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Logistica Inversa finalizado 2

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Logística e Administração
Dr. Dionísio Bazar
Tema: Logística Inversa
Membros: Jennifer Pontavida Rafael, nº 20190187
Jéssica Jossias Novela, nº 20180063
Stefan Fernandes, nº 2016072
Huzeifah Imran Hassan, nº20200095
Sandra Mavila 20191112
Curso: Gestão de Empresas, 3º ano
 
Maputo, Julho 2022
Índice
1.	Logística inversa	4
1.1	Contexto do surgimento da Logística Inversa	4
1.2	Definição	5
1.3	Objetivos da Logística Inversa	5
2.	Tipos de logística inversa	6
2.1	Logística inversa de pós-consumo	6
2.2	Logística inversa de Pós-venda	7
3.	Princípios da logística inversa	7
4.	Fatores que influenciam a eficiência do processo de logística inversa	8
5.	Razões para se aplicar a Logística Inversa	10
5.1	Exemplos internos e externos da Logística Inversa	11
6.	Os sete R´s da Logística Inversa	12
7.	Impacto da logística reversa	13
8.	Ciclo de vida do produto	14
8.1	As quatro fases do ciclo de vida do produto	14
8.2	Análise do ciclo de vida e logística reversa (ACV)	15
9.	Importância da logística inversa	16
10. Características da logística inversa	17
Conclusão	18
Referências bibliográficas	19
Introdução
No presente trabalho abordamos sobre a Logística Inversa que atualmente é um dos assuntos que vem se destacando no setor industrial, ela visa reduzir os impactos ambientais e atuar diretamente no ciclo de vida do produto desde a matéria-prima até seu consumo final, que retorna à indústria fabricante para que a mesma possa dá-lo um destino ecologicamente correto.
Logística inversa
Para a compreensão do conceito da logística inversa, faz-se necessário o entendimento do que é a logística e do contexto do seu surgimento.
Para Lambert et al. (1998) a logística é uma actividade com milhares de anos, surgiu com as primeiras formas de comércio organizado. Nesse tempo, segundo Moura (2006), o comércio consistia na troca dos produtos que sobravam uns pelos que restavam a outros.
De forma genérica, a logística pode ser definida como o movimento de bens desde o ponto de origem até ao ponto de consumo.
A logística também pode ser encarada como um conjunto de interações entre fornecedores e clientes através de um fluxo de informações de produtos, no seu sentido direto ou inverso, a fim de disponibilizar o produto ou serviço, em tempo útil, nos locais estabelecidos, em boas condições (Moura, 2006).
O mesmo autor refere ainda que a logística é importantíssima ao ponto de considerá-la crucial para a sobrevivência humana, pois independentemente da sua localização geográfica, os produtos ou serviços serão entregues aos consumidores ou às organizações que necessitem em tempo adequado.
No entanto, dentre os muitos conceitos de logística, um dos mais utlizados e comumente aceite é o apresentado pelo Council of Supply Chain Management Professionals (2010, Cit in Carvalho et al., 2010) para o qual a logística tem a função de planear, implementar e controlar, de forma eficaz, quer o fluxo direto e inverso de todas as operações relacionadas quer com a armazenagem de produtos, assim como também os serviços e a formação, conectando estes entre o ponto de origem e consumo, atentando desta forma às necessidades do consumidor.
 Contexto do surgimento da Logística Inversa
O crescimento da oferta de bens com que os fluxos de distribuição direta se desenvolvessem muito rapidamente, pois a preocupação das organizações era fornecer e colocar os produtos a tempo e nos locais estabelecidos, para assim ganharem vantagem nos mercados (Leite, 2003).
