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6 - Exames de Imagem em Torax

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ESTUDO RADIOLÓGICO DO TÓRAX - AULA 1
- Todo clínico tem a necessidade de compreender um raio-X de tórax 
INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS
- Rotina normal: 
• PA 
• Perfil esquerdo (ortostático) 
• Obs: PA pois não aumenta a área cardíaca como aconteceria no AP; Perfil esquerdo é 
pelo mesmo motivo 
- Normas: 
• Tórax mais próximo do filme possível
• Distância foco/filme padrão de 1,80 m
• Radiografia obtida em inspiração máxima 
- Incidência Perfil: 
• Útil para valiar zonas “mudas”, ocultas, do PA (regiões retroesternal, retrocardíaca, seios 
costofrênicos posteriores, posições posteriores aos arcos costais)
• Auxiliar na localização anteroposterior de alterações vistas em PA
- Incidências adicionais: 
• Apicolordótica
• Decúbito lateral com raios horizontais (Incidência de Laurell)
• Inspiração e expiração máximas
• Radiografias penetradas
• Oblíquas
• Tórax com esôfago contrastado
- Incidência Apicolordótica: 
• Paciente obliquada em sentido de lordose 
• Útil para dissociar estruturas muito sobrepostas (ex: clavícula), principalmente estruturas 
superiores (ápice pulmonar) 
- Decúbito lateral com raios horizontais (Incidência de Laurell): 
• Ajuda a avaliar derrame pleural 
• Pacientes com derrame pleural livre, o líquido vai cair de acordo com a gravidade
• Fazer decúbito no lado da suspeita 
- Inspiração e expiração máximas: 
• Inspiração máxima é rotina normal
• Entre a inspiração e a expiração máxima ocorrem de 5 a 10cm de 
diferença na altura do diafragma 
• Expiração é indicada quando:
• Paciente com paralisia diafragmática
• Avaliar expansibilidade pulmonar
• Pequeno pneumotórax (pulmão expirado menos aerado – mais 
denso – aumento do contraste com ar livre + redução do volume 
pulmonar com aumento relativo do volume do pneumotórax)
• O pulmão expirado acaba ficando mais branco (menos ar)
- Radiografia Penetrada: 
• Aumenta-se a força de penetração do Rx propositalmente (acréscimo de 
10 a 20 Kv)
• Indicações: 
• Estruturas midiastinais
• Arcos costais
• Estruturas ósseas (ex: corpos vertebrais) 
• Acaba sacrificando a visualização do próprio pulmão
- Oblíquas: 
• Ajuda a dissociar estruturas sobrepostas 
• Avaliar integridade dos arcos costas
- Tórax com esôfago contrastado:
• Fazer em perfil
• Avalia compressões extrínsecas (íntima relação com o AE, linfonodomegalias) 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE RADIOGRÁFICA
- Parâmetros a serem avaliados:
• Identificação 
• Nome do paciente
• Incidência (padrão = à direita do paciente e à esquerda do observador) 
• Sempre o lado direito do paciente fica do lado esquerdo do observador, independente 
da incidência 
• Rotação
• Posicionamento “rodado” do paciente pode simular alterações, como aumento da área 
cardíaca 
• Avaliar pelas extremidades da clavícula (devem estar equidistante a linha média do 
paciente) 
• A linha média é dada por uma linha traçado entre os processos espinhosos da vértebra 
• Técnica adequada 
• PA = a coluna torácica retrocardíaca não deve ser visualizada 
• Perfil = observar gradiente de densidades da coluna torácica (hipotransparente 
superiormente; hipertransparente inferiormente)
• Fase respiratória adequada 
• O padrão é inspiração máxima (RX deve ser tirado no final da inspiração)
• É importante se certificar que a fase respiratória está correta para não tirar falsas 
conclusões 
• Radiografia expirada pode gerar erros de interpretação (ex: coração 
maior) 
• Centralização
