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Prévia do material em texto

Atletismo
Professor Dr. Francisco de Assis Manoel
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
M285a Manoel, Francisco de Assis 
 Atletismo / Francisco de Assis Manoel. 
 Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 110 p.: il. Color. 
 
 
 
1. Atletismo. 2. Corridas - Atletismo. 3. Atletas - Treinamento 
I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. 
III. Título. 
 
 CDD: 23 ed. 796.42 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
dos sites Shutterstock e 
Pixabay.
AUTOR
Prof. Dr. Francisco de Assis Manoel
● Doutor em Educação Física na linha de pesquisa: ajustes e respostas fisiológi-
cas e metabólicas ao exercício físico, pela Universidade Estadual de Maringá 
(PEF- UEM/UEL);
● Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (PEF- UEM/UEL);
● Graduado em Educação Física Bacharelado (Universidade Federal de Lavras);
● Graduado em Educação Física Licenciatura (Universidade Cesumar);
● Integrante do Grupo de Estudos em Fisiologia do Exercício Aplicada a Humanos 
(GEFEAH) (Universidade Estadual de Maringá);
● Integrante do Grupo de Estudos de Unidade de Análises em Condições Am-
bientais e Desempenho Aeróbio (Uacamda) (Universidade Federal de Santa 
Catarina);
● Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Respostas Neuromusculares 
(GEPREN) (Universidade Federal de Lavras);
● Faz parte do corpo docente do curso de Educação Física da Universidade Fe-
deral de Lavras (UFLA);
● Professor formador e mediador do curso de Educação Física Licenciatura e Ba-
charelado, na modalidade a distância, na Universidade Cesumar (Unicesumar);
● Treinador de Atletismo nível 1 pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT).
Tem experiência nas áreas: respostas fisiológicas e metabólicas advindas da prática 
de exercícios, controle e prescrição do exercício físico (treinamento de endurance). Fatores 
determinantes da aptidão aeróbia, fisiologia do exercício aplicada ao treinamento esportivo, 
iniciação esportiva e atletismo.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/1191463936540589
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Olá aluno (a), seja bem-vindo (a) à disciplina de “Atletismo”!
Nesta apostila você irá estudar o Atletismo através de diferentes aspectos, ou seja, 
percorreremos o processo histórico da modalidade e conhecimentos teóricos e práticos 
para atuação profissional nos dias de hoje. 
Para isso, este material está dividido em quatro unidades, sendo a Unidade I intitu-
lada de “Introdução ao Atletismo”, você conhecerá um pouco mais sobre a modalidade, o 
seu histórico, as diferentes provas e sobre o planejamento de aulas.
Na Unidade II, “Fundamentos das corridas e suas características”, você conhecerá 
os diferentes tipos de corrida do atletismo, suas características específicas e regras básicas. 
Já na Unidade III, “Fundamentos dos saltos e suas características”, você verá os diferentes 
tipos de saltos do atletismo, suas características específicas e regras básicas.
Por fim, na Unidade IV, “Fundamentos do arremesso, lançamentos e suas carac-
terísticas, etapas de ensino e implementos do atletismo”, você conhecerá os diferentes 
tipos de arremesso e lançamentos, suas características específicas e regras básicas. Além 
da apresentação de um modelo para a progressão do ensino do atletismo relacionando a 
idade com o nível educacional e alternativas de materiais para se trabalhar o atletismo.
Caro (a) aluno (a), com esta disciplina e todo o conhecimento contido nela, estamos 
dando mais um passo em direção à formação profissional em Educação Física. Espero 
que, ao concluir seus estudos você seja capaz de refletir acerca das temáticas abordadas 
e atuar em diferentes espaços com a modalidade Atletismo.
Desejo a você ótimos estudos! 
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Introdução ao Atletismo e Planejamento
UNIDADE II ................................................................................................... 21
Fundamentos das Corridas e Suas Características
UNIDADE III .................................................................................................. 46
Fundamentos dos Saltos e Suas Características
UNIDADE IV .................................................................................................. 76
Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, 
Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo
3
Plano de Estudo:
● Histórico do atletismo no mundo; 
● Histórico do atletismo no Brasil;
● Características do atletismo;
● Organização e estruturação das aulas/sessão de treinamento de atletismo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Definir e contextualizar a história do Atletismo no mundo;
● Apresentar a história do Atletismo no Brasil;
● Descrever as características específicas do atletismo;
● Conhecer a organização de uma aula/sessão de treinamento de atletismo.
UNIDADE I
Introdução ao Atletismo e 
Planejamento
Professor Dr. Francisco de Assis Manoel
4UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja-vindo à primeira unidade da nossa apostila de Atletismo. O Atle-
tismo é uma das modalidades mais populares, provavelmente em algum momento você já 
deve ter ouvido falar ou teve contato com o Atletismo ou algum movimento básico que deu 
origem aos movimentos específicos da modalidade. Na maioria das vezes ele é associado 
as corridas e/ou saltos, e em grande parte das vezes com a sua definição clássica de que 
é o esporte base todas as outras modalidades esportivas.
Nesse capítulo, você vai conhecer um pouco da origem do atletismo no mundo e 
no Brasil, observar a sua relação com o país em que se originou. E você vai poder analisar 
que, essa modalidade não se restringe à apenas corridas e saltos, tendo movimentos ela-
borados e específicos de cada prova, sendo considerado um resultado de um processo de 
construção social e histórica do indivíduo.
Para isso, retornaremos no tempo através de uma longa viagem na história do 
atletismo, e que ela possa te trazer conhecimentos a serem aplicadospara além da nossa 
disciplina, mais que também aplique na sua atuação profissional, divulgando a modalidade 
de Atletismo, assim como a prática dos movimentos que a compõe.
Acrescentamos nesse conteúdo as especificidades e características do atletismo, 
assim como, realizar o planejamento de uma aula/sessão de atletismo. O histórico da mo-
dalidade é importante para compreendermos a modalidade atualmente, por isso se prepare, 
dedique-se aos estudos e mergulhe na leitura!
Vamos em frente? Ótimo estudo!
5UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
1. HISTÓRICO DO ATLETISMO NO MUNDO
 
O Atletismo é uma das modalidades esportivas mais antigas de que se tem relatos, 
e sua origem está alinhada com a história esportiva no homem no Planeta. Segundo a 
Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020), ele é conhecido como esporte-base, 
porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar.
Em complemento, Oliveira (2006) destaca que o Atletismo pode ser considerado 
como um agrupamento de provas baseado nas atividades de correr, marchar, saltar e arre-
messar, na qual podem ser individuais ou coletivas.
Devido aos movimentos básicos que deram origem a modalidade Atletismo, a sua 
origem está associada a origem do ser humano, período em que os primeiros habitantes 
se alimentarem por meio da caça e, por isto, necessitavam lançar objetos, correr ora atrás, 
ora à frente dos animais, saltar obstáculos e riachos a fim de proteger a si e aos outros 
(BARALDI e OLIVEIRA, 2019). Entretanto, muitas vezes o atletismo acaba sendo limitado à 
apenas essa definição, e isso não deve ocorrer, porque senão a especificidade do atletismo 
acaba sendo deixada em segundo plano, comprometendo o seu conhecimento amplo.
Esses movimentos básicos que eram observados durante esse período da história, 
foram se modificando, aperfeiçoando e ao longo do tempo se tornando movimentos espe-
cíficos da modalidade Atletismo e característico de cada prova.
6UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
O termo “esporte base” deve-se ao fato de observar movimentos semelhantes do 
atletismo em outras modalidades esportivas, entretanto com especificidades diferentes de 
acordo com as exigências e regras de cada uma delas. E como a modalidade Atletismo é 
composta por várias provas, é possível que um número grande de modalidades esportivas 
seja contemplado com os movimentos básicos do Atletismo.
No decorrer do tempo a modalidade for tomando forma, se modificando e aperfei-
çoando. Os registros mostram que na Europa foi um dos primeiros lugares a se observar 
as primeiras manifestações do atletismo no formato competitivo. Esses registros foram 
realizados em diferentes lugares e épocas diferentes: no período pré-céltico a modalidade 
era praticada pelos povos irlandeses e os gregos de Acádia, e também pelos os cretenses 
da época minoica (1750-1400 a. C.) (CABRAL, 2004; BARALDI e OLIVEIRA, 2019). 
Ao longo da história, observa-se a presença do Atletismo em formato competitivo 
em diversos jogos, dentre eles podemos destacar: os jogos de Tailti organizados a partir 
do século XIX a. C., (OLIVEIRA, 2013), as reuniões atléticas da Grécia Antiga, da Irlanda 
(CABRAL, 2004), os Jogos Píticos dedicados a Apolo (Deus grego da beleza e juventude), 
realizados a partir de 527 a. C., (BARALDI e OLIVEIRA, 2019). Em Istmia, eram realizados 
os Jogos Istmícos, os Jogos Nemeos que celebravam a vitória de Héracles (filho de Zeus 
na mitologia grega) sobre Neméia (monstro mitológico), vencido naquele mesmo local (CA-
BRAL, 2004; BARALDI e OLIVEIRA, 2019). 
Em sua definição moderna, o Atletismo é um esporte que contempla provas de 
pista (corridas), de campo (saltos, arremesso e lançamentos), provas combinadas (que 
reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), 
corridas em campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética (CBAT, 2020).
O atletismo começa a se modificar e a ter esse formato moderno na Inglaterra, 
marcado pela criação do Amateur Athletic Club, segundo relatos em 1886, fundado com 
o propósito de organizar campeonatos nacionais na Inglaterra (OLIVEIRA, 2013). Os reis 
foram os primeiros incentivadores da modalidade contribuindo para ao seu crescimento 
através de patrocínios as competições, com destaque para o Rei Henrique II, depois com 
o Rei Henrique V que era um admirador de corridas, e Henrique VII, um especialista em 
lançamento de martelo (OLIVEIRA, 2013). Os jogos londrinos tiveram as primeiras edições 
datadas no século XII. 
Além disso, duas instituições de ensino superior foram de extrema importância para 
a divulgação da modalidade: a Universidade de Cambridge, deu início a organização dessas 
competições em 1857. Em seguida, a universidade de Oxford foi responsável por organizar 
uma competição que marcaria o início de confrontos entre entidades (Universidade de Cam-
bridge e Oxford) nos anos de 1860 e 1864 (MATTHIESEN; RANGEL e DARIDO, 2014). 
7UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
O Atletismo é a modalidade que esteve presente em todas as edições dos jogos 
Olímpicos, apresentando uma relação forte com os eles. Os Jogos de 776 A.C., na cidade 
de Olímpia, na Grécia, deram origem às Olimpíadas, sendo essa a primeira competição 
esportiva de que se tem registro, uma corrida. Essa prova, foi nomeada pelos gregos de 
“stadium”, a prova tinha cerca de 200 metros, e teve como vencedor Coroebus, sendo esse 
considerado o primeiro campeão olímpico da história (CBAT, 2020). Já os primeiros Jogos 
Olímpicos da era moderna, em 1896, foram realizados com provas de 100, 400, 800 e 1500 
m; e a maratona com a distância de 40 km, diferente da distância atual de 42195m, porém 
ambas realizadas fora da pista. Nessa edição também tiveram presentes as provas de sal-
tos em distância, triplo, em altura e com vara. E por fim o arremesso do peso e lançamento 
do disco (BARALDI e OLIVEIRA, 2019). 
A primeira participação das mulheres foi observada apenas anos mais tarde nos 
Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928 e sua participação permanece até hoje. 
FIGURA 1 - ESTÁDIO PANATENAICO, CONSTRUÍDO EM 536 A.C., 
FOI SEDE DAS OLIMPÍADAS DE 1896 EM ATENAS
Link: https://www.youtube.com/watch?v=6vA75AMSeyU&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=6vA75AMSeyU&t=1s
8UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
2. HISTÓRICO DO ATLETISMO NO BRASIL
No Brasil, diferente da Inglaterra, o Atletismo começa um pouco mais tarde, somen-
te nas últimas décadas do século 19. Os primeiros anúncios de competições da modalidade 
no país correram nos anos 1880, através do Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro. A 
partir desse momento durante as três primeiras décadas do século 20, houve a consolida-
ção da prática atlética no País (CBAT, 2020). 
Com a evolução da modalidade, foi criada, em 1914, a Confederação Brasileira de 
Desportos (CBD) filiou-se à Federação Internacional de Atletismo (do inglês International 
Association of Athletics Federations – IAAF, atual World Athletics). Anos mais tarde em 
1924, o país participou pela primeira vez das Olimpíadas de Paris na França. Em 1925, 
começa a ser realizado o campeonato brasileiro de atletismo (CBAT, 2020).
A participação brasileira em competições internacionais se inicia em 1931, no 
Campeonato Sul-Americano. Porém as primeiras medalhas em competições de nível in-
ternacional chegaram em 1952, nos Jogos de Helsinque, na Finlândia, Adhemar Ferreira 
da Silva conquistou a medalha de ouro no salto triplo, sendo considerado um dos maiores 
nomes do atletismo brasileiro e mundial, e na mesma competição José Telles da Conceição 
ganhou medalha de bronze no salto em altura (CBAT, 2020). 
A participação feminina é marcada por Aída do Santos, que participou das Olimpía-
das de Tóquio em 1964, que ficou em quarto lugar no salto em altura, atingindo a marca 
de 1,74 metros. Sendo a única mulher da delegaçãobrasileira e a única do atletismo, se 
tornando a primeira mulher do Brasil a disputar uma final olímpica (JUSTO, 2021). 
9UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
3. CARACTERÍSTICAS DO ATLETISMO
 
A World Athletics (WA) (Atletismo Mundial), é a entidade maior responsável pela 
modalidade Atletismo a nível mundial, tendo como principais funções: a organização de um 
programa de competições, padronização de métodos e equipamentos de cronometragem, 
assim como a manutenção e reconhecimento de recordes do mundo de atletismo nas suas 
distintas categorias (WORLD ATHLETICS, 2021). No Brasil, a entidade maior é a Confede-
ração Brasileira de Atletismo (CBAT), e depois temos entidades menores responsáveis pela 
modalidade no estado, cidades.
O Atletismo é uma modalidade composta por diferentes provas. A partir das provas 
oficiais seguindo as normas e regras da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020) 
podemos dividi-las da seguinte maneira:
3.1 Provas de pista
As provas de pista são disputadas na parte oval da pista que é composta por 8 
raias e as mais recentes 9 raias nas retas, são elas: corridas rasas de velocidade 100, 
200 e 400m.); corridas de meio-fundo e fundo (800, 1500, 5000 e 10000m, com exceção 
da maratona que é disputada na rua,42,195m), corrida sobre barreiras (100m feminino, 
110m masculino); corrida com obstáculos (3000m masculino e feminino); corridas de 
revezamento (4x100 e 4x400m), e marcha atlética (20 km feminino e masculino, podendo 
ter alguma prova disputada na pista, mas a grande maioria já é disputada na rua, e 50km 
masculina) (CBAT, 2020).
10UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
3.2 Provas de campo
São consideradas provas de campo aquelas que são disputadas na interna e/ou 
externa da parte oval da pista, é composta pelas seguintes modalidades: os saltos horizon-
tais (distância e triplo), saltos verticais (altura e vara) e para finalizar o arremesso do peso 
e os lançamentos de dardo, disco e martelo (CBAT, 2020).
3.3 Provas combinadas
As provas combinadas mesclam as modalidades de pista e campo.
Decatlo (prova exclusivamente masculina): 100 metros, Salto em distância, Arre-
messo de peso, Salto em Altura, 400 metros rasos; 110 metros com barreiras, Lançamento 
do Disco, Salto com vara, Lançamento de dardo, 1500 metros rasos;
Heptatlo (prova exclusivamente feminina): 100 metros com barreiras, Salto em 
Altura, Arremesso de peso, 200 metros rasos, salto em distância, arremesso de dardo e 
800 metros (CBAT, 202).
Ambas provas são disputadas e dois dias. E por fim as provas que também se en-
quadram na categoria de fundo, porém realizadas fora da pista: As corridas de rua por um 
tempo eram denominadas como “corridas rústicas”, a corrida de cross-country (ou corrida 
pelo campo) e as corridas em montanha são “realizadas em terreno que seja essencialmen-
te fora da estrada (CBAT, 2020)
11UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
QUADRO 1 - PROVAS OFICIAIS DE ATLETISMO FEMININAS
Fonte: (MATTHIESEN, 2014; CBAT, 2022)
12UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
QUADRO 2 - PROVAS OFICIAIS DE ATLETISMO MASCULINAS
Fonte: (MATTHIESEN, 2014; CBAT, 2013)
13UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
A pista oficial de atletismo apresenta de 400 metros (registrado pela raia interna), 
com duas retas paralelas e duas curvas com raios iguais, normalmente com 8 raias de 1m 
22cm cada uma, e para as pistas mais recentes com 9 raias na reta de chegada (CBAT, 
2021), além das pistas de 200 metros para competições indoors. As outras provas de saltos, 
arremesso e lançamentos ocorrem em locais específicos, próprios para o desenvolvimento 
das provas de campo (MATTHIESEN; RANGEL e DARIDO, 2014).
FIGURA 2 - PISTA OFICIAL DE ATLETISMO
 
Fonte: Adaptada de: Müller e Ritzdorf (2000); Baraldi e Oliveira (2019, p. 19).
FIGURA 3 - CARACTERÍSTICAS E LOCAIS DE SAÍDA DA PISTA DE ATLETISMO
 
Fonte: 100 anos dos jogos Olímpicos. Revista PC Magazine Brasil, 1996. 
14UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
As provas e seus respectivos formatos de competição podem alterar de acordo 
com a competição e categorias. A Confederação Brasileira de Atletismo apresenta uma 
subdivisão das mesmas de acordo com as normas e Regras da WA (Associação das Fe-
derações Nacionais) e da CONSUDATLE (Confederação Sul-Americana de Atletismo) e de 
aplicação obrigatória no Atletismo Brasileiro.
QUADRO 3 - CATEGORIAS E RESPECTIVAS FAIXAS ETÁRIAS
Fonte: MATTHIESEN, 2014; CBAT, 2012.
15UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
4. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DAS UMA AULA/SESSÃO DE 
 TREINAMENTO DE ATLETISMO
 
Um dos maiores desafios além do conhecimento básico da modalidade, é o planeja-
mento das aulas/sessão de treinamento de atletismo. Quando nos referimos a iniciação ao 
atletismo, o planejamento da estrutura das aulas e sessões podem ser a mesma, devendo 
abordar outros temas além do conhecimento técnico de cada uma das provas. 
