilidade, qualidade e confiabilidade, engenharia (projeto), orçamento e testes e 
comissionamento (start-up). 
• Gestão da qualidade: a qualidade está ligada ao atendimento/cumprimento dos objetivos do 
projeto. A equipe da qualidade deve determinar no início do projeto quais são os itens 
passíveis de controle de qualidade. Os empreiteiros devem sempre considerar normas, boas 
práticas, etc. Os requisitos devem ser especificados no programa, devendo haver fiscalização 
sobre o trabalho do empreiteiro e a exigência de ensaios. 
• Gerenciamento de materiais: a aquisição deve estar contida no cronograma do projeto. O seu 
gerenciamento tem como propósito a segurança e manutenção do material no canteiro e em 
uso. Seus benefícios são: a redução das perdas, diminuição dos depósitos e do excesso de 
material que resta no fim da obra e, da mão-de-obra que controle o material. 
• Segurança no canteiro: deve estar contida no plano de implementação e considerar locais 
adequados para os materiais e equipamentos críticos, número de trabalhadores e seguranças, 
entre outros. 
• Segurança da mão-de-obra: deve ser considerada a segurança das instalações, o que no 
contexto brasileiro, refere-se ao cumprimento da NR 18. 
• Facilidade de operação / operabilidade: deve estar contida no plano do projeto e considerar 
fatores como o acesso, o uso e os custos na instalação dos equipamentos. 
• Facilidade de manutenção / “manutenibilidade”: relativo à pós-ocupação a manutenção das 
instalações deve ser considerada, especialmente no que se refere às garantias do 
empreendimento. 
Diversos autores (PEPPER III, 1994; BOYCE, 1991; RUSSEL et al., 2004; 
FISCHER et al., 2000) relacionam fatores tais como: 
 
• arranjo contratual;• técnicas construtivas; 
• localização dos equipamentos; 
• acessibilidade no canteiro; 
• simplificação da especificação; 
• escolha de fornecedores e; 
• comunicação entre os intervenientes. 
 
Obs: A Norma Regulamentadora 18: “estabelece diretrizes de ordem administrativa, de 
planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na Indústria da Construção”. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO, 1995) 
 
A Análise de CONSTRUTIBILIDADE é também uma ferramenta a ser utilizada como critério 
para consolidação do Projeto Executivo, e deve ser definida no CONTRATO como exigência 
para a essa fase especifica. 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO 
 
Implementação da Construtibilidade 
 
A aplicação do conceito da construtibilidade e seus princípios a um projeto de construção 
devem ser implantados nas diversas fases de projeto, ao longo do seu ciclo de vida, assumindo 
diferentes níveis de formalidade. Segundo O‘Connor (1987), quando mais cedo houver a 
implementação do principio de construtibilidade, melhores serão seus resultados para o 
empreendimento ou produto (edifício). 
Tatum (1987) dentre os benefícios proporcionados pela implantação da construtibilidade: 
 
- diminuição das tarefas na construção; 
- diminuição das dificuldades durante a construção; 
- reconhecimento das limitações e práticas locais; 
- melhoria dos métodos construtivos e da tecnologia; 
- importância à melhoria de coordenação entre os projetistas e construtores; 
- adoção do mesmo ponto de vista por todos os membros da equipe. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 11 - 
11 
 
 
Um melhor entendimento do conceito de construtibilidade pode ser obtido a partir da análise da 
classificação das ações para implementação da construtibilidade proposto por O'Connor e 
Tucker (1986). Nesta classificação, distinguem-se: 
 
- orientação do projeto à execução; 
- comunicação efetiva das informações técnicas; 
- otimização da construção, com a geração de técnicas construtivas; 
- recursos efetivos de gerenciamento e normalização; 
- melhoria dos serviços dos sub-empreiteiros; 
- retorno do construtor ao projetista. 
 
Os benefícios com a implementação da construtibilidade sejam eles qualitativos ou 
quantitativos, pode variar em função de diversos fatores como: 
 
- capacitação da equipe de gestão de projeto; 
- melhoria das relações entre os participantes no projeto; 
- os procedimentos organizacionais de registro e avaliação dos projetos; 
- redução de retrabalhos, duvidas e revisões no projeto; 
- redução do tempo de concepção e revisão do projeto; 
- redução do custo do projeto; 
 
 
 
 
A Construtibilidade foi traduzida em 17 princípios básicos. É um roteiro b 
 
17 princípios básicos de Construtibilidade 
 
Planejamento do empreendimento e incepção: 
 
I. O programa de construtibilidade deve fazer parte do plano de execução do empreendimento: 
este deve ser estabelecido nas fases iniciais do empreendimento contribuindo com o 
estabelecimento de metas e objetivos, integrando projeto e construção, incentivando o uso dos 
conhecimentos e experiências na construção e possibilitando um melhor entendimento do 
projeto pelos construtores. 
 
II. O planejamento do empreendimento deve envolver conhecimentos e experiências 
construtivas: este envolvimento contribui para o estabelecimento dos objetivos do 
empreendimento, na seleção das principais técnicas construtivas e no local do 
empreendimento, na elaboração do cronograma, estimativas e orçamentos, nas metas de 
produtividade. Incepção: processo inicial do empreendimento na qual são coletados os 
requisitos dos clientes e convertidos em um relatório ou sumário de requisitos e entradas para 
o empreendimento. Esta fase está contida no planejamento do empreendimento e é anterior ao 
de desenvolvimento de projeto. estratégias contratuais e no gerenciamento dos materiais e 
equipamentos. 
 
III. A estratégia contratual deve considerar a participação dos agentes da construção: o arranjo 
contratual deverá determinar a atuação do agente da construção na equipe da 
construtibilidade, embora a sua participação deva ocorrer de qualquer maneira nas fases 
iniciais do empreendimento. 
 
IV. O cronograma do empreendimento deve considerar as necessidades da construção: tanto 
os prazos de conclusão do empreendimento quanto os requisitos da construção devem ser 
considerados em seu cronograma e custos. 
 
V. As principais técnicas construtivas devem ser consideradas na elaboração do projeto: os 
equipamentos, a mão de obra e a seqüência de trabalho devem ser considerados na fase de 
planejamento do empreendimento, principalmente pela possibilidade de haver modificações na 
fase de construção, ocasionando maior impacto nos custos, no prazo e na produtividade. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 12 - 
12 
 
 
VI. O layout do canteiro contribui para a eficiência na construção: o planejamento adequado do 
layout das instalações provisórias e permanentes contribui para e eficiência e a produtividade 
no canteiro. 
 
VII. Os participantes da equipe da construtibilidade devem ser identificados nas fases iniciais: 
os participantes devem ser identificados na fase contratual determinando o momento de 
atuação destes participantes e, o critério de escolha deve contemplar suas 
habilidades/competências em relação à equipe, à comunicação e à capacidade de avaliar as 
interfaces entre projeto e construção, além de serem receptivos às novas idéias. 
 
VIII. O uso da tecnologia da informação (TI) durante o empreendimento: o uso da TI pode 
beneficiar a construtibilidade do empreendimento. São exemplificados o uso da modelagem em 
3D, as simulações de computador, o uso de códigos de barra, entre outros. 
 
Projeto e Aquisição: 
 
IX. Os cronogramas do projeto e da aquisição devem contemplar as necessidades da 
construção: a fase da construção é a de maior custo do empreendimento e por isso exerce 
grande influência nos cronogramas do projeto e da aquisição. 
 
X. O projeto deve possibilitar eficiência na construção: a troca de informações entre projetistas 
e construtores deve ocorrer antes de se iniciar o projeto. Métodos alternativos de construção 
podem ser sugeridos pela equipe de construção. Os projetistas devem considerar a 
simplicidade do projeto, para que este seja de “fácil” execução. Logo, projetos que requerem 
habilidades específicas devem ser evitados. 
 
XI. Elementos do projeto devem ser padronizados: a padronização consiste no uso de 
elementos com regularidade que estão disponíveis para o uso e fornecimento. Seu objetivo é 
de trazer benefícios nos custos e no cronograma. A redução nos custos se dá devido à 
redução do prazo na construção e aos descontos recebidos pelo volume do material, e a 
redução do cronograma ocorre em parte devido ao aumento da produtividade devido às ações 
repetitivas no canteiro. 
 
