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AGRONOMIA 4º PERÍODO Thiago Alves Santos de Oliveira FUNGOS FALSOS E VERDADEIROS ___ José Epitácio Dos Santos Neto Reino chromista (Stramenopila) Classe Oomicetos (Oomycota) ● Requeima (Phytophthora infestans) Sintomas - Plantas de qualquer idade são suscetíveis ao fungo que pode afetar toda a parte aérea e, em alguns casos, o tubérculo. Sintomas nas folhas podem variar de acordo com as condições de temperatura, umidade, intensidade luminosa e resistência do hospedeiro. As folhas são inicialmente pequenas, irregulares e de coloração variando do verde-claro ao escuro, condições favoráveis de temperatura e umidade, as lesões aumentam rapidamente e tornam-se 2 escuras, amarronzadas ou pretas, necrosando os tecidos e matando os folíolos. É possível observar um halo encharcado que separa a lesão do tecido sadio. A lesão pode avançar para o pêlo e caule, chegando a ocasionar a morte da planta. Sob condições de alta umidade, verifica-se um crescimento esbranquiçado na parte interior da folha, que são as frutificações do fungo. As plantas apresentam-se queimadas e exalam um odor putrefato característico. Em condições de baixa umidade, o crescimento das lesões e paralisado e o tecido torna-se quebradiço ● Podridão de raízes (Pythium spp.) Sintomas-As plantas atacadas pelo Pythium spp. mostram sintomas de enfezamento (plantas pouco vigorosas com crescimento retardado), folhas com sintomas leves de murcha nas horas mais quente do dia, sistema radicular deficiente e com raízes mais finas escurecidas (necrosadas) e/ou mortas. 3 ● Míldio da videira (Plasmopara viticola) Sintomas-Nas folhas, os primeiros sintomas são manchas de coloração verde-clara de aspecto oleoso (manchas de óleo). Na face inferior das folhas, nos ramos e nas bagas surgem uma eflorescência branca (mofo branco), sob alta umidade. As manchas tornam-se necrosadas, causando a queda da folha. ● Míldio (Peronospora destructor) Sintomas - Folhas e hastes florais são afetadas pelo patógeno. Nas folhas, a doença caracteriza-se por lesões grandes (3-30 cm de comprimento), alongadas no sentido das nervuras, geralmente apresentando zonas concêntricas de tecido clorouca e de várias tonalidades de verde, com centro necrótico, muitas vezes recobertas por eflorescência de 4 coloração violeta, especialmente em períodos de maior umidade. As folhas afetadas tornam-se gradualmente amarelecidas, podendo dobrar-se e morrer. É muito comum ocorrer a invasão dos tecidos afetados por outros fungos, como Alternaria, que esporulam abundantemente sobre as lesões, mascarando os sintomas de míldio e dificultando sua diagnose ● Ferrugem branca “batata-doce”(Albugo ipomoeae-panduranae) Sintomas - Observam-se, inicialmente, lesões cloróticas na face superior da folha, as quais evoluem formando pústulas esbranquiçadas visíveis na superfície inferior. As pústulas são recobertas por uma massa branca pulverulenta, formada de esporângios do patógeno. Áreas necrosadas, de cor marrom-avermelhada, desenvolvem-se em torno das pústulas. Em cultivares suscetíveis ocorrem lesões semelhantes nos pecíolos e ramos jovens. Tendo em vista que o fungo provoca hipertrofia e hiperplasia de células dos tecidos parasitados, freqüentemente observam-se deformações nas folhas e ramos ● Podridão-parda “cacaueiro” (Phytophthora palmivora) 5 Sintomas - O patógeno ataca todas as partes das plantas, mas os maiores prejuízos são ocasionados quando intacta os frutos. Os frutos. Por sua vez, são suscetíveis em todas as suas fases de desenvolvimento, sendo que a suscetibilidade aumenta com a maturidade dos mesmos. Inicialmente as lesões nos frutos são pequenas. com l a 2 mm de diâmetro, arredondadas. castanho-escuras. Posteriormente as lesões crescem, tornando-se elípticas, de coloração castanha e consistência firme. Sobre as lesões surge uma cobertura fina e esbranquiçada, formada por esporângios e micélio. O ataque aos frutos foi ocasionado por esporos liberados de esporângios, que necessitam de um filme de água na superfície do fruto para iniciar o seu processo de germinação e penetração. Apos a invasão do tributo. O fungo atinge as sementes tornando-as impróprias para a industrialização. Estas sementes doentes podem contaminar sementes sadias através do contato entre elas, no processo de fermentação Reino dos fungos (fungi) Classe Zigomicetos (Zygomycota) ● Podridão-mole “morango” (Rhizopus stolonifer) Sintomas-Frutos afetados ficam ligeiramente descoloridos e depois ficam com a tonalidade castanha clara, amolecem rapidamente e entram em colapso, ficando com uma podridão mole, aquosa e com extravasamento de líquido do fruto. 6 Classe Ascomycetes ● Antracnose (colletotrichum gloeosporioides) Sintomas - A doença afeta o colo e a coroa da planta. Os sintomas variam de acordo com o nível de resistência dos cultivares. Nos mais suscetíveis, às lesões no caule são ovaladas, grandes e de coloração clara, com bordos marrons, enquanto nos cultivares mais resistentes elas são pequenas, alongadas e escuras. É possível observar os acérvulos do fungo nas lesões. Estas podem aumentar de tamanho e coalescer, levando muitas vezes a morte do caule e, consequentemente, do broto e da seca, também o escurecimento e posterior morte dos pecíolos. 