Nessa fase, o foco deverá ser a vivência na modalidade, dessa forma, durante 
as aulas devemos utilizar brincadeiras e jogos pré-desportivos em torno das habilidades 
motoras básicas do atletismo, tais como: marchar, correr, saltar, lançar e arremessar são, o 
aprendizado dessas habilidades motoras deve estar relacionado entre si, o que irá contribuir 
para apreensão da linguagem corporal em torno dessa do Atletismo (MATTHIESEN, 2017).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sugere o ensino do esporte a partir de 
três dimensões: conceituais, procedimentais, atitudinais (BRASIL, 1998). Seguindo essas 
orientações, Matthiensen (2014), sugere a utilização das mesmas de maneira separada 
para o ensino do Atletismo na iniciação.
Durante o ensino das provas da modalidade, pode-se trabalhar as 3 dimensões no 
mesmo dia ou também em aulas separadas, a escolha deverá ser realizada de acordo com 
a organização das suas aulas.
16UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
DIMENSÃO CONCEITUAL 
Nessa dimensão devemos fazer a pergunta: O que se deve ‘saber’ do atletismo? 
Para o desenvolvimento nessa dimensão, recomenda-se explorar fatos, conceitos 
e princípios (BRASIL, 1998) que abranjam, entre outras coisas:
● O processo histórico e, a origem e evolução das provas do atletismo;
● As capacidades físicas específicas de cada uma delas;
● As diferenças que existem entre as regiões, as culturas regionais e culturais em 
ao redor das provas do atletismo.
DIMENSÃO PROCEDIMENTAL 
Nessa dimensão, devemos fazer a pergunta: O que se deve ‘saber fazer’ no atle-
tismo? Essa dimensão está relacionada a maneira de como iremos ensinar a modalidade 
esportiva e quais estratégias utilizar. Ao longo do tempo e até os dias de hoje, se observa 
o ensino da modalidade restrito à apenas essa dimensão. Porém, deve ocorrer esse novo 
planejamento para que as outras dimensões também sejam contempladas, resultando em 
um aprendizado completo. 
A utilização de jogos pré-desportivos e brincadeiras que envolvem habilidades moto-
ras básicas como marchar, correr, saltar, lançar e arremessar, ainda é o melhor caminho para 
se iniciar um trabalho com a dimensão procedimental do atletismo (MATTHIESEN, 2014).
O planejamento dessas atividades deve estar relacionado ao objetivo principal da 
aula, a idade e nível de desenvolvimento dos alunos, entre outros fatores: 
DIMENSÃO ATITUDINAL
Nessa dimensão, devemos fazer a pergunta: Como o atletismo me ajuda a ‘ser’?
Nesta dimensão, a modalidade atletismo será aplicado no dia a dia dos alunos, 
nesse momento utilizaremos o atletismo como instrumento para estimular a reflexão sobre 
as normas, valores e atitudes (BRASIL, 1998) que não estará restrito ao ambiente de prática 
da modalidade, mas sim no seu cotidiano. O comportamento dos alunos perante aos cole-
gas, outros alunos e todas as pessoas ao seu redor poderá ser beneficiado positivamente, 
melhorando seu relacionamento social (família/amigos)(MATTHIESEN, 2014).
A utilização das dimensões dos conteúdos ampliará as possibilidades de abrangên-
cia e acesso aos conhecimentos da modalidade atletismo, o que permitirá aos alunos uma 
visão do atletismo muito além dos aspectos básicos de marchar, correr, saltar, arremessar 
e lançar (MATTHIESEN, 2014). 
17UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
SAIBA MAIS
Aída dos Santos viajou para o Japão sem técnico e sem material de competição especí-
fico para sua prova e ainda enfrentou muita dificuldade para compreender as instruções 
em japonês. Apesar de tudo isso, se tornou a primeira mulher do Brasil a disputar uma 
final olímpica no atletismo e o 4º lugar dela no salto em altura, em Tóquio 1964, obtendo o 
melhor resultado individual de uma atleta brasileira nos Jogos Olímpicos até Pequim 2008.
Fonte: JUSTO, 2021.
Disponível em: https://bit.ly/3kDqO8V
REFLITA 
“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.” 
Fonte: Paulo Freire.
18UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim da Unidade I de nossa apostila de Atletismo e, durante nosso es-
tudo, conceituamos o atletismo, conhecemos seus percursos históricos em âmbito mundial 
e brasileiro, caracterizamos as provas do atletismo, assim como as principais regras, e por 
fim, vimos uma maneira de organização de uma aula/treino de Atletismo.
Foi possível verificar que sua origem possui uma grande relação com início dos 
tempos, na era primitiva, na qual o homem precisava correr, lançar, saltar, como meio de 
sobrevivência. Ao longo do tempo esses movimentos básicos foram tomando forma e aper-
feiçoados e deram origem a modalidade esportiva atletismo. 
O atletismo é composto por diversas provas com características diferentes que 
podem ser divididas em blocos de provas: Corridas, Marcha Atlética, Saltos, Arremesso 
e Lançamentos e, as provas combinadas. E cada uma dessas provas apresentam suas 
características e regras específicas.
Podemos verificar que o ensino da modalidade não deve estar focado à apenas 
ao ensino da técnica, mas que os alunos tenham uma formação completa da modalidade. 
Para isso, podemos observar uma sugestão de ensino da modalidade em três dimensões: 
Conceitual, Procedimental e Atitudinal.
Dessa forma aluno(a), concluímos a primeira unidade da nossa apostila em direção 
à formação em Educação Física, com foco no Atletismo. E agora dando continuidade à 
nossa caminhada, vamos descobrir o que nos aguarda na Unidade II.
19UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
LEITURA COMPLEMENTAR
Jogos Olímpicos
Os jogos são realizados há mais de 2 mil anos para estimular a competição sadia 
entre os povos dos cinco continentes.
Considerado o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos têm como 
objetivo estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. Como já dizia 
o Barão de Coubertin (Pierre de Coubertin), considerado o fundador dos Jogos Olímpicos 
da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”.
De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta 
de 2.500 a.C., na Grécia antiga, para homenagear o pai dele, Zeus. Contudo, os primeiros 
registros históricos das Olimpíadas são de 776 a.C., quando os atletas vencedores come-
çaram a ter seus nomes registrados.
Nessa época, os reis de Ilia, de Esparta e de Pissa aliaram-se para que, durante 
os jogos, houvesse trégua sagrada em toda a Grécia. A aliança foi realizada no templo de 
Hera, localizado no santuário de Olímpia. Essa é a origem do termo “Olimpíadas”.
Na Era Moderna, Atenas foi a cidade que sediou a primeira olimpíada neste perío-
do, em abril de 1896, com delegações de 14 países. Ao todo, 241 atletas competiram em 
nove modalidades.
Desde essa época, os Jogos Olímpicos passaram a ser realizados de quatro em 
quatro anos, à exceção de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a Primeira e 
Segunda Guerra Mundial, respectivamente.
Tendo destaque para a modalidade Atletismo, pois esteve presente em todas as 
edições dos jogos Olímpicos, apresentando uma relação forte com os mesmos.
Fonte: TANCRED, 2016.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fisica/os-jogos-olimpicos.htm
20UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga
Autores: Luiz Alberto Cabral.
Editora: Odysseus.
Sinopse: Considerado pela crítica internacional especializada 
como um dos mais completos e esclarecedores já escritos sobre 
os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, esse livro foi elaborado 
por uma equipe dos mais renomados arqueólogos e filólogos 
gregos da atualidade, membros eméritos da Academia Olímpica 
Internacional e diretores dos principais Museus da Grécia sob a 
organização de Nicolaos Yalouris.
FILME / VÍDEO 
Filme: Raça
Ano: 2016.
Sinopse: Cinebiografia de Jesse Owens (Stephan James), atleta 
negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olim-
píadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos em 
pleno regime nazista de Adolf Hitler.
21
Plano de Estudo:
● Corridas de velocidade e saída de blocos;
● Corridas de revezamentos;
● Corridas sobre barreiras e obstáculos;
● Corridas de meio fundo e fundo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de corrida de velocidade e a saída de bloco;
● Conhecer as provas de revezamento e suas características principais;
● Descrever e as corridas sobre barreiras e suas características principais;
● Diferenciar as corridas de meio fundo e fundo e suas especificidades.
UNIDADE II
Fundamentos das Corridas
e Suas Características
Professor Dr. Francisco de Assis Manoel
22UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 22UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja-vindo à segunda unidade da nossa apostila de Atletismo. Após 
verificarmos um breve histórico do Atletismo Mundial e no Brasil, assim como as caracterís-
ticas da modalidade foi possível observar as divisões que podem realizadas na modalidade.
Nesta unidade, vamos abordar os principais tipos de corrida de velocidade, suas 
características principais e regras. Nas corridas de revezamento, veremos os diferentes 
tipos de revezamento e de passagens de bastão. Nas corridas sobre barreiras e obstáculos 
poderemos verificar a diferença das barreiras e obstáculos para homens e mulheres, a 
técnica de passagem. 
Já nas corridas de meio fundo e fundo, poderemos observar as características 
de cada uma delas, porque elas recebem esse nome e como desenvolver o ensino das 
mesmas. E por fim marcha atlética, que aprenderemos a sua técnica específica que a torna 
uma modalidade bem diferente das outras corridas. Dentro de cada prova, teremos um 
breve histórico de cada uma, suas características e regras principais.
Dessa forma, se prepare para aprofundar um pouco mais nesse grupo de provas do 
atletismo. Por isso se prepare, dedique-se aos estudos e mergulhe na leitura!
Vamos em frente? Ótimo estudo!
23
INTRODUÇÃO
UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
1. CORRIDAS DE VELOCIDADE E SAÍDA DE BLOCOS
As provas de velocidade rasas (ausência de obstáculos) oficiais destaca-se os 100, 
200 e 400 metros rasos, são provas corridas em raias marcadas, ou seja, cada atleta corre 
em uma raia específica.
São provas de curta duração e alta intensidade, provas que chamam atenção do 
público por ter os atletas mais rápidos. Nessas provas, ter uma boa largada é fundamental 
para o resultado final. Por esse motivo, os atletas devem possuir uma musculatura de 
membros inferiores e superiores bastante desenvolvidos (LESSA, 2014).
100 metros rasos
“Na Era Moderna, não existe um registro preciso de quando esta prova começou 
a ser disputada, já que os ingleses (a quem se deve a renovação dos esportes atléticos) 
disputavam a prova de 100 jardas (91,40m)” (CBAT, 2020, p. 01). 
200 metros rasos
Apesar da provade 100 metros ser a mais popular, a de 200 metros é provavelmen-
te a mais antiga, pois ao observarmos o histórico da modalidade verificamos que essa foi a 
primeira prova de corrida da humanidade, disputada nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, 
o “stadium”, media mais ou menos 600 pés gregos, o que se aproxima dos 200 metros da 
atualidade. O vencedor da primeira Olimpíada (776 a.C.) foi Korebos de Elis. (CBAT, 2020).
24UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 24UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
400 metros rasos
“Os 400 metros estão, em antiguidade, na mesma linha dos 200 metros, pois o 
“diaulus” ou duplo “stadion” começou a ser disputado na 14ª Olimpíada da antiguidade, ou 
seja, em 724 a.C. Esta distância era de mais ou menos 385 metros” (CBAT, 2020, p. 01).
As corridas apresentam duas fases básicas: o apoio, suspensão e apoio novamente.
FIGURA 1 - FASES DAS CORRIDAS DE VELOCIDADE
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
● Fase de apoio: À frente, há a desaceleração do movimento contínuo do corpo, 
que deve ser minimizado por um apoio rápido e ativo do terço anterior do pé, 
no solo. 
● Fase do passo ou suspensão: A energia é poupada nos músculos enquanto 
a perna se flexiona para absorver o impacto. Este processo é conhecido como 
amortização. 
● Fase de impulsão: Tem a função de acelerar o corpo. O objetivo desta fase 
é exercer a maior força possível contra o solo num menor espaço de tempo 
possível: 
A partir das características específicas das provas de velocidade, é possível realizar 
o planejamento para o ensino de cada uma delas, o qual deve ser direcionado a partir dos 
pontos chaves de cada uma das provas.
Na iniciação, deve-se priorizar brincadeiras de estafetas devendo manipular a dis-
tância e quantidade de alunos em cada fila de acordo com o objetivo a ser trabalhado no dia.
25UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 25UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
FIGURA 2 - ESTAFETA COM BAMBOLÊ
Fonte: Adaptado de: Müller et al., 2000
FIGURA 3 - ESTAFETA COM TRANSPORTE DE OBJETO
Fonte: Adaptado de: Müller et al., 2000
Em ambas atividades, temos o jogo em equipe para estimular a velocidade o jogo 
em equipe, na estafeta com bambolê os alunos se deslocam em velocidade até o bambolê, 
passa o mesmo pelo corpo e depois retorna para a fim da fila. Na estafeta 2 com transporte 
de objeto, os alunos devem deslocar em velocidade até um ponto demarcado realizar o 
contorno do mesmo e entregar par ao colega da fila. Em ambas atividades vence a equipe 
que terminar primeiro.
Além da preparação física, as provas de corrida contam com uma parte técnica 
para se ter um melhor desempenho e um ganho na economia de corrida. Para isso, durante 
as aulas e sessões de treinamento são trabalhados os educativos de corrida.
FIGURA 4 - EDUCATIVOS DE CORRIDA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
26UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 26UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
Esses são alguns educativos simples utilizados na iniciação, de acordo com 
aprendizagem pelos alunos pode ir aumentando o nível de dificuldade. Também pode ser 
realizado a mescla de diferentes educativos.
Abaixo serão destacadas algumas regras básicas das provas de velocidade (CBAT, 
2020; MATTHIESEN, 2017, p. 39):
 9 Não é permitido nenhum tipo de saída falsa, sendo excluído da prova aquele que 
realizar antes do tiro de largada. Em provas de velocidade (até e inclusive os 
400m), os comandos de largada são: às suas marcas, prontos, e o tiro de largada;
 9 A chegada de todas as provas de corridas rasas ocorre no mesmo local, ao final 
da reta principal;
 9 Será o vencedor das provas aquele que for o primeiro a atingir o plano vertical 
que passa pela borda anterior da linha de chegada geral com o tronco, excluin-
do-se a cabeça, pescoço, braços, pernas, mãos ou pés; 
 9 As corridas em curva devem ser escalonadas de acordo com o número de 
curvas a serem corridas;
 9 A saída baixa, assim como os blocos de partida, são obrigatórios em todas as 
provas até e inclusive 400m;
 9 A corrida é realizada em raia marcada, ou seja, cada atleta deve correr em sua 
determinada raia.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=bdFVbXxvlkw
Outro aspecto importante para as provas de velocidade, é a saída de blocos, que 
é obrigatória para essas provas. Essa saída auxilia para que os atletas realizem uma saída 
mais rápida.
A largada a partir dos blocos é formada por fases que são comandadas pelo árbitro 
de partida, sendo elas: 
https://www.youtube.com/watch?v=bdFVbXxvlkw
27UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 27UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
● Aos seus lugares ou as suas marcas: o corredor tem de se colocar nos blocos 
de partida e definir a posição inicial;
● Prontos: ele se move, colocando-se na posição ideal para à partida;
● Partida: aluno abandona os blocos e realiza a primeira passada de corrida;
● Aceleração: ele aumenta a velocidade e faz a transição para a corrida de velo-
cidade máxima.
FIGURA 5 - SEQUÊNCIA COMPLETA DA SAÍDA DE BLOCOS
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
FIGURA 6 - BLOCO OFICIAL DE PARTIDA
FIGURA 7 - POSICIONAMENTO DOS BLOCOS DE PARTIDA
Fonte: Adaptado de Müller et al., 2000.
28UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 28UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
 ♦ O bloco da frente é colocado um pé e meio atrás da linha de partida.
 ♦ O bloco de trás é colocado um pé e meio atrás do bloco da frente. 
 ♦ O bloco da frente é normalmente colocado numa posição mais plana.
 ♦ O bloco de trás é normalmente colocado numa posição mais inclinada.
FIGURA 8 - SAÍDA DE BLOCOS EM PROVA DE VELOCIDADE
Essas posições podem ser mudadas de acordo com a característica de cada corre-
dor. Por ser uma parte determinando para o resultado final da prova, deve ser bastante trei-
nada e estimulada através se exercícios, atividades, brincadeiras com diferentes estímulos.
29
INTRODUÇÃO
UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
2. CORRIDAS DE REVEZAMENTOS
A corrida de revezamento é uma das provas mais tradicionais do atletismo, que 
já tinha seu conhecimento pelos antigos gregos. Naquela época, havia uma competição 
chamada Panateneias que era realizada em homenagem à deusa Atena, havia diferentes 
provas, e uma das mais populares no programa de Atletismo era a prova de revezamento 
chamada “Lampadodromia” ou “Corrida das Tochas”. Assim como as provas atuais, ela 
era disputada por equipes, porém naquela época, participavam cinco equipes, compostas 
de quarenta atletas cada. O objetivo era não deixar a chama se apagar, e a equipe que 
chegasse primeiro, tinha como prêmio, acender a fogueira colocada no Altar de Prometeu, 
localizado no marco da chegada” (CBAT, 2020).
Apesar da modalidade Atletismo ser individual, essas são as únicas provas dispu-
tadas em equipes, formada por 4 competidores cada uma. Normalmente são as provas que 
fecham o as competições de atletismo, com isso são as provas mais empolgantes com um 
grande número de expectadores.
Nessa prova, cada atleta deverá correr um trecho da prova carregando o bastão e 
depois transferir para o companheiro de equipe.
Para as provas oficiais olímpicas, temos dois tipos de revezamento: o 4x100, em que 
cada atleta deve percorrer a distância de 100 metros, sendo dois corredores percorrem a dis-
tância na reta e os outros dois na curva, e a prova é disputada em raia marcada. Logo na prova 
4x400, cada atleta deverá percorrer a distância de 400 metros, ou seja, uma volta na pista.
30UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 30UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
Durante a prova, os atletas que estão correndo transportam o bastão que deve 
ser transferido para o próximo corredor. Para isso, existe dois tipos de passagem: a visual 
em que o atleta que receber o bastãopode visualizar seu entregador, bastante utilizada, 
na prova de 4 x 400 metros (PEREIRA, 2016), e a passagem não visual, normalmente 
utilizada na prova de 4x100 metros. Além do tipo de passagem, existe a técnica empregada 
em cada uma das passagens, sendo a ascendente em que o bastão deverá ser passado 
de baixo pra cima para o próximo corredor, e a descendente, cujo o bastão deverá ser 
entregue ao próximo atleta fazendo o movimento de cima pra baixo (PEREIRA, 2016).