XII. A elaboração das especificações deve considerar a eficiência na construção: as 
especificações devem ser feitas com a participação de profissionais com experiência e 
conhecimentos da construção e realizadas como um projeto à parte. As especificações 
realizadas de acordo com esta diretriz impactam na eficiência, construtiva, na sua redução de 
custos e de cronograma, pois o retrabalho e os atrasos são frequentemente associados às 
falhas na especificação. 
 
XIII. Projetos que considerem a modulação e pré-fabricação devem ser preparados para 
facilitar a fabricação, o transporte e a instalação: uma vez decidido o uso da modulação e da 
pré-fabricação, estes projetos deverão levar em consideração o local de fabricação destes 
componentes, o transporte e seu manuseio e, os métodos de montagem que, por sua vez, 
afetarão o layout do canteiro. 
 
XIV. O projeto deve possibilitar acessibilidade da mão de obra, dos materiais e dos 
equipamentos à construção: devido ao fato da dificuldade de acesso de mão de obra e 
materiais e equipamentos causar baixa produtividade, condiçõesde trabalho sem segurança e 
impactos negativos nos custos e no cronograma é que a construtibilidade atenta para esta 
diretriz. Considerar a acessibilidade na seqüência de trabalho e no layout do canteiro favorece 
a construtibilidade. 
 
XV. O projeto deve considerar condições climáticas adversas para facilitar a construção: 
condições climáticas adversas impactam nos custos e no cronograma. O projeto pode 
minimizar os efeitos do clima planejando o canteiro em lugar acessível, provendo proteção à 
mão de obra , utilizando a pré-montagem fora do canteiro, planejando o cronograma de 
entregas no canteiro e promovendo áreas protegidas para armazenamento. 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 13 - 
13 
 
XVI. Seqüência de projeto e construção deve facilitar a sua interdependência: o cronograma 
geral do empreendimento para projetos complexos deve permitir a interdependência de 
atividades (projeto e execução). 
 
Construção / Execução 
 
XVII. O aumento da construtibilidade se dá quando novos métodos construtivos são utilizados: 
o uso das novas tecnologias traz benefícios na eficiência da construção. As inovações ocorrem 
na seqüência das tarefas da obra, em sistemas e materiais de construção, no uso de 
ferramentas manuais e equipamentos de construção, na pré-montagem, nas instalações 
temporárias e nos requisitos do empreiteiro relativos ao layout do canteiro, projeto e na escolha 
de materiais permanentes. 
 
Fonte: Adaptado de CII (1987 e 1993) 
 
 
 
 
 
 
 
 
A análise de Construtibilidade irá criar uma estrutura que analise e seqüencie os cenários 
possíveis, elencar práticas de melhoria, avaliar impactos. A medotologia pode ser aplicada de 
diversas maneiras, por exemplo através de workshops direcionados a atividades especificas do 
empreendimento, devendo ser executada nas suas diversas fases.Considerando uma 
empreendimento da sua concepção á operação poderia se aplicar a metodologia em todas as 
fases: 
 
- Concepção ou projeto Conceitual 
- Projeto Básico 
- Feed 
- Projeto executivo 
- Implantação – a Fase de Construção e montagem 
 CONSTRUTIBILIDADE - 14 - 
14 
 
- Comissionamento 
- Pré-operação 
- Operação 
 
 
 
 
 
A Necessidade de um Projeto Conceitual e um Básico consolidado exige o uso de ferramentas 
de Construtibilidade desde a fase de conceituação. 
 
A fiscalização do Projeto necessita realizar um estudo critico dos documentos que dão a base 
do Projeto, Critérios de Projeto, Especificações Técnicas, IBE, Lista de Fornecedores. 
Verificar suas prescrições, recomendações, listar seus itens e em alguns pontos do seu 
desenvolvimento realizar uma verificação do atendimento a estes itens com apoio de 
especialistas. Em todas as disciplinas, se necessário com apoio externo. A gestão do projeto 
deve encaminhar ou evidenciar essa verificação. 
 
Os critérios podem conter orientações que travam a flexibilidade das soluções do Projeto 
Executivo. 
A análise pelo Cliente para entrega do Projeto é normalmente realizada após a etapa de 
Construção e Montagem, ou seja, após a construção, a análise dos critérios e das normas 
referenciadas evita desgastes com a comparação dos critérios e o Projeto. 
 
 
Avaliações de sistemas de prevenção de erro humano, são uma abordagem necessária na 
definição de sistemas de segurança nas fases iniciais de projeto. 
 
 
 
 
COMPLEXIDADE 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 15 - 
15 
 
Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do 
manual. 
 
A Complexidade de um Projeto, conforme Simon 1962: 
 
Grande número de componentes com múltiplas interações em que é difícil 
compreender o comportamento dos componentes individuais ou prever o 
comportamento global do sistema, com base no conhecimento das condições de 
partida.** 
 
Compreendendo o Projeto como a configuração de um sistema com centenas ou milhares de 
componentes interligados que devem funcionar em conjunto para alcançar um objetivo, quanto 
maior a quantidade desses componentes, quanto maior as interfaces, quanto mais complexo o 
processo, maior a Complexidade do Projeto. 
A fiscalização de Projetos na Engenharia, com empreendimentos do vulto da PREMIUM I e II, 
IERENEST, COMPERJ, Projetos do Pré-sal e da área Naval, envolve-se em situações de 
grande complexidade. 
 
FATORES QUE AGREGAM COMPLEXIBILIDADE AO PROJETO 
 
Podemos agrupar numa lista de fatores, informalmente chamados de gatilhos, os fatores 
comumente relacionados com a complexidade dos projetos, colocando-os num ranking em 
ordem decrescente de intensidade: 
 
a) Pessoas 
b) Internacionalidade 
c) Multidisciplinaridade 
d) Cliente 
e) Tamanho do projeto; 
f) Novos parceiros 
g) Quantidade de parceiros e pessoas de contato 
h) Dinâmica 
i) Variações e opções abertas 
j) Dependência de outras empresas 
k) Quantidade de fontes de informações 
l) Quantidade de informações para analisar 
m) Dependência de outros departamentos 
n) Novos processos 
o) Baixo nível de maturidade 
 CONSTRUTIBILIDADE - 16 - 
16 
 
p) Nova tecnologia 
q) Política de empresa 
 
Esses fatores devem ser discutidos e tratados pelas equipes de gestão., mapeando-se, riscos, 
impactos, oportunidades, soluções. 
 
TIPOS DE COMPLEXIDADE 
 
Alguns autores postulam quatro tipos básicos de Complexidade de Projeto: 
 
Complexidade de Fé - Compreende a necessidade do uso da criatividade e da intuição como 
ferramentas para trabalhar com o desconhecido, daí o nome. 
Complexidade de Fato – Grande quantidades de informação a serem integradas. 
Complexidade de Interação – Grande numero de interfaces, empresas, pessoas, sistemas, 
locais. 
Tipo de Projeto – Relacionada ao tamanho do projeto, a tecnologia envolvida. 
 
Esses tipos podem ser detalhados por suas características, perspectivas e definições, 
esquematizando uma configuração semelhante ao quadro anexo. Na medida em que eu 
aperfeiçôo os processos de gestão e as atividades relacionadas a esses tipos, mais antecipo 
soluções, previno problemas, facilito o processo de um modo geral. 
 
Configuração do Padrão de Complexidade 
 
Grupo Característica Perspectiva Definição 
Complexidad
e de Fé - 
complexidade 
envolvida na 
criação de 
algo único ou 
resolver 
problemas 
novos. 
Nível de 
Imaturidade 
Tecnológico Definição dos parâmetros técnicos do projeto. 
Quanto mais detalhado for, maior a dificuldade 
para 
Comercial Definição da configuração macro da organização. 
Dinâmica Tecnológico Frequência e impacto das mudanças nos 
aspectos tecnológicos e técnicos. 
Comercial Frequência e impacto das mudanças na 
equipe do projeto e organização macro. 
Complexidad
e de Fato - 
complexidade 
em lidar com 
uma 
quantidade 
muito grande 
de 
informações 
interdependen
- tes. 
Número 
de fontes 
/ 
elementos 
Tecnológico Quantidade de interfaces técnicas de cada 
sistema, ou seja, como os sistemas estão inter-
relacionados. 
Comercial Quantidade de pessoas ou empresas com as 
quais se tem que lidar com durante o projeto. 
Interdependê
n- cia 
Tecnológico Interdependência dos elementos técnicos. 
Comercial Reflete-se principalmente na frequência de 
comunicação ou na dependência mútua para a 
tomada 
Complexidad
e de 
Interação – 
Referencial Tecnológico Uso de diferentes referências técnicas, tais 
como normas e padrões diferentes, ou a 
diferença entre o 
Comercial Variabilidade de referências pessoais. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 17 - 
17 
 
presente em 
interfaces 
entre 
sistemas, 
locais, seres 
humanos e é 
caracterizada 
pela 
transparência, 
multiplicidade 
Transparência Equipe 
Clientes 
Parceiro
s 
Indica a influência de questões políticas no 
projeto. 
Empatia Equipe 
Clientes 
Parceiro
s 
Uma questão pessoal e intangível que faz um 
determinado conjunto de pessoas trabalhar 
melhor juntos do que outros. 
Tipo de 
Projeto 
Tamanho do Projeto Tamanho da parcela do (orçamento) projeto 
pela qual a empresa analisada é responsável. 
Amplitude da 
Responsabilidade 
Amplitude da responsabilidade da empresaem um determinado projeto. 
Customização 
e 
Singularidade 
Tecnológico Grau de customização técnica / tecnológica do 
escopo solicitado, podendo ir de um padrão a 
um novo protótipo. 
Comercial Grau de customização das atividades 
organizacionais / comerciais, ou seja, novos 
parceiros, clientes, ou mesmo uma nova equipe. 
 