Por outro lado, as organizações, por negligência ou simplesmente por desconhecimento, nunca se preocuparam com o destino final dos produtos que fabricavam após o seu consumo, nem com a utilização dos recursos naturais do planeta. Estes produtos de pós-consumo, na sua maioria, depois de serem colocados para a deposição, podem entrar em processo de reciclagem, e reentrar no processo produtivo (Leite, 2003). É nesse âmbito que o conceito de logística inversa começa a ganhar destaque, apesar de não ser um termo recente, uma vez que alguns autores referem que a sua origem terá tido lugar entre as décadas de 70 e 80, como por exemplo Dias (2005), refere que este novo fluxo físico tem vindo a ganhar destaque e interesse, devido a tratar-se de movimentos de circulação inversos, relativamente à tradicional origem/destino.
Definição
Na opinião de Stock (1998), a logística inversa trata do retorno de produtos, reciclagem, substituição ou reutilização e deposição de resíduos. Do ponto de vista logístico, o ciclo de vida de um produto não termina com a sua entrega no cliente, uma vez que este danifica-se ou torna-se obsoleto e por esse motivo é desenvolvido no seu ponto de origem para a reparação ou deposição (Pizzolato, 2003).
Deste modo, o Reverse Logistics Executive Council (2003) define logística inversa como o processo de planeamento, implementação e controlo da eficiência, custo efetivo com matérias-primas, do inventário de entrada, dos produtos acabados e da informação relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objetivo de recapitular valor ou efetuar a correta deposição dos materiais.
Objetivos da Logística Inversa
De acordo com as informações da CETESB, a logística inversa tem como objetivo:
Proteger ao ambiente e à saúde pública;
Gerar oportunidades de negócio a partir do potencial de revalorização dos resíduos e das cooperativas de reciclagem;
Alavancar a sustentabilidade, substituindo o uso dos recursos naturais por materiais reutilizados e reciclados;
Melhorar fisicamente a gestão de resíduos;
Promover melhoria ambiental no projeto dos produtos e embalagens;
Aumentar a eficiência no uso de recursos naturais pela sociedade (reciclagem).
Tipos de logística inversa
Após um produto ser vendido, há diferentes formas e motivos para ele voltar à sua origem, seja para ser reciclado, reaproveitado, revendido ou até mesmo descartado. Existem alguns tipos de logística inversa e todos são passíveis de soluções adequadas, minimizando prejuízos, garantindo a sustentabilidade e, em muitos casos, se transformando em fontes de renda e riqueza. Nomeadamente:
· Logística inversa de pós-consumo;
· Logística inversa de pós-venda.
Logística inversa de pós-consumo
Tem como objetivo garantir que determinados produtos, após consumidos, tenham um destino adequado e sustentável. Neste caso há três caminhos:
· Reuso – Quando o produto ainda está em condições de uso.
· Reciclagem – Ocorre nos casos em que componentes do produto servem como matéria-prima para alimentar o ciclo de produção.
· Desmanche – Refere-se à separação dos componentes do produto, direcionando cada parte a seu correto destino, seja reuso, reciclagem ou descarte ambientalmente adequado.
Os itens que se enquadram na logística reversa de pós-consumo são aqueles que, após serem usados, normalmente seriam descartados, mas ainda podem ser reaproveitados. Alguns exemplos são:
· embalagens.
· pilhas e baterias.
· equipamentos eletrônicos.
· pneus.
· óleos lubrificantes.
· lâmpadas fluorescentes.
· agrotóxicos;
· medicamentos.
· de entre outros.
Logística inversa de Pós-venda
O sistema de logística reversa de pós-venda se refere a produtos com pouco ou nenhum uso que acabam retornando a cadeia de distribuição. Seu objetivo é reinserir estes itens no mercado ou na cadeia produtiva. Há duas situações diferentes para esta categoria:
· Varejo – Envolve produtos de devoluções em caso de arrependimento, escolha de modelo errado, defeitos, troca, etc.
· E-commerce – Compreende produtos que, por qualquer motivo, não atenderam às expectativas de seus compradores, ou que apresentam algum defeito, problemas com a garantia, avarias, direito de arrependimento, etc.
Vale destacar que esta é uma etapa fundamental para a fidelização de clientes, uma vez que sua satisfação é um dos pontos mais importantes para que torne a comprar.
