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Kamilla Galiza / 5º Período Diabetes É um grupo de doenças metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia, devido ao defeito na secreção de insulina, da ação da insulina ou de ambos. Ø Metabolismo normal da glicose: glicemia de jejum ≤100 mg/dL. - Produção ou atividade da insulina - Ingestão de carboidratos Ø Jejum: ausência de ingestão calórica (média de 8 horas para glicemia) Principais causas Ø Se o organismo não consegue produzir insulina suficiente Ø Se o organismo não consegue utilizar a insulina que produz Ações da insulina E se a insulina falta ou se ela não funciona? Ø Redução na captação da glicose pelo músculo, fígado e tecido adiposo; Ø Aumento da produção hepática de glicose; Ø Hiperglicemia, no jejum e no pós-prandial; Ø Aumento na produção de ácidos graxos livres a partir da lipólise; Ø Depleção de proteínas e aumento de aminoácidos plasmáticos Se o DM está descompensado os valores de triglicerídeos do paciente permanecem elevados Tratamento Ø Gestão da doença por equipe multiprofissional; Ø Farmacoterapia anti-hiperglicemiante Ø Educação do paciente para autocuidado e monitoramento Ø Mudança de estilo de vida Não farmacológico Ø Redução de peso Ø Atividade física Ø Dieta Antidiabéticos orais Ø Estimular a secreção de insulina (sulfonilureias, metiglinidas, inibidores da DPP- 4 e incretinomiméticos . diabético tratamento Kamilla Galiza / 5º Período Ø Aumentar a sensibilidade à insulina (biguanidas e tiazolidinedionas) Ø Reduzir a demanda de insulina após as refeições, ao reduzir a velocidade de Absorção dos carboidratos (inibidores α-glicosidase) Ø Medicamentos que promovem a glicosúria A escolha do medicamento deve levar em consideração: Ø Estado geral, peso e idade do paciente Ø Comorbidades presentes (complicações do DM ou outras) Ø Valores das glicemias de jejum e pós-brandial, bem como da HbA1c Ø Eficácia do medicamento Ø Risco de hipoglicemia Ø Possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e contraindicações Ø Custo do medicamento Ø Preferencia do paciente Hipoglicemiantes Classe de fármacos Ø Secretagogos de insulina: sulfonilureias e meglitinidas Ø Sensibilizadores de insulina: tiazolidinodionas Ø Redutores da neoglicogênese: biguanidas Ø Inibidores de alfaglicosidases Ø Terapia baseada em incretina Sulfoniluréias Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de potássio sensíveis ao ATP (K + ATP) nas ilhotas de Langerhans → Despolarização e influxo de cálcio, através dos canais de cálcio voltagem dependente → liberando insulina. Ø Ligação a receptores específicos das células β → ↑secreção de insulina Ø Indicação: fase inicial da doença (↓deterioração das células β) e pacientes não obesos Ø Geralmente, associadas a outros hipoglicemiantes Ø Fármacos de primeira geração: clorpropramida (longa meia-vida), dolbutamida (meia-vida curta), tolazamida Ø Fármacos de segunda geração: glibenclamida, glicazida, glipizida e glimepirida Ø Glibenclamida e glipizida contra-indicada em pacientes renais e hepáticos Ø Glimepirida pode ser usada em monoterapia associada à insulinoterapia Ø Como as sulfonilureias de primeira geração se ligam com menor afinidade à subunidade SUR1 que os agentes de segunda geração, aquelas são administradas em doses mais altas para obter o mesmo grau de redução da glicose. Ø Em geral, as sulfonilureias são eficazes, seguras e baratas (disponíveis como genéricos) e, juntamente com metformina, constituem a base do tratamento para o diabetes tipo 2. Orientações aos pacientes - Monitorar sinais/sintomas de hiperglicemia ou hipoglicemia e relatar dificuldades no controle glicêmico, especialmente durante períodos de