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Tecnologia do DNA recombinante Prof. Dr. João Batista Centro Universitário Christus - Unichristus Curso de Biomedicina Disciplina: Biologia Molecular Expressões utilizadas com o mesmo significado: clonagem molecular engenharia genética manipulação génica clonagem génica tecnologia do DNA recombinante modificação genética Clonagem molecular É o processo de construção de moléculas de DNA recombinante e da sua propagação em hospedeiros apropriados que possibilitam a seleção do DNA recombinante. Esta tecnologia permite estudar os genes e os seus produtos, obter organismos transgénicos e realizar terapia génica. Clonagem molecular O principal resultado das aplicações do DNA recombinante é o isolamento e a propagação, em um organismo de moléculas idênticas de DNA. Essas abordagens envolvem: Ligação Fragmento ou Inserto de DNA Clonagem molecular Molécula de DNA Recombinante Formada pela ligação de um inserto de DNA ao vetor. Vetor ou Veículo de Clonagem Transporta o inserto de DNA para o interior Clonagem molecular Introdução da molécula de DNA recombinante Transformação Clonagem molecular A célula hospedeira, divide-se várias vezes, formando uma colônia de células. Cada célula da colônia possui pelo menos, uma copia da molécula recombinante. Transformantes/ Células Transformadas “Gene Marcador” Vetores de Clonagem de DNA 8 Vetores de Clonagem de DNA Uma molécula de DNA necessita de várias características para atuar como um vetor: Capacidade de replicar dentro da célula hospedeira “Replicação Autônoma” Inserção sítio-especifica Sítio único de clonagem “Sítio de restrição que não se repete na molécula” Relativamente pequeno (< 10kb) “Moléculas maiores tendem a quebrar” DNAs de Fagos Plasmídeos Vetores de Clonagem de DNA Plasmídeos Primeiros vetores desenvolvidos Derivados de plasmídeos que ocorrem naturalmente em bactérias e alguns organismos eucarióticos. Moléculas de DNA circular, de fita dupla, extracromossômicas e que possuem capacidade de replicação autônoma. Plasmídeos de Clonagem Ampla variedade de características Apenas uma cópia entra na célula Marcadores Genéticos Auxotróficos “Resistência aos Antibióticos” Vetores de Clonagem de DNA Plasmídeos PUC 18 “Mais utilizados” Resistência a ampicilina Gene Lac-Z Origem de replicação do DNA “Subunidade α da β-galactosidase” “Colônias azuis” As bactérias contendo o plasmídeos recombinantes são selecionados pela cor branca. O inserto causa interrupção do gene Lac-Z Vetores de Clonagem de DNA Plasmídeos O bacteriófago λ como vetor de clonagem 13 Vetores de Clonagem de DNA DNAs de Fagos Os fagos pertencem à categoria dos elementos genéticos móveis Bacteriófago λ é um dos fagos mais usados como vetor em clonagem molecular Segmentos de DNA são inseridos no genoma viral, sendo introduzidos dentro de uma célula hospedeira, como uma partícula viral. “Transfecção” DNAs de Fagos Vetores de Clonagem de DNA Empacotamento do DNA “Longas moléculas lineares de DNA” (substrato) “Cocatâmeros” Genomas virais unidos Genomas virais unidos Separados pela clivagem de sequências específicas Sequência COS (coesivas) Vetores de Clonagem de DNA DNAs de Fagos Sequência COS (coesivas) Distância necessária para formar uma partícula infectante. Sequências de 12 pb Devem ser repetidas (35-50kb) Stuffer Não é necessária para infecção/replicação Substituído pelo DNA exógeno O DNA remanescente compreende a 60% do genoma viral Vetores de Clonagem de DNA DNAs de Fagos λEMBL4 Cosmídeos 18 Cosmídeos I) Uma origem de replicação São plasmídeos bacterianos que possuem: II) Resistência ao antibiótico III) Um ou mais sitio de clonagem IV) Sequencias COS do Bacteriófago λ Excelentes vetores para a clonagem de fragmentos grandes de DNA Podem ser empacotados no bacteriófago Número de cópias por células hospedeiras é menor Ocorrência de rearranjos por recombinação de insertos Introdução de moléculas de DNA em células bacterianas 20 Transformação Introdução de moléculas de DNA em células