 FIGURA 9 - PASSAGEM DE BASTÃO ASCENDENTE
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000); Baraldi e Oliveira (2020, p. 76 e 77).
FIGURA 11 - PISTA DE ATLETISMO E AS ZONAS DE PASSAGEM
 DE BASTÃO DA PROVA DE REVEZAMENTO 4X100M
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000); Baraldi e Oliveira (2020, p. 72).
31UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 31UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
FIGURA 11 - PISTA DE ATLETISMO E AS ZONAS DE PASSAGEM 
DE BASTÃO DA PROVA DE REVEZAMENTO 4X100M
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000); Baraldi e Oliveira (2020, p. 72).
As provas de revezamento seguem as mesmas regras das provas de velocidade 
quanto a largada e chegadas. Porém, apresenta algumas regras específicas (CBAT, 2020; 
MATTHIESEN, 2017, p.69):
O bastão, que pode ser de madeira, metal ou outro material rígido em uma peça 
única, deve ser um tubo liso, oco, de seção circular com 28 a 30 cm de comprimento, 
pesando no máximo 50 g;
 ♦ Nas provas de 4×100 m, a corrida ocorrerá inteiramente em raia marcada, ou 
seja, cada atleta em sua raia;
 ♦ Nos 4×400 m, a corrida terá início em raia marcada e, depois, será realizada em 
raia livre; 
 ♦ A zona de passagem, em todos os revezamentos, é de 30m, sendo possível 
realizar uma marca de controle feita pelo atleta como referência para o início de 
sua corrida. 
 ♦ O atleta deverá segurar o bastão durante toda a prova, e quem derrubá-lo de-
verá pegá-lo para dar prosseguimento à passagem. A queda do bastão, desde 
que não atrapalhe outros, não implica a desclassificação da equipe;
 ♦ O bastão não deve ser lançado, apenas entregue na mão do companheiro de 
equipe.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=LVvGxkY1oD0 
 https://www.youtube.com/watch?v=LVvGxkY1oD0 
32
INTRODUÇÃO
UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
3. CORRIDAS SOBRE BARREIRAS E OBSTÁCULOS
 
É uma prova totalmente britânica, provavelmente uma imitação das competições hí-
picas. Por volta de meados do século XIX, as barreiras eram simples toras de madeira enter-
radas no solo e medindo normalmente 3 pés e 6 polegadas (1,067m). Esta altura mantém-se 
até hoje, havendo mudanças apenas no material utilizado para a confecção das mesmas.
Os objetivos nessas provas, são idênticos aos das provas rasas, percorrer a 
distância no menor tempo possível e o vencedor é quem finaliza em primeiro. Porém os 
corredores deverão transpor as barreiras ou obstáculos.
As provas oficiais olímpicas se dividem em: 100 metros com barreiras (c/b) dispu-
tada pelas mulheres e os 110 metros com barreiras (c/b) disputada pelos homens. Além da 
distância, tem diferença na altura e distância entre as barreiras. Por outro lado, as 400m 
c/b e 3000m com obstáculos são disputados por ambos, mudando apenas a altura das 
barreiras e obstáculos.
A corrida sobre as barreiras e obstáculos, apresentam as fases básicas da corrida, 
além outras para realizar a transposição das barreiras ou obstáculos.
FIGURA 12 - SEQUÊNCIA COMPLETA DA PASSAGEM SOBRE AS BARREIRAS
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
33UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 33UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
No momento da transposição, o importante é que tanto a “perna de passagem”, a 
qual transporá a barreira flexionada, como a “perna de ataque”, a qual transporá a barreira 
estendida antes de realizar a queda e início da próxima passada, estejam posicionadas da 
forma mais confortável possível.
São elementos fundamentais para essa prova: a velocidade entre as barreiras e a 
transposição da barreira. 
● Quanto à velocidade, o barreirista deve concentrar-se em correr três passos 
(quando já dominarem a técnica e nas categorias maiores) muito rapidamente. 
● Quanto à transposição da barreira, o barreirista deve procurar minimizar o tempo 
em que está no ar e preparar-se para a próxima passada de corrida.
FIGURA 13 - PROVA 100 METROS COM BARREIRAS
FIGURA 14 - PROVA 400 METROS COM BARREIRAS
34UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 34UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
Link: https://www.youtube.com/watch?v=tOv4gWcFkv8
Na prova de 3000m com obstáculo, são sete voltas e meia na pista de atletismo 
e os corredores devem passar 28 vezes os obstáculos e sete vezes o fosso de água. A 
transposição dos obstáculos ocorrerá a partir da primeira volta, de forma que da saída até 
lá, não haverá nenhuma transposição. Além disso, os atletas podem apoiar no obstáculo 
para ultrapassá-lo, além de poder saltar dentro do fosso.
FIGURA 15 - SEQUÊNCIA DA PASSAGEM SOBRE O OBSTÁCULO
Fonte: Adaptado de: Müller et al. (2000).
FIGURA 16 - PASSAGEM DO OBSTÁCULO E FOSSO 
DA PROVA 3.000 METROS COM OBSTÁCULOS
https://www.youtube.com/watch?v=tOv4gWcFkv8 
35
INTRODUÇÃO
UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
4. CORRIDAS DE MEIO FUNDO E FUNDO
As provas de fundo também são chamadas de provas de resistência, recebendo 
esse nome porque ela tem longa duração comparada as provas de velocidade, e exige do 
atleta, corporalmente, uma resposta ao longo tempo, dependendo do percurso da prova, 
seja de pistas ou de rua. Desta forma, quando nos referimos a provas de meio fundo, são 
provas de meia distância, e está entre as provas, às de velocidade e de longa distância. 
E quando a denominação é funda, se refere a provas de duração maior que as provas de 
velocidade e meio fundo.
FIGURA 17 - PROVAS DE MEIO FUNDO E FUNDO OFICIAIS
Fonte: CBAT, 2022.
36UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 36UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
As provas apresentadas na figura acima são oficiais e olímpicas, todas disputadas 
na pista de atletismo, com exceção da maratona.
As fases da corrida das provas de meio fundo e fundo, são iguais as fases de 
corrida das provas de velocidade.
Abaixo segue algumas regras oficiais (CBAT, 2020; MATTHIESEN, 2017, p. 58):
● Não é permitido nenhum tipo de saída falsa, sendo excluído da prova 
aquele que realizar antes do tiro de largada. Os comandos de largada 
são: às suas marcas e em seguida o tiro de largada;
● A chegada de todas as provas de corridas rasas ocorre no mesmo local, 
ao final da reta principal, com exceção da maratona que é corrida na rua.
● Será o vencedor das provas aquele que for o primeiro a atingir o plano 
vertical que passa pela borda anterior da linha de chegada geral com o 
tronco, excluindo-se a cabeça, pescoço, braços, pernas, mãos ou pés; 
Dentre as provas de meio fundo e fundo, a mais popular é a maratona (42.195 
metros). Segundo a lenda, no ano 490 a.C. Pheidippides correu aproximadamente 40 km 
fazendo o percurso da Planície de Maratona até Atenas, para dar uma boa notícia da vitória 
atenienses sobre os persas. Pheidippides ao chegar só teve fôlego para pronunciar a pala-
vra “vencemos”, e caiu morto.
A introdução as provas de fundo devem ser aos poucos respeitando a idade e o 
desenvolvimento de cada aluno, as atividades podem ser semelhantes às de velocidade 
(estafetas), porém com um aumento de da distância da corrida. Outro fator importante a 
introduzir no ensino dessas provas é o ritmo (MATTHIESEN, 2014), priorizar atividades 
trabalhem o ritmo de corrida, estabelecer diferentes distâncias a serem percorridas em 
tempos diferentes ou semelhantes para que os alunos habituem.
FIGURA 18 - ATIVIDADE “LOSANGO”
Fonte: Matthiesen, 2017.
Cada grupo de alunos deverá deslocar do 
um ponto ao outro do losango de acordo 
com o tempoestabelecido pelo professor.
Uma variação dessa atividade é estabe-
lecer um tempo e o grupo deve correr o 
maior número de votas possível juntos.
37UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 37UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
FIGURA 19 - LARGADA DA MARATONA DE BERLIM
FIGURA 20 - LARGADA DA PROVA DE MEIO FUNDO NA PISTA
A marcha atlética, que é uma prova um pouco diferente das corridas, também 
considerada uma prova de fundo, é uma progressão de passos, executados de tal modo 
que o atleta mantenha um contato contínuo com o solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a 
perda do contato com o mesmo (MATTHIESEN, 2014, CBAT, 2020). Ao observar a prova, 
parece que os atletas estão rebolando, essa impressão se dá pela quebra do quadril que 
corre, pois a perna que avança deve estar reta (ou seja, não flexionada no joelho) desde o 
momento do primeiro contato com o solo, até a posição ereta vertical (CBAT, 2020).
As regras de saída e chegada são iguais das provas de meio fundo e fundo, haven-
do especificidades apenas quanto a técnica utilizada na prova (CBAT, 2020; MATTHIESEN, 
2017, p. 26).
38UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 38UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
 ► A progressão de passos deve provocar uma manutenção contínua do contato 
com o solo, ou seja, o pé que avança deve tocar o solo antes que o pé posterior 
deixe o terreno.
 ► A perna que avança deverá estar estendida, de modo que não haja flexão do 
joelho, do primeiro contato com o solo até a posição ereta vertical.
 ► Ficam espalhados árbitros ao longo do percurso para avaliarem se os atletas 
estão realizando a técnica de maneira correta.
 ► Quando o competidor não está realizando a técnica de maneira correta, ele pode 
ser advertido pelos árbitros, seja com uma placa amarela ou cartões vermelhos. 
Quando, na opinião de três árbitros, o movimento não se encaixar na definição 
da marcha, o atleta será desqualificado.
Uma das atividades utilizadas no processo de introdução a marcha atlética é “andar 
caminhar”: Ao comando do professor, por um apito ou algum sinal sonoro os alunos devem 
alterar a caminhada com a corrida.
Outra atividade é de pega a pega andando de pressa por toda quadra ou deter-
minar de caminharem apenas nas linhas da quadra. Assim aos poucos ir introduzindo o 
movimento de marcha.
FIGURA 21 - ATIVIDADE “ANDAR CAMINHAR”
Fonte: Matthiesen, 2007, p. 33.
Como a marcha atlética também é uma prova de fundo, a preparação física segue 
os mesmos princípios das provas de fundo, porém, com a técnica da marcha.
39UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 39UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
Link: https://www.youtube.com/watch?v=tOv4gWcFkv8
E por fim, as provas que também se enquadram na categoria de fundo, porém rea-
lizadas fora da pista: As corridas de rua por um tempo eram denominadas como “corridas 
rústicas” talvez seja a modalidade do atletismo que a população em geral tenha mais conta-
to e familiaridade, pois tem crescido o número de adeptos anos após anos no mundo todo, 
devido ao baixo custo para sua prática e seus benefícios relacionados a saúde (SALGADO 
e CHACON-MIKAHIL, 2006). A corrida de cross-country (ou corrida pelo campo), que é uma 
prova, assim como as de montanhas, que estão em contato com a natureza, e no decorrer 
do percurso o terreno apresenta obstáculos, naturais ou artificiais, que não devem fugir 
muito do que seria o natural. E as corridas em montanha são “realizadas em terreno que 
seja essencialmente fora da estrada” (CBAT, 2020).
FIGURA 22 - CORRIDA DE RUA: SÃO SILVESTRE
https://www.youtube.com/watch?v=tOv4gWcFkv8 
40UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 40UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
FIGURA 23 - CORRIDA DE MONTANHA
FIGURA 24 - CORRIDA DE CROSS COUNTRY
Fonte: O autor (2021).
41UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 41UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
SAIBA MAIS
Conforme observamos, as pistas de Atletismo são compostas por duas retas e duas 
curvas. Você já parou para pensar que nas provas que são corridas, uma parte em 
curva quem corre nas raias de fora em teoria correria mais? Pois a primeira raia tem 
400 metros, e de acordo com que o atleta vai se deslocando uma raia para a direita, a 
pessoa correrá um pouco mais por causa da curva. Pensando nisso, no atletismo é rea-
lizado o escalonamento para a provas que são corridas uma parte em curva e em raias 
definidas. Para isso, é realizado o cálculo de acordo com a distância a ser percorrida e 
o número de curvas. Para compensar essa distância, os corredores das raias de fora 
largam um pouco a frente dos corredores das raias internas conforme a figura abaixo. 
Esse escalonamento ocorre principalmente nas provas de velocidade, incluindo os reve-
zamentos. Para as provas de meio fundo e fundo, normalmente é feito através de uma 
linha curva na largada, em que após a largada todos os competidores podem ir para 
raia interna, e dependendo do número de competidores, eles podem dividi-los em raias 
ou em dois grupos para que eles corram apenas a primeira curva escalonados. Porém, 
tudo isso vai depender da organização da prova.
Fonte: CBAT (2022).
FIGURA 25 - ESCALONAMENTO DOS CORREDORES PARA AS LARGADAS DAS PROVAS 
QUE CONTEMPLAM CURVAS E DEVEM SER CORRIDAS EM RAIAS DEFINIDAS
42UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 42UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
REFLITA 
Podemos observar nessa unidade os diferentes tipos de corridas, além das saídas de 
blocos. Ao ensinar o conteúdo corridas do atletismo nas aulas, é importante que explore 
os diferentes tipos, devendo respeitar a individualidade e o desenvolvimento de cada 
aluno. Não devendo ficar restrito apenas as corridas de velocidade e estafetas. Lem-
brando, os estafetas não são atletismo, elas são atividades para que possamos realizar 
a iniciação e treinar algumas capacidades físicas do atletismo. Reflita sobre isso. 
Fonte: O autor (2022).
43UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 43UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno (a), nessa segunda unidade da nossa apostila de Atletismo, você es-
tudou sobre os diferentes tipos de corridas do atletismo. Conforme exposto, vimos que 
existem as provas rasas ou com barreiras ou obstáculos. 
Além disso, existe uma divisão de acordo com a distância de cada uma delas, 
podendo ser divididas em provas de velocidade: 100, 200, 400 metros, 100, 110 e 400 
metros com barreiras e os revezamentos 4x100 e 4x400 metros; as provas de meio fun-
do: 800 e 1500 metros rasos e as provas de fundo: 3.000 metros com obstáculos, 5.000, 
10.000, 42.195 metros (maratona) Lembrando que essas são as provas oficiais olímpicas, 
para outras categorias vimos na Unidade I as distâncias. E outras provas que também se 
encaixam nessa categoria como: corrida de rua, cross country e corrida de montanha. Em 
complemento, você pode estudar um pouco das regras básicas de cada prova.
Então, aluno (a), concluímos mais uma etapa de nossa caminhada acadêmica, em 
direção à formação em Educação Física, com foco no Atletismo. Vamos em frente e ver o 
que nos aguarda na próxima unidade.
44UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 44UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
LEITURA COMPLEMENTAR
A participação em corridas de rua tem aumentado significativamente nos últimos 
anos, tornando-se uma das modalidades que mais cresce no Brasil (SALGADO, 2006). 
Nessas provas, os competidores são estimulados a percorrerem uma distância pré-deter-
minada no menor tempo possível, na tentativa de superar seus adversários. Os benefícios 
relacionados à saúde, o fácil acesso e baixo custo para a prática são os motivos que mais 
atraem os praticantes que, em sua maioria, caracterizam-se como recreacionais (PAZIN etal., 2008; FREDERICSON e MISRA, 2007; PALUSKA, 2005).
Em relação a corrida, a estratégia utilizada nas provas mostra-se determinante e 
decisiva para o desempenho e sucesso de corredores envolvidos nessa atividade, espe-
cialmente em média e longa distancias, influenciando de forma considerável o resultado 
final (TUCKER; LAMBERT e NOAKES, 2006, ABBISS e LAURSEN, 2008). A estratégia 
e definida como o conjunto de ajustes da velocidade na tentativa de percorrer no menor 
tempo possível uma distância pré-determinada. Apesar dessa característica importante de 
ajuste de velocidade para as modalidades de “endurance”, alguns estudos mostram que 
não se tem estabelecido um consenso em relação a estratégia que possibilite o melhor 
desempenho (LOFTIN et al., 2009, BERTUZZI et al., 2006), ou até mesmo se atletas re-
creacionais podem variar sua estratégia de corrida para obter melhoras no desempenho.
Dentre as estratégias mais utilizadas estão: a) estratégia constante - o atleta mantém 
(ou altera pouco) a velocidade ao longo da prova; b) estratégia negativa ou decrescente - o 
atleta inicia a prova em alta velocidade e diminui ao longo da prova; c) estratégia positiva 
ou crescente - o atleta inicia a prova em velocidades baixas e aumenta gradualmente até 
o final; e d) estratégias variáveis - a distribuição da velocidade não segue um padrão bem 
definido (CARMO et al., 2012). Estudos mostram que corredores recreacionais utilizam 
uma estratégia mais conservadora durante a prova realizando um aumento de velocidade 
ao final. Por outro lado, corredores treinados realizam a estratégia em U durante as provas 
(LIMA-SILVA et al., 2010, MANOEL et al., 2017).
Fonte: MANOEL, F. A.; KRAVCHYCHYN, A. C. P.; ALVES, J. C.; MACHADO, F. A. Influência do 
nível de performance na estratégia de ritmo de corrida em prova de 10 km de corredores recreacionais. Rev 
Bras Educ Fís Esporte, v. 29, n. 03, p. 355-360, 2015.
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283823016_Influencia_do_nivel_de_per-
formance_na_estrategia_de_ritmo_de_corrida_em_prova_de_10_km_de_corredores_recreacionais. Acesso 
em: 24 fev. 2022.
https://www.researchgate.net/publication/283823016_Influencia_do_nivel_de_performance_na_estrategia_de_ritmo_de_corrida_em_prova_de_10_km_de_corredores_recreacionais
https://www.researchgate.net/publication/283823016_Influencia_do_nivel_de_performance_na_estrategia_de_ritmo_de_corrida_em_prova_de_10_km_de_corredores_recreacionais
45UNIDADE I Introdução ao Atletismo e Planejamento 45UNIDADE II Fundamentos das Corridas e Suas Características
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Correr: o exercício, a cidade e o desafio da maratona
Autor: Drauzio Varella.
Editora: Companhia das Letras.
Sinopse: Corredor e maratonista há mais de vinte anos, Drauzio 
Varella escreve sobre o hábito que lhe dá paz de espírito para en-
frentar os deveres da vida de médico, escritor e voluntário. Drauzio 
Varella é oncologista, autor de best-sellers, voluntário numa prisão, 
pesquisador do uso medicinal de espécies amazônicas e ainda 
celebridade na TV. Mas consegue há mais de vinte anos conciliar 
esse atribulado dia a dia com a prática regular de exercício físico. 
