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AULA 17 - Filosofia e ética

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC 
NEAD 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
DISCIPLINA: Filosofia e Ética
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com
 
 
Capítulo 4 – Desenvolvimento e Globalização
 
4 As teorias do desenvolvimento: do evolucionismo à globalização
 
Quando se estabelecem as relações capitalistas 
antigas colônias, agora independentes e vistas como sócias ou parceiras nos aco
dos econômicos, as antigas comparações científicas entre as sociedades
ram ultrapassadas. Afinal, em cada uma das novas nações aparecia uma
comercial cujo objetivo era o lucro; havia um estado reconhecido pelas nações oc
dentais, com leis e burocracia criadas à imagem dos países industrializados. Em tais 
condições, não se podia mais chamar as recém
“selvagens”. Elas não se enquadravam mais nos padrões comparativos criados pelo 
evolucionismo que estudamos anter
Entretanto, por trás dessa s
melhança nas instituições políticas e 
econômicas, as sociedades industrial
zadas e as de produção agrícola mo
travam diferenças significativas. Para
explicá-las, surgiu, na sociologia, um 
novo tipo de evolucionismo, a que d
remos o nome de desenvolvimentista. 
De acordo com essa nova postura te
rica, as diferenças entre as sociedades 
não eram de natureza, mas de grau
As comparações desenvolvimentistas implicavam o desejo de incentivar a r
cionalidade e os comportamentos direcionados ao desenvolvimento capitalista. Tr
ta-se de um novo evolucionismo, que não busca mais as diferenças entre a socied
de europeia e as sociedades arcaicas “condenadas” ao desaparecimento
encontrar, nas novas nações, as instituições básicas capazes de garantir a continu
dade e a reprodução das relações capitalistas. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: Filosofia e Ética 
 NEAD 
claudiobarros0108@gmail.com 
Desenvolvimento e Globalização 
As teorias do desenvolvimento: do evolucionismo à globalização
Quando se estabelecem as relações capitalistas internacionais envolvendo as 
antigas colônias, agora independentes e vistas como sócias ou parceiras nos aco
dos econômicos, as antigas comparações científicas entre as sociedades
ram ultrapassadas. Afinal, em cada uma das novas nações aparecia uma
comercial cujo objetivo era o lucro; havia um estado reconhecido pelas nações oc
dentais, com leis e burocracia criadas à imagem dos países industrializados. Em tais 
condições, não se podia mais chamar as recém-criadas nações de “primitivas” ou 
“selvagens”. Elas não se enquadravam mais nos padrões comparativos criados pelo 
evolucionismo que estudamos anteriormente. 
Entretanto, por trás dessa se-
lhança nas instituições políticas e 
cas, as sociedades industriali-
zadas e as de produção agrícola mos-
avam diferenças significativas. Para 
las, surgiu, na sociologia, um 
novo tipo de evolucionismo, a que da-
desenvolvimentista. 
De acordo com essa nova postura teó-
ca, as diferenças entre as sociedades 
não eram de natureza, mas de grau de desenvolvimento. 
As comparações desenvolvimentistas implicavam o desejo de incentivar a r
cionalidade e os comportamentos direcionados ao desenvolvimento capitalista. Tr
se de um novo evolucionismo, que não busca mais as diferenças entre a socied
