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�PAGE � �PAGE �37� FIT-111-Produção de Hortaliças-I Universidade Federal de Lavras Departamento de Agricultura - Fit-111 - Produção de Hortaliças-I Wilson Roberto Maluf Professor Titular Departamento de Agricultura Universidade Federal de Lavras Lavras-MG 1o Semestre / 2001 � O QUE É A OLERICULTURA ? Bibliografia Recomendada: FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia Moderna na Produção e Comercialização de Hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402p. (Capítulo 1) RAMOS DA FITOTECNIA 1. Grandes culturas (anuais e perenes) 2. Silvicultura (espécies florestais) 3. Forragicultura (pastagens, forrageiras para corte) 4. Horticultura, com as seguintes atividades especializadas: 4.1. Olericultura: hortaliças (incluem morango, melão, melancia), e, nos últimos anos, plantas medicinais e condimentares. 4.2 Fruticultura: fruteiras 4.3 Floricultura: flores para corte 4.4 Jardinocultura: plantas ornamentais 4.5 Viveiricultura: produção de mudas. Há também atividades cross-commodity, como a Plasticultura, que pode ser empregada pela Olericultura, pela Fruticultura, pela Floricultura, Viveiricultura, etc... O uso destes termos nem sempre é bastante preciso: - melão, melancia, morango: em alguns países, são estudados dentro da Fruticultura. - batata: algumas escolas e instituições de pesquisa consideram como parte de Grandes Culturas. - em Portugal, Horticultura em geral é empregado numa concepção mais restrita, como sinônimo de Olericultura. Espécies olerícolas: cerca de 70 no Brasil. � CARACTERÍSTICAS DA EXPLORAÇÃO DE HORTALIÇAS - uso intensivo do solo, insumos modernos, tratos culturais, mão de obra. - possibilidade de alta renda bruta e líquida por unidade de área. - ciclo cultural curto ( várias culturas por ano no mesmo local (exceções: hortaliças perenes ou semi-perenes, como chuchu, aspargo e alcachofra). - em média, praticada em pequenas propriedades (há muitas exceções: ervilha para conserva, tomate industrial, batata) - permite aproveitamento de áreas marginais para grandes culturas, como na periferia de grandes centros (terras muito caras) ou ainda terras de baixa fertilidade natural (pois comporta adubação organo-química pesada). OS TIPOS DE EXPLORAÇÃO OLERÍCOLA 1. Exploração diversificada: - finalidade comercial - áreas pequenas, várias culturas - produtor vende a varejistas (feiras, mercados, supermercados) ou ele próprio é o varejista. - em geral, típica de cinturões verdes (tenta explorar a vantagem de estar próxima de centros urbanos). - com o tempo, tende a entrar em competição com empreendimentos imobiliários. 2. Exploração especializada: - finalidade comercial - menor número de hortaliças (1 a 3-4) - tecnologia de produção mais avançada (maior uso de máquinas e de insumos modernos). - áreas em geral maiores - comercialização em geral via atacadistas, frequentemente feita longe do local de produção. - empresário mais predisposto a assimilar novas tecnologias 3. Exploração com finalidade industrial: - finalidade comercial - abastecem agroindústrias - culturas em grandes áreas, plantadas em geral de maneira mais extensiva (e.g.: ervilha seca para conserva --> totalmente mecanizada; tomate industrial--> cultivares de crescimento determinado plantadas sem tutoramento; milho doce --> colheita processada em poucas horas). - custos de produção por área em geral menores. � 4. Horta doméstica, educativa e recreativa. - finalidade maior: não comercial. - visa subsistência, suplementação alimentar, ou tem finalidade educativa e recreativa. - horta localiza-se próxima à habitação, escola ou creche. - bastante intensiva de mão de obra. - deve evitar uso de agrotóxicos. � CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS Bibliografia Recomendada: FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia Moderna na Produção e Comercialização de Hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402p. (Capítulo 2) 1. Classificação pelas partes comestíveis: * vantagem: reune plantas que tem características comuns quanto à pós-colheita, e, frequentemente, também no aspecto agronômico. Hortaliças tuberosas: partes utilizáveis desenvolvem-se dentro do solo: Tubérculos: batata, cará Rizomas: inhame Bulbos: cebola, alho Raízes tuberosas: cenoura, beterraba, batata-doce, mandioquinha-salsa (=fiuza, batata-baroa), rabanete, rábano. Hortaliças herbáceas: partes utilizáveis suculentas e tenras, desenvolvendo-se acima do nível do solo: Folhas: alface, almeirão, chicórea, repolho, couve, couve-de-Bruxelas, acelga, couve- chinesa, espinafre europeu, espinafre da Nova Zelândia, taioba. Talos e hastes: aspargo, aipo, funcho, couve- rábano. Flores e inflorescências: couve-flor, couve- brócolos, "kailaan", alcachofra. Hortaliças-frutos: frutos ou pseudo-frutos colhidos imaturos ou maduros: Frutos imaturos: abóbrinha; quiabo, berinjela, jiló, ervilha-torta, ervilha tipo coração de manteiga1, ervilha de grãos verdes1, feijão-vagem, vagem-de-metro, pimentão (verde), milho-verde, milho-doce. Frutos maduros: abóboras, morangas, melancia, melão, morango2, pimentão (vermelho e amarelo); tomate. 1 frutos colhidos imaturos, mas somente sementes são consumidas. 2 pseudo-fruto � 2. Classificação baseada nas famílias botânicas: *vantagens: mais estável (partes comestíveis podem variar de uma região para outra); útil por agrupar gêneros em geral sujeitos aos mesmos problemas de doenças e pragas. Principais famílias com espécies olerícolas: Alliaceae: cebola, cebolinha, alho, alho-porró Apiaceae (=Umbelliferae): cenoura, batata-baroa, aipo, funcho, salsa, coentro Asteraceae (=Compositae): alface, almeirão, chicória, endívia. Brassicaceae (=Cruciferae): couve-manteiga, couve-tronchuda, repolho, couve-flor, brócolos, couve-de-Bruxelas, repolho crespo, couve-rábano, couve-chinesa (=falsa acelga); mostardas; nabo; rabanete, rábano, agrião, rúcula. Cucurbitaceae: pepino, maxixe, melão, abóboras, abobrinhas, morangas, mogangos, melancia, chuchu. Fabaceae (=Leguminosae): feijão-de-vagem, feijão-de-lima (=falsa fava); ervilha; feijão-de-corda, vagem-de- metro; fava italiana. Solanaceae: batata, tomate, berinjela, jiló, pimentão, pimentas (não da do reino). Nomes científicos e outras famílias: Consultar FILGUEIRA, Capítulo 2. 3. Outros critérios de classificação: 3.1. Critério popular: - legumes - verduras (critério pouco preciso; excessivamente vago; deve ser evitado) 3.2. Classificação pelas exigências climáticas: - pouco preciso, mas às vezes útil, especialmente para classificar cultivares da mesma espécie olerícola que diferem marcadamente quanto às exigências climáticas: alface, repolho, couve-flor, cenoura de verão alface, repolho, couve-flor, cenoura de inverno � VARIEDADE E CULTIVAR Variedade: termo usado comumente em 2 acepções: 1. Variedade botânica: é uma unidade taxonômica para designar diferentes cultigenes de uma espécie altamente polimórfica. Embora plantas de uma mesma variedade botânica possam ser marcadamente diferentes do ponto de vista morfológico, fisiológico e agronômico, não há barreiras genéticas para o cruzamento entre diferentes variedades botânicas: Brassica oleracea: espécie altamente polimórfica, com muitas variedades botânicas diferentes: B. oleracea var. acephala: couve-comum ou manteiga B. oleracea var. capitata: repolho comum e roxo B. oleracea var. gemmifera: couve-de-Bruxelas B. oleracea var. sabauda: repolho-Savoy (=repolho crespo ou de Sabóia)B. oleracea var. botrytis: couve-flor B. oleracea var. italica: couve-brócolos (=brócoli) B. oleracea var. gongylodes: couve-rábano B. oleracea var. alboglabra: "kailaan" Beta vulgaris: Beta vulgaris var. conditiva: beterraba Beta vulgaris var. cicla : acelga verdadeira. 