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Lesões pré-neoplásicas e neoplasias cutâneas

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DERMATOLOGIA
Larissa Stork - 70
L�Õ� PRÉ-NEOPLÁSICAS
MELANOSE SOLAR - manchas acastanhadas em áreas f�oexpostas, meia-idade e idosos, pouca chance de
transformação maligna, indica que houve grande exposição solar, tratamento estético e prevenção é a f�opr�eção.
LEUCODERMIA SOLAR GOTADA - manchas hipocrômicas/acrômicas em áreas f�oexpostas, meia-idade e idosos,
pouca chance de transformação maligna, indica que houve grande exposição solar, tratamento estético e prevenção é a
f�opr�eção.
NEVOS MELANOCÍTICOS - “pinta”, decorrente de desordens na proliferação benigna clonal dos melanócitos, devido à
exposição solar, podem ser precursores de melanoma mas é raro, podem ser congênitos (até os 2 anos) ou
adquiridos (a partir dos 2 anos até os 40 anos). Os congênitos são classificados em pequenos (< 1,5 cm), médios (1-5
a 20 cm) ou gigantes (> 20 cm); em crianças é classificado como gigante na região da cabeça acima de 6 cm e no
corpo acima de 9 cm. Ao redor dos gigantes podem estar presentes uns pequenos chamados de lesões satélites -
pode desenvolver melanoma nos primeiros 5 anos. Aqueles pacientes com vários nevos (> 50), principalmente se
forem atípicos (com mais de uma cor, forma, relevo), aumentam a chance de melanoma.
CETAROSE ACTÍNICA - lesão pré-neoplásica mais frequente, principalmente em homens e idosos, decorrente da
proliferação de queratinócitos epidérmicos aberrantes, a partir da exposição solar - desenvolvimento de CEC. Lesões
com base eritematosa e áreas de queratose em áreas f�oexpostas. Subtipos: eritematosa, inflamada, hipertrófica
(camada elevada de queratina [> 1cm]), corno cutâneo (lembra estrutura de chifre), pigmentada, queilite actínica. O
risco de evoluir para CEC depende de duração, número de lesões, imunossupressão e persistência na exposição UV.
Biopsiar sempre lesão suspeita de CEC.
QUEILITE ACTÍNICA - ceratose actínica nas mucosas, principalmente lábio inferior. Eritema, descamação, fissuras,
erosão, perda da nitidez da borda do vermelhidão do lábio, ceratose focal, leucoplaquia - ulcerações persistentes ou
áreas induradas nos lábios necessitam de biópsia. Áreas de semimucosa e mucosa, quando aparece um CEC, a chance
de dar metástase para linfonodos é maior.
DOENÇA DE BOWEN - CEC in situ, lesão solitária em áreas f�o expostas, exposição solar e arsênico, principalmente
em mulheres adultas. Placa eritematosa ou crostosa com limites bem definidos. Ulceração sugere progressão para
CEC invasivo. Pode con�ndir com lesões inflamatórias.
NEOPLASIAS CUTÂNEAS
70% - CARCINOMA BASOCELULAR
20% - CARCINOMA �PINOCELULAR
10% - MELANOMA
Aumento da incidência: maior exposição solar, aumento da expectativa de vida, redução da camada de ozônio.
Fatores de risco: exposição aos raios UV (UVB), f��ipos baixo (menos melanina), imunodepressão, infecção pelo HPV (16, 18, 31, 33),
áreas cicatriciais submetidas a traumatismos de lesão e úlceras crônicas, áreas submetidas à radi�erapia, contato com substâncias
químicas, síndromes genéticas (albinismo oculocutâneo e xeroderma pigmentoso).
DERMATOLOGIA
Larissa Stork - 70
CARCINOMA BASOCELULAR
● Idade adulta e mulheres.
● Mais frequente nos f��ipos baixos e em pessoas mais expostas ao sol (crônica e persistente) - trabalhador área rural.
● Derivado de células não queratinizadas da camada basal da epiderme, crescimento muito lento, capacidade invasiva localizada
(principalmente nos planos de �são da pele – canto interno dos olhos, filtro labial, mento, sulco nasolabial e áreas
pré-auriculares), raro dá metástases.
● Lesão papulosa translúcida, eritematosa e brilhante de coloração perlácea/perolácea, com telangiectasia - áreas f�oexpostas,
principalmente na cabeça.
● Subtipos:
○ Papulonodular, globoso ou nodulocístico: mais comum, começa com pápula e leva à forma globosa
ou nodular. Não melhora e pode ulcerar.
○ Superficial: segundo mais comum, DD por biópsia com Bowen, placa eritematosa oval bem delimitada,
principalmente no tronco.
○ Pigmentado: lesão papulosa, globosa ou ulcerada escura (melanina), mais comum em f��ipos altos,
DD com melanoma.
○ Ulcerado: pequena úlcera, pode ser consequência da forma globosa. Áreas perto de mucosa = maior
risco.
○ �clerodermiforme/fibrosante: raro, infiltrativo, superfície lisa e brilhante de cor amarelada e limites
pouco definidos, sem brilho peroláceo. Palpação endurecida.
○ Terebrante: muito raro, forma ulcerada de invasão rápida.
● Diagnóstico: clínico // histopatológico é decisivo.
● DD: CEC, doença de Bowen, lúpus, esclerodermia em placa, melanoma (subtipo pigmentado), ceratoses actínicas,
nevo intradérmico, dermatoses ulceradas e vegetantes de várias etiologias.
● Evolução e seguimento: CBC prévio – 10x mais chance de novo CBC // 30-50% dos pacientes vão desenvolver
outro CBC em 5 anos // 6-12 meses por 5 anos e depois anualmente // Instruir paciente: f�opr�eção e
autoexame.
● Tratamento de preferência é cirurgia.
CARCINOMA �PINOCELULAR
● Homens após 60 anos e jovens imunossuprimidos.
● Derivado da proliferação atípica das células da camada espinhosa da epiderme (mais superficial), crescimento lento mas bem
mais rápido de CBC, capacidade de invasão local e metástases (linfonodos e pulmão).
● Lesões precursoras: Ceratoses actínicas (20% dos casos à 10-25 anos), Leucoplasia, Radiodermite crônica, Úlceras crônica,
Doenças cutâneas crônicas, Cicatrizes (queimaduras), Eritroplasia de Queyrat, Doença de Bowen, Osteomielite
crônica.
● Lesão inicial é uma pápula pequena com alguma ceratose→ lesão ulcerada com bordas infiltradas→ vegetante.
Cresce no sentido vertical (metástase) e horizontal. Áreas f�oexpostas, frequente em mucosas e semimucosas
(paciente tabagistas (língua), alcoolistas (língua), imunossuprimidos).
● Metástases: mucosas > submucosas > pele:
○ Lábio, glande e vulva: metástase ganglionar precoce - ulceração.
● DD: CBC, Melanoma amelanótico, Lesões ulceradas, vegetantes e ulcerovegetantes de várias etiologias (micoses sistêmicas e
subcutâneas, cancro duro, tuberculose, donovanose).
● Prognóstico mais grave que do CBC.
DERMATOLOGIA
Larissa Stork - 70
● Tratamento de preferência é cirurgia e em situações dramáticas, recorre a radi�erapia (câncer de pele com trajeto nervoso).
MELANOMA
● Tumor com maior letalidade entre adultos jovens (40 anos, idade ativa).
● Alto índice de metástase.
● FR: exposição solar (infância/ adolescência), f��ipo baixo, história de queimaduras solares recorrentes na infância e
adolescência, múltiplos nevos melanocíticos ( > 50), nevos atípicos (clínica que lembra um melanoma), antecedente familiar de
melanoma, mutações de genes CDKN2A, BRAF, NRAS, KIT.
○ CBC e CEC relacionam-se a uma exposição crônica ocupacional enquanto o melanoma a uma exposição recreacional.
● Diagnóstico clínico (regra ABCDE):
○ Assimetria (eixo horizontal e vertical diferentes).
○ Bordas: irregulares (reentrâncias).
○ Coloração: heterogênea (melanoma tem mais de 3 cores).
○ Diâmetro: > 6mm (nevos geralmente são < 6mm).
○ Evolução: mudança na cor, forma ou tamanho (se cresce, dói).
○ Sintomas: prurido, dor, descamação, sangramento, ulceração.
● Subtipos:
○ E�ensivo superficial: mais comum, indivíduos de pele clara com 40-60 anos, lesões pigmentadas
discretamente elevadas, com borda irregular, assimetria e várias cores (segue ABCDE). Associado a
nevos melanocíticos em 30-40%. Homens tronco, mulheres MMII.
○ Nodular: segundo mais comum, pápula ou nódulo pigmentado ou eritematoso (não segue ABCDE), em
áreas de exposição solar intermitente (tronco, cabeça e pescoço). H > M.. Evolução rápida, em poucos
meses, com pior prognóstico (crescimento vertical mais rápido [metástases].
○ Lentigo maligno: 5%, 70 anos, evolução lenta e comportamento benigno, áreas expostas
cronicamente à luz solar (face, pescoço, MMSS), são máculas acastanhadas, bordas irregulares,
crescimento periférico insidioso - não tem crescimento vertical, é atípico. Evolução: papulonodulares,
infiltração, ulceração, sangramento e crostas.
○ Lentiginoso acral: menos comum em caucasianos e mais frequenteem negros e asiáticos, 60 anos,
acomete estruturas acrais: palmas, plantas e subungueais, possui evolução lenta.
○ Amelanótico: qualquer uma das 4 variantes principais podem ser amelanóticas. DD: CEC, verruga viral,
doenças inflamatórias e vasculares.
○ De mucosa: 5%, mulher de idade avançada, vulva. Mucosa oral ou conjuntival. Diagnóstico tardio e
prognóstico ruim.
● Metástases: ocorrência é diretamente proporcional à espessura do tumor - Índice de Breslow (medida da
camada granulosa da epiderme até onde vai a infiltração da derme - precisa ter no laudo).
○ Satelitose - linfonodos (< 2cm da lesão primária) ou em trânsito (além de 2cm da lesão primária).
○ Sistêmicas: disseminação hematogênica para a própria pele ou vísceras (pulmão > cérebro > SNC >
fígado > osso). Relação direta com os exames de imagem pedidos.
● Tratamento: muito individualizado: cirurgia, radi�erapia (SNC), imun�erapia.
● Seguimento: maior incidência de um 2º MM: 2-5% em 5-20 anos. Avaliação clínica da pele (toda, inclusive mucosa oral, genital,
unha) e linfonodos, DHL (se aumentado pode ser relacionar com mucosa), exames de imagem com TC ou PET-CT.

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