e europeia e as sociedades arcaicas “condenadas” ao desaparecimento
encontrar, nas novas nações, as instituições básicas capazes de garantir a continu
dade e a reprodução das relações capitalistas. 
Figura 1 - O espaço urbano tornou
do século XIX e ao longo do século XX um campo 
privilegiado da análise sociológica dadas as profundas 
transformações político culturais impressas nesses 
locais. 
 Página 1 
As teorias do desenvolvimento: do evolucionismo à globalização 
internacionais envolvendo as 
antigas colônias, agora independentes e vistas como sócias ou parceiras nos acor-
dos econômicos, as antigas comparações científicas entre as sociedades se torna-
ram ultrapassadas. Afinal, em cada uma das novas nações aparecia uma burguesia 
comercial cujo objetivo era o lucro; havia um estado reconhecido pelas nações oci-
dentais, com leis e burocracia criadas à imagem dos países industrializados. Em tais 
criadas nações de “primitivas” ou 
“selvagens”. Elas não se enquadravam mais nos padrões comparativos criados pelo 
As comparações desenvolvimentistas implicavam o desejo de incentivar a ra-
cionalidade e os comportamentos direcionados ao desenvolvimento capitalista. Tra-
se de um novo evolucionismo, que não busca mais as diferenças entre a socieda-
e europeia e as sociedades arcaicas “condenadas” ao desaparecimento, mas tenta 
encontrar, nas novas nações, as instituições básicas capazes de garantir a continui-
O espaço urbano tornou-se, a partir do final 
do século XIX e ao longo do século XX um campo 
privilegiado da análise sociológica dadas as profundas 
transformações político culturais impressas nesses 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: Filosofia e Ética 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 2 
A abordagem desenvolvimentista estabeleceu uma série de critérios, pelos 
quais as sociedades eram postas em continuum que as identificava como “desen-
volvidas”, “semidesenvolvidas” e “pré-capitalistas”. As nações que se afirmam como 
centro de dominação política e econômica passaram a constituir modelos ou está-
gios superiores aos quais deveriam chegar todo e qualquer povo. Essa ideia tam-
bém está presente nos atuais estudos do desenvolvimento capitalista. 
Ao longo do século XIX e início do século XX, o desenvolvimento do capita-
lismo levou a uma intensa concentração de capital, com a criação de grandes con-
glomerados econômicos; à transformação de um grande contingente de pessoas em 
trabalhadores assalariados e ao surgimento de inúmeros países, que pretendiam 
criar as condições para o desenvolvimento capitalista em suas fronteiras. Dessa ex-
pansão resultou ainda o colonialismo e a I Guerra Mundial, já no século XX. 
Por outro lado, a exploração da mais-valia provocou a miséria de um número 
crescente de trabalhadores, que passaram a lutar por melhorias em suas condições 
de vida e trabalho. Para isso, criaram sindicatos e diversas formas de associação de 
trabalhadores (cooperativas, comitês de fábrica etc.) através dos quais lutavam pela 
garantia de direitos. Com o acúmulo de experiências, os trabalhadores passaram 
também a perceber a necessidade de alcançar o poder político e econômico, no Es-
tado e nas empresas, para que a exploração da mais-valia fosse extinta. Com isso, 
conquistaram o direito ao voto, o direito de organização e o direito de greve. 
 
