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ATIVIDADE INOTRÓPICOS E DIGITÁLICOS

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
INOTRÓPICOS POSITIVOS E VASOPRESSORES 
1. CITE EXEMPLOS DE FÁRMACOS CATECOLAMÍNICOS E NÃO CATECOLAMÍNICOS 
(DISCRIMINANDO-OS) COM ATIVIDADE INOTRÓPICA POSITIVA E 
VASOPRESSORA 
- Os vasopressores são agentes farmacológicos usados para aumentar a PA e a pressão arterial média 
por vasoconstrição, o aumento da resistência vascular sistêmica e eventualmente por ação inotrópica 
- São medicações comumente reservadas para casos de hipotensão persistente e hipoperfusão tecidual 
após o uso de volume sem sucesso 
- As medicações com ação inotrópica são usadas para melhorar o volume de saída do ventrículo 
esquerdo, particularmente em pacientes com insuficiência ventricular e choque cardiogênico 
CATECOLAMINAS: 
 Dopamina  é uma catecolamina endógena e um precursor metabólico da norepinefrina e da 
epinefrina que atua sobre os receptores dopaminérgicos, a1, ß1 e ß2 de uma forma dependente 
da dose. A dopamina aumenta o débito cardíaco, a PA e perfusão periférica, sendo é indicada 
para reverter a hipotensão significativa causada por infarto agudo do miocárdio (IAM), trauma, 
coração, insuficiência renal quando a ressuscitação volêmica é mal sucedida ou não indicada 
Os efeitos adversos da dopamina incluem dor torácica, hipotensão (doses baixas), hipertensão 
(doses mais elevadas), batimentos ectópicos, palpitações, náuseas, vômitos, cefaleia, gangrena e 
taquicardia, sendo as arritmias as maiores complicações de seu uso. O extravasamento de 
dopamina pode causar necrose tecidual e descamação, e pode ser tratado por infiltração local 
com fentolamina. 
 
 Noradrenalina  é uma catecolamina endógena que estimula seletivamente os receptores a-
adrenérgicos, resultando em vasoconstrição periférica, aumento da resistência vascular sistêmica 
e aumento da PA, bem como nos receptores ß-adrenérgicos (ß1>ß2), levando à estimulação 
inotrópica do coração e à vasodilatação coronária. É utilizada para o tratamento de sepse e 
choque séptico refratário à ressuscitação volêmica e em hipotensão grave, acarretando aumento 
da resistência vascular sistêmica, frequência cardíaca, débito cardíaco e PA. 
 
 Adrenalina  aumenta o PAM em pacientes que não respondem a outras catecolaminas, mas 
diminui de maneira importante o fluxo esplâncnico e tem tendência de aumentar os níveis de 
lactato. Seu uso deve ser limitado aos pacientes que não respondem às terapias convencionais. 
Doses moderadas ou elevadas levam frequentemente a arritmias 
 
 Dobutamina  aumenta o débito cardíaco em diversas condições clínicas, melhorando a perfusão 
periférica. Aumenta o consumo de oxigênio pelo miocárdio, o que pode limitar seu uso em 
pacientes com insuficiência coronariana. Apesar de melhorar agudamente o débito cardíaco, não 
aumenta a sobrevida em pacientes com choque cardiogênico. Deve ser sempre usada após 
reposição volêmica (assim como a outras catecolaminas), evitando assim taquicardia e 
hipotensão 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
NÃO CATECOLAMÍNICOS: 
 Vasopressina  hormônio diurético, arginina vasopressina por agir também em receptores V1, 
exerce importante ação vasopressora tem sido testada em paciente com choque séptico refratário 
às catecolaminas 
 
 Vasodilatadores  normalmente indicados para pacientes com emergência/urgência hipertensiva, 
estes medicamentos tem a vantagem de um inicio de ação rápida quando administrado EV. Os 
medicamentos mais usados são nitroprussiato de sódio, um vasodilatador balanceado, arterial e 
venoso, e nitroglicerina, vasodilatador principalmente venoso. Os principais efeitos colaterais são 
hipotensão arterial, e no caso específico do nitroprussiato, intoxicação por cianeto 
 
