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Pressão Arterial

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Pressão Arterial
A pressão arterial representa a pressão
que o sangue faz sobre as paredes das
artérias e está diretamente relacionada ao
ciclo cardíaco, que por sua vez envolve a
sístole e diástole.
▪ PA = VM (volume minuto) x RP
(resistência periférica)
- RP varia com a viscosidade do sangue e
com o estado do vaso (vasoconstrição ou
vasodilatação)
▪ VM = Vs (volume sistólico) x FC
(frequência cardíaca)
Definições:
- Pressão diastólica ou mínima (PA
durante a diástole ventricular)
- Pressão sistólica ou máxima (PA durante
a sístole ventricular)
- Pressão de pulso ou diferencial (pressão
dada pelo volume de sangue a mais que
entrou na artéria devido à sístole
ventricular)
- Pulso de pressão (pulso arterial, onda de
pulso) (dilatação sofrida pela artéria)
- O pulso de pressão é determinado pela
pressão de pulso:
PA Média = PA diastólica + P de pulso/3
• Homem 120 mm Hg: 80 mm Hg
• Cão 120 mm Hg: 70 mm Hg
• Gato 140 mm Hg: 90 mm Hg
• Eqüino 130 mm Hg: 95 mm Hg
• Bovino 140 mm Hg: 95 mm Hg
• Rato 110 mm Hg: 70 mm Hg
PA Média = 93,33 mmHg
Transmissão periférica do pulso de
pressão
▪ Onda de pulso central
▪ Velocidade do pulso à medida que
distensibilidade e resistência periférica
- artérias de grande calibre v= 3 a 5 m/s
- artérias de médio calibre v= 7 a 10 m/s
- artérias de peq. calibre v= 15 a 35 m/s
▪ Nas pequenas artérias e arteríolas, a
distensibilidade se aproxima de 0 e a
resistência periférica é máxima → pulso
de pressão retorna
▪ Amortecimento do pulso de pressão -
Pequenas artérias e arteríolas
▪ Nas artérias periféricas de médio calibre
- Choque da onda que retorna com o
pulso que se aproxima ( do pulso de
pressão)
Fatores que interferem no pulso de
pressão
▪ Pulso capilar (clinicamente ausente)
Condições em que pode surgir:
- Onda de pulso central intensa (ex. do
débito sistólico ou frequências cardíacas
muito lentas).
- Redução do amortecimento (ex.
vasodilatação).
Controle neuro-humoral da PA – arco
reflexo
▪ Receptores
▪ Aferências
▪ Centros de integração
▪ Eferências
▪ Efetores
▪ Alças hormonais
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Efetores dos mecanismos de regulação
da PA (VM x RP)
Centro Vasomotor (CVM)
O centro vasomotor é uma área difusa da
medula oblonga , no tronco encefálico,
composta por uma rede neural que regula
a pressão arterial e outros processos
homeostáticos em conjunto com o centro
cardíaco e o respiratório. Ele exerce sua
ação através do Sistema Nervoso
Autônomo e possui duas áreas distintas,
uma área vasopressora e uma área
vasodepressora.
A pressão arterial é regulada por vários
mecanismos que podem ser locais, nos
próprios vasos sanguíneos, ou centrais,
através do centro vasomotor que pertence
ao Sistema Nervoso Central. Eles também
podem ser mecanismos de efeito de curto
prazo, como os efeitos do centro
vasomotor, ou de longo prazo, como os
efeitos do sistema hormonal
renina-angiotensina-aldosterona .
Estimulação simpática (mecanismos
hormonais)
- Estimula medula adrenal (adrenalina e
noradrenalina).
- Estimula mecanismo renina-angiotensina
aldosterona.
- Estimula hipotálamo neuro-hipófise
vasopressina (AVP, ADH).
- Inibe peptídeo natriurético atrial (ANP).
