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Radiologia do Tórax

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Anna Beatriz Carvalho Araújo Anatomia Clínica 
 
 
Radiologia do Tórax 
 
O que deve ser avaliado em uma radiologia do tórax? 
• Posicionamento; 
• Centralização: observando a distância entre as extremidades 
mediais das clavículas (anteriores), que deverão estar 
relativamente equidistantes das apófises posteriores ou 
espinhosas das vertebras (posteriores). 
• Inspiração: como critério deve ser adotada qual costela atinge a 
porção mais central e superior das cúpulas diafragmáticas sendo 
(normalmente) a extremidade anterior da 6ª ou 7ª costela 
anteriormente. Ou contar 9/10 arco costal posteriores (são as 
mais retas). 
• Exposição: identificar de forma tênue o parênquima pulmonar 
(cinza escuro), visualizar as silhuetas vasculares e identificar os 
espaços discais dorsais superiores. 
• Movimentação: as radiografias com muita movimentação corpórea 
ou respiratória devem, na medida do possível, serem repetidas, 
pois comprometem a identificação e a avaliação de estruturas 
normais e patológicas. 
Passo a passo da radiografia do tórax: 
1. Avaliação da qualidade: isso é feito através da avaliação da rotação 
(não pode ter deslocação), da inspiração (quantidade do ar 
necessária no pulmão) e da exposição/penetração (pelos ossos, no 
caso no tórax, pelas vertebras – muito branco sem distinção dos 
ossos significa pouca exposição, quando muito preto significa muita 
exposição – precisa achar meio termo). 
 
 
 
 
 
 
 
2. ABCDE – análise sistemática: 
 
a. Vias Aéreas: traqueia centralizada? 
b. Ossos: olhar os arcos costais, a clavícula, checar se está tudo 
bem. 
c. Coração/Mediastino: a área cardíaca está maior? O coração 
mais alargado? (fazer essas análises em PA, pois se for em 
AP, essa região sofrerá alterações que não significam 
patologias). 
d. Diafragma: vale salientar que a hemicúpula diafragmática 
direita é mais elevada que a esquerda. 
e. Efusões pleurais: as efusões pleurais geralmente são 
encontradas em ângulos costofrênicos (por isso, ao fazer 
análise do diafragma, já faz a verificação da presença dessas 
efusões). 
f. Campos Pulmonares: direito (superior, médio e inferior) e 
esquerdo (superior e inferior). 
Radiografia Normal do Tórax em PA: 
 
− (1) Campos pulmonares (Transparência deve ser igual entre os 
dois lados). 
− (2 e 3) Hilos pulmonares (o hilo direito é ligeiramente mais baixo 
que o esquerdo). 
− (4) Traqueia. 
− (5) Arcos Aórtico. 
− (6 e 7) Diafragma (a cúpula frênica direita deve ser um pouco mais 
alta que a esquerda, não mais que 3 cm). 
− (8) Seios Costofrênicos (agudos – a opacidade ou velamento deles 
significam geralmente derrame pleural). 
− (9) Coração. 
− (10) Estômago (logo abaixo da cúpula frênica esquerda encontra-
se a bolha gástrica. 
Anna Beatriz Carvalho Araújo Anatomia Clínica 
 
 
AFECÇÕES PULMONARES: 
• Lóbulos pulmonares devem estar preenchidos por ar. Não vemos 
ar, mas vemos tecidos e vasos. 
• Se acumular secreção → líquido (muco) → cor branca. (o que 
normalmente era pra ser cinza, com esse acumulo, ficará com a 
cor branca. 
• Congestão pulmonar → maior pressão arterial → 
extravasamento de líquido nos alvéolos e no espaço intersticial, 
ingurgitação da trama. 
• Enfisema pulmonar → aprisionamento aéreo, muito comum na 
DPOC. Destrói a elasticidade pulmonar e o ar fica preso dentro do 
alvéolo → alvéolo hiperinsuflado → campo pulmonar fica mais 
preto. 
 
Padrões de Alterações Pulmonares: 
• Consolidação → preenchimento alveolar → branco no raio X. 
• Infiltração intersticial → líquido nos alvéolos 
• Lesões expansivas → nódulos (até 3cm) e massas (acima de 3cm) 
• Atelectasia → colabamento → transitória (pode voltar ao 
normal) ou não transitória (causa cicatriz na região). 
 
