Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES ARIANE CRISTINE DA SILVA Camanducaia-MG 2022 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES ARIANE CRISTINE DA SILVA Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção de Licenciatura em Ciências Biológicas. Camanducaia-MG 2022 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES ARIANE CRISTINE DA SILVA Resumo: Esta revisão bibliográfica tem como objetivo caracterizar e discutir o novo coronavírus a partir de aspectos clínicos, sorológicos e moleculares para o diagnóstico clínico e laboratorial precoce. O mundo enfrenta grandes desafios de saúde e crises econômicas desde 2019, e os esforços na guerra contra o COVID-19, seu patógeno, SARS-CoV-2, foram identificados e intensificados devido à pandemia que eclodiu inicialmente na China. Pesquisas para desenvolver vacinas e medicamentos que atuem contra o vírus, mesmo com os tratamentos existentes, que se espalham rapidamente e transmitem secreções como gotículas de espirro ou aerossóis diretamente de pessoa para pessoa pelo trato respiratório, também indiretamente por meio de poluentes, com sintomas que variam de leves resfriados a insuficiência respiratória, problemas cardíacos, digestivos e do sistema nervoso central. Nesse contexto, os órgãos de saúde vêm desenvolvendo estratégias para conter a disseminação da doença e o aumento epidemiológico do número de pessoas, com letalidade em torno de 5% no Brasil, com mais de 163 mil óbitos e mais de 6 milhões de casos confirmados até o momento, e à medida que os números crescem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento social e a higiene pessoal como a melhor prevenção. Palavras-Chave: COVID-19. SARS-CoV-2. Diagnóstico clínico. Laboratorial. 4 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES. 1 INTRODUÇÃO A COVID-19 é uma doença respiratória com o primeiro caso registrado na China em 2019, tendo como agente causador o coronavírus SARS-CoV-2 (a segunda síndrome respiratória aguda grave causada pelo coronavírus), em homenagem a síndrome respiratória aguda grave que causa o caso atual, o vírus que causou a atual pandemia e desencadeou uma crise de saúde global é novo, embora tenha havido outros surtos relacionados ao coronavírus antes e existem muitas espécies semelhantes. família, SARS-CoV-2 (MIRANDA et al. 2020). A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 30 de janeiro, e o surto de COVID- 19, que mais tarde foi considerado uma pandemia em 11 de março, também foi declarado como uma pandemia global. Brasil; OMS, 2020). No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 começou em 26 de fevereiro de 2020, envolvendo um paulistano recém- chegado da Itália. Apenas 11 dias após o primeiro caso, 25 pessoas foram confirmadas como infectadas (MACEDO et al., 2020; OMS, 2020). A SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é uma doença causada por coronavírus (CoVs), dos quais 5 são os principais tipos de CoV mais representados devido à sua doença leve ou grave em humanos (HCoV-OC43, HCoV-OC43, HCoV- HKU1, MERS -CoV, SARS-CoV e SARS-CoV-2), temos MERS-CoV, SARS-CoV. Em uma linha do tempo recente sobre o coronavírus, a Organização Mundial da Saúde foi informada em dezembro de vários casos inexplicáveis de pneumonia humana em Wuhan, província de Hubei, China, que mais tarde foi causada pelo SARS-CoV-2, daí o nome É o novo coronavírus (nCoV) (CDC, 2020; OMS, 2020). Há muita especulação sobre o surgimento da patologia do novo coronavírus e COVID-19 e como ele atingiu os humanos, mas o mais aceito é que a infecção seja causada por animais consumidos na China ou pelo contato com morcegos hospedeiros. coronavírus, infectando humanos de maneira zoonótica (CDC, 2020). O SARS-COV-2 faz parte de uma grande família de milhares de patógenos que são 5 conhecidos pela comunidade científica e circulam há muito tempo, geralmente causando apenas doença leve a moderada (MORALES, 2020). No entanto, nos últimos 20 anos, ocorreram surtos de coronavírus, primeiro no sul da China em 2002 e 2003, causados por patógenos com maior variação genética do que os vírus atuais, pois podem causar Síndrome Respiratória Aguda grave. , por exemplo, a origem do SARS-CoV e seu patógeno permanece desconhecida, mas suspeita-se que a infecção também seja zoonótica de morcegos (LI et al., 2020). Mais tarde, em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) apareceu na Jordânia, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio, e o