4.1 O desenvolvimento segundo as etapas de crescimento econô-
mico 
 
William Wilber Rostow em suas reflexões baseadas nos princípios desenvol-
vimentistas “Estágios de desenvolvimento econômico” identifica etapas de desenvol-
vimento que caracterizam cinco tipos de sociedade. 
 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: Filosofia e Ética
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com
 
 O primeiro – 
homem ao ambiente e inadequado aproveitamento dos recursos naturais.
 O segundo – 
lo aparecimento das 
presenta um estagio de gestação de atitudes racionais adequadas ao 
controle e a exploração da natureza. 
 O terceiro – sociedade em início de desenvolvimento
já se percebe investimentos de capi
manufatura e aparecimento de um sistema político, social e institucional 
em expansão.
 O quarto – sociedade em maturação
as forças de expansão econômicas passama predominar na sociedade
 O quinto – sociedade de produção em massa
de desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e científicas 
e de um aumento significativo do investimento produtivo de capital. 
 
Analisemos essa teoria.
Em primeiro lugar, vemos que o autor nega os diferentes caminhos históricos 
de cada sociedade. Pressupõe que todos os povos tiveram a mesma forma original 
– a "sociedade tradicional"
senvolvimento. No entanto, a história prova que não foi o caminho de várias soci
dades. A Índia, por exemplo, tinha uma manufatura de seda extremamente dese
volvida, organizada em padrões familiares e domésticos, que o colonialismo inglês 
levou à falência. Não houve possibilida
em quantidade e preço com a indústria têxtil inglesa. Assim, a Índia passou de e
portadora de seda a importadora de tecidos ingl
percurso da manufatura reverte o esquema imaginado por 
da nação mostra fases prósperas alternando com períodos de declínio, provando 
que não há um movimen
 
 
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 NEAD 
claudiobarros0108@gmail.com 
 sociedade tradicional – elevado grau de subordinação do 
homem ao ambiente e inadequado aproveitamento dos recursos naturais.
 sociedade em processo de transição 
lo aparecimento das pré-condições do desenvolvimento econômico. R
presenta um estagio de gestação de atitudes racionais adequadas ao 
trole e a exploração da natureza. 
sociedade em início de desenvolvimento
já se percebe investimentos de capital na área produtiva, crescimento da 
manufatura e aparecimento de um sistema político, social e institucional 
em expansão. 
sociedade em maturação – corresponde ao estagio em que 
as forças de expansão econômicas passam a predominar na sociedade
sociedade de produção em massa – corresponde ao estágio 
de desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e científicas 
e de um aumento significativo do investimento produtivo de capital. 
Analisemos essa teoria. 
Em primeiro lugar, vemos que o autor nega os diferentes caminhos históricos 
de cada sociedade. Pressupõe que todos os povos tiveram a mesma forma original 
"sociedade tradicional" – e atravessaram as mesmas etapas para chegar ao d
nto, a história prova que não foi o caminho de várias soci
A Índia, por exemplo, tinha uma manufatura de seda extremamente dese
volvida, organizada em padrões familiares e domésticos, que o colonialismo inglês 
levou à falência. Não houve possibilidade de as manufaturas indianas concorrerem 
em quantidade e preço com a indústria têxtil inglesa. Assim, a Índia passou de e
ra de seda a importadora de tecidos ingleses. Vemos que, nesse caso, o 
percurso da manufatura reverte o esquema imaginado por Rostow; a história de c
da nação mostra fases prósperas alternando com períodos de declínio, provando 
nto lento e contínuo em direção ao desenvo
 Página 3 
elevado grau de subordinação do 
homem ao ambiente e inadequado aproveitamento dos recursos naturais. 
 – caracteriza-se pe-
condições do desenvolvimento econômico. Re-
presenta um estagio de gestação de atitudes racionais adequadas ao 
sociedade em início de desenvolvimento – nesse período, 
tal na área produtiva, crescimento da 
manufatura e aparecimento de um sistema político, social e institucional 
corresponde ao estagio em que 
as forças de expansão econômicas passam a predominar na sociedade. 
corresponde ao estágio 
de desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e científicas 
e de um aumento significativo do investimento produtivo de capital. 
Em primeiro lugar, vemos que o autor nega os diferentes caminhos históricos 
de cada sociedade. Pressupõe que todos os povos tiveram a mesma forma original 
e atravessaram as mesmas etapas para chegar ao de-
nto, a história prova que não foi o caminho de várias socie-
A Índia, por exemplo, tinha uma manufatura de seda extremamente desen-
volvida, organizada em padrões familiares e domésticos, que o colonialismo inglês 
de de as manufaturas indianas concorrerem 
em quantidade e preço com a indústria têxtil inglesa. Assim, a Índia passou de ex-
ses. Vemos que, nesse caso, o 
Rostow; a história de ca-
da nação mostra fases prósperas alternando com períodos de declínio, provando 
ção ao desenvolvimento. 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – 
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O desenvolvimento de uma região ou p
de ser 
ções i
 
 
 O desenvolvimentismo identifica entraves ao desenvo
ao desenvolvimento são dificuldades e
de determinadas características que possuem.
tos. (Ex: Atribui-se o nosso pouco desenvolvimento à comp
em especial, às características étnicas e culturais dos povos nativos).
 A estrutura não dese
tradicionalista. O conceito de periferia diz respeito ao que, em uma soci
cundário, irrelevante e até anormal em relação ao que é central, importante, dese
volvido. É um conceito usado apenas para regiões e set
uma sociedade ou nação subdesenvolvida. Muitos cie
pregam a expressão países periféricos para se referir às nações do dito Tercei
Mundo. 
 
