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Apostila_Eventos_na_Hotelaria

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AREA DE HOSPITALIDADE E LAZER 
 
CURSO TÉCNICO DE HOSPEDAGEM INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
EVENTOS 
NA HOTELARIA 
 
 
 
 
 
Profª Drª Renata Silva Santos Camargo 
 
renata.camargo@ifsudestemg.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barbacena - MG, 2022. 
2 
 
1 – CONCEITO 
 
 O conceito de evento acompanha a história da humanidade tendo, em cada época, 
um objetivo. 
Na Antiguidade, os eventos visavam a promoção política. Comemoravam-se 
vitórias, retorno de tropas, etc. na Idade Média, as grandes festas públicas tinham caráter 
religioso, onde se afirmava e preservava-se o poder da igreja. E é no Pós-Guerra que os 
conceitos sobre eventos vêm se afirmar. Foi um período em que homens de negócios se 
interessaram em buscar meios de divulgar e comercializar seus produtos. Artistas 
procuravam alternativas para difundir seus trabalhos e atingir mais pessoas. E também os 
cientistas queriam apresentar e defender suas teses, estendendo assim seus 
conhecimentos. 
Foi a partir do Pós Guerra que grupos com interesses comuns começaram a se 
reunir e novas ideias para que se atingissem mais e mais pessoas foram surgindo. 
Assim surgiu também a necessidade de pessoas que escolhessem um local, 
determinassem as regras e formas de montagem, além dos meios de divulgação. Foi aí 
que se iniciou a atuação do profissional organizador de eventos. 
A palavra “evento” pode ser simplesmente traduzida por “acontecimento”. A 
origem do termo vem de “eventual”, “casual”. Assim, de modo simplista pode-se dizer 
que um evento é qualquer acontecimento que fuja à rotina, sempre programado para 
reunir um grupo de pessoas. 
 Podemos ainda afirmar: “evento é qualquer acontecimento previamente 
programado com um objetivo a ser atingido.” (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2011). 
 São outros conceitos: 
 
 “Evento é um conjunto de ações profissionais desenvolvidas com o objetivo de 
atingir resultados quantificados e qualificados junto ao público-alvo.” (CANTON, 
1997 apud PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2011) 
 Evento é “uma ação profissional que envolve pesquisa, planejamento, 
organização, coordenação, controle e implantação de um projeto, visando 
atingir o seu público-alvo com medidas concretas e resultados projetados.” 
(PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2011) 
 “Evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades 
realizada em data e local especial, com objetivo de celebrar acontecimentos 
importantes e significativos e estabelecer contatos de natureza comercial, cultural, 
esportiva, social, familiar, religiosa, científica, etc.” (ZANELLA, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2 – CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS 
 
 Eventos são classificados segundo os critérios seguintes: 
 
 Dimensão 
 Data 
 Perfil dos participantes 
 Objetivo 
 
 
2.1 – DIMENSÃO 
 
 Quanto à dimensão, os eventos podem ser classificados em: 
 
 MACRO OU MEGA EVENTO –mais de 1500 participantes 
 
 Ocupa toda a hotelaria de uma ou várias cidades 
 Mobiliza milhares de pessoas em sua organização e operação 
 Envolve entidades públicas e privadas 
 Exige divulgação em Âmbito internacional 
 São exemplos: Copa do Mundo; Jogos Olímpicos 
 
 
 EVENTO DE GRANDE PORTE – entre 500 e 1500 participantes 
 
 Envolve grande números de participantes 
 Público de milhares de pessoas 
 Utiliza boa parte das ofertas de espaços para realização de eventos de uma 
localidade 
 Beneficia o turismo e a hotelaria 
 Tem público de interesse geral 
 Governos estaduais e municipais oferecem apoio nas áreas públicas de 
segurança, transportes e saúde 
 Exemplo: Salão do Automóvel de São Paulo 
 
 EVENTO DE MÉDIO PORTE – entre 200 e 500 participantes 
 
 Quase sempre de origem privada 
 Podem atingir grande público 
 Utilizam apenas um centro de eventos para a realização das atividades 
 São exemplos: feiras; exposições; congressos setoriais; formatura 
 
 
 EVENTO DE PEQUENO PORTE 
 
 São a maioria dos eventos no mundo 
 Podem ser de caráter empresarial, público, privado 
 Sempre de um segmento definido 
 Presença reduzida de participantes e público 
 Exemplo: formatura; reuniões de empresas. 
4 
 
2.2 – DATA 
 
 FIXA 
 Eventos que não mudam a data 
 Realizam-se todos os anos no mesmo dia ou com periodicidade definida 
 São exemplos: comemorações cívicas, religiosas, aniversários 
 
 MÓVEL 
 Eventos que sempre acontecem, mas com data variável, 
de acordo com os interesses do promotor do evento ou o 
calendário 
 Exemplo: carnaval 
 
 ESPORÁDICA 
 Eventos que ocorrem por ocasião de fatos extraordinários 
 Porem são previstos e programados 
 Exemplo: funerais de ex-chefes do Poder Executivo 
 
 
2.3 – PERFIL DOS PARTICIPANTES 
 
 GERAL 
 Clientela não definida 
 A clientela é limitada apenas em função da capacidade física do local do 
evento. 
 Exemplo: shows, desfiles de escolas de samba 
 
 DIRIGIDO 
 Público que possui afinidade com o tema 
 Público se divide em grupos de interesses diversificados 
 Exemplo: Salão do automóvel; Desfiles de Moda 
 
 ESPECÍFICO 
 Público claramente definido pelo interesse, identificação ou envolvimento 
com a área 
 Exemplos: congressos médicos; congressos de turismo 
 
 
2.4 - OBJETIVOS 
 
 CIENTÍFICOS: aqueles que se propões a discutir temas bem específicos de cada 
área de interesse de cientistas e pesquisadores 
 
 CULTURAIS: mostrar novos artistas, cantores, apresentações diversas. 
 
 COMERCIAL comercialização de produtos. 
 
 INSTITUCIONAL: visa criar ou formar o conceito e a imagem de uma empresa, 
entidade, governo ou pessoa. 
 
5 
 
 PROMOCIONAL: objetiva a promoção de um produto ou serviço de uma 
empresa, governo, entidade, pessoa ou local em apoio ao marketing. Enfim, os 
fins são mercadológicos 
 
A área de interesse dos eventos pode ser classificada assim: 
 
 ARTÍSTICA: relacionada a qualquer espécie de arte. Música, pintura, literatura, 
etc. 
 
 EDUCATIVA: divulgação de didáticas avançadas, cursos e novidades correlatas 
à educação. 
 
 POLÍTICA: presente nos eventos relacionados com assuntos das esferas políticas. 
Associações de classe, partidos políticos, etc. 
 
 GOVERNAMENTAL: trata das realizações do governo quem qualquer instância 
ou esfera. 
 
 EMPRESARIAL: enfoca pesquisas, resultados e realizações das organizações e 
seus associados. 
 
 LAZER: objetiva proporcionar entretenimento aos participantes. 
 
 SOCIAL: relacionada aos eventos de interesse comum à sociedade como um todo: 
realizações familiares, de grupos de interesses como amigos, visando 
confraternização entre pessoas ou comemorações especificas 
 
 DESPORTIVA: qualquer tipo de evento realizado dentro do universo esportivo, 
em qualquer modalidade. 
 
 RELIGIOSA: trata de interesses, assuntos e confraternizações religiosas, 
independente da crença. 
 