Reino Unido também informou que o coronavírus humano foi nomeado Inglaterra 1, e outros nomes também foram usados. Como um betacoronavírus humano, até que o International Committee on Taxonomy of Viruses Coronavirus Study Group (CSG) chegou a um consenso sobre o nome MERS-CoV para facilitar a comunicação entre a comunidade científica e a Organização Mundial da Saúde (DE GROOT et al., 2013). Acredita-se também que esse novo vírus surja de infecções zoonóticas, contato humano com camelos e dromedários e contato com morcegos (SAQIB et al., 2017). Em geral, acredita-se que os três novos coronavírus se originaram de hospedeiros animais, como morcegos, porcos, gatos, camelos e animais selvagens consumidos pela cultura humana, e surgiram principalmente por meio de spillovers em países asiáticos como a China. Resumindo, entre os tipos de coronavírus existentes, os três que causam doença grave são o SARS-CoV descoberto em 2002, mas não apareceu desde 2004. Também temos o MERS-CoV descoberto em 2012, que foi transmitido de camelos para pessoas de camelo e, finalmente, SARS-CoV-2, a doença que causa a atual pandemia, chamada de novo coronavírus 2019 (COVID- 19) (NIH, 2020). Hoje, a epidemia cresceu exponencialmente em números impressionantes e se espalhou para mais de 188 países e territórios, causando milhões de mortes e doenças, resultando em altas taxas de letalidade e morbidade, respectivamente (JHU, 2020). A transmissão da COVID-19 surgiu desde o início, principalmente pelo contato direto humano a humano, principalmente por gotículas, poluentes e falta de compreensão da história natural da doença (CARVALHO et al., 2020). Por ser uma doença facilmente transmissível, e por possuir leitos hospitalares limitados, é de 6 grande preocupação para os órgãos de saúde que buscam retardar a curva epidemiológica da doença, que está relacionada às taxas de transmissão por contato social e consequente sobrecarga. acompanhado em casa (ALMEIDA et al, 2020). Os números estão aumentando quase exponencialmente em todo o mundo, em uma curva de crescimento contínuo, estabilizando em números muito altos, chegando ao pico, e depois diminuindo gradativamente de forma decrescente, mas com o aumento de casos, a possibilidade de uma segunda onda mundial, alguns países Seguiu-se uma curva de crescimento da COVID-19, como no Brasil, onde os números se estabilizaram, passando de 6 milhões de casos confirmados e 173.000 mortes para uma taxa de letalidade de 5,0% (Brasil, 2020; OMS, 2020). Nesse contexto, o trabalho de conclusão deste curso visa caracterizar, descrever e discutir o novo coronavírus a partir de aspectos clínicos, sorológicos e moleculares para diagnóstico clínico e laboratorial precoce. 2 MATERIAL E MÉTODOS Para concluir o trabalho de conclusãodeste curso, foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa da literatura por meio de um levantamento de periódicos científicos indexados nas seguintes bases de dados: U.S. National Library of Medicine (PubMed/MEDLINE) e Science Online Electronic Library (Scielo) e Data Portal: Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde do Brasil sobre COVID-19, seu patógeno SARS- COV-2 e aspectos relacionados a esta doença. Uma estratégia de busca manual também foi usada na lista de referências de artigos selecionados pelo banco de dados para identificar artigos elegíveis que não foram recuperados pela estratégia de busca. Foram considerados os seguintes descritores em inglês, português e espanhol: "COVID-19", "SARS-CoV-2" e "2019nCoV". Os artigos incluídos neste estudo, publicados entre janeiro de 2020 e novembro de 2020, foram selecionados pela relevância para esta revisão. Como critério de exclusão, optou-se por evitar artigos duplicados que não tenham conteúdo online completo, violem direitos humanos, tenham origem duvidosa ou não se enquadrem no objeto de esforços de censura. 