4.1.1 Entraves ao desenvolvimento: o tradicionalismo e a 
questão racial 
 
Na base dos estudos desenvolvimentistas acha
vimento do capitalismo e da produção em massa é uma meta histórica, tal como t
nham sido a civilização europeia e a mecanização 
XIX. Essa meta seria alcançada por meio de um lento, mas inevitável mov
mudança social. Cada estágio de desenvolvimento ec
de avanço de uma sociedade em relação à m
Outro princípio seguido p
causa do subdesenvolvimento, os entraves ao desenvolvimento normal das 
produtivas. 
Muitos teóricos desenvo
volvimento, o apego ao 
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O desenvolvimento de uma região ou p
de ser explicado apenas em função de suas co
ções internas. 
O desenvolvimentismo identifica entraves ao desenvolvimento. Os entraves 
volvimento são dificuldades enfrentadas por algumas socied
terminadas características que possuem. Aqui vemos a difusão de preco
se o nosso pouco desenvolvimento à composição da população e, 
al, às características étnicas e culturais dos povos nativos).
A estrutura não desenvolvida é considerada atrasada, periférica,
O conceito de periferia diz respeito ao que, em uma soci
cundário, irrelevante e até anormal em relação ao que é central, importante, dese
volvido. É um conceito usado apenas para regiões e setores atrasados
uma sociedade ou nação subdesenvolvida. Muitos cientistas sociais, entretanto, e
países periféricos para se referir às nações do dito Tercei
Entraves ao desenvolvimento: o tradicionalismo e a 
Na base dos estudos desenvolvimentistas acha-se a ideia de que o desenvo
vimento do capitalismo e da produção em massa é uma meta histórica, tal como t
nham sido a civilização europeia e a mecanização para o evolu
XIX. Essa meta seria alcançada por meio de um lento, mas inevitável mov
mudança social. Cada estágio de desenvolvimento econômico r
de avanço de uma sociedade em relação à meta alcançada. 
incípio seguido pelas teorias desenvolvimentistas é considerar, como 
desenvolvimento, os entraves ao desenvolvimento normal das 
Muitos teóricos desenvolvimentistas identificavam, como causa do subdese
volvimento, o apego ao tradicionalismo. Nas sociedades tradicionais, os ind
 Página 4 
O desenvolvimento de uma região ou país não po-
penas em função de suas condi-
vimento. Os entraves 
frentadas por algumas sociedades em razão 
qui vemos a difusão de preconcei-
sição da população e, 
al, às características étnicas e culturais dos povos nativos). 
periférica, marginal e 
O conceito de periferia diz respeito ao que, em uma sociedade, é se-
cundário, irrelevante e até anormal em relação ao que é central, importante, desen-
atrasados no interior de 
tistas sociais, entretanto, em-
países periféricos parase referir às nações do dito Terceiro 
Entraves ao desenvolvimento: o tradicionalismo e a 
se a ideia de que o desenvol-
vimento do capitalismo e da produção em massa é uma meta histórica, tal como ti-
ucionismo do século 
XIX. Essa meta seria alcançada por meio de um lento, mas inevitável movimento de 
nômico representaria o grau 
las teorias desenvolvimentistas é considerar, como 
desenvolvimento, os entraves ao desenvolvimento normal das forças 
vimentistas identificavam, como causa do subdesen-
Nas sociedades tradicionais, os indivíduos 
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não se comportariam de mane
suas ambições e agir raciona
haveria extremo apego às relações
tivadas por relações famili
sim, conservando valores trad
mente”. 
Para perceber a fragilidade desse 
caso do Japão, pais que se industrial
preservou, aliando-se com a motiv
O preconceito racial também guiou algumas análises desenvolv
guns teóricos chegaram a identificar como causa do atraso das sociedades sul
americanas as características étnicas e culturais dos povos nativos. 
alguns milhares de indivíduos, ser re
ponsáveis pelo “atraso” de institu
das quais nunca participaram?
Os negros também foram respo
sabilizados pelo atraso nacional, muito 
embora toda a riqueza da colônia 
Império repousasse no trabalho dos e
Figura 2 - Historicamente o Índio Brasileiro foi consider
do Inadequado aos padrões de trabalho do colonizador 
(de extração e exploração de madeira e metais). O perfil 
de “preguiçoso” atribuído ao índio perdurou durante muito 
tempo. Hoje o índio ainda está vinculado ao trabalho 
escravo no Brasil 
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não se comportariam de maneira eficiente no sentido de obter lucros, desenvolver 
suas ambições e agir racionalmente. Afirmava-se que, nos países su
haveria extremo apego às relações tradicionais, prevalecendo trocas de favores m
ções familiares e pessoais que recebiam o nome de 
do valores tradicionais, os indivíduos agiriam, por vezes, “irraciona
Para perceber a fragilidade desse tipo de argumentação basta considerar o 
caso do Japão, pais que se industrializou rapidamente, onde a força da tr
se com a motivação para o progresso. 
O preconceito racial também guiou algumas análises desenvolv
ns teóricos chegaram a identificar como causa do atraso das sociedades sul
terísticas étnicas e culturais dos povos nativos. 
O índio brasilei
foi acusado de “preguiçoso” 