 Inibidores da fosfodiesterase  amrinona e milrinona são inotrópicos positivos e vasodilatadores. 
Aumentam o débito cardíaco grave. Cuidado especial deve-se ter quanto à pressão arterial 
 
 
2. CITE ALGUMAS INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA ESTES FÁRMACOS. 
DOBUTAMINA: 
- É usada principalmente no choque cardiogênico devido às suas propriedades inotrópicas 
- Insuficiência cardíaca grave e refratária à medicamento 
- Não é usada rotineiramente na sepse devido ao risco de hipotensão 
- Pode ser útil para pacientes com função miocárdica diminuída que são normotensos 
DOPAMINA: 
- É indicado em caso de choque circulatório (como choque séptico, choque cardiogênico e no infarto 
agudo do miocárdio, choque anafilático), na hipotensão severa na ausência de hipovolemia e na retenção 
hidrossalina de etiologia variada 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
ADRENALINA: 
- Indicado para parada cardíaca, choque anafilático, crise asmática grave 
NORADRENALINA: 
- Tratamento de hipotensão aguda grave 
- Vasopressor inicial de escolha no tratamento de choque séptico, cardiogênico e hipovolêmico (em 
adultos) 
- Tem sido usado em neonatos com falência circulatória induzida por hipertensão pulmonar persistente 
ISOPROTERENOL: 
- Indicado para o tratamento de episódios leves ou transitórios de bloqueio cardíaco que não necessitam 
de choque elétrico ou tratamento com pacemaker, também usado no tratamento da asma e bronquite 
crônica 
NITROPRUSSIATO: 
- Pode ser usado em emergências hipertensivas, como hipertensão maligna, encefalopatia hipertensiva, 
AVC, em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, em casos de insuficiência valvar mitral 
ou aórtica grave, no manejo hemodinâmico no intra e pós-operatório de cirurgias cardíacas 
NITROGLICERINA: 
- É um vasodilatador muito usado nos quadros agudos de descompensação de doença coronariana, 
insuficiência e no edema agudo pulmonar 
VASOPRESSINA: 
- Indicado na ressuscitação cardiorrespiratória e no tratamento da fibrilação ventricular ou taquicardia 
ventricular refratária à desfibrilação elétrica 
- Também indicado em casos de choque séptico; diabetes insipidus; hemorragia gastrointestinal 
LEVOSIMENDAN: 
- É indicado para tratamentos a curto prazo de descompensação aguda da insuficiência cardíaca crônica 
grave 
- Somente deve ser usado como terapia adicional nas situações em que a terapia convencional, como por 
exemplo, diuréticos, inibidores da ECA e digitálicos não for suficiente e onde o suporte inotrópico for 
necessário 
MILRINONE: 
- É um inotrópico positivo que pode ser usado no tratamento da insuficiência cardíaca descompensada, 
em pós-operatório de cirurgia cardíaca ou em casos de insuficiência cardíaca avançada como ponte para 
transplante 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
3. EXPLIQUE COM DETALHES A AÇÃO CARDIOVASCULAR DA ADRENALINA, 
NORADRENALINA, ISOPROTERENOL, DOBUTAMINA, DOPAMINA, 
NITROPRUSSIATO, NITROGLICERINA, VASOPRESSINA, LEVOSIMENDAN E DO 
MILRINONE. OBS.: CONSIDERE OS TIPOS DE INTERAÇÃO COM RECEPTORES, 
RECEPTOR/EFEITO, INFLUÊNCIA DA DOSE DE INFUSÃO PELA SELETIVIDADE 
POR RECEPTOR. 
ADRENALINA 
Pelo estímulo beta-1: aumenta contratilidade (efeito inotrópico), aumenta condução AV e automatismo 
Pelo estímulo beta-2: broncodilatação, vasodilatação musculatura esquelética 
Pelo efeito alfa: vasocontrição, reposta de fuga 
Em baixas doses predomina efeito beta (vasodilatação). Em altas doses, efeito alfa – vasoconstrição, 
aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial. 
NORADRENALINA 
- Age como agonista dos receptores alfa, beta 1 e beta 2 adrenérgicos, aumentando a pressão arterial 
sistólica e diastólica 
- Age aumentando o tônus vascular 
ISOPRETERENOL 
- Os efeitos farmacológicos de isoproterenol são, pelo menos em parte, devido à estimulação através dos 
receptores beta-adrenérgicos da adenilciclase intracelular, a enzima que catalisa a conversão da 
adenosina trifosfato (ATP) para o AMP cíclico. 
 