 BENEFICENTE: eventos que refletem programas e ações sociais divulgados e/ou 
auxiliados em acontecimentos públicos. 
 
 TURÍSTICA: objetiva a divulgação e promoção de produtos e serviços turísticos. 
Tem a finalidade de incrementar o turismo em uma localidade. 
 
 
6 
 
2.5 – ABRANGÊNCIA1 
 
 MUNDIAL: evento itinerante com identidade, divulgação, repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final na maioria 
dos continentes. 
 
 INTERNACIONAL: evento com identidade, divulgação, repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final de outros 
países. 
 
 LATINO-AMERICANO: evento com identidade, divulgação, repercussão 
mundial e participação presencial ou à distância do participante e público final de 
países latino-americanos. 
 
 NACIONAL: evento com identidade, divulgação, repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final de pelo 
menos duas regiões do país. 
 
 REGIONAL: evento com identidade, divulgação,repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final de estados da 
região. 
 
 ESTADUAL: evento com identidade, divulgação, repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final do estado. 
 
 MUNICIPAL: evento com identidade, divulgação, repercussão mundial e 
participação presencial ou à distância do participante e público final da cidade. 
 
 
1 Fonte: NBR 16004/16 
7 
 
3- TIPOS DE EVENTOS 
 
 Um bom profissional de eventos deve ser capaz de discernir entre os diversos tipos 
existentes, no intuito de orientar e atender às expectativas de um promotor. 
 A tipologia de eventos está relacionada à característica mais marcante dos 
mesmos. 
Nas páginas a seguir, lista-se os eventos mais utilizados e que representam maior 
movimentação para a infraestrutura turística, segundo o Portal da Educação (2011)2. 
 
 
3.1 – PROGRAMAS DE VISITAS 
 
 São eventos destinados a promover visitação, normalmente têm objetivo técnico-
científico. 
 
 
 FAMTOURS 
 
Abreviatura de familiarization tour, que significa viagem de familiarização. 
Normalmente realizado por agentes de viagens. 
 
 OPEN DAY 
 
Programa de visitação interno à empresas e fábricas com o intuito de apresenta-
las a um público de interesse, por meio de uma programação criteriosamente 
preparada. 
 
3.2 – EXPOSIÇÕES 
 
 Eventos que destinam a apresentar ou demonstrar in loco ou de forma itinerante, 
novos equipamentos, produtos, artefatos artísticos, destinações turísticas e serviços. A 
finalidade é a divulgação, promoção e venda. 
 
 FEIRA 
 
Um dos tipos mais conhecidos de exposição. É uma iniciativa de uma ou mais 
empresas que se associam para divulgar e promover seus produtos, técnicas e 
serviços, visando a comercialização. A principal finalidade é a conquista de 
mercado, isto é, aumento da demanda pelos produtos/serviços em exposição. 
Uma das características deste tipo de evento é a montagem de mercadorias de 
modo que as pessoas possam tocá-las, examiná-las e mesmo degustá-las. 
 
2 Frisa-se que todo o tópico Tipos de Eventos foi retirado do material didático do Curso Organização de 
Eventos do Portal da Educação. 
8 
 
Pode ser aberta ao público em geral ou restrita a um público específico. 
Normalmente é um evento de grande porte, de periodicidade anual ou bienal, com 
tempo de duração estimado entre dois e até quinze dias. 
A feira pode ainda ser classificada como: 
 
 VERTICAL OU SETORIAL: quando se apresenta apenas uma categoria 
de mercadoria, tecnologia ou serviço. Neste caso, procura-se mostrar todas 
as fases de produção de um setor. Exemplo: salão do automóvel, onde 
participam desde fábricas de pneus até revendedores de automóveis. 
 
 HORIZONTAL: apresenta produtos de diversas categorias, tecnologias e 
serviços. Neste tipo de feira a principal preocupação é com a última 
geração do produto para a venda. Exemplo: feira de utilidade doméstica. 
 
 TÉCNICA: implica alto volume de negócios e, normalmente, não há 
vendas no local do evento. O que os visitantes buscam é um primeiro 
contato com os produtos e, havendo interesse, há uma inscrição para que 
posteriormente sejam contatados. 
 
 AMOSTRA: onde se realiza pedidos ou encomendas durante o evento e 
os produtos são entregues posteriormente. Muitas vezes é realizada 
paralelamente a congressos. 
 
 
 ROAD SHOW 
 
Um tipo de exposição itinerante, montada sobre rodas (ônibus ou carreta). 
 
 SHOWCASING 
 
Evento parecido com a feira, no entanto, possui a característica de exposição dos 
produtos em vitrines fechadas. Sendo assim, não há contato direto dos visitantes 
com os expositores. O contato é realizado por meio de telefones instalados em 
cabines anexas, diretamente ligadas à central de informação do expositor. 
O objetivo maior deste tipo de evento é a divulgação, em que a venda é realizada 
por um sistema de reservas e encomendas. 
 
 MOSTRA 
 
Evento normalmente de pequeno porte e de data móvel, podendo ser itinerante ou 
não. Exibe produtos, bens públicos e produções artísticas. 
 
 SALÃO 
 
Espaço de exibição pública de produtos e serviços. Destina-se a um público mais 
ou menos segmentado, onde não se pratica a venda direta, mas somente a 
promoção, divulgação e informação. Visa criar entre os consumidores uma 
imagem positiva da instituição ou empresa promotora. Objetiva especialmente 
uma promoção institucional e, apesar de parecido com a feira, não possui 
finalidades comerciais imediatas. 
9 
 
 
 VERNISSAGE 
 
Evento característico de exposição de produção artística. Pode apresentar os 
trabalhos de um ou mais artistas, sob o mesmo tema ou mesmo temas variados. 
De data móvel, realizado de acordo com a produção do artista. A origem da 
palavra vernissage é francesa e vem de um hábito antigo de artistas plásticos, 
especialmente pintores que, ao terminarem suas obras, passavam uma demão de 
verniz e chamavam seus amigos para apreciar a obra e degustarem vinho. Um 
hábito de alguma maneira mantido, pois o vernissage é usualmente acompanhado 
de coquetel. 
 
 
3.3 – ENCONTROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS 
 
 Encontros são eventos muito utilizados no campo das ciências humanas e sociais. 
o objetivo é a exposição de trabalhos, resultados de estudos, pesquisas e experiências 
relevantes ao desenvolvimento dessas áreas de conhecimento. 
 
 CONGRESSO 
 
Possui programação centrada em determinada área de conhecimento. Pode ser 
definido como reunião promovida por entidades associativas, visando debater 
assuntos que interessem a um determinado segmento profissional. 
Pode ser de âmbito regional, nacional e internacional. As sessões de trabalho 
dentro de um congresso são divididas m várias atividades, como mesas-redondas, 
conferências, simpósios, temas livres, painéis, cursos, etc. 
 
 CONFERÊNCIA 
 
Tipo de reunião que consiste sempre de duas partes, o auditório e o expositor. É 
apresentado um tema informativo, técnico ou científico, por autoridade 
amplamente conhecida. O conferencista discorre sobre um assunto previamente 
conhecido e de seu amplo conhecimento, durante um determinado tempo. 
Ao final da apresentação, o conferencista responde a questionamentos dos 
ouvintes. 
E um tipo de evento que visa um público específico que demonstra familiaridade 
com o assunto abordado. 
 