Princípios da logística inversa 
Entre os elementos e princípios que compõem uma cadeia logística verde, para otimizar as ações empresariais,estão:
1. Empacotamento: usar o mínimo possível de material para embalagem, ou a utilização de materiais biodegradáveis que não afetam o ciclo de vida.
2. Carga e descarga: redução do desperdício de materiais, por meio da redução do uso de máquinas ultrapassadas, e investimento em novas máquinas.
3. Armazenamento: boa infraestrutura de armazenamento fazendo com que os produtos tenham mais facilidade em se movimentar, e sejam transportados da mesma maneira.
4. Transporte: implantação de unidades de transportes alternativos visando diminuir o consumo de energia e as emissões, além de busca por rotas com menor custo e manutenção correta dos meios de transportes.
5. Distribuição urbana : contempla dois canais de distribuição. O primeiro canal se refere ao processo do produto até seu ponto de distribuição. O segundo canal é relacionado ao processo dos resíduos gerados por eles, sendo os fatores a serem melhorados o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes.
6. Gestão da informação: busca ter o controle total da informação, evitando o desperdício material   e   de   energia   elétrica, tornando   os   processos   mais   eficientes, economizando tempo e espaço, além de saber se os processos estão sendo realizados nos padrões exigidos.
7. Uso intensivo de recursos e reciclagem: é a devolução dos resíduos gerados ao longo do processo, promovendo sua reutilização.
Fatores que influenciam a eficiência do processo de logística inversa 
Dependendo de como o processo de logística inversa é planejado e controlado, este terá́ maior ou menor impacto na eficiência. Alguns dos fatores identificados como críticos e que contribuem positivamente para o desempenho do sistema de logística inversa são os seguintes:
Bons controles de entrada 
No início do processo de logística inversa é preciso identificar corretamente o estado dos materiais que retornam para que estes possam seguir o fluxo inverso correto ou mesmo impedir que materiais que não devem entrar no fluxo o façam.
Sistemas de logística inversa que não possuem bons controles de entrada dificultam todo o processo subsequente, gerando retrabalho. Podem também ser fonte de atritos entre fornecedores e clientes pela falta de confiança sobre as causas dos retornos. O treinamento de pessoal é a chave para o bom controle de entrada.
Processos padronizados e mapeados 
Uma das maiores dificuldades na logística inversa é que ela é tratada como um processo esporádico, contingencial e não como um processo regular. Ter processos corretamente mapeados e procedimentos formalizados é condição fundamental para se obter controle e conseguir melhorias. 
Tempo de Ciclo reduzidos 
Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento. Tempo de ciclos longos adicionam custos desnecessários porque atrasam a geração de caixa (pela venda de sucata, por exemplo) e ocupam espaço, dentre outros aspetos. 
Os fatores que levam a altos tempos de ciclo são: controles de entrada ineficientes, falta de estrutura (equipamentos, pessoas) dedicada ao fluxo reverso e falta de procedimentos claros. 
Sistemas de informação 
A capacidade de rastreamento de retornos, medição do tempo do ciclo, medição do desempenho de fornecedores ( por exemplo, avarias nos produtos), permite obter informação crucial para negociação, melhoria de desempenho e identificação de abusos dos consumidores no retorno de produtos. A uma escassez no mercado de sistemas capazes de lidar com o nível de variações e flexibilidade exigidas pelo processo de logística inversa. 
Rede de logística planejada 
A implementação de processos logísticos inversos requer a definição de uma infraestrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. 
Instalações centralizadas no recebimento, separação, armazenagem, processamento, embalagem e expedição de materiais retornados podem ser uma boa solução, desde que haja escala suficiente. 
Relações colaborativas entre clientes e fornecedores 
No contexto dos fluxos inversos que existem entre retalhistas e indústrias, onde ocorrem devoluções causadas por produtos danificados, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. São comuns conflitos relacionados à interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados aos produtos. 