 
Se eu fosse resumir as questões de complexidade de Projetos em quatro palavras, essas 
seriam: 
 
Internacionalidade 
Cliente 
Pessoas 
Multi-Disciplinalidade. 
 
 
São os quatro gatilhos mais importantes de complexidade identificados ("internacionalidade”, 
“cliente”, “pessoas” e “multi-disciplinaridade") caracteristicamente relacionados à complexidade 
da interação. Isso implica na criticidade da interação para a função de gerenciamento de 
projetos (GERALDI, 2007, p. 7; GERALDI e ADLBRECHT, 2007. p. 34). 
 
 
 
TEMAS 
 
Alguns Temas chaves e suas instâncias que impactam a complexidade dos projetos foram 
levantados por diversos líderes de Projeto, são estes: 
 
Metas 
 
- Metas de nível elevado / mal determinadas na prática 
- Clientes pouco claros sobre as metas e os objetivos 
- Definição incompleta ou inadequada de requisitos 
- Decisões anteriores difíceis para acomodar ou não mais aplicáveis 
 
Stakeholders 
 
- Várias ou mudanças das partes interessadas (stakeholders) seniores 
- Vários clientes 
 CONSTRUTIBILIDADE - 18 - 
18 
 
- múltiplos fornecedores 
- Vários stakeholders 
- Clientes exigentes / expectativas ou metas não realísticas 
- Alta visibilidade / sensível políticamente 
- Falta de controle devido a vários proprietários ou clientes do projeto 
- Suporte sênior inadequado 
- Variação ou difícil de manter o engajamento das partes interessadas – 
 
Mudanças nos requisitos das partes interessadas 
 
- Novas exigências 
- Incerteza das informações 
- informações ambíguas ou incompletas 
- Muitas pessoas com interesse, inclusive o governo 
 
Interfaces e Interdependências 
 
- Falta de controle devido a múltiplas interfaces 
- Falta de controle devido a muitos proprietários 
- Falta de controle devido a múltiplas plataformas 
- Integração de sistemas / plataformas múltiplas 
- Diferentes filosofias de design em todas as plataformas 
- Interdependência em relação a outros projetos 
- Atualização / modernização do sistema existente / adaptação - Interdependência com o 
ambiente 
- Interdependências inter-organizacionais 
- Interdependências dos cronogramas 
- Integração da qualidade 
- Integração de sistemas 
- Muitas interfaces e interações de sistemas 
 
Tecnologia 
 
- Inovação 
- Tecnologia desconhecida 
- Tecnologia de ponta 
- Tecnologia muito difícil 
- Alteração no ambiente tecnológico / mudança tecnológica 
 
Processos de gestão 
 
- Relações com o contratante 
- Opções de aquisição 
- Relações contratuais difíceis - Contratos múltiplos 
- Ética do contratante / práticas comportamentais de aquisição 
- Aceleração (fast tracking) / engenharia concorrente / sobreposição de processos 
- Diferentes problemas técnicos com contratos diferentes 
- Custo controlado pelo fornecedor / monopólios 
- Disponibilidade controlada pelo fornecedor 
 
Práticas de trabalho 
 
- Diferenças culturais entre departamentos, organizações ou países participantes 
- Diferenças de terminologia cultural 
- Distância geográfica / fusos horários - Culturas internas 
- Diferenças de língua 
- Multidisciplinaridade 
- Processos administrativos que devem ser respeitados 
- Micro-relatórios / micro-comunicação 
 CONSTRUTIBILIDADE - 19 - 
19 
 
- Responsabilidades divididas / sem autoridade clara - Seleção inadequada do pessoal do 
projeto 
- Metodologia do projeto inadequada 
- Pressão orçamentária 
 
Tempo 
 
- Mudança dos tomadores de decisão ao longo do tempo 
- Extensão do histórico do projeto que influencia as decisões posteriores 
- Falta de capacidade de definir / instabilidade dos requisitos ao longo do tempo - 
Relacionamentos-chave mudando ao longo do tempo 
- Planos constantemente reformulados 
- Mudança dos interessados importantes 
 
 
O Processo de gestão do Projeto envolve lidar do melhor modo com todas essas instancias. 
 
Certo PMS (Project Manager Sênior) otimista disse certa vez: “Não importa quão 
experiente seja sua equipe, o numero de controles que sejam realizados, a 
metodologia de gestão aplicada, certamente diante de um Projeto complexo você irá 
falhar” 
 
 
Um processo de gerenciamento de projetos é definido como “um conjunto de ações e 
atividades inter-relacionadas realizadas pela equipe do projeto para obter um conjunto pré- 
especificado de produtos, resultados, serviços ou objetivos” (PMI, 2008). 
 
Em sua dissertação de mestrado1 Ricardo Toshio Yugue resume em vinte e seis os principais 
processos extraídos dos Grupos de Processo do PMI (Project Management Institute) para uma 
eficaz gestão da questão da Complexidade de Projeto: 
 
Quadro – Processos de gerenciamento de projetos 
 
 
Processos Grupo de 
Processos 
 
Definição 
 
Referência 
1. Elaboração do 
termo de abertura 
(Project Charter) 
Integração É realizada pelo iniciador ou 
patrocinador do projeto e tem por 
objetivo formalizar a existência do projeto 
e autorizar seu gerente a aplicar os 
recursos organizacionais necessários às 
atividades do projeto. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005); Streun (2006). 
2. Reunião inicial 
(kick-off meeting) 
Comuni- 
cação 
É uma reunião de comunicação e 
de coordenação para assegurar que 
todos tenham conhecimento e 
correto entendimento dos detalhes do 
projeto e das pessoas que nele 
trabalham. 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Mulcahy (2005); 
Le Bissonnais (2003). 
3. Controle de 
mudanças 
Integração Envolve a identificação, documentação, 
aprovação e controle de mudanças feitas 
nos principais documentos de referência 
do projeto (linhas de base), como, por 
exemplo, o cronograma e a EAP iniciais. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Mulcahy (2005); Streun 
(2006); Cleland (1999); Le 
Bissonnais (2003). 
82 
 
 
Quadro - Processos de gerenciamento de projetos (con tinuação) 
 
 
1 Dissertação denominada Contribuição ao Estudo dos Processos de Gerenciamento e da Complexidade 
dos Projetos. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 20 - 
20 
 
