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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS GABRIEL BERALDO SCORSIN GABRIEL OLIVEIRA VIATROSKI KAUÃ JUSTUS HORN RICIERI ALEXANDRE PIANA RELATÓRIO SOBRE MICROGRAFIA DOS METAIS FERROSOS. PONTA GROSSA 2022 GABRIEL BERALDO SCORSIN GABRIEL OLIVEIRA VIATROSKI KAUÃ JUSTUS HORN RICIERI ALEXANDRE PIANA RELATÓRIO SOBRE MICROGRAFIA DOS METAIS FERROSOS. Realização do relatório de Ensaios e Caracterização de Materiais com propósito da obtenção da nota do primeiro semestre da disciplina. Professor(a): Ricardo Sanson Namur SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. OBJETIVO .............................................................................................................. 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 7 3.1 – MATERIAIS .................................................................................................... 7 3.2 - MÉTODOS ..................................................................................................... 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 11 5.CONCLUSÃO ........................................................................................................ 15 REFERÊNCIAS..................................................................................................................16 1. INTRODUÇÃO O controle de qualidade e caracterização de um material metálico é dependente de um estudo micrográfico, com análises ópticas reconhecendo as respectivas fases. A análise da peça difere composições, estruturas, propriedades, etc. Que podem ser químicos, físicos, metalográfico e especial. A micrografia é assim chamada, pois a visualização é feita através de um microscópio, que potencializa a possibilidade de visualização do ensaio. Com este aparelho é capaz a identificação da granulação do material, como forma e tamanho, do teor de carbono, o tipo de tratamento térmico e mecânico utilizado na sua fabricação, morfologia das fases presentes e suas orientações, então, estudar os diversos constituintes da peça. As fases são partes homogêneas de um sistema com mesmas composições químicas, interfaces com o meio e estruturas cristalinas. O ensaio micrográfico começa com a preparação da amostra, onde a peça que será estudada passa por processos até tornar-se a observação ideal sem modificar sua estrutura. Esses processos são: corte, embutimento, lixamento, polimento, e ataque químico. O corte, é definido com uma secção transversal de parte do material, geralmente o corte abrasivo é o mais utilizado, já que suas operações mecânicas utilizadas não modificam a estrutura da amostra. O embutimento, é definido com o envolvimento da peça em uma resina, facilitando o manuseio de peças pequenas e previne o abaulamento da superfície, que dificulta a visualização do corpo, e, evita danos na lixa ou pano de polimento. São embutimentos à quente, aqueles que se aplica prensas térmicas e materiais termoplásticos para realização do processo. Já o embutimento à frio utiliza resinas sintéticas de polimerização rápida. A etapa de lixamento é feita com alguns modelos de lixas com diferentes riscos de corte com água corrente, já que eliminam riscos e marcas na superfície da peça. Esse processo requer muito cuidado, pois a água evita deformações plásticas que comprometeriam o resultado final do teste. O polimento consiste em fazer um acabamento na superfície liso sem deixar marcas. Primeiramente é preciso limpar a superfície da amostra, com líquidos de baixo 4 ponto de ebulição, para remover poeiras e traços abrasivos. Após a limpeza o polimento é feito com panos especiais, geralmente feitos de alumina ou pasta de diamante, que são colados em pratos giratórios. Para facilitar o processo, no pano vai sendo adicionado pequenas quantidades de abrasivos, que alternam de acordo com cada material. As amostras sofrem movimentos contra o sentido da rotação do disco, a fim de evitar os chamados rabos de cometa, que são aspectos impróprios no corpo. O ataque químico consiste em imergir a amostra em um reagente ácido causando uma corrosão na superfície, facilitando a visualização microscópica. Após o lixamento é preciso limpar a amostra com líquido de baixo ponto de ebulição e secá- lo com ar quente, e então fazer o ataque químico. Este processo deve possuir um tempo de contato preciso para ocorrer a visualização da microestrutura do material até desaparecer o brilho da peça sem queimá-la, um ataque excessivo causará danos na amostra e exigirá um novo polimento. Após a etapa do ataque químico, a amostra pode ser observada devido ao reagente ácido. Isso acontece porque o reagente ataca de formas diferentes determinados grãos e fases da amostra. O fato de a luz ser refletida na amostra de diferentes modos, dá diferentes matizes às fases, melhorando o perfil do grão. Isso facilita a interpretação e observação da amostra no microscópio. 