Os retalhistas tendem a considerar que os danos são causados por problemas no transporte ou mesmo por defeitos de fabricação. Os fornecedores podem concluir que está a haver uma falta de comprometimento por parte dos retalhistas ou que isto é consequência de um mal planeamento. Em situações extremas, isto pode gerar disfunções, como a recusa de devoluções, o atraso para creditar as devoluções e a adoção de medidas de controle dispendiosas. 
Fica claro que práticas mais avançadas de logística inversa só́ poderão ser implementadas se as organizações envolvidas na logística inversa desenvolverem relações mais colaborativas. 
Razões para se aplicar a Logística Inversa 
A adoção da logística inversa apresenta alguns benefícios, esta prática pode alavancar o negócio da sua empresa, uma vez que melhora os processos e imagens frente ao consumidor, teremos assim algumas razoes para se aplicar a logística inversa, como:
Melhoria dos processos, é essencial criar uma política de trocas e devolução bem definida, assegurar que os clientes tenham conhecimento sobre ele e definir como será feito o fluxo inverso. Isso faz com que alguns processos precisem ser aprimorados, como o planeamento de rotas, emissão de documentos, gestão de stocks e entre outros. Além disso, quando a logística inversa é utilizada com esse propósito de trocas e devolução, dá para mensurar a dimensão dos problemas do envio de pedidos errados e da instalação dos clientes. Isso permite que o gestor avalie os processos, identifique as principais falhas e elabore ações de melhoria.
Adequação à legislação, algumas empresas sofrem fiscalizações mais intensas, e o papel da logística inversa é ajudar na sua adequação.
Melhora na imagem da empresa, é possível melhorar o marketing empresarial definindo um conceito de ¨empresa sustentável ¨, visto que isso ajuda a fazer com que as pessoas tenham uma impressão melhor do negócio, principalmente em termos em que as atenções estão voltadas às medidas de preservação e cuidado com o ambiente.
Redução de custos, muitas vezes, quando os carros saem para fazer entregas, eles retornam vazios para a base. Outra vantagem da logística inversa é poder utilizá-los para fazer as coletas necessárias no percurso da volta. Isso ajuda a reduzir os custos com frete, visto que a rota é aproveitada, trazendo pouco ou nenhum gasto extra com transporte.
Aumento de satisfação dos clientes, a logística inversa pode ser feita com o propósito de aproveitar as rotas para recolher as mercadorias diretamente com os clientes, aumenta assim o controle sobre o processo e facilitando-o para o consumidor, ao mesmo tempo em que se gasta menos para isso. Ainda há a integração entre sectores importantes, como SAC, pós-vendas, comercial e logística, o que ajuda a diminuir o tempo necessário para a conclusão do processo.
Exemplos internos e externos da Logística Inversa
Algumas empresas, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de determinados tipos de produtos são obrigados a aderirem à logística inversa já que seus produtos são de maior risco para a saúde humana e meio ambiente. 
Compete as empresas a implementação das ações estabelecidas pela legislação, que resulta não só em redução de danos ao ambiente como também em economias em insumos e produção, assim teremos alguns exemplos de como a logística inversa pode ser feita: 
- Reciclagem de garrafas de plástico, são uma grande ameaça para a poluição, mas é um material extremamente reaproveitável, temos o exemplo do Guaraná que é uma marca de refresco, divulga em suas campanhas que as suas embalagens agora são produzidas complástico reciclado, ou seja, a partir de garrafas que iriam para o lixo;
- Devolução de correspondências, houve um tempo em que, quando se enviava uma correspondência par alguém, o material não voltava ao remetente e o destino, quase sempre, era para o lixo. Mas hoje praticamente todos os correios do mundo tem políticas simples de devolução;
- Cooperativas de reciclagem, este instrumento, alem de ajudar o meio ambiente, tem uma responsabilidade social, ao tirar comunidades internas de dentro dos lixões e oferecer-lhes meios menos insalubres de trabalho, a atividade geralmente, inclui o processo de recolha das matérias recicláveis em residências e estabelecimentos comerciais para levá-los diretamente a estação de reciclagem, onde viram meterias primas para artesanato e até mesmo industriais. 