Para ele, correr não é só um hobby: é o que lhe dá o equilíbrio 
para enfrentar os desafios da vida. Em Correr, Drauzio conta como 
e por que decidiu espantar o sedentarismo; relata o desafio da 
primeira maratona; nos dá um panorama da história das corridas 
desde sua suposta origem na Grécia antiga; oferece informações 
médicas sobre a prática; e, de quebra, nos leva de “carona” num 
passeio sensível pela alma humana. Leitura indispensável para 
corredores e futuros corredores.
FILME / VÍDEO 
Título: I Am Bolt 
Ano: 2016.
Sinopse: O documentário mergulha na vida do jamaicano Usain 
Bolt, aposentado desde o último Mundial de Atletismo. Mostra a 
trajetória do velocista do início de sua vida até a consagração. As 
gravações aconteceram nas Olimpíadas de Pequim, de Londres e 
do Rio de Janeiro, além de um Mundial na Alemanha em 2009 e na 
terra-natal do corredor, a Jamaica. Participam do documentário os 
velocistas Asafa Powell e Yohan Blake, Neymar e Pelé, a tenista 
Serena Williams e o músico Ziggy Marley, filho de Bob Marley.
https://www.google.com.br/books/edition/_/KlqQjwEACAAJ?hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiry_7h_OX0AhUBJ7kGHbXxCIQQre8FegQIBhAC
46
Plano de Estudo:
● Salto em distância;
● Salto triplo;
● Salto em altura;
● Salto com vara.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender o salto em distância e suas características principais;
● Conhecer a prova do salto triplo e suas características e regras principais;
● Descrever a prova do salto em altura e suas características principais e regras;
● Conhecer as técnicas e os processos pedagógicos de ensino-aprendizagem do salto 
com vara.
UNIDADE III
Fundamentos dos Saltos
e Suas Características
Professor Dr. Francisco de Assis Manoel
47UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja-vindo à terceira unidade da nossa apostila de Atletismo. Após 
abordarmos os principais tipos de corrida de velocidade, corridas de revezamento, corridas 
sobre barreiras e obstáculos, corridas de meio fundo e fundo, assim como a marcha atlética, 
chegamos no momento de aprendermos sobre as provas de saltos no atletismo, incluindo 
o salto em distância, salto triplo, salto em altura e salto com vara. 
Então nesta unidade, aprenderemos sobre cada prova, bem como as suas principais 
regras e características. Dessa forma, se prepare para aprofundar um pouco mais nesse grupo 
de provas do atletismo. Por isso se prepare, dedique-se aos estudos e mergulhe na leitura!
Vamos em frente? Ótimo estudo!
48UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
1. SALTO EM DISTÂNCIA
O saltar é considerado um dos movimentos mais importantes da evolução humana, 
sendo utilizado até no presente momento em diversas atividades da vida moderna (MAT-
THIESEN, 2017). Além disso, o salto também está presente em diversas atividades físicas, 
seja no treinamento físico, nas academias, nos clubes, praças, entre outros. As provas 
de saltos no atletismo destacam-se das demais provas por serem caracterizadas como 
provas que demandam de muita técnica para sua a realização. Neste sentido, na presente 
unidade aprenderemos sobre cada um dos saltos, bem como as suas principais regras e 
características.
As provas oficiais de saltos no atletismo incluem o salto em distância, salto em 
altura, salto triplo e salto com vara. De acordo com Matthiesen (2017), em geral, as quatros 
fases dos saltos no atletismo correspondem:
● Corrida: caracterizada como a primeira fase, a corrida antecede e prepara para o salto;
● Impulsão (chamada): caracterizada como o momento antecedente à suspen-
são, demanda de precisão e força muscular;
● Suspensão: caracterizada como a fase de voo, ou fase aérea;
● Queda: caracterizada como a fase final do salto, sendo esta determinante para 
o registro da marca (resultado) do atleta.
49UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
O salto em distância é caracterizado por quatro fases, sedo elas, a fase de corrida 
ou de aproximação, a fase de impulso e/ou chamada, a fase de voo e queda. A Figura 1 
apresenta as características durante a realização do salto em distância. 
FIGURA 1 - FASES DO SALTO EM DISTÂNCIA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
● Fase de corrida (aproximação): Na fase de aproximação, o atleta deve alcan-
çar uma velocidade horizontal constante alta (próxima a máxima). Nesta fase, os 
treinadores devem observar a aceleração do atleta, observar o ritmo completo 
da ação, assegurar que o atleta não diminua o ritmo, bem como determinar o 
número ótimo de passos para o momento da “chamada” ou fase de impulsão 
(MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase da chamada (impulsão): Esta é considerada uma das fases principais e 
fundamentais do salto em distância, pois é nesta fase, devido o momento da 
precisão,bem como, da força muscular aplicada que se define a trajetória do 
corpo do atleta, além da altura do centro de gravidade. O objetivo desta fase 
é maximizar a velocidade vertical e minimizar a perda da velocidade horizontal 
(MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de suspensão (voo): Nesta fase, o atleta deve evitar a redução da distância do 
tamanho do salto e deve-se preparar para a fase final (queda). Nesta fase, o treinador 
deve auxiliar o atleta para uma queda eficiente, observando a posição dos membros 
inferiores em relação ao tronco, além de assegurar que qualquer progressão do 
ensino da técnica seja ótima para o atleta (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de queda: Nesta fase o atleta deve minimizar a distância do contato inicial 
dos pés com o solo (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
50UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
A partir do conhecimento das características específicas do salto em distância, é 
possível realizar o planejamento para o ensino da mesma, o qual deve ser direcionado a 
partir dos pontos chaves enfatizando cada uma das fases. 
Na iniciação, devemos priorizar as brincadeiras no momento do ensino do salto 
em distância. Brincadeiras como o salto marcado (Figura 2), que de acordo com o local em 
que o aluno saltar, recebe uma pontuação diferente, podendo essa atividade ter variações. 
Temos também o salto com corda, em que o aluno deverá saltar o maior número de vezes 
em um intervalo de tempo (Figura 3). 
FIGURA 2 - ATIVIDADE “SALTO MARCADO” 
Fonte: GOZZOLI et al. 2014.
FIGURA 3 - ATIVIDADE “SALTO COM CORDA”
Fonte: GOZZOLI et al. 2014.
A Figura 4 apresenta um exercício técnico-pedagógico para o ensino do salto em 
distância. Neste exercício, é feito o salto sobre os caixotes, cujo objetivo é promover uma 
corrida curta e simular a fase de impulsão. É recomendado realizar três passos entre os 
obstáculos e realizar a queda com a perna contrária aquela do salto, que é fundamental 
para a realização da atividade. Além disso, é recomendado que a altura dos caixotes seja 
entre 20 e 40 cm e a distância entre os obstáculos seja proporcional à capacidade do 
saltador, geralmente variando de 4 a 6 m.
51UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 4 - EXERCÍCIO DE SALTO SOBRE CAIXOTES
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
O exercício de salto a partir do caixote também é considerado um excelente exer-
cício para o ensino da técnica do salto em distância no atletismo. A Figura 5 representa o 
exercício de salto com perna de impulsão a partir do caixote. Com a plataforma variando 
entre 10 e 20 cm, o atleta deve manter a fase de impulsão durante a fase de suspensão e 
a queda em posição de afundo.
FIGURA 5 - EXERCÍCIO DE SALTO COM PERNA DE IMPULSÃO A PARTIR DO CAIXOTE
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
A fase de voo durante o salto em distância pode ser realizada por meio de diferentes 
técnicas. A Figura 6 apresenta o exercício para o ensino da técnica do salto em distância, 
priorizando a fase de voo. Neste exercício, após a realização de uma corrida curta (5 a 7 
passos) o atleta deve realizar o salto completo sobre o caixote e realizar a queda com os 
pés paralelos. O objetivo do exercício é enfatizar o ensino da técnica durante a fase de 
voo, enfatizando a máxima distância a ser alcançada durante a realização do salto em 
distância. Portanto, é importante destacar que o ensino da técnica durante a fase de voo, 
bem como, durante a queda, é considerado de grande relevância para o sucesso do atleta 
na modalidade esportiva. 
52UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 6 - SALTO COM UMA DAS TÉCNICAS SOBRE O CAIXOTE
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
Após o momento de impulsão, temos a fase aérea e até o momento de queda na 
areia, podemos dizer são três as técnicas utilizadas nesse momento do salto em distância: 
o arco, o salto grupado e a passada no ar (ou hitch kick). Neste sentido, o aprendizado deve 
ser iniciado pelo salto grupado, o qual poderá ser aperfeiçoado a posterior, pelo arco e pelo 
estilo passada no ar, na qual tem sido utilizado pela grande maioria dos atletas de alto nível 
(MATTHIESEN, 2017).
FIGURA 7 - TÉCNICA BÁSICA DE MOVIMENTO DURANTE 
A FASE DE VOO DO SALTO EM DISTÂNCIA
Fonte: Matthiesen, 2017.
As principais regras do salto em distância segundo a Confederação Brasileira de 
Atletismo (CBAT, 2020) e Matthiesen (2017, p. 99) incluem:
53UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
● Um atleta falha se: i) ao dar impulsão ele toca o solo (incluindo qualquer 
parte da tábua de plasticina) além da linha de impulsão com qualquer parte 
de seu corpo, quer passe correndo sem saltar, quer no ato de saltar; ii) dar 
impulso fora da tábua de impulsão tanto fora quanto no final da tábua à 
frente ou atrás da extensão da linha de impulsão; iii) ele emprega qualquer 
forma de salto mortal enquanto estiver correndo ou no ato de saltar; iv) 
após a impulsão, mas antes do primeiro contato com área da queda, ele 
toca o corredor ou o solo fora do corredor ou fora da área da queda.
● A distância entre a linha de impulsão e o final da caixa de areia deverá ser 
pelo menos 10m.
● A linha de impulsão deverá ser colocada entre 1m e 3m da borda mais 
próxima da área da queda.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=OOauamnGDG8
https://www.youtube.com/watch?v=OOauamnGDG8 
54UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
2. SALTO TRIPLO 
O salto triplo é uma das provas mais antigas do atletismo. Há relatos que a prova 
era praticada desde o Século II, e amplamente disputado na Irlanda e Escócia desde o final 
do século XIX (BARALDI e OLIVEIRA, 2020). Desde os primórdios, o salto triplo passou por 
diversas modificações, seja pela implementação de suas regras, seja pela implementação 
das técnicas e treinamentos para a realização do salto.
O salto triplo é caracterizado como um salto com impulsão em um só pé, uma passada 
e um salto, nesta ordem (CBAT, 2020). Por esse motivo, essa prova também é considerada 
uma das provas mais complexas do atletismo, devendo respeitar cada uma das fases no seu 
ensino, além de ensinar determinados movimentos de acordo com a idade do indivíduo. 
A realização do salto triplo é composta por quatro fases: fase de impulso, hop, 
step e salto. A Figura 8 apresenta as características do salto triplo.
FIGURA 8 - FASES DO SALTO TRIPLO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
55UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
 9 Fase corrida de impulso: Caracterizada como a primeira fase, na corrida de 
impulso o saltador deve ganhar impulso para a realização do salto. A velocidade 
aumenta continuamente ao longo da corrida. Além disso, a frequência de pas-
sos aumenta no final da corrida de impulso. Nesta fase, o atleta deve acelerar a 
velocidade máxima controlável (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
 9 Fase Hop: Caracterizado como a fase do primeiro salto, pode ser realizado com 
a perna direita ou esquerda. Nesta fase, o atleta deve buscar realizar o salto 
com predominância de deslocamento horizontal, ou seja, na maior distância 
possível com uma mínima perda de velocidade (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
 9 Fase Step: Caracterizada como a fase da passada, nesta fase, o atleta deve 
realizar a passada com a mesma perna de impulso do primeiro salto (fase hop). 
O atleta deve manter o tronco erguido, aproveitando o balanço dos braços para 
conseguir alcançar a maior distância possível durante a passada (MÜLLER e 
RITZDORF, 2000). 
 9 Fase de salto: Considerada como a fase final do salto triplo, nesta fase o atleta 
deve realizar o salto com a perna de impulsão oposta a aquela realizada durante 
as fases de hop e step, ou seja, para um salto que iniciou com a perna direita, 
a sequência total do salto será: direita (na fase hop), direita (na fase step) e 
esquerda (na fase de salto). Semelhante ao salto em distância, na fase de salto 
aqueda também tem um papel importante e determinante no resultado final do 
atleta (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
Na iniciação, devemos priorizar as brincadeiras no momento do ensino do salto em 
distância. As atividades podem ser semelhantes às do salto em distância, porém deve-se 
explorar atividades também como os saltos com apenas uma perna. Saltar com os dois pés 
ou com um de acordo com o comando do professor ou a brincadeira amarelinha (Figura 9). 
Outra alternativa é o pique pega saltando com apenas uma perna. O salto marcado, em que 
é estabelecido o local em que o aluno deverá saltar com cada uma das pernas (Figura 10).
56UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 9 - ATIVIDADE “SALTO TRIPLO NA ÁREA MARCADA”
 FIGURA 10 - ATIVIDADE “SALTO COM CORDA” 
Para o ensino do salto triplo, abaixo são demonstrados os principais exercícios 
didáticos pedagógicos enfatizando cada uma das fases da modalidade. A Figura 10 apre-
senta a realização de exercícios de salto para adquirir ritmo. O objetivo deste exercício é 
conhecer e melhorar a técnica do salto triplo. Neste sentido, é recomendado que os atletas 
realizem corridas curtas de 5 a 6 metros antes de começar a saltar, realizar multi-saltos 
alternados, combinar a realização de step e hop, e enfatizar o treinamento de impulsão e 
queda em ambas as pernas.
57UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 11 - EXERCÍCIOS DE SALTO PARA ADQUIRIR RITMO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
O exercício de salto triplo com auxílio de plataforma, também é considerado um 
dos principais exercícios para o ensino pedagógico do salto triplo (MATTHIESEN, 2017). 
O objetivo deste exercício é aprender e melhorar o movimento da fase de step. Com o 
auxílio de uma plataforma (com aproximadamente 15 cm de altura) o atleta deverá iniciar 
o exercício realizando uma corrida curta (5 a 6 metros), a partir de uma realizar o hop e 
step, realizar o salto sobre a plataforma caindo na areia. Neste exercício, é importante a 
manutenção do ritmo, bem como, o deslocamento na horizontal, ou seja, buscando sempre 
alcançar a maior distância possível. A Figura 12 apresenta o exercício de salto triplo com o 
auxílio de uma plataforma.
FIGURA 12 - EXERCÍCIOS DE SALTO TRIPLO NA PLATAFORMA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
Seguindo a sequência didático pedagógica para o ensino do salto triplo, a Figura 
8 apresenta o exercício de salto triplo com corrida de aproximação realizada em uma dis-
tância média. O objetivo deste exercício é, além de compreender e praticar o salto triplo 
completo, o mesmo enfatiza o ritmo de deslocamento durante toda a prova, bem como 
auxilia na demarcação de marcas que são importantes para o controle do ritmo e frequência 
de passos durante a fase de corrida. Neste exercício, é recomendado que o atleta realize 
corridas de média distância (aproximadamente 10 a 15 metros), correndo em direção à uma 
marca e/ou tábua de impulsão, realizando, portanto, a sequência completa de salto triplo 
(step, hop e salto), finalizando com a queda na caixa de areia. Além do ritmo, a frequência 
de passos, ou seja, o número de passos que o atleta realiza até chegar a fase de hop, deve 
58UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
ser registrada e/ou ajustada para que o atleta consiga realizar o maior deslocamento possí-
vel durante as fases subsequentes à corrida. Portanto, para muitos técnicos e treinadores, 
a fase 1 (corrida) do salto triplo possui uma importância fundamental para o sucesso da 
realização do salto na modalidade de atletismo.
FIGURA 13 - SALTO TRIPLO COM CORRIDA DE MÉDIA DISTÂNCIA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
As principais regras do salto triplo, segundo a Confederação Brasileira de Atletismo 
(CBAT, 2020) e Matthiesen (2017, p. 111) incluem:
● O salto triplo consistirá de um salto com impulsão em um só pé, uma 
passada e um salto, neta ordem;
● O salto com impulsão em um só pé será feito de modo que o atleta caia 
primeiro sobre o mesmo pé que deu a impulsão; na passada ele cairá 
com o outro pé do qual, consequentemente, o salto será realizado;
● A distância entre a linha de impulsão para homens e a borda mais distan-
te da caixa de areia deverá ser pelo menos 21m.
● Em competições internacionais, deve haver uma tábua de impulsão, se-
parada para homens e mulheres, que a linha de impulsão não esteja a 
menos de 13m para homens e 11m para mulheres a partir da borda mais 
próxima da caixa de areia. Nas demais competições, tal distância será 
adequada para o nível da competição;
● Entre a tábua de impulsão e a área da queda, para a realização das fases 
de passo e salto, haverá uma área de impulsão de 1,22m ± 0,01m de 
largura, proporcionando uma pisada sólida e uniforme.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=qWj6nE8hv1o
 https://www.youtube.com/watch?v=qWj6nE8hv1o 
59UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
3. SALTO EM ALTURA
 
O salto em altura é caracterizado como um salto vertical que demanda de técnica e 
potência muscular de membros inferiores para a sua execução. O principal objetivo do salto 
em altura é transpor a barra, e para que isso possa ocorrer com eficência, o atleta deve 
elevar seu centro de gravidade acima da barra utilizando técnicas para a realização do salto 
(BARALDI e OLIVEIRA, 2020). Neste sentido, as técnicas permitidas para a realização do 
salto em altura incluem: o Estilo Tesoura (utilizado principalmente na iniciação), o Estilo 
Rolo Ventral e o estilo Fosbury Flop (o mais utilizado atualmente).
FIGURA 14 - ESTILOS DO SALTO EM ALTURA
Fonte: Matthiesen, 2017 e adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
60UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
O salto em altura é composto por quatro fases: corrida de aproximação, impul-
são, voo e queda. A Figura 9 apresenta as fases do salto em altura.
FIGURA 15 - FASES DO SALTO EM ALTURA
<---Aproximação----> <--Impulso--> <-----------------Voo-------------------<--------Queda--------->
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
 9 Corrida de aproximação: Caracterizada como a fase precedente ao salto, 
nesta fase o atleta deve acelerar e preparar para a realização do salto. A corrida 
tem a forma de um “j” invertido, sendo a primeira parte uma corrida em linha reta 
(aproximadamente três a seis passos) e a segunda parte uma corrida em curva 
(quatro a cinco passos) com velocidade progressiva, entretanto, não máxima.