estresse causado por infecção, febre, trauma ou cirurgia - Hipoglicemia, que pode prejudicar a concentração e os tempos de reação, o paciente deve ter cuidado ao fazer atividades que exigem prontidão ou coordenação mental, tais como dirigir ou operar máquinas pesadas Kamilla Galiza / 5º Período - Não ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando este medicamento, por isso pode aumentar o risco e a gravidade da hipoglicemia (devido a um feedback negativo) - Tomar o medicamento após a refeição e não permanecer em jejum por períodos prolongados, a fim de evitar hipoglicemia - Se o paciente pular uma refeição, não deve tomar a dose do medicamento neste horário. Megletinidas (Glinidas) Mecanismo de ação: igual ao das sulfoniluréias: ↑tolerabilidade e ↓tempo de ação Fármacos: repaglinida e nateglinida Indicações: Usadas na insuficiência renal ou hepática leve ou moderada Ø Início de ação rápido (30 min) e curta duração (até 4h) - Util para reduzir a glicemia pós-prandial Ø Redução na glicemia pós-prandial entorno de 50 mg/dI, e da HbA1c em 1,0-1,5% Ø Menos episódios de hipoglicemia Ø 3 tomadas por dia Tiazolidinedionas (Glitazonas) Ø Ligação a receptores nucleares específicos (PPARy): transcrição de genes responsivos a insulina (NÃO ESQUECER DO RECEPTOR) Ø ↓resistência a insulina e ↑absorção de glicose Ø Custo mais elevado quando comparadas com a metformina Ø Predisposição à acidose láctica ausente Ø Menos efeitos gastrintestinais Ø Possibilidade da sua administração em pacientes com insuficiência renal leve a moderada Figura 1. Pontos importantes Regulam a diferenciação de adipócitos Pacientes podem apresentar edemas e anemia Ø Eficientes em pacientes obesos e não-obesos Ø Fármaco: pioglitazona Ø Os efeitos adversos das TZD consistem em ganho ponderal de 2 a 4 kg, retenção de líquido (edema), insuficiência cardíaca e risco de fraturas ósseas. Várias análises post hoc recentes sugeriram risco aumentado de infarto do miocárdio em associação ao uso da rosiglitazona. Ø Por causa dessa preocupação, o uso da rosiglitazona é restrito a pacientes que permanecem hiperglicêmicos apesar do uso de outros medicamentos. Ø Troglitazona, a primeira TZD aprovada, foi retirada do mercado dada sua associação com hepatotoxicidade. Biguanidas Ø ↓produção de glicose: aumenta sensibilização da ação da insulina Ø Ativação da PQAM (proteinoquinase ativada por 5′-monofosfato) hepática, a metformina inibe a gliconeogênese, a síntese de ácidos graxos e a produção de colesterol Ø Hiperglicemia relacionada a ação ineficaz da insulina (resistência insulínica) Ø Fármacos: metformina Figura 2. pontos importantes Ø O efeito adverso mais comum da metformina consiste em leve desconforto gastrintestinal, habitualmente transitório e que pode ser minimizado por titulação lenta da dose. Ø Como as biguanidas diminuem o fluxo de ácidos metabólicos pelas vias gliconeogênicas, pode ocorrer acúmulo de ácido láctico em níveis perigosos nos pacientes tratados com esses fármacos Ø Uso off-label Inibidores de Alfaglicosidases Ø Inibição de enzimas no intestino delgado (degradação dos carboidratos) → ↓absorção de glicose ingerida Ø Não possuem efeito sobre a secreção de hormônios Ø Fármaco: arcabose e mioglitol Kamilla Galiza / 5º Período Ø Situações especiais incluindo: hiperglicemia predominantemente pós-prandial; pacientes idosos, não-obesos, com hipoglicemias frequentes ao usarem sulfoniluréias e glinidas; como terapia adicional combinado com outros antidiabéticos orais Ø Os inibidores da α-glicosidase mostram-se efetivos quando tomados com as refeições, mas não em outros horários Ø Os inibidores da α-glicosidase são frequentemente associados a efeitos adversos