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Direit� da� Obrigaçõe� Obrigação é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra prestação economicamente apreciável. Relação jurídica transitória, existente entre um sujeito ativo, denominado credor, e outro sujeito passivo, o devedor, e cujo objeto consiste em uma prestação situada no âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa. Havendo o descumprimento ou inadimplemento obrigacional, poderá o credor satisfazer-se no patrimônio do devedor. Portanto, o direito das obrigações compreende apenas aqueles vínculos de conteúdo patrimonial, que se estabelecem de pessoa a pessoa, colocando-as, uma em face da outra, como credora e devedora, de tal modo que uma esteja na situação de poder exigir a prestação e a outra, na contingência de cumpri-la. A principal finalidade do direito das obrigações consiste em fornecer meios ao credor para exigir do devedor o cumprimento da prestação. As figuras híbridas ou intermédias se situam entre o direito pessoal e o direito real. Espécies de figuras híbridas A) OBRIGAÇÕES PROPTER REM (“POR CAUSA DA COISA”) Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real, sendo que essa obrigação só existe em razão da titularidade do domínio ou pelo fato de possuir determinada coisa. Recai sobre uma pessoa. Essa obrigação pode superar o valor do bem principal e podem permanecer, mesmo havendo perecimento da coisa. Características: ● Provêm da existência de um direito real, impondo-se a seu titular. ● A transmissão ocorre automaticamente, se o direito de que se origina é transmitido, a obrigação o segue. B) ÔNUS REAIS São obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes (para todos). Aderem e acompanham a coisa, por isto se diz que quem deve é esta e não a pessoa. As obrigações de ônus reais se limitam ao valor da coisa e desaparecem, ao perecer o objeto. C) OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL São as que, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Obrigação, dever jurídico, ônus jurídico, direito potestativo e estado de sujeição obrigação: É o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório (extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa prestação economicamente aferível. Dever Jurídico: É a necessidade que tem toda pessoa de observar as ordens ou comandos do ordenamento jurídico, sob pena de incorrer numa sanção. Ônus jurídico: Consiste na necessidade de se observar determinada conduta para satisfação de um interesse. Direito potestativo e estado de sujeição: Direito potestativo é o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este possa fazer algo que não se sujeitar. Consiste em um poder de produzir efeitos jurídicos mediante a declaração unilateral de vontade do titular, gerando em outra pessoa um estado de sujeição. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA OBRIGAÇÃO ● Elemento subjetivo: sujeitos da relação jurídica (sujeito ativo ou credor e sujeito passivo ou devedor). ● Elemento objetivo ou material: objeto/prestação ● Elemento imaterial: vínculo jurídico entre as partes. Sujeitos da relação obrigacional (elemento subjetivo): O sujeito ativo é o credor da obrigação, tendo o direito de exigir o cumprimento da prestação prometida pelo devedor. O sujeito passivo é o devedor, a pessoa sobre a qual recai o dever de cumprir a prestação convencionada. OBS: Extingue-se a obrigação desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor (art. 381, CC). Os sujeitos da obrigação, tanto o ativo como o passivo, podem ser pessoa natural ou jurídica, de qualquer natureza. Devem ser, contudo, determinados ou, ao menos, determináveis. Objeto da relação obrigacional (elemento objetivo): Objeto da obrigação é sempre uma conduta ou ato humano: dar, fazer ou não fazer. E se chama prestação, que pode ser positiva (dar, fazer) ou negativa (não fazer). Portanto, é a ação ou omissão a que o devedor fica adstrito e que o credor tem o direito de exigir. Vínculo jurídico da relação obrigacional (elemento imaterial abstrato): Vínculo jurídico da relação obrigacional é o liame existente entre o sujeito ativo e o sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação. O vínculo jurídico compõe-se de dois elementos: débito e responsabilidade. Débito (shuld) consiste no dever legal, imposto ao devedor, de cumprir a obrigação. Uma vez cumprida, ela se extingue. Na responsabilidade (haftung) se faculta ao credor atacar e executar o patrimônio do devedor a fim de obter o pagamento devido ou indenização pelos prejuízos causados em virtude do inadimplemento de obrigação originária na forma previamente estabelecida. FONTES DAS OBRIGAÇÕES: Estudar as fontes significa investigar como nascem e se formam, de onde surgem e por que determinada pessoa passa a ter o dever de efetuar determinada prestação para outra. Quando a obrigação nasce diretamente de uma lei, tem-se um fato jurídico que se enquadra tipicamente no modelo normativo. Assim, sempre que surgir obrigação terá havido um fato jurídico que lhe deu causa. FONTES DAS OBRIGAÇÕES NO DIREITO ROMANO Consideravam-se aí “contrato” não apenas as convenções, mas todo ato jurídico lícito que fizesse nascer uma obrigação, como a gestão de negócios e o pagamento indevido. a) Contratos: Convenção entre as partes; b) Quase-contratos: Ato de uma pessoa permitido por lei, que a obriga para com outra ou obriga uma outra pessoa para com ela, sem que entre elas intervenha convenção alguma d) Quase-delitos: corresponde ao crime culposo (negligência, imprudência ou imperícia); c) Delitos: ação antijurídica praticada dolosamente; VISÃO MODERNA DAS FONTES DAS OBRIGAÇÕES Sílvio Rodrigues entende que as obrigações, “sempre têm por fonte a lei, sendo que alguns casos, embora esta apareça como fonte mediata, outros elementos despontam como causadores imediatos do vínculo. assim, a vontade humana ou o ato ilícito”. Seguindo esse ponto de vista, o autor classifica as obrigações em três categorias: ● as que têm por fonte imediata a vontade humana: São obrigações que derivam diretamente da vontade tanto os contratos, nos quais existem duas vontades, como as manifestações unilaterais, tal como na promessa de recompensa. ● as que têm por fonte imediata o ato ilícito: O ato ilícito, por sua vez, constitui fonte de obrigações aquelas situações que provêm de ação ou omissão culposa ou dolosa do agente que causa dano à vítima, “aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo”. ● as que têm por fonte imediata a lei: Há obrigações decorrentes imediatamente da lei, como no caso de obrigação de prestar alimentos ou obrigação de reparar o dano, nos casos de responsabilidade decorrente da teoria do risco. Conclui o autor, porém, que, em todos os casos analisados, A LEI É SEMPRE FONTE REMOTA DA OBRIGAÇÃO, POIS, EM ÚLTIMA ANÁLISE, SÓ HÁ OBRIGAÇÃO SE O ORDENAMENTO JURÍDICO O ADMITIR. As fontes das obrigações podem ser: Contrato, lei, declarações unilaterais de vontade, ato ilícito, Títulos de crédito CONTRATO Acordo de duas ou mais pessoas no intuito de criarem entre si uma relação obrigatória. LEI Inicialmente, é de se notar que, em alguns casos, a lei sozinha é sim fonte obrigacional, tal como ocorre na obrigação de prestar alimentos. A lei é considerada fonte comum de todas as demais obrigações. DECLARAÇÕES UNILATERAIS DE VONTADE: A obrigação nasce da simples declaração de uma única parte, formando-se no instante em que o agente se manifesta com a intenção de assumir um dever obrigacional. PROMESSA DE RECOMPENSA (ARTS. 854 A 860 CC): Art. 854. Aquele que, por anúnciospúblicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. Art. 855 (artigo que valoriza a eticidade, boa-fé objetiva). Incide quando, mesmo sem saber da recompensa, cumpre-se a condição. Ex: quem localizar animal perdido cuja recompensa esteja sendo oferecida, mesmo sem saber da recompensa e faz a entrega. Terá direito a receber a recompensa. Art. 856: “Revogação da promessa é possível se ocorrer antes de prestado o serviço ou preenchida a condição e desde que seja feita com a mesma publicidade da declaração. Se for fixado um prazo para a execução da tarefa, haverá, em regra, renúncia ao direito de revogação na vigência desse prazo. No caso de revogação da promessa, se algum candidato de boa-fé tiver feito despesas, terá direito a reembolso quanto a tais valores. Discute-se se haverá direito à recompensa se o candidato tiver executado a tarefa a contento, não sabendo da revogação da estipulação. Pela valorização da boa-fé e pelo que consta do art. 855, o presente autor entende que a resposta não pode ser outra que não a positiva. Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que houver feito despesas, terá direito a reembolso. SÃO REQUISITOS PARA A PROMESSA DE RECOMPENSA: 1. capacidade da pessoa que emite a declaração de vontade; 2. licitude e possibilidade do objeto; 3. o ato de publicidade. JURISPRUDÊNCIA ELENCA OS SEGUINTES REQUISITOS: 1. publicidade da promessa; 2. especificação da condição a ser preenchida; 3. indicação da respectiva recompensa. GESTÃO DE NEGÓCIOS (ARTS. 861 A 875 CC): Entende-se por gestão de negócios a atuação de um indivíduo, sem autorização do interessado, na administração de negócio alheio, segundo interesse e a vontade presumível de seu dono, assumindo a responsabilidade civil perante este e as pessoas com que tratar. Observa-se na gestão uma atuação sem poderes, uma hipótese em que a parte atua sem ter recebido expressamente a incumbência. Art. 862. Se a gestão foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até pelos casos fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abatido. Ou seja, se for contra a vontade do dono os atos se tornam ilícitos, e o gestor vai responder se houver prejuízos fica obrigado a ressarcir. Art. 869. Se o negócio for utilmente administrado, cumprirá ao dono as obrigações contraídas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessárias ou úteis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso, respondendo ainda pelos prejuízos que este houver sofrido por causa da gestão. Nos casos de pensão alimentícia se um terceiro fazer o pagamento no lugar do devedor, fica este responsável por pagar ressarcir o pagamento ao terceiro mesmo que não ratifique o ato. Nos casos de enterro, desde que respeitados os costumes do local, se um terceiro fazer o pagamento a pessoa que teria a obrigação alimentar do falecido pode ser cobrado das despesas feitas pelo terceiro mesmo que o falecido não tenha deixado bens. Se ficar provado que o terceiro praticou um ato de caridade inexiste o ato de ressarcir. PAGAMENTO INDEVIDO (ARTS. 876 A 883 CC) O enriquecimento sem causa é o gênero, do qual o pagamento indevido é a espécie. Havendo pagamento indevido agirá a pessoa com intuito de enriquecimento sem causa, visando o locupletamento sem razão. O pagamento indevido é ato ilícito em relação a quem o recebeu; Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA: Tem por finalidade remover de um patrimônio os acréscimos patrimoniais indevidos. O enriquecimento sem causa é fato jurídico em sentido estrito, pois pode decorrer sem qualquer manifestação de vontade das partes envolvidas, a exemplo da avulsão. Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restitui-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. Na obrigação decorrente do enriquecimento ilícito, a causa reside no acréscimo patrimonial injustiçado e a finalidade é a restituição ao patrimônio de quem empobreceu. ATO ILÍCITO Os fatos lícitos podem dar origem a obrigações sempre que se estabelecer relação jurídica de credor e devedor, a exemplo dos negócios jurídicos. VIOLAM OS DIREITOS DA PESSOA CAUSANDO DANOS A ELAS. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. TÍTULOS DE CRÉDITO Os títulos de crédito são, também, atos unilaterais, nesse sentido amplo. Na atualidade, assumiram natureza eminentemente empresarial, razão por que melhor se qualificariam como obrigações mercantis ou empresariais. art.887. o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos em lei. Obrigação de dar As obrigações de dar assumem a forma de entrega ou restituição de determinada coisa pelo devedor ao credor. Os atos de entregar e restituir podem ser resumidos em uma única palavra: tradição. Divide-se em dois tipos: obrigação de dar coisa certa e obrigação de dar coisa incerta. Obrigação de dar coisa certa A coisa certa é aquela que possui: gênero + quantidade + individualização, distinguindo-a das demais por características próprias. Nessa modalidade de obrigação, o devedor se compromete a entregar ou a restituir ao credor um objeto perfeitamente determinado, que se considera em sua individualidade. Na obrigação de dar coisa certa, o devedor é obrigado a entregar ou restituir uma coisa inconfundível com outra. O devedor de coisa certa não pode entregar coisa diversa, ainda que mais valiosa, nem o credor é obrigado a recebê-la. Dispõe o art. 313 do Código Civil: “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.” A entrega de coisa diversa da prometida importa modificação da obrigação, denominada novação objetiva, que só pode ocorrer havendo consentimento de ambas as partes. Do mesmo modo, a modalidade do pagamento não pode ser alterada sem consentimento destas. Ainda, o credor de coisa certa não pode pretender receber outra ainda de valor igual ou menor que a devida, e possivelmente preferida por ele, pois a convenção é lei entre as partes. E o credor também não pode exigir coisa diferente, ainda que menos valiosa. No direito brasileiro, o contrato, por si só, não transfere o domínio, visto que apenas gera a obrigação de entregar a coisa alienada, enquanto não ocorrer a tradição, a coisa continuará pertencendo ao devedor, “com seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação (art. 237,CC). A tradição pode ser: ● Real: quando envolve a entrega efetiva e material da coisa; ● Simbólica: quando representada por ato que traduz a alienação, como a entrega das chaves do veículo vendido. ● Ficta: ............. OBS: se a coisa teve melhoramento ou acréscimo, “sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização” (art. 241, CC). HIPÓTESES DE BOA E DE MÁ-FÉ DO DEVEDOR Estando o devedor de boa-fé, tem direito à indenização dos melhoramentos ou aumentos necessários e úteis; quanto aos voluptuários, se não for pago do respectivo valor, este pode levantá-los, quando opuder, sem detrimento da coisa e caso o credor não prefira ficar com eles, indenizando o seu valor. Se o devedor estava de má-fé, ser-lhe-ão ressarcidos somente os melhoramentos necessários. ABRANGÊNCIA DOS ACESSÓRIOS Quanto à extensão, prescreve o art. 233 do Código Civil: “A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.” É uma decorrência do princípio da gravitação jurídica, universalmente aplicado, segundo o qual o acessório segue o destino do principal. OBS: principal é o bem que tem existência própria, que existe por si só e acessório é aquele cuja existência depende do principal. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR A obrigação de dar coisa certa se dá mediante entrega ou restituição. Porém, às vezes, a obrigação de dar não é cumprida porque, antes da entrega ou da restituição, a coisa pereceu ou se deteriorou, com culpa ou sem culpa do devedor. ● Perecimento significa perda total; e deterioração, perda parcial da coisa. O princípio básico que norteia as soluções apresentadas vem do direito romano; res perit domino, ou seja, a coisa perece para o dono. PERECIMENTO SEM CULPA E COM CULPA DO DEVEDOR ● Caso de perda sem culpa do devedor: prescreve o art. 234, primeira parte, do Código Civil que, se “a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes”. Ou seja, a obrigação extingue-se para ambas as partes, que voltam à primitiva situação. Se o vendedor já recebeu o preço da coisa, deve devolvê-lo ao adquirente, em virtude da resolução do contrato, sofrendo, por conseguinte, o prejuízo decorrente do perecimento. Porém, não está obrigado a pagar perdas e danos. ● Caso de perecimento da coisa com culpa do devedor: a culpa acarreta a responsabilidade pelo pagamento de perdas e danos. Neste caso, tem o credor direito a receber o seu equivalente em dinheiro, mais as perdas e danos comprovados. Dispõe o art. 234, segunda parte, do Código Civil: “se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos”. As perdas e danos compreendem o dano emergente e o lucro cessante, ou seja, além do que o credor efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de ganhar (art. 402, CC) DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM CULPA DO DEVEDOR ● Inexistência de culpa do devedor pela deterioração da coisa: não havendo culpa, poderá o credor optar por resolver a obrigação, por não lhe interessar receber o bem danificado, voltando as partes, neste caso, ao estado anterior, ou aceitá-lo no estado em que se acha, com abatimento do preço, proporcional à perda. Dispõe o art. 235 do Código Civil: “Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu”. ● Existência de culpa do devedor: as alternativas deixadas ao credor são as mesmas do art. 235 do CC (resolver a obrigação, exigindo o equivalente em dinheiro, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu”, mas com direito em qualquer caso, à indenização das perdas e danos comprovados, conforme art. 236 OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR Caracteriza-se pela existência de coisa alheia em poder do devedor, a quem cumpre devolvê-la ao dono. Perecimento sem culpa e com culpa do devedor: ● Perecimento sem culpa do devedor: dispõe o art. 238 do CC: “Se a obrigação for de restituir coisa certa, e está, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor pela perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda”. ● Perecimento com culpa do devedor: dispõe o art. 239 do CC: “Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos” (equivalente em dinheiro + perdas e danos). Deterioração sem culpa e com culpa do devedor ● Deterioração sem culpa do devedor: estatui o art. 240, CC, que, “se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização”. ● Deterioração com culpa do devedor: observar-se-á o disposto no art. 239, ou seja, responderá o devedor pelo equivalente em dinheiro, mais perdas e danos. Obrigação de dar coisa incerta Artigo 243, CC: “A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”. A expressão “coisa incerta” indica que a obrigação tem objeto indeterminado, mas não totalmente, porque deve ser indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. A principal característica dessa modalidade de obrigação reside no fato de o objeto ou conteúdo da prestação, indicado genericamente no começo da relação, vir a ser determinado por um ato de escolha, no instante do pagamento. ESCOLHA E CONCENTRAÇÃO A determinação da qualidade da coisa incerta perfaz-se pela escolha. Feita esta, e cientificado o credor, acaba a incerteza e a coisa torna-se certa, vigorando, então, as normas anteriores, que tratam das obrigações de dar coisa certa. Preceitua o art. 245 do Código Civil: “Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente”. O ato unilateral de escolha denomina-se CONCENTRAÇÃO. A quem compete o direito de escolha? “Nas coisas determinas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Portanto, a escolha somente competirá ao credor se o contrato assim dispuser. Sendo omisso nesse aspecto, ela pertencerá ao devedor. Porém, o dispositivo estabelece limites a essa escolha, dispondo que “não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”. Deve, portanto, guardar o meio-termo entre os congêneres da melhor e da pior qualidade. OBS: Se dá coisa a ser entregue, só existirem duas qualidades, pode-se o devedor entregar qualquer delas, até mesmo a pior. Caso contrário, escolha não haverá. Ainda, as partes podem convencionar que a escolha competirá a terceiro, estranho à relação obrigacional. Dispõe o art. 246 do CC: “Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito”. É só a partir do momento da escolha (cientificação ao credor) que ocorrerá a individualização e a coisa passará a aparecer como objeto determinado da obrigação. Antes disso, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração, ainda que por força maior ou caso fortuito, pois o gênero nunca perece. Obrigações de fazer Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. Art. 248. Se a prestação do fato se tornar impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. “A obrigação de dar se diferencia da de fazer em razão da preponderância dos atos para a realização da prestação devendo-se verificar se o dar é ou não consequência do fazer. Se o devedor tiver que confeccionar a coisa para depois entregá-la, a obrigação é de fazer; se, ao contrário o devedor não tiver previamente de fazer a coisa, a obrigação é de dar. Portanto, existem situações que englobam simultâneas ou consecutivas obrigações de dar e fazer.” Classificação das obrigações de fazer: OBRIGAÇÕES DE FAZER DURADOURAS: São aquelas que se protraem no tempo de forma continuada (pintura em tela), ou de modo periódico, mediante trato sucessivo (funcionário encarregado de abertura das salas todas as manhãs, jornalista que deve escrever semanalmente para jornal etc.) OBRIGAÇÕES DE FAZERINSTANTÂNEAS: são aquelas que se aperfeiçoam em um único momento. OBRIGAÇÕES DE FAZER FUNGÍVEIS: A regra é a fungibilidade das prestações! Ocorrerá quando outra pessoa puder dar-lhe cumprimento sem prejuízo do credor. Ex: Pintar um muro, salvo se exigir uma técnica especial. Instalar um telhado, com a mesma ressalva etc. OBRIGAÇÕES DE FAZER INFUNGÍVEIS: Só pode ser prestada pelo devedor. Ex: show de um artista, cirurgia por um afamado cirurgião plástico etc. A infungibilidade é aferida na concretude do caso, sempre que as circunstâncias para ela apontem, mesmo que não exista convenção expressa nesse sentido. A infungibilidade por se dar por convenção (só por ele imposta) ou por natureza (só por ele exequível). OBS: As obrigações de dar podem ser prestadas por terceiro, mediante o pagamento Art. 304 do CC. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO: Art. 439 do CC. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Art. 440 do CC. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Impossibilidade e o inadimplemento da obrigação de fazer: Impossibilidade inicial: Se a impossibilidade inicial for de caráter absoluto (para todos e não só para o devedor), a solução é a nulidade do negócio jurídico. Ex: alguém se obriga a dar a volta ao mundo a pé em um dia. ⇒ Se a impossibilidade inicial for relativa (apenas do devedor, podendo ser cumprida por outrem), dependerá da natureza da obrigação: quando personalíssima, será objetivamente impossível o cumprimento; mas se puder ser executada por terceiro, o devedor assume o risco de prestá-la, ainda que realizada por terceiro. Impossibilidade superveniente: ART. 248 CC ⇒ Motivo de doença = parte inicial do artigo ⇒ Viagem de férias = final do artigo Art. 399 do CC. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Convém lembrar que, encontrando-se em mora ao tempo da impossibilidade de cumprimento, não poderá se exonerar da obrigação de indenizar, mesmo demonstrando a ocorrência do fortuito. Aplica-se na literalidade o art. 399 do Código Civil, cuja sanção é a perpetuação da obrigação. (FARIAS, ROSENVALD, op. cit. p. 186) ART. 249 do CC: Cuidado com o enriquecimento sem causa do credor. Apenas autoriza-se a indenização de outros prejuízos que o inadimplemento lhe cause. Haveria enriquecimento se ele recebesse de volta o que pagou e ainda obrigasse o inadimplente a pagar ao terceiro o adimplemento. Obrigação de não fazer Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. OBS: Artigo 5º, inc. II: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Art. 1.147 do CC. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. É inconstitucional. Por ser desproporcional. Ponto 3 Classificação das obrigações quanto aos elementos: OBRIGAÇÕES SIMPLES OU MINIMALISTAS = um credor, um devedor e uma prestação. OBRIGAÇÕES PLURAIS, COMPOSTAS OU COMPLEXAS = pluralidade de sujeitos ou objetos. Subdividem-se em: ∙ Objetivas: formadas pela multiplicidade de objetos. Se subdividem em: Alternativas, facultativas e cumulativas. ∙ Subjetivas: formadas pela multiplicidade de sujeitos. Se subdividem em fracionárias, solidárias e (in)divisíveis. OBRIGAÇÕES COMPOSTAS OBJETIVAS: OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: É aquela que compreende dois ou mais objetos e extingue-se com a prestação de apenas um. Segundo Karl Larenz, existe obrigação alternativa quando se devem várias prestações, mas, por convenção das partes, somente uma delas há de ser cumprida, mediante escolha do credor ou do devedor. Essa alternativa pode estabelecer-se entre duas ou mais coisas, entre dois ou mais fatos ou até entre uma coisa e um fato. ⇒ Caráter unitário da obrigação alternativa: “...a particularidade das obrigações alternativas reside no fato de que, apesar da pluralidade de prestações possíveis e distintas, estas se excluem no pressuposto de que apenas uma delas deverá ser satisfeita”. ⇒ Vantagens da obrigação alternativa: aumentam, por parte do devedor, as perspectivas de cumprimento e diminuem os riscos a que os contratantes se acham expostos. ⇒ Plures sunt in obligatione, uma autem in solutione (muitas coisas estão na obrigação, mas somente uma no pagamento): “As prestações são múltiplas, mas efetuada a escolha, quer, pelo devedor, quer pelo credor, individualiza-se a prestação e as demais ficam liberadas, como se, desde o início, fosse a única objetivada na obrigação ⇒ Princípio da Identidade física e imaterial das obrigações (indivisibilidade do pagamento): Vedação do parcelamento da prestação quando não estipulado. Ver art. 252, §1º do CC. Obrigação alternativa / Dação em pagamento A dação em pagamento é modo extintivo de obrigações simples., através da substituição do objeto de uma obrigação por outro objeto, ao tempo do pagamento. Direito de escolha: Quem pode escolher: Mesmas regras, nesse ponto, das obrigações de dar coisa incerta. (art. 252 do CC) OBS: “Não é aplicável à escolha da prestação, nas obrigações alternativas, o princípio jurídico do meio-termo ou da qualidade média: o titular do direito de escolha pode optar livremente por qualquer das prestações in obligatione, porque todas elas cabem no círculo das prestações previstas pelas partes. O direito de escolha é transmissível aos herdeiros, quer pertença ao devedor, quer pertença ao credor. Escolha por sorteio: Admite-se. Art. 817 do CC. O sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns considera-se sistema de partilha ou processo de transação, conforme o caso. Escolha deferida a terceiro: Art. 252 do CC: § 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. § 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. Concentração: Com a concentração a obrigação se transforma em simples. “Só será devido o objeto escolhido, como se fosse ele o único, desde o nascimento da obrigação. Com efeito, a concentração retroage ao momento da formação do vínculo obrigacional. Porque todas as prestações alternativas se achavam já in obligatione. Não se exige forma especial para a comunicação. Basta a declaração unilateral da vontade. Sem necessidade da aceitação. Comunicada a escolha, a obrigação se concentra no objeto determinado, não podendo mais ser exercido o jus variandi. Torna-se ela definitiva e irrevogável, salvo se em contrário dispuserem as partes ou a lei. Todavia, na falta de comunicação, o direito de mudar a escolha pode ser exercido pelo devedor até o momento de executar a obrigação, e pelo credor, até o momento em que propõe a ação de cobrança”. Prazo para o exercício da opção: Art. 571 do CPC. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couberao devedor, este será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não ilhe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença. § 1o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercitou no prazo marcado. § 2o Se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicial da execução. OBS: A negligência tanto do devedor quanto do credor pode implicar em decadência do direito de escolha. Impossibilidade das prestações: importante! Hipótese da escolha do devedor: Impossibilidade material: trata-se de impossibilidade originária ou superveniente por causa não imputável a nenhuma das partes. Ex: Livro esgotado em estoque, não fabricação de determinado produto, imóvel que deixa de ser entregue porque fora desapropriado. Impossibilidade jurídica: Se a impossibilidade é jurídica, por ilícito um dos objetos (praticar um crime, por ex.), toda a obrigação fica contaminada de nulidade sendo inexigíveis ambas as prestações. Se uma delas, desde o momento da celebração da avença, não puder ser cumprida em razão de impossibilidade física, será alternativa apenas na aparência, constituindo, na verdade, uma obrigação simples. Impossibilidade superveniente: SEM CULPA DO DEVEDOR E COMPETINDO A ELE A ESCOLHA: 1) se a impossibilidade atinge um objeto, subsistem os demais ou o remanescente; 2) se a impossibilidade atinge todos os objetos, extinguir-se-á a obrigação. COM CULPA DO DEVEDOR E COMPETINDO A ELE A ESCOLHA: 1) se a impossibilidade atinge um objeto, subsistem os demais ou o remanescente; 2) se a impossibilidade atinge todos os objetos, deverá pagar o valor da última que se impossibilitou, mais perdas e danos que o caso determinar. SEM CULPA DO DEVEDOR E COMPETINDO AO CREDOR A ESCOLHA: 1) se a impossibilidade atinge um objeto, subsistem os demais ou o remanescente; 2) se a impossibilidade atinge todos os objetos, extinguir-se-á a obrigação. COM CULPA DO DEVEDOR E COMPETINDO AO CREDOR A ESCOLHA: 1) se a impossibilidade atinge um objeto, pode o credor exigir a prestação subsistente ou o valor da outra que se perdeu, com perdas e danos; 2) se a impossibilidade atinge todos os objetos, pode o credor exigir o valor de qualquer delas e não somente da última que pereceu, pois a escolha é sua. OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS ou OBRIGAÇÕES COM FACULDADE ALTERNATIVA DE CUMPRIMENTO: É aquela que, tendo por objeto uma só prestação, concede ao devedor a faculdade de substituí-la por outra. O CC de 2002, assim como o de 1916 não regulamentou a matéria. É uma espécie sui generis de obrigação. “Trata-se de obrigação simples, em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultado ao devedor, e só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de prestação diversa e predeterminada. É obrigação com faculdade de substituição. O credor só pode exigir a prestação obrigatória, que se encontra in obligatione”. O exercício da faculdade de substituição não se situa no plano de desenvolvimento da obrigação, mas no do adimplemento. Obrigações facultativas ≠ Dação em pagamento se apartam as obrigações facultativas da dação em pagamento por dois motivos: o na dação em pagamento só haverá substituição da prestação com a anuência do credor, jamais lhe podendo ser imposta a extinção da obrigação; o na dação em pagamento, ao tempo da contratação, não há qualquer referência à faculdade de substituição da prestação por outra subsidiária, sendo a substituição um fato que se verifica apenas ao tempo do adimplemento.” OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS OU CONJUNTIVAS: Caracteriza-se a obrigação conjuntiva pela incidência de duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis por um único título e um único fato jurídico na origem. O devedor apenas se exonerará quando prestar as duas ou mais prestações de forma conjunta, pois, enquanto uma delas não tiver sido adimplida, poderá o credor exigi-las na totalidade do devedor, sendo-lhe lícita a recusa da oferta parcial. O descumprimento de uma das prestações significa o inadimplemento total. O CC de 2002, assim como o de 1916 não regulamentou a matéria. Aplica-se o mesmo regime das obrigações de dar. Se um contrato reúne diversas obrigações simples, distintas uma das outras, todavia interligadas, apenas haverá aparência de obrigação cumulativa, já que não oriundas do mesmo título. Se no mesmo contrato A aliena a B uma motocicleta por R$ 8,000,00 e um automóvel por R$ 15,000,00, cuida-se de duas alienações distintas. Só haverá obrigação cumulativa quando o interesse do credor está no conjunto, por isso que o devedor somente se exonerará se satisfazer todas as prestações”. Conteúdo da última aula simples: 1 credor, 1 devedor, 1 objeto. compostas: objetivas: mais de um objeto. alternativas: tanto faz, uma ou outra coisa pode ser dada. dação em pagamento: (se danou) você aceitou outra coisa no lugar de ir no cinema, que era a obrigação, exclui-se a dívida. a escolha compete a quem deve fazer, escolher. art. 252 “nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outras coisas não se estipularam”. parágrafo primeiro: não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. paragrafo segundo: quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade da opção poderá ser exercida em cada período. paragrafo terceiro: o juiz vai resolver se tem mais um paragrafo quarto: a pessoa em coma, caberá ao juiz decidir a escolha art. 253. se morreu o cavalo dá o cachorro, tanto faz. art. 254. (escolha do devedor) morreu o cavalo e o cachorro fugiu com culpa do devedor ficara obrigado a pagar o que por último se impossibilitou mais perdas e danos. art. 255. quando o credor escolhe uma das coisas e uma destas se tornar impossível por culpa do devedor o credor pode exigir o outro ou ainda o valor da que se perdeu mais perdas e danos.se as duas se perder fica o devedor responsável por pagar uma das duas além de indenizações por perdas e danos. art. 256. se morreu sem culpa do devedor morre a obrigação facultativas: (não está no código de 2002) é aquela que se dá através de uma faculdade, não é uma alternativa, você pode escolher, mas isso é estabelecido somente no início, não é uma alternativa pré-definida. se aplica igual a alternativa. conjuntivas (não estão no código de 2002) você espera o conjunto inteiro, mas só vem uma parte, quando faz um conjunto pode-se exigir o conjunto inteiro mais indenização. SUBJETIVAS: MAIS DE UMA PARTE. DEVEDORES E CREDORES. A REGRA QUANDO SE TEM MAIS DE UMA PESSOA DEVENDO OU RECEBENDO DEVEDORES E CREDORES A DIVISIBILIDADE DO CRÉDITO E DO DÉBITO EM REGRA PARTES IGUAIS. MAS QUANDO NÃO DÁ PARA DIVIDIR (CARRO) UM PAGANDO ESTA PAGA A DÍVIDA. ART. 257. HAVENDO MAIS DE UM DEVEDOR OU MAIS DE UM CREDOR EM OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL, ESTA PRESUME-SE OBJETO DIVISÍVEL: CADA UM FICA COM UMA PARTE. OBJETO INDIVISÍVEL: UM ENTREGANDO O OBJETO ESTÁ PAGO POR TODOS. QUE PAGAR PODE COBRAR DOS OUTROS. SOLIDARIAS: UM PAGOU POR TODOS. REVISÃO PONTO 1 ITEM 4: FONTES DAS OBRIGAÇÕES ITEM 4.3.2 ITEM A, B PROMESSA DE RECOMPENSA E GESTÃO DE NEGÓCIOS: ITEM 5: CARACTERÍSTICAS ITEM 6: ITEM 7: SHULT= DÉBITO RAFT= NECESSARIAMENTE DEVE ESTAR JUNTO O SHULT E RAFTEL. NÃO POIS A RESPONSABILIDADE PODE SER DE OUTRO NO CASO SE FOR UM INCAPAZ. EX PAI RESPONDE PELO FILHO. ITEM 8.2: OBRIGAÇÕES PROPTER REM PONTO 2 IMPORTANTE Quanto a prestação Item 8.1.1: obrigação de dar coisa certa: ao acessório o principal, Item 1111: respeito domino, cômodos a vaquinha, melhoramento e acréscimo 112: obrigação de dar coisa certa Obrigação de da coisa inserta 1.2 – 1.2.1 Ponto 3 Classificação: Composta – objetivas Item 2.1 estuda bem 2.1.1 Item 2.1.3 importante!! Item 2.2 Item 2.3 Princípio da equivalência das prestações: não dá para dar coisa amais nem coisa a menos Res perit domino: a coisa perece para o dono se aplica em dar coisa certa. O fenômeno da concentração se aplica ao campo da coisa inserta A coisa se transforma em certa A partir da cientificaçãoPromessa de recompensa exige os seguintes requisitos para ser perfeita: a pessoa não precisa ter conhecimento da recompensa; a promessa ser pública; a promessa pode ser revogada se for pelo mesmo meio que foi feita; pode haver concurso público com promessa e recompensa? Sim gestão de negócios é um ato unilateral acontece quando uma pessoa deixa seu patrimônio, imóvel, empresa para alguém gerenciar. NÃO não estava lá, não pediu, o gestor vai se ferrar quando o proprietário achar que não foi útil. Obrigação propter rem: obrigação própria de quem está usando a coisa O STJ entende que conta de luz, não são propter ren e sim obrigações entre RGE e proprietário É elemento .... são um vínculo que se estabelece entre devedor e credor. Diferença entre acessório e pertença Pertença agrega valores acessórios Você não cumpriu prazo da obrigação não pode alegar uma doença como motivo pois já estava em mora Fazer fungível X fazer infungível (não dá para substituir) Obrigação alternativa (tem opção desde o começo) X dação do pagamento
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