 9 Fase de impulso: Considerada como uma das fases mais importantes do salto 
em altura, o objetivo da fase de impulso é maximizar a velocidade vertical e 
iniciar as rotações do corpo preparando para a vase de voo (transposição da 
barra) e consequentemente para a queda. 
 9 Fase de voo: Caracterizada como a fase de transposição da barra, esta fase 
compreende a realização da técnica de salto, sendo o fosbury flop (ou salto de 
costas) o mais utilizados por diferentes saltadores profissionais no atletismo. 
 9 Fase da queda: O objetivo da fase da queda é a aplicação da técnica para que 
o atleta realize a queda de forma mais segura. Neste sentido, é recomendado 
que o atleta posicione a cabeça junto ao peito, sendo que a queda deve ser 
realizada sobre os ombros e as costas. 
Assim como nos saltos horizontais, a iniciação do salto em altura deve priorizar as 
brincadeiras lúdicas até iniciar o salto com as técnicas específicas. Acrescentar brincadei-
ras como: saltar a corda que pode estar na altura do chão (Figura 16) no início e depois 
aumentando essa altura, e a queda pode ser na areia ou colchão (Figura 17). 
61UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 16 - “SALTANDO A CORDA EM MOVIMENTO”
FIGURA 17 - “SALTANDO A CORDA EM MOVIMENTO”
Fonte: Matthiesen, 2017.
No ensino do salto em altura completo, deve-se desde o início priorizar atividades 
que proporcionam o ensino de como realizar a queda em segurança no colchão,e criando 
uma confiança nos indivíduos ao realizarem o salto no colchão.
Os exercícios didáticos-pedagógicos para o ensino do salto em altura envolvem as 
características de cada fase do salto. Neste sentido, desde a corrida de aproximação, a fase 
de impulso e a fase de voo, são levadas em consideração para o planejamento do treina-
mento técnico do salto em altura. A Figura 18 apresenta um exercício didático-pedagógico 
para o ensino da fase de impulso no salto em altura. Para a realização deste exercício, 
após o atleta realizar uma corrida curta de aproximação (em forma de “j” invertido), durante 
a fase de impulso o pé deve apontar para o colchão ou em direção ao salto, além disso, os 
tempos de apoio do pé e da flexão do joelho devem ser rápidos (momento 1 da figura) e o 
tronco deve permanecer na vertical ao final do impulso (momento 2 da figura).
62UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 18 - FASE DE IMPULSÃO DO SALTO EM ALTURA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
A fase de voo e/ou a transposição do sarrafo também é considerada uma das fases 
mais importantes do salto em altura. Neste sentido, o conhecimento sobre os exercícios 
didáticos-pedagógicos para o ensino e treinamento desta fase, sem dúvidas, de grande 
importância para profissionais de Educação Física que pretendem trabalhar com esta mo-
dalidade. A Figura 19 apresenta a fase de transição/voo do salto em altura. Nesta fase, o 
braço do lado da perna de impulsão deve estar estendido na direção da barra (momento 
1 da figura), além disso, para que o quadril transponha a barra, as costas devem estar 
estendidas (formando um arco) e os joelhos devem ser afastados para a melhor extensão 
da coluna.
FIGURA 19 - FASE DE TRANSPOSIÇÃO DO SALTO EM ALTURA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
63UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
Um dos primeiros exercícios para o ensino da fase de transposição da barra é a 
realização do salto em tesoura. A Figura 20 apresenta a realização do exercício de salto 
tesoura para o ensino da fase transposição do salto em altura. O objetivo deste exercício 
é fazer com que o aluno/atleta aprenda a fazer a impulsão vertical. Neste sentido, após 
realizar uma corrida curta de aproximação, o aluno/atleta deverá apoiar o pé de impulsão 
na direção da corrida e deverá cair com o pé de apoio ao contrário do pé de impulso. Como 
forma de progressão, o treinador poderá aumentar progressivamente a altura do sarrafo.
FIGURA 20 - EXERCÍCIO DE SALTO ESTILO TESOURA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
Após o aluno/atleta aprender a verticalização do salto (fase de impulso), a ênfase 
e o aprendizado sobre a fase de transposição do sarrafo são considerados de grande 
importância. A Figura 21 apresenta um dos principais exercícios didático-pedagógico para 
o ensino da fase de transposição do sarrafo durante o salto em altura. Para a realiza-
ção deste exercício, a utilização de colchões é indispensável. Neste sentido, o objetivo 
deste exercício é o aprendizado do arco para a transposição do sarrafo seguido da fase 
de queda. Portanto, após a realização do impulso (verticalização do salto), o aluno/atleta 
deverá realizar um arco com a coluna e realizar a fase da queda sobre o colchão. Como 
forma de progressão, o treinador poderá aumentar a altura do salto e da queda reduzindo 
a quantidade de colchões.
FIGURA 21 - EXERCÍCIO DE TRANSPOSIÇÃO E QUEDA DO SALTO EM ALTURA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
64UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
Por fim, o ensino da técnica do salto em altura passa pela realização da transposi-
ção com a corrida de aproximação com joelhos altos, enfatizando assim todas as fases do 
salto em altura (Figura 22).
FIGURA 22 - EXERCÍCIO DE TRANSPOSIÇÃO COM CORRIDA USANDO JOELHOS ALTOS
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
As principais regras do salto em altura segundo a Confederação Brasileira de Atle-
tismo (CBAT, 2020) e Matthiesen (2017, p. 120) incluem:
● O atleta deve impulsionar-se em um só pé;
● A atleta falha se: i) Após o salto, a barra não permanecer nos suportes 
devido a ação do atleta enquanto salta ou ii) ele tocar o solo, incluindo a 
área de queda além da borda mais próxima do plano dos postes, dentro 
ou fora deles com qualquer parte do corpo, sem ter ultrapassado a barra 
primeiro. Entretanto, se quando ele saltar, o atleta tocar a área da queda 
com seu pé e, na opinião do árbitro, nenhuma vantagem foi obtida, o salto 
não será falho por aquela razão;
● Todas as medidas devem ser feitas em centímetros redondos perpendi-
cularmente do piso à parte mais baixa do lado superior da barra;
● Se dois ou mais atletas ultrapassarem a mesma altura final o procedi-
mento para decidir as colocações serão: i) o atleta com número menor 
de saltos na altura onde ocorrer o empate será considerado o de melhor 
colocação; ii) se os atletas ainda permanecerem empatados, o atleta com 
o menor número total de saltos falhos em toda prova até e incluindo a últi-
ma altura ultrapassada será considerado o de melhor colocação; iii) se os 
atletas ainda permanecerem empatados, o atleta em questão será con-
siderado na mesma posição a menos que seja relativo ao primeiro lugar.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=zW87tVnDKIU
https://www.youtube.com/watch?v=zW87tVnDKIU 
65UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
4. SALTO COM VARA
O salto com vara é considerado um dos saltos mais complexos de todos os saltos 
que compõe o atletismo. A origem real do salto com vara ainda é questionada, entretanto, 
há relatos que o mesmo já era praticado pelos britânicos da nobreza inglesa (BARALDI 
e OLIVEIRA, 2020). Além disso, de acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo 
(CBAT, 2020), há registro que as primeiras competições do salto com vara realizadas na 
Alemanha e Inglaterra datam do século XIX (por volta de 1843). Assim com o passar dos 
anos, a técnica de salto, bem como a composição da vara sofreram modificações importan-
tes, tornando o salto com vara um dos saltos mais facinantes do atletismo (LESSA, 2014).
Para a realização do salto com vara, é necessário a aplicação de diversas fases, 
incluindo a corrida de impulso, a apresentação/encaixe, a fase de chamada/penetra-
ção, a fase de engrupamento (extensão/rotação), a transpoisção do sarrafo e a queda 
sobre o colchão. A Figura 15 apresenta as fases do salto com vara.
FIGURA 23 - FASES DO SALTO COM VARA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
66UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
● Corrida de impulso: Caracterizada como a fase de aproximação, durante a 
corrida de impulso, o atleta deve sustentar corretamente a vara. Para isso, é 
recomendado que ambos os braços estejam flexionados e a ponta da vara deve 
estar sobre a altura e/ou acima da cabeça. A corrida deve ser realizada com os 
joelhos erguidos, com aumento gradual de velocidade, minimizando a perda da 
velocidade preparando assim para a fase de apresentação e chamada de forma 
efetiva (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de apresentação/encaixe: O objetivo desta fase é preparar o atleta para 
a realização da fase de chamada/penetração. Nesta fase, é necessário que o 
atleta desça de forma gradual a ponta da vara, preparando-a para o encaixe 
no suporte. Além disso, durante a realização desta fase, é necessário que o 
atleta evite e/ou minimize a perda de velocidade obtida durante a fase de corrida 
(MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de chamada/penetração: O objetivo desta fase é transferir a máxima 
energia da corrida de impulso para a vara. Para isso, é recomendado que o 
atleta mantenha o corpo completamente estendido, mantendo a concentração 
durante a realização do salto (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de engrupamento (Extensão/rotação): O objetivo desta fase é maximi-
zar a flexão da vara e projetar o corpo para utilizar a energia aplicada. Durante a 
realizaçãodesta fase, é necessário que o atleta mantenha as pernas flexionadas 
e ambos os braços estendidos. O corpo se move da posição “L” para a posição 
“I”, o giro completa a tração de ambos os braços (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
● Fase de transposição do sarrafo: O objetivo desta fase é executar a altura 
máxima de liberação da vara passando pelo sarrafo. Para a realização desta 
fase, o atleta deve empurrar a vara com o braço, realizando a transposição do 
sarrafo flexionando o corpo em posição de arco. A queda no colchão deve ser 
realizada sobre as costas evitando que os joelhos e/ou pernas caia sobre a 
cabeça (MÜLLER e RITZDORF, 2000). 
Muitas vezes essa prova não é trabalhada devido a sua complexidade e falta do 
material oficial, porém pode-se realizar atividades na iniciação utilizando a vara adaptada 
como a de bambu. Iniciando com atividades simples de como segurar a vara, seguindo para 
atividades de salto com a vara e com queda na areia ou colchões (Figura 24). Podendo 
variar essa atividade colocando obstáculos de altura e pontuações para os locais de queda 
(Figura 25).
67UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 24 - TRANSPOSIÇÃO COM A VARA 
Fonte: Matthiesen, 2017.
FIGURA 25 - “SALTO EM DISTÂNCIA COM VARA”
Fonte: Matthiesen, 2017.
Para o ensino do salto com vara, os exercícios didáticos-pedagógicos são consi-
derados fundamentais neste processo. Neste sentido, um dos principais exercícios para 
o ensino da técnica do salto com vara, envolve a realização do salto utilizando a vara 
como implemento principal. A Figura 26 apresenta um exercício didático-pedagógico para 
o ensino do salto com vara. O objetivo deste exercício é estimular o apoio em suspensão 
na vara. Portanto, para a realização deste exercício, a partir de uma plataforma de areia, o 
aluno/atleta deve realizar o salto com auxílio do professor, realizando a queda sobre a areia 
e/ou piso de grama para o amortecimento da queda.
68UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
FIGURA 26 - SALTO A PARTIR DE UMA PLATAFORMA NA AREIA
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
A progressão dos exercícios para o ensino do salto com vara, envolve a rotação do 
corpo a partir do salto. A Figura 27 apresenta a realização do exercício de salto com vara 
de uma plataforma com rotação do corpo. Neste exercício, o aluno/atleta deverá saltar a 
partir de uma plataforma e realizar a rotação do corpo durante a fase de voo preparando 
para a queda. Como forma de progressão, os treinadores podem enfatizar a combinação 
das fases, incluindo a corrida de impulso, a fase de encaixe, fase de chamada, rotação e 
fase de transposição do sarrafo.
FIGURA 27 - SALTO DE UMA PLATAFORMA COM ROTAÇÃO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000).
Para a orientação da prescrição dos exercícios envolvidos no ensino da técnica do 
salto com vara, a Tabela 1 apresenta a orientação das cargas dos exercícios envolvidos 
com esta característica. Neste sentido, para estímulos de corridas de aceleração, são enfa-
tizadas duas séries de 3 a 5 repetições com corridas de 20 a 40m. Para as corridas com a 
vara, enfatiza-se duas séries de 3 repetições com corridas com distância de 20 a 40m. Por 
fim, para corridas em curvas (como por exemplo o salto em altura), são enfatizadas duas 
séries de 3 a 5 repetições com corridas com distâncias de 8 a 10 m. 
69UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
TABELA 1 – ORIENTAÇÃO DAS CARGAS DOS EXERCÍCIOS
Distância Repetições Séries Carga
Corridas de aceleração 20-40m 3-5 2 Próprio corpo
Corridas com a vara 20-40m 3 2 Próprio corpo
Corridas em curva 8-10m 3-5 2 Próprio corpo
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000) por Beraldi e Oliveira (2019, p.120).
Para a realização dos exercícios envolvidos na prática e o aprendizado dos saltos, 
a Tabela 2 apresenta a orientação para a prescrição dos mesmos, enfatizando a distância, 
o número de repetições, séries e a intensidade da carga aplicada em cada um dos saltos. 
Neste sentido, para a realização do salto após partida em pé, são enfatizados duas a quatro 
séries de 3 a 5 repetições, com corrida a uma distância de 20 a 50m. Para a realização 
do salto após uma corrida curta (20 a 40m) são enfatizados duas a quatro séries de 3 a 
5 repetições com uma carga moderada (média). Já para os exercícios de salto após uma 
corrida rápida (15 a 20m), são enfatizados uma a três séries de 2 a 4 repetições com uma 
carga elevada. Por fim, para os exercícios de saltos em rampa, após a realização de uma 
corrida (20 a 50m), são enfatizados uma a três séries de 2 a 4 repetições realizados com 
uma carga baixa.
TABELA 2 – ORIENTAÇÃO DAS CARGAS DOS EXERCÍCIOS
Distância Repetições Séries Carga
Salto após partida em pé 20-50m 3-5 2-4 Baixo
Salto após corrida curta 20-40m 3-5 2-4 Médio
Salto após corrida rápida 15-20m 2-4 1-3 Elevado
Saltos em rampa 20-50m 2-4 1-3 Baixo
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2000) por Beraldi e Oliveira (2019, p.121).
As principais regras do salto com vara segundo a Confederação Brasileira de Atle-
tismo (CBAT, 2020) e Matthiesen (2017, p. 127) incluem:
Os atletas podem ter a barra movida somente na direção da área da queda, de 
maneira que a borda mais próxima ao atleta possa ser posicionada em qualquer ponto a 
partir da parte superior do encaixe até 80cm na direção da área da queda;
Um atleta informará ao árbitro responsável, antes do início da prova, a posição que 
deseja para a barra na sua primeira tentativa e essa posição será registrada; Se poste-
riormente o atleta quiser fazer quaisquer alterações, ele deverá informar imediatamente o 
árbitro responsável antes de a barra ter sido fixada de acordo com seu pedido inicial. Caso 
isso não seja feito, será iniciada a contagem do tempo limite.
70UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
Um atleta falha se: i) após o salto, a barra não permanece nos suportes devido à 
ação do atleta durante o salto; ou ii) ele tocar o solo, inclusive a área de queda além do 
plano vertical passando pela parte superior do encaixe até a parte posterior final do encaixe 
com qualquer parte de seu corpo ou com a vara, sem primeiro ultrapassar a barra; ou iii) 
após deixar o solo, colocar a mão mais baixa acima da mais alta ou mover a mão de cima 
para um ponto mais alto na vara; iv) durante o salto um atleta move ou recoloca a barra com 
sua(s) mão(s);
É permitido aos atletas, durante a competição, colocar substâncias químicas em 
suas mãos ou na vara, de modo a obter melhor pegada. O uso de luvas é permitido;
Se, ao efetuar uma tentativa, a vara do atleta quebrar, isso não será considerado 
como um salto falho e uma nova tentativa deve ser concedida.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=iVVeH7QMIZQ
https://www.youtube.com/watch?v=iVVeH7QMIZQ 
71UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
SAIBA MAIS
Os saltos horizontais no atletismo são caracterizados como provas que demandam de 
muita técnica, velocidade, força e potência muscular (CBAT, 2020). Entretanto, um ponto 
determinante para o desempenho dos saltos horizontais no atletismo envolve a precisão 
da fase de impulso, ou seja, do ponto exato do toque dos pés sobre a tábua de impulsão 
(MATTHIESEN, 2017). 
Neste sentido, quando mais próximo a linha demarcada na tábua, melhor será o apro-
veitamento do salto, por outro lado, quanto mais longe da tábua for o momento da im-
pulsão, maior será o prejuízo para o atleta, uma vez que a marca do salto (resultado) 
é registrada a partir da linha da tábua (MATTHIESEN, 2017). Neste sentido, um dos 
grandes desafios para técnicos e treinadores de atletismo das provas de salto horizon-
tais (salto em distância e salto triplo) é o acerto da marca, ou seja, a marcação do início 
da corrida, da quantidade de passos durante a corrida de aproximação e a “chamada” 
(momento da impulsão) com a perna correta. Portanto, a compreensão de cada fase das 
provas de saltos no atletismo é fundamentale determinante para o sucesso na modali-
dade esportiva.
FIGURA 28 - FASE DE IMPULSO DOS SALTOS HORIZONTAIS
72UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
REFLITA 
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) realiza periodicamente curso de forma-
ção de técnicos em atletismo. Organizados por diferentes níveis, o curso de formação 
em treinadores da CBAt é uma excelente oportunidade para o aprofundamento dos 
conhecimentos sobre a modalidade, bem como, dos meios e métodos de treinamento 
para a melhora do desempenho e para o ensino da técnica de cada prova do atletismo. 
Portanto, fique atento ao calendário e aproveite cada oportunidade durante o processo 
de sua formação! Reflita sobre isso. 
Fonte: (CBAT, 2020).
73UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno (a), nessa terceira unidade da nossa apostila de Atletismo, você estudou 
sobre os diferentes tipos de saltos do atletismo. Conforme exposto, vimos que as provas de 
saltos oficiais do atletismo incluem o salto em distância, o salto triplo, o salto em altura e o 
salto com vara. Além disso, aprendemos também que as características principais de cada 
prova podem variar de acordo com cada fase da mesma. 
Neste sentido, a compreensão e o conhecimento acerca das especificidades de 
cada uma das provas de salto do atletismo, são consideradas de suma importância para 
os futuros professores, profissionais e técnicos que almejam trabalhar com a modalidade.
Portanto, aluno (a), concluímos mais uma etapa de nossa caminhada acadêmica, 
em direção à formação em Educação Física, com foco no Atletismo. 