bacterianas Mandel e Higa (1970) Soluções geladas de cloreto de cálcio Permeabilização da membrana Plasmídeo Eletroporação Método alternativo Procariotos Eucariotos Células submetidas a um campo elétrico Abertura de pequenos poros Introdução de moléculas de DNA em células bacterianas Transdução DNAs de fagos derivados do Bacteriófago λ Ligam-se a receptores proteicos Membrana externa da bactéria (lamB) Maltose dependentes Temperatura de 37ºC Ciclo lítico Adsorção de partículas virais Introdução de moléculas de DNA em células bacterianas Transdução O DNA de um fago penetra na célula de uma bactéria. O DNA do fago integra-se ao DNA da bactéria como um profago. Quando o profago inicia o ciclo lítico, o DNA da bactéria é degradado e novos fagos podem conter algum trecho do DNA da bactéria. A célula bacteriana se rompe e libera muitos fagos, que podem infectar outras células. O fago infecta nova bactéria. Genes de outra bactéria são introduzidos e integrados ao DNA da bactéria hospedeira. DNA do fago com genes da bactéria Produtos da engenharia genética de microrganismos 24 Produtos da engenharia genética de microrganismos Transformação dos microrganismos em pequenas fábricas para a produção de produtos valiosos como combustíveis, substâncias químicas, fármacos e hormônios humanos como a insulina. Biotecnologia: produção de proteínas humanas uso de organismos geneticamente modificados na agricultura A engenharia genética tem sido utilizada para transformar microrganismos em pequenas fábricas para a produção de produtos valiosos como combustíveis, substâncias químicas, fármacos e hormônios humanos como a insulina. Até este ponto, discutimos as técnicas utilizadas para manipular, clonar e expressar o DNA. Agora discutiremos como estas técnicas podem ser diretamente aplicadas para a biotecnologia, incluindo alguns dos principais desafios que existem com a expressão de genes eucariotos em bactérias e a subsequente purificação dos produtos proteicos. Também abordaremos a alteração genética de organismos superiores e suas aplicações na agricultura e medicina. Atualmente, as áreas da biotecnologia mais robustas economicamente são a produção de proteínas humanas e o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura. Muitas proteínas de mamíferos apresentam alto valor farmacêutico, mas geralmente são encontradas em quantidades muito pequenas no tecido normal, tornando sua purificação extremamente dispendiosa. Mesmo que a proteína possa ser produzida em cultura de células, isso é muito mais dispendioso e difícil que em culturas microbianas, que a produz em altas quantidades. Por essa razão, a indústria biotecnológica dispõe de microrganismos geneticamente modificados para a produção de muitas proteínas diferentes de mamíferos. 25 Produtos da engenharia genética de microrganismos Somatotrofina: polipeptídeo codificado por um único gene Nanismo hereditário: Ausência do hormônio somatotrofina humana recombinante (HSTr) Ausência do receptor de somatotrofina O hormônio de crescimento, ou somatotrofina, consiste em um polipeptídeo codificado por um único gene. A ausência de somatotrofina resulta em nanismo hereditário. Pelo fato de o gene da somatotrofina humana ter sido clonado e expresso com sucesso em bactérias, crianças apresentando crescimento retardado podem ser tratadas com a somatotrofina humana recombinante (HSTr). Contudo, o nanismo pode também ser causado pela ausência do receptor de somatotrofina. Nesse caso, a administração de somatotrofina não exibe qualquer efeito. (Indivíduos das tribos de pigmeus africanos apresentam concentrações normais de somatotrofina humana, porém raramente apresentam estatura maior que 1,47 metro, porque são deficientes nos receptores do hormônio de crescimento.) 