Mecanismos neurais de regulação da
PA
1. Mecanismo Quimiorreceptor
↓PA - ↓[O2] - Estimulação dos quimiorreceptores
aórticos e carotídeos - Via sensitiva (aferente) -
CVM (bulbo) - Núcleo do trato solitário (NTS) - NA e
DMV = Sem estimulação vagal
Núcleo do trato solitário (NTS) - BVLr - BVLc =
Estimulação simpática (Via motora ou eferente):
- CORAÇÃO - ↑FC e ↑força de contração (↑VM,
↑PA)
- VASOS - ↑tônus vasomotor (vasoconstrição,
↑RP, ↑PA)
▪ Adrenalina - 80% – Aumento da FC e da
contratilidade cardíaca (VM, PA) –
Vasoconstrição (RV) – Aumento do fluxo
sanguíneo coronário e muscular
esquelético
▪ Noradrenalina - 20% – Vasoconstrição
(RP, PA) – Aumento de FC e da
contratilidade cardíaca – Menor alteração
do VM
2. Mecanismo Barorreceptor
(Pressorreceptor)
3. Mecanismo isquêmico do SNC
▪ Última linha de defesa contra a
hipotensão (PA < 50-60 mmHg)
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▪ Maior grau de estimulação em 15 a 20
mmHg
▪ Reação de Cushing – tipo especial de
resposta isquêmica do SNC por aumento
de pressão liquórica em torno do encéfalo
(líquido entre o encéfalo que faz
amortecimento).
>Ativado em extrema urgência (última defesa)
>Última defesa contra a hipotensão
>Estimulado entre 15 - 20
>Centro do vasomotor está em isquemia (fluxo de
sangue e oxigênio inadequado) e teria uma
resposta simpática como nunca experimentou
antes.
>Infarto do átrio é irrelevante, do ventrículo
fulminante.
(neurônios tentam solucionar o mais rápido
possível, pois se não der certo a 1x, tentaram
outras vezes, mas de forma fraca.
> Cushing percebeu que todo paciente com
hidrocefalia possui PA alta.
Mecanismos hormonais de regulação
da PA
1. Adrenalina (epinefrina) (80%)/
Noradrenalina (norepinefrina)(20%)
adre. - norad. > aum. efeito cronotrópico
positivo e aum. força.
Noradrenalina - vasoconstritora (veia e artéria) -
contração dos vasos aum. PA e RP / menor
alteração do VM
Adrenalina - aum. da fc e da contratilidade cardíaca
/ vasoconstrição (espec. da veia) contraes vasos /
aum. do fluxo sanguíneo, musc. e esquelético.
>resposta hormonal é mais lenta, mas é mais
precisa
2. Vasopressina (ADH, AVP)
A vasopressina, também conhecida como
arginina vasopressina ou argipressina ou
hormônio antidiurético ou hormona
antidiurética, é um hormônio humano
secretado em casos de desidratação e
queda da pressão arterial; fazendo com
que os rins conservem a água no corpo,
concentrando e reduzindo o volume da
urina (ingestão de bebidas alcoólicas,
inibem a vasopressina, impedindo o corpo
de segurar os líquidos).
>hormônio antidiurético produzido pelo hipotálamo,
ligado à hipófise posterior (neuro hipófise) onde é
liberado.
> liberado a noite quando vc acorda e a urina está
mais concentrada
> reabsorção de água (água que sai na urina)
> reab. - volemia, aum. vm e pa
> hormônio vasoconstritor - aumento da pa e rp,
mais potente que adrenalina e noradrenalina.
3. Angiotensina e Aldosterona
Mecanismo Renina Angiotensina -
Aldosterona
Estimulado pela:
- ↓ [Na+ ] extracelular
- ↑ [K+ ] extracelular
- ↓ PA
>A célula justaglomerular possui renina
(estimula o nervo simpático, e faz a liberação
de renina no sangue).
Mácula densa - quando ↓ a PA, e a mácula
densa fica com pouco cloreto, e avisa a célula
justaglomerular para liberar renina.
Angiotensina II
▪ Ação vasoconstritora direta.
▪ Aumenta a síntese e liberação de
aldosterona.
▪ Reduz natriurese e diurese.
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▪ Potencializa nos vasos de resistência os
efeitos da NOR liberada pelas
terminações nervosas (causando aumento
de sua síntese, facilitação de sua
liberação por impulsos nervosos e inibição
de sua recaptação neuronal, aumentando
a concentração desse neurotransmissor
na fenda sináptica).
Luz Tubular
Esta função é realizada essencialmente
pelos túbulos renais. Eles também
mantêm o equilíbrio de água, eletrólitos
(como sódio, potássio, bicarbonato e
cloro) no corpo e nutrientes no sangue.