2. Cultivar: (do inglês cultivated variety) designa variedades cultivadas comercialmente (da mesma espécie ou variedade botânica): couve-flor cultivar Piracicaba Precoce, couve-flor cultivar São Joaquim tomate cultivar Santa Clara tomate cultivar Jessica F1 P.S.: Cultivar é substantivo feminino (a cultivar). Uma cultivar pode ser constituida por: a) Clone: população de indivíduos geneticamente identicos, obtida por sucessivas propagações vegetativas a partir de uma única planta de genótipo singular. Assim são as cultivares de plantas de propagação vegetativa em geral: alho, batata, batata-doce, morango, alcachofra. cultivar Bintje de batata = clone cultivar Achat de batata = outro clone cultivar Campinas de morango= clone cultivar Guarani de morango= outro clone cultivar Centenário de alho= clone cultivar Chonan de alho= outro clone � b) Linhagem ou Linha Pura: população de plantas geneticamente uniformes oriundas via semente verdadeira de uma planta homozigota. As cultivares de plantas autógamas (alface, tomate, feijão de vagem, ervilha) são comumente constituidas por uma única linhagem ou linha pura, ou então por misturas de linhagens muito semelhantes entre si: cultivar Santa Clara de tomate: linhagem cultivar Brasil-221 de alface: linhagem c) Populações de polinização aberta: grupos de plantas geneticamente diferentes entre si, mas com algumas características fenotípicas comuns, pelas quais podem ser diferenciadas de outras cultivares. Em geral, as cultivares de plantas alógamas constituem-se de populações: cenoura cultivar Brasília = população de indivíduos adaptados à cultura de verão. ( cenoura cultivar Nantes = população de indivíduos adaptados à cultura de inverno. d) Híbridos (cultivares híbridas): conjunto de plantas obtido pelo cruzamento controlado de dois materiais parentais. Quando esses dois materiais parentais são linhagens homozigóticas , tem-se o híbrido simples- o tipo mais utilizado em hortaliças: e.g. repolho Kenzan, repolho Matsukaze, tomate Jessica, tomate Cynthia, pimentão Lígia, pimentão Magali. Mas também se utilizam: híbridos three-way: (AxB) x C híbridos duplos: (AxB) x (CxD) O uso das cultivares híbridas na Olericultura: O uso de cultivares híbridas vem adquirindo cada vez mais importância dentro da Olericultura, visando a aproveitar: a) a heterose (vigor de híbrido). Ex.: berinjela, pimentão. b) combinação da resistência a doenças dos dois pais (quando a resistência é conferida por alelos dominantes): Linhagem TSWV-547 x Nemadoro resistente a vira-cabeça e Stemphyllium resistente a Verticillium, Fusarium 1&2, nematóides Híbrido F1 (resistência a Verticillium, Fusarium 1&2, nematóides, vira-cabeça e Stemphyllium) � c) híbridos apresentam maior homeostase genética (maior estabilidade de produção em ambientes desfavoráveis): couve-flor de verão x couve-flor de inverno Piracicaba Precoce Terezópolis Gigante Híbrido F1 de verão (melhor comportamento face a oscilações de temperatura entre dia e noite; menos suscetível a buttoning) d) maior uniformidade (especialmente quando se tratar de híbridos de linhagem): repolho híbrido Matsukaze (F1) mais uniforme do que repolho Louco (população). e) características inerentes ao uso de híbridos: Tomates longa-vida: Características dos frutos Genótipos Conservação pós-colheita Coloração externa do fruto maduro Classificação mutantes de amadurescimento (homozigotos) alcobaça (alc/alc) ou ripening inhibitor (rin/rin) > 90 dias amarelo pálido não comercial normal (+/+) ( 7 dias vermelho comercial híbridos (+/alc ou +/rin) 10-15 dias vermelho comercial, longa-vida � hortaliças e interações com ambiente O comportamento das diferentes hortaliças depende do: -Genótipo -Ambiente -temperatura -termoperiodicidade -intensidade luminosa -fotoperíodo (no horas de luz) -fertilidade do solo -adubação -altitude x latitude -água &-stress hídrico -umidade relativa -Interações genótipo x ambiente (respostas diferenciais de genótipos aos diferentes ambientes). FATORES AMBIENTAIS DE IMPORTÂNCIA Temperatura - talvez o fator climático mais importante. Cada espécie tem sua faixa de tempoeratura mais favorável à: - germinação - emergência - crescimento - produção Às vezes, diferentes cultivares da mesma espécie podem responder de maneira bastante diferente à temperatura . cenoura -de verão: cv Brasília -de inverno: cv. Nantes couve-flor -de verão: Piracicaba Precoce, Shiromaru I e II, Verona, Ijaci -de inverno: Terezópolis Gigante, São Joaquim alface -de verão: Regina-71, Elisa -de inverno: White Boston � A grosso modo, e sujeito a variações de cultivar para cultivar, pode-se classificar as hortaliças quanto às exigências de temperatura: 1) hortaliças de clima quente abóboras, morangas, pepino, melão, melancia, maxixe, chuchu batata-doce cará berinjela e jiló quiabo repolho de verão couve-flor de verão cenoura de verão alface de verão brócolos de verão milho verde milho doce 2) hortaliças de clima ameno (toleram temperaturas próximas, porém superiores a 00C) abobrinha italiana alface batata cebola couve-flor (de inverno) cenoura (de inverno) tomate 3) hortaliças de clima frio (toleram geadas leves) aipo beterraba alho aspargo brócolos de inverno repolho Termoperiodicidade (variação de temperatura entre dia e noite) -necessária para boa produção de algumas culturas . tomate -necessária para boa frutificação . batata -necessária para tuberização � Luz -luminosidade -no de horas (fotoperíodo) Luminosidade -falta de luminosidade (intensidade luminosa) causa: estiolamento predisposição a doenças menor pegamento(no caso de mudas) -boa luminosidade: boa fotossíntese boa produção em qualidade e quantidade: melão do Nordeste batata em regiões de altitude Fotoperíodo no de horas de luz depende de:- latitude - época (estação do ano) Estados do Norte/Nordeste: próximos do Equador: aproximadamente 12 horas de fotoperíodo o ano todo Rio Grande do Sul: -inverno: 10 horas de luz por dia -verão: 14 horas de luz por dia Algumas hortaliças são muito sensíveis ao fotoperíodo: - alho e cebola - : cada cultivar exige um númeromínimo de horas de luz para bulbificar. De acordo com esse mínimo (fotoperíodo crítico), as cultivares de cebola podem ser mais ou menos tardias, e podem ou não ser plantadas em determinadas épocas e regiões. Exemplos: cebola ‘Pira-Ouro’:dias curtos (fotoperíodo crítico menor que 12 horas): adaptada a São Paulo cebola ‘Pera Norte’: dias intermediários (fotoperíodo crítico entre 13,5 h-14,0 h): plantada no Rio Grande do Sul cebolas européias/argentinas: dias longos (fotoperíodo crítico superior a 14 h): não formam bulbos no Brasil. � ÁGUA Hortaliças: grupo cultural mais exigente em água (H2O: mais de 90% do peso fresco da maioria das espécies olerícolas) Irrigaçãoé prática comum Referências: Marouelli, W.A.; Silva, H.R.; Silva, W.L.C. Manejo da Irrigação de Hortaliças. EMBRAPA, CNPH; Brasília. Circular Técnica, 2. 1986 .12 p. Ponto de murcha permanente: 0% H2O disponível (p.s: 0% de água disponível não quer dizer 0% de teor de H2O no solo) água disponível Capacidade de campo: 100% H2O disponível (teor máximo que o solo pode reter, antes de iniciar-se a perda de H2O livre) hortaliças hortaliças hortaliças tuberosas frutos herbáceas (folhosas) ------------------------->exigência crescente em água----------------> Em geral, para hortaliças a H2O disponível não deve ficar abaixo de 60%. Excesso de água falta de aeração nas raízes -doenças (especialmente bacterioses) -distúrbios fisiológicos -morte das plantas Há períodos críticos onde a falta de água ocasiona queda pronunciada na produtividade: . alface: antes da colheita . batata: floração e tuberização . melão/melancia:florescimento à colheita . tomate: florescimento e desenvolvimento dos frutos � As necessidades de água variam de cultura para cultura, e durante as fases de uma mesma cultura. QRN: quantidade real de água necessária (mm) quantidade de água que deve ser reposta ao solo pela irrigação QTN: quantidade total de água necessária (mm) depende da: QRN eficiência da irrigação � Ei = no decimal (Ei=1 =100% de eficiência de irrigação) Em geral: Método de irrigação Eficiência (Ei) superficial (sulcos) 0.6 ou menos aspersão (vários métodos) 0.7 a 0.8 irrigação localizada (e.g.: gotejamento) 0.8 a 0.95 � nutrição e adubação das hortaliças Referências: Ferreira, M.E; Castellane, P.D.; Cruz,M.C.P. (eds.).Nutrição e Adubação de Hortaliças. POTAFOS, Piracicaba. 1993. 487p. cFSEMG. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5a aproximação. CFSEMG, Viçosa. 1999. 359p. Nutrientes essenciais às plantas: N P macronutrientes K Ca Mg S B Zn Mo micronutrientes Cu Mn Fe Cl Nitrogênio . constituinte das proteínas (aminoácidos), bases nitrogenadas, aminas, amidas . favorece -crescimento vegetativo -número e tamanho das folhas . em geral, é o 2o nutriente em quantidade extraída (perde para o K). . excesso pode ser prejudicial: predisposição às doenças: Phytophthora infestans em tomate excesso de crescimento vegetativo compete com frutificação (exemplo: pepino, particularmente cv. monóicas). Fósforo . entra na constituição dos ácidos nucléicos (DNA, RNA,) e do ATP . em geral, aplicação de P provoca boas respostas nas olerícolas: . eleva produtividade . melhora qualidade . Nossos solos,em geral são pobres em P Adubos fosfatados baixo índice de aproveitamento ocorre fixação: raramente adubação pesada com P é prejudicial. baixa mobilidade no solo � Potássio (K) . Funções: abertura e fechamento de estômatos; síntese de proteínas e carbohidratos . absorvido em grandes quantidades . no entanto, em geral há pouca resposta ao K em produtividade: a resposta é em geral em termos de qualidade: . melhor sabor (tomate) . contrabalança efeitos adversos do excesso de N . excesso de K: prejudica absorção de Ca e Mg Cálcio (Ca) . constituinte de lamela média (pectatos de Ca); ativação enzimática . exigido em grandes quantidades (+ do que de P) . interage em outros elementos: com N: excesso de N ( prodridão apical no tomate . Ca pode ser fornecido via: -calagem (forma de CaCO3 -gessagem (forma de CaSO4): +solúvel -formulação de adubação: de plantio e/ou de cobertura -via foliar Deficiências: -podridão estilar (apical) em tomate, pimentão e melancia -tipburn em alface: queimadura dos bordos das folhas Magnésio . constituinte de clorofila; ativador de enzimas . deficiência comum em Solanáceas - clorose internerval . Mg pode ser fornecido:-via calagem (calcário dolomítico) -via adubação foliar (sulfato de Mg) -adubação: de plantio e/ou de cobertura Enxofre . faz parte do grupo ativo de algumas enzimas e coenzimas; é constituinte de alguns aminoácidos (cisteína, cistina e metionina), e portanto de proteínas. . alguns adubos (e.g. superfosfato simples) contém S. . formulações N-P-K altamente concentradas são deficientes em S: podem não suprir S adequadamente. . fornecimento: -adubação: - de plantio - de cobertura -gessagem � Micronutrientes Apesar de exigidos em pequenas quantidades, alguns micronutrientes podem se tornar problemas para o cultivar, quer pela falta (deficiência) quer pelo excesso (toxidez): B: - necessário para transporte de carboidratos - deficiência comum em couve-flor repolho tomate Mo: - necessário para fixação do N (em leguminosas); para redução do Nitrato (NO3-) - deficiência comum em couve-flor (sintoma: “chicote” e outras brássicas redução do limbo foliar). Cu: - presente em enzimas da fotossíntese. - deficiência em casos específicos: alface plantada em baixadas turfosas (solo orgânico) - reduz peso e formação de cabeças Mn: -necessário à fotossíntese e metabolismo de ácidos orgânicos: -toxidez comum em brássicas (enrolamento das folhas, clorose internerval, manchas necróticas) Zn: -co-fator de enzimas -toxidez pode induzir deficiência de Fe Fe: -grupo ativo de enzimas; sistema de transporte de elétrons (citocromo, ferrodoxina) -deficiência é comum em solos calcários Cl: -necessário à fotossíntese -deficiência é rara; toxidez pode ser problema em áreas costeiras e de baixa precipitação. Fontes de micronutrientes: B: bórax Mo: molibdato de sódio Mn, Zn: alguns fungicidas carbamatos (e.g. Mancozeb). Cu: fungicidas cúpricos Frequentemente são também aplicados via adubação foliar. � pragas, doenças e seu controle Hortaliças: -bastante susceptíveis a um bom número de doenças e pragas. Doenças e pragas prejudicam: -produtividade -qualidade-e.g. -nematóides em cenoura -insetos de solo em batata e batata-doce -brocas e traça no tomateiro Principais métodos de controle 1- Rotação de culturas .Evitar rotação com plantas da mesma família. .Exemplos de rotações recomendáveis: tomate ( pepino ( feijão-de-vagem Solanácea Cucurbitácea Leguminosa batata ( batata-doce Solanácea Convolvulácea tomate ( repolho Solanácea Crucífera 2- Controle Cultural Medida cultural de controle Exemplo: .desinfecção de ferramentas (facas, canivetes) para evitar transmissão de viroses de abobrinha, tomate .limpeza de implementos arados com torrões de solo podem levar nematóides para áreas onde previamente não eram problema .arranquio e queima de restos de cultura tomatal velho infestado de traça: arranquio e queima para evitar passagem para novas culturas. .limitações dos plantios a algumas épocas do ano plantio do tomate o ano todo: “reciclagem” das doenças e pragas .solarização e/ou inundação para desinfecção do solo uso na desinfecção de canteiros, estufas � 3- Controle Biológico -emprego de organismos antagônicos às doenças/pragas. Mais comum para pragas: Trichograma spp.: para controle da taça do tomateiro (Scrobipalpuloides absoluta) .Inseticidas biológicos: e.g. Bacillus thuringiensis para controle de lepidópteros (Dipel). 4- Controle Ambiental (especialmente de temperatura e umidade) .irrigação: em excesso predispões a doenças, especialmente bacterioses. falta diminui produção e/ou qualidade(e.g. alface) .plantio em estufas pode diminuir a incidência de doenças de folhas (porém, mau manejo,e.g., irrigação em excesso ou má circulação de ar pode até aumentar). 5- Controle Químico Uso de fungicidas, inseticidas e acaricidas Observar: -a- recomendações para cada doença/praga. -b- classe toxicológica: “I”= extremamente tóxicos= rótulo vermelho “II”= altamente tóxico= rótulo amarelo “III”= medianamente tóxico= rótulo azul “IV”= pouco tóxico= rótulo verde -c- efeito residual (tempo para desaparecer 95% do produto): organoclorados: vários anos (BHC: até 30 anos) -c- dosagem, número de aplicações e metódo de aplicação -d- precauções de uso (equipamento de proteção individual) -e- primeiros socorros (em caso de acidente) -f- advertências quanto à proteção ao meio-ambiente. Referência: ANDREI, E. Compêndio de Defensivos Agrícolas - Guia Prático de Produtos Fitossanitários para uso Agrícola. 4a edição. Organização Andrei Editora, São Paulo. 1993. 448p. AGROFIT98 (Software preparado pela Coordenação de Fiscalização de Agrotóxicos-CFA, do Ministério da Agricultura), versão 2, 1998. � 6- Resistência Varietal Método mais duradouro e pouco oneroso .Batata-doce: resistência varietal para controle a insetos de solo é mais eficiente do que controle químico em cultivares susceptíveis: cultivar Brazlandia Roxa: resistência a danos de insetos de solo cultivares Canuanã-676 (casca branca) e Palmas-826 (casca rosada): resistentes aos nematóides de galha Meloidogyne javanica e às raças 1, 2, 3 e 4 de M.incognita; moderadamente resistentes a insetos de solo Tomate: Cultivar resistências susceptibilidade Kada - Fusarium raças 1 e 2 Verticillium Stemphylium nematóides vira-cabeça mancha pequena Santa Clara Fusarium raça 1 Verticillium Stemphylium Fusarium raça 2 nematóides vira-cabeça mancha pequena Jessica Plus Fusarium raça 1 Verticillium Stemphylium vira-cabeça Fusarium raça 2 nematóides mancha pequena Jessica Star Bônus Fusarium raça 1 Stemphylium Verticillium vira-cabeça nematóides mancha pequena Fusarium raça 2 Cynthia Fusarium raças 1 e 2 Verticillium Stemphylium vira-cabeça nematóides mancha pequena 7- Controle Integrado .faz uso de combinações de vários métodos .baseia-se no conhecimento do nível de dano econômico, nem sempre disponível para todas as hortaliças � interações genótipo x ambiente As interações genótipo x ambiente existem quando as respostas dos diferentes genótipos aos diferentes ambientes não são análogas (ou paralelas). produtividade e/ou qualidade Ausência de interação genótipo x ambiente cultivar 1 Fácil de recomendar a melhor cultivar (é sempre a cultivar 1). cultivar 2 A1 A2 ambiente Contudo, são muito frequentes também na Olericultura as situações onde há interações genótipo x ambiente: produtividade e/ou qualidade Há interação genótipo x ambiente (retas não paralelas), mas ela é simples, pois a classificação das cultivares não é alterada nos diferentes ambientes. cultivar 1 A cultivar 1 neste caso é sempre superior à cultivar 2 (mas existe interação porque esta superioridade é mais evidente no pior ambiente-A1). cultivar 2 A1 A2 ambiente � produtividade e/ou qualidade Há interação complexa, pois a classificação das cultivares depende do ambiente cultivar 1 Cultivar l é melhor no ambiente A1 , mas é a pior no ambiente A2 cultivar 2 A1 A2 ambiente meios de atenuar o efeito das interações genótipo x ambiente 1) Identificar ou criar cultivares específicas para cada ambiente. Em muitas espécies olerícolas, normalmente de clima ameno ou frio, foram criadas cultivares adaptadas ao verão: alface - tradicionalmente, de inverno: cv. White Boston - de verão: Brasil-221, Regina, Elisa couve-flor - tradicional/e , de inverno: cv.Terezópolis Precoce Terezópolis Gigante - de verão: Piracicaba Precoce ;híbridos Shiromaru I e II,Verona, Ijaci cenoura - tradicional/e de inverno: cv. Nantes - de verão: Brasília, Carandaí cebola - de dias intermediários (fotoperíodo (l3 horas): Pera Norte (adaptação: RS) - de dias curtos: Pira Ouro -adaptação a São Paulo IPA 6 - adaptação ao Nordeste � 2) Zoneamento ecológico . são agrupados ambientes ecologicamente semelhantes em sub-regiões dentro das quais a interação passa a não ser significativa. . formalmente, não é empregado no Brasil para hortaliças .. mas, informalmente, é até bastante utilizado: cebola e tomate industrial: - no Norte de Minas (Vale do São Francisco), adotaram-se de início as recomendações do Nordeste (Vale do São Francisco) cebola em Lavras: adota-se a recomendação de São Paulo (São José do Rio Pardo, por exemplo). 