26 Produtos da engenharia genética de microrganismos O gene de somatotrofina foi clonado na forma DNAc, a partir do RNAm, conforme descrito na Seção 11.11 (Figura 11.26). O DNAcfoi então expresso em um vetor de expressão bacteriano. O principal problema na produção de hormônios polipeptídicos relativamente curtos, como a somatotrofina, refere-se a sua suscetibilidade à digestão por proteases. Tal problema pode ser solucionado pelo uso de linhagens bacterianas deficientes em várias proteases. A somatotrofina bovina recombinante (rBST) é utilizada na indústria de laticínios (Figura 11.26). A injeção de rBST em vacas não resulta em um maior crescimento; e, em vez disso, estimula a produção de leite. Isso ocorre porque a somatotrofina possui dois sítios de ligação. Um deles liga-se ao receptor de somatotrofina e estimula o crescimento, o outro liga-se ao receptor de prolactina e promove a produção de leite. A produção excessiva de leite pelas vacas provoca alguns problemas de saúde nos animais, incluindo uma maior frequência de infecções do úbere e a diminuição da capacidade reprodutiva. Quando a somatotrofina é utilizada no tratamento de distúrbios no crescimento humano, é desejável evitarem-se os efeitos colaterais da atividade prolactina (a prolactina estimula a lactação) decorrentes do hormônio. A mutagênese sítio-dirigida (Seção 11.5) do gene de somatotrofina foi utilizada para modificá-la geneticamente, impedindo sua ligação ao ceptor de prolactina. Para realizar-se isso, vários aminoácidos necessários à ligação ao receptor da prolactina foram alterados por mutação da sequência codificadora. Assim, é possível não apenas produzir hormônios humanos genuínos, mas também alterar suas especificidade e atividade, a fim de torná-los produtos farmacêuticos melhores. 27 Produtos da engenharia genética de microrganismos Organismos transgênicos na agricultura e na aquacultura Resistência a insetos: toxina Bt Introdução de genes que codificam a proteína tóxica de Bacillus thuringiensis em plantas Proteína cristalina (tóxica): larvas de borboletas, besouros, moscas, mosquitos e mariposas A resistência a insetos foi também introduzida geneticamente em plantas (Figura 11.30). Uma abordagem amplamente utilizada baseia-se na introdução de genes que codificam a proteína tóxica de Bacillus thuringiensis em plantas. B. thuringiensis produz uma proteína cristalina, denominada toxina Bt ( Seção 15.8), que é tóxica para larvas de borboletas e mariposas. Existem muitos variantes da toxina Bt, específicos para diferentes insetos. Algumas linhagens de B. thuringiensis produzem proteínas adicionais, as quais são tóxicas para larvas de besouro e moscas e para mosquitos. 29 Produtos da engenharia genética de microrganismos Organismos transgênicos na agricultura e na aquacultura Resistência a insetos: toxina Bt Transferência diretamente para o genoma da planta Gene natural da toxina Bt Vetor plasmidial Cloroplastos de tabaco BOMBARDEAMENTO DE MICROPROJÉTEIS Plantas transgênicas Níveis extremamente tóxicos às larvas de várias espécies de insetos Várias abordagens diferentes foram utilizadas para aumentar a eficácia da toxina Bt no controle de pragas em plantas. Uma abordagem foi o desenvolvimento de um conjunto único de toxinas Bt, eficaz contra vários insetos diferentes. Uma abordagem efetiva para a obtenção da expressão e estabilidade do transgene Bt foi sua transferência diretamente para o genoma da planta. Por exemplo, um gene natural da toxina Bt foi clonado em um vetor plasmidial sob o controle do promotor de RNAr de cloroplasto, o qual foi transferido para cloroplastos de tabaco por bombardeamento de microprojéteis (Figura 11.28). Empregando-se tal metodologia, foram obtidas plantas transgênicas que expressavam essa proteína em níveis extremamente tóxicos às larvas de várias espécies de insetos. 