 VÍDEOCONFERÊNCIA 
 
Tipo mais moderno de conferência que depende exclusivamente de tecnologias e 
redes de comunicação, como a internet. 
A vantagem é que o conferencista não precisa se deslocar para falar sobre sua 
especialidade e, ao mesmo tempo, interage como se estivesse junto ao público que 
o escuta. 
 
10 
 
 PALESTRA 
 
Difere da conferência pela menor formalidade em torno do local de realização, 
permitindo, por exemplo, que o ministrante se utilize de tribuna, mesa ou mesmo 
circule livremente entre os ouvintes. 
Também o público não necessariamente tem familiaridade com o assunto a ser 
abordado. 
 
 SIMPÓSIO 
 
Evento destinado à divulgação de experiências, pesquisas ou inovações 
tecnológicas em determinada área profissional para discussão e debate sobre as 
possibilidades de sua aplicação prática. Evento prático e simples, de pequeno 
porte e de curta duração, dirigido a público especializado e diretamente 
interessado no assunto. Tem característica mais liberal que o congresso, 
permitindo a apresentação de temas de interesse do público em geral. 
 
 MESA REDONDA 
 
Reunião clássica, preparada e conduzida por um coordenador, normalmente 
denominado mediador, pois atua orientando a discussão para que ela se mantenha 
sempre em torno do tema principal. Os participantes da mesa redonda são, 
geralmente, especialistas que apresentam seus pontos de vista sobe o assunto em 
pauta, sendo-lhes destinado tempo limite para sua exposição.O sucesso de uma mesa redonda depende muito do mediador ou coordenador, pois 
este tem a missão de conduzir os trabalhos de forma que os objetivos sejam 
atingidos. 
 
 PAINEL 
 
Se caracteriza pela apresentação, em quadros, de um assunto a ser explanado pelo 
painelista. É uma forma de reunião limitada a um pequeno grupo de especialistas 
e possui três etapas: apresentação, discussão e arguição da plateia. 
 
 FÓRUM 
 
Tipo menos técnico de reunião que tem como objetivo conseguir efetiva 
participação de um público numeroso que deve ser motivado. Muito usado para 
sensibilização da opinião pública para algum assunto. Deve ser realizado em 
espaço amplo, com a presença de um coordenador que levante um problema de 
interesse geral e busque participação da coletividade. 
 
 CONVENÇÃO 
 
Tipo de reunião fechada, promovida por entidades sociais e empresariais. 
 
11 
 
 SEMINÁRIO 
 
Tem como objetivo a transmissão, atualização, debate, divulgação ou 
transferência de conhecimentos e técnicas centrados em um tema básico, podendo 
conter subtemas. 
 
 DEBATE 
 
Discussão entre duas ou mais pessoas, onde cada um defende um ponto de vista. 
Há sempre a necessidade de um moderador para a coordenação do evento. Pode 
ser aberto ao público ou transmitido por veículos de mídia. Não há participação 
da plateia com arguições. 
 
 CONCLAVE 
 
Evento de caráter religioso, no qual são debatidos problemas de ordem moral e 
ética, ligados à religião, por autoridades do setor. Semelhante a um simpósio ou 
congresso. 
 
 CONCÍLIO 
 
Reunião de prelados católicos na qual são tratados assuntos dogmáticos, 
doutrinários ou disciplinares. 
 
 
 BRAINSTORMING 
 
Encontro que se caracteriza pela utilização de raciocínio livre a respeito do tema. 
Neste tipo de reunião, grupos de pessoas convenientemente orientadas põem-se a 
emitir ideias livremente sobre uma questão. A intenção é que ideias iniciais 
estimulam e favorecem o surgimento de outras ideias ou melhoria das iniciais, de 
modo que a multiplicação e integração. O resultado é uma quantidade de soluções 
viáveis. Há uma primeira etapa criativa e uma segunda, avaliativa. Um 
coordenador designado coleta todas as ideias, faz uma triagem e um exame crítico 
sobre a viabilidade de execução de cada uma. 
 
 SEMANA 
 
Evento semelhante ao congresso que possui duração de uma semana. Neste evento 
são apresentados e discutidos assuntos de interesse comum à uma área de atuação. 
Possui dinâmica variada, conforme os objetivos da entidade promotora. 
 
 JORNADA 
 
Reunião de determinados grupos de profissionais realizada periodicamente com o 
objetivo de discutir um ou mais assuntos que são usualmente objetos de discussão 
em congressos. Considerada congresso em miniatura, diferindo desse por se tratar 
de reuniões de grupos de uma região, em épocas propositadamente não 
coincidentes. 
 
12 
 
 
 ENTREVISTA COLETIVA 
 
Realizada com entrevistados de forte projeção, destinada a um público dirigido: a 
imprensa. 
 
 WORKSHOP 
 
Reúne um determinado segmento de mercado, em que todos participam 
ativamente das discussões, após uma apresentação sintetizada do assunto por um 
coordenador geral. 
 
 OFICINA 
 
Reflete a apresentação e discussão de estudos da área educacional. Relaciona-se 
a novos produtos e dinâmicas, com o objetivo de disseminar o conhecimento e a 
prática relativos aos temas enfocados. 
 
 ASSEMBLEIA 
 
Reunião onde participam delegações representantes de grupos, estados, países. A 
característica principal é a de colocar em debate assuntos de grande interesse de 
grupos, classes ou regiões. O desenvolvimento dos trabalhos tem como 
particularidade a colocação das delegações em lugares pré-estabelecidos, sendo 
as conclusões submetidas à votação, as quais são transformadas em 
recomendações da assembleia. 
 
 
 REUNIÃO DE NEGÓCIOS 
 
Objetiva aproximar empresas, fornecedores, vendedores, compradores, em 
momentos distintos, celebrando convênios e parcerias, indicando políticas de 
ações ou concluindo negociações. 
 
 
3.4 – ENCONTROS DE CONVIVÊNCIA 
 
 Consistem na reunião de pessoas coma finalidade de proporcionar descontração e 
lazer. Podem estar inseridos ou não em acontecimentos de negócios, encontros 
acadêmicos e profissionais. 
 
 SARAU 
 
Consiste em uma reunião festiva que ocorre a tarde ou no início da noite, 
apresentando concertos musicais, serestas, cantos e apresentações solo. 
 
 COQUETEL 
 
Normalmente destinado à homenagens, início ou encerramento de outros eventos 
maiores, à comemoração de datas ou simples confraternização. 
13 
 
Caracteriza-se pela livre circulação das pessoas, favorecendo a integração das 
mesmas. O serviço inclui bebidas e aperitivos como canapés quentes, frios e 
salgados. 
 
 HAPPY HOUR 
 
Refere-se ao hábito de encontros sociais em bares ou similares, quando as pessoas 
tomam drinks e degustam aperitivos, em meio à conversas descontraídas após o 
turno de trabalho. 
 
 CHÁ DA TARDE 
 
Característico de reuniões de senhoras da sociedade para conversas e pequenas 
confraternizações. 
 
 CHÁ DE COZINHA 
 
Oferecido à noivas por amigos ou parentes, como uma forma de presenteá-las com 
artigos e objetos de cozinha que normalmente são simplórios para serem 
oferecidos como presentes de casamento, mas extremamente necessários na 
montagem de uma casa. 
 
 
 
 CHÁ DE BEBÊ 
 
Para mulheres gestantes a fim de amenizaremos gastos com a vinda do bebê e 
também para celebrar a nova vida. 
 
 CHÁ BENEFICENTE 
 
Oferecido por senhoras envolvidas com entidades e questões sociais, cuja 
finalidade é angariar fundos para campanhas humanitárias e beneficentes. 
 