- Reciclagem de eletrónicos, existem várias empresas especializadas em receber meterias que geralmente vão para o lixo de maneira precária, como produtos eletrónicos que possuem componentes químicos bastantes perigosos para o solo, água e consequentemente, para saúde das pessoas. Essas companhias disponibilizam pontos de recolha e depois encaminham os materiais para os destinos adequados.
 
Os sete R´s da Logística Inversa
 
Os sete R’s fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos e garantir um futuro melhor para todos nós. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e evitando o desperdício. São estes: 
Repensar, repense os seus hábitos, pense bem antes de comprar, escolha comprar somente o que é realmente necessário, o consumo excessivo causa a degradação ambiental;
Recusar, recuse produtos fabricados por empresas que não respeitam a natureza ou prejudicam o meio ambiente, opte por comprar de quem produz com baixo impacto no ambiente e beneficia a sociedade;
Reduzir, usar corretamente produtos com maior durabilidade e com embalagens na medida certa, assim reduz o consumo de energia, de água e a quantidade de lixo residual;
Reparar, arranjar um produto quebrado sai mais barato do que comprar um novo, alem de ser sustentável, ainda economiza;
Reutilizar, com um pouco de imaginação e criatividade podemos utilizar os mesmos produtos para outro fim. Um objeto pode ganhar funções totalmente diferentes da original e ainda continuar muito eficiente;
Reciclar, cada material deve ser condicionado em um coletor específico para ser reciclado de acordo com a sua natureza;
Reintegrar, aquilo que não pode ser reciclado, como restos de alimentos e outros materiais orgânicos, pode ser reintegrado à natureza. A compostagem orgânica é o melhor processo para transformar cascas de verduras e outros resíduos orgânicos em adubo. 
Impacto da logística reversa
A implementação da logística reversa traz uma série de impactos positivos para o meio ambiente, a sociedade e a economia.
Ao fazer uma eficiente gestão dos resíduos sólidos, as empresas acabam por diminuir o desperdício de recursos provenientes na natureza. Por exemplo aquela embalagem que seria descartada após o consumo, pode ser reaproveitada. Assim, é possível economizar e evitar que este tipo de item seja lançado indevidamente em locais como mares e rios.
Além disso, fazer a gestão de resíduos sólidos diminui os riscos de contaminação do solo. Haja visto que o contacto do líquido que sai do lixo orgânico com a terra polui o solo desta área e pode contaminar lençóis freáticos.
A adoção da logística reversa ainda auxilia na melhora da imagem da empresa. Atualmente, os consumidores estão muito mais exigentes e priorizam a sustentabilidade na hora de escolher o produto que vai comprar e de qual organização ele é. A sociedade quer saber como aquela mercadoria é produzida e que impacto este processou causou para o meio ambiente.
Ciclo de vida do produto
A Logística Reversa e o ciclo de vida dos produtos estão profundamente interligados. Nas análises do ciclo de vida dos produtos, a Logística Reversa é de extrema relevância uma vez que permite localizar os aspetos pertinentes ao meio ambiente em todas as etapas do ciclo.
O Ciclo de Vida do Produto é uma ferramenta de gerenciamento que permite analisar como um produto se comporta desde o seu desenvolvimento até a sua retirada do mercado, trata-se de todas as fases do produto, desde a fabricação até o destino final.
O modelo de ciclo de vida prevê um descarte apropriado dos produtos pós-consumo, mas concentra as atenções no sentido primário do processo, que começa da produção e termina no consumo.
As quatro fases do ciclo de vida do produto
O ciclo de vida do produto pode ser dividido em 4 fases: introdução no mercado, estágio de crescimento, estágio de maturidade e estágio de declínio.
	1.	Introdução: é o momento em que o produto é lançado. Essa é a etapa mais cara do ciclo de vida de um produto. Os investimentos de marketing para alcançar os primeiros clientes são elevados.