 
Processos Grupo de 
Processos 
 
Definição 
 
Referência 
4. Identificação de 
requisitos 
Escopo Está relacionada à quantificação e 
documentação de necessidades, 
desejos e expectativas das partes 
interessadas no projeto, mais 
especificamente às condições ou 
capacidade que deve ser atendida pelo 
projeto e/ou seus produtos ou resultados. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Besner e Hobbs (2008); 
Mulcahy (2005); Peels 
(2006); Le Bissonnais 
(2003). 
5. Elaboração da 
declaração do 
escopo 
Escopo Inclui descrever as principais entregas, 
premissas e restrições do projeto e a 
descrição do trabalho a ser realizado. A 
declaração do projeto é usada para 
confirmar ou desenvolver um 
entendimento comum do escopo do 
projeto entre as partes interessadas. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Mulcahy (2005); 
Mepyans-Robinson (2006). 
6. Elaboração da 
Estrutura Analítica 
do Projeto (EAP ou 
“WBS”) 
Escopo 
Envolve realizar a decomposição 
hierárquica do escopo total do projeto, 
orientada à entrega do trabalho a ser 
executado pela equipe do projeto. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005); Turner e Cochrane 
(1993); Peels (2006); 
Mepyans-Robinson (2006); 
Le Bissonnais (2003). 
7. Elaboração do 
Dicionário da EAP 
ou “WBS” 
Escopo Cada componente da EAP deve 
ser detalhado por meio de uma breve 
descrição do escopo, das entregas, das 
atividades associadas e de uma lista dos 
marcos. Também pode incluir os 
recursos necessários, a estimativade 
custos e outras referências técnicas que 
facilitem o trabalho. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005); Mepyans-Robinson 
(2006a); Cleland (1999). 
8. Estimativas de 
recursos 
Tempo Processo de estimativa dos tipos 
e quantidades de material pessoas, 
equipamentos ou suprimentos que serão 
necessários para realizar cada atividade. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Houston (2006). 
9. Elaboração do 
cronograma 
Tempo Processo de análise do 
sequenciamento de atividades, 
durações, recursos necessários e 
restrições para o estabelecimento de, 
pelo menos, uma data de início e de 
término planejadas para cada atividade 
do projeto. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Mulcahy (2005); Houston 
(2006); Cleland (1999). 
10. Estimativa de 
custos 
Custos Processo de desenvolvimento de uma 
estimativa dos recursos 
monetários necessários para terminar 
as atividades do projeto. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Mulcahy (2005); 
Peels (2006); Abdomerovic 
(2006); Cleland (1999). 
11. Elaboração do 
orçamento 
Custos Processo de agregação dos custos 
estimados de atividades individuais ou 
pacotes de trabalho para estabelecer 
uma linha de base autorizada dos custos. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Mulcahy (2005); 
Abdomerovic (2006). 
12. Cálculo do 
valor agregado (EV) 
Custos Trata-se do cálculo do valor do trabalho 
terminado expresso em termos do 
orçamento inicialmente aprovado 
atribuído a esse trabalho para uma 
atividade ou componente da EAP. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Ellis Jr 
(2006); Lambert (2006). 
 
Quadro - Processos de gerenciamento de projetos (con tinuação) 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 21 - 
21 
 
 
Processos Grupo de 
Processos 
 
Definição 
 
Referência 
13. Plano de 
gerenciamento da 
qualidade 
Qualidade Envolve descrever como a equipe de 
gerenciamento de projeto implementará 
a política de qualidade da organização e 
inclui o controle da qualidade, a garantia 
da qualidade e a melhoria contínua de 
processos. 
PMI (2008); Peels (2006); 
Le Bissonnais (2003). 
14. Organograma 
do projeto (estrutura 
organizacional) 
Pessoas Trata-se da representação gráfica dos 
membros da equipe de projeto e suas 
relações hierárquicas, de cima para 
baixo. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Peels (2006); Le 
Bissonnais (2003). 
15. Elaboração da 
matriz de 
responsabilidades 
Pessoas Envolve a representação do 
relacionamento do organograma do 
projeto com a EAP com o objetivo de 
garantir que cada componente do 
escopo de trabalho do projeto tenha uma 
pessoa ou equipe a ele relacionada. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Towe 
(2006); Cleland (1999). 
16. Realização de 
atividades de 
desenvolvimento da 
equipe 
Pessoas Envolve os esforços para aumentar o 
desempenho da equipe de projeto por 
meios de treinamento, construção da 
equipe, agrupamento, reconhecimento e 
recompensas. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Mulcahy (2005); 
Dinsmore (2006); Le 
Bissonnais (2003). 
17. Elaboração do 
plano de 
comunicação 
Comuni- 
cação 
Envolve descrever as necessidades 
de comunicação, como e em que 
formato as informações serão 
comunicadas, quando e onde será 
realizada cada comunicação e quem 
é o responsável pelo fornecimento de 
cada tipo de comunicação. Também 
define quem será comunicado. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Mepyans-Robinson 
(2006b). 
18. Gerenciamentos 
dos staeholders 
Comuni- 
cação 
É o processo de comunicação e 
interação com as partes interessadas 
com o objetivo de atender às suas 
expectativas, necessidades e interesses, 
além de eventuais divergências. 
PMI (2008); Mepyans- 
Robinson (2006b); 
Englund (2006). 
19. Elaboração dos 
relatórios de 
desempenh
o 
Comuni- 
cação 
Envolve a elaboração de documentos 
ou peças de comunicação que 
apresentem as informações sobre o 
desempenho do projeto, podendo ser 
composto por cálculos e análises sobre o 
andamento do trabalho do projeto. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005); Peels (2006); 
Mepyans-Robinson 
(2006b); Lambert (2006); Le 
Bissonnais (2003). 
20. Manutenção e 
atualização dos 
registros 
Comuni- 
cação 
São realizados como resultado do 
processo de controle integrado de 
mudanças e incluem o registro de 
solicitações de mudanças e quaisquer 
documentos que estejam sujeitos ao 
controle de mudanças. 
PMI (2008); Besner e 
Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005); Peels (2006). 
21. Elaboração da 
matriz de análise de 
riscos 
(probabilidade/ 
impacto) 
Riscos Significa especificar as combinações de 
probabilidade e impacto que resultam 
em uma classificação dos riscos em 
diferentes prioridades de atenção, 
para posterior análise quantitativa e 
planejamento da resposta. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Besner e Hobbs 
(2008); Hillson (2006). 
 
 
Quadro - Processos de gerenciamento de projetos (con tinuação) 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 22 - 
22 
 
 
Processos Grupo de 
Processos 
 
Definição 
 
Referência 
22. Definição das 
estratégias de 
resposta a 
riscos 
Riscos É o processo de desenvolvimento de 
opções e ações para aumentar as 
oportunidades e reduzir as ameaças aos 
objetivos do projeto. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Mulcahy (2005); 
Hillson (2006). 
23. Elaboração do 
plano de aquisições 
Aquisições É o processo de elaboração do plano que 
descreve como os processos de 
aquisição do projeto serão gerenciados. 
PMI (2008); Le Bissonnais 
(2003); Mulcahy (2005); 
Woolf (2007). 
24. Administração 
de contratos 
Aquisições É o processo de gerenciar as relações 
de aquisição, monitorar o desempenho e 
fazer mudanças e correções necessárias 
nos contratos, de forma a garantir que 
ambas as partes cumpram suas 
obrigações. 
ABNT (2000); PMI (2008); 
Maximiano et al. (2010a; 
2010c); Mulcahy (2005); 
Edwards (2006) 
25. Registro de 
lições aprendidas 
Aprendi- 
zado 
A aprendizagem obtida, a experiência 
adquirida e as recomendações de 
melhoria dos processos são incluídas 
nos arquivos do projeto para que 
possam ser aproveitadas em outros 
projetos no futuro. 
ABNT (2000); Maximiano 
et al. (2010a; 2010c); 
Besner e Hobbs (2008); 
Mulcahy (2005); Edwards 
(2006). 
26. Obtenção ou 
emissão da carta 
de aceitação pelo 
cliente 
Integração Processo de formalização da aceitação 
das entregas terminadas do projeto, 
assegurando que todos os requisitos 
foram atendidos. 
PMI (2008); Maximiano et 
al. (2010a; 2010c); Besner 
e Hobbs (2008); Mulcahy 
(2005). 
 
 
Essa abordagem sobre a Complexidade visa levantar os temas relevantes a serem pensados e 
repensados para gestão de Projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 23 - 
23 
 
 
HISTÓRIA DO PROJETO 
 
 
 
 
 
A história do Projeto deve estar bem documentada, assim como seu desenvolvimento e 
as etapas de sua consolidação através de atas, reuniões workshops. A mudança ou alterações 
de conceitos no Projeto diferentes do solicitado em IBE ou Critério ou Norma deve ser 
JUSTIFICADO para emissão do PROJETO especifico. 
O ciclo de vida de um Projeto de sua gestação ou concepção até sua aplicação deve ser 
documentado em todos os seus aspectos e modificações. 
 
 
E ele continua em modificação até posteriormente ao período da pré-operação do sistema. 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 24 - 
24 
 
O tratamento das revisões de projeto e sua atualização continua é fruto de um trabalho de 
controle que impactará várias disciplinas envolvidas; 
REFERENCIAS dos projetos em outros Projetos, em PROCEDIMENTOSe PLANOS. 
 