• O Rx de tórax deve conter:
• Região cervical inferior
• Porção proximal dos úmeros
• Abdome superior
ANÁLISE DO RX DE TÓRAX 
- Lembrar que RX de tórax não serve apenas para pulmão 
- Roteiro para análise:
• Partes moles
• Esqueleto torácico
• Abdome superior
• Sombra do mediastino
• Pleura (espaço pleural) 
• Pulmões
- Partes Moles: 
• Mamas, mamilos e fossas supraclaviculares
• Atenção para pacientes mastectomizadas 
• Mamilos podem simular nódulos (os mamilos podem ser marcados com metal para 
identificação no RX)
• Mamas remanescentes podem simular hipotransparência 
- Esqueleto torácico: 
• Costelas, coluna torácica, escápulas, clavículas, esterno e porção proximal dos úmeros
• Coluna torácica e esterno = melhor visualizados no perfil
• Um bom RX de tórax retira a escápula do campo (ela fica afastada e não se sobrepõe)
• “Sombra companheira da clavícula”: aparece acima da clavícula pela dissociação dos 
feixes de raios 
• Não confundir “sombra companheira da clavícula” com fratura 
• Atenção para: 
• A primeira costela é muito mais resistente que a última costela
• Logo, uma fratura de primeira costela é resultante de um trauma 
de alta energia 
• Fraturas de arco costal:
• Fraturas de arco costal superior —> traumas de alta 
energia —> lesões vasculares associadas 
• Fraturas de arco costal inferior —> traumas de menor 
energia —> órgãos abdominais 
- Abdome superior e Cúpulas Diafragmáticas: 
• Condições normais = cúpula direita (fígado) mais alta que a esquerda (coração)
• Recessos/seios costofrênicos
• Incidência em perfil: 
• Cúpula direita visualizada 100%
• A cúpula direito é a linha superior 
• 1/3 anterior da cúpula esquerda não individualizada pela sobreposição com o coração
- Mediastino: 
• Não é visualizado as estruturas em si, mas sim suas sombras (contorno mediastinal)
• Visualização de traqueia e brônquios (mesma densidade) as demais estruturas apenas ficam 
visíveis os limites externos
• Mediastino em PA:
• Mediastino em Perfil:
• Anterior: Ventrículo direito
• Superior: Vasos da base
• Posterior: Esôfago e Aorta descendente 
• Hilos pulmonares:
• Composição: 
• Ramos das artérias e veias pulmonares
• Brônquios lobares 
• Vasos linfáticos
• À radiografia normal: 
• Visualizado essencialmente ramos principais das artérias pulmonares 
• Brônquios lobares não são individualizados
• Linfonodos visualizados apenas se alterados 
• Veias pulmonares chegam ao coração em posição inferior ao hilo
• Hilo pulmonar direito localizado pouco abaixo do hilo esquerdo 
• Aumento Hilar – pode ser causado pelo aumento de qualquer estrutura que 
componha o hilo pulmonar: dilatação das artérias pulmonares (hipertensão 
pulmonar) e linfonodomegalias
• Divisão anatômica do mediastino:
• Limite Superior: linha da junção entre o manúbrio e corpo do esterno até espaço T4-
T5
• Limite Inferior: face anterior do pericárdio (mediastino anterior / médio) e linha 
posterior da traquéia e face posterior do pericárdio (mediastino médio / posterior)
• Divisão radiológica/tomográfica do mediastino:
• Pré-vascular (anterior) 
• visceral (médio) 
• paravertebral (posterior)
- Pleura: 
• Espaço pleural visualizado apenas quando há material entre os 
folhetos pleurais
• Cisuras: 
• Direita (horizontal ou menor e oblíqua ou maior)
• Esquerda (oblíqua)
• Incidência em perfil define se a lesão é no lobo inferior ou médio 
do pulmão direito 
- Pulmões:
• Buscar diferenças na transparência (hipo ou hipertransparência) 
• Sempre comparar os dois pulmões (análise bilateral)
• Vasos pulmonares: identificados até cerca de 1,5 cm da superfície pleural (exceto ápices ~ 
3 cm).