apropriado” para o trabalho sedent
rio. Ora, essa teoria se referia a gr
pos indígenas aniquilados e expropr
ados, que não puderam sequer contr
buir para a formação 
de trabalhadores “mode
podiam esses grupos, reduzidos a 
alguns milhares de indivíduos, ser res-
ponsáveis pelo “atraso” de instituições 
das quais nunca participaram? 
Os negros também foram respon-
sabilizados pelo atraso nacional, muito 
bora toda a riqueza da colônia e do 
Império repousasse no trabalho dos es-
Historicamente o Índio Brasileiro foi considera-
do Inadequado aos padrões de trabalho do colonizador 
(de extração e exploração de madeira e metais). O perfil 
de “preguiçoso” atribuído ao índio perdurou durante muito 
está vinculado ao trabalho 
 Página 5 
ra eficiente no sentido de obter lucros, desenvolver 
se que, nos países subdesenvolvidos, 
tradicionais, prevalecendo trocas de favores mo-
res e pessoais que recebiam o nome de clientelismo. As-
cionais, os indivíduos agiriam, por vezes, “irracional-
tipo de argumentação basta considerar o 
zou rapidamente, onde a força da tradição se 
O preconceito racial também guiou algumas análises desenvolvimentistas. Al-
ns teóricos chegaram a identificar como causa do atraso das sociedades sul-
terísticas étnicas e culturais dos povos nativos. 
O índio brasileiro, por exemplo, 
“preguiçoso” e “pouco 
para o trabalho sedentá-
rio. Ora, essa teoria se referia a gru-
quilados e expropri-
ados, que não puderam sequer contri-
buir para a formação do contingente 
de trabalhadores “modernos”. Como 
podiam esses grupos, reduzidos a 
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DISCIPLINA: Filosofia e Ética 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
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cravos negros. Afirmava-se que os africanos, como de resto todos os povos tropi-
cais, eram pouco afeitos às atividades realmente produtivas e incapazes de atingir a 
“civilização”. 
As teorias desenvolvimentistas voltadas a explicar as razões do subdesenvol-
vimento, na verdade, tomavam por causa aquilo que, de fato, era efeito da explora-
ção colonial capitalista. Desse modo, contribuíram para a difusão de preconceitos 
raciais muito em voga na Europa, desde o final do século XIX até a atualidade. 
Buscando justificativas nas condições internas dos países “subdesenvolvi-
dos”, capazes de explicar o seu atraso, lançou-se mão de argumentos preconceituo-
sos e racistas. Raça, tradição e até mesmo a nacionalidade do povo colonizador fo-
ram explicações aceitas. A origem ibérica do colonizador da América Latina – menos 
“desenvolvido” que o colonizador anglo-saxão, também foi aceita como causa do 
atraso e do “subdesenvolvimento”. 
No final dos anos 70 do século XX e, sobretudo, na década seguinte, esse 
quadro foi problematizado por outras abordagens teóricas. As críticas eram oriundas 
das teorias da dependência e do referencial heterodoxo proposto pelos economistas 
da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). 
A economia e a sociologia do desenvolvimento ganharam, assim, novas e im-
portantes vertentes analíticas, que causaram impactos profundos no pensamento 
latino-americano. Após décadas de predomínio do padrão modernizador-
desenvolvimentista, com forte intervenção do Estado, o esgotamento deste modelo 
abriu uma janela histórica para que fossem formuladas teorias inovadoras. O reco-
nhecimento de novos problemas globais, muitos dos quais decorrentes do modelo 
de industrialização implantado, passou a exigir novas respostas. 
Questões relacionadas às mudanças demográficas, ao colapso urbano, à 
preservação ambiental, à participação social e ao fortalecimento das instituições 
democráticas impulsionaram teorias alternativas. Ao mesmo tempo, os tradicionais 
indicadores econômicos (Produto Interno Bruto, Renda per Capita) começaram a 
ceder espaço a novas métricas – cuja equação incorporava aspectos relacionados à 
expectativa de vida, à sustentabilidade, à saúde e à educação –, até que a própria 
ONU assumisse um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como parâmetro de 
avaliação (CONTERATO, 2009, p. 07). 
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1) Quando se estabelecem as relações capitalistas internacionais envolvendo as 
antigas colônias, agora independentes e vistas como sócias ou parceiras nos a-
cordos econômicos, as antigas comparações científicas entre as sociedades se 
tornaram ultrapassadas. (...) havia, então um estado reconhecido pelas nações 
ocidentais, com leis e burocracia criadas à imagem dos países industrializados. 
A citação acima revela um novo perfil das nações em desenvolvimento tentando 
acompanhar o modelo dos países europeus industrializados. Este modelo se ba-
seia na noção: assinale a alternativa CORRETA: 
a) As novas nações apareciam com uma burguesia comercial cujo objetivo era o 
lucro. 
b) As novas nações em desenvolvimento buscavam a afirmação na tradição cultu-
ral. 
c) As novas nações afirmavam as suas diferenças de natureza e pouco se preo-
cupavam com a industrialização. 
d) As novas nações em desenvolvimento não reproduziram modelos econômicos 
e não exerceram o controle políticodos indivíduos. 
 