Impacto na Qualidade 
Fornecedores
Conceito
Definições
Fornecimentos
Construção e Montagem
Comissionamento
Pre Operação
Operação
Modificações
Projeto
Qualidade
 
 
As auditorias realizadas durante a fase de Construção e Montagem levantam inúmeras 
inconsistências nas referencias ao Projeto em documentos de planejamento, qualidade e 
comissionamento. O SIGEM é utilizado como repositório das ultimas atualizações, incluindo a 
atualização dos documentos dos Fornecedores. Auditorias realizadas em obras levantam 
inúmeros casos de documentos ainda obsoletos no SIGEM, ou discordância de revisões 
utilizadas pela Produção. O controle da evolução do Projeto da geração, no tramite, nas 
referencias, até a execução concede consistência a montagem. 
Os manuais de Operação e de Manutenção devem referenciar do mesmo modo as ultimas 
revisões do Projeto. 
O histórico do Projeto resgata o QUANDO e o PORQUÊ modificaram os desenhos. Ele 
JUSTIFICA o futuro do Projeto. 
O controle das revisões utilizadas controla a aplicação dessas mudanças no PRESENTE do 
mesmo. 
O PASSADO deve estar catalogado, rastreável, ou utilizando outro termo, ser resgatável. 
Algumas situações redefinem o projeto, já não posso aplicar determinado CRITÉRIO porque 
um acordo ou mudança foi DEFINIDA em algum lugar do passado e determinada ATA, reunião, 
Consulta Técnica, Mudança de Mudança de Escopo, Pedido de Esclarecimento ou orientação 
definiram que a partir daquele momento tal equipamento ou premissa seria a mais adequada 
para continuidade do Projeto. 
 
O envolvimento nessas redefinições e inclusão dos demais stakeholders é importante para que 
em algum momento haja uma resposta evidenciada ( com responsabilidade das partes) nesse 
histórico para eliminar questionamentos diversos. 
Resgatar informações num Projeto gigantesco pode se tornar uma tarefa muito ingrata. Daí a 
necessidade de uma metodologia para catalogar, tornar rastreavel, tornar indestrutível*, essas 
consolidações. 
 
 
A geração do Projeto Executivo parte de alguns documentos principais: 
 
1- IBE (Instruções Básicas de Projeto – Diretrizes) 
2- Memorial descritivo 
3- Critérios diversos de Projeto 
 CONSTRUTIBILIDADE - 25 - 
25 
 
4- Projeto Básico 
5- Anexo de Projeto do CONTRATO 
6- VENDOR LIST 
7- Respostas concedidas ás circulares á época da CONTRATAÇÃO. 
 
E será consolidado por 
 
8- PT´s (Pareceres Técnicos) 
9- TAF`S (Testes de Aceitação de Fabrica) 
10- FD`S de fabricante (Folhas de Dados de Fabricantes) 
11- Consultas Técnicas (Consultas Técnicas) 
12- Comentários da PETROBRAS via Workflow 
13- Comentários em Atas, Reuniões, emails. 
14- AS-BUILT 
 
Esta documentação (1-13) É ESTABELECIDA A PARTIR DE normas diversas: 
 
TECNICAS 
Internacionais 
PETROBRAS 
Nacionais 
LEGAIS 
Portarias 
Normas Regulamentadoras 
Legislação Federal, Estadual, e Municipal 
Legislação Ambiental 
 
 
 
Sendo necessário haver momentos de análise da adequação legal do Projeto 
Executivo, em virtude de seu desenvolvimento. 
 
O Cliente deve ser chamado à participação de todas as reuniões de conceitos, 
validação, ou necessidades de modificações, sendo necessariamente convocado para: 
 
- Reuniões de Coordenação 
- Análises dos Pareceres Técnicos 
- O acompanhamento das questões de SUPRIMENTO 
- reuniões de DEFINIÇÕES ou de CONSOLIDAÇÃO. 
- Modificação do escopo 
- Reunião de Abertura 
 
A fiscalização do Projeto ocorre em determinada fase na qual teoricamente já foram 
utilizados ferramentas de consolidação do mesmo, tais como Análise de Risco, 
Construtibilidade, Engenharia de Valor e Hazop. 
 
O processo de desenvolvimento do Projeto necessitaria a aplicação dessas 
metodologias em todas as suas fases. 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 26 - 
26 
 
 
 
 
Caso não tenham sido aplicadas as premissas anteriores por razões quaisquer resultará em 
diversos casos em que a fiscalização do Projeto EXECUTIVO disporá em mãos de um projeto 
BASICO com diversos holds (indefinições). 
Há exemplo dos investimentos em que os projetos possuem unidades com tecnologias 
proprietárias onde o ON-SITE2 possui um projeto básico bem estabelecido e um OFF-SITE 
3sem definições. 
 
A mudança de PROJETO pode inviabilizar e mesmo triplicar o custo inicial de um CONTRATO. 
A consistência do PROJETO com apoio de especialistas é a malha fina para que os 
equipamentos e sistemas principais não venham a sofrer mudanças significativas. 
Significa consolidar o dimensionamento das estruturas, salas, armazéns, áreas abrigadas, 
pisos, estruturas elevadas, a definição da drenagem, da altura das tubulações, do 
posicionamento dos suportes, dos locais das bases dos skids (estruturas metálicas onde são 
montados os componentes de um pacote, ex: bomba e motor elétrico; compressor, filtros, 
válvulas, etc.) de equipamentos e dos skids auxiliares, dos sistemas subterrâneos de 
cabeamento, alturas dos porões de cabos das subestações, distancias mínimas para 
equipamentos pressurizados, ou com produtos inflamáveis, os materiais dos tanques, 
tubulações, etc. 
 
 
HIERARQUIA 
 
Há uma hierarquia de impactos no Projeto – Uma mudança no patamar anterior causa 
mudanças em toda a rede a posterior. 
Exemplo grosso modo: 
 
LAY-OUT 
CIVIL - ESTAQUEAMENTO 
CIVIL - ESTRUTURAS 
 
2 On-Site – Diz-se do Projeto da Unidade Industrial em si até seu limite de bateria – detalha os sistemas, 
tubulação, civil, elétrica, etc, até esse limite. 
3 Off-Site – Diz-se das unidades ou sistemas auxiliares externos a uma determinada área industrial, 
suprimento de água, efluentes, as estradas de acesso, energia elétrica externa, alimentação de gás ou os 
dutos de produtos, etc. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 27 - 
27 
 
BASES EQUIPAMENTOS 
CIVIL – REDE ELETRICA SUBTERRANEA 
GRANDES EQUIPAMENTOS 
TUBULAÇÃO – LINHAS MAIORES 
PACOTES 
ELETRICA 
INSTRUMENTAÇÃO 
AUTOMAÇÃO 
TELECOMUNICAÇÕES 
 
 
Os portais da QUALIDADE de Projeto desejável pelos clientes sempre passa por um crivo, uma 
peneira que irá conter as visões de: 
 
- ERGONOMIA 
- MANUTENÇÃO 
- OPERACIONALIDADE 
- FLEXIBILIDADE OPERACIONAL 
- MANUTENABILIDADE 
- CONFIABILIDADE 
- CONFORTO TÉRMICO, ACUSTICO 
- SEGURANÇA OPERACIONAL 
- SEGURANÇA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DAS INTERFACES 
 
A responsabilidade do Cliente deve ser estabelecida de modo claro desde o Projeto 
Conceitual, Básico, e no Executivo, num procedimento de coordenação em que as partes 
interessadas participem ou sejam devidamente comunicadas. 
IMPORTANTE FRISAR QUAIS SEJAM ESSAS PARTES INTERESSADAS. 
 
A GESTÃO DOS STAKEHOLDERS FANTASMAS 
 
O stakeholder fantasma é aquele que aparece do nada e que apesar de rumores sobre sua 
existência, ninguém concedia a mínima importância para o mesmo. 
 
Os atores da empreitada industrial são vários: 
 
Operadores 
Inspetores de equipamentos 
Equipe de manutenção em diversas áreas 
Equipe de meio ambiente 
Equipe de segurança Industrial 
Equipe de Segurança Patrimonial 
Engenharia de Automação 
Engenharia de Processo 
Engenharia de Corrosão 
 CONSTRUTIBILIDADE - 28 - 
28 
 
Materiais 
Laboratoristas 
Equipe de Comunicação 
 
O Publico Externo 
Sindicatos 
Ministério do trabalho 
ANP 
COMUNIDADE 
 
E a unidade deve atender nas suas diversas discipli nas a todos esses 
grupos 
 
 
Ou seja, a EXCELENCIA de um PROJETO de ENGENHARIA está interligada ao atendimento 
das expectativas destes vários públicos alvo. 
 