3) Identificação de cultivares com maior estabilidade fenotípica: verão inverno meia estação (verão/outono) couve-flor de verão Piracicaba Precoce (o.p.) boa cabeça “buttoning” e florescimento “buttoning”e florescimento couve-flor de inverno Terezópolis Gigante (o.p.) não forma cabeça ou forma cabeça de má qualidade cabeça excelente cabeça de má qualidade couve-flor híbrida de verão Piracicaba x Terezópolis (ou similares) cabeça excelente cabeça pequena e florescimento cabeça excelente verão inverno meia estação (verão/outono) repolho de inverno tradicional não forma cabeça forma cabeça forma cabeça repolho híbrido de verão (e.g. Master) forma cabeça pode florescer forma cabeça repolhos híbridos japoneses atuais formam cabeça formam cabeça formam cabeça O melhoramento genético, através de novas cultivares híbridas ou não, tem contribuído para melhor adaptação das hortaliças aos mais diversos ambientes � propagação de hortaliças Propagação - assexual ou vegetativa sexual ou seminal (via semente) 1. Propagação assexual ou vegetativa propágulos são partes da planta diferentes de suas sementes verdadeiras Espécie olerícola Propágulo agrião talos (estacas caulinares) alcachofra rebentos alho bulbilhos batata-doce ramas, mudas batata tubérculos cará tubérculos inhame rizoma couve-manteiga estacas axilares morango mudas (da ponta dos estolhos) mandioquinha-salsa rebentos Em geral, cultivares de plantas de propagação vegetativa são clones (geneticamente uniformes). Com as sucessivas multiplicações, os clones podem ir acumulando doenças crípticas, notadamente viroses, que causam “degenerescência” dos clones (“envelhecimento”). Para recuperar o vigor/produtividade dos clones, é preciso então promover o “rejuvenescimento”, ou limpeza clonal. A limpeza clonal geralmente é feita pelo processo de cultura de meristemas (associada ou não a outros métodos, como a termoterapia) seguido de indexação e multiplicação rápida in vitro os clones limpos. É bastante bastante utilizada na prática em batata, morango. Tem sido executada com sucesso (mas ainda não muito utilizada comercialmente no Brasil) em alcachofra, alho, mandioquinha-salsa, batata-doce. � 2. Propagação via sexual ou seminal (via sementes) Sementes podem ser semeadas diretamente no localdefinitivo (semeadura direta), ou então utilizadas na produção de mudas para posterior transplante. Algumas hortaliças são quase que obrigatoriamente plantadas via semeadura direta. Ex: cenoura (transplante :danos ao sistema radicular ( raízes deformadas). Outras são plantadas em geral via semeadura direta, por serem intolerantes a danos ao sistema radicular: Exemplos:cucurbitáceas (pepino, melão, abóboras, melancia). Contudo, podem ser transplantadas se o transplante não for de raíz nua (ex: copinhos, mudas de bandejas). Em outras espécies ainda, tranplantar ou não é apenas uma questão de economia. Exemplo: tomate industrial (rasteiro), cebola Quando se utiliza o transplante, as sementes são utilizadas na formação de mudas (em sementeiras, viveiros, copinhos ou bandejas). As mudas é que vão então para o local definitivo. Esquemas utilizados no transplantio a) mudas em sementeiras: sementes ---------formação da muda transplante (raiz nua) sementeira ---------- campo b) mudas em viveiros sementes( mudas 1a folha definitiva repicagem ( ponto de transplante transplante da muda (muda de torrão com ferimentos ou de raiz nua) sementeira ----- viveiro ----- campo c) Mudas em copinhos (de jornal ou sanfonados) sementes ---------formação da muda transplante (com torrão sem ferimentos) copinhos de papel ---------- campo d) Mudas em bandejas sementes ---------formação da muda transplante (com torrão sem ferimentos) bandejas de isopor com substrato artificial ---------- campo � Sementeiras - em geral, canteiros feitos com o solo do próprio local, ao qual se adicionam outros materiais de maneira a melhorar suas propriedades físicas e químicas. Preparo do leito: Material por m2de sementeira: Esterco de curral (curtido e peneirado) 15 a 20 litros Superfosfato simples 150 a 200 gramas Cloreto de Potássio 20 a 50 gramas ou Esterco de curral 15 a 20 litros Adubo 5-10-5 200 a 300 gramas Podem se adicionar também outros materiais: .terriço de mata (bastante fértil) .areia (adicionar em solos excessivamente argilosos, para melhorar drenagem e arejamento) Em terrenos infestados com patógenos, insetos, nematóides e ervas daninhas, recomenda-se fazer a fumigação com brometo de metila (30 a 50 ml para cada m2 de canteiro, admitindo-se uma profundidade de 30 cm no canteiro para fins de esterilização). Semeadura: em sulcos transversais, em geral marcada por um sulcador superficial de ripas; em geral, os sulcos estão distanciados 10-15 cm entre si. Profundidade de semeadura é aproximadamente 1 cm para sementes pequenas como as de alface, cebola, repolho, couve-flor. (regra prática: 2,5 a 3 vezes o maior comprimento da semente) Densidade de semeadura: 3-4 g. sementes/m2 de canteiro (há necessidade de se desbastar o excesso). Viveiros . utilizados apenas para algumas espécies (tomate, brássicas), mas caindo cada vez mais em desuso. . não há muita vantagem neste sistema: a maior seria a uniformização das mudas, em caso de germinação irregular. .desvantagens: maior tempo para formação de muda; maior manipulação da muda (repicagem: possibilidade de transmissão mecânica de doenças) � Copinhos de jornal (com fundo) ou sanfonados (sem fundo) Vantagens: .menos desbaste (melhor aproveitamento das sementes) .mudas de torrão resistem melhor ao transplante .menor tempo para formação de mudas Exemplos de Substrato para copinhos: materiais utilizados na mistura Tipo de solo Solo peneirado + Esterco de curral (curtido e peneirado) + Adubo mineral Solos mais pobres 1 volume + 1 volume + 30 g/litro super simples Solos mais férteis 2 volumes + 1 volume + 40 g/litro de 4-16-8 Mudas em bandejas Substrato artificial: em geral, mistura industrial cascas de Pinus sp. ou casca de eucalipto compostada à base de : +vermiculita +adubo mineral à qual pode se adicionar casca de arroz carbonizada. Bandejas de isopor vem em vários tamanhos de células: (as dimensões externas de comprimento e largura não variam) 128 células: a maioria das hortaliças 200, 242 ou 288 células: alface e outras folhosas Princípio da poda aérea: raiz pivotante encontra orifício de drenagem da célula (baixa umidade relativa)( pára de crescer na vertical (“poda aérea”) ( crescimento de raízes laterais é estimulado ( boa formação de torrão: muda pronta para o transplante. � Vantagens da formação de mudas em bandejas: -sistema mais livre de patógenos -melhor aproveitamento de sementes (inclusive de híbridos sementes caras) -permite semeadura automática (em alguns casos, com sementes peletizadas) - reduz ou elimina mão-de-obra com desbaste -pouco espaço (100 m2 (360 bandejas) com bandejas de 128 células: 360 x 128= 46.080 mudas (suficientes para 3 ha de tomate) com bandejas de 288 células: 360 x 288= 103.680 mudas (suficientes para mais de 1 ha de alface) -nenhum dano ao sistema radicular: pode ser empregado para espécies mais problemáticas, como cucurbitáceas. Volumes de substrato necessários para encher bandejas: Tipo de bandeja Volume total de substrato necessário para enchimento Volume de substrato por célula 72 células 7400 ml 102.8 ml 128 células- 7cm prof. 4500 ml 35.2 ml 200 células 4300 ml 21.5 ml 242 células 3300 ml 13.6 ml Para algumas espécies (alface e folhosas em geral), vários tipos de bandejas podem ser utilizados (em geral, as de 128, 200, 242 ou 288 células). De modo geral, bandejas menores produzem mudas aptas para o transplante mais precocemente, porém o ciclo da cultura após o transplante (ou seja, o tempo até a colheita) aumenta. � PRODUÇÃO DE SEMENTES DE HORTALIÇAS Produção de sementes - área especializada dentro da Olericultura - produção de sementes é frequentemente bastante diferente da produção da hortaliça comercial (ex: alface, repolho, couve-flor, cebola, cenoura). Orientações gerais para a produção de sementes de hortaliças 1 - Local e época para produção de sementes - leva-se em conta principalmente a fisiologia da planta e reação a patógenos. Regiões áridas e semi-áridas, ou então com período seco bem definido (ex: cerrado): ótimas para produção de sementes de feijão-de-vagem livres de antracnose, ou de ervilha livres de Ascochyta spp. Cenoura, cebola, repolho ( exigem frio para florescer ( escolher regiões e épocas que permitam vernalização sob condições de campo (ex: Rio Grande do Sul); caso contrário, há necessidade de vernalização artificial de bulbos ou raízes em câmaras frias, como é o caso da cebola e cenoura, respectivamente. 2. Isolamento: - para evitar cruzamentos indesejáveis ou misturas varietais. espécies autógamas: alface, feijão de vagem, tomate ( distância de poucos metros entre cultivares. espécies alógamas: milho doce, couve-flor, repolho, brócolos, cebola, cenoura( distância de algumas centenas de metros. 