2) A abordagem desenvolvimentista estabeleceu uma série de critérios, pelos quais 
as sociedades eram postas em continuum que as identificava como “desenvolvi-
das”, “semidesenvolvidas” e “pré-capitalistas”. 
Assinale a seguir a alternativa que expõe esses critérios: 
a) A abertura de mercados às indústrias estrangeiras com programas de restrição 
econômica às empresas públicas. 
b) A afirmação das diferenças culturais dos povos como forma de garantir a as-
censão econômica. 
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c) A dominação política e econômica como modelos ou estágios superiores aos 
quais deveriam chegar toda e qualquer sociedade. 
d) A manutenção das tradições como garantia da conservação da cultura assim 
como o seu desenvolvimento industrial. 
 
3) A história de cada nação mostra fases prósperas alternando com períodos de de-
clínio, provando que não há um movimento lento e contínuo em direção ao de-
senvolvimento. O desenvolvimento de uma região ou país não pode ser explicado 
apenas em função de suas condições internas. 
Sobre a consideração acima temos um exemplo claro de que as nações não de 
desenvolvem de forma homogênea e contínua. As crises são talvez, os principais 
entraves. O caso da substituição da manufatura pela indústria inglesa ocorreu: 
a) No Japão. 
b) Na China. 
c) Na Índia. 
d) No Brasil. 
 
4) Obstáculo relacionado por vários teóricos desenvolvimentistas aos atrasos das 
sociedades sul-americanas ao desenvolvimento se refere: 
a) Ao preconceito racial. 
b) A ineficácia do Estado. 
c) A precariedade da educação. 
d) Ao alto índice de analfabetismo desses países.