Uma aplicação de LV referenciando se necessidades especificas destes grupos estão sendo 
atendidas seria de grande valia. 
 
Exemplos de necessidades especificas: 
 
Ergonomia 
Laudos NR-13 
Documentação de fabricação 
Manuais de operação e manutenção 
Lista de equipamentos de segurança 
Pontos de amostragem 
Analisadores de vibração 
Analisadores 
Sistemas de drenagem 
Identificação visual 
Sobressalentes 
Ferramentas especiais 
Planta de segurança 
Pontos de monitoramento de corrosão 
Bloqueios (raquetes) sistemasDiagrama de causa e efeito 
Otimização do processo 
Fichas químicas produtos 
 
Deve ser avaliada a participação, a comunicação, a informação e mesmo comentários dos 
grupos alvo nas suas áreas de atuação. 
 Imprescindível que a operação seja envolvida nas discussões sobre as unidades que assumirá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 29 - 
29 
 
 
 
COMISSIONAMENTO 
 
A questão do Projeto passa pela capacidade de COMISSIONÁ-LO – Tendo condição de suprir 
todas as necessidades para as fases de: 
 
- Completação mecânica 
- Acesso pra os ensaios de QUALIDADE 
- Comissionamento e testes funcionais 
- Pré-operação e Operação assistida 
 
Significa que o Projeto deverá prover os recursos e insumos até esse instante. 
 
- Assistência técnica 
- Garantias 
- Sobressalentes 
- Ferramentas especiais 
- Insumos para preservação e operação do equipamento 
 
 
O Projeto deve ser documentado o suficiente para que possamos realizar suas 
atividades sem erro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
 CONSTRUTIBILIDADE - 30 - 
30 
 
 
O processo de Comissionamento é a realização de atividades com foco na Operação da 
unidade. Comissionar é preparar para a partida. A metodologia básica consiste em dividir a 
Unidade em partes que possam ser testadas de um modo integral, ou o mais próximo disso, e 
trabalhar a documentação de testes agrupando por estes sistemas ou sub-sistemas. Nos 
gráficos abaixo segue uma seqüência de sistemas/subsistemas que devem ser testados para a 
partida de uma grande unidade industrial, e as atividades principais: 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 31 - 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 32 - 
32 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 33 - 
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 CONSTRUTIBILIDADE - 34 - 
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 CONSTRUTIBILIDADE - 35 - 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 36 - 
36 
 
Pensa-se numa unidade como pacotes, ou sistemas. Essa unidade será composta 
basicamente, além das estruturas civis e metálicas e das tubulações: 
 
EQUIPAMENTOS 
INSTRUMENTOS 
Que sofreram os processos de Fabricação, Transporte e Recebimento na Obra 
Após sua chegada para que possam manter a funcionabilidade eles serão Preservados, com 
rotinas de lubrificação, limpeza, giro dos eixos dos motores, aplicação de vernizes, graxas, etc. 
Essa Rotina é denominada de PRESERVAÇÂO 
Uma vez na Obra eles serão cadastrados num sistema informatizado denominado 
FIC – Ferramenta Informatizada de Comissionamento 
Então finalmente serão MONTADOS, CALIBRADOS, TESTADOS 
Ao Processo de montagem denominamos de COMPLETAÇÂO MECANICA 
Ao Processo de Calibração e ajustes, assim como os testes de campo, denominamos 
de CONDICIONAMENTO 
Cada SISTEMA possui dezenas ou centenas de equipamentos/instrumentos. Das diversas 
disciplinas: 
Instrumentação – Transmissores, Medidores, Válvulas motorizadas 
Eletricidade,- Painéis, geradores, relés digitais, motores, transformadores, luminárias 
Máquinas – Compressores, Turbinas, bombas 
Mecânica – Vasos, tanques, permutadores, 
Automação – Sistema de controle, Programadores Lógico Programáveis, Sistemas de 
Automação 
Telecomunicações – Rede Ethernet, Telefonia, sistema de viva voz 
 
Os equipamentos podem ser comprados em unidades ou pacotes, que englobam por vezes um 
sistema de automação, válvulas de controle, etc. 
As folhas de testes, certificados de completação mecânica, de calibração, de testes funcionais, 
de certificação ex-d, estanqueidade, etc, serão armazenados por sistema numa pasta 
denominada pasta de Sistema. Nela estarão contidos diversos documentos, parte dos 
relatórios gerados pela FIC. 
 
Para a realização deste acompanhamento são necessárias várias atividades de apoio como 
exemplo: 
 
Comissionamento - Atividades 
Acompanhamento atividades de NR-13 campo 
Verificação dos laudos de NR-13/ interface SPIE Cl iente 
Gerir pendências de Comissionamento 
Gerir pendências para emissão Atestado Comissioname nto 
Revisão da Documentação de Testes de Aceitação e Pe rformance e 
consolidação nas pastas 
Controle pendencias Documentação para Transferencia do Sistema 
 CONSTRUTIBILIDADE - 37 - 
37 
 
Atualização Planilha de dados de manutenção 
Apoio às Medições CONTRATO - Comissionamento 
Atividades de Planejamento dos TAP 
Verificação do As-Built 
Verificação das Garantias/ equip. 
Treinamento realizado para o equipamento- comentar Qualidade didática 
manuais 
 
Conferencia manuais Operação e Manutenção dos Forne cedores 
Manuais Operação e Manutenção dos Sistemas - Coment ar 
 
Check List Utilidades (ar comprimido, água, eletric idade, iluminação normal, 
emergência) 
Testes Sistema de automação 
Sobressalentes 
 
Vericação atendimento lista de Automação 
Acompanhamento testes TAP por disciplina 
Gestão Treinamento 
Sintonia das malhas 
Gestão das questões de Inertização 
Acompanhamento Análises de segurança para Pré-opera ção e Partida 
Inspeções de Completação mecânica por Disciplina 
Elétrica 
Mecânica 
Tubulação 
Bombas 
Compressores 
Automação 
Instrumentação 
Redes 
Telecomunicações 
Verificação Sistemas de Segurança 
Analise documentação certificação ex-n 
Acompanhamento reunião semanal 
Controle geral de Comissionamento - Planejamento 
Interface Cliente 
 
 
As atividades de Comissionamento são definidas numa Diretriz de Comissionamento, faz-se 
necessário apoio de um grupo especifico para apoio as atividades de fiscalização dessas 
atividades. 
O planejamento especifico é essencial, assim como a definição prévia da equipe e da matriz de 
 CONSTRUTIBILIDADE - 38 - 
38 
 
atividades para acompanhamento dessas atividades. 
 
- Para que os equipamentos possam ser condicionados necessitam da Completação Mecânica 
realizada pelas fiscais de campo das disciplinas de Construção e Montagem. 
- Os Relatórios gerados pela FIC não substituem os requisitos de Qualidade necessários para 
certificar os equipamentos. Todos os relatórios e os testes de aceitação específicos contidos 
nas normas da ABNT e do CLIENTE devem ser seguidos, assim como as prescrições das 
ROTINAS/PROCEDIMENTOS de fiscalização. 
- Não pode existir desvinculação entre a inspeção de Qualidade e a equipe de 
Comissionamento da CONTRATADA. 
A Completação mecânica significa que o sistema está pronto para ser energizado, ou testado 
com produto. Isso significa que todos os laudos de NR-13 dos equipamentos estão realizados, 
que não há não conformidade nos equipamentos de áreas classificadas, que foi realizado e 
atestado por inspetores da qualidade das áreas especificas as atividades anteriores. Todos os 
instrumentos utilizados para as aferições devem ser certificados, com rastreabilidade até os 
padrões. As medições e as aferições requisitadas nas Folhas de Verificação só têm valor se 
referenciadas a instrumentos certificados. 
- O processo de Comissionamento, para as unidades que envolvem derivados de petróleo, é 
auditado de forma independente por Atestadora. Também as demais questões de construção e 
montagem para emissão do Atestado de Comissionamento, sem o qual não é possível a 
emissão de Autorização de Operação pela ANP. 
- Tem sido prática recorrente da ANP a solicitação de Atestado de Comissionamento para os 
sistemas já testados antes dos testes de sistemas com produto derivado de petróleo ou bio-
combustivel, GLP, gasolina ou etanol. A ANP considera que o termo “Condicionamento” seria 
mais adequado ao Atestado de Comissionamento, sendo hoje pré-requisito para gaseificação 
do sistema. Na pratica é necessário que a ANP conceda uma Autorização especifica para os 
testes com derivados. 
- as plataformas marítimas necessitam, além disso, sua certificação através de agencias 
certificadoras, reconhecidas internacionalmente e também autorização por parte dos órgãos 
regulatórios marítimos, tais como Marinha Brasileira ( NORMAM).CONSTRUTIBILIDADE - 39 - 
39 
 