Vamos em frente e ver o que nos aguarda na próxima unidade.
74UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
LEITURA COMPLEMENTAR
A quantificação das cargas de treinamento é considerada fundamental para o con-
trole e prescrição do treinamento físico, independente da modalidade esportiva. Entretanto, 
em modalidades que envolvem a repetição de movimentos durante a execução da técnica, 
como por exemplo no salto em distância, a quantificação das variáveis do treinamento e 
desempenho em competições são fundamentais para sucesso do atleta na modalidade. 
Neste sentido, Moura e colaboradores (2021) descreveram a carga de treinamento, 
a prontidão neuromuscular e a percepção de fadiga em um atleta da categoria sub-18 
da modalidade de atletismo (salto em distância) durante um macrociclo de 18 semanas 
de treinamento, subdivididos em períodos de preparação geral, preparação especial e 
período competitivo. Os resultados apresentados no presente estudo demonstraram que 
o período de preparação geral foi caracterizado por sessões mais longas de treinamento 
quando comparado aos demais, enquanto que a razão carga aguda/carga crônica apresen-
tou tendência de diminuição de período para período. Além disso, os resultados também 
demonstraram que os melhores resultados do salto vertical coincidiram com os períodos 
em que o atleta obteve suas melhores marcas na competição. Já a percepção de fadiga 
aumentou significativamente do período de preparação geral para o especial, retornando 
aos valores anteriores no período competitivo.
Portanto, os parâmetros de monitoramento da carga de treinamento, da prontidão 
neuromuscular e da percepção da fadiga, podem ser utilizados como direcionamento na 
conduta de treinadores, permitindo a obtenção de resultados fidedignos e importantes para 
o sucesso do atleta em sua modalidade esportiva. Assim, a compreensão destes parâme-
tros, sem dúvidas, tem sido considerada de grande relevância no cenário atual, enfatizando 
as características de cada prova, bem como, as suas especificidades.
Fonte: MOURA, N. A.; MOURA, L. P.; MOURA, T. F. P.; BRANDÃO, M. R. F. 
Variáveis do treinamento e desempenho em competição de um jovem atleta do salto em 
distância – um relato de caso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 
15, n. 95, p. 82-95, 2021.
75UNIDADE III Fundamentos dos Saltos e Suas Características
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Pliometria – Saltando longe com treinamento pliométrico: 
Um guia prático
Autor: Nélio Alfano Moura.
Editora: Companhia das Letras.
Sinopse: Neste livro o autor, treinador bicampeão olímpico do 
salto em distância em Pequim 2008, apresenta os fundamentos 
e fornece orientações práticas para a implementação do treina-
mento pliométrico, um dos métodos mais seguros e eficazes para 
o desenvolvimento das manifestações rápidas da força muscular. 
FILME / VÍDEO 
Título: Aida, Uma Mulher de Garra
Ano: 2012.
Sinopse: A produção resgata o empenho da atleta em busca de 
seu sonho olímpico. Única mulher da delegação brasileira nos 
Jogos de Tóquio, em 1964, Aída dos Santos conquistou a quarta 
posição na prova de salto em altura, mesmo sem treinador, patro-
cinador, tênis ou uniforme próprio.
https://www.google.com.br/books/edition/_/KlqQjwEACAAJ?hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiry_7h_OX0AhUBJ7kGHbXxCIQQre8FegQIBhAC
https://www.google.com.br/books/edition/_/KlqQjwEACAAJ?hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiry_7h_OX0AhUBJ7kGHbXxCIQQre8FegQIBhAC
76
Plano de Estudo:
● Arremesso do Peso e lançamento do Dardo;
● Lançamento do Disco e Martelo;
● Etapas de ensino do Atletismo relacionada aos níveis educacionais;
● Implementos oficiais e adaptações para o desenvolvimento do Atletismo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Descrever as provas de arremesso de peso e lançamento de dardo 
e suas características principais;
● Conhecer as provas de lançamento de disco e martelo 
e suas características principais;
● Compreender as etapas de ensino do atletismo 
e sua relação com os níveis educacionais;
● Sugerir adaptações dos implementos oficiais 
para o desenvolvimento do atletismo.
UNIDADE IV
Fundamentos do Arremesso, 
Lançamentos e Suas Características, 
Etapas de Ensino e Implementos do 
Atletismo
Professor Dr. Francisco de Assis Manoel
77UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja-vindo à quarta e última unidade da nossa apostila de Atletismo. 
Espero que vocês tenham aproveitado o conteúdo das unidades anteriores e ainda tenha 
bastante fôlego, pois nessa unidade tem muito conteúdo interessante ainda.
Nessa unidade vamos abordar o arremesso e os lançamentos, você verá que para 
essas provas devemos dar uma atenção especial, principalmente a segurança de todos 
envolvidos na prática e competição. Dentro de cada prova, teremos um breve histórico de 
cada uma, suas características e regras principais.
Você também vai poder conhecer uma proposta de ensino do Atletismo relacionando 
as etapas de ensino com os níveis educacionais. E por último, visto a dificuldade de espaço 
e aquisição de materiais oficiais da modalidade, você aprenderá algumas possibilidades 
para a confecção de alguns materiais para o ensino da modalidade.
Dessa forma, se prepare para essa última etapa da nossa apostila. Por isso se 
prepare, dedique-se aos estudos e mergulhe na leitura!
Vamos em frente? Ótimo estudo!
78UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
1. ARREMESSO DO PESO E LANÇAMENTO DO DARDO
A prova de arremesso e as de lançamentos, requerem um cuidado a mais compara-
do as outras provas, seja durante os treinos ou em competições, pois o risco de acidentes 
é grande devido aos implementos. Dessa forma, a introdução para o ensino dessas provas 
assim como das outras, pode ser iniciado destacando a importância da segurança própria 
e das outras pessoas nos locais de treinamento e competições.
Os implementos devem ser transportados de forma segura até o local do treino ou 
competição, não devendo ser lançados ou arremessados antes do momento. Ao organizar 
as atividades, deve priorizar a distância entre quem vai arremessar ou laçar, se possível, 
um de cada vez e o restante da turma deveficar atrás da linha de quem arremessa ou 
lança, devendo todos estarem atentos ao movimento para evitar acidentes.
Quando for realizar lançamentos principalmente nos setores, orienta-se que todas 
as outras atividades nas pistas parem, para que todos possam acompanhar o lançamento 
afim de evitar algum acidente. Normalmente as competições são organizadas em um for-
mato para evitar os conflitos.
Durante as sessões de treinamento, como tem muitas provas sendo treinadas ao 
mesmo tempo, nos dias que se tem lançamentos, esse grupo treina em horário alternativo, 
sendo essa uma forma para evitar que as outras atividades sejam interrompidas a todo 
momento de lançamento e reduzindo o risco de acidentes.
79UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
As provas de arremesso e lançamentos tem algo em comum, que é a tentativa de 
arremessar ou lançar o implemento o mais longe possível. No decorrer dos anos foram 
sendo desenvolvidas técnicas para auxiliar nesse processo. Dessa forma, temos os pontos 
chaves em comuns dessas provas, sendo o principal deles, a utilização de uma técnica 
com o objetivo de acelerar o corpo do aluno/atleta para que no final do movimento essa 
velocidade seja transferida para o implemento, afim de projetá-lo o mais longe possível. 
Então essa velocidade se inicia nos membros inferiores, depois transferida para o tronco, 
braço e finalizando com o arremesso ou lançamento do implemento.
Um dos erros mais comuns nas provas de arremesso e lançamentos é a transposi-
ção da linha limite no momento do arremesso e lançamento, como correção é a realização 
de exercícios que favoreçam a retomada do equilíbrio após o arremesso ou lançamento, e/
ou introdução do movimento de reversão.
1.1 Arremesso do Peso
“A origem desta prova parece ser também irlandesa, pois nos Jogos Tailteanos, no 
início da Era de Cristo, os Celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra que pelas 
descrições se assemelhavam à prova atual” (CBAT, 2022, p. 01).
Porém, o formato que a prova é disputada hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso 
do implemento, 7,256kg, correspondente a 16 libras inglesas, que era precisamente o que 
pesavam os projéteis dos famosos canhões britânicos do início do século XIX (CBAT, 2022). 
Nessa prova temos algumas técnicas de arremesso como o O’Brien, é também co-
nhecida como arremesso de costas, é uma das mais utilizadas em todo o mundo (PETRIS, 
2016). Também temos o arremesso do peso lateral (mais utilizado na iniciação), o estilo 
rotacional (ou com giro) (MATTHIESEN, 2017).
FIGURA 1 - PREPARAÇÃO PARA O ARREMESSO DO PESO
80UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
FIGURA 2 - FASE FINAL DO ARREMESSO DO PESO
 Fonte: CBAT, 2020.
O arremesso pode ser dividido nas seguintes fases: Fase de Preparação, o aluno 
deverá pegar o implemento e se preparar para a construção do movimento. Na Fase de 
Construção do Movimento, o objetivo é aumentar a velocidade do lançamento e acelerar a 
velocidade do corpo e do implemento para o nível ideal. Na Fase de Lançamento, a veloci-
dade é armazenada, aumentando a transferência do peso do corpo para o implemento que 
será lançado. Na Fase de Recuperação: O objetivo desta fase é a estabilização do corpo a 
fim de evitar que sejam ultrapassados os limites da borda do setor de lançamento (MÜLLER 
e RITZDORF, 2002; BARALDI e OLIVEIRA, 2020).
FIGURA 3 - FASES DO ARREMESSO DE PESO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf, 2002; Baraldi e Oliveira, 2020, p. 140.
81UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
Regras básicas (CBAT, 2021; MATTHIESEN, 2017, p. 170):
O peso deve ser maciço, de ferro, latão ou qualquer outro metal que não seja 
mais macio que este último, ou um invólucro de qualquer um desses metais, 
cheio de chumbo ou outro material.
O peso deverá ser arremessado de dentro do círculo, a partir de uma posição es-
tacionária, e sua queda deverá ocorrer nos limites internos do setor do arremesso.
Ao arremessar, o atleta poderá tocar a borda interna do anteparo, mas não 
poderá subir nem o ultrapassar.
O peso deverá partir do ombro, tocando ou estando bem próximo ao queixo, 
de forma que não seja arremessado detrás da linha dos ombros.
Nas competições, a ordem dos competidores será sorteada, e o tempo de 1 
minuto não deve ser excedido para a realização de uma tentativa.
Em competições oficiais com mais de oito atletas, cada arremessador tem 
direito a três arremessos, classificando-se para a final os oito melhores, os 
quais terão direito a mais três arremessos. Caso o número inicial de compe-
tidores seja menor que oito, cada arremessador terá direito a seis tentativas, 
valendo, para fins de classificação final, o melhor arremesso.
A medição ocorrerá a partir da parte mais próxima da queda do peso em relação 
ao anteparo, em cuja parte interna será feita a leitura da medida do arremesso. 
Após a tentativa e tão logo o implemento tenha tocado o solo, o arremessador 
deverá deixar o círculo por detrás da linha externa que define sua metade. 
FIGURA 4 - SETOR DO ARREMESSO DO PESO
Fonte: Matthiesen, 2017 (Modificada de Confederação Brasileira de Atletismo, 2016).
Para a iniciação dessa prova, utilize jogos em grupos com bola ou com materiais 
de texturas e formatos diferentes, até que os alunos estejam preparados para conhecerem 
os movimentos específicos da prova. Na Figura 4 temos a brincadeira “arremesso com 
troca de lugar”, que consiste em: os alunos dispostos em círculo, distantes um do outro, na 
posição do arremesso do peso lateral, em relação ao colega posicionado ao centro. Com 
82UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
uma bola podendo ser de medicine ball de 1 kg ou alguma outra semelhante, os alunos 
realizarão o arremesso do peso com a mão direita (e, depois, com a mão esquerda), a 
partir da técnica do arremesso do peso lateral sem deslocamento, para o colega que está 
no centro. Podendo variar essa atividade, e desde o início estimular eles a posicionarem a 
implemento na posição correta. Após a iniciação já pode dar início ao ensino do arremesso 
propriamente dito iniciando com o arremesso lateral parado (Figura 5) seguindo para os 
arremessos de maior complexidade.
FIGURA 5 - ATIVIDADE “ARREMESSO COM TROCA DE LUGAR”.
FIGURA 6 - ARREMESSO DO PESO – ESTILO LATERAL COM PARADO
Fonte: Matthiesen, 2017.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=SN42Dtu-7n0
Lançamento do dardo
“O lançamento do dardo é a prova atlética com a conotação mais direta com o 
dia-a-dia dos tempos antigos, já que derivava sem dúvida do seu uso para caçar ou para 
guerrear” (CBAT, 2022, p. 01).
https://www.youtube.com/watch?v=SN42Dtu-7n0 
83UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
Essa prova também fazia parte do Pentatlo, e deve ter feito a sua aparição nos jogos 
Antigos provavelmente por volta da 18ª Olimpíada em 708 a.C (CBAT, 2022).
Para o lançamento do dardo, existem três maneiras clássicas de segurá-lo (empunha-
dura), no ensino primeiro deve-se identificar qual maneira vai se encaixar melhor com o aluno.
FIGURA 7 - EMPUNHADURAS DO LANÇAMENTO DO DARDO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2002); Baraldi e Oliveira 2020.
FIGURA 8 - FASE DAS CRUZADAS DO LANÇAMENTO DO DARDO 
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020).
FIGURA 9 - FASE FINAL DO LANÇAMENTO DO DARDO
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020).
84UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
O lançamento de dardo pode ser dividido nas seguintes fases: A Corrida de Apro-
ximação ou Balanço tem por finalidade alcançar a velocidade ideal paraaceleração do 
dardo. O Ritmo de Cinco ou Sete Passos tem a função de preparar o lançamento – neste 
momento, é importante se posicionar de maneira adequada para o lançamento propria-
mente dito. A Recuperação tem por objetivo evitar que se ultrapasse o limite da área de 
lançamentos para não anular a sua tentativa (MÜLLER e RITZDORF, 2002; BARALDI e 
OLIVEIRA, 2020).
FIGURA 10 - FASES DO LANÇAMENTO DO DARDO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2002); Baraldi e De Oliveira 2020.
Regras básicas (CBAT, 2021; MATTHIESEN, 2017, p. 137):
● Deve-se segurar o dardo pela empunhadura, lançando-o sobre o ombro 
ou acima da parte superior do braço de lançamento; estilos não ortodo-
xos não são permitidos.
● O lançamento deverá ocorrer sem que o lançador ultrapasse o arco do 
setor de lançamento ao final do corredor. 
● Uma tentativa só será validada se a ponta de metal cair completamente 
na parte interna do setor de queda, tocando o solo antes de qualquer 
outra parte do dardo quando, então, o competidor poderá deixar o setor 
de lançamento pela parte posterior.
● As regras quando ao número de lançamento, a ordem de lançamento 
dos competidores, a medição e maneira de deixar o setor de lançamento, 
seguem as mesmas apresentadas no arremesso do peso.
FIGURA 11 - SETOR DE LANÇAMENTO DO DARDO
Fonte: Matthiesen, 2017 (Modificada de Confederação Brasileira de Atletismo, 2016).
85UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
A iniciação dessa prova também deve ser a partir de jogos utilizando implementos 
que se aproximem do dardo, com materiais de texturas e formatos diferentes, até que os 
alunos estejam preparados para conhecerem os movimentos específicos da prova. Na Figura 
12 temos a brincadeira “lancebol”, que consiste em uma adaptação do baseball, no qual a 
bola deverá ser apenas lançada com uma das mãos. Haverá duas equipes. Uma realizará o 
ataque, por meio de um aluno que percorrerá as quatro bases que formam um quadrado, até 
que seja interrompido por um adversário, que poderá realizar lançamentos entre os colegas 
de sua equipe para desclassificar o atacante. Cada vez que o competidor percorrer as quatro 
bases, marcará um ponto para a sua equipe. Caso a bola lançada seja pega no ar, o aluno 
(lançador) será desclassificado. O mesmo ocorrerá se o defensor entrar na base antes do 
atacante (MATTHIESEN, 2005). E a Figura 13, que temos a atividade estourando a bexiga. 
Nessa atividade, os alunos posicionados em colunas de frente para bexigas amarradas a 
um bastão e próximas ao solo. Com um dardo na mão, o aluno, distante da bexiga, deverá 
lançá-lo procurando estourá-la, marcando um ponto para a equipe (MATTHIESEN, 2017).
A partir das atividades iniciais, as mesmas podem ter a sua dificuldade variada de 
acordo com a aprendizagem dos alunos e seguindo para o ensino do lançamento propria-
mente dito iniciando com os lançamentos parados seguindo para o lançamento completo. 
Uma estratégia de ensino é dividir o ensino do lançamento em partes para melhor ensino 
de cada uma delas.
FIGURA 12 - ATIVIDADE “LANCEBOL”
FIGURA 13 - ATIVIDADE “ESTOURANDO A BEXIGA”
Fonte: Matthiesen, 2005.
86UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
FIGURA 14 - ATIVIDADE “FAMILIARIZAÇÃO COM O DARDO”
Fonte: Modificada por: Matthiesen (2017) de Barros e Dezem, 1978.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=gFfudAXH4rc
https://www.youtube.com/watch?v=gFfudAXH4rc 
87UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
2. LANÇAMENTO DO DISCO E MARTELO
2.1 Lançamento do disco
A origem da prova é bastante conhecida, pois grande parte das pessoas já tiveram 
a oportunidade de ver uma reprodução da famosa estátua o “Diskobolos” de Myron que é 
o símbolo atual da Educação Física, e essa prova na Antiguidade fazia parte do Pentatlo 
Pesado (CBAT, 2022).
FIGURA 15 - FASE DOS GIROS DO LANÇAMENTO DO DISCO
88UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
FIGURA 16 - FASE FINAL DO LANÇAMENTO DO DISCO
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020).
A sequência completa do lançamento do disco assim como os lançamentos, é divi-
dida em fases: Preparação, cujo o objetivo desta fase é preparar o lançador para a rotação 
ou giro e criar a pré-tensão nos ombros e braços. A Rotação ou Giro, o objetivo desta 
fase é o lançador e o disco ganharem velocidade, bem como criar pré-tensão do tronco. 
O Lançamento, no qual o objetivo, neste momento da fase de lançamento, é transferir a 
velocidade do deslocamento para o disco. A Recuperação, no qual o objetivo desta fase é a 
estabilização do corpo a fim de evitar que sejam ultrapassados os limites da borda do setor 
de lançamento (MÜLLER e RITZDORF, 2002; BARALDI e OLIVEIRA, 2020).
FIGURA 17 - FASES DO LANÇAMENTO DE DISCO
Fonte: Adaptado de: Müller e Ritzdorf (2002); Baraldi e Oliveira (2020).