3. Qualidade do lote de semente básica Semente básica deve ser livre de patógenos transmissíveis pela semente. Exemplos dessas doenças: -Ascochyta em ervilha -Antracnose do feijão de vagem -Alternaria radicina em cenoura -Alternaria em brássicas -vírus do mosaico da alface -bacterioses (cancro bacteriano, Xanthomonas vesicatoria e Pseudomonas syringae pv. tomato) em tomate. Além da sanidade, o lote de semente básica deve ter alta porcentagem de germinação e vigor, para que a emergência seja uniforme e assim também a colheita. � 4. “Roguing” Eliminação de plantas - doentes - fora do tipo varietal Finalidade: manter a sanidade e pureza varietal.Geralmente são feitas 2 a 3 inspeções no campo, uma das quais em geral por ocasião do florescimento. 5. Controle de ervas daminhas - visa a: -eliminar competição das hortaliças com ervas -manter lotes de sementes livres de sementes de ervas daninhas. 6. Controle de pragas e doenças - visa a evitar comprometimento da produção de sementes, quer em qualidade quer em quantidade. 7. Polinização -autógamas: em geral não necessitam de agentes de polinização externos -alógamas: exigem cuidados com agentes polinizadores, especialmente as de polinização entomófila (cenoura, cebola, brássicas, cucurbitáceas): - evitar inseticidas por ocasião do florescimento - usar inseticidas específicos para as pragas que se quer controlar (e.g: pirimicarb combate pulgões, mas não afeta abelhas) - colocar colmeias nos campos de produção 8. Reconhecimento das diferenças entre produção de sementes e produção de hortaliça comercial Em arroz, feijão, soja, não há razão pela qual quantidade e qualidade de sementes produzidas não possam andar juntas. Já em hortaliças, alguns genótipos desejáveis podem ser justamente os piores produtores de sementes. Exemplos: Alface: algumas boas cultivares são piores produtoras de sementes do que cultivares obsoletas. Couve-flor: cabeças compactas são desejáveis comercialmente, mas produzem menos sementes do que as cabeças pouco compactas. Em virtude dos cuidados que se tem de selecionar plantas de boa qualidade comercial, a produção de sementes pode ser mais baixa e, portanto, mais cara. � Produção de Sementes Híbridas F1 Nos últimos anos, tem crescido no Brasil o uso de cultivares híbridas F1 para algumas espécies de hortaliças: berinjela, repolho, tomate, pimentão, couve-flor, cebola, morangas, pepino, melão. Isto porque os híbridos podem apresentar vantagens em relação às cultivares não híbridas: a- heterose (maior produtividade) b- maior uniformidade c- homeostase genética d- precocidade e- maior resistência a pragas e doenças A produção de sementes híbridas exige conhecimentos específicos sobre cada linhagem parental, e também exige práticas de controle de polinização em pelo menos uma delas para que se assegure realmente a obtenção de sementes híbridas F1, e não de sibs (contaminantes, sementes não híbridas). Em muitas espécies, esse controle de polinização é feito mediante a emasculação manual de cada botão floral da linhagem materna (A), seguido por polinização também manual com pólen retirado da linhagem paterna (B). Exemplos: berinjela, tomate, pimentão Em outras espécies, faz-se uso de linhagens macho-estéreis (cebola, cenoura), ou de linhagens auto-incompatíveis (brássicas: couve-flor, repolho, brócolos). A semente híbrida geralmente é vendida a preços bastante superiores ao das cultivares não híbridas da mesma espécie: abobrinha, pepino: preço do F1= três vezes o preço da cultivar de polinização aberta. couve-flor, tomate, pimentão: preço do F1 = 10 até 30 vezes mais o preço da polinização aberta. Apesar de aparentemente caras, em geral as vantagens de um bom híbrido justificam o seu uso. Tome-se o exemplo a seguir: Cultivar de pimentão US$/kg sementes Gasto com sementes (=120g/ha) (US$/ha) Ikeda (polinização aberta) 100.00 12.00 Lígia (híbrido) 2500.00 300.00 Gasto adicional com uso do híbrido: $288.00/ha Admitindo preços de aproximadamente $7.00/caixa (11 kg/caixa), o híbrido se pagaria com uma produção extra de: $288/7( 41 caixas/ha= 451 kg/ha ou menos de 0,5 t/ha � Mas qual a produção real (dados Lavras, 1994): Ikeda (pol.aberta) 32 t/ha Lígia (híbrido) 45 t/ha ( 13 t/ha ou 1181 caixas/ha a mais do que Ikeda O híbrido seria vantajoso com 0.45/32.00= 0.014= 1,4% a mais de produção, mas sua real vantagem é de 13/32= 0.406= 40,6% a mais (sem contar que seu frutos são maiores e portanto têm melhor classificação comercial). � PLASTICULTURA Referências sobre produção de hortaliças em estufas plásticas: - Vídeo-Cassete: Produção de Hortaliças em Estufas Bibliografia: CERMEÑO, Z.S. Estufas-Instalações e Manejo. Lisboa, Litexa Ed. 1990. 355p. CERMEÑO, Z.S. Prontuário do Horticultor. Lisboa, Litexa Ed. 1988. 408p. SALVETTI, M.G. O polietileno na agropecuária brasileira. São Paulo, Poliolefinas. 3a ed. 1985. 153p. SGANZERLA, E. Nova Agricultura. Esteio, Plasticultura Gaúcha, 4a ed. 1991. 303p. SOUZA, J.A.; SOUZA, R.J.; COLLICCHIO, E.; GOMES, L.A.A.; SANTOS, H.S. Instruções Práticas para Construção da Estufa modelo “Ana Dias”. Lavras, ESAL/COORDEX. 1994. 19p. (Circular Ano III, número 17). YOSHIMURA, A.; YOSHIDA, A.; JAMPANI, M.G. Plasticultura- uma nova Tecnologia. 1995. 78p. (Apostila mimeografada) � cultura da alface Lactuca sativa L. 1. Origem A alface foi domesticada há milênios, na bacia do Mediterrâneo, e era cultivada pelos gregos desde 500 A.C. Já na Idade Média, na Europa, conheciam-se os principais tipos hoje cultivados. 2. Botânica e Cultivares 2.1.- Família Compositae (=Asteraceae): -alface Lactuca sativa -chicória Cichorium endivia -almeirão Cichorium intybus Características da Planta de alface - planta anual, herbácea - folhas formam rosetas em um caule curto, podendo formar ou não cabeças; - cor cor: verde clara (cor preferida no Brasil verde escura margens arroxeadas (pouco importantes no Brasil totalmente arroxeadas 2 fases: crescimento vegetativo: da semeadura até o ponto comercial (60-90 dias). fase reprodutiva: alongação da haste floral, florescimento e produção de colheitas O fim da fase de crescimento vegetativo/ início da fase reprodutiva é marcado pela formação de látex (o que provoca gosto amargo). Isto é estimulado por temperatura maior que 20oC. Sistema radicular: raiz pivotante, curta, muito ramificada, explora apenas 25 cm de solo. Planta autógama (menos que 1% de polinização cruzada): cultivares são geneticamente linhas puras. Sementes: frutos secos (aquênios), com dormência de aprox. 2 meses. Quebra de dormência: frio úmido: -envolver as sementes em pano úmido -colocar em geladeira por 2-3 dias (4oC), depois plantar. � 2.2 - Classsificação de Cultivares quanto ao tipo de folhas -considerando o aspecto das folhas -lisas -crespas -considerando a formação ou não de cabeça repolhuda. 2.2.1 - Grupo 1: repolhuda lisa ou repolhuda manteiga : folhas lisas, tenras, suculentas, com aspecto oleoso, formando cabeças repolhudas, compactas. é o principal grupo comercial no Brasil. Cultivares: -White Boston (=Sem Rival) -Brasil-48 -Brasil 202 criadas pelo IAC; resistentes -Brasil 221 ao mosaico e ao calor -Brasil-303 -Floresta -Áurea - Vivi -Regina resistentes ao mosaico e -Glória bastante resistentes ao calor -Elisa 2.2.2. - Grupo 2: repolhuda crespa (= ‘americana’) -folhas crespas, embricadas, crocantes, formando cabeça repolhuda, compacta. -é o principal tipo nos U.S.A; no Brasil é também conhecida como americana -Cultivares -Great Lakes -Salinas -Mesa 659 - Lucy Brown - Lorca 2.2.3. - Grupo 3: alface de folhas lisas -folhas soltas, lisas, tenras, não formando cabeça tipo repolhuda -Cultivar: Babá de Verão 2.2.4. - Grupo 4: alface de folhas crespas -folhas soltas, crespas, consistentes, não formando cabeça tipo repolhuda -Cultivares: -Grand Rapids -Brisa -Verônica � 2.2.5. - Grupo 5: tipo romana (=“cos”) -folhas alongadas, duras, com nervuras claras e protuberantes; formam cabeça fofa, Cultivares: Gallega Romana Paris IslandCos Todas as alfaces de maneira geral se comportam bem sob termperaturas amenas (temperaturas noturnas menores que 15oC). Sob dias longos e temperaturas altas (maiores que 20oC), as alfaces tendem a reduzir o ciclo vegetativo, não produzindo cabeças de qualidade e passando rapidamente á fase reprodutiva (produção de látex, pendoamento e florescimento). As cultivares diferem na tendência de florescer precocemente sob condições de temperatura elevada. Em geral, denominam-se “de verão” as cultivares de pendoamento lento, e “de inverno” as de pendoamento rápido. Cultivar Resistência/pendoamento Classificação White Boston baixa “de inverno” Brasil -202 Brasil- 221 Brasil- 303 média “de verão” Elisa alta “de verão” Vivi alta “de verão” Regina alta “de verão” Grand Rapids baixa “de inverno” Verônica alta “de verão” As cultivares “de verão”podem ser plantadas o ano todo. As “de inverno”, produzem cabeças bem formadas apenas sob temeperaturas amenas. Algumas cultivares bastante plantadas no verão, como a Grand Rapids, na verdade, não são bem adaptadas a esta estação. 3.