- Níveis aumentados de AMP cíclico está associado com o relaxamento do músculo liso brônquico e 
inibição da libertação de mediadores de hipersensibilidade imediata das células, especialmente a partir 
de mastócitos. 
DOBUTAMINA- Agente agonista adrenérgico. Sua atividade primária resulta da estimulação dos receptores beta-1 do 
coração. Tem pouco efeito alfa-1 (vasoconstritor) e beta-2 (vasodilatador). 
- Aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco. Diminui a pressão ventricular de enchimento (reduz a 
pré-carga) e a resistência vascular pulmonar e sistêmica total. 
DOPAMINA 
- Agente agonista adrenérgico e dopaminérgico 
- Dose baixa: 1 a 5 mcg/kg/min – aumento do fluxo sanguíneo renal (receptores dopaminérgicos). 
- Dose intermediária: 5 a 15 mcg/kg/min – aumento do fluxo sanguíneo renal, da freqüência cardíaca, da 
contratilidade cardíaca e do débito cardíaco. 
- Dose alta: > 15 mcg/kg/min – vasoconstrição e elevação da pressão arterial sistêmica. Vasoconstrição 
renal, mesentérica, arterial periférica e venosa, com aumento expressivo da resistência vascular 
sistêmica e pulmonar. 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
NITROPRUSSIATO 
- Potente vasodilatador arterial e venoso 
- Reduz pré e pós carga, melhorando assim a função do VE em pacientes com IC de baixo débito 
NITROGLICERINA 
- Vasodilatador, anti-anginoso, anti-hipertensivo 
- A nitroglicerina é convertido em óxido nítrico (NO), o que estimula a produção de GMP cíclico, levando a 
um relaxamento da musculatura lisa vascular 
- Causa venodilatação sistêmica, com redução da pré-carga. 
VASOPRESSINA 
- É um hormônio com efeito anti-diurético e vasopressor 
- Possui também ação hemostática, efeitos na termorregulação e é um secretagogo do hormônio 
adrenocorticotrópico 
- É liberado em resposta a elevação da osmolaridade plasmática, hipovolemia grave e/ou hipotensão 
- Provoca vasoconstrição pela interação com receptores V1 presentes na musculatura lisa vascular, e 
efeito anti-diurético pela ativação de receptores V2 nos ductos coletores renais. Em baixas concentrações 
plasmáticas, promove vasodilatação coronariana, cerebral e na circulação pulmonar. 
LEVOSIMENDAN 
- É um fármaco com mecanismo de ação duplo 
- Exerce seus efeitos tanto via sensibilização de cálcio (inotropismo) quanto pela ativação de canais de 
potássio ATP dependentes (vasodilatação pulmonar, coronariana e periférica) 
- Possui efeito inibidor de fosfodiesterase apenas em altas concentrações, não utilizadas na prática 
clínica 
- O seu potencial de melhorar as condições clínicas e hemodinâmicas dos pacientes a um custo 
metabólico e celular modesto, sem aumentar a incidência de arritmias nem o consumo miocárdico de 
oxigênio, torna-o atraente para emprego em uma ampla gama de pacientes 
- Diferente dos agentes beta-agonistas e inibidores da fosfodiesterase, levosimendan não aumenta o 
AMPc ou as concentrações de cálcio citoplasmático, ações essas consideradas contrárias à sobrevida 
celular, tanto no curto como no longo prazo. Entretanto, melhora a contratilidade miocárdica e a 
hemodinâmica em um grau comparável ao observado com beta-agonistas e inibidores de fosfodiesterase 
- Levosimendan possui também ação vasodilatadora como resultado da ativação de canais de potássio 
ATP dependentes, causando vasodilatação coronariana, pulmonar e periférica. Tratar a hipertensão 
pulmonar associada à ICC descompensada também é um objetivo fundamental. É importante aliviar a 
sobrecarga ao ventrículo direito e o levosimendan é eficaz em reduzir a resistência vascular pulmonar e a 
pressão capilar pulmona 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
MILRINONE 
- Inibidor de fosfodiesterase III, com efeito inotrópico positivo e pouco efeito cronotrópico positivo. 
Vasodilatador direto (diminuição de pré e pós carga). 
- Ao inibir a fosfodiesterase III, ele reduz a degradação do AMP cíclico. Maiores níveis de AMPc levam à 
um aumento da ativação da proteína quinase A, que vai fosforilar vários componentes do cardiomiócito 
como canais de cálcio e componentes do miofilamento. Assim, há um aumento de fluxo de cálcio para 
dentro da célula, o que aumenta a contratilidade. Isso permite estimular a função cardíaca de forma 
independente dos receptores beta-adrenérgicos. 
4. CITE ALGUNS EFEITOS ADVERSOS RELACIONADOS A ESTES FÁRMACOS. 
ADRENALINA 
Arritmias, dor torácica, cefaleia, tontura 
NORADRENALINA 
- Lesões isquêmicas devido à potente ação vasoconstritora. Hipertensão, angina, cefaleia, ansiedade, 
necrose de pele. Arritmias. Ácidose láctica. 
ISOPRETERENOL 
- Sistema Nervoso Central: cefaleias, irritabilidade e insónia. 
 
