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HK B Diabete�: Tratament� Prof�. Dr�. Márci� Queiroz Objetiv� d� tratament� ➺ Restaurar a homeostase glicêmica, mantendo os valores próximos dos limites de normalidade. ➺ Reduzir ou evitar: hipoglicemias, surgimento e ou evolução das complicações micro e macrovasculares. ➺ Melhorar a qualidade de vida. Educaçã� - Mudanç� d� estil� d� vid� O processo de autogestão do diabetes,envolve processo de facilitação de conhecimento, habilidades e capacidades necessárias ao autocuidado da doença. ❤ Objetivos globais da educação em DM são: ➺ Apoiar a tomada de decisão ➺ Orientar o autogerenciamento e resolução de problemas ➺ Promover a colaboração ativa entre paciente e equipe de saúde ➺ Finalidade: melhorar os resultados clínicos, o estado de saúde e a qualidade de vida de maneira eficaz em termos de custos. ❤ Orientação nutricional A orientação nutricional deve ser feita de maneira individualizada, criando a proporção de macro e micronutrientes adequada para o paciente. ➺ Recomendações Gerais: HK B ❤ Controle de peso ➺ Adultos com sobrepeso ou obesos com DM Baixa ingestão de calorias + modificar o estilo de vida ➺ Redução moderada de peso para diminuir o uso de medicamentos: A redução de 5 a 7% do peso corporal inicial, melhora o controle glicêmico, reduzindo a necessidade de medicamentos para DM ❤ Atividade física exercício físico → contração o muscular → ↑ concentração de adenosina monofosfato (AMP) aumenta → ativa a enzima denominada AMPK (proteína quinase ativada por AMP) → promove a translocação das vesículas contendo transportadores de glicose (GLUT-4) → facilita o transporte de glicose para o músculo de maneira semelhante à da insulina (vias de sinalização diferentes e independentes) Obs: a realização de exercícios dia sim/dia não, já auxilia no processo. HK B Medicaçõe� disponívei� n� SUS ❤ Relação nacional de medicamentos do componente básico da assistência farmacêutica ➺ Metformina ➺ Glibenclamida ➺ Gliclazida ➺ Insulina regular ➺ Insulina NPH ❤ Relação nacional de medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica ➺ Insulina análoga de rápida ação ➺ Insulina análoga de ação lenta DM2 - Terapi� Individual�ad� A DM2 é caracterizada por resistência dos tecidos à ação da insulina, com deficiência relativa na secreção do hormônio. De maneira, que o tratamento inicial é medicamentoso e não insulínico. ❤ Metformina: Biguanida ➺ Mecanismo de ação: “A principal ação é o efeito anti-hiperglicemiante da metformina na redução da gliconeogênese hepática. Ademais, ela diminui a absorção de glicose no aparelho digestivo, aumenta a sensibilidade à insulina nos tecidos muscular e adiposo e melhora indiretamente a resposta da célula β à glicose. Nos tecidos periféricos, aumento do transporte de glicose, por aumentar a concentração da proteína HK B transportadora da glicose (GLUT 4) na membrana das células que respondem à insulina. Além disso, a metformina gera muitos dos seus efeitos a partir de uma proteína quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK), que tem uma importante função no metabolismo, controlando a gasto de energia e o apetite.” ➺ Cinética • Meia-vida: 2 a 5 horas / ~90% da dose absorvida é eliminada em 12 h • Depuração renal→ secreção tubular • Interação medicamentosa: cimetidina (↑ [ ] sérica) ➺ Posologia • comprimidos de 500 mg, 850 mg e 1 g → 2 ou 3 vezes/dia • formulações de liberação prolongada de 500, 750 e 1.000 mg (1 vez/dia) Obs: dose máxima de 2.250mg ao dia ➺ Efeito • ↓ glicemia de jejum e pós-prandial: em 36 a 72 mg/ • Efeito no peso corporal: neutro → discreta ↓ HK B ➺ Efeitos adversos • Gastrointestinais: náuseas, vômitos, desconforto abdominal e diarreia • Menor absorção intestinal de vitamina B12 • Acidose lática: rara ➺ Atenção em pacientes com DRC ❤ Sulfoniluréias : Glibenclamida ➺ Mecanismo de ação: “A principal ação consiste em aumentar a liberação de insulina do pâncreas. Isso ocorre mediante ligação a um receptor de sulfonilureia de alta afinidade que está associado a um canal de potássio sensível ao ATP. A ligação de uma sulfonilureia inibe o efluxo de íons de potássio através do canal, com consequente despolarização celular. A despolarização faz com que os canais de cálcio regulados por voltagem sejam abertos, resultando em influxo de cálcio e liberação de insulina pré-formada.” ➺ Cinética e Posologia HK B ➺ Efeitos • ↓glicemia de jejum em 36 a 72 mg/dL e a HbA1c em 1 a 2% Obs: a eficácia depende da taxa residual de células beta pancreáticas, caso o paciente não tenha mais células beta, não fará efeito. • ↑ 1 a 4 kg nos primeiros 6 meses ➺ Efeitos adversos • ↑insulina →inibe liberação hepática de glicose = ↑risco de hipoglicemia, em pacientes com hábito alimentar irregular, consumo excessivo de álcool, Idosos e/ou com comprometimento da função renal • reações cutâneas transitórias; febre, icterícia e discrasia sanguínea ❤ Glinidas ➺ Mecanismo de ação: semelhante a sulfoniruleias ➺ Posologia • Repaglinida: 0,5 mg, ↑ progressivo → dose máxima de 4 mg, 15 a 30 min antes das 3 principais refeições • Nateglinida: 60 a 120 mg, antes das refeições ➺ Efeitos • ↓glicemia pós-prandial / ↓HbA1c ~ 0,5 a 0,8% ➺ Saindo de linha, pois apresentam hiperglicemia pós pandrial ❤ Glitazona: pioglitazona ➺ Mecanismo de ação: potente agonista sintético do PPAR - y - membro da superfamília de fatores de transcrição PPAR HK B ➺ Cinética • rapidamente absorvido → pico de concentração em 1 a 2 h→ metabolização hepática • metabólitos ativos→ secretados pela bile ➺ Posologia • Comprimidos 15 mg, 30 mg e 45 mg → 1x/dia ➺ Efeitos • Impacto no controle glicêmico: • ↓HbA1c: 0,5 e 1,5%. • ↓ triglicerídios → efeito semelhante ao do fibrato = receptor PPAR-α. • Efeito no peso corporal • ↑ 1 a 4 kg no primeiro ano de terapia • alteração na distribuição corporal de gordura: ↓ adipócitos viscerais → ↑ depósito subcutâneo ➺ Efeitos adversos ❤ Inibidor de alfa-glucosidase ➺ Mecanismo de ação: “Inibem competitivamente as enzimas a-glicosidases intestinais e reduzem os aumentos pós- prandiais de glicose ao retardar a digestão e a absorção do amido e dos dissacarídeos.” HK B ➺ Posologia: comprimidos de 50 mg e 100 mg • dose inicial de 50 mg → 100 mg, 3 vezes/dia (refeições com carboidratos complexos) • dose máxima (200 mg, 3 vezes/dia) → limitação dos efeitos colaterais. monoterapia ou em associação a outros fármacos antidiabéticos e à insulina. ➺ Efeitos • Impacto no controle glicêmico: ↓ glicemia pós-prandial em 18 a 72 mg/dL ↓ HbA1c: 0,5 a 1% • Efeito no peso corporal ↓0,5 a 0,9 kg, ➺ Efeitos adversos ❤ Incretinomiméticos ➺ Mecanismo de ação: amplificam a secreção de insulina ➺ Agonista do receptor de GLP-1 HK B ➺ Análogos de GLP-1 HK B❤ Inibidores DPP-4➺ Mecanismo de ação: ➺ Posologia ➺ Efeitos adversos HK B ❤ Inibidores SGLT2 ➺ Mecanismo de ação: ➺ Posologia ➺ Efeitos adversos HK BDM1 - Insulinoterapi�❤ Objetivos➺ Repor a insulina basal (jejum) e controlar a glicemia pós-prandial➺ Diminuir os sintomas da hiperglicemia (fadiga, poliúria, perda de peso, etc);➺ Prevenir e diminuir as descompensações agudas;➺Prevenir e diminuir as complicações de órgãos alvo.❤ Tipos de insulina ➺ Ação ultra-rápida: Lispro, Asparte e Glulisina. • Aplicadas 15 min antes das refeições (ou no momento) • SC ou infusão contínua SC • Causam menos hipoglicemia que a regular • Asparte tem uma formulação ainda mais rápida (faster aspart) HK B ➺ Ação ultra-rápida Inalável “Insulina inalada (Afrezza): formulação em pó seco de insulina humana recombinante adsorvida em micropartículas Technosphere® (fumaril dicetopiperazina) para inalação oral.” • Inalação com dispositivo próprio. • Taxa de conversão: 1,5 × a dose de análogo insulina injetável • Pode ser combinada com insulinas de longa ação e tem mais rápido início de ação e duração que as SC • Custo mensal R$1300,00 - R$2000,00 • Tosse e irritação na garganta • Contraindicação: pacientes comasma, DPOC ou fumantes. • Testar função pulmonar (antes iniciar terapia / 6 meses / 1 x ano) → mesmo na ausência de sintomas pulmonares ➺ Ação rápida: regular • Aplicada: 30-45 min antes da refeição. • Risco de hipoglicemia tardia • 100UI/ml pode ser aplicada IV ou IM, mas a de 500 UI/ml só SC • Pode ser misturada com à NPH Obs: Insulina regular (rápida) começa a fazer efeito depois de 30 min aplicada. ➺ Ação intermediária: NPH • Aspecto turvo • Absorve gradualmente após injeção SC, • Início de ação 2-4 h. • Administrada 2-4x/dia, podendo ser junto com a regular ou ultra-rápidas Obs: Insulina NPH começa a fazer efeito de 2-4 horas, de 4 a 10 tem um pico e dura até 18 horas. ➺ Ação longa: Glargina, Detemir • Liberação gradual, sem pico, ao longo de 24h • Glargina 1x/dia; Detemir 