 
EXCELENCIA DO PROJETO DE ENGENHARIA 
 
 
 
Nenhum Projeto é perfeito. E entre sua concepção e sua aplicação muitos eventos ocorrem e a 
soma das partes pode ser maior que o esboço original. A casa aquisição uma parcela da 
qualidade intrínseca daquele pedaço vai se acrescentando ao todo e se um desses pedaços 
não mantém o padrão exigido pode desqualificar o projeto de um modo geral. Excelência 
significa que haverá manutenção da Qualidade do Projeto na linha do tempo, da concepção até 
o As-Built e que as partes interessadas participarão agregando qualidade ao mesmo. A 
Excelência tem seus olhos voltados nos objetivos do Projeto, na satisfação do Cliente e nos 
altos padrões de Engenharia voltados para Segurança, Manutenção, Ergonomia, 
Intercambiabilidade, Durabilidade, Confiabilidade e Performance. 
 
De modo não exaustivo elencamos algumas pontos relevantes nesses padrões enumerados 
anteriormente. 
 
 
SEGURANÇA 
 
O atendimento as inúmeras normas internacionais, as legislações especificas e aos critérios de 
Projeto, aliados ao uso de procedimentos de soldagem, testes hidrostáticos, ensaios não 
destrutivos, de inspeção e de comissionamento adequados, atendendo aos requisitos de 
Qualidade são um dos alvos da fiscalização de Projetos. A consistência da documentação dos 
fornecedores, os treinamentos necessários, as instruções de segurança operacionais, os 
manuais de manutenção e operação, os sobressalentes para partida e operação assistida, os 
manuais de manutenção, os aspectos de assistência técnica e as garantias do equipamento. A 
segurança da instalação do equipamento diz respeito a classificação de área adequada, 
atendendo aos critérios de pressão máxima admissível e os recursos de segurança adicionais 
que se fizerem necessários. Exemplificando: 
Equipamentos que sejam seguros para operação e manutenção, que possuam dispositivos de 
alivio de sobrepressão, de resistência a fogo, sistemas de combate a incêndio, dispositivos 
para proteção pessoal, para segurança de inspeção. Eles devem ter segurança para operação 
normal e para paradas em emergência. 
 
 
MANUTENÇÃO 
 
Acesso aos equipamentos 
Acesso e facilidades para alimentação dos insumos 
Facilidade para retirada e transporte dos equipamentos 
Facilidade para desmontagem com mapeamento das ferramentas especiais necessárias 
Acesso e facilidade de parametrização de relés, interfaces 
Acesso de termografia aos painéis 
Atendimento das normas de NR-10 
Acessórios para apoio a operação elétrica, para segurança segundo a NR-10, 
Equipamentos que não sofram radio-interferencia 
 
ERGONOMIA 
 
Poder acessar as válvulas e equipamentos sem ocasionar má postura ou condição insegura 
operacional 
 
Por questão ergonômica: 
 
- A utilização racional dos espaços 
- A ergonomia do uso dos equipamentos 
- Acabamento, revestimentos, encaminhamento de eletrodutos, 
- Manutenção dos equipamentos e sistemas. 
 CONSTRUTIBILIDADE - 40 - 
40 
 
- Posicionamento e operação das válvulas 
- Acesso às tomadas, e dos acessórios dos sistemas auxiliares 
- Rotas desimpedidas de entrada e saída na unidade e aos equipamentos 
- Proteção acústica, térmica, vibracional, emissão de ondas, para o operador 
 
INTERCAMBIALIDADE 
 
Intercambialidade é a possibilidade de substituição temporária de um equipamento por outro 
similar, montado em outra parte qualquer da Unidade ou sistema. Só é possível tal substituição 
com o uso intensivo de padronização de componentes. 
 
DURABILIDADE 
 
Equipamentos projetados para condições de insalubridade e corrosão que serão submetidos 
sem necessidade de substituição freqüentes. 
 
 
CONFIABILIDADE 
 
Os sistemas devem ser projetados para serem seguros e mesmo quando submetidos as suas 
situações limite permanecerem íntegros e restaurada as condições de normalidade 
permanecem operando sem perda da qualidade dos produtos, do uso de energia, das 
condições ambientais, de segurança operacional e mantendo a performance par a qual foram 
projetados. Eles mantém suas características de fabrica ou das suas curvas de atenuação e 
não falham. Os equipamentos possuem taxas de operação e taxas de falha, e estes se 
mantém ou dentro ou superiores as condições de manutenção previstas. 
 
 
PERFORMANCE 
 
Significa que os sistemas podem trabalhar normalmente na capacidade máxima para a qual 
foram projetados, dentro das condições de Projeto. 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DE PROJETOS 
 
A integração de Projetos é necessária quando o escopo do Projeto é dividido entre projetistas 
diferentes. Essas Projetistas podem estar participando em atividades ou disciplinas especificas 
de um determinado Projeto, onde há a figura de uma Projetista Líder, ou pode ser realizado por 
grupos separados e escopos distintos para um empreendimento. Exemplo: Determinada 
unidade petroquímica, complexo para produção de uréia, em que os Fornos sofreriam um 
projeto separado do restante da Unidade, e haveria a necessidade de integração de diversas 
disciplinas para interligá-los ao restante das Unidades. 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 41 - 
41 
 
 
 
Uma integração pode abranger os sistemas de automação, telecomunicações, tubulações, 
instrumentação, rede ethernet, rede de válvulas motorizadas, sistemas de dilúvio, sistemas de 
detecção de gás, sistema de iluminação normal e de emergência, sistemas de combate a 
incêndio, sistemas de utilidades diversos como vapor, ar de serviço, ar de instrumentos. Pode 
ocorrer de uma projetista especificar a potencia de um motor, com fornecimento do mesmo e a 
subestação que irá alimentá-lo ser escopo de uma segunda projetista. Isso engloba diversas 
integrações, inclusive de bancos de dados, interfaces de automação e do supervisório4. Os 
limites de bateria devem estar perfeitamente discriminados. Por limites de bateria 
denominamos o limite de construção ou projeto em uma área da unidade. Cada disciplina sofre 
uma linha de corte determinada, as tubulações – até o bocal de determinados vasos; 
cabeamento elétrico – até determinados equipamentos; cabeamento de instrumentação – até 
determinada caixa de junção ou de terminais. A análise da integração consiste em verificar se 
há não há pendência de definições, exemplo se uma projetista define 40 válvulas motorizadas, 
e a outra fará sua automação e alimentação, tenho que possuir painéis com a potencia 
necessária para todas elas, minha automação deve possui a capacidade de monitorar e 
controlar essas 40 válvulas, os dois projetos devem identificá-las com os mesmos códigos ou 
TAG`S. 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DE PACOTES 
 
A integração de Pacotes 
 
 
 
Turbinas a gás e vapor, compressores, analisadores, determinados pacotes de filtragem, 
geração de nitrogênio, injeção química, injeção de odorizador, geradores, utilidades diversas, 
fornos, etc, são fornecidos com sistemas de instrumentação e PLC´s 5 e outros que necessitam 
ser integrados em nível de processo, de completação mecânica e de automação. Essa 
integração envolve padronização de protocolos, integração de controles e de rede para 
operação remota. Compreende alinhamento e interconexão de tubulações, conexão de flanges 
e de sistemas elétricos. Compreende integração de documentos de 
fornecedor/projetista/montadora. Impacta o projeto da automação e do SDCD da unidade, o 
TAF desse sistema em fabrica, e o futuro comissionamento do sistema integrado. 
 