- Sistema Cardiovascular: palpitações, dor pré-cordial, arritmias, paragem cardíaca. 
 
- Outros: tremores, suores, rubor facial. 
DOBUTAMINA 
- Hipertensão, angina, arritmias, cefaléia, náuseas. Pode precipitar ou exacerbar atividade ectópica 
ventricular. Facilita a condução átrio-ventricular – pacientes com fibrilação atrial tem risco de desenvolver 
alta resposta ventricular. Pode ocorrer flebite no local de infusão. Pode reduzir o potássio. 
DOPAMINA 
- Náuseas, vômitos, batimentos ectópicos, taquicardia, dispnéia. Angina (aumenta o trabalho cardíaco 
sem aumento compensatório do fluxo coronariano). 
NITROPRUSSIATO 
- Hipotensão grave, metemoglobinemia, intoxicação por cianeto. Pode causar náuseas, vômitos, 
espasmo muscular, cefaléia, diaforese, taquicardia reflexa, flushing. 
NITROGLICERINA 
Cefaleia, taquifilaxia, tontura, xerostomia 
- Raramente pode provocar metemoglonimemia 
VASOPRESSINA 
- Comuns – dor abdominal, náuseas, diaforese, tremor, cefaleia, vômitos e diarreia 
 
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- Pode causar infarto, intoxicação hídrica, bradicardia, angina, arritmias, hipertensão, broncoespasmo, 
angio-edema, trombose venosa 
LEVOSIMENDAN 
- As reações adversas mais relatadas nos ensaios clínicos foram cefaléia e hipotensão 
- Foram também observadas nos pacientes tratados com a levosimendana: taquicardia, isquemia 
miocárdica, fibrilação atrial, extrassístoles, taquicardia ventricular e palpitações 
- Entre outras reações adversas, com incidência entre 1 e 10%, incluem-se: diminuição da hemoglobina, 
hipopotassemia, vertigem, náusea, vômito 
- A maioria das reações foram observadas até 3 dias após o início da infusão 
MILRINONE 
- Mais comum (>10%) – arritmias ventriculares. 1-10%: arritmia supraventricular, cefaleia, hipotensão, 
angina / dor torácica. <1%: alteração de função hepática, anafilaxia, FA, broncoespasmo, hipocalemia, 
rash cutâneo, trombocitopenia, tremores, reação no local da infusão. 
DIGITÁLICOS (GLICOSÍDEOS CARDÍACOS) 
1. O QUE SÃO FÁRMACOS DIGITÁLICOS? POR QUE RECEBEM ESTE NOME? 
- Os glicosídeos cardíacos são provenientes da dedaleira (Digitalis spp.) e plantas relacionados, por isso 
recebe este nome 
- São fármacos que afetam diretamente as células do miocárdio 
2. CITE 4 EXEMPLOS DE FÁRMACOS DIGITÁLICOS. 
- Podem ser citados a digoxina (principal), digitoxina e metildigoxina 
3. QUAL A INDICAÇÃO CLÍNICA DOS DIGITÁLICOS? 
- Usados na insuficiência cardíaca, onde, por alguma razão o coração não está fazendo o sangue circular 
em um fluxo satisfatório, levando a um acúmulo de sangue nas veias, nas câmaras do coração e dos 
pulmões 
- A ação mais importante dos digitálicos no coração é o fortalecimento da sua musculatura 