• Em ortostase: vasos dos lobos superiores tem menor calibre que nos lobos inferiores
PADRÕES BÁSICOS EM RADIOLOGIA TORÁCICA E SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA
PADRÃO ALVEOLAR (ESPAÇO AÉREO):
- Preenchimento do espaço aéreo (espaço alveolar) por material diferente de ar (ex: exsudato, 
transudato, sangue, materiais exógenos)
- Poros de Kohn, Canais de Lambert e Canais de Martin: facilitam a disseminação entre alvéolos 
(mas não entre lobos)
- Ocupação de espaços aéreos —> confluência —> densidade uniforme (consolidação)
- Essa segmentação pode ser dentro de um segmento (consolidação subsegmentar), dentro de 
um lobo (consolidação lobar) ou em todo o pulmão (consolidação pulmonar)
- Broncograma Aéreo: 
• Em condições normais os brônquios e bronquíolos estão preenchidos por ar e, no RX, eles 
não são distinguíveisdos alvéolos 
• Em consolidações, como o brônquio está cheio de líquido, é possível diferenciar brônquios 
de alvéolos 
- Patologias que causam padrão alveolar:
• Pneumonia
• Hemorragia pulmonar
• Broncoaspiração
PADRÃO INTERSTICIAL:
- Interstício pulmonar:
• Tecido de sustentação que mantém arquitetura alveolar + interface alvéolo-capilar
• Contém vasos, brônquios e linfáticos 
- O interstício é dividido em:
- Interstício peribroncovascular 
- Interstício subpleural 
- Interstício parenquimatoso (centrolobular / intralobular) 
- O padrão intersticial é marcado pelo espessamento das estruturas intersticiais, sendo 
visualizado na imagem com o aspecto de linhas (padrão reticular)
- É um padrão difuso 
- Achados:
• Linhas B de Kerley: 
• É o septo interlobular espessado, visualizado como linhas densas 
• Melhor visualizadas nas porções inferiores, próximo aos seios costofrênicos
• Achado muito sutil 
- Além desse padrão de linhas (padrão reticular), pode assumir o padrão micronodular 
(“bolinhas”) ou padrão misto (reticulonodular)
- Infiltração do interstício peribroncovascular:
• Indefinição do contorno de paredes brônquicas, vasos e hilos pulmonares (por 
espessamento dessas estruturas)
• Decorrente de processos de evolução rápida (ex: ICC) 
- Infiltração do interstício parenquimatoso:
• Pode apresentar 3 padrões:
• Padrão reticular (fibrose pulmonar, colagenose e abestose)
• Padrão micronodular (tuberculose, paracoccidioidomicose, pneumonias virais ou 
germes atípicos, silicose)
• Padrão reticulonodular (sarcoidose e disseminação neoplásica) 
- Infiltração do interstício subpleural:
• Espessamento do tecido subpleural
• Cisuras e limites pleurais bem marcados 
- Edema pulmonar e Pneumonias:
• Combinação do padrão alveolar e intersticial
SINAL DA SILHUETA:
- Normalmente, o contorno do órgão é dado pela diferença de densidade entre estruturas 
adjacentes 
- Quando o parênquima pulmonar é acometido, a densidade de ar é substituída por densidade 
de partes moles 
- Dessa forma, o parênquima pulmonar fica com a mesma densidade do contorno cardíaco, do 
diafragma e da aorta, perdendo o contorno claro 
- A perda do contorno é definida então Sinal da Silhueta 
- Útil para reconhecer atelectasias de todo o pulmão 
• Exemplos: 
• Lesões no lobo médio – perda do contorno cardíaco direito
• Lesão base pulmonar – perda do contorno diafragma
• Lesão língula – perda do contorno cardíaco esquerdo
ATELECTASIA:
- É a expansão incompleta de um pulmão ou parte dele (subsegmentar, segmentar, lobar) por 
redução ou ausência de ar nos alvéolos (perda de volume)
- Lesão secundária (consequência de alguma patologia e não doença em si)
- Divisão de acordo com etiologia:
• Atelectasia obstrutiva / de reabsorção (obstrução da luz brônquica)
• Atelectasia compressiva / passiva (compressão impede a expansão)
• Atelectasia discoide ou subsegmentar (diminuição da mobilidade do diafragma)
• Atelectasia adesiva (deficiência de surfactante com colapso alveolar)