7 3 DESENVOLVIMENTO: 3.1 OS CORONAVÍRUS E O NOVO COVID-19 A COVID-19 é uma doença causada por um vírus chamado SARS-CoV-2, que é chamado por ser um representante do coronavírus (CoV) por seu potencial de causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e é o segundo surto de SARS em China, daí o nome SARS-CoV-2, o primeiro SARS-CoV foi registrado como o surto de 2002 na China e, posteriormente, o surto de MERS-CoV no Oriente Médio em 2012 (ZHOU et al., 2020). Esses três coronavírus fazem parte da ordem Nestoviridae e estão agrupados em quatro gêneros diferentes, a saber, Alpha-CoV, Beta-CoV, Gamma-CoV e delta coronavírus (Delta-CoV), dos quais apenas alfa coronavírus (Alpha-CoV) e O beta coronavírus (Beta-CoV) tem a capacidade de infectar mamíferos, enquanto o gama coronavírus (Gamma-CoV) e o Delta coronavírus (Delta-CoV) só têm a capacidade de infectar aves, e apenas uma variedade de Alphacoronaviruses (Alpha-CoV) e O betacoronavírus (Beta-CoV) de todos os coronavírus tem a capacidade de infectar humanos, são HCoV-229E e HCoV-NL63 são os mais representativos dos gêneros Alpha-CoV, enquanto HCoV-OC43, HCoV-HKU1, MERS-CoV, SARS -CoV e SARS- CoV-2 são mais representativos dos gêneros Beta-CoV (FUNG et al. al., 2020). A estrutura morfológica e bioquímica do SARS-CoV-2 é semelhante a outros CoVs, então podemos descrever a estrutura do CoV e do SARS-COV-2, que é o ponto comum entre eles, o CoV possui RNA de fita simples de fita positiva com diâmetro de 60 e Varia entre 140 nm, possui envelope protéico, consiste principalmente de proteína E, não é segmentado, é formado por partículas que exibem uma conformação espacial circular ou elíptica, muitas vezes podem exibir uma conformação polimórfica e possuem grandes saliências sua superfície semelhante à coroa, que é claramente visível à microscopia eletrônica, deu origem ao seu nome corona, que tem origem e significado da palavra coroa (PRAJAPAT et al., 2020). Essas estruturas de coroa são grandes glicoproteínas semelhantes a espículas de superfície chamadas de proteína S, além disso, o CoV possui outras proteínas que lhe conferem sua identidade, são as proteínas hemaglutinina esterase (HE) que medeiam o processo de ligação viral, as proteínas nucleares do capsídeo 8 (proteínas N ) e proteínas M que garantem a manutenção da forma do envelope (BOSCH et al., 2003; JIN et al., 2020). Muito antes dos três coronavírus que causaram o surto e o SARS-CoV-2 que causou a pandemia atual, havia outros coronavírus em circulação que apenas causam infecções do trato respiratório superior, como CoV HCoV-229E HCoV-NL63 e HCoV- NL63 Causas apenas doenças respiratórias leves, como o resfriado comum, e não representam um grande problema de saúde pública, enquanto SARS-CoV, MERS- CoV e SARS-CoV-2 compartilham muitas semelhanças filogenéticas e codificam proteínas não estruturais, como papaína (PLpro), quimotripsina-like protease 3 (3CLpro), RNA polimerase dependente de RNA (RdRp) e helicases, todas essenciais para a replicação viral. Além da proteína spike, ou proteína S, comumente encontrada nesses três coronavírus, e transformando esses três vírus em vírus de interesse médico significativo, incluindo o SARS-CoV-2 (FUNG), que causou essa devastadora pandemia global et al., 2020; LIU et al., 2020; WU C. et al., 2020). 3.2 PATOGENIA E FISIOPATOLOGIA O SARS-CoV-2 é capaz de infectar uma variedade de animais, incluindo humanos, e é altamente patogênico, portanto, o spillover pode ocorrer naturalmente, que neste contexto é a adaptação e transmissão do SARS-CoV-2 entre espécies e humanos, SARS- O CoV-2 é o terceiro coronavírus a atravessar as barreiras das espécies e contaminar humanos nos últimos 20 anos e, portanto, é considerado um vírus zoonótico, com pelo menos 7 dos coronavírus mais conhecidos capazes de causar doenças respiratórias em humanos porque o SARS-CoV-2 é um vírus cujo material genético é constituído por RNA e possui maior capacidade de recombinação genética (VIEIRA, 2020). O SARS-CoV-2 entra nas células através da proteína S (Spike), liga-se às células com receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e a proteína Spike então se divide, permitindo a endocitose viral, através da fusão da membrana viral com a membrana celular , que posteriormente pode liberar material genético viral dentro das células humanas, o que desencadeia a produção de mediadores inflamatórios, aumenta as secreções e provoca inflamação que causa manifestações clínicas (SERRA, 2020; Vieira, 2020). 