 
O CONTROLE do ESCOPO é atividade fundamental da fiscalização de Projetos – Há projeto 
para cada COISA a ser realizada ou construída, o projeto contratado e suas disciplinas 
abraçam tudo que é necessário para sua realização 
 
 
4 Supervisório – Nome usualmente dado ao sistema de automação elétrica ou de instrumentação e 
processo da Unidade – normalmente possui telas onde são representados os equipamentos com dinâmicas 
para verificar seu status de funcionamento – ligado, desligado, fechado, aberto, cheio, vazio, alarmes. Etc. 
5 PLC – ProgramadorLógico Programavel 
 CONSTRUTIBILIDADE - 42 - 
42 
 
 
 
 
QUALIDADE DO PROJETO 
 
 
 
 
 
QUALIDADE do Projeto engloba outras premissas: 
 
- A responsabilidade de todas as partes envolvidas está evidenciada? 
- por “Todas as partes envolvidas” queremos realmente expressar TODAS AS PARTES QUE 
DEVERIAM EFETIVAMENTE ESTAR ENVOLVIDAS? 
- O Projeto necessita de parceiros internacionais, possuímos documentação em língua 
portuguesa da documentação? Uma das premissas de análise da documentação por parte do 
cliente é se a mesma está na língua portuguesa. 
 
A fiscalização do PROJETO necessita de uma metodologia para acompanhamento e controle 
eficaz: 
- Da execução do Projeto 
- Da emissão de Pareceres Técnicos 
- Das definições de Projeto que envolva as interfaces dos setores de Engenharia, Lideres de 
disciplina de Projeto da Contratada, Lideres de disciplina do Cliente. 
- Das consultas técnicas e pareceres que modificam o Projeto. A história do Projeto deve ser 
documentada desde o Conceitual, guardando as consolidações do básico. 
- Verificar o envolvimento das demais interfaces necessárias para aceitação do Projeto. 
- Da gestão do workflow de projeto 
- Da gestão da qualidade da documentação e do histórico das revisões no SIGEM até sua 
certificação. 
- Da gestão das revisões geradas pelas modificações de campo 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 43 - 
43 
 
 
- A consolidação da matriz de causa e efeito, diagramas de malha, diagramas de ligação e da 
documentação de automação de projeto, necessita tratamento diferenciado para o AS-BUILT. 
São centenas de documentos, podendo chegar a milhares de folhas de poucos documentos. 
Sua qualidade é evidenciada pela segura integração dos pacotes, dos diagramas de memória, 
dos endereços consolidados. 
 
- A gestão da retirada de interferências. Os modelos 3D integram diversas disciplinas tais como 
arquitetura, eletricidade, tubulação, estruturas civis. A complexidade das tubulações e diversos 
encaminhamentos de cabeamento de instrumentação e eletricidade geram centenas ou 
milhares de interferências. As redes de tubulação sofrem pesados estudos de flexibilidade, 
acústicos, de escoamento e surge, normalmente não sofrem alterações uma vez definidas, 
mas a mudança de determinadas situações após haverem multicabos passados pode gerar 
meses de atrasos na instrumentação. 
 
A gestão do Projeto Executivo deve ter em mente os erros mais comuns e sempre proceder 
verificações quanto a: 
 
- Tagueamento repetido 
- Inconsistência de ranges de instrumentos 
- Equipamentos inadequados em áreas classificada 
- Ergonomia de válvulas motorizadas 
- Acessibilidade de equipamentos 
- Automação correta de elementos do campo. Se uma válvula em local de difícil acesso 
necessita ter sua operação diária, deve ter um processo de automação incorporado. 
- Um sistema de compressores deve ter a capacidade de suas pontes dimensionada para a 
pior condição de carga, com a portabilidade do equipamento para um local em que possa ser 
depositado em área desimpedida. 
- Um instrumento não pode travar a abertura de outro equipamento 
- Nenhum eletroduto ou eletrocalha pode estar em elevação ou situação que possa ocasionar 
queda acidental, ou travando escadas. 
- Os acessos aos equipamentos não podem ser impedidos por instrumentos. 
- Os painéis devem estar situados de tal modo que possua acesso aos equipamentos em seu 
interior através de portas ou de placas extraíveis. 
- Sistemas de telecomunicações têm que possuir sistemas de aterramento com projeto 
especifico e proteções adicionais contra descarga atmosféricas 
- Equipamentos como geradores de emergência que geram alto grau de ruídos devem estar 
em locais com barreiras acústicas, em dimensões adequadas. 
- O projeto de tubulações em situações temperatura baixas exigem especificações de materiais 
especiais e sua rastreabilidade em 100% do projeto até sua instalação. 
 
 
São inúmeras linhas de consistência e a qualidade do Projeto é função de um processo bem 
estruturado de avaliação de erros, indefinições, especificações incompletas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 44 - 
44 
 
A QUESTÃO LEGAL 
 
Para aceitação da Unidade e sua certificação os sistemas deverão atender as diversas 
legislações e a normalização técnica. As premissas de legislação aplicadas ao Projeto serão 
arguidas pelo Ministério do Trabalho, pela ANP, pelos Órgãos ambientais, pela ANP, por 
Certificadoras independentes. Uma instalação não recebe o aval de funcionamento sem 
atender os requisitos de 
 
- Aterramento 
- Proteção Contra Descargas atmosféricas 
- Certificação de equipamentos em áreas classificadas 
- Laudos dos documentos conforme a NR-13 
- Atendimento ao disposto na NR-13 
- Atendimento as questões da NR-23 – Combate a incêndios 
- Atendimento ao estabelecido pelo EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental), PBA. (Plano 
Básico Ambiental) e pelo PAC (Programa Ambiental de Construção) A emissão da Licença de 
Operação é condicionada a um Projeto analisado a nível ambiental, com premissas de emissão 
atmosférica, estimativa de consumo de água e qualidade de retorno dos efluentes, limites de 
emissão acústica, da geração de resíduos. 
 
 
USO DOS CRITÉRIOS e ESPECIFICAÇÔES TECNICAS 
 
As questões pertinentes aos IBE e CRITÉRIOS de PROJETO serão argüidas pelos 
stakeholders do CLIENTE. Se essa documentação não conceder flexibilidade para mudanças 
que se fizerem necessárias no PROJETO, haverá inconsistências, com questionamentos e 
discussões por parte do CLIENTE. A hierarquia de autoridade do PROJETO deve ficar 
claramente estabelecida no contrato em caso de divergências ou modificações e o CLIENTE 
deverá participar efetivamente desse estagio de definições para gestação do PROJETO. O 
controle das justificativas gera o histórico do Projeto para ser conferido e consultado pelas 
partes interessadas a qualquer momento, para que todos relembrem ou reconheçam as 
definições anteriores. O “como e porque chegamos até aqui”. 
Os critérios possuem “pais” ou geradores que podem ser órgãos externos á ENGENHARIA e 
mesmo ao CLIENTE. 
Duvidas relativas ao uso dos Critérios – quem elaborou o critério? Importante ter esse 
mapeamento. 
Os Critérios podem ter orientações conflitantes – Alguns critérios gerados pelas unidades ou 
setores específicos podem ter sido gerados para contratos onde somente eles seriam usados 
como base para execução dos serviços, incorporando questão de cópias, formatação de 
documentos, padronização de formatos digitais – para questões gerais vale o documento 
mestre é a Diretriz de Projeto – Anexo Contratual. 
Existe uma hierarquia ou ordem geral a ser seguida na elaboração do Projeto Executivo. - 
CONTRATO – ANEXOS – DOCUMENTOS DE REFERENCIA – NORMAS CITADAS NOS 
DOCUMENTOS DE REFERENCIA – NORMAS REFERENCIADAS NAS NORMAS CITADAS. 
 
O critério estabelece condições de aceitação da TECNOLOGIA adotada, citando as exigências 
para que essa tecnologia seja utilizada, quais serão os ensaios, os testes de aceitação, os 
documentos a serem gerados, os cuidados e distancias mínimas, questões de segurança e de 
padronização. Por exemplo, se o Critério estabelece um protocolo de comunicação pra 
determinado equipamento de automação, significa que todos os equipamentos daquela 
unidade irão utilizar aquele tal protocolo e que se um equipamento for fornecido com outro 
protocolo não vai se comunicar com ninguém. 
 
Para essa análise prévia do que os critérios estabelecem pode-se criar uma matriz para avaliar 
se o Projeto está correspondendo - em cada etapa de seu desenvolvimento - ao que foi 
estabelecido. Essa atividade é uma das funções principais da fiscalização do Projeto. 
Importante aplicar uma metodologia qualquer para validar essa questão. 
 
 
 
 CONSTRUTIBILIDADE - 45 - 
45 
 
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA 
 
Não existe metodologia de gestão que neutralize o erro dos projetos. Há os limites das 
ferramentas matemáticas, de tecnologia dos materiais,

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