• Atelectasia cicatricial (associado a fibrose focal ou difusa)
- Achados radiográficos: 
• Redução volumétrica do segmento, lobo ou pulmão acometido
• Deslocamento de cisuras (e brônquios) em direção a porção atelectasiada 
• Variação na opacidade pulmonar (atelectasia) de acordo com a extensão do parênquima 
acometido
• Casos mais extensos: elevação da cúpula diafragmática, desvio do mediastino para o lado 
evolvido, redução dos espaços intercostais, hiperinsulflação compensatória
• Presença de broncograma aéreo é incomum (principalmente atelectasias obstrutivas)
NÓDULOS:
- Nódulo VS. Massa:
• Nódulo < 3cm
• Massas > 3 cm
- Causas: 
• Granulomas
• Neoplasias primárias
• Metástases solitárias
• Tumores benignos
- Nódulo pulmonar solitário:
• Avaliar tamanho, contorno, forma, densidade e presença de calcificação ou escavação
- Pequenos nódulos múltiplos:
• IndicamTB miliar, silicose, sarcoidose, metástases
• Nódulos múltiplos podem ser de localização intersticial ou alveolar / de espaço aéreo, 
porém de difícil diferenciação (nódulos de espaço aéreo tendem a confluir)
- Grandes nódulos múltiplos:
• Principal causa são as metástases hematogênicas 
• Outras causas: embolia séptica e doenças infecciosas (aspergilose)
- Nódulo benigno X maligno: 
• Avaliar presença de calcificações e crescimento
• Critérios de benignidade – Ausência de crescimento em 2 anos e presença de calcificações 
(puntiforme / central, em alvo, periférica, em pipoca e difusa)
- Atenção:
• O contorno regular não permite classificar o nódulo como benigno
• Tumores benignos no pulmão são raros 
• O tumor benigno de pulmão mais comum é o hamartoma (nódulo arredondado, 
circunscrito, áreas com densidade de gordura e calcificações em pipoca)
MASSAS:
- Única diferença de nódulo é o tamanho (>3cm)
- Massas pulmonares estão em grande parte associadas a malignidade 
(massas são sempre suspeitas) 
- Confunde menos que os nódulos 
ESCAVAÇÕES (CAVITAÇÕES): 
- Cavidade = área de necrose pulmonar que se comunica com via aérea pérvia, drenando o 
conteúdo
- Relacionado a TB (principal causa de cavitações), histoplasmose, neoplasia, infecção 
estafilocócica
- Analisar espessura de paredes e presença de conteúdo ou nível líquido
- Incidência de Laurell pode elucidar presença de líquido ou crescente aéreo
- Bola fúngica é causada por Aspergillus e se desenvolve em uma cavitação já tratada 
ENFISEMA PULMONAR:
- Enfisema Pulmonar = Destruição dos espaços aéreos envolvidos nas trocas gasosas 
(bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos)
- Ruptura e coalescência das paredes alveolares com destruição do leito capilar e distensão 
permanente dos alvéolos 
- Tabagismo principal fator de risco (outros: ocupacional, poluição, deficiência de alfa 1-
antitripsina)
- Achados radiográficos:
• São só tardios (pacientes precoces não apresentam achados no RX)
• Aumento do volume pulmonar / Hiperinsulflação compensatória
• Hipertransparência (generalizada ou irregular conforme extensão e localização)
• Rebaixamento e retificação do diafragma
• Atenuação das marcas vasculares
• Sinais de hipertensão pulmonar
• Formação de bolhas (paredes finas, hipertransparentes, junto a superfície pleural, mais 
frequentes nos lobos superiores)
PNEUMOTÓRAX:
- Pneumotórax = Presença de ar no espaço pleural
- Pode ser espontâneo (ruptura de bolhas subpleurais; fístula broncopleural) ou de natureza 
traumática (principal causa: penetrante ou não-penetrante)
- Pneumotórax hipertensivo: 
• Ocorre quando há trauma torácico não comunicante (não há comunicação do pulmão com 
o meio externo)
• Ocorre mecanismo valvar unidirecional = o ar vai se acumulando no espaço pleural —> 
atelectasia compressiva —> desvio mediastinal para o lado contrário. Se for de grande 
volume —> compressão dos grandes vasos —> choque por baixo débito
- Achados radiográficos: 