7 ● Fumagina (Capnodium) Sintomas - A colonização dá-se principalmente na página inferior das folhas e no broto principal. A manta miceliana pode recobrir toda a folha e parte do caule. Ao final do processo, as plantas tornam-se escuras, sendo que algumas folhas ficam retorcidas e pretas. Os prejuízos decorrem das dificuldades de respiração e fotossíntese dos tecidos da planta devido à presença superficial do micélio. 8 Classe Deuteromicetos ● Fusariose (fusarium subglutinans) Sintomas - O patógeno é capaz de infectar todas as partes da planta. Em frutos ainda verdes observa-se exsudação de goma na sua superfície. Há uma tendência de amarelecimento precoce. Este sintoma, geralmente, distingue-se daqueles produzidos pela broca dos frutos (Thecla basilides), cuja exsudação gomosa dá-se normalmente, entre os frutos verdes. Com a evolução da doença, as partes lesionadas internas dos frutos perdem a rigidez, encolhem-se e os frutos tornam-se deformados. Frutos em estádios mais avançados de desenvolvimento e maturação, quando doentes, apresentam as áreas externas correspondentes aos tecidos infectados com coloração parda a marrom. No estádio final, podem ser parcial ou totalmente afetados, perdem a rigidez e se mumificam, podendo ocorrer um crescimento rosado do fungo nos tecidos mais externos. ● Septoriose (Septoria lactucae) Sintomas - O fungo ataca principalmente as folhas (Prancha 4.3), mas pode afetar também a haste e os órgãos florais no campo de produção de sementes. Os sintomas nas folhas são manchas com contornos irregulares. O tecido afetado, inicialmente com aspecto desidratado, torna-se pardacento, com numerosos pontos de cor escura que são os corpos de frutificação do fungo. Esses corpos de frutificação são os picnídios, visíveis a olho nu. Quando em ambiente úmido, verifica-se, na parte superior dos picnídios, uma massa de esporos (cirros) que só é liberada na presença de um filme de água. Não havendo água, os conídios não germinam e dificilmente são disseminados pelo vento. 9 ● MAL-DO-PANAMÁ(Fusarium oxysporum) Sintomas -Dois sintomas da doença apresentam-se como bem característicos na cultura da bananeira: a) as folhas mais velhas murcham, secam e se quebram junto ao pseudocaule, deixando a planta no formato de um guarda-chuva fechado; b) muito característico da doença também é o aparecimento de uma coloração avermelhada na parte 10 ● Pinta preta (Alternaria solani) Sintomas - O Fungo ataca toda a parte aérea da planta, pecíolos e caule. Os sintomas iniciam-se normalmente nas folhas mais baixas e velhas da planta, onde surgem pequenas manchas (de 1 a 2 mm) escuras. Posteriormente, estas crescem, adquirindo um formato ovóide, mediado pelas nervuras da folha de coloração escura e com zonas concêntricas características.O tecido entre e ao redor das lesões apresenta se normalmente Clorótico. aumento da Intensidade da doença no campo ocorre tanto pelo surgimento de lesões novas como pela expansão das mais velhas, que podem coalescer, atingindo uma área considerável da folha. Nos pecíolos e caules os sintomas são semelhantes. O maior número de lesões podem surgir em plantas com deficiência nutricional, principalmente de magnésio, e com intenções de viroses, como o vírus do enrolamento da folha. Em tubérculos, as lesões são escuras, de formato circular a irregular, deprimidas. Tendendo a provocar podridão seca. A infecção nestes casos normalmente ocorre através de ferimentos, mas no Brasil esta ocorrência é rara. 11 ● MAL-DO-PÉ(Plenodomus destruens) Sintomas - Os sintomas nas mudas e plantas no campo caracterizam-se por lesões marrons na região do colo, próxima à linha do solo, amarelecimento e murcha das folhas da base. Em infecções severas ocorre destruição do sistema radicular, impedindo a formação de raízes tuberosas. Nas regiões do caule afetadas, verifica-se o surgimento de inúmeras pontuações escuras, correspondentes a estruturas de reprodução do patógeno (picnídIOS). As lesões na haste podem se desenvolver abaixo do nível do solo e o tungo peneirar na raiz tuberosa, causando, na extremidade proximal, uma podridão seca e escura de desenvolvimento lento Este sintoma tende a evoluir durante O armazenamento. danificando parcialmente as raizes tuberosas tornando-as imprestáveis para utilização na produção de mudas 12 Classe Agaricomycetes ● Rhizoctoniose (Rhizoctonia solani ) Sintomas - Os sintomas mais graves na planta aparecem na primavera, pouco depois da plantação. O estrangulamento parcial dos caules pode originar grande diversidade de sintomas, como por exemplo, atraso no desenvolvimento da planta, deformação e descoloração dos caules 13 e necrose do tecido vascular. 14 Ciclo de vida Oomicetos 15 Zigomicetos 16 Ascomycetes 17 Deuteromicetos 18 Agaricomycetes
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