4. Péptidos natriuréticos atrial (ANP) e
ventricular (BNP)
▪ Induzem natriurese e diurese ( volemia,
VM, PA).
▪ Inibem liberação de AVP.
▪ Inibem mecanismo renina-angiotensina
aldosterona.
▪ Inibem o centro da sede.
Pontos-Chave da Regulação da PA
▪ O CVM integra informações
provenientes de receptores sensoriais que
monitoram diversos parâmetros
cardiovasculares.
▪ O tônus vasomotor consiste em um
estado de contração parcial da
musculatura dos vasos sanguíneos,
mantido pela descarga contínua das fibras
vasoconstritoras simpáticas.
▪ Os barorreceptores são receptores de
estiramento que passam ao SNC
informações referentes à PA. A frequência
dos disparos dos barorreceptores é
proporcional à pressão aplicada sobre
eles.
▪ O reflexo barorreceptor permite que o
CVM responda à diminuição da PA, com
aumento da frequência de disparos das
fibras simpáticas que se dirigem às
artérias e arteríolas, demodo que a RP se
eleva.
▪ Depois de 2-3 dias, os barorreceptores
se adaptam a aumentos na PA; por isso o
sistema barorreceptor não contribui para
sua regulação a longo prazo.
▪ A estimulação dos quimiorreceptores
pela diminuição da concentração de O2
determina estimulação simpática, gerando
aumento da PA.
▪ Os rins exercem importante papel no
controle da PA graças a sua capacidade
de regular a natriurese e a diurese como
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meio para regular o volume sanguíneo e,
consequentemente, a PA.
▪ A estimulação simpática determina a
liberação de catecolaminas pela medula
adrenal, a ocorrência do mecanismo
renina-angiotensina-aldosterona e a
liberação de AVP, que contribuem para o
aumento da PA.
▪ A liberação de ANP e BNP, por sua vez,
pelo coração contribui para a diminuição
da PA.
Regulação do Fluxo Sanguíneo pelos
Próprios Tecidos
◼ Vasomotilidade – Abertura e
fechamento cíclicos de metarteríolas e
esfíncteres pré capilares
◼ Teoria dos vasodilatadores
◼ Teoria da demanda de nutrientes
metabolismo → produção de
vasodilatadores (CO2 , ADP, ácido láctico
etc.) e consumo de nutrientes (O2,
glicose etc. ) → fluxo sanguíneo
❑ Quanto maior o metabolismo de um
tecido, maior será seu fluxo sanguíneo.
◼ Fígado - 27% do débito cardíaco
◼ Rins - 21%
Dinâmica Capilar – Permuta de Fluidos
entre o Plasma Sanguíneo e o Líquido
Intersticial
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Causas de Edema
Aumento da Pressão Hidrostática do
Plasma (Pressão Capilar – Pc):
– Comprometimento do retorno venoso:
• Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
• Bombeamento venoso insuficiente -
imobilização, paralisia muscular ou
insuficiência das valvas venosas ...
• Obstrução ou compressão venosa -
trombose, compressão externa...
Insuficiência Cardíaca
–Redução da resistência arteriolar
• Por aquecimento excessivo do corpo
• Insuficiência do SNA simpático
• Drogas vasodilatadoras
–Retenção de sódio e água
• Ingestão excessiva de sal
• Insuficiência renal
• Hiperaldosteronismo
Doenças relacionadas à secreção
inadequada de aldosterona
•Excesso – Síndrome de Conn retenção
de sódio, hipernatremia, hipertensão
arterial, hipocalemia, paralisias
musculares
• Deficiência – Doença de Addison
natriurese, hiponatremia, hipotensão
arterial, apetite por sal, hipercalemia,
arritmias cardíacas
• Diminuição da pressão
coloidosmótica do plasma (rP)
– Desnutrição protéica
– Distúrbios na digestão protéica e / ou
absorção de aminoácidos na borda em
escova
– Hepatopatias
– Glomerulonefropatias (com proteinúria)
– Perda protéica de áreas desnudadas da
pele (queimaduras e ferimentos)
Distúrbios na drenagem linfática
(linfedema)
– Obstrução linfática - elefantíase
(Wuchereria bancrofti)
– Remoção de linfonodos na cirurgia de
ressecção de tecido canceroso
– Neoplasias linfáticas

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