30 Produtos da engenharia genética de microrganismos Organismos transgênicos na agricultura e na aquacultura Peixes transgênicos Salmão transgênico: modificado para um crescimento rápido Introdução de genes clonados em ovos fertilizados por microinjeção Muitos genes exógenos já foram incorporados e expressos em animais de laboratório de pesquisa e também em animais com importância comercial. A engenharia genética utiliza técnicas como a microinjeção para introduzir genes clonados em ovos fertilizados; em seguida, por recombinação genética, o DNA exógeno é incorporado ao genoma dos ovos. Mais recentemente, animais domésticos, incluindo os peixes, foram geneticamente modificados para melhorar o rendimento. Um exemplo prático da transgenia animal muito interessante é o salmão transgênico, modificado para um crescimento rápido (do inglês, fast-growing salmon) (Figura 11.31). Esse salmão transgênico não ficará maior do que os animais comuns, mas atinge o tamanho de mercado muito mais rápido. O gene do hormônio de crescimento no salmão selvagem é ativado pela luz. Consequentemente, o salmão tem um crescimento acelerado somente durante os meses do verão. Nos salmões geneticamente modificados, o promotor do gene do hormônio de crescimento foi substituído pelo de outra espécie desse peixe que cresce a uma taxa mais ou menos constante durante todo o ano. O resultado é um salmão com o crescimento constante e, consequentemente, mais rápido. Esses salmões podem ter um maior rendimento comercial em operações de aquacultura e atingem o tamanho de venda muito mais rápido que os salmões que não são OGM quando criados em cativeiro. 31 Produtos da engenharia genética de microrganismos Vacinas produzidas por engenharia genética Vacinas recombinantes Normalmente: suspensões de microrganismos patogênicos vírus mortos ou modificados (ou de componentes específicos isolados deles) Deletar genes do patógeno que codificam fatores de virulência, mantendo aqueles cujos produtos induzem uma resposta imune adicionar genes de um vírus patogênico em outro vírus relativamente inofensivo, denominado vírus carreador vacina recombinante atenuada viva vacinas de vetores Técnicas de DNA recombinante podem ser utilizadas para modificar o próprio patógeno. Por exemplo, pode-se deletar genes do patógeno que codificam fatores de virulência, mantendo aqueles cujos produtos induzem uma resposta imune. Isso gera uma vacina recombinante atenuada viva. Por outro lado, podem-se adicionar genes de um vírus patogênico em outro vírus relativamente inofensivo, denominado vírus carreador. Tais vacinas são denominadas vacinas de vetores e induzem imunidade à doença causada pelo vírus patogênico. De fato, pode-se até mesmo associar as duas abordagens. 32 Produtos da engenharia genética de microrganismos Vacinas recombinantes Vírus vaccínia: Deletar genes do patógeno que codificam fatores de virulência, mantendo aqueles cujos produtos induzem uma resposta imune não é patogênico utilizado há mais de 100 anos (varíola) clonagem de genes no vírus vaccínia requer um marcador seletivo (gene da timidina-cinase) Vírus vaccínia converte o análogo de base 5-bromodesoxiuridina em um nucleotídeo que é incorporado no DNA Reação letal O vírus vaccínia é amplamente utilizado na preparação de vacinas recombinantes vivas de uso humano ( Seção 9.6). O vírus vaccínia geralmente não é patogênico para seres humanos, e tem sido utilizado há mais de 100 anos como uma vacina contra o vírus da varíola relacionado. Entretanto, a clonagem de genes no vírus vaccínia requer um marcador seletivo. Ele é o gene da timidina-cinase. O vírus vaccínia, contrariamente a vários outros vírus, possui sua própria timidina-cinase, uma enzima que converte o análogo de base 5-bromodesoxiuridina em um nucleotídeo que é incorporado no DNA. Entretanto, essa é uma reação letal. Portanto, células que expressam timidina- -cinase (seja a partir do genoma da célula hospedeira, seja de um genoma viral) são mortas pelo 5-bromodesoxiuridina. Genes a serem inseridos no vírus vaccínia são inicialmente clonados em um plasmídeo de Escherichia coli que contém um fragmento do gene da timidina-cinase (tdk) do vírus vaccínia (Figura 11.32). O DNA exógeno é inserido no gene tdk, o qual se torna, portanto, inativo. Esse plasmídeo recombinante é então transformado em células animaiscujo gene de timidina-cinase encontra-se inativado. As mesmas células são também infectadas