• Espaço aéreo hipertransparente entre as pleuras (ausência de vasos)
• Radiografia em expiração aumenta o volume relativo do pneumotórax em contraste com o 
pulmão menos insulflado
• Pode estar associado a nível líquido (hidropneumotórax / hemopenumotórax)
• Quando o pneumotórax é maior do que 1/3 do volume do hemitórax devemos fazer 
drenagem para evitar compressão de vasos
DERRAME PLEURAL:
- Derrame Pleural = É a manifestação mais comum dos acometimentos da pleura 
- No entanto, pode ter origem não pleural (origem cardíaca, etc)
- Causas:
• Aumento da pressão hidrostática capilar
• Redução da pressão coloidosmótica capilar
• Aumento da permeabilidade vascular
• Alteração na drenagem linfática pleural 
• Passagem transdiafragmática de líquido peritoneal
- Análise bioquímica do líquido:
• Transudato (pleura normal) – ICC, Sd. Nefrótica, Cirrose hepática 
• Exsudato (pleura alterada) – Inflamação / Infeccção ou neoplasia
- Em condições normais existem de 10 a 15 mL de líquido entre as pleuras 
- Inicialmente acúmulopor gravidade nos seios costofrênicos posteriores
- Pequenos derrames (a partir de 50 mL) visualizados apenas nas incidências em perfil ou 
Laurell (pois pequenos volumes se acumulam apenas no seios costofrênicos posteriores, que 
é a porção mais inferior do nosso pulmão) - visualizados como um pequeno apagamento dos 
ângulos do seio (aspecto “em menisco”)
- Tórax em PA é necessário para derrames mais volumosos para velamento (apagamento) dos 
seios costofrênicos (pelo menos 200 mL)
- Atenção:
• Mesmo derrames volumosos podem não ser notados na incidência em AP obtida em 
decúbito dorsal - derrame se distribui para as porções posteriores
• Radiografia em decúbito lateral auxilia muito (incidência de Laurell)
- Tipos de Derrame Pleural:
• Livre: apagamento do seio costofrênico, indefinição do contorno diafragmático, derrames 
volumosos podem causar velamento de todo hemitórax com desvio mediastinal para o lado 
oposto
• Interlobar: acumulam-se entre as cisuras (em geral cissura horizontal), formato elíptico ou 
biconvexo
• Subpulmonares: podem passar despercebidos pois moldam-se a superfície do diafragma 
(podem ser notados pelo sinal da hemicupula elevada)
• Loculados: acumulam-se entre as superfícies pleurais parcialmente aderidas (US e CT 
adequados na caracterização)
• Empiema: líquido espesso / purulento no espaço pleural. Imóvel ou move-se lentamente 
(US: útil para avaliar septações e orientar drenagem)
HEMOTÓRAX:
- Em geral relacionado a trauma
- Eventualmente pode ser ocasionado por coagulopatias, doenças vasculares ou causas 
iatrogênicas
- RX tórax mostra imagem de derrame sem características típicas (pode organizar e assumir 
aspecto loculado–hemotórax coagulado)
TÉCNICAS DE IMAGENS TRANSVERSAIS - AULA 2 
TÉCNICAS DE IMAGENS TRANSVERSAIS:
- Tomografia computadorizada (TC) 
- Ultrassonografia (US)
- Ressonância magnética (MRI)
- Cintilografia de tórax 
RELEMBRANDO:
- A radiografia é uma técnica bidimensional que sobrepõe as estruturas, formando uma imagem 
de projeção 
- Por isso, normalmente essas imagens são interpretadas com incidências ortogonais, 
minimizando o efeito da sobreposição 
- Muitas vezes a imagem de projeção causa falsas interpretações 
INTRODUÇÃO: 
- Os métodos transversais são exames que realizam “fatias” 
das imagem, eliminando a sobreposição e possibilitando a 
visualização tridimensional em outros planos 
- Planos anatômicos:
• Axial/transveral
• Sagital
• Coronal 
• Oblíqua 
- As imagens obtidas em métodos transversais são produto de 
leituras digitais individuais, de vários ângulos, sintetizado em 
uma imagem digital
- O US também é um transversal, sendo que o plano da imagem 
vai ser definido pela orientação do transdutor
- Na topografia computadorizada as imagens são habitualmente obtidas no plano axial. 