5 2. OBJETIVO Analisar e observar as microestruturas dos metais pré-determinada, que assim são preparados por lixamento, polimento e ataque químico. Para melhor análise é utilizado um microscópio ótico para identificar os microconstituintes e como estão alocadas na amostra. 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 – Materiais Na prática de micrografia foram utilizados 4 tipos de ferros com diferentes porcentagens de carbono onde o Fe 1006 apresenta 0,006%, Fe 1045 apresenta 0,45%, Fe 1080 apresenta 0,80% e o Fe Fundido Nodular apresenta 2,14 %. Segue abaixo a fotografia 3.1 dos respectivos metais. Fotografia 3.1.1 - Materiais ferrosos utilizados no experimento. Fonte: Os autores. Amostras: 1- Ferro Fundido Nodular 2- Aço 1080 3- Aço 1045 4- Aço 1006 Utilizado também lixas d'água das mais grossas para as mais finas: #400, #600, # 1500, em sequência. No processo foi preciso água, uma solução de álcool etílico, suspensões de alumina com diferentes teores, 1µm e 0,3µm, como representado na figura 3.1.2 7 Fotografia 3.1.2 – Suspensão de alumina 1µm e 0,3µm Fonte: Os autores Para o seguimento da prática utiliza-se também uma politriz/ lixadeira Aropol S - Arotec, secador com ar quente, algodão, placa de Petri, proveta, um cronômetro e um microscópio. O ácido utilizado foi uma solução de Nital, já que é um agente relativamente bom com metais ferrosos. Como apresentado na fotografia 3.1.3 Fotografia 3.1.3 Suporte lixa/máquina politriz/ secador com ar quente placa de Petri, proveta. Fonte: Os autores. 8 3.2 Métodos 3.2.1-LIXAMENTO: Os materiais analisados estavam preparados para a etapa de lixamento, já que vieram cortadas e embutidas em resinas. Nessa primeira etapa foi colocado uma lixa #400 em um suporte com água corrente, a água serviu para limpeza de resíduos da lixa. As peças foram lixadas em um só sentido para uniformização dos riscos. Após uma melhor visualização do delineamento a peça foi virada em 90 °, formando riscos perpendicular aos riscos primários. Em seguida o mesmo processo foi utilizado nas lixas #600 e #1500, o material foi lavado com água antes da alteração da lixa. A água serviu para remoção dos resíduos das amostras. Na finalização da pratica as amostrar foram lavadas com álcool etílico para o processo de polimento.3.2.2-POLIMENTO: Após pratica de lixamento, foi montado o disco a politriz Arotec, em seguida é adicionado água corrente sobre o disco para evitar erros por impurezas presentes no mesmo. Dando seguimento, ligou se a politriz e acrescentou-se suspensão de alumina 1 µm, pressionando o material contra o disco praticando movimentos aleatórios para que não ocorra um polimento desuniforme. No entanto, realizando o mesmo procedimento, a adição da suspensão de alumina 0,3 µm que garante um polimento mais fino da amostra para melhor visualização. 3.2.3-ATAQUE QUÍMICO: Para a realização da pratica foi utilizado solução de Nital em seguida adicionado na placa de Petri, com o uso de luvas de proteção cada uma das amostras teve sua superfície em contado com a solução. A solução atacou a amostra corroendo regiões de alta energia (contorno de grãos). As amostras foram submetidas na solução com tempos diferentes, aproximadamente 40 segundos para o ferro fundido e 10 segundos para as demais amostras. Após atacadas, as amostras devem ser lavadas com água, em seguida com álcool etílico, e finalizado com a secagem dos materiais com auxílio de um secador para evitar oxidação. 9 3.2.4-MICROSCOPIA: Para a visualização das amostras, utilizou-se o microscópio Olympus BX51. As amostras foram posicionadas abaixo da lente do aparelho, sob o foco de luz e regulada a mesa para que obtivesse o foco da mesma, variando as lentes até que se consiga uma imagem nítida da microestrutura do metal. Fotografia 3.2.1.4 – Microscópio Olympus BX51 Fonte: Os autores Juntamente com o microscópio, teve-se auxílio de um software para uma melhor visualização das amostras, onde transmitidas por um televisor. Assim observado na fotografia 3.2.2 Fotografia 3.2.2.4 – Software e televisor apresentando a amostra Fonte: Os autores 10 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Realizados os acabamentos superficiais e os ataques nas diferentes amostras, observou se as características dos materiais em microscópio, com uso de escala alterando de 100x até 500x, ressaltando apenas aspectos mais relevantes. 