Épocas de Plantio Melhor época: Outono/Inverno Regiões com altitudes maiores que 800m: -plantio o ano todo -escolher cultivares apropriadas para as épocas do ano. Regiões com altitudes iguais ou menores que 400m: -evitar os meses mais quentes -escolher cultivares de acordo com a época � 4. Propagação Método de transplantio tradicional Semeadura Direta Transplantio de mudas de bandeja 4.1. Método de transplantio tradicional Semeadura: sementeira por 20 - 30 dias( transplante para canteiro definitivo Preparo da sementeira: adubação por m2: 20 litros de esterco de curral (ou 10 litros de esterco de aviário) + 100-200g super simples -semear em sulcos distantes 10cm, com 0,5 cm de profundidade 2-3g. de sementes/m2 600g. de sementes( 200-300m2 sementeira (plantio de 1 ha Transplante para canteiros: 20-30 dias após semeadura (mudas com 4-6 folhas (altura 8-10 cm) Espaçamentos utilizados: -25 x 25 cm -30 x 30 cm: série Brasil, Grand Rapids -40 x 30 cm: repolhuda crespa (americana) Profundidade: colo da planta ao nível do canteiro. 4.2. Semeadura Direta -Foi de grande interesse nos cinturões verdes -Vantagem: -redução no ciclo (não há choque no transplante). -Desvantagem - maior gasto com sementes (4 kg/ha) -uso menos intensivo do solo durante os primeiros 20-30 dias. -Semeiam-se as sementes em excesso, e depois se desbasta. A necessidade de desbaste é menor quando se usam sementes peletizadas (isto é, sementes encapsuladas em “pílulas” de calcário, hiper-fosfato, argila e similares). -Espaçamento: semelhante ao método anterior. 4.3. Transplante de mudas formadas em bandeja (mudas com torrões) -também despertando bastante interesse -sementes - comuns - peletizadas Vantagem: - redução no ciclo (também não há choque de transplante) - uso intensivo de área - possibilidade de uso de semente peletizada (apenas 1 semente/célula) � - Bandeja de isopor com 242 células ou 128 células - Susbstratos: artificial e poroso (sem areia ou solo) - Substratos utilizados: - casca de Pinus + vermiculita + adubo - composto curtido e peneirado - casca de arroz carbonizada, em mistura com outros substratos 5. Solos Pelo ciclo curto e sistema radicular superficial, o solo deve ser bem preparado: aração, gradagens e enxada rotativa. Solo Ideal: -pH 6.0-6.8 (-(fazer calagem para correção de pH e fornecimento de Ca) -arenoso-argiloso, solo rico em M.O. boa fertilidade. 6. Adubação (orientações gerais) 6.1. Adubação de plantio esterco de curral 10 - 20 litros/m2 + superfosfato simples 100 - 150 g/m2 ou 150 g/m2 4-14-8 ou 4-16-8 6.2. Cobertura Com N : 1a cobertura: 8 - 10 dias após transplante + 3 ou 4 aplicações, a cada 10 - 15 dias (dependendo do ciclo e cultivar) (maior exigência: 30 - 50 dias período de formação de cabeças) Adubos N (15 - 20 g de adubo/m2-) -sulfato de amônio -nitrocálcio -uréia Pulverizações foliares: uréia 1% (a cada 5 dias). � Resposta à adubação: N -aumento de produtividade -maior peso médio de cabeças -folhas tenras e suculentas P -aumento de produtividade K -usar apenas em solo com baixa disponibilidades. (20 g/m2 de cloreto de potássio, ou ainda a dose de 4 - 14 - 8 aplicada no plantio já fornece o suficiente). 7. Tratos Culturais 7.l. Irrigação Indispensável, porque a alface tem sistema radicular bastante superficial. Suprimento adequado de água: - folhas tenras e suculentas - cabeças maiores Melhores resultados são conseguidos mantendo-se mais de 80% de água disponível no solo. A irrigação é, em geral, por aspersão, embora também se possa irrigar por infiltração (sulcos), em cujo caso os canteiros devem ser mais estreitos. Em estufas, o método preferido é o de gotejamento. 7.2. Controle do Mato 8. Colheita e Comercialização Ponto ideal de colheita:-máximo crescimento vegetativo -folhas tenras, suculentas -antes do início do alongamento da haste floral -em geral, 70-90 dias após semeadura. Preços mais baixos: -julho-agosto-setembro (inverno) -maior oferta Preços mais altos: -dezembro-janeiro-fevereiro-março (verão) -menor oferta Comercialização: Varejo: (feiras, supermercados): - por cabeça Atacado: engradados no 3 dimensões internas: -comprimento: 60cm -largura: 45cm -altura: 36cm � cv. Grand Rapids folhas crespas, soltas, sem cabeça alface tipo americana folhas crespas, com cabeça cv. Babá folhas lisas, soltas, sem cabeça cv. Brasil 303 folhas lisas, com cabeça � alface tipo romana alface tipo Lollo Rossa alface roxa 'celtuce' (alface de talo) � cultura da beterraba Beta vulgaris var.conditiva Família: Chenopodiaceae Beterraba: Beta vulgaris var.conditiva Acelga verdadeira: Beta vulgaris var.cicla Espinafre europeu: Spinacea oleracea Beterraba: Características da planta: . planta típica de clima temperado . melhor crescimento vegetativo: temperatura entre 10 e 20oC . bastante tolerantes a baixas temperaturas e geadas . parte comercial: raiz tuberosa, formato globular, coloração vermelho-escuro . folhas: alongadas, verdes, com nervuras e pecíolos vermelho-escuros . cultura de verão: - não há cultivares adaptadas - destruição prematura da folhagem: Cercospora(baixa produtividade - baixa qualidade da raiz -raiz mais clara -raiz menos doce Sementes “Semente”= glomérulo (aglomerado de frutos, com 2 a 4 sementes)- aspecto corticoso. Cultivares (todas importadas) Early Wonder (=Wonder Precoce) mais plantada (várias firmas sementeiras) Detroit Dark Red Propagação: -transplante, via mudas (beterraba tolera transplante, desde que não haja dano à raiz principal). ou -semadura direta Transplante: Método mais utilizado mudas: (transplantadas com 6-8 folhas (15 cm de altura), a partir de sementeiras- 30 dias após semeadura. .pode haver mais de l muda por glomérulo. .devem ser transplantadas no nível em que se encontravam nas sementeiras .ciclo (semeadura à colheita): 80 a 100 dias. Gasto de sementes = 4kg/ha . atualmente, já se faz também a produção de mudas em bandejas; o consumo de sementes é menor e o ciclo também. � Semeadura direta . 1 a 2 glomérulos semeados a cada 5 cm . necessário fazer desbaste (pois cada gloméruloorigina em geral mais de uma planta) Vantagens: maior precocidade: 20 - 30 dias mais precoce (60 - 70 dias da semeadura à colheita) menor dano à raiz Desvantagens: maior gasto de sementes: 10 kg/ha menor stand Outros tipos de sementes: descortiçadas peletizadas Exercício Prático: Preparar ficha técnica sobre a cultura da beterraba. � cultura das cucurbitáceas A família das cucurbitáceas compreende um grande número de espécies cultivadas como hortaliças, entre as quais: Abóboras, morangas, mogangos, gerimuns, abobrinhas Cucurbita spp. Cucurbita moschata Cucurbita maxima Cucurbita pepo Pepino Cucumis sativus Melão Cucumis melo Maxixe Cucumis anguria Melancia Citrulus lanatus Chuchu Sechium edule Abóbora dágua, cabaça Lagenaria spp. Bucha Luffa spp. Croá Benincasa spp. Características Gerais das cucurbitáceas (há exceções): - espécies anuais, rastejantes ou trepadoras (exceção: chuchu - perene). - caule herbáceo, com vários ramos primários, os quais, por sua vez, emitem ramos secundários - apresentam gavinhas para fixação da planta ao solo ou a algum suporte (exceção: abobrinha de moita) - expressão de sexo: plantas em geral monóicas (pepino, melancia, abóboras, maxixe, chuchu), ou andromonóicas (melão). Há muitas variações, especialmente em pepino e melão. monóicas flores masculinas e femininas na mesma planta andromonóicas flores masculinas e hermafroditas na mesma planta (flores femininas e hermafroditas se distinguem das masculinas pela presença de ovário cujo formato lembra o do fruto, e pelo pedúnculo mais curto). - espécies são alógamas (de polinização cruzada), de polinização entomófila: necessitam de abelhas para polinização e frutificação (há exceções: pepinos partenocárpicos). - fruto: pepônio mais ou menos suculento, contendo dezenas a centenas de sementes (exceção: chuchu - uma única semente). - plantas de clima ou época quente, sensíveis ao frio e à geada. - preços em geral maiores no inverno (menor oferta). � - plantas intolerantes a danos ao sistema radicular: -em geral, semeadura direta -quando transplantada, não deve haver danos ao sistema radicular : mudas em copinhos : mudas em bandejas Principais Doenças das cucurbitáceas Oídio (fungo Erysiphe cichoracearum-Sphaeroteca fuliginea) mofo branco, pulverilento favorecido em tempo seco Míldio (fungo Pseudoperonospora cubensis) favorecido por alta umidade relativa manchas amareladas, depois necróticas, às vezes angulares (limitadas pelas nervuras) Antracnose (fungo Colletotrichum lagenarium) favorecido por alta umidade relativa e alta temperatura manchas necróticas escuras, nas folhas e frutos pode ser transmitida pelas sementes Cancro das hastes ou crestamento gomoso do caule (fungo Didymella bryoniae, antigamente Mycophaerella melonis) ataca em geral o pé da planta provoca fendilhamento do córtex no pé da planta, às vezes com exsudação de goma, seguido de morte do ramo ou da planta inteira, conforme o local da lesão. pode ser transmitido pelas sementes problema bastante sério em melão. Podridão e murcha de