- As fibras digitalizadas se contraem com maior vigor e possibilitam ao coração se esvaziar cada vez 
melhor, o resultado é o aumento do volume de sangue impulsionado a cada contração do ventrículo 
- Efeitos: 
 Aumento do débito cardíaco 
 Redução da pressão venosa 
 Diurese 
 Redução do edema 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
4. FALE SOBRE O ÍNDICE TERAPÊUTICO DOS DIGITÁLICOS. 
- Os glicosídeos digitálicos têm baixo índice terapêutico com uma pequena margem entre a dosagem 
terapêutica e a que é tóxica ou mesmo fatal 
- Dessa forma, a fim de evitar toxicidades algumas precauções devem ser observadas: 
o Função renal: é o principal limitador. Deve ser usado com cautea se TFGe < 60ml/min e 
contraindicado se < 30 ml/min. 
o Comorbidades:baixa de K+, baixa de Mg e hipotireoidismo aumentam o risco de 
toxicidade; contraindicada na amiloidose; segura na gravidez. 
o Monitorar nível sérico: valor ideal entre 0,5-0,9 ng/ml. 
5. EXPLIQUE O MECANISMO DE AÇÃO FARMACOLÓGICA DOS DIGITÁLICOS. 
- O mecanismo pelo qual os glicosídeos cardíacos aumentam a força de contração (efeito inotrópico 
positivo) é a inibição da bomba Na+/K+ nos miócitos cardíacos 
- Os glicosídeos se ligam a um ponto na porção extracelular da subunidade alfa da Na+/K+ - ATPase e 
são ferramentas experimentais úteis para o estudo deste importante sistema de transporte 
- O mecanismo molecular que fundamenta o aumento do tônus vagal (efeito cronotrópico negativo) é 
desconhecido, porém também pode ser devido à inibição da bomba Na + /K+ 
FREQUÊNCIA E RITMO: 
- Os glicosídeos cardíacos retardam a condução AV em virtude do aumento da atividade vagal, de onde 
deriva, em parte, seu efeito benéfico em fibrilação atrial rápida estabelecida 
- Se a frequência ventricular for excessivamente rápida, o tempo disponível para enchimento diastólico 
será inadequado, assim a redução da frequência cardíaca aumenta o volume sistólico e a eficiência 
cardíaca, mesmo que a fibrilação atrial persista 
- Concentrações tóxicas de glicosídeos afetam o ritmo sinusal. Isso pode ocorrer em concentrações 
plasmáticas de digoxina dentro da faixa terapêutica, ou pouco acima dela 
- A redução da velocidade de condução AV pode culminar em bloqueio AV 
- Os glicosídeos podem também causar batimentos ectópicos. Como a troca de Na + /K+ é eletrogênica, 
a inibição da bomba pelos glicosídeos causa despolarização, predispondo a distúrbios do ritmo cardíaco. 
Além disso, o aumento da [Ca 2+ ] i causa aumento da pós-despolarização, levando primeiramente a 
batimentos acoplados (bigeminismo), nos quais um batimento ventricular normal é seguido por um 
batimento ectópico; pode surgir taquicardia ventricular e, finalmente, fibrilação ventricular 
FORÇA DE CONTRAÇÃO: 