 ALMOÇO 
 
Fato corriqueiro na vida de qualquer pessoa, ganhou o status de evento ao começar 
a ser utilizado para comemorações e homenagens. A escolha do cardápio e do 
local irá depender da quantidade de pessoas, da disponibilidade financeira das 
entidades promotoras e da logística necessária. 
 
 JANTAR 
 
Mais formal que o almoço, utiliza a mesma logística deste. Bastante utilizado em 
recepções de pessoas e autoridades. 
 
 BANQUETE 
 
Eventos de grande porte, que significa uma refeição suntuosa e solene oferecida 
a um número elevado de convidados. Realizado em ocasiões festivas ou 
14 
 
cerimônias com a finalidade de agrupar pessoas com mesmas crenças religiosas 
ou políticas. 
 
 
 CAFÉ DA MANHÃ 
 
Caracteriza-se por encontros profissionais que ocorrem no começo das manhãs e 
antecedem o horário normal de trabalho. 
 
 BRUNCH 
 
Evento que une o café da manhã com o almoço, por isso seu diferencial está no 
cardápio que oferece opções de café da manhã e salgados. Normalmente de 10:00h 
às 14:00h. 
 
 COFFEE BREAK 
 
Terminologia usada para os intervalos de eventos maiores, em que são servidas 
bebidas e petiscos que variam conforme a ocasião. 
 
 GUEST COFFEE 
 
Parecido com o coffee break, consiste em um lanche ou café da manhã servido 
antes do início de outros grandes eventos, como congressos, seminários, etc. 
normalmente oferecido aos palestrantes em uma sala VIP, antes que subam ao 
palco ou mesa, com a finalidade de relaxamento e revisão de apresentações. 
 
3.5 – CERIMÔNIAS 
 
 São reuniões de caráter mais solene, com formalidades e cortesias entre pessoas 
não íntimas. São organizadas conforme cerimonial e protocolo pertinentes. Podem ser de 
cunho religioso, governamental, social, político e acadêmico. 
 
 CASAMENTO OU BODAS DE CASAMENTO 
 
Cerimônias únicas e que devem ter bastante planejamento. Momentos que 
merecem muita atenção, pois envolvem sentimentos familiares e conjugais. 
 
 CERIMÔNIAS FÚNEBRES 
 
Eventos em que se prestam homenagens a personalidades e que possuem 
cerimonial e protocolo específicos. 
 
 CERIMÔNIA DE POSSE 
 
Relaciona-se a quando presidente, governadores, prefeitos, vereadores, 
funcionários públicos tomam posse em um cargo.15 
 
 CERIMÔNIAS ACADÊMICAS 
 
 FORMATURA: com diversos tamanhos, incorporam a cerimônia pública 
e oficial de colação de grau. Há eleição de um orador, além de homenagens 
diversas. Evento conduzido por um mestre de cerimônias. 
 OUTORGA DE TÍTULOS ACADÊMICOS: cerimônia de homenagem 
em reconhecimento aos serviços prestados à comunidade acadêmica. São 
exemplos: professor emérito, professor honoris causa e chanceler. 
Normalmente se oferece uma recepção, consistindo em coquetel ou jantar, 
em que os convidados participam por adesão, com apresentação de 
convite. 
 AULA MAGNA OU INAUGURAL: ocorrendo no início do ano letivo, 
tem a característica de apresentação de uma palestra sobre o curso em 
questão e o mercado de trabalho. 
 
3.6 – EVENTOS COMPETITIVOS 
 
 Eventos cujos participantes concorrem a alguma coisa, precisando para isso 
cumprir etapas. 
 
 CONCURSO 
 
Evento em que não se enfatiza forma física ou talento esportivo. Segue 
regulamento específico. 
 
 GINCANA 
 
Apresenta características de competição e possui regulamento descritivo de 
tarefas a serem cumpridas. A essência é a criatividade e o humor. 
 
 CAMPEONATO 
 
Competições de modalidades esportivas. Como uma das mais conhecidas, temos 
as OLIMPÍADAS, que consiste em um conjunto de campeonatos que envolvem 
várias modalidades, cada um sujeito a regulamentos próprios. 
 
3.7 – INAUGURAÇÕES 
 
Eventos que têm como característica principal a apresentação ao público de novos 
espaços, instalações ou marco históricos. 
 
 INAUGURAÇÕES DE ESPAÇOS FÍSICOS: lançamentos de construções 
 INAUGURAÇÕES DE MONUMENTOS HISTÓRICOS: reflete principalmente 
o resgate de tradições e acontecimentos importantes de uma determinada época. 
 
3.8 – LANÇAMENTOS 
 
 Representa o ato de lançar algum produto ou serviço em uma determinada 
localidade. 
 
16 
 
 LANÇAMENTO DE PEDRA FUNDAMENTAL 
 
Solenidade que marca o início de uma construção de grande porte. É comum, neste 
tipo de evento, que se depositem em uma urna vários documentos referentes à 
obra, como jornais da época, objetos de referência da empresa, moedas da época, 
etc. Após isso, a urna é enterrada e, no local, afixa-se uma placa de identificação, 
com o intuito de registrar o momento histórico para futuras gerações. 
 
 LANÇAMENTO DE LIVROS 
 
Também conhecido como noite de autógrafos, conta com a participação do autor, 
que irá redigir uma dedicatória a cada comprador do livro vendido no local. 
Geralmente os livros têm preço especial no dia do lançamento. 
 
 LANÇAMENTO DE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS 
 
Normalmente há exibição de uma maquete da construção, em escala reduzida, e 
o oferecimento de um coquetel. 
 
 LANÇAMENTO DE PRODUTOS TURÍSTICOS 
 
É comum que se recorra a recursos audiovisuais para demonstrar as qualidades e 
sensibilizar consumidores em potencial. 
 
 
3.9 – DESFILES 
 
 DESFILES DE MODA 
 
Refletem as tendências ditadas por estilistas e apresentam novas tecnologias em 
tecidos e acabamentos, acessórios e até maquiagem, com a utilização de modelos 
que passeiam por uma passarela que permeia a plateia. 
 
 DESFILE FESTIVO 
 
O exemplo mais conhecido no Brasil é o desfile de escolas de samba, em que 
temas são trabalhados com diferentes abordagens, expressas nas fantasias e carros 
alegóricos. 
 
 DESFILE CÍVICO 
 
Feito pelas Forças Armadas e também escolas que comemoram datas cívicas. 
 
3.10 – LEILÃO 
 
Evento que se caracteriza pela exposição de produtos que têm a finalidade de serem 
vendidos para quem pagar além do preço inicial. O preço de venda final é 
determinado pela adesão aos lances oferecidos pelos participantes, a partir de um 
preço mínimo. Quem oferecer o maior lance, leva o produto. 
 
17 
 
 
4 - FASES DE UM EVENTO 
 
 São basicamente três as fases de um evento, independentemente de seu porte: pré-
evento, evento e pós-evento. 
 
4.1 – PRÉ-EVENTO 
 Fase em que há a definição do projeto do evento, o planejamento das atividades, 
além do detalhamento de receitas e despesas esperadas. Também, nesta fase, decide-se 
sobre fornecedores e profissionais a serem contratados e os controles administrativos e 
financeiros. 
 Esta é uma fase que exige muito cuidado e atenção. É o momento de detalhes, de 
todos os tamanhos e formas, de todas as áreas de serviços, recursos e despesas, de todos 
os aspectos de mercado e de pessoas que envolverão ou serão envolvidas no evento. 
Para o sucesso do evento, é importante que se tenha cuidado na contratação de 
fornecedores, pois os mesmos devem ter boa reputação no mercado além de competência 
técnica e qualidade. Devemos lembrar que todas as contratações devem ser feitas 
mediante contrato escrito. 
 
4.2 – EVENTO 
 Dia ou período em que o evento é colocado em prática integralmente. Este e um 
momento em que o instrumento de trabalho mais eficaz é a checagem geral (check list), 
além de um acompanhamento pelo cronograma de atividades, elaborado anteriormente. 
 Durante o evento, cada comissão de trabalho desempenha sua função nos mínimos 
detalhes. 
 A checagem feita, inclusive diariamente, para um evento de duração em dias, deve 
se estender na infraestrutura interna do evento, é importante verificar todos os itens para 
que não haja falhas: infraestrutura física, equipamentos e mobiliários, material da 
secretaria, limpeza do local e segurança, alimentos e bebidas, transporte local, 
programação social, cultural e turística, tradução simultânea, se houver. 
 Além disso, também é essencial a checagem da estrutura externa do evento, que 
consta de postos de atendimento em hotéis e transporte local, dimensionamento de 
funcionários, reservas solicitadas. 
 
18 
 
4.3 – PÓS-EVENTO 
 Marcado pelas atividades de encerramento do evento. Tais atividades vão além de 
uma desmontagem física das estruturas utilizadas para o evento. E um momento de prestar 
contas para o cliente por meio de relatórios da movimentação financeira, dos resultados 
esperados e alcançados, além da devolução da sobra de materiais não utilizados. 
 A avaliação é muito importante, pois auxilia na identificação de pontos fortes e 
fracos do evento como um todo, além do conteúdo técnico e temas abordados, 
palestrantes, estimar o alcance dos objetivos propostos além de conhecer o perfil dos 
inscritos e demais componentes do público-alvo definido. 
 No final do evento, ainda é necessário solicitar à assessoria de imprensa a 
ordenação e arquivos de todos os press releases, anúncios e espaços de mídia, preparar e 
distribuir o ultimo press release para a imprensa, que tem o objetivo de informar sobre o 
resultado final alcançado do evento, fazendo avaliação final do trabalho e impacto obtido. 
 
4.3.1 – AVALIAÇÃO E RELATÓRIO DO EVENTO 
 
 A avaliação de um evento, desde que corretamente aplicada, é a chave para um 
contínuo aperfeiçoamento e para o prestígio e reputação do evento. 
 A avaliação de um evento pode ser definida como um processo de observação, 
mensuração e monitoração crítica da implementação do evento a fim de avaliar os 
resultados de forma precisa. Através da avaliação de um evento tem-se a possibilidade da 
criação de um perfil que delineia as características básicas e dados estatísticos 
importantes. Além disso, permite que se apresente um retorno aos parceiros do evento. 
 Allen et al (2003 apud PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2011) sugerem que se elabore 
uma listagem para avaliação do evento, a qual está em anexo a esta apostila. 
 Há também um modelo de questionário de avaliação para eventos, também em 
anexo. 
 É após uma análise criteriosa das informações provenientes da pesquisa de coleta 
de dados que se elabora um relatório de avaliação final do evento, o qual é distribuído 
para todos os parceiros. 
 
 
19 
 
5 – CERIMONIAL E PROTOCOLO 
 
Uma questão muito relevante a um profissional que possa atuar na área é saber 
diferenciar o que é Cerimonial e o queé Protocolo: 
 
 Cerimonial: é um conjunto de formalidades específicas de um ato/evento público, 
dispostas numa ordem sequencial, que envolve a ordem de precedência 
(protocolo) a ser observada, a utilização de indumentária própria e de elementos 
simbólicos, bem como o cumprimento de um ritual. “A palavra vem do latim 
cerimoniale e referia-se a cerimônias religiosas”. (EGOV, 2019) 
 
 Protocolo: é parte importante do cerimonial e constitui-se do conjunto de normas 
para conduzir atos oficiais sob as regras da diplomacia, tais como a ordem geral 
de precedência. Em alguns eventos, principalmente aqueles nos quais estão 
presentes várias autoridades municipais, estaduais, federais, com mesa solene, o 
protocolo soluciona as dúvidas de quem deverá ser chamado primeiro, quem 
deverá ficar ao lado de quem ou quando irá pronunciar-se. 
A palavra vem do grego protókolon. Era a primeira folha colada nos rolos de 
papiro, em que se escrevia um resumo do conteúdo do manuscrito. Era também o 
selo colocado pelos romanos em papéis onde registravam atos públicos. (EGOV, 
2019) 
 
É possível perceber que os conceitos estão intrinsecamente ligados e que são 
imprescindíveis no contexto de um evento, seja ele de organizações públicas ou privadas. 
São instrumentos de comunicação que buscam valorizar ações e gestos, boas relações, 
enfim, destacar o elemento humano. Seus objetivos básicos são tornar mais fáceis os 
cumprimentos das regras simples de convívio social entre os diversos públicos de 
interesse das organizações. O protocolo é considerado a norma, e o cerimonial, a forma. 
Além disso, é também essencial que se saiba o que é etiqueta, além de ter noções 
gerais da mesma no vestir, à mesa, profissional e social, afinal, profissionais de eventos 
e de cerimonial devem saber se comportar nas diferentes ocasiões. 
 
20 
 
 Etiqueta: relaciona-se às normas de comportamento social, profissional e 
familiar. Tem a ver com hábitos e costumes dos povos e determinam como as 
pessoas se comportarão. 
Palavra originária do francês étiquette. (EGOV, 2019) 
 
5.1 - PROCEDIMENTOS E AÇÕES 
 
É natural que muitas dúvidas surjam na organização do Cerimonial de um evento, 
como por exemplo: a presença ou não do hino, quantas pessoas vão compor a mesa, quem 
realmente deve se pronunciar, entre outras. Cabe ressaltar, que o anfitrião “dá a cara ao 
cerimonial”, ou seja, é ele quem define o modelo de organização desejado, juntamente 
com o responsável pelo Cerimonial e Protocolo. 
Ele é responsável por definir a formalidade, a melhor maneira para as pessoas 
serem recebidas e a sequência adequada da programação para tornar o evento agradável. 
Claro que este processo, além de bom senso e coerência, deve estar pautado de acordo 
com as regras do Cerimonial. 
Nos mais variados tipos de eventos, as instituições seguem procedimentos 
próprios de cada um. Sempre que possível, pautando-se pelas Normas do Cerimonial 
Público e da Ordem Geral de Precedência. 
 
5.2 - ORDEM DA SAUDAÇÃO E DOS PRONUNCIAMENTOS 
 
 Para fazer a saudação de autoridades, a ordem a ser seguida deve ser sempre da 
mais importante para a menos importante, como por exemplo: Presidência da Câmara de 
Vereadores / Diretor da Associação X / Representante da entidade Y; 
Já em relação aos pronunciamentos, a ordem para se chamar é do menos 
importante para o mais importante, como por exemplo: Representante da entidade Y / 
Diretor da Associação X / Presidente da Câmara de Vereadores; 
 
IMPORTANTE!!! 
Deve se dar atenção especial à presença dos representantes, pois eles são o testemunho 
de que a autoridade convidada, mesmo impedida por algum motivo de participar da 
atividade, interessou-se em prestigiar o evento. Dessa forma, sugere-se citar o 
21 
 
representante e, se for o caso, convidá-lo para compor a mesa de honra. Porém, o 
representante, salvo de autoridade máxima do protocolo, não deve se pronunciar. 
 
 5.2.1 - QUANDO CITAR AUTORIDADES PRESENTES 
 
Demais autoridades, que não fazem parte da mesa, devem ser citadas logo após a 
composição desta. No entanto, para não correr o risco de desprestigiar alguém que não se 
identificou, citar nomes incorretos ou desatualizados, sugere-se citar apenas os órgãos 
presentes. Dessa forma, destaca-se atenção especial às entidades que participam do 
evento, de uma forma rápida e sem constrangimento a ninguém. 
A ordem de citação é da maior para a menor autoridade. A lista de autoridades 
para citação chama-se nominata, cujo nome significa lista de nomes. (EGOV, 2019). Caso 
a lista de autoridades a serem citadas for muito grande, pode-se generalizar as citações, 
agradecendo a presença de todos e separando por setores, como por exemplo: 
“Registramos a presença das autoridades militares, civis, parlamentares, bem como 
servidores e sociedade civil” (EGOV, 2019) 
 Exemplo de nominata: 
 
 
 Fonte: EGOV, 2019 
 
5.3 - PRECEDÊNCIA 
 
O que é precedência? É o que precede ou vai adiante, ou que está antes em uma 
ordem determinada. Significa quem tem prioridade. Relaciona-se ao conceito de 
presidir, predominar, de ocupar o primeiro lugar em um grupo de pessoas. 
22 
 
Segundo Nelson Speers (apud EGOV, 2019) “a precedência é reconhecer a 
primazia de uma hierarquia sobre a outra, e tem sido, desde os tempos mais antigos, e em 
todas as partes, motivo de normas escritas [...]”. 
A palavra vem do latim praecedere, sentar-se na frente, donde deriva, por 
contaminação semântica, passar na frente, situar-se antes. (EGOV, 2019) 
É de fundamental importância que os organizadores do Cerimonial compreendam 
os princípios que regem a hierarquia das regras de Precedência em seus vários níveis. 
Para isso, vamos voltar um pouco na história e estudar a origem da Precedência para 
compreendermos sua importância. 
 
5.3.1 - CRITÉRIOS BÁSICOS 
 
Em qualquer solenidade, a pessoa de maior precedência é sempre a última a 
fazer o uso da palavra. 
No Estado, o Governador; no Município, o Prefeito; em uma Universidade, o 
Reitor; em uma organização, o Diretor, etc. 
Isso significa que os pronunciamentos devem seguir uma escala hierárquica 
do menos importante para o mais importante, que encerra os discursos. 
A precedência entre Ministros de Estado é determinada pelo critério 
histórico de criação do respectivo Ministério. Em uma solenidade, se estiverem dois 
ou mais Ministros, eles serão colocados na ordem de precedência de seus respectivos 
Ministérios. 
A precedência entre os Governadores de Estado e Territórios será seguida, 
pelo critério de constituição histórica de cada unidade da federação. 
Em qualquer evento que envolva a presença de autoridades civis, militares, 
eclesiásticas, a ordem de precedência é válida para a composição de mesas de honra e 
distribuição de lugares. 
Em eventos sociais a mulher acompanha a precedência do marido. Isso acontece 
em alguns casos oficiais, a exemplo de posse de governador. 
No Brasil é hábito ao iniciar os discursos citar nominalmente as principais 
autoridades presentes (mesa) o que é feito em ordem decrescente. Isso obriga a citar 
o homenageado frequentemente em último lugar, com uma ênfase especial. Dessa forma, 
cumprimenta-se primeiro o presidente da mesa. 
 
23 
 
5.3.2 - PRIMAZIA DA DIREITA 
 
Quem ocupa este lugar de honra? Na grande maioria, nas precedências, o lugar 
de honra é à direita do anfitrião ou no ponto central de referência do lugar. Portanto, 
quando existe um convidado de honra ou um homenageado, este será colocado à direita 
do anfitrião ou da máxima autoridade do lugar. Contudo essa regra não vale para todos. 
Existem países, como a maioria dos países muçulmanos, que usam o lado esquerdo como 
lugar de honra. 
O anfitrião pode ser um homem em sua casa, um presidente de uma empresa 
dentro de sua firma, um embaixador dentrosua embaixada, um reitor dentro da sua 
universidade, etc. 
 
A localização mais importante é a central, chamada de ponto O . A partir desse 
ponto serão determinadas as precedências, ou seja, que o ponto O não é incluído no 
ordenamento. 
Quando o convidado de honra supera, em hierarquia, o anfitrião, este último 
deve ceder seu lugar e colocar-se à esquerda do seu homenageado. Desse modo, o 
convidado principal ocupará o centro, mas continuará à direita do anfitrião. 
No país, a maior precedência é a do Presidente da República. Ele presidirá 
qualquer cerimônia que comparecer, ocupando o lugar de honra. Não comparecendo o 
Presidente, o Vice-Presidente presidirá a cerimônia a que comparecer. A sua esquerda, 
ficará o dono da casa. 
Nas reuniões privadas, isto é, sem caráter oficial, o lugar central será ocupado pelo 
verdadeiro anfitrião. 
 
 
 
 
24 
 
5.3.3 - QUEM PRESIDE? 
 
A regra geral é que: quem preside é quem organiza, convoca, recebe ou dirige o 
ato e despede-se dos convidados. 
 
As presidências são cedidas: 
 
 Quando assiste ao ato o Presidente da República; 
 Quando assistem ao ato outros Chefes de Estado e autoridades 
estrangeiras; 
 Quando a autoridade que organiza o ato está subordinada a outra, que 
assiste; 
 Voluntariamente, em atos de homenagem a autoridades de igual ou 
superior hierarquia; 
 Quando quem cede ocupa o segundo lugar na precedência. Se o 
ordenamento é alternado e o número de pessoas é par, o que cede se 
colocará à esquerda de quem preside. 
 
5.3.4 PRECEDÊNCIA ENTRE CHEFES DE ESTADO E CHEFES DE 
GOVERNO 
 
O Chefe de Estado é a autoridade suprema de um Estado e representa o país em 
suas relações com os demais países, e suas atribuições estão limitadas, em geral às 
funções de índole protocolar. 
O Chefe de Governo é quem está a cargo do manejo do Poder Executivo, e é quem 
dirige, em plano nacional, a administração pública. 
As outras denominações do Chefe de Governo são: Primeiro-ministro. Chefe de 
Gabinete. Presidente do Conselho de Ministros. Presidente de Governo. 
Como se aplica a precedência? 
Entre Chefes de Estado, normalmente, se aplica a ordem alfabética, segundo o 
nome oficial de cada país, porque todos os Estados têm igual categoria (rango), em virtude 
do princípio de igualdade jurídica dos Estados. 
Se a precedência for entre monarquias, pode ser utilizado o sistema baseado na 
data da coroação; tratando-se de nobreza, a data que se outorgou o título. 
25 
 
 
 Chefe de Estado (Rei ou Presidente) sempre terá precedência sobre o 
Chefe de Governo. 
 Chefes de Governo terão precedência sobre representantes diplomáticos. 
 Ninguém pode se fazer representar naqueles atos aos quais assista o 
Presidente da República. 
 
5.3.5 PRINCÍPIOS GERAIS 
 
Para determinar o lugar em que se deve colocar a pessoa de maior hierarquia que 
comparece a um ato ou cerimônia. a prática e o uso tradicional levam em conta vários 
fatores circunstanciais, tais como: 
 
 Lado - Geralmente, o lado direito é considerado superior ao lado esquerdo, salvo 
em cerimônias nos templos católicos em que o lugar de honra situa-se à esquerda 
do Presbitério ou da nave. 
 Distância - A proximidade em relação ao lugar onde se realiza o ato ou cerimônia 
determina o grau de importância na escala de precedência. 
 Porta de entrada - A localização de costas para a porta da entrada de um salão, 
onde se realiza um banquete, é considerada inferior à posição de frente para essa 
entrada. 
 Luz - O lado iluminado, ou que recebe luz natural pela esquerda, é considerado o 
melhor. 
 
Esses fatores variam de acordo com a cerimônia, levando-se em conta se os 
presentes estão sentados, de pé ou caminhando. 
 
5.3.6 COMPOSIÇÃO DA MESA DE HONRA 
 
A designação de lugares é uma decorrência natural da precedência. Conhecida a 
precedência, torna-se necessário que conheçamos a hierarquia dos lugares que, na mesa 
de honra, o ideal é, no máximo, entre 7 e 9 pessoas. 
A mesa principal ou diretiva é formada a partir da pessoa mais importante (dono 
da casa), com os demais colocados à direita e à esquerda do anfitrião. Importante ressaltar 
26 
 
que esse critério de direita e esquerda é relativo ao centro da mesa e não em relação ao 
auditório. 
Como foi dito, uma das responsabilidades do anfitrião é pensar no bem estar dos 
convidados. Isso inclui, dentre outros detalhes, recepcionar e acolher de forma 
conveniente as autoridades e não permitir uma cerimônia cansativa para os presentes. 
Acolher as autoridades de forma agradável não significa ter que dar lugar na mesa 
de honra a todos, tampouco deixar a tribuna livre para pronunciamentos. Pelo contrário, 
a composição da mesa e os pronunciamentos devem ser definidos com antecedência. 
 
5.3.7 PLANO DA MESA DE HONRA 
 
Mesa ímpar: a pessoa mais importante fica no centro. A segunda pessoa mais 
importante fica a direita da pessoa mais importante. A terceira pessoa mais importante 
fica a esquerda da mais importante. A distribuição continua nessa ordem. Ou seja, com 
número ímpar de participantes, a pessoa mais importante (o primeiro da lista de 
precedência) é o número 1 e depois você distribui a sequência da precedência um para a 
direita, outro para esquerda: 
 
6 4 2 1 3 5 7 
 
 
Mesa par: ninguém fica no centro da mesa. É considerado um centro imaginário 
a partir do qual são colocadas as autoridades. A primeira pessoa mais importante fica à 
direita do centro imaginário. A segunda à esquerda do centro. A terceira pessoa fica à 
direita da primeira mais importante. A quarta à esquerda da segunda, e assim por diante, 
(coloque-se no palco, de frente a plateia, na posição de um palestrante). Ainda, com 
número par de participantes, idealize um centro imaginário e coloque a pessoa mais 
importante, o número 1 à direita, e depois você distribui a sequência da precedência da 
mesma forma, um para cada lado: 
 
5 3 1 2 4 6 
 
27 
 
6 SÍMBOLOS NACIONAIS 
 
Em nosso país são quatro os símbolos nacionais: Bandeira Nacional; Hino 
Nacional; Brasão da República/Armas Nacionais; Selo Nacional. 
Os símbolos nacionais podem ser definidos como manifestações gráficas e 
musicais, de importante valor histórico, criadas para transmitir o sentimento de união 
nacional e mostrar a soberania do país. O uso e a disposição de nossos símbolos nacionais é 
regulamentado pela Lei nº5700 de 1º de setembro de 1971. 
Dos quatro símbolos, a Bandeira Nacional e o Hino Nacional são os mais 
importantes para uma equipe de cerimonial em termos da necessidade de conhecimento do 
uso de cada um. No entanto, para fins de conhecimento, registra-se: 
 
 Armas Nacionais: É o escudo usado na frontaria de edifícios oficiais e nos 
documentos oficiais, segundo Decreto no 80.739, de 14 de novembro de 1977. 
(EGOV, 2019) 
 
 
 Selo Nacional: Foi estabelecido para autenticar os atos do governo e os diplomas e 
certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficial ou reconhecidos. 
(EGOV, 2019) 
 
 
28 
 
6.1. BANDEIRA NACIONAL 
 
 A Bandeira Nacional pode aparecer em todos os eventos oficiais e privados que 
ocorrem no país e, em todas as apresentações no território nacional, deve ocupar lugar de 
honra. Assim, é sempre colocada no centro ou à direita do ponto central quando alinhada 
com outras bandeiras e à direita de tribunas, mesas de reunião ou de trabalho. O essencial é 
que esteja em lugar destacado e de fácil visualização. 
 As regras quanto à disposição da Bandeira são as seguintes: 
 Em composição com as bandeiras dos Estados brasileiros, a Bandeira Nacional, é 
colocada ao centro, seguindo a ordem de constituição histórica. 
 Quando o número de bandeiras for par, a Bandeira Nacional ocupa o lugar do centro, 
à direita seguindo essa mesma ordem. 
 Em relação ao “lugar de honra”, o artigo 31 do Decreto nº 70.274 de 1972 diz que 
este lugaré: 
 Central ou o mais próximo do centro e à direita deste, quando com outras 
bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos 
ou peças semelhantes. 
 Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou 
desfiles. 
 À direita de tribunais, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho. 
E no parágrafo único do artigo: Considera-se direita de um dispositivo de 
bandeira a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a 
plateia ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo. 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Frisa-se ainda os demais aspectos, constantes na Lei 5.700/1971: 
 
 Pode ser usada: hasteada em mastros ou adriças (edifícios públicos, casa, 
embarcações, templos); distendida e sem mastro em aviões ou balões. 
 Quando a Bandeira Nacional permanecer hasteada à noite, deve estar sempre 
iluminada. 
 A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia. Sugere-
se, no entanto: 8h (hasteamento) e 18h (arriamento). No dia 19 de novembro, 
quando é comemorado o Dia da Bandeira, ela é hasteada ao meio dia. 
 Quando estiverem sendo hasteadas várias bandeiras, a Bandeira Nacional deve ser 
a primeira a atingir o topo; e, no arriamento, a última a descer. 
 Quando a Bandeira Nacional for hasteada em eventos, deve ser sempre com a 
execução do Hino Nacional Brasileiro. A maior autoridade presente no evento 
deve hasteá-la. 
 Quando o Presidente da República decretar luto nacional, a Bandeira deve ficar a 
meio mastro. No entanto, ao ser hasteada, ela deve atingir primeiramente o topo 
e, logo em seguida, ser descida até meio mastro. 
 
6.1.1 – DISPOSIÇÃO DAS BANDEIRAS 
 
Os princípios para a colocação de bandeiras de diversas entidades são: 
 
1. As Bandeiras Nacionais são intercaladas à direita e à esquerda da Bandeira 
Nacional local. 
2. As bandeiras dos Estados são colocadas sucessivamente à direita e à esquerda das 
Estrangeiras, obedecendo ao critério de precedência que lhes corresponde. 
3. As bandeiras de Instituições serão postas à direita e à esquerda das Estaduais. 
4. As bandeiras das Empresas se situam à direita e à esquerda das institucionais, 
sendo colocadas por ordem alfabética ou de acordo com o critério para 
precedências decidido pelas empresas participantes. 
 