Phytophthora (fungo P. capsici) pode atacar qualquer parte da planta, especialmente colo e fruto. Mancha Angular (bactéria Pseudomonas lachrymans) mais comum em pepino favorecida por alta temperatura e U.R. tecido inicialmente de aspecto encharcado, depois necrótico, formato angular (delimitado pelas nervuras), podendo ficar com furo no centro. pode ser transmitido pela semente � Podridões de frutos -fungos -Phytophthora capsici -Pythium spp. -Sclerotium spp. -Sclerotinia spp. -Rhizopus spp -bactérias -Erwinia spp. - Sintomas dependem do patógeno - Comum na estção chuvosa, em frutos em conto com o solo Viroses: Causam mosaicos, inicialmente nas extemidades das brotações novas: mosaico da melancia - 1 (mais comum) (sinônimo: virus da mancha anular do mamoeiro-estirpe melancia) mosaico do pepino mosaico da abóbora mosaico da melancia -2 (pouco comum) mosaico amarelo da abobrinha Principais Pragas das cucurbitáceas Pulgões (Aphis gossypii, Myzus persicae) Importantes como vetores de viroses Brocas de frutos e hastes: Diaphania nitidalis Diaphania hyalinata Vaquinhas (Diabrotica spp., Ceratoma spp.) � PRINCIPAIS DOENÇAS DAS CUCURBITÁCEAS � Oídio Erysiphe cichoracearum Alternaria cucumerina Míldio Pseudoperonospora cubensis Antracnose Colletotrichum lagenarium � crestamento gomoso Didymella bryoniae (syn. Mycophaerella melonis) Mancha angular Pseudomonas lachrymans em pepino Phytophthora capsici Virus da mancha anelar do mamoeiro- estirpe melancia (PRSV-W) � cultura das abóboras Cucurbita spp Espécies do gênero Cucurbita spp. C. moschata(cultivada no Brasil C. maxima(cultivada no Brasil C.pepo(cultivada no Brasil C. mista C.ficifolia É também bastante plantada no Brasil uma moranga de origem japonesa, que é um híbrido interespecífico F1 (C. maxima x C. moschata): Nomes comuns (não necessariamente relacionados à espécie botânica): -abobrinha: qualquer Cucurbita spp. cujo fruto seja consumido imaturo geralmente C. pepo ou C. moschata. -abóbora comum, seca ou “de porco”: geralmente C.moschata -moranga: -frutos achatados ou redondos; -geralmente C. maxima, mas também C.moschata, F1 (C.maxima x C.moschata) -mogango: frutos alongados, bastante duros; geralmente C.pepo ou C.maxima -gerimum (Nordeste) -caboclo: -C.maxima -de leite: -C.moschata Distinção entre as espécies botânicas: pelo formato e firmeza do pedúnculo do fruto: Espécie Características do pedúnculo do fruto C. moschata sulcado longitudinalmente, de secção angular (pentaquinado), achatado na base; lenhoso e duro C. maxima liso (sem sulcos), de secção arredondada, não achatado na base; corticoso quando seco C.pepo profundamente sulcado longitudinalmente, de secção angular (pentaquinado), não achatado na base; lenhoso e duro F1(C.maxima x C.moschata) (cv.Tetsukabuto, Lavras-1, Lavras-2) -sulcado longitudinalmente (pentaquinado) -levemente achatado na base (menos que na C. moschata espécie pura) -duro, lenhoso � Todas as aboboreiras são monóicas (flores masculinas e femininas distintas, mas presentes na mesma planta). A polinização é feita por insetos (abelhas). São plantas alógamas de polinização entomófila. O híbrido interespecífico Tetsukabuto e seus similares nacionais Lavras-1 e Lavras-2 são macho-estéreis: -botões florais masculinos abortam e não produzem pólen -devem ser interplantados com 10 a 20% de outra cultivar de C. maxima ou C.moschata, para servir de polinizador (caso contrário, não há produção de frutos); para haver coincidência nas florações, em geral o polinizador é plantado 1 a 2 semanas antes da Tetsukabuto. -uma alternativa ao uso de polinizador é o emprego de hormônios (2,4-D) para promover a fixação de frutos (que se desenvolvem então partenocarpicamente); em geral se empregam formulações diluidas (com 100 a 300 ppm de princípio ativo) de herbicidas comerciais à base de 2,4-D; a aplicação é manual, e feita no interior da flor (método preferível) ou externamente às flores em antese; por ser um método trabalhoso, em geral somente se aplica a pequenas áreas. Como alternativa ao uso de polinizadores ou de hormônios, e também à importação de sementes de Tetsukabuto, foi desenvolvido um híbrido intra-específico F1 (C.maxima ‘ABL-010’ x C. maxima ‘ABL-008), denominado Samantha,com as seguintes características; - hábito ‘meia-rama’, pois ABL-010 é tipo moita e ABL-008 é tipo rasteiro -frutos verde-escuros, semelhantes mas não idênticos aos de Tetsukabuto -resistente ao virus da mancha anular do mamoeiro-estirpe melancia (Tetsukabuto é susceptível) -pode ser plantada em espaçamentos densos (1,00 x 1,00 m), resultando em alta produtividade por unidade de área (30 t/ha, contra 10 t/ha de Tetsukabuto e morangas comuns) -é precoce (3-4 semanas mais precoce do que Tetsukabuto) -é totalmente fértil, não necessitando portando de polinizador (pode se plantada sozinha, ao contrário de Tetsukabuto) -pode ser usada com vantagens como polinizador de Tetsukabuto (pode ser plantada na mesma data) � Hábito de crescimento: .A maioria das cultivares é de hábito rasteiro, havendo enraizamento nos entre-nós à medida que a planta cresce. .Há exceções: -a abobrinha de moita ou “italiana”: cultivar Caserta e outras (Cocozelle, Zucchini) -abobrinha tipo Piramoita -algumas morangas de moita: cultivar Zapallo de Tronco - morangas “meia-rama”: híbrido Samanta F1 Época de plantio .Época mais favorável: Setembro a Janeiro (temperaturas mais altas; chuvas; dispensa-se irrigação) .Evitar épocas e regiões com temperatura noturna inferior a 12o C Solo: Preparo, Espaçamento e Adubação -Aração -Gradagem:-leve ou -não necessária (torrões promovem: -menor contato de fruto com solo -menor incidência de podridões -facilitam a fixação das ramas -menor erosão) -pH ideal: 5.6 a 6.7 Espaçamentos: para abóboras rasteiras: 5,00 x 5,00 m. ( as mais tardias: Caravelle, Canhão até 2,00 x 2,00 m. ( as mais precoces e compactas em geral em torno de 3,00 x 2,50 m. para abóboras tipo moita: 1,00-1,20m x 0,50-0,70 m. para abóboras meia-rama: 1,00 x 1,00 m. 1,50 x 1,00 m. � Uso da cultivar Samantha F1 (meia-rama, precoce) como polinizador de Tetsukabuto: o = planta (cova) com Samantha x = planta (cova) com Tetsukabuto Samantha Tetsukabuto 1m 1m 1m 2m o o x x x x o o x x x x o o o o Samantha 1.0m o o o o o o x x x x o o x x x x o o o o o o o o o o x x x x o o x x x x 2.5m o o o o Tetsukabuto a o o o o 3.0m o o x x x x o o x x x x Adubação tradicionalmente, feita por cova, por causa do tamanho da planta (espaçamentos largos): Adubação por Cova Para cultivares rasteiras: No plantio: -5 - 10 L de esterco de gado curtido + 200 - 400g. de 4-16-8 ou similar Cobertura: -2 ou 3 coberturas: 30 a 50g. sulfato de amônio por vez Para abóboras de moita: Adubação pode ser reduzida a 1/3 ou ¼ do utilizado na rasteira Adubação pode ser feita com distribuição no sulco de plantio, ao invés de distribuição por cova. Semeadura e desbaste . 3 a 5 sementes/cova, a mais ou menos 2 cm de profundidade. . com 2 folhas definitivas (além dos cotilédones)(desbaste para 2 plantas por cova. . pode-se também fazer semeadura em bandejas de 128 células (1 semente/célula) e transplantar no estádio de 1 folha definitiva) Irrigação . necessária no período de seca . geralmente por aspersão ou por sulcos. Colheita e comercialização: Maiores preços: Junho a Setembro Comercialização: a) para abobrinhas (Caserta ou Menina):-caixa de 23 kg (tipo K) b) para abóboras secas e morangas -a granel -abóboras pequenas (tipo Goianinha, Mini Paulista) caixas tipo K (18 kg) -sacos de aniagem ou telado plástico (para morangas). Início da Colheita: . 45 - 50 dias após semeadura para abobrinha Caserta . 