Regras básicas (CBAT, 2021; MATTHIESEN, 2017, p. 148):
O disco, cujas faces devem ser lisas e uniformes, poderá ser de madeira ou 
outro material, sólido ou oco, envolto por um aro de metal em sua borda, que 
deve ser arredondada. 
89UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
O disco deverá ser lançado a partir de uma posição estacionária de um cír-
culo de 2,50 m de diâmetro, dividido externamente por uma linha pela qual 
o lançador deverá deixá-lo (pela metade posterior) após sua queda no setor 
de lançamento.
Na metade anterior, há um arco que coincide com a borda interna do círculo 
e pode ser tocado lateralmente, mas não pode ser ultrapassado, já que isso 
invalidará o lançamento.
As regras quando ao número de lançamento, a ordem de lançamento dos com-
petidores, a medição e maneira de deixar o setor de lançamento, seguem as mesmas 
apresentadas no arremesso do peso.
FIGURA 18 - SETOR DE LANÇAMENTO DO DARDO
Fonte: Matthiesen, 2017 (Modificada de Confederação Brasileira de Atletismo, 2016).
Ao iniciar o ensino dessa modalidade, deve-se priorizar a adaptação ao implemento, 
pois a maior dificuldade pelos iniciantes é segurar o mesmo. Pode-se incluir atividades como 
a rolagem do disco apoiado nas pontas dos dedos, o mesmo deve sair girando através da 
finalização do movimento do dedo indicador (Figura 19). A continuidade da iniciação dessa 
prova também deve ser a partir de jogos utilizando implementos que se aproximem do dis-
co, com materiais de texturas e formatos diferentes, até que os alunos estejam preparados 
para conhecerem os movimentos específicos da prova. 
As atividades podem e devem ser variadas, sempre respeitando a individualidade 
de cada indivíduo. O ensino do lançamento propriamente dito deve partir do lançamento 
parado (Figura 20), até chegar ao lançamento completo com giro (Figura 21). Para melhor 
aprendizagem, o ensino também pode ser dividido em etapas, porém sempre estimulando 
o lançamento completo para que as etapas tenham um nexo para o aluno.
90UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
FIGURA 19 -” CONTATO COM O DISCO”
FIGURA 20 - “LANÇAMENTO A PARTIR DA POSIÇÃO DE COSTAS PARADO.
FIGURA 21 - FASES DO LANÇAMENTO COM GIRO
Fonte: Modificada por Matthiesen (2017) de Atletismo, 1984.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=yXlA_6LecIU
https://www.youtube.com/watch?v=yXlA_6LecIU
91UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
Lançamento do martelo
A origem dessa prova está relacionada ao folclore irlandês, que nos conta as proe-
zas extraordinárias de um tal Cuchulain, uma espécie de Hércules do mundo celta, que nos 
Jogos Atléticos daquele povo. Segundo a lenda, ele fixou ao eixo de uniãodas rodas de 
uma carruagem uma “grossa pedra”, que foram rodopiadas sobre o próprio corpo e lançada 
a uma longa distância que nenhum outro homem poderia lançar. Dessa forma nasceu o 
“roth-cl heas”, que atualmente chamamos de lançamento do martelo (CBAT, 2022).
Juntamente com o salto com vara, o lançamento de martelo é uma das provas mais 
complexas do atletismo, envolvendo diferentes tipos de movimentação de partes diferentes 
do corpo.
FIGURA 22 - FASE DOS MOLINETES NO LANÇAMENTO DO MARTELO
FIGURA 23 - FASE DOS GIROS NO LANÇAMENTO DO MARTELO
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2020).
92UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
Para uma fixação do martelo na mão (pega ou empunhadura), existe uma técnica 
específica. A mão direita deve se fixar por cima da mão esquerda (lançadores destros); os 
braços devem permanecer estendidos (BARALDI e OLIVEIRA, 2020).
A sequência completa do lançamento do disco assim os lançamentos, é dividida em 
fases: Molinete, que é o giro do martelo sobre o próprio corpo, no qual o objetivo desta fase 
é adquirir velocidade de translação do para o martelo. A Rotação ou Giro, o objetivo desta 
fase é o lançador e o martelo ganharem velocidade, bem como criar pré-tensão do tronco. 
O Lançamento, o objetivo, neste momento da fase de lançamento, é transferir a velocidade 
do deslocamento para o martelo. A Recuperação, o objetivo desta fase é a estabilização do 
corpo a fim de evitar que sejam ultrapassados os limites da borda do setor de lançamento 
(MÜLLER e RITZDORF, 2002).
FIGURA 24 - LANÇAMENTO DE MARTELO: EMPUNHADURA
Fonte: Modificada por Matthiesen (2017) de Atletismo, 1984.
FIGURA 25 - “FASES DO LANÇAMENTO DO MARTELO”
Fonte: adaptado de Müller e Ritzdorf (2002); Baraldi e De Oliveira 2020.
Regras básicas (CBAT, 2021; MATTHIESEN, 2017, p. 157):
A cabeça do martelo deve ser de ferro maciço ou de outro metal que não seja 
mais macio que o latão ou um invólucro de qualquer um desses metais, cheio 
de chumbo ou outro material sólido. O cabo deve ser inteiriço, com alças de 
conexão nas extremidades, de arame de aço para molas. A empunhadura 
reta e em forma de triângulo deve ser sólida e rígida sem qualquer tipo de 
conexão articulada, mas conectada ao cabo.
93UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
O martelo deverá ser lançado, a partir de uma posição estacionária, de um 
círculo de 2,135 m de diâmetro;
Na metade anterior do círculo, há um arco que coincide com sua borda in-
terna, o qual pode ser tocado lateralmente, mas não ultrapassado no ato do 
lançamento.
As regras quando ao número de lançamento, a ordem de lançamento dos com-
petidores, a medição e maneira de deixar o setor de lançamento, seguem as mesmas 
apresentadas no arremesso do peso.
FIGURA 26 - SETOR DE LANÇAMENTO DO MARTELO.
Fonte: Matthiesen, 2017 (Modificada de Confederação Brasileira de Atletismo, 2016).
Apesar de ser uma prova bastante complexa, é possível a introdução da mesma 
desde a iniciação. Na iniciação, o martelo pode ser confeccionado a partir de materiais 
alternativos como: Elásticos ou meias de seda para a confecção do cabo; Anéis de papelão 
(do rolo de durex, por exemplo), para a confecção da empunhadura. Bolinhas de meia para 
a confecção da cabeça do martelo, Bastão ou cabo de vassoura, Medicine ball (Figura 27). 
Uma das partes complexas do lançamento do martelo são os giros, que exigem uma coor-
denação na movimentação dos pés. Com isso, deve-se introduzir exercícios/brincadeiras 
que estimulem essa coordenação (Figura 28). A progressão das atividades deve respeitar a 
individualidade e a evolução de cada indivíduo até que se possa ser ensinado o lançamento 
completo. Além disso, assim como as outras provas, deve-se priorizar a segurança tanto 
nos treinos quanto nas competições.
94UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
FIGURA 27 - ADAPTAÇÃO DO MARTELO PARA INICIAÇÃO
FIGURA 28 - INTRODUÇÃO AO GIRO
FIGURA 29 - GAIOLA E INTRODUÇÃO AO IMPLEMENTO OFICIAL
Fonte: Modificada por Matthiesen (2017) de Atletismo, 1984.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=yXlA_6LecIU
https://www.youtube.com/watch?v=yXlA_6LecIU 
95UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
3. ETAPAS DE ENSINO DO ATLETISMO RELACIONADA AOS NÍVEIS EDUCACIONAIS
Após o conhecimento das provas oficias do atletismo, é possível fazer uma nova 
subdivisão para facilitar o ensinamento: as corridas (velocidade, meio fundo, fundo que 
também se encaixa a marcha atlética); o grupo dos saltos (horizontais e verticais) e o grupo 
do arremesso e lançamentos. Gostaria de destacar que, apesar de elas estarem no mesmo 
grupo, elas apresentam características diferentes entre si, principalmente relacionada a 
técnica, porém as exigências básicas são semelhantes. Além disso, devemos lembrar que 
foram apresentadas as provas oficiais, e elas podem alterar (distância, peso dos implemen-
tos, regras) de acordo com as categorias, sendo esse um dos aspectos a serem observados 
no ensino e treinamento.
É recomendado para o ensino do atletismo, a sua divisão em fases, de acordo com 
a idade e categorias (MÜLLER et al., 2000). Além disso, será destacado o local em que 
cada etapa aconteça, mas isso levando em consideração que nessa localidade apresente a 
disponibilidade de sua prática na escola e em um clube. Essas etapas que serão apresen-
tadas, são sugeridas pelo “Guia oficial da IAAF para o ensino do Atletismo”. 
Etapa 1 – Iniciação
Crianças do Ensino Fundamental 1 – acontece 100% escola
96UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
A iniciação do atletismo deve ser feita respeitando os padrões de comportamento e 
a individualidade de cada criança. Ao desenvolver um trabalho com crianças, é preciso cui-
dados especiais, pois elas não podem ser consideradas adultos em miniatura (GALAHUE, 
2001). Nessa fase, a prioridade é o desenvolvimento das atividades lúdicas que ao invés 
de uma rotina de treinos voltada para competições de alto rendimento, afim de evitar o 
estresse e trauma do iniciante, o que pode levar ao desinteresse e possível abandono 
precoce do esporte pelo indivíduo.
No atletismo, o primeiro estágio na sequência de desenvolvimento IAAF é o ‘Mi-
ni-atletismo’, que reflete o programa de competição e bem estabelecido treinamento de 
Mini Atletismo IAAF projetado para crianças pequenas. O estágio de desenvolvimento do 
‘Mini-atletismo’ deve ser uma apresentação de atletismo estruturado e divertido, com ênfase 
no desenvolvimento a forma física básica e a base das habilidades de movimento. Enfatiza 
habilidades como o ‘ABC’ do movimento, Agilidade, Equilíbrio, Coordenação e Velocidade; 
o ‘ABC’ do atletismo: andar, correr, pular e arremessar e habilidades de movimento relacio-
nadas à consciência coordenação corpo e olho-mão e olho-pedial (MÜLLER et al., 2000).
A competição pode acontecer a qualquer momento, mas o treinamento é 
desestruturado ou não é específico para a competição.
O ideal é que as crianças começam o Mini Atletismo entre as idades de 6 e 9 anos 
e continuarão até que estejam preparados psicologicamente, socialmente, emocionalmente 
e o nível de habilidade para o próximo estágio de desenvolvimento. Se os indivíduos come-
çarem a atividade após essa idade, eles devem adquirir uma idade mínima de treinamento 
de dois anos antes de prosseguir com a segunda etapa. Se você é um adulto e quiser 
adentrar no atletismo, não poderá passar da etapa do Mini Atletismo, mas será avaliado 
sua capacidade física. Qualquer área de baixa capacidade física deve ser atendida pelo 
treinador para fornecer atividades corretivas apropriadas(MÜLLER et al., 2000).
Etapa 2 - Provas múltiplas
Crianças do Ensino Fundamental 2 –acontece 100% escola
O segundo estágio de desenvolvimento é chamado de estágio de ‘provas Múlti-
plas’ (MÜLLER et al., 2000). Essa etapa pode até ser dividida em duas, sendo a primeira 
metade semelhante a etapa 1 e na segunda metade entramos especificamente na etapa 
2. Nessa etapa, todos os indivíduos começam a iniciar o processo de aprendizagem de 
algumas especificidades de provas, porém, o treino, quando se participa de competições 
97UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
é sempre no formato de provas combinadas, ou seja, eles aprendem um pouco de cada 
prova, e aos poucos vão melhorando o seu arcabouço motor (MATTHIESEN, 2017). Em 
competição, existem as provas combinadas específicas para cada idade, porém em trei-
no pode e deve-se explorar o maior número de proas possíveis com eles, lembrando de 
respeitar a fase do desenvolvimento de cada um deles (GALLAHUE e OZMUZ, 2005). 
Mesmo que o foco seja no treinamento, a competição pode ser usada para avaliar e refinar 
habilidades em qualquer época do ano. Nessa fase, o jovem começa a aprende a treinar 
e deve sempre apresentar a ele a importância das fases de uma sessão de treinamento 
(aquecimento, fase principal e volta a calma) (MÜLLER et al., 2000). Além das atividades 
voltadas ao atletismo eles também devem aprender a importância de uma dieta saudável 
por meio da nutrição e hidratação, descanso, relaxamento e sono. É o momento em que 
eles começam a vivenciar o planejamento do treinamento de forma mais simples, focando 
no desenvolvimento a longo prazo, sendo a prioridade construir uma “base sólida” para o 
futuro (MÜLLER et al., 2000). E o primordial sempre que possível utilizar atividades lúdicas 
para o ensino (MATTHIESEN, 2017; FERNANDES, 2003).
Etapa 3 – Desenvolvimento Grupos de provas
Adolescentes Início do Ensino médio –acontece na Escola/ Clube
O terceiro estágio é o “Desenvolvimento do Grupo de provas”. Diferente da etapa 
anterior, nesse momento eles já vão sendo direcionados para um grupo específico de pro-
vas, não havendo a necessidade de ser especificamente do mesmo grupo (por exemplo: só 
do grupo de saltos), pode ser provas com características diferentes (MÜLLER et al., 2000). 
Durante esta fase, a ênfase é colocada em uma maior individualização da prepa-
ração física e treinamento técnico. Eles começam realizar treinamento específicos de cada 
prova, assim como sessões de treinamento de força, aumento de educativos específicos 
de cada prova, sendo o treinamento prescrito a partir dos pontos chaves de cada prova. 
(CONFEJES, 2011). Ao entrar nesta fase, alguns desfrutam da mesma forma todas as 
provas e pode escolher o grupo de provas combinadas. Os atletas que têm o maior po-
tencial de desempenho em um grupo maior de provas, acaba sendo direcionado para as 
provas combinadas. Isso não se aplica apenas ao desenvolvimento de seu desempenho, 
mas significativamente para sua decisão de continuar participando do atletismo ou não. A 
ênfase ainda está no treinamento que é predominantemente de alto volume e baixa inten-
sidade, isso aumentará o comprometimento do técnico e do atleta com o tempo gasto no 
98UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
treinamento. Agora existem objetivos específicos para cada competência assumida com 
uma visão de aprender táticas básicas e preparação mental (IAAF, 2009). Nessa fase, 
eles devem participar de um número maior de competições para adquirirem experiência 
que serão importantes para as etapas seguintes. O ano de treinamento pode ser simples 
periodização ou apresentar dois picos, mas quanto mais extensa for a periodização única, 
melhores serão as bases do atleta do futuro (BOMPA, 2002).
Etapa 4 - Especialização
Ensino médio e universitário – Especialização clube
Definição de provas
Preparação técnica específica
Chegando na quarta etapa, temos a ‘Especialização’, com o objetivo de obter um 
‘ajuste fino do atleta’. Há uma ênfase contínua no condicionamento físico, mantendo o 
treinamento de alto volume, mas com intensidade crescente em épocas apropriadas do ano 
(MÜLLER et al., 2000). Nesse momento, já existe uma seleção de provas para participar 
e com objetivos específicos. O treinamento passa a ser mais específico para cada atleta 
de acordo com suas características a serem melhoradas. Há uma mudança gradual em 
direção às técnicas e táticas de execução em várias condições de competição durante os 
treinos, que constituem modelos progressivos de ambientes competitivos (FERNANDES, 
2013; MÜLLER et al., 2000). O treinador se concentra em otimizar a preparação física e 
mental. De novo o ano de o treinamento pode ser um plano de periodização simples ou 
duplo e o a estrutura do plano anual deve ser baseada nas competições (BOMPA, 2002).
Etapa 5 - Alto nível: rendimento
Ensino Universitário, Especialização, pós-graduação, - Alto rendimento
Definição profissional
Polimento técnico
Alto detalhamento
E por último, a fase que poucos permanecem, que é o estágio de ‘Performance’ e 
se estende até que o indivíduo parar de competir. A ênfase agora está em mais especializa-
ção e, o treinamento é voltado especificamente para melhoria dos mínimos detalhes para 
melhoria do desempenho, sendo as capacidades físicas, técnicas, táticas e mais do atleta 
99UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
(FERNANDES, 2013; MÜLLER et al., 2000). A preparação desses atletas está voltada para 
as maiores competições da modalidade; seja nas Olimpíadas, uma competição regional 
ou evento local, com todos os aspectos do treinamento individualizado. O Plano Anual 
de um indivíduo pode mostrar periodização simples, dupla ou múltipla, dependendo das 
provas para os quais você treinou, junto com as necessidades e circunstâncias pessoal 
(FERNANDES, 2013; IAAF, 2009).
Mesmo quando um atleta perde as “idades ideais” de cada estágio de desenvol-
vimento indicado no diagrama dos cinco estágios da sequência de Desenvolvimento do 
Atleta da IAAF, o conceito de sequência deve ser aplicado. Não importa a idade do atleta o 
acompanhamento. Os estágios da sequência de desenvolvimento permitem uma introdu-
ção e desenvolvimento progressivo do atletismo (MÜLLER et al., 2000).
100UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
4. IMPLEMENTOS OFICIAIS E ADAPTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO 
 DO ATLETISMO
Talvez uma das perguntas mais feitas é: “Como vou trabalhar o atletismo senão 
tem uma pista desse tamanho em todo lugar, ou o material oficial que é muito caro? E em 
grande parte das vezes a modalidade não é ensinada justamente por esse motivo. 
A partir daqui vocês terão condições de se trabalhar a modalidade sem essa justifica-
tiva, pois o atletismo pode ser trabalhado em qualquer ambiente e espaço, não necessitando 
de uma pista oficial, assim como os implementos, principalmente na iniciação. Porém, quando 
mais próximo da categoria profissional a necessidade de treinar em uma pista e ter os equipa-
mentos corretos aumentam, pois isso pode interferir no desempenho durante a competição. 
Mas até chegar nessa fase o aluno, a criança precisa vivenciar a modalidade.
A cartilha do mini atletismo criada pela IAAF, tendo a sua versão traduzida para o 
português também (indicação de livro dessa unidade), apresenta de forma simples e práti-
ca como organizar evento que promovam a iniciação ao atletismo para diferentes idades, 
podendo ser realizado em diferentes locais e utilizando material simples.
Abaixo, temos algumas opções de utilização de material alternativos para os dife-
rentes grupos de provas sugerido por Matthiesen (2014):101UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
QUADRO 1 - MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA AS PROVAS DE CORRIDA
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Raias giz branco ou fita crepe para demarcá-las na quadraesportiva;
barbantes colocados no chão ou suspensos, a 30 cm do solo, 
demarcando-as;
cordas ou linhas traçadas no chão para delimitá-las.