	2.	Crescimento: o investimento no lançamento começa a dar resultados. O produto já é reconhecido pelos clientes, as vendas por indicação começam a crescer e a taxa de recompra por um mesmo cliente são maiores.
	3.	Maturidade: no estágio de maturidade existe um grande volume de vendas, mas a taxa de crescimento começa a estagnar. O produto está conhecido no mercado, os custos estão estáveis com o aumento das vendas e a redução do preço.
	4.	Declínio: é o fim do ciclo de vida de um produto. Nessa fase as vendas começam a cair, seja por pressão dos concorrentes ou pelo surgimento de novas tecnologias.
 Análise do ciclo de vida e logística reversa (ACV)
A ACV avalia todo o ciclo de vida do processo ou serviço, o que inclui extração e processamento das matérias-primas, fabricação, transporte e distribuição, uso final e disposição final.
A metodologia para a avaliação do ciclo de vida, conforme apontado por LUZ (2011), inclui quatro fases: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos e interpretação de resultados. Na primeira fase é o momento de se determinar como o estudo de ACV será conduzido, quando se define o propósito do estudo e sua dimensão, no caso desta proposta de estudo o objeto será a fase final do ciclo de vida, referente ao pós-consumo.
Na fase do inventário do ciclo de vida (ICV), é realizada a coleta de dados e o procedimento de cálculo para que seja quantificado as entradas e saídas que irão construir a base de dados para a avaliação do impacto do ciclo de vida. A terceira fase a da avaliação do impacto do ciclo de vida (AICV) utiliza os resultados da análise do inventário para avalia a significância dos impactos ambientais potenciais, segundo aponta LUZ (2011), neste momento da ACV a escolha dos impactos avaliados e das metodologias utilizadas bem como o nível de detalhes é diretamente relacionado ao objetivo e escopo do estudo, LUZ (2011).
A interpretação, a etapa final da ACV, visa alcançar conclusões e recomendações. São identificados os pontos críticos do ciclo de vida, sendo obtidos diversos indicadores quanto aos impactos gerados pelas entradas e saídas do sistema analisado. Os indicadores são divididos em seis grupos principais: consumo de energia; consumo de recursos naturais; uso do solo; emissões para o ar; emissões para a água e resíduos sólidos gerados.
No momento em que se usa estes indicadores para a fase final do ACV, tem-se a possibilidade do uso da logística reversa como ferramenta para a correta destinação ou para o retorno dos resíduos ao ciclo produtivo, o que leva a proposta conhecida como “cradle to cradle”, ou seja, do berço ao berço, onde o resíduo gerado pelo sistema passa a ser reutilizado como matéria-prima secundária para um sistema produtivo. Neste caso, a logística reversa tem um papel crucial ao ser utilizada em conjunto com a análise do ciclo de vida, pois traz a possibilidade de reduzir os impactos apontados no final do ciclo de vida, quanto aos resíduos, tornando-os novamente matérias-primas.	
Ciclo de vida do produto
Importânciada logística inversa 
A importância da logística reversa consiste em garantir uma destinação ambientalmente adequada dos resíduos. A logística inversa é mais do que reutilização, reciclagem, disposição de resíduos, retorno de produtos. Traz consigo vários benefícios esses que podem ser os seguintes:
· Redução de custos;
· Diminuição da poluição;
· Redução da extração de recursos naturais e do desperdício de materiais;
· Diminuição do impacto ambiental;
· Aumento das vendas;
· Fidelização dos clientes;
· Redução de prejuízos associados à produtos com defeito;
· Contribui para a sustentabilidade ambiental e empresarial; 
· Diminui o armazenamento em recursos;
· Reduz custos de armazenamento e distribuição;
· Gestão de materiais perigosos;
· Ajuda as empresas a obter vantagens competitivas devido a implementação da mesma;
· Preservação dos recursos naturais, como também do meio ambiente;
· Sustentabilidade;
Características da logística inversa 
A logística inversa  trata do fluxo de retorno de materiais produzidos, armazenados e consumidos pelos consumidores finais. Tendo como principais características as seguintes: 
· Produto sem uniformidade;
· Não tem visibilidade do processo;
· Gerenciamento financeiro complexo;
· Dificuldade na conciliação de inventários;
· Quase impossível gerenciar o ciclo de vida de produtos;
· Dificuldade de identificação;
· Gestão de armazenamento complexo;
· Não permite rastreabilidade dos produtos;
Conclusão 
O trabalho desenvolvido alcançou o seu objetivo que é falar sobre a Logística Inversa, durante o desenvolvimento do trabalho houve alguns pontos importantes que devem ser apresentados.