60 - 70 dias após semeadura para abobrinha Menina Brasileira . Abóboras secas e Morangas: .Híbrida Tetsukabuto: 3 - 4 meses após semeadura .Abóboras e morangas comuns: 4 - 5 meses após semeadura. � Principais cultivares de abóboras no mercado brasileiro: Cultivar espécie fruto hábito tipo Caserta C. pepo cilíndrico moita abobrinha Menina Brasileira C. moschata comprido com pescoço rasteiro abobrinha Piramoita C. moschata comprido com pescoço moita abobrinha Exposição C. maxima alaranjado, achatado com gomos rasteiro moranga comum Caravelle C. moschata frutos esbranquiçados, bastante pesados, sem pescoço, formato oblongo rasteiro abóbora comum para venda retalhada Seca ou Canhão C. moschata frutos rajados, bastante pesados, com pescoço rasteiro abóbora comum para venda retalhada Mini-Paulista C. moschata frutos rajados, pequenos (<1kg), com pescoço rasteiro abóbora comum Goianinha C. moschata frutos rajados, pequenos (<1kg), com pescoço rasteiro abóbora comum Jacarezinho C. moschata frutos redondos, rajados, 2-3kg rasteiro abóbora-moranga Sul Mineiro C.pepo frutos verde-escuros, sulcados rasteiro mogango Tetsukabuto (várias firmas) C. maxima x C. moschata frutos arredondados, cor verde escura, 2-3kg; necessita de polinizador rasteira moranga Samantha F1 C. maxima (híbrido intra-específico) frutos arredondados, cor verde-escura, 2-3 kg, lisos; híbrido intra-específico fértil; não necessita de polinizador meia-rama moranga � C. pepo cv. Caserta C. moschata cv. Menina C. maxima cv. Exposição C. maxima cv. Nutty Delica C. moschata cv. Jacarezinho C. moschata cv.Mini Paulista C. moschata cv. Seca ou Canhão C. moschata cv. Caravelle C. pepo mogango cv. Sul Mineiro C. pepo cv. Spaghetti C. pepo tipo Jack-o'-Lantern C. maxima cv. Coroa C.maxima x C.moschata cv. Tetsukabuto C. maxima cv. Samantha/Poliana cv. Samantha cv. Samantha � cultura do pepino Cucumis sativus L. Botânica -Espécie Cucumis sativus L. -Família: Cucurbitaceae -Cultivares podem ser Monóicas Ginóicas Preferencialmente femininas (P.F.) Em geral, as cultivares ginóicas e P.F são híbridas (o hábito ginóico numa linhagem maternal favorece a obtenção de sementes híbridas, e os híbridos obtidos também são ginóicos ou P.F.). Os híbridos ginóicos e P.F. em geral vêm misturados com 8 - 12% de sementes de uma cultivar monóica, para servir de polinização (flores masculinas e insetos são indispensáveis à produção de frutos, exceto nas cultivares partenocárpicas, que são pouco comuns no Brasil). Assim, pulverizações com inseticidas devem ser evitadas, especialmente no período da manhã (quando a atividade das abelhas é maior). Tipos Hortícolas 1- Pepinos para conserva (‘pickles’) .frutos colhidos tenros, pouco tempo após a polinização. .relação comprimento/diâmetro aproximadamente 3:1 .Cultivares: são preferidas as de hábito ginóico ou P.F. Hábito de florescimentoOrigem Cultivares para conserva monóico importada Chipper, Clinton ginóico/P.F. nacional Ginga F1, Colônia F1, Guaíra F1, Indaial F1 ginóico/P.F. importada Calypso F1, Tamor F1, Score F1 2. Pepino para consumo in-natura frutos colhidos também quando imaturos, mas em estágio bem mais avançado do que os de pickles (porém antes da lignificação do tegumento das sementes). 2.l. - Tipo Aodai frutos verde-escuros, brilhantes ponto ideal de colheita: 22 cm comprimento x 4,5-5.0 cm de diâmetro se o fruto se desenvolver em contato com o solo, adquire “barriga branca” (indesejável comercialmente); portanto, o tipo Aodai é tradicionalmente plantado sob cultura tutorada. � Cultivares: predomina atualmente no grupo Aodai o uso de híbridos ginóicos/P.F. Hábito de florescimento Origem Cultivares para mesa do grupo Aodai monóico nacional Nazaré, Vitória, Midori F1 monóico importada Poinsett 76, Marketmore 76, Monarck F1 ginóico/P.F. nacional Hikary F1, Vista Alegre F1 ginóico/P.F. importada Sprint 440 (F1), Comet F1, Striker F1, Dasher II F1 2.2. - Tipo Caipira frutos verde-claros, esbranquiçados mais curtos que Aodai: 10 - 14 cm de comprimento x 4 -5 cm de diâmetro em geral, são utilizados cultivares de “pickles” (atuais ou antigas), cujos frutos adquiram cor verde-clara esbranquiçada no ponto comercial. não há problema de barriga branca (a cor já é esbranquiçada); portanto, pode ser plantado como cultura rasteira. -Cultivares: Hábito de florescimento Origem Cultivares para mesa do grupo caipira monóico nacional Caipira, Colonião, Diamantino, Pérola, Rubi ginóico/P.F. nacional Caipira AG-207 (F1), Caipira AG-221 (F1), Safira F1, Omega F1 ginóico/P.F. importada Tamor F1 2.3. - Tipo Japonês -frutos verde-escuros, bastante compridos e finos, com casca tenra. -cultivados sob tutoramento (cultura rasteira: frutos são deformados, tortos). Hábito de florescimento Origem Cultivares para mesa do grupo japonês monóico importada Tsukuba F1, Hokushin F1 ginóico/P.F. importada Yoshinari F1, Rensei F1, Ancor-8 F1, Hokyoku-2 F1, Megami F1 Já há alguns híbridos neste grupo que além de ginóicos são também partenocárpicos, e portanto não necessitam de polinizadores. Por se tratar de um pepino mais sofisticado, além de formato comprido e fino, e casca tenra, fatores que podem favorecer o aparecimento de frutos deformados, frequentemente o pepino do grupo japonês é plantado sob estufa plástica. Além disso, para promover maior resistência a doenças de solo, melhora aproveitamento de água (sistema radicular mais vigoroso), maior produtividade e, principalmente, para o desenvolvimento de frutos brilhantes, emprega-se com frequência a enxertia do pepino (como cavaleiro) sobre abóboras (como cavalo ou porta-enxerto). As abóboras mais empregadas para este fim são: Cultivar porta-enxerto Espécie Finalidade Kurotane C.ficifolia (sementes pretas) resistência a fusariose Menina Brasileira C.moschata maior vigor ao sistema radicular Exposição C.maxima maior vigor ao sistema radicular Caravela C. moschata maior vigor ao sistema radicular Tetsukabuto C.maxima x C.moschata maior vigor ao sistema radicular Hikary Power C.moschata maior brilho dos frutos do pepino Big Power C.moschata maior brilho dos frutos do pepino Propagação: -Semeadura direta: (4 - 6 sementes por cova, a 2 cm de profundidade) -viável quando as sementes são baratas - método tradicional -Transplante (neste caso, evitar danos ao sistema radicular): -formação de mudas em copinhos ou bandejas é vantajosa quando as sementes são de elevado valor unitário (exemplo: híbridos do tipo japonês). Espaçamento: -Cultura tutorada: 100 x 50 cm a 100 x 70 cm com 1 ou 2 plantas/cova (ou seja, o mesmo espaçamento que o tomate, ao qual costuma suceder em rotação) -Cultura rasteira para mesa: 100 - 200 cm entre fileiras x 30 - 100 cm entre plantas com 2 plantas/cova -Cultura para conserva -é cultura rasteira, usando-se em geral os espaçamentos mais estreitos. � Adubação . pH ideal : 5.5 - 6.8 .em cultura tutorada, em geral sucede ao tomate (fartamente adubado), e aproveitar o efeito residual do P. e K. .Recomendação de Adubação: varia em função de: -fertilidade do solo -efeito residual do plantio anterior -espaçamento (maiores espaços - menores doses por unid. de área). Orientação Geral: No plantio: . 15 - 30 ton. de esterco de curral por ha (5 - 10 ton. de esterco de galinha) + 140 kg P2O5/ha + 60 kg K2O/ha (adubação orgânica dispensa N. no plantio) Cobertura: .2 a 3 vezes, a partir do desbaste definitivo. 150 - 200 kg de sulfato de amônio (ou 30 a 40 kg de N) por vez por hectare. N. é essencial para a produção prolongada do pepino Tratos Culturais 1. Desbaste Quando a semeadura é direta, em geral se semeia excesso de sementes, para deixar 1 ou 2 plantas por cova em geral. 2. Irrigações Indispensáveis na época seca 3. Tutoramento e amarrios Pepino emite gavinhas que fixam-se ao tutor, mas alguns amarrios são necessários. 4. Poda: Prática controvertida. Seu uso ou não depende da cultivar e do sistema de cultivo empregado. Justifica-se: - nas cultivares que apresentam pouca tendência a frutificar na haste principal (como as monóicas); - nas culturas de pepino japonês, sob estufa, para melhorar arejamento e melhorar a qualidade de frutos (diminuir a percentagem de frutos deformados e refugos) � 5. Colheita e Comercialização -Culturas Tutoradas Início: aos 50 - 70 dias após a semeadura (cultivares ginóicos - mais precoces). Prolonga-se por até 2 meses, em culturas tutoradas bem conduzidas (bem adubadas e em bom estado fitossanitário). Colheitas frequentes estimulam a produtividade (2 a 3 vezes por semana). -Culturas rasteiras Início: 45 a 60 dias após a germinação (cultivares ginóicos - mais precoces). Geralmente o período de colheita é maiscurto. 6. Comercialização: Em caixas tipo K (23 - 25 kg/caixa) -Produtividades esperadas (médias): -Cultura tutorada: 50 - 100 ton/ha -Cultura rasteira: 15 - 65 ton/ha. � pepino tipo conserva pepino para mesa tipo caipira pepino para mesa tipo Aodai pepino para mesa tipo japonês pepino para mesa tipo holandês pepino para mesa tipo beit-alpha Métodos de enxertia para o pepino Enxertia-Método A Porta-enxerto (abóbora) (semeada primeiro): eliminar ponto de crescimento e furar. Copa (pepino): cortar o hipocótilo Inserir pepino no orifício do porta-enxerto Final Enxertia-Método B Copa: pepino (semeado primeiro): corte para cima Porta-enxerto (abóbora): corte para baixo União copa-porta-enxerto Fixar com grampo para enxertia Final � CULTURA DO melão Cucumis melo L. Melão: pouco tolerante ao frio. Melhor qualidade: em climas quentes e secos. .Cultivares são: -andromonóicas (flores masculinas e hermafroditas na mesma planta). (a maioria das cultivares plantadas no Brasil). -monóicas - algumas Cultivares: No Brasil são hoje produzidas cultivares de dois grupos principais: .Grupo inodorus: -amplamente predominantes .Grupo reticulatus: -menos comum (inclui os chamados “cantaloupes”americanos). Grupo Inodorus Grupo Reticulatus casca não rendilhada casca rendilhada melhor conservação em pós-colheita má conservação em pós-colheita quando maduro, fruto não se destaca da planta quando maduro, fruto se destaca da planta (forma-se zona de abscisão)
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