9 Em geral, a entrada da infecção por SARS-CoV-2 ocorre principalmente pelo trato respiratório superior, que pode ser leve ou assintomático no início, e posteriormente pode desenvolver infecção por algumas vias, se enraizar nos pulmões e entrar no trato digestivo , seja para dois Ou, outros órgãos, porque várias células do corpo possuem receptores para SARS-CoV-2. Como receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), em outros casos mais graves, o vírus pode descer para o trato respiratório inferior, viajar pela árvore traqueobrônquica até os pulmões, infectar o epitélio ciliado e, finalmente, infectar as células pulmonares, ACE2 Os receptores são o principal receptor para SARS-CoV-2, mas o vírus também pode se ligar a células dendríticas expressando duas lectinas do tipo C, DC-SIGN e LSIGN, e o receptor DPP4, que pode ser encontrado em muitos tipos de células. como células epiteliais brônquicas não ciliadas, células endoteliais vasculares a este nível, células epiteliais alveolares e outras células epiteliais das vias aéreas superiores (VIEIRA, 2020). A inflamação e a infecção são exacerbadas em pacientes porque o sistema nervoso central, músculo cardíaco, fígado e rins têm receptores ACE2, assim como os receptores DPP4, intestino delgado, rins, pâncreas, próstata e fígado e glóbulos brancos ativados, saúde mais grave A condição pode ser desencadeada por uma "tempestade de citocinas" que ocorre durante a fase aguda da doença, que ocorre devido à produção e liberação de citocinas e quimiocinas, sendo estas responsáveis pelo efeito patogênico. Essas citocinas e quimiocinas desencadeiam uma resposta inflamatória no pulmão levando à pneumonia viral, que é descrita na maioria dos casos de infecção do trato respiratório inferior, processo inflamatório que atinge o endotélio vascular, podendo ser exacerbado por infecções oportunistas, que podem ser associada a uma infecção bacteriana com uma infecção viral, o que pode piorar o quadro clínico. A microvasculatura pode ter complicações, acometidas por endotelite, o endotélio fica inflamado e, portanto, mais citocinas inflamatórias são liberadas, seguidas da produção de fibrinavia fibrinogênio, microtrombos e agregação plaquetária nos pulmões são inevitáveis, outros órgãos receptores SARS-CoV-2 também pode ser afetado, de modo que pode ocorrer trombose de grandes vasos, também conhecida como coagulação intersticial disseminada ou coagulação intravascular disseminada, com isso, vasos sanguíneos e órgãos podem ser gravemente afetados, levando à morte (JUNIOR, 2020; SERRA, 2020). 10 A complexa fisiopatologia da coagulopatia na infecção por SARS-CoV-2 surge da inter-relação entre componentes da resposta imune inata, células do sistema hemostático e componentes plasmáticos, que induzem a produção de citocinas. devido à exacerbação das trocas gasosas e inflamação pulmonar, que estimula a fibrinólise pulmonar e produz um aumento do dímero D, que pode ser detectado, ou seja, no tecido. Aumentar a expressão do fator. É um importante ativador do sistema hemostático, e a ativação de plaquetas e mais componentes leucocitários acaba levando a um desequilíbrio na produção de trombina, o que leva à deposição de fibrina produzindo microangiopatia e dano tecidual, D-dímero, devido à degradação da fibrina. , portanto, trombocitopenia (SERRA, 2020). Você pode ver isso nos primeiros resultados da autópsia, onde você pode ver coágulos amplamente distribuídos em vários órgãos, coágulos podem ser encontrados em grandes vasos sanguíneos, incluindo trombose venosa profunda, pernas, embolia pulmonar, coração Coágulos na área, tudo bem nessa área. A miocardite ocorre, os acidentes vasculares cerebrais são causados por coágulos sanguíneos nas artérias, pequenos coágulos também são encontrados nos vasos sanguíneos e em órgãos por todo o corpo, complicações como arritmias graves, choque, piora da função neurológica e danos aos órgãos reguladores do coração e dos pulmões centros do tronco cerebral Ocorre também que o quadro clínico de pacientes com síndrome de doença de múltiplos órgãos pode se tornar grave e irreversível, levando à morte inevitável (DIAZ-RODRIGUEZ, 2020; SERRA, 2020). Além de um terço dos pacientes necessitarem de internação em unidade de terapia intensiva, os casos de síndrome respiratória grave aumentaram de 17% a 29% desde o diagnóstico, segundo o primeiro estudo apresentado no curso da doença, em 10% dos pacientes em uso mecânico ventilação e (3%) 4% em oxigenação extracorpórea (ECMO), outros para infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal aguda e pneumonia (CARVALHO et al., 2020). Em pacientes com COVID-19, o vírus pode atingir a circulação do sistema nervoso central para causar danos epiteliais, além de alterar a barreira hematoencefálica, também pode atingir células gliais e odores neuronais por meio de receptores ACE2, e o aumento da inflamação também leva à integridade A barreira hematoencefálica está rompida (BRITO et al., 2020). 