Consolidação: 
• Preenchimento alveolar. 
• Aparece uma área mais branca. 
• Quando o bronquíolo aparece no meio de uma consolidação é por 
causa da diferença de contraste → broncograma aéreo (é a 
visualização do brônquio em uma consolidação) 
• Pado haver cavitação → espaço aéreo entre a consolidação. 
o Área dentro da consolidação de espaço morto. 
o Área preta com bordas irregulares. 
o Ex: tinha um tumor e necrosou → pneumatocele (acumulo 
de ar) – espaço aerado que não está fazendo troca gasosa. 
▪ A pneumatocele pode ser reversível. 
▪ Brônquios começam a dilatar. 
o Espaço de ar que não faz troca gasosa. 
o A cavitação é irreversível. 
o Muito frequente na tuberculose pulmonar. 
• Na consolidação, os brônquios podem aparecer. 
• A consolidação não nos permite ver o parênquima pulmonar, sendo 
de fato uma opacidade. 
o Por outro lado, os infiltrados tipo vidro fosco, é possível a 
visualização de componentes vasculares e brônquicos. 
o Broncograma aéreo ajuda na diferenciação de infiltrado e 
consolidação, pois o broncograma está MUITO presente na 
consolidação. 
• Padrão da pneumonia lobar → Streptococcus pneumoniae → 
consolidação gigante – opacidade homogêneas. 
 
Broncograma Aéreo: 
• Sinal de preenchimento alveolar. 
• Brônquio visível no meio da consolidação. 
• Pela alteração da densidade das estruturas, dá para ver os 
brônquios por estarem contrastados. 
 
Infiltrado intersticial: 
• Pode ser uma pneumonite, pneumonia viral, congestão pulmonar, 
insuficiência cardíaca com dano pulmonar. 
• Espaços intersticiais preenchidos como uma linha d’agua. 
• O diagnóstico vire associado ao quadro clínico do paciente. 
• Padrão Tuberculose miliar. 
• Borramento dos contornos brônquicos, vasculares e hilos 
pulmonares por espessamento das balinhas dessas estruturas, 
aparecimento da linha B de Kerley. 
Anna Beatriz Carvalho Araújo Anatomia Clínica 
 
 
• Padrão intersticial → pneumonias intersticiais, como a causada 
por Mycoplasma. 
 
Opacidades: 
 
• (1) Consolidação → branca. 
• (2) Infiltrado Intersticial → vidro fosco. 
• (3) Normal 
• Broncograma aéreo → contrastado, provavelmente tem uma 
área necrosando, pois há uma diferença de densidade. 
• Nódulos/Massas. 
• Atelectasias: 
 
o Distorce a anatomia do tórax. 
o Colapso pulmonar. 
o Colapso → fibrose → cúpula direita diafragmática ainda 
mais elevada/ retração dos arcos diafragmáticos; 
pinçamento dos arcos intercostais (redução do espaço); 
redução dos espaços intercostais, hiperinsuflação 
compensatória; opacidade; desvio traqueal. 
o Atelectasia laminar (sem ventilação adequada por estar 
acamado – na TC é a área mais hiperdensa. 
 
o Atelectasia redonda (área arredondada, pode confundir 
com consolidação na TC; retração das estruturas; 
justapleural). 
 
AFECÇÕES PELURAIS: 
Pneumotórax: 
 
• Presença de ar na cavidade pleural → aumento da pressão 
intratorácica → colapso do tecido pulmonar 
• Desvio do mediastino para o lado oposto, principalmente no PTX 
(pneumotórax) hipertensivo. 
• Simples → lâmina meia lua (TC) – crepitação plástico-bolha. 
• Hipertensivo: 
o Empurra o pulmão para o lado. 
o Diagnóstico na clínica, não precisando do raio X. 
o Sem trama vascular pulmonar. 
o Traqueia desviada do ponto central → mediastino desviado. 
o Necessita de drenagem para não gerar choque e parada 
respiratória. 
o Mecanismo valvar unidirecional. 
• Hidropneumotórax: é o acúmulo de ar + líquido na pleura 
o Pneumotórax simples (sem trama pulmonar) + branco 
embaixo e escuro em cima (nível hidroaéreo) → 
hidropneumotórax. 
 
• Derrame pleural: 
 
o Efusão pleural (acúmulo anormal de líquido na cavidade 
pleural) → inflamatório, neoplásico ou infeccioso. 
o Parábola concavidade voltada para cima → sinal de 
menisco (típico do derrame pleural). 
o Olhar o ângulo costofrênico, pois lá pode estaralterado → 
indefinição de contornos diafragmáticos. 
o Laurel → decúbito lateral → raios com incidência 
horizontal → líquido longitudinalmente. → mobilidade do 
líquido . (é utilizado para diferenciar de uma consolidação). 
o USG → diferencia líquido e sólido → medir e dizer 
natureza (homogêneo Anecóico, transudato 
///heterogêneo – hipoecoico , exsudato) 
o Radiografia → triagem inicial. Depois fazer USG. 
o TC: espessamento pleural; loculações; alta sensibilidade 
para empiema. 
Anna Beatriz Carvalho Araújo Anatomia Clínica 
 
 
Referências bibliográficas: 
- CERRI, Guido, G., LEITE, Costa, C., ROCHA, (eds.), M.D. Tratado de Radiologia, 
Volume 2: Pulmões, Coração e Vasos. CAPÍTULO 4 
- Marchiori E. . 2015; 2 edição. Capítulo 5. Sistema Respiratório.

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