Blocos buracos cavados no chão, caso o piso seja de terra;
companheiro para apoio dos pés.
Barreiras barbante de 50 cm amarrados ou cabo de vassoura sobre;
2 garrafas plásticas tipo pet;
1 cabo de vassoura (ou folha de jornal dupla enrolada);
sobre 2 latas de tinta de 10 L ou de 50 L;
1 cabo de vassoura sobre 2 cones ou 2 banquinhos ou 2 caixas de pa-
pelão;
caixas de papelão, colocadas no chão invertidas para baixo;
canos de PVC encaixados, no formato da barreira.
Obstáculos caixotes de madeira resistentes, no chão, boca para baixo;
bancos suecos, fixos nas extremidades.
Bastões gravetos ou tubos de PVC de 30 cm, com as extremidades contornadas 
com fita crepe;
1 folha de jornal enrolada no formato de um bastão de 0,30 cm, envolvida 
em papel contact ou plástico para preservá-lo.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 41).
QUADRO 2 - MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA AS PROVAS DE SALTO
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Caixa de areia giz branco, barbante ou fita crepe para delimitação do espaço correspon-
dente na quadra esportiva;
cordas e cones para delimitação do espaço na quadra esportiva.
Tábua de 
impulsão
giz branco, barbante ou fita crepe para delimitação do espaço correspon-
dente à tábua de impulsão, na quadra esportiva;
demarcar o local da impulsão utilizando um arco (bambolê), de acordo 
com a distância adaptada para o salto em distância (30 cm) e para o salto 
triplo (2 m) em relação ao local de queda.
Impulsão caixotes de madeira resistentes, step, banco sueco ou a tampa do plinto. 
Cuidado para não escorregar no ato da impulsão.
Setor de queda colchões para amortecimento da queda, com cuidado para que não es-
correguem, segurando-os de encontro ao solo.
Poste 2 gravetos dentro de garrafas pet, com suporte para o sarrafo e a fita métri-
ca para medição, ou garrafas pet e corda elástica.
Sarrafo 1 graveto com cerca de 3 m de comprimento;
cordas elásticas ou trançadas com tecido.
Vara cabos de vassoura ou caibros;
varas de bambu com 2 m de comprimento.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 42).
102UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
QUADRO 3 - MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA AS 
PROVAS DE ARREMESSOS E LANÇAMENTOS
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Peso jornal amassado no formato de bola, que caiba na palma da mão. Colocá-la 
em 1 meia ou sacola plástica, fechada com fita crepe ou costurada. O peso 
poderá ser aumentado com areia.
Pelota jornal amassado no formato de uma bola, tipo tênis. Colocá-la dentro de 1 
meia ou sacola plástica, fechada com fita crepe ou costurada, cujo peso pode-
rá ser aumentado colocando-se areia.
Dardo folha de jornal dupla, enrolada no formato de um dardo, contornando-o com 
papel contact;
cabo de vassoura ou bambu, contornando-se a empunhadura com barbante. 
A ponta poderá ser confeccionada com garrafa pet ou uma bolinha de meia/ 
borracha, facilitando a queda.
Disco 2 pratinhos de bolo ou círculos de papelão, com jornal amassado ou 1 saco 
com areia dentro, para ficar mais pesado. Contornar os pratos com fita crepe 
ou com uma borracha de mangueira, envolvendo-o com papel alumínio ou 
plástico.
Martelo jornal amassado no formato de uma bola que caiba na palma da mão. Colo-
cá-la em 1 meia de nylon ou sacola plástica, fechada com fita crepe ou cos-
turada. O peso poderá ser aumentado com areia. Para o cabo, utilizar a meia 
de nylon trançada ou uma corda. Para a empunhadura, utilizar 1 pedaço de 
borracha no formato de 1 triângulo ou um rolo usado de durex ou fita crepe.
Setor de queda 
de arremesso e 
lançamentos
giz branco, barbante ou fita crepe para delimitação do espaço correspondente 
na quadra esportiva, no formato em ‘V’.
Círculo de arre-
messo e lança-
mento
giz, barbante ou cordas para delimitar o círculo de acordo com a prova.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 43).
103UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
SAIBA MAIS
No esporte, temos uma honraria esportiva–humanitária concedida pelo Comitê Olímpico 
Internacional (COI) a atletas e pessoas envolvidas com o esporte que demonstrem alto 
grau de esportividade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos, essa honraria 
recebe o nome de Medalha Pierre de Coubertin, em homenagem ao criador dos Jogos 
Olímpicos modernos, Barão Pierre de Coubertin.
Pouquíssimas pessoas receberam essa medalha, sendo uma delas o maratonista bra-
sileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. O brasileiro liderava a maratona com 40 segundos 
de vantagem e já estava no km 36,5 quando foi vítima de um manifestante irlandês 
que, vindo do público, de surpresa, invadiu a prova, agarrou e empurrou Vanderlei, num 
deslocamento lateral por metros que o tirou do percurso. Ajudado a se desvencilhar do 
agressor por um popular, o grego Polyvios Kossivas, Vanderlei voltou à prova, porém ele 
perdeu o ritmo, a concentração e duas posições na prova, além do susto pela inespera-
da agressão. Mas não desistiu, correu até o fim e cruzou a linha de chegada no Estádio 
Panatinaiko ganhando uma medalha de bronze na maratona nos Jogos Olímpicos de 
Atenas, Grécia, para o Atletismo brasileiro. 
Num incrível fair play, além de comemorar muito o bronze, Vanderlei não menosprezou 
os resultados dos adversários nem foi contundente em críticas, mesmo sendo vítima. 
Os organizadores e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não revisaram o resultado 
da maratona, mesmo diante dos pedidos apresentados pelo Comitê Olímpico do Brasil 
(COB) e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT).
Vanderlei, porém, foi recompensado com a medalha Pierre de Coubertin, pelo seu com-
portamento exemplar perante a situação. Atualmente, integra o programa Heróis do 
Atletismo da Caixa, com participação em muitas ações pelo Brasil, e tem envolvimento 
com o Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (IVCL), projeto que funciona com a Orcampi, 
em Campinas, São Paulo.
Fonte: CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo) 2022. Disponível em: https://www.cbat.org.br/novo/
noticias/noticia.aspx?id=20180. Acesso em: 10 jan. 2022.
104UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
O atletismo é um dos conteúdos pouco desenvolvidos em aulas de Educação Física, 
fato que parece se justificar pela falta de material e de espaço físico adequado (LENCINA 
e ROCHA JÚNIOR, 2001; JUSTINO e RODRIGUES, 2007; MATTHIESEN,2005; 2007; 
2014; ORO, 1983; ROLIM e COLAÇO, 2002; SILVA e DARIDO, 2011). A falta de material 
específico − leia-se implemento oficial − consiste em um dos motivos para que o atletismo 
não seja ensinado, afinal, como lembra Matthiesen (2007), alguns professores consideram 
que sem ele o aluno não conseguiria aprender essa modalidade esportiva.
Diante desse quadro, uma boa opção seria a adaptação dos implementos a serem 
utilizados no ensino do atletismo. Logo, uma solução para a substituição dos implementos 
oficiais são os implementos “adaptados”, também denominados como “alterativos”, feitos 
com materiais de menor custo e que, na maioria das vezes, são recicláveis (garrafas pet, 
papelão, jornal, sacolas plásticas), além de serem de fácil acesso (pedras, meia-calça, 
canos de PVC, cabo de vassoura). Complementando, Matthiesen (2014) enfatiza que os 
implementos adaptados são mais leves, podem ser utilizados em espaço reduzido, propi-
ciam menos risco, além de serem baratos, viabilizando sua confecção.
Para auxiliar na confecção desse material, Iniciativas têm sido desenvolvidas, in-
clusive como auxílio da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) conforme mostra 
Castro Matthiesen e Ginciene (2018) “Sobre vídeos do Youtube relacionados à confecção 
de implementos adaptados para o ensino do atletismo na escola”. Para ler o conteúdo 
completo e assistir os vídeos, acesse o link abaixo.
Fonte: CASTRO, T. L.; MATTHIESEN, S. Q.; GINCIENE, G. Sobre vídeos do youtube relacionados 
à confecção de implementos adaptados para o ensino do atletismo na escola. Pensar a Prática, v. 21, n. 2, p. 
252-263, 2018. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/45317/pdf. Acesso em: 24 fev. 2022.
REFLITA
Ao observar as etapas de ensino do atletismo, verificamos que existe um processo a ser 
respeitado, dessa forma ao ensinar a modalidade, respeite a individualidade de cada 
criança e a fase em que ela se encontra, afim de evitar uma especialização precoce. O 
objetivo é possibilitar a oportunidade que elas vivenciem a modalidade Atletismo, e se 
tiver algum talento para a modalidade, o tempo irá ajudar assim como o treinamento no 
memento certo, pois queremos que esses possam ser vencedores também nas catego-
rias adultas e não apenas nas categorias menores. Pense nisso.
Fonte: O autor (2021).
https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/45317/pdf
105UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá, aluno (a), chegando ao final da nossa quarta e última unidade da apostila de 
Atletismo. Você estudou sobre as provas de arremesso (do peso) e lançamentos (dardo, 
disco e martelo), você aprendeu que para essas provas devemos dar uma atenção espe-
cial, principalmente a segurança de todos envolvidos na prática e competição, e algumas 
alternativas para que se possa desenvolver as mesmas com segurança. Conheceu um 
breve histórico de cada uma, suas características e regras principais.
Você também vai poder conhecer uma proposta de ensino do Atletismo relacionando 
as etapas de ensino com os níveis educacionais, que começa pela iniciação, depois “Provas 
múltiplas”, “Desenvolvimento do grupo de provas”, “Especialização” e “Alto nível: desempe-
nho”, a importância de respeitá-las e o que se trabalhar em cada uma delas para que se 
alcance o último nível de forma consolidada, restrita a um número pequeno de pessoas. 
Além disso, essa proposta de ensino apresenta uma relação com nível escolar e 
podendo ser desenvolvida ora na escola, ora escola e clube e outro momento apenas clu-
be. E por último, aprendeu uma possibilidade de confecção de material de forma alternativa 
para o desenvolvimento da modalidade, principalmente na iniciação.
106UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
LEITURA COMPLEMENTAR
Organizando uma sessão de treinamento dentro 
de um planejamento em longo prazo
Depois de ter estruturado seu plano de treinamento ou aulas ao longo do ano, 
definido as fases, as datas de campeonatos ou avaliações da aprendizagem dos alunos e 
os objetivos de cada fase, é hora de montar as sessões de treinamento ou aula. Estas não 
podem ser negligenciadas, pois serão responsáveis por fazer com que os atletas/alunos 
atinjam os objetivos, previamente, propostos. Mas há outra característica das sessões que 
é de extrema importância, a capacidade que o treinador/professor tem de deixar o progra-
ma de treinamento/aula menos rígido, pois, por meio das sessões de treinamento/aula, 
ele pode – na verdade, deve – ajustá-las de acordo com as respostas individuais dos seus 
atletas/alunos às cargas de treinamento, a complexidade da atividade a ele impostas. Des-
sa forma, a quantificação das cargas de treinamento, interna e externa, a quantificação do 
estado de recuperação e estresse do atleta/aluno bem como as avaliações de desempenho 
(diagnóstica, durante o processo, e do resultado final) são importantes, pois auxiliarão os 
treinadores/professores a ajustar as sessões de treinamento, quando necessário. Pensan-
do no desempenho, em alguns momentos, será necessário reduzir a carga de treinamento 
e, em outros, será necessário aumentar os estímulos. O trabalho é sempre realizado so-
bre uma linha tênue entre aplicar uma carga, gerando estresse suficiente para estimular 
adaptação e que conduzirá à melhora do desempenho, mas insuficiente para não gerar 
más adaptações que levarão à redução no desempenho e/ou a lesões. Logo no ambiente 
escolar, é importante também essas avaliações e monitoramento, para detectarmos qual 
está sendo o nível de aprendizagem do aluno, não só técnico da modalidade, mas também 
nas outras vertentes de ensino conforme proposto nas unidade anteriores.
Fonte: Adaptado de Pedro (2020).
107UNIDADE IV Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo 
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Mini Atletismo Iniciação ao Esporte: Guia prático de atletismo 
para crianças
Autor: International Association of Athletics – IAAF
Editora: Confederação Brasileira de Atletismo – CBAT
Sinopse: O objetivo do Mini Atletismo é despertar o interesse na 
prática do Atletismo. Novos eventos e organização inovadora darão 
condições às crianças de descobrirem as atividades básicas: veloci-
dade, corridas de resistência, saltos, arremessos e lançamentos em 
qualquer lugar (estádio, playground, ginásio etc.). O programa se 
baseia em atividades consideradas apropriadas às crianças de vá-
rias categorias de idade, bem como às instituições que o implemen-
tam. São eventos acompanhados da organização de treinamento 
de participantes, educação dos técnicos, árbitros etc.
FILME / VÍDEO 
Título: Breaking 2
Ano: 2017.
Sinopse: Após seis meses de treinamento cientificamente avan-
çado, três dos melhores corredores de longa distância do mundo 
começaram a quebrar a barreira da maratona de duas horas. 
Esses pioneiros partem em uma jornada global para desafiar o 
impensável e quebrar a façanha de duas horas, de testes em 
túneis de vento e laboratórios nos Estados Unidos, para equilibrar 
o treinamento com suas vidas diárias no leste da África, até a final 
corrida de tirar o fôlego na Itália.
108
REFERÊNCIAS
100 ANOS DOS JOGOS OLÍMPICOS. Revista PC Magazine Brasil. vol. 05 – maio 1996 – 
CD Rom. 
ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DAS FEDERAÇÕES DE ATLETISMO. Home of world 
athletics: International Association of Athletics. C2014. Disponível em: https://www.worlda-
thletics.org/. Acesso em: 12 dez. 2021.
ATLETISMO: Provas de pista e de campo. Tradução de Roberto Raposo. Rio de Janeiro: 
Tecnoprint, 1984.
BARALDI, E. C. C; OLIVEIRA, H. G. Esportes Individuais: Atletismo. Maringá – PR: Unice-
sumar, 2019. Reimpressão 2020. 208 p.
BARROS, N. Manual de atletismo. Araçatuba: Leme, 1984.
BARROS, N.; DEZEM, R. O Atletismo. São Paulo: A Gazeta Maçônica, 1978.
BOMPA, T. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. São Paulo: Phorte editora, 
2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curricu-
lares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Educação Física. Brasília, DF, 1998.
CABRAL, L. A. M. Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga: Olímpia Antiga e os Jogos Olímpi-
cos. São Paulo: Odysseus, 2004.
CASTRO, T. L.; MATTHIESEN, S. Q.; GINCIENE, G. Sobre vídeos do youtube relacionados 
à confecção de implementos adaptados para o ensino do atletismo na escola. Pensar a 
Prática, v. 21, n. 2, p. 252-263, 2018.
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Histórico das provas. 2022. 
Disponível em: https://www.cbat.org.br/provas/historico_masculino.asp#:~:text=Na%20
era%20Moderna%2C%20a%20primeira,200%2C%20200%2C%20400%20metros . Aces-
so em: 12 jan. 2022.
109
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Regras oficiais de competição 
2016-2017. Disponível em: http://www.cbat.org.br/regras/REGRAS_OFICIAIS_2016-2017.
pdf. Acesso em: 20 maio 2016.
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Norma12: Categorias oficiais 
do atletismo brasileiro por faixa etária. Disponível em: http://www.cbat.org.br/repositorio/
cbat/documentos_oficiais/normas_oficiais/norma12_cat.efaixasetariasoficiais_site2020.
pdf. Acesso em: 12 dez. 2021.
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Provas oficiais. 2022. Disponível 
em: https://www.cbat.org.br/provas/provas_oficiais.asp . Acesso em: 01 jan. 2022.
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Regras oficiais de competição. 
2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_oficiais/regras/
regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf. Acesso em: 12 dez. 2021.
CBAT (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Regras oficiais de competição. 
2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_oficiais/regras/
regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf. Acesso em: 12 dez. 2021.
FERNANDES, J. L. Atletismo - Corridas, Ed. pedagógica e universitária. 3. ed. São Paulo, 
2003.
110
CONCLUSÃO GERAL
Prezado (a) aluno (a),
Chegamos ao final da nossa apostila de Atletismo.
Ao longo dos capítulos dessa disciplina, percorremos um caminho de muito co-
nhecimento. Espero que o conteúdo tenha proporcionado a você, conhecimentos teóricos 
e práticos sobre a modalidade Atletismo, que eles possam contribuir para sua formação e 
profissional em Educação Física.
Neste material, foi possível retornar as origens do Atletismo desde o início dos 
tempos, na era primitiva, época em que o homem precisava correr, lançar, saltar, como 
meio de sobrevivência. Esses movimentos que no início dos tempos tinham a finalidade de 
deslocamento e sobrevivência, com o passar do tempo eles foram se moldando e aperfei-
çoados dando origem assim a modalidade esportiva atletismo. Além disso, apresentamos 
as inúmeras provas que compõe a modalidade atletismo, que pode ser dividido em grupos 
de provas de corridas, arremesso e lançamentos, e o grupo de saltos, assim como as suas 
características e regras específicas.
Também foi apresentado um modelo de como deve-se planejar uma aula/treino de 
Atletismo o que vai permitir o ensino do atletismo além dos movimentos básicos de correr 
lançar e saltar. Em complemento, podemos verificar que esse ensino da modalidade pode 
ser dividido em etapas que vai desde a iniciação até ao alto rendimento, o qual é dividido 
por idade e sugerido o local em que é desenvolvida cada etapa.
Por fim, destacamos que o atletismo é uma modalidade que pode ser adaptada, 
assim como os seus materiais, o que permite a sua ampla divulgação podendo ser praticada 
em diferentes locais. 
Caro (a) aluno (a) espero que esse material possa contribuir para sua formação e 
seus conhecimentos a respeito das modalidades atletismo. E que esse material tenha des-
pertado o interesse para dar continuidade aos seus estudos ampliando o seu conhecimento 
sobre a modalidade.
Desejo sucesso em sua formação!
+55 (44) 3045 9898
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www.unifatecie.edu.br
	UNIDADE I
	Introdução ao Atletismo e Planejamento
	UNIDADE II
	Fundamentos das Corridas
	e Suas Características
	UNIDADE III
	Fundamentos dos Saltos
	e Suas Características
	UNIDADE IV
	Fundamentos do Arremesso, Lançamentos e Suas Características, Etapas de Ensino e Implementos do Atletismo

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