2x/dia • Menor ganho ponderal • Podem ser administrada em qualquer hora do dia, mas fixando esses horários HK B ➺ Ação ultra-longa: Glargina U300, Degludeca • Absorção lenta por depósito SC • Aplicação 1x/dia • Menor incidência de hipoglicemia • Maior flexibilidade de horário ❤ Esquema de tratamento O objetivo do tratamento é manter a insulina semelhante ao fisiológico: Todos os pacientes com DM 1 devem receber insulinoterapia em esquema basal-bolus com múltiplas doses de insulina e com monitorização frequente da glicemia capilar (no mínimo antes das refeições e quando suspeita de hipoglicemia). O esquema de insulinização deve incluir uma insulina de ação intermediária ou lenta (insulina NPH humana ou análogas de longa duração) e uma insulina de liberação rápida ou ultra-rápida (regular humana ou insulina análoga de ação rápida), com doses fracionadas em três a quatro aplicações diárias, as quais devem respeitar a faixa etária, peso do paciente, gasto energético diário HK B incluindo atividade física e dieta, levando-se em consideração possível resistência à ação da insulina e a farmacocinética desses medicamentos ❤ Vias da administração ➺ A via de administração usual das insulinas é a subcutânea (SC). A aplicação SC pode ser realizada nos braços, abdômen, coxas e nádegas. Devendo haver revezamento no local da aplicação para que não ocorra lipoatrofia ou lipodistrofia ➺ As insulinas são administradas por meio de seringas graduadas em unidades internacionais (U) ou canetas de aplicação. A ❤ Cuidados no armazenamento e transporte ➺ Em uso: temperatura ambiente, sem ultrapassar 30 °C e evitando mudanças bruscas de temperatura. Ideal bolsa térmica ➺ Lacrada: em bolsa térmica entre 2 a 8 °C. ➺ Evitar exposição ao calor excessivo (acima de 30 ° C). ➺ Usar sempre material com isolamento térmico. ➺ Nunca expor a insulina ao sol, diretamente. ➺ Preferir o transporte noturno. ➺ Não congelar o produto. ➺ Não transportar a insulina com gelo seco ou em contato direto com gelo ➺ Em viagem de avião, não despachar os frascos com a bagagem, pois a baixa temperatura do compartimento de cargas pode congelar a insulina. HK B ❤ Principais erros na sua aplicação ➺ Não fazer o rodízio do local de aplicação. ➺ Guardar a caneta com agulha após aplicação. ➺ Armazenamento inadequado da insulina. ➺ Uso de agulha com tamanho inadequado. ➺ Usar insulina já aberta depois de vencido o prazo de validade. ❤ Cálculos de dose A dosagem definida pelo peso, deve ser dividida de acordo com a porcentagem, de cada insulina: ➺ Relação Insulina carboidrato Ela representa o quanto de carboidrato (em gramas) que 1 unidade de insulina é capaz de metabolizar. Por exemplo, uma relação 1:15 g, significa que para cada 15g de carboidrato ingerida, deverei aplicar 1 unidade de insulina rápida / ultra-rápida antes da refeição. HK BNo caso da nossa paciente, como ela tem apenas 40kg, usa-se a relação 1:20 edevemos dividir os 40U de insulina indicado por dia pra ela, entre o basal e asrefeições, nessa proporção. ➺ Correção da glicemia HK B❤ Correção da hipoglicemia HK B Resum� - DM2 AD: anti-diabéticos HK B Referência� Bibliográfica� *Diretriz Sociedade Brasileira de Diabetes. 2019-2020 Queiroz, M; Betônico, C. In: Mancini, Márcio. Tratado de Obesidade , Guanabara Koogan, 2018. Diretriz Sociedade Brasileira de Diabetes. 2019-2020 https://www.sanarmed.com/resumo-cloridrato-de-metformina-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-antidiabeticos-orais-e-injetaveis-ligas https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2016/07/mecanismo_a% C3%A7ao_insulinaSavio.pdf http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2018/Relatorio_PCDT_DM_2018.pdf https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no- dm2/ https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/wp-content/uploads/2017/08/med.jpg https://www.sanarmed.com/resumo-cloridrato-de-metformina-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-antidiabeticos-orais-e-injetaveis-ligas http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2018/Relatorio_PCDT_DM_2018.pdf https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2/ https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2/ https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/wp-content/uploads/2017/08/med.jpg
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