11 4 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL Pacientes infectados por SARS-COV-2 e infectados por COVID-19 normalmente desenvolvem manifestações clínicas com ou sem período de incubação, que na grande maioria dos casos é em média de 5 a 7 dias, podendo a média variar de 2 a 14 dias (GUAN et. al., 2020). Como resultado, os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sinais e sintomas comuns do vírus, como febre, tosse, fadiga, coceira ou dor de garganta, diarreia, pneumonia e sinais e sintomas associados à insuficiência respiratória, como falta de ar. , dispneia, tom baixo à ausculta, percussão. Embotamento (sons pulmonares ou percussão monótonos e indistintos, possivelmente efusão), exame dos sons pulmonares com auxílio da ausculta, elevação dos tremores táteis e alívio da fala, causados pela ação de pró-inflamatórios citocinas e exacerbados pela inflamação na tentativa de eliminação do vírus, e em alguns casos outros sons, como vocalizações brônquicas e estertores úmidos, podem ser identificados com auxílio da ausculta pulmonar, e as manifestações clínicas da infecção podem ser leves, graves, ou mesmo crítico com infecção Choque sexual, insuficiência respiratória e falência múltipla de órgãos (CHAN et al, 2020; WU; MCGOOGAN, 2020). No entanto, com exceção dos grupos de alto risco ou com algumas comorbidades, a grande maioria dos pacientes tem apresentações clínicas mais leves, o que pode levar a maiores atrasos na remissão da doença, maior tempo de internação de 14 a 21 dias ou até mesmo óbito, e por aqueles sem febre Os pacientes também não podem descartar infecção, pois muitos são diagnosticados sem apresentar sintomas (FUNG et al., 2020). Nos casos respiratórios, o metabolismo anaeróbio é induzido pelo aumento dos exsudatos inflamatórios alveolares e intestinais devido à hipóxia, e o SARS-CoV- 2 induz uma tempestade de citocinas que libera essas citocinas pró-inflamatórias interleucina (IL) 6, IL 12 , IL 15 e necrose tumoral fator alfa, enquanto manifestações clínicas de encefalopatia, agitação e sinais do trato corticoespinhal são mais frequentemente observadas em complicações neurológicas em pacientes com infecção por SARS-CoV-2 (MORIGUCHI et al, 2020). 12 O SARS-COV-2 é uma infecção respiratória aguda, portanto, a principal fonte de sua transmissão são as secreções do sistema respiratório, como escarro, gotículas de espirro, aerossóis e contato direto com pessoas ou pacientes infectados, independentemente dos sintomas, por isso é Acredita-se que a patologia seja transmissão direta, ou seja, transmissão de humano para humano, embora o vírus tenha sido encontrado em amostras de swab retal e sangue, sugerindo outras vias de transmissão além da letalidade, virulência e velocidade de transmissão. , atestando a causa da preocupação mundial e de órgãos de saúde com essa doença (FAN et al., 2020). No entanto, a chance de transmissão através de pacientes assintomáticos é descrita como baixa, mas sabe-se que a principal forma de contágio ocorre entre pessoas do mesmo domicílio ou ambiente de trabalho, trabalhando em grupos pertencentes à chamada população essencial, ou lutando COVID-19 -19 Frontline, por profissionais de saúde, a exposição a objetos, superfícies ou qualquer meio contaminante apresenta alto risco de contaminação indireta para qualquer pessoa (VAN DOREMALEN et al. 2020). Estudos relacionados ao SARS-COV-2 relataram que o vírus pode permanecer infeccioso e sobreviver por até 3 horas em gotículas e aerossóis dispersos no ambiente por pacientes infectados, característica de transmissão indireta, maior ou menor chance de infecção. A infecção por contaminantes, que ocorre em termos como a quantidade e a espessura das secreções liberadas, e a localização e o tipo de superfícies de onde os materiais são secretados, definem assim o tempo variável de sobrevivência dos vírus fora dos organismos vivos como indivíduos em humanos. O novo coronavírus pode se manter vivo em madeira, papelão, vidro, podemos destacar o aço inoxidável e o plástico como superfícies para sobrevivência prolongada, podendo ficar infectado por até 72 horas (ZHANG et al., 2020; CDC, 2020). A OMS e o governo adotaram uma distância física padrão de 1 a 2 metros porque pesquisas mostraram que as gotículas que transmitem o SARS-CoV-2 estão ao redor do nariz e da boca, onde o vírus pode se espalhar. Distâncias maiores dependem de maior ventilação (BUONANNO, 2020; STABILE, 2020; MORAWSKA, 2020). O SARS-CoV-2 demonstrou ter maior estabilidade e presença de vírus vivos no ambiente em comparação ao SARS-CoