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Prof. Dr. Marcel Chehuen UNIDADE I Atletismo: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 1. Breve história do atletismo. 2. Divisão do atletismo (provas de pista, campo e combinadas). 3. Classificação das corridas. 4. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento de atletismo, metodologia para ensino e desenvolvimento do (método do jogo, global e analítico) + miniatletismo. Atletismo É um conjunto de esportes constituído por três modalidades: corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com exceção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona. Provas atléticas de pista e de campo, corridas de rua, marcha atlética, corrida por meio do campo (cross country) e corridas em montanha. Conceito de atletismo Grego: athlos = combate. Grego: athlein = competir por um prêmio. Sufixo -ismo = designar a atividade esportiva. Mais antigo desporto. Conta a história esportiva do homem no planeta. É chamado de esporte-base = movimentos naturais. Ex.: andar, correr, saltar e lançar. Conceito de atletismo Origem: ancestrais = pré-história. Sobrevivência: algumas formas de atividades naturais. 1. Andar longas distâncias: alimentos. 2. Correr: caçar ou fugir de animais. 3. Saltar: obstáculos da natureza selvagem. 4. Arremessar/lançar diferentes armas: caçar. Breve história do atletismo Era Antiga 1as provas: Competição esportiva: Olímpia: Grécia Antiga – 776 a.C. Atividades naturais (marchar, andar, correr, saltar e lançar) – transformadas em atividades de competição em festas religiosas. Início: tratado de paz entre Esparta e Elis. Depois: todas as cidades-Estados da Grécia. Disputados a cada 4 anos. Breve história do atletismo Fonte: http://www.hist- chron.com/Daeniken/ESP/profeta-del-pasado/05-01- signos-templos-en-Grecia-distancias.html Fonte: http://esporteesaude100.blogspot.com.br/2016_07_01_archive.html Olímpia Atenas Provas – 4 tipos de corridas com distâncias variadas: Estádio: corrida de 192 metros (comprimento do estádio); Diaulós: corrida de 384 metros; Dolichos: variava entre 7 e 24 estádios; Corrida das armas: atletas corriam 2 e 4 estádios, levando capacete, escudo e um tipo de arma que podia ser um gládio ou arco e flecha; Pentatlo: composto de 5 provas disputadas por um atleta na seguinte ordem: 1) lançamento do disco, 2) lançamento do dardo, 3) salto em distância, 4) corrida do estádio e 5) luta. Essa forma de disputa deu origem às provas combinadas do atletismo atual: o heptatlo e o decatlo. Breve história do atletismo Era Moderna: 1ª Olimpíada – 1896. Atenas Corridas: 100 m – 400 m; 800 m – 1500 m; 110 m com barreiras; Maratona (40 km); Saltos: altura – vara; Distância – triplo. Arremessos: Peso – disco. Breve história do atletismo Inicialmente: apenas por homens. Posteriormente: gradativamente, as mulheres iniciaram a sua participação, mas limitadas a competirem em apenas algumas das provas. Atualmente: todas as provas que compõem o atletismo são disputadas por homens e mulheres, sem distinção. Hoje: 1. Principal modalidade olímpica dos tempos modernos; 2. Considerado o “esporte de base” e o único na “categoria 1” estabelecida pelo COI. Breve história do atletismo 1912: Fundação da IAAF – International Association of Athletics Federations. www.iaaf.org/ Função: Normatizar os procedimentos para competições de atletismo. 1914: A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) filiou-se à IAAF. 1924: A CBD enviou a sua primeira equipe de atletismo aos Jogos Olímpicos da França. 1925: Campeonato Brasileiro de Atletismo. 1931: Participação nos Campeonatos Sul-americanos. Breve história do atletismo 1977: Fundação da CBAt – Confederação Brasileira de Atletismo. www.cbat.org.br/ Função: Traduz e aplica as normas da IAAF. Breve história do atletismo Por que o atletismo é considerado um esporte-base? Interatividade Por que o atletismo é considerado um esporte-base? PORQUE usa diversos movimentos naturais do ser humano como: andar, correr, saltar e lançar. Resposta Em função da complexidade e por uma questão de organização, todas as provas são distribuídas em grupos conforme suas características técnicas e físicas. Divisão do atletismo Fonte: Adaptado de: Livro-texto. ATLETISMO Pista Campo Saltos Lançamentos Corridas Marcha • Velocidade • Meio-fundo • Fundo • Rasas • Com barreiras • Com obstáculos • Revezamento • Salto em distância • Salto triplo • Salto em altura • Salto com vara Horizontais Verticais Arremesso do peso Lançamento do dardo Lançamento do disco Lançamento do martelo 400 m de extensão (ref. raia 1). 8-9 raias: numeradas de dentro para fora. 2 retas paralelas (~100 m) e 2 curvas (~100 m). Sentido da corrida: anti-horário. A linha de chegada: única (final da reta principal). Raia: 1,22 ± 0,01 cm com 5 cm de largura. Prolongamento: provas de 100 e 110 m com barreiras. Provas ≥ 200 m = escalonamento das linhas de partida. Provas de pista 1ª curva Reta de chegada ou reta principal 2ª curva Reta oposta Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/pista-de- atletismo-e-futebol-ou-campo-de-futebol-vista-superior-do- estadio-desportivo-ilustracao-vetorial_19291094.htm Grupo de provas = disputadas na parte interna da pista = saltos e arremesso ou lançamentos. Saltos horizontais: distância e triplo. Saltos verticais: altura e vara. Arremesso: peso. Lançamentos: disco, martelo e dardo. Cada uma dessas provas é disputada em uma área específica do campo e possui um nome de identificação. Provas de campo Fonte: https://3dwarehouse.sketchup.com/model/ud2168a79-254e-4b79-bc2e- 8822c5c3bf52/Athletics-Track-Pista-De-Atletismo?hl=es Corredor: comprimento 40-45 m; largura ≥ 1,22-1,25 m. Linhas de 5 cm de largura. Tábua de impulsão: branca; retangular; de madeira; comprimento 1,22 m ± 0,01 m; largura 20 cm; profundidade < 10 cm. Tábua indicativa de plasticina: madeira ou outro material apropriado; comprimento 1,22 m ± 0,01 m; largura 10 cm de largura; cor contrastante da tábua de impulsão. Área de queda: largura 2,75-3 m. Tábua de impulsão: linha de impulsão e o final da caixa de areia deverá ser > 10 m. Linha de impulsão deve ser entre 1-3 m da borda mais próxima da área de queda. Provas de campo – saltos horizontais Tábua de chamada Pista de balanço > 40 m 1,22 m 20 cm 1 a 3m Caixa de saltos ao mesmo nível da pista de balanço 9 m d e 2 ,7 5 m Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). Tábua de impulsão: linha de impulsão e a borda mais distante da caixa de areia > 21 m. A linha de impulsão deve ser entre 11-13 m da borda mais próxima da área de queda. Provas de campo – saltos horizontais Tábua de chamada 21 cm Caixa de saltos 11 a 13 m Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). O corredor e a área de impulsão: comprimento de 15-25 m. Postes: quaisquer tipos de postes desde que sejam rígidos. Eles deverão ter suportes para a barra firmemente fixados a eles. A distância entre os postes: 4-4,04 m. Área de queda: > 6 m x 4 m x 0,7 m. Provas de campo – salto em altura Pista para corrida de imposto Sarrafo ou barra Colchão de queda Suporte para o sarrafo 4.000 m – 4.04 m 3.98 m-4.02 m 10 cm mínima à máxima altura 1 cm mín. 1 cm mín. 6 cm 15 cm 20 cm 4 c m 3 0 m m 3 5 m m Suporte para a barra Final da barra Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). Aparelhos: encaixe de 1 m de comprimento, medido ao longo da parte interna do fundo do encaixe, 60 cm de largura na extremidade anterior e estreitando para 15 cm no fundo do encaixe. A distância entre os tarugos não será menor que 4,30-4,37 m. Corredor: comprimento 40-45; largura 1,22-1,25 m e será marcado com linhas brancasde 5 cm de largura. Área de queda: as peças frontais devem ter 2 m de comprimento > 5 m de comprimento e largura (excluindo as peças frontais) x 80 cm de altura. Provas de campo – salto com vara O diâmetro interno do círculo deve medir 2,135 m ± 5 mm. Anteparo: largura 11,2 a 30 cm; comprimento 1,21 m ± 0,01 m; altura 10 cm ± 0,2 cm. Provas de campo – arremesso de peso LINHA CENTRAL 5 cm 5 cm LINHA BRANCA 34.92º 75 cm mín. 1.20 m 22 m 90º 2.135 m +5 mm Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1756017/Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). Diâmetro interno do círculo deve medir 2,50 m ± 5 cm. A gaiola deve ter a forma de um “U”. Abertura de saída = 6 m. À frente do centro do círculo = 7 m. A altura > 4 m. Provas de campo – lançamento do disco LINHA CENTRAL 5cm LINHA BRANCA 5 cm 34.92º 75 cm mín. 90º 2.50 m +5 mm Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). Diâmetro interno do círculo deve medir 2,135 m ± 5 mm. A gaiola deve ter a forma de um “U”. Abertura de saída = 6 m. À frente do centro do círculo = 7 m. A altura > 7 m. Provas de campo – lançamento do martelo Fonte: http://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/2011/09/russa-tatyana-lysenko-e-ouro- no-lancamento-de-martelo-no-mundial.html Corredor de lançamento do dardo. Comprimento 30-35 m. Provas de campo – lançamento do dardo . 4 metros 4 metros 8 metros 36,5 metros Área de Lançamento de Dardo Fonte: Adaptado de: CBAt / IAAF (2018). As provas combinadas = mesmo atleta participa de uma combinação de várias provas como corridas, saltos e lançamentos. A disputa se desenvolve em 2 dias seguidos de competições. Essas provas são realizadas em várias categorias, masculinas e femininas, e as mais conhecidas são: Decatlo: 10 provas para homens adultos. Heptatlo: 7 provas para mulheres adultas. Provas combinadas Decatlo é disputado em 2 dias seguidos na seguinte ordem: 1º dia: 100 m, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 m. 2º dia: 110 m com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500 m. Heptatlo é disputado em 2 dias seguidos na seguinte ordem: 1º dia: 100 m com barreiras, salto em altura, arremesso do peso e 200 m. 2º dia: salto em distância, lançamento do dardo e 800 m. Provas combinadas As provas de pista do atletismo, que envolvem as corridas rasas, com obstáculos e revezamentos, são disputadas em uma pista de forma oval, composta por duas retas e por duas curvas, sendo que as provas podem ser balizadas ou não. Considerando tais informações, responda às perguntas a seguir: 1. Como são numeradas as raias? 2. Quais são a extensão da pista, em metros, e a sua referência para demarcá-la? 3. Qual o sentido da corrida? 4. Qual a quantidade de raias que uma pista de atletismo possui? Interatividade As provas de pista do atletismo, que envolvem as corridas rasas, com obstáculos e revezamentos, são disputadas em uma pista de forma oval, composta por duas retas e por duas curvas, sendo que as provas podem ser balizadas ou não. Considerando tais informações, responda às perguntas a seguir: 1. Como são numeradas as raias? 2. Quais são a extensão da pista, em metros, e a sua referência para demarcá-la? 3. Qual o sentido da corrida? 4. Qual a quantidade de raias que uma pista de atletismo possui? Resposta 1. As raias são numeradas de dentro para fora. 2. A extensão da pista, tendo como referência a raia 1, é de 400 m. 3. O sentido da corrida é sempre no sentido anti-horário. 4. A pista de atletismo possui de 8 a 9 raias. 1. Quanto à organização; 2. Quanto ao desenvolvimento; 3. Quanto ao esforço físico; 4. Quanto ao ritmo; 5. Provas olímpicas; 6. Corridas indoor; 7. Quanto ao piso. Classificação das provas de corridas a) Balizadas: Realizar a prova em raias (mais curtas, de até 800 m). 100, 200 e 400 m rasos. 800 m até o final da 1ª curva. 100, 110 e 400 m com barreiras. Revezamento 4 x 100 m. Revezamento 4 x 400 m – 1º balizado; 2º até final da 1ª curva. b) Não balizadas: Competir livre durante o percurso. Mais longas. 1500, 5000 e 10000 m; 3000 m com obstáculos. 1. Quanto à organização a) Rasas: Balizadas ou não. 100, 200, 400, 800, 1500, 5000 e 10000 m. b) Com obstáculos: 10 barreiras ou 4 obstáculos e um fosso. H: 110 e 400 m M: 100 e 400 m 3000 m 2. Quanto ao desenvolvimento a) Velocidade pura e prolongada: 100 e 200 m + 400 m. b) Resistência anaeróbia: 800, 1500 e 3000 m. c) Resistência aeróbia ou geral: 5000, 10000 m; Maratona (42.195 m). 3. Quanto ao esforço físico 3 vias metabólicas: 1. ATP-CP: anaeróbio alático. 2. Glicólise anaeróbia ou anaeróbio lático. 3. Oxidativo ou aeróbio. Fonte: Livro-texto. 100% 80% 60% 40% 20% 0% 100 m 400 m 1500 m 10000 m Sistema Aeróbico Sistema Anaeróbico Lático Sistema Anaeróbico Alático Contribuição das fontes energéticas aeróbias e anaeróbias de acordo com a duração 3. Quanto ao esforço físico Fonte: Livro-texto. Tabela 1.5 Contribuição de fontes de energia aeróbica e anaeróbica para produção total de energia em diferentes eventos, de durações variadas, que envolvam trabalho máximo Distância Duração (min:s) % Aeróbica % Anaeróbica 100 m 9,84 10 90 400 m 43,29 30 70 800 m 1:41,73 60 40 1500 m 3:27,37 80 20 5000 m 12:44,39 95 5 10.000 m 26:38,08 97 3 42,2 km 126:50 99 1 4. Quanto ao ritmo Fonte: Livro-texto. HOMEM MULHER Corridas 100, 200, 400 e 800 m 100, 200, 400 e 800 m 1500, 5000 e 10000 m 1500, 5000 e 10000 m Maratona Maratona Marcha atlética 20 e 50 km 20 km Corridas com barreiras 110 e 400 m 100 e 400 m Corrida com obstáculos 3000 m 3000 m Revezamentos 4 x 100 e 4 x 400 m 4 x 100 e 4 x 400 m 5. Provas olímpicas Fonte: Livro-texto. HOMEM MULHER Corridas 60, 200, 400 e 800 m 60, 200, 400 e 800 m 1500 e 3000 m 1500 e 3000 m Corridas com barreiras 60 m 60 m Revezamentos 4 x 200 m 4 x 400 m 4 x 200 m 4 x 400 m 6. Corridas indoor Fonte: Livro-texto. a) Em pistas: Ao ar livre e pistas cobertas. b) Em terrenos variados: Marcha atlética, maratona e cross country. 7. Quanto ao piso As provas de corrida podem ser classificadas de acordo com a distância percorrida em cada prova. Assim como, a cada distância percorrida é utilizado um ritmo diferente, ou seja, uma intensidade característica de cada prova, a relação entre o volume (duração) e a intensidade (velocidade) em cada prova determina a via energética predominante. Baseando-se nessas afirmações, preencha o quadro abaixo com a classificação da prova, as provas referentes a essa classificação e as vias energéticas predominantes utilizadas nessas provas. Interatividade CLASSIFICAÇÃO PROVAS VIAS ENERGÉTICAS PREDOMINANTES As provas de corrida podem ser classificadas de acordo com a distância percorrida em cada prova. Assim como, a cada distância percorrida é utilizado um ritmo diferente, ou seja, uma intensidade característica de cada prova, a relação entre o volume (duração) e a intensidade (velocidade) em cada prova determina a via energética predominante. Baseando-se nessas afirmações, preencha o quadro abaixo com a classificação da prova, as provas referentes a essa classificação e as vias energéticas predominantes utilizadas nessas provas. Resposta CLASSIFICAÇÃO PROVAS VIAS ENERGÉTICAS PREDOMINANTES VELOCIDADE Até 400m Anaeróbia MEIO FUNDO 800m até 3000m Anaeróbia + Aeróbia FUNDO Acima de 5000m Aeróbia 4 etapas – atletismo: 1ª) Etapa de iniciação (9 aos 13 anos) com 2 fases: Período de formação inicial multilateral; Período de formação inicial multilateral especial em uma área do atletismo. 2ª) Etapa de desenvolvimento (de 14 a 19 anos). 3ª) Etapa de alto rendimento (acima de 19 anos). 4ª) Etapa de destreinamento. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento 1. Etapa de iniciação (9 aos 13 anos)com 2 fases: 1.1 Período de formação inicial multilateral. Criança = pleno desenvolvimento de suas capacidades físicas e motoras, em especial à coordenação motora. Favorável à aquisição das mais variadas experiências de movimentos que formam a base para a aprendizagem da técnica esportiva em geral. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento Objetivos: 1. Treinamento da etapa de formação básica (familiarização) no desenvolvimento físico e técnico multilateral. 2. Exercícios motores básicos – técnica de iniciação. 3. Atividade consciente e sistemática. 4. Medidas didáticas e pedagógicas. 5. Desenvolvimento de qualidades (familiarização), submetendo- se a níveis de carga de treinamento cada vez maiores em volume e intensidade. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento 1. Etapa de iniciação (9 a 13 anos) com 2 fases: 1.2. Período de formação inicial multilateral especial. Base adquirida no período anterior. Início para uma especialidade ou grupo de provas. Início para explorar o potencial da criança para que naturalmente ela comece a gostar e a praticar sistematicamente aquela modalidade. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento 2. Etapa de desenvolvimento (14 a 19 anos). Base já solidificada e com identidade direcionada para uma das áreas do atletismo. Começa a praticar uma atividade mais específica, de preferência não apenas em uma prova. Duração: média de 5 a 6 anos. No final dessa etapa: completamente identificado com uma ou mais provas. Momento de decidir em qual prova ele se especializará, em que nível seguirá praticando o esporte e quais serão as suas pretensões. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento 3. Etapa de alto rendimento (acima de 19 anos). Opção pela continuidade; Visa ao preparo para competições de alto nível e alto rendimento; Busca incansável pela perfeição; A duração desse período depende das exigências da modalidade. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento 4. Etapa de destreinamento. Inicia-se um novo período denominado destreinamento, que pode ser considerado uma fase de manutenção para prolongar a vida útil do atleta. Etapas do processo de aprendizagem e treinamento Como o professor ensinará o atletismo? Lembrete: considerado o esporte de base, porque reproduz as atividades naturais dos humanos, que são: andar (marcha), correr, saltar e arremessar. Refletir a respeito das provas que compõem o atletismo moderno e de que forma sua prática poderá contribuir para o desenvolvimento das capacidades físicas e motoras das pessoas, em especial na idade escolar. 3. Métodos – atletismo: 1. Método do jogo; 2. Método global; 3. Método analítico. Metodologia para o ensino e o desenvolvimento 1. Método do jogo Importante, especialmente entre 8 e 10 anos; Caráter lúdico; Jogos adaptados aos componentes técnicos e físicos do atletismo. Vantagens: caráter lúdico, motivação, espírito de equipe, inclusão de todos e favorecimento da criatividade. Desvantagens: não desenvolve a coordenação bilateral (a menos que sejam incluídas regras obrigando o uso de ambos os lados do corpo); imprecisão do aprendizado. Metodologia para o ensino e o desenvolvimento 2. Método global Prática da modalidade como um todo, ou seja, a técnica é aprendida e desenvolvida com a prática sistemática do gesto técnico global. Ex.: salto triplo, correr sobre barreiras, arremessar peso etc.; executando a ação técnica dessas provas. Vantagens: grande motivação, liberdade, solicitação natural da criatividade e do talento. Desvantagens: não desenvolve a coordenação bilateral; possibilita a aprendizagem com deficiências técnicas. Metodologia para o ensino e o desenvolvimento 3. Método analítico Método das partes. Ocorre passo a passo: a aprendizagem se dá por meio da aplicação de uma sequência pedagógica (sequência de exercícios educativos desenvolvida em dificuldade progressiva). Vantagens: o aprendizado é mais eficiente devido ao grande número de repetições do movimento e favorece o desenvolvimento da coordenação bilateral (lados direito e esquerdo do corpo). Desvantagens: pode ser desmotivador, muito mecânico e não envolve a criatividade. Metodologia para o ensino e o desenvolvimento Escolha e utilização ou preferência por algum dos métodos fica a critério do professor, porém alguns cuidados devem ser tomados, como: Local; Quantidade de material; Tipo de material disponível; Quantidade de alunos; Tempo para desenvolver a aprendizagem. Metodologia para o ensino e o desenvolvimento Miniatletismo A palavra do Presidente da CBAt Esta cartilha sobre o MiniAtletismo, da Confederação Brasileira de Atletismo é resultado de cuidadosas pesquisas. O “Projeto MiniAtletismo”, elaborado por especialistas da IAAF, apresenta o instrumental adequado para aqueles que trabalham na base, os que voltam os seus olhares para o início da atividade esportiva. O Projeto é destinado a crianças, a partir dos 7 anos de idade. Orienta de forma minuciosa como deve ser a abordagem, para que o Atletismo – no dizer dos autores – seja atraente, acessível e instrutivo. A meta é tornar o esporte-base o mais praticado em escolas de todo o mundo, por atletas federados ou não. Nada mais correto, já que o Atletismo é, reconhecidamente, o mais nobre dos esportes olímpicos. É fundamental, porém, para o sucesso da empreitada, que os Governos da União, Estados e Municípios priorizem a educação física e a prática esportiva nos currículos escolares. De nossa parte, apresentamos projetos com esta finalidade ao Ministério do Esporte. Temos a esperança de que, com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, a proposta venha a ser abraçada pelo Estado brasileiro. Aos trabalhadores do Atletismo, a CBAt coloca à disposição a cartilha “MiniAtletismo – Guia Prático de Atletismo para Crianças”. Roberto Gesta de Melo Presidente da CBAt Fonte: Adaptado de: Gozolli et. al (2014). Permitir novas descobertas de: corridas, saltos e lançamentos. Em qualquer espaço. 3 faixas etárias: Grupo I: 7 e 8 anos. Grupo II: 9 e 10 anos. Grupo III: 11 e 12 anos. Miniatletismo – conceito e faixas etárias Muitas crianças ao mesmo tempo. Experimentar movimentos básicos e variados. Formação de equipes mistas. Aproximação com o atletismo. Arme e desarme simples. Fácil transporte. Máxima segurança. Fácil elaboração. Materiais recicláveis. Cores chamativas. Miniatletismo – objetivos Promoção da saúde: incentivo às brincadeiras e ao gasto energético. Interação social: trabalho em equipe, competição e aceitação de diferenças. Caráter de aventura: incerteza do resultado final. Miniatletismo – objetivos Atraentes: atividades divertidas e com espírito de aventura. Acessíveis: completamente adaptadas à determinada faixa etária. Instrutivas: que promovam o desenvolvimento físico e a integração das crianças. Miniatletismo – requisitos Exemplo miniatletismo Fonte: Adaptado de: Gozolli et. al (2014). Exemplo miniatletismo Fonte: Adaptado de: Gozolli et. al (2014). Exemplo miniatletismo Fonte: Adaptado de: Gozolli et. al (2014). Cada grupo deverá elaborar 1 atividade que envolva o método do jogo (brincadeira ou pique) para a modalidade corrida. Lembrando que esta atividade deverá estar de acordo com os objetivos e os requisitos do miniatletismo (iniciação ao esporte). Atividade para chat GOZZOLLI, C.; LOCATELLI, E.; MASSIN, D.; WANGERMAN, B. Miniatletismo: iniciação ao esporte - Guia prático de atletismo para crianças. São Paulo: CBAt / IAAF, 2014. Disponível em: https://www.cbat.org.br/mini_atletismo/Mini_Atletismo_Guia_Pratico.pdf. Acesso em: 02 ago. 2022. CBAt / IAAF. Atletismo: regras oficiais de competição 2018/2019. São Paulo: CBAt, 2018. Disponível em: https://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_oficiais/regras/regras_oficiais_2018_2019.pdf. Acesso em: 02 ago. 2022. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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