com o vírus vaccínia selvagem. Ocorre a recombinação homóloga entre as duas versões do gene tdk – uma do plasmídeo e outra do vírus. Portanto, alguns vírus adquirem um gene tdk inativo, contendo o inserto exógeno (Figura 11.32). As células infectadas pelo vírus selvagem, contendo a timidina-cinase ativa, são mortas pela 5-bromodesoxiuridina. As células infectadas pelo vírus vaccínia recombinante, contendo o gene tdk inativo, crescem o suficiente para originar uma nova geração de partículas virais (Figura 11.32). Como resultado, os vírus cujo gene tdk contém um inserto de DNA exógeno clonado são selecionados. O vírus vaccínia, na realidade, não requer a timidina-cinase para a sua sobrevivência. Consequentemente, os vírus vaccínia recombinantes podem, ainda, infectar células humanas e expressar os genes exógenos que carreiam. De fato, podem ser construídos de modo a carrearem genes de múltiplos vírus (ou seja, correspondem a vacinas polivalentes). Atualmente, várias vacinas de vetor de vaccínia foram desenvolvidas e licenciadas para o uso veterinário, incluindo uma contra a raiva. Muitas outras vacinas de vaccínia encontram-se em fase de testes clínicos. As vacinas de vaccínia são relativamente benignas, altamente imunogênicas em seres humanos e, provavelmente, apresentarão uso crescente nos próximos anos. 33 Produtos da engenharia genética de microrganismos Vacinas recombinantes O vírus vaccínia é amplamente utilizado na preparação de vacinas recombinantes vivas de uso humano ( Seção 9.6). O vírus vaccínia geralmente não é patogênico para seres humanos, e tem sido utilizado há mais de 100 anos como uma vacina contra o vírus da varíola relacionado. Entretanto, a clonagem de genes no vírus vaccínia requer um marcador seletivo. Ele é o gene da timidina-cinase. O vírus vaccínia, contrariamente a vários outros vírus, possui sua própria timidina-cinase, uma enzima que converte o análogo de base 5-bromodesoxiuridina em um nucleotídeo que é incorporado no DNA. Entretanto, essa é uma reação letal. Portanto, células que expressam timidina- -cinase (seja a partir do genoma da célula hospedeira, seja de um genoma viral) são mortas pelo 5-bromodesoxiuridina. Genes a serem inseridos no vírus vaccínia são inicialmente clonados em um plasmídeo de Escherichia coli que contém um fragmento do gene da timidina-cinase (tdk) do vírus vaccínia (Figura 11.32). O DNA exógeno é inserido no gene tdk, o qual se torna, portanto, inativo. Esse plasmídeo recombinante é então transformado em células animais cujo gene de timidina-cinase encontra-se inativado. As mesmas células são também infectadas com o vírus vaccínia selvagem. Ocorre a recombinação homóloga entre as duas versões do gene tdk – uma do plasmídeo e outra do vírus. Portanto, alguns vírus adquirem um gene tdk inativo, contendo o inserto exógeno (Figura 11.32). As células infectadas pelo vírus selvagem, contendo a timidina-cinase ativa, são mortas pela 5-bromodesoxiuridina. As células infectadas pelo vírus vaccínia recombinante, contendo o gene tdk inativo, crescem o suficiente para originar uma nova geração de partículas virais (Figura 11.32). Como resultado, os vírus cujo gene tdk contém um inserto de DNA exógeno clonado são selecionados. O vírus vaccínia, na realidade, não requer a timidina-cinase para a sua sobrevivência. Consequentemente, os vírus vaccínia recombinantes podem, ainda, infectar células humanas e expressar os genes exógenos que carreiam. De fato, podem ser construídos de modo a carrearem genes de múltiplos vírus (ou seja, correspondem a vacinas polivalentes). Atualmente, várias vacinas de vetor de vaccínia foram desenvolvidas e licenciadas para o uso veterinário, incluindo uma contra a raiva. Muitas outras vacinas de vaccínia encontram-se em fase de testes clínicos. As vacinas de vaccínia são relativamente benignas, altamente imunogênicas em seres humanos e, provavelmente, apresentarão uso crescente nos próximos anos. 34 OBRIGADO!!!
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