A Logística inversa é muito mais do que um processo de o cliente retornar uma mercadoria para o fabricante, trata-se de todas as operações relacionadas ao reuso e descarte de materiais, resíduos e produtos em geral, trazendo benefícios socio económicos e ambientais. Surgiu decorrente de países que experimentaram o processo de industrialização há mais tempo, os primeiros estudos tiveram início nas décadas de 70 e 80 em vários países europeus. Podemos ter a logística inversa pós-consumo e logística inversa pós-venda.
A logística inversa apresenta alguns princípios que são, empacotamento, carga e descarga, armazenamento, transporte, distribuição urbana, gestão de informação e uso intensivo de recursos e reciclagem.
Apresentamos alguns fatores que influenciam a eficiência do processo de logística inversa como, bons controles de entrada, processos padronizados e mapeados, tempo de ciclo reduzido, sistemas de informação, rede de logística planejada e relações colaborativas entre clientes e fornecedores. A adoção da logística inversa melhora os processos, adequação à legislação, melhora a imagem da empresa, reduz os custos e aumento da satisfação dos clientes.
A logística inversa apresenta sete r´s que fazem parte de um processo educativo para mudança dos hábitos das pessoas, são estes, repensar, recusar, reduzir, reparar, reutilizar, reciclar e reintegrar.
A implementação da logística inversa traz uma série de impactos positivos para o meio ambiente, a sociedade e a economia. Os produtos apresentam um certo ciclo de vida que estão interligados entre si, que podem ser divididos 4 fases: introdução no mercado, estágio de crescimento, estágio de maturidade e estágio de declínio.
As empresas que optam por implementar a logística inversa, devem ficar atentas aos custos adicionais que a mesma pode trazer, visto não ser possível ter uma garantia da recuperação do valor para o produto ou uma possível agregação de valor ao produto que foi retornado. É fundamental que as empresas evitem a ocorrência de retornos não planejados.
Referências bibliográficas
WILLIE, Mariana M. Logística Reversa: Conceitos, Legislação E Sistema De Custeio Aplicável
LACERDA, Leandro. Logística Reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993
LEITE, Paulo Roberto. Logistica Reversa : Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005
LIMA, L. M. E CAIXETA FILHO, J. V. Conceitos e Práticas de Logistíca Reversa. Revista Tecnologística. Maio/2001
Administradores de valor. (s.d.). 7 principios da logistica verde. Obtido de 
Administradores de valor: https://administradoresdevalor.com.br/blog/404-7-principios-
da-logistica-verde
DORE, E. (1 de outubro de 2019). Voce sabe quais sao os principais tipos de logistica 
reversa. Obtido de maplink: https://maplink.global/blog/tipos-logistica-reversa/
Equipe da conta azul. (S/data). Logistica Reversa: conceito a pratica de uma pequena 
empresa. Obtido de Conta Azul: https://blog.contaazul.com/o-que-e-logistica-reversa
Carvalho, J. (1996). Logística. Lisboa: Edições Sílabe.
Moura, B. (2006). Logística: Conceitos e Tendências. Vila Nova de Famaliacão: Centre Atlântico.
Lambert, D., Stock, J & Ellram, L. (1998). Fundamentals Of Logistics Management. McGraw. Hill
		
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