GI, como flatulência, distensão, desconforto abdominal e diarreia, que a tolerabilidade dos pacientes se tornam limitada Incretinas Quando aumenta a glicose no sangue, as incretinas estimulam a secreção de insulina e inibem a secreção de glucagon. Análogos de GLP-1 1. Exenatina-4 - Dose dependentee glicose-dependente - 1% HbA1C - SC - Redução de peso 2. Liraglutida - 1% HbA1c - Não é tratamento de 1ª linha - SC Ø O GLP-1 é produzido a partir do gene de proglucagon em células do intestino delgado e é segregado em resposta a nutrientes. Os critérios para definir um hormônio como uma incretina são os seguintes: - Liberação de hormônio pelo intestino como resposta a algum nutriente; - Estímulo de liberação de insulina após uma refeição; - Estímulo de liberação de insulina de forma dependente da glicose. O GLP-1 exerce o seu principal efeito pela estimulação da liberação de insulina dependente de glicose a partir das ilhotas pancreáticas Inibidores da DPP-IV (Gliptinas) Ø Quando aumenta glicose em sangue as incretinas estimulam a secreção de insulina e inibem a secreção de glucagon Ø DPP-4: degrada as incretinas A dipeptidil peptidase 4 é uma enzima que degrada as incretinas. As incretinas incluem o peptídeo semelhante a glucagon 1 (GLP-1) e o Peptídeo insulinotrópico glicose-dependente (GIP) que são produzidos no intestino e atuam no pâncreas contribuindo para a regulação do ciclo da glicose no organismo. Quando aumenta glicose em sangue as incretinas estimulam a secreção de insulina e inibem a secreção de glucagon. Ao inibir a degradação das incretinas elas atuam por mais tempo no organismo. Inibidores do co-transportador glicose-sódio do tipo 2 (SGLT2) SGLT2: Ø É uma proteína de membrana co-transportadora de sódio/glicose tipo 2 que está presente no TCP do rim Ø Essa proteína é responsável por reabsorver a glicose que é filtrada pelos rins antes que ela seja eliminada pela urina. Inibidores de SGLT2: Ø Bloqueiam o SGLT-2, reduzindo a reabsorção da glicose pelo rim, aumentando a excreção de glicose e reduzindo os níveis de açúcar no sangue Ø Faz excretar cerca de 50-90g de glicose por dia Ø Aumenta o risco de infecções bacterianas em decorrência da glicose na urina Insulinoterapia Kamilla Galiza / 5º Período Ø Ultra rápida: lispro/aspart - Aplicação antes das refeições – cuidado com o não alimentar - Aplicação durante as refeições ou logo após - Ação raramente dura mais que 5 horas - Aspart, Lispro, Glulisina Ø Rápida: regular - Aplicada cerca de 30 minutos antes das principais refeições - Ajuda a manter os níveis de glicose estáveis após a ingestão de alimentos - Apresenta picos de ação; - Duração menor que 24 horas; - Início de ação 2-4 horas - Pico de ação 6- 10 horas - Duração 14-18 horas - “Insulina ideal” – sem pico e com duração de 24h Ø Intermediaria: NPH e lenta Ø Longa: glargina e detemir - Tempo de ação 24 horas/sem pico - Menor índice de hipoglicemia noturna; - Menor ganho de peso - Indicada > 6 anos Aspectos práticos da administração da insulina com seringas Ø Conservação/armazenamento de insulina Ø Reutilização de seringas Ø Tipo de seringas/IM Ø Locais/rodízio de aplicação Ø Mistura de insulin Ø Técnica de aplicação Seringa de 1 ml (até 100 UI): entre 50 UI e 100 UI Seringa de 0,5 ml (até 50 UI): entre 30 UI e 50 UI Seringa de 0,3 ml (até 30 UI): até 30 UI por aplicação Locais de aplicação Ø Ântero-lateral da coxa Ø Posterior do braço Ø Abdome Ø Quadrante superior externo da região glútea Complicações da aplicação Ø LIPOHIPERTROFIA: evitar aplicar a insulina nessa região até o desaparecimento dos nódulos. Ø LIPODISTROFIA: fazer aplicações nas regiões de depressão.
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