- Os glicosídeos causam grande aumento da tensão de contração em preparações isoladas de músculo 
cardíaco 
- O aumento da tensão é causado por um aumento transitório da [Ca 2+ ] i 
01- Os glicosídeos inibem a bomba de Na + /K+ . 
02- A aumentada [Na + ] i torna mais lenta a extrusão de Ca 2+ através do transportador de troca Na 
+ /Ca 2+ . O aumento de [Na + ] i reduz o gradiente de Na + dirigido de fora para dentro da célula; 
quanto menor esse gradiente, mais lenta será a extrusão de Ca 2+ pelo trocador Na + /Ca 2+ . 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
03- A aumentada [Ca 2+ ] i é armazenada no retículo sarcoplasmático e, desse modo, ocorre 
aumento da quantidade de Ca 2+ liberado em cada potencial de ação. 
6. FALE SOBRE A TOXICIDADE DOS DIGITÁLICOS. 
- Em concentrações séricas baixas, a digoxina é bem tolerada. Contudo, ela tem um índice terapêutico 
muito estreito, e sua toxicidade é uma das mais comuns reações adversas de fármacos que levam à 
hospitalização. Anorexia, náusea e êmese podem ser indicadores iniciais de toxicidade. Os pacientes 
também podem apresentar visão turva, visão amarelada (xantopsia) e várias arritmias cardíacas. 
- Os achados clínicos da intoxicação por digitálicos incluem alterações neurológicas (ex. confusão, 
xantopsia, fraqueza), cardíacas (ex. taqui ou bradiarritmias) e gastrointestinais (ex. anorexia, náusea, 
vômito, dor abdominal). A intoxicação digitálica deve ser suspeitada quando há alterações clínicas e 
eletrocardiográficas características. 
7. CITE ALGUMAS CAUSAS DE INTOXICAÇÃO E ALGUMAS INTERAÇÕES 
FARMACOLÓGICAS COM ESTA CLASSE (DIGITÁLICOS). 
- Níveis isolados de digoxinemia não fazem diagnóstico de intoxicação. Os níveis terapêuticos são 
estreitos e variam de 0,5 a 0,8 ng/mL (0,65 a 1,0 nmol/L) 
- O uso concomitante de verapamil, amiodarona, entre outros medicamentos, pode aumentar os 
níveis séricos do digital. 
8. FALE SOBRE O TRATAMENTO NA INTOXICAÇÃO COM DIGITÁLICOS. 
- O tratamento para esta intoxicação consiste em suporte clínico e administração do anticorpo específico 
para digoxina (Fab fragments) nos casos graves (ex. arritmias com instabilidade hemodinâmica ou 
hipercalemia – K > 5 mEq/L ou evidências de disfunção orgânica por hipoperfusão), não disponível 
facilmente na maioria dos serviços de emergência do país 
- Hidratação, atropina e passagem de marca-passo podem ser utilizados na emergência para restaurar 
pressão arterial e frequência cardíaca 
- Corrija os distúrbios eletrolíticos, principalmente potássio e magnésio 
- Lembre-se que digital não é dialisável 
- A fenitoína (15 a 20 mg/Kg – vel. máxima de infusão 50 mg/min) pode ser utilizada no tratamento 
da TV bidirecional na intoxicação digitálica

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