Feixes de RX atingem pequenos detectores na parede oposta à fonte de raios e passam em 
uma varredura contínua (helicoidal)
- A ressonância magnética pode ser obtidas em várias planos (axial, coronal, sagital) - diferente 
da TC que é obtida apenas em axial 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: 
- OS dados obtidos são processados e as imagens geradas são produzidas no eixo axial 
- Os mesmos dados digitais produzidos podem ser manipulados para otimizar o contrate entre 
estruturas
- No tórax, para detalhes do parênquima pulmonar, são criadas “janelas de pulmão” 
- Detalhes de partes moles e coração podem ser identificadas na “janela de mediastino”
- Além disso são possíveis reformatações para “janela óssea” para avaliar tanto a cortical 
quando a medular óssea
- Vale ressaltar que não são feitas 3 sequências de imagem. O que ocorre é o obtenção de uma 
sequência única de imagens e posteriormente eu posso aplicar um filtro (janela) específico 
nessa sequência
DENSIDADE: 
- A TC utiliza as mesmas densidades radiográficas convencionais:
• Ar (preto)
• Gordura (cinza mais escuro)
• Partes moles (cinza mais claro)
• Osso (branco)
- A densidade na tomografia é expressa em Unidades Hounsfield (U.H.)
- •O aparelho é calibrado para que a água tenha 0 U.H. e o ar – 1000 U.H. 
- Os valores típicos são:
• Pulmão = – 800 U.H. 
• Gordura = – 120 U.H.
• Líquido = 0 U.H.
• Músculo = 40 U.H. 
• Osso = 350 a 1000 U.H.
CONTRASTE:
- Embora a TC tenha melhor discriminação de contraste, o coração, os vasos mediastinais e 
estruturas do mediastino tem tons intermediários de cinza (“densidade de partes moles”)
- Por esse motivo o contraste pode ser administrado por via endovenosa para aumentar a 
radiodensidade do sangue, que então passa a ser mais branco que as demais estruturas
- De acordo com o tempo de circulação e velocidade de injeção do contraste é possível 
visualizar uma ou outra estrutura (ex: existem tempos de circulação para ver aorta e tempos de 
circulação para ver veia cava superior)
PADRÃO DE VISUALIZAÇÃO:
- Em imagens axiais, pressupõe-se que estejamos vendo o paciente a partir 
de baixo
- O lado direito do paciente está a sua esquerda
- Ao olhar uma tomografia imagine que você está na posição de um médico 
realizando exame ginecológico 
TOMOGRAFIA TRIDIMENSIONAL:
- Imagens tridimensionais a partir do conjunto de dados axiais originais que podem ser 
visualizados em qualquer direção (ângulo)
- Inclusive podemos atribuir diferentes cores para valores diferentes na escala de densidade 
(U.H.)
- Perceba como é possível manipular os dados crus obtidos (“raw data”) e, a partir deles, 
selecionar apenas as estruturas desejadas e aplicar a cor que você melhor julgar
INDICAÇÕES DA TC DE TÓRAX:
- Melhor caracterização dos achados identificados na radiografia de tórax (Para detalhamento 
do parênquima, utiliza-se técnica de alta resolução - TCAR)
- Estadiamento do câncer de pulmão e esôfago
- Detecção de metástases de neoplasias extratorácicas
- Avaliação do nódulo pulmonar solitário (muitas vezes esse nódulo não consegue ser estudado 
no RX) 
- Suspeita de massa hilar ou mediastinal
- Suspeita de tumor de origem pleural ou empiema
- Exame de derrames pleurais complicados 
- Avaliação complementar para sinais/sintomas com achados inconclusivos ao exame físico e 
radiografia de tórax (ex: hemoptise)
- Guias procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
INDICAÇÕES DA ANGIOTOMO DE TÓRAX:
- A principal diferença entre uma TC e uma ANGIOTOMO é o volume do contraste e o tempo de 
aquisição do exame 
- Vasos pulmonares são avaliados em aquisição precoce (menos tempo de circulação do 
contraste)
- Vasos arterias (ex: aorta) são avaliados em aquisição tardia (mais tempo de circulação do 
contraste) 
- Indicações:
• Suspeita de tromboembolismo pulmonar
• Suspeita de dissecção de aorta
• Sindrome da veia cava superior
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
FORMAÇÃO DA IMAGEM:
- A RM utiliza diferentes propriedades físicas para a produção de imagem a partir da exposição 
do paciente a um campo magnético de alta intensidade, seguido de aplicação de pulsos de 
radiofrequência
- As imagens se formam a partir da absorção e emissão de energia de radiofrequência e 
diferentes tipos de pulsos criam diferentes tipos de imagens
- Esses diferentes tipos de imagem podem ser referidos como imagens ponderadas de acordo 
com cada sequência de pulso (T1 e T2)
- T2 é uma sequência sensível a líquido (líquido “brilha”)
- T1 não é sensível a líquido 
- A RM tem a vantagem de não utilizar radiação ionizante e contraste iodado 
- O contraste a base de gadolínio são menos propensos a reações adversas. No entanto é 
contraindicada em determinados grupos de pacientes
- Na RM é possível fazer ponderações, ou seja, de acordo com cada tecido posso selecionar um 
tipo de imagem (ex: a gordura que é normalmente branca pode ficar preta no exame)
- Cada sequencia de ressonância é relativamente demorada e várias sequencias não 
necessárias por exame. No entanto a grande quantidade de sequencias utilizadas pode 
fornecer um melhor levantamento anatômico
- Por isso, aRM não é o melhor exame para avaliar tórax. O exame mais rápido e mais acessível 
é a TC
- No entanto, em algumas situações a RM fornece a melhor imagem 
AVALIAÇÃO DE PARÊNQUIMA PULMONAR:
- Como regra a imagem do parênquima pulmonar tem menor resolução e nitidez que a 
tomografia porque o ar dentro do pulmão fornece relativamente pouco sinal (pouca água) 
INDICAÇÕES:
- Avaliação de massa mediastinal
- Avaliação de doença cardíaca congênita e adquirida (RM Cardíaca)
- Estadiamento do câncer de pulmão quando TC aponta invasão do coração, grandes vasos, 
parede torácica e diafragma
- Na impossibilidade de realização de tomografia computadorizada por alergia grave ao 
contraste iodado na suspeita de disseção de aorta ou TEP 
ULTRASSONOGRAFIA: 
FORMAÇÃO DA IMAGEM:
- Transdutor direciona as ondas sonoras de alta frequência —> ondas refletem de maneira 
variada nos diferentes tecidos —> transdutor detecta as ondas refletidas e sintetiza as 
imagens
- Líquidos causam reflexão mínima, por isso aparecem como área homogênea de baixa 
ecogenicidade 
- As ondas sonoras se dispõem mal no osso e no ar, por isso, pulmões cheios de ar são 
difíceis de avaliar com US 
- Por isso, a principal indicação do US é o derrame pleural
- Além disso, interfaces entre ossos-tecidos e ar-tecidos são hiperreflexivas e muitas vezes 
causam artefatos
MEDICINA NUCLEAR (CINTILOGRAFIA PULMONAR): 
- Durante muito tempo a cintilografia pulmonar foi o padrão outro para a avaliação de TEP
- Atualmente o padrão ouro é a angiotomografia do tórax 
FORMAÇÃO DA IMAGEM:
- Cintilografias pulmonares são utilizadas para avaliar a ventilação e a perfusão pulmonar
- Um radioisótopo (Tc99m) é marcado com albumina e administrado por via endovenosa 
- As partículas de albumina são aprisionadas nos capilares pulmonares
- Detectores mapeiam a distribuição do isótopo no interior do pulmão
- Outro radioisótopo é aspirado pelo paciente para avaliar a ventilação pulmonar
- Existem regiões pulmonares que podem ser ventilados mas não perfundidas (ex: TEP)
- Ex: na imagem A nota-se que ambos os pulmões estão sendo ventilados. No entanto, na 
imagem nota-se que o pulmão direito não está sendo perfundido. Logo, fecha-se o diagnóstico 
de TEP
TÉCNICA DE ALTA RESOLUÇÃO DOS PULMÕES:
- Exame tem inicio com uma visão geral chamada de escanograma ou scout view (lembra muito 
uma radiografia)
- Na sequência são feitas as aquisições de tórax 
- Relembrando:
• Para avaliação do parênquima pulmonar utiliza-se a janela de pulmão 
• Para avaliação do mediastino utiliza-se a janela de mediastino 
• Para avaliação das estruturas ósseas utiliza-se a janela óssea 
• Em algumas situações, a avaliação das estruturas mediastinais podem ser melhor 
caracterizadas com a utilização do meio de contraste endovenoso 
- A pleura e o pericárdio são identificados na janela de mediastino 
- Habitualmente não há líquido visível no espaço pleural mas pode haver em pequena 
quantidade no espaço pericárdico
- Janela de Pulmão:
• Alta resolução do parênquima pulmonar 
• Nota: quando a imagem de TC está perpendicular a uma estrutura cilíndrica (vaso ou 
brônquio) ela aparece como um círculo (não confundir com nódulos ou massas) 
- Para maximizar os detalhes anatômicos pulmonares e avaliar doença intersticial pulmonar, 
utilizamos duas estratégias:
• Obtenção de cortes tomográficos mais finos (0,5 - 1,25mm em vez de 2,5 - 5mm), 
diminuindo a sobreposição com os tecidos adjacentes (reduz o efeito de volume parcial)
• Usamos algoritmo de reconstrução a fim de aumentar a nitidez as interfaces (algoritmo de 
frequência espacial alta ou ALTA RESOLUÇÃO)
- Além da técnica de alta resolução é possível realizar EXAMES EM EXPIRAÇÃO:
• Normalmente os exames são feitos em apnéia e em inspiração máxima para reduzir 
artefatos
• No entanto, quando há suspeita de obstrução de pequenas vias aérea, as imagens 
podem ser obtidas também em expiração (ex: asma, vasculites e DPOC)
- RX de Tórax VS. TC de tórax: 
• RX = ramificações das artérias e veias são o único ponto de observação do interstício e em 
geral não são mais visualizadas no terço externo do pulmão pois ultrapassam o limite de 
resolução da imagem do método
• TC = brônquios se distribuem do centro para a periferia, bifurcando-se e afilando-se 
progressivamente. Usualmente não são visualizados nas proximidades da superfície pleural. 
Da mesma forma ocorre com as artérias que, usualmente acompanham os brônquios 
(proporção 1:1 - o calibre de um brônquio segmentar é muito parecido com o calibre de u 
segmento arterial)
• Esse relação 1:1 se perde em situações de bronquiectasia ou distúrbios da circulação 
pulmonar

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