 
 
 
31 
 
6.2 – HINO NACIONAL 
 
 Como Símbolo Nacional, o Hino Nacional tem normativas presentes no Decreto 
Lei 70.274/1972 e na Lei 5700/71. 
A execução em sessões cívicas, cerimônias religiosas a que se associe um sentido 
patriótico e para exprimir regozijo público em ocasiões festivas é facultativa. (Art. 25, § 3º, 
Lei 5700/1971). No entanto, quando se optar pela execução, esta deve acontecer no início 
da solenidade, logo após a composição da mesa e a saudação das autoridades. 
Por ser um símbolo federal, deve ser executado com todo o cuidado. É sempre 
prudente verificar a qualidade do som reproduzido. 
É uma indicação de respeito quando todos – público e membros da mesa – voltam-
se em direção às bandeiras durante a execução do Hino, mas esta não é uma conduta 
obrigatória. 
O Hino poderá ser executado por bandas de música, orquestras sinfônicas, cd´s ou 
qualquer outra mídia, conforme a ocasião e o bom senso. 
Na presença de altas autoridades, por exemplo, o ideal é que o Hino seja executado 
por uma banda, um coral ou uma orquestra. 
 Quanto aos aplausos ao Hino Nacional, não há uma regra. Alguns consideram que 
o trecho da Lei 5700/71, em seu Art.30 que diz: “[...]durante a execução do Hino Nacional, 
todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com 
a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas 
corporações”. “Parágrafo único: é vedada qualquer outra forma de saudação” teria sido o 
motivo das não recomendações para os aplausos ao Hino; outros entendem que ninguém 
aplaude o que não gosta e, assim, as palmas são também uma forma respeitosa em relação a 
este Símbolo Nacional. Sendo assim, esta ainda é uma questão em aberto, sem uma 
legislação pertinente. 
32 
 
7 – EQUIPE DE CERIMONIAL 
 
 Vários são os profissionais que atuam em um trabalho de cerimonial: 
 
 Mestre de cerimônias: 
 É a pessoa que apresenta o cerimonial, ou seja, quem conduz a cerimônia; 
 Dá o tom ao cerimonial, pela sua postura e atitude; 
 Geralmente é alguém contratado com boa dicção, voz imponente; 
 São atribuições conferidas a este profissional: seguir a pauta traçada; checar as 
instalações do púlpito; posição das bandeiras; o funcionamento de microfones e 
materiais audiovisuais; número de cadeiras da mesa diretiva, e administrar as 
recepcionistas. Também compete a esse profissional, a execução de hinos, 
presença de autoridades, confirmação de pronunciamentos; ler, cuidadosamente 
os nomes das autoridades; além de claro, checar todo o roteiro do evento com a 
comissão responsável. 
 São características importantes a este profissional: Boa voz; Dicção fluente (por 
meio de uma boa leitura); Boa aparência; Saber elaborar o “Roteiro” e o “Script”; 
Conhecer as normas básicas da Ordem de Precedência; Ser discreto; Ter calma e 
tranquilidade; Ser pontual; Ter experiência com o público; Inteirar-se da 
realidade (evento) que o cerca. 
 E ainda: Saber ouvir as pessoas (clientes, chefes); mostrar conhecimento do 
assunto do evento; discutir os assuntos do evento; exercitar o bom senso; Impor 
sem agredir; Ser cortês e diplomático; Vestir-se com elegância; Exercitar 
(praticar) a boa higiene; Ter paciência com as pessoas envolvidas no evento 
(autoridades, público, recepcionistas, auxiliares, etc); Realizar seu trabalho com 
profissionalismo. 
 
Um evento pode acontecer com ou sem a presença do mestre de cerimônias; tudo 
depende da sua abrangência e finalidade. Por exemplo, em eventos pequenos, o próprio 
anfitrião pode receber os convidados, fazer a saudação inicial e conduzir os 
pronunciamentos. Contudo, para organização do cerimonial, a presença do mestre de 
cerimônia é muito relevante. 
Dificilmente uma solenidade terá o efeito desejado de correção, beleza, harmonia, 
sequência de roteiro, pauta e tudo mais, se não for conduzida por um competente mestre de 
33 
 
cerimônia. Por mais importante que seja a autoridade, uma solenidade será melhor 
desenvolvida ou conduzida por um Mestre de Cerimônias do que com o gerenciamento 
partindo da presidência da mesma. 
Em cerimonial, diz-se que o Mestre de Cerimônias atua como quem trabalha em circo: 
arma o circo, apresenta o espetáculo, desarma o circo e enrola a lona. Em cerimonial o 
Mestre de Cerimônia é o primeiro a chegar e o último que se retira. 
 
 Cerimonialista: 
 É quem estabelece o protocolo, cuida dos detalhes e monta o cenário da 
solenidade. 
 Recepcionistas: 
 Têm a responsabilidade de encaminhar e orientar corretamente os convidados. 
Devem estar aptas (os) a fornecer os diversos tipos de informações como: local de 
telefones, banheiros, programação do evento, etc. 
 Não são um mero objeto decorativo, mas pessoas qualificadas para desempenhar 
uma função de vital utilidade num evento pequeno ou grande. Contudo, devem ter a 
apresentação ideal, com o uniforme adequado para cada tipo de evento, além da 
maquiagem que deve ser discreta e com acessórios discretos, sem exageros. 
 São questões fundamentais para esses profissionais: Boa aparência; 
Desenvoltura; Elegância; Eficiência; Simpatia; Boa Vontade; Pontualidade; 
Disciplina; Responsabilidade. 
 
 Funcionários terceirizados: Dependendo do tipo de evento tem-se uma demanda 
específica de pessoal. Caberá ao organizador definir os profissionais que serão 
necessários àquele evento: manobrista, segurança, porteiro, fotógrafo, intérprete, 
locutor, etc. 
 
 
De modo geral toda a equipe de cerimonial, independente da função deve se atentarpara algumas questões: 
 
 Não deve se vestir ou se comportar de maneira que as atenções se voltem a ela, mas 
sim, ao seu trabalho. 
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 Deve usar cabelos presos, roupa discreta, social e em tons neutros (geralmente o mais 
usado é preto) e evitar acessórios da moda ou chamativos. 
 O espírito de colaboração deve predominar entre os que compõem a equipe de 
trabalho. As boas maneiras devem predominar todas as suas atividades. 
 
8 ROTEIRO E SCRIPT 
 
 Roteiro: 
 Trata-se de um resumo de todas as fases do evento em tópicos e vai 
determinar o script. 
 Deve ser claro em sua apresentação, fornecendo todas as informações 
sobre o evento (horário, intervalos, pronunciamentos e etc.) e deve conter 
espaços para anotações de última hora entre as linhas. 
 Utilizado pelo chefe do cerimonial para auxiliar os componentes da mesa 
de honra e os funcionários que trabalham na solenidade 
 Documento menos detalhado do que o script 
Modelo: 
 
 Script: 
 Mais detalhado que o roteiro 
 Indicação do que será falado pelo mestre de cerimônias durante o evento 
 Traz informações que auxiliam não só o mestre de cerimônias, mas as 
autoridades 
 Texto que se destina a ser lido por locutores ou radioatores ou decorado pelos 
artistas de cinema e televisão 
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 Contém além do texto do mestre de cerimônias, os tópicos determinados no 
roteiro, indicando a ação e o que deve ser falado para concretizar essa ação. 
 
Modelo:

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