4.1-AÇO 1006 O aço é uma liga metálica formada principalmente por ferro e carbono. O carbono é o elemento mais importante que determina as propriedades mecânicas do aço. A dureza do aço está relacionada com o teor de carbono, ou seja, quanto maior seu teor de carbono maior a sua dureza. O teor de carbono define sua classificação: alto teor contem carbono maior que 0,50%; o médio teor apresenta carbono ente 0,30% e 0,50% e o baixo teor possui carbono menor que 0,30% do elemento. O aço 1006 contem baixo teor de carbono em sua composição, caracterizado como aço Ferrítico de baixa liga, contendo baixa resistência e dureza na sua propriedade. Geralmente, este tipo de aço não é sujeito a variação de temperatura. Este tipo de aço é facilmente trabalhado com soldagem e usinável. Figura 4.1.1 – Aço 1006 visualizado no microscópio Fonte: Os autores A composição química do aço 1006 é constituída de no máximo 8% de carbono; 40% de fosforo; 5% de enxofre e 25 a 40% de manganês. Visto na figura 4.1, regiões de coloração mais escura, são compostas pela fase de cementita e regiões 11 de coloração mais clara é constituída pela fase de perlita proeutetoide. Analisando a estrutura verificou uma distribuição homogênea, pelo fato de apresentar pouca quantidade de perlitas. 4.2 - AÇO 1045 O médio teor de carbono é apresentado na composição química do aço 1045, podendo variar seu teor ente 0,43% a 0,50%, apresentando quantidade suficiente de carbono para ser sujeito a variação de temperatura. Possui maior resistência e dureza comparadas a aços de baixo teor de carbono. Figura 4.2.2 – Aço 1045 visualizado no microscópio Fonte: Os autores A microestrutura do aço 1045, visto na figura 4.2, onde apresentou perlita e ferrita na sua formação. Superfície de coloração mais clara corresponde a ferrita e a fase mais escura a perlita. 4.3 - AÇO 1080 O aço 1080 é composto por um alto teor de carbono, possuindo maior resistência e dureza, porem apresenta menor grau de deformação até o momento da sua fratura (ductilidade) entre aços carbono. Geralmente são sujeitos a variação de temperatura. 12 Figura 4.3.3 – Aço 1080 visualizado no microscópio Fonte: Os autores As partículas de perlita e cementita, são encontradas na microestrutura desse aço, está representado na figura 4.1.3 4.4-FERRO FUNDIDO O ferro fundido é uma mistura eutetica com elemento à base de carbono e silício. Este aço é composto por um alto teor de carbono, sendo 2,11% do elemento. A semelhança do ferro e do aço é que são formadas principalmente por ferro e carbono, porem a porcentagem de carbono varia entre 0,008 à 2,11%, possuindo um teor muito maior que o dos aços. 13 Figura 4.4.4 – Ferro Fundido visualizado no microscópio Fonte: Os autores O ferro nodular tem dependência da velocidade de resfriamento e os nódulos pode consistir em ferrita ou perlita. O ferro fundido nodular pode obter tratamento para ser ferritico, perlitico ou martensita revinida. As fases ferrita e cementita são compostas na microestrutura do aço, ambos 50% cada. 14 5. CONCLUSÃO Nesta prática de ensaio, foi possível analisar e entender a importância dos métodos utilizados em cada passo para que posteriormente pudesse ter uma análise e resultados mais precisos para a observação dos grãos no telescópio. Com base nos dados analisados, podemos concluir que mesmo sendo materiais ferrosos e com porcentagem de carbonos diferentes, as microestruturas mudam de acordo com esta porcentagem, por exemplo no ferro 1006 onde os grãos estavam bem delimitados e possuíam uma certa igualdade entre eles, entre tanto no ferro 1080 houve uma dificuldade maior para delimitar os grãos, porém foi possível observar que haviam regiões que pareciam estar direcionadas e padronizadas por tamanho. Com isso, pode-se observar que após o ataque químico nas amostras cada um teve características individuais, como por exemplo no ferro fundido obteve-se grãos bem delimitados e visíveis ocorrendo também a formação de nódulos de grafita ao longo da microestrutura. 15 REFERÊNCIA 1. COLPAERT, Hubertus, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 4ª edição - São Paulo: Edgard Blücher, 2008. 2. SILVA, Ubiraja Marques de Carvalho e. Técnicas e procedimentos na metalografia prática: preparação de corpos de prova para exames metalográficos. São Bernardo do Campo: I Rossi, 1978. 3. DEMARIA, Carlos A. S; MARINHO, Paulo L. S. Prática de análise microestrutural metalográfica. São Paulo e Cosipa/Cubatão, Jul 2004. 4. PERUCH, Fábio, Faculdade Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC). Preparação de Amostras e Exame Metalográfico. Criciúma. 5. PASIFER, aços especiais. Disponível em <https://www.pasifer.com.br/noticias/aocarbono#:~:text=O%20Carbono%20% C3%A9%20o%20principal%20elemento%20endurecedor%20em%20rela%C3 %A7%C3%A3o%20ao%20ferro.> Acesso em 20 de jun. 2022. 16 https://www.pasifer.com.br/noticias/aocarbono#:~:text=O%20Carbono%20%C3%A9%20o%20principal%20elemento%20endurecedor%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ferro. https://www.pasifer.com.br/noticias/aocarbono#:~:text=O%20Carbono%20%C3%A9%20o%20principal%20elemento%20endurecedor%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ferro. https://www.pasifer.com.br/noticias/aocarbono#:~:text=O%20Carbono%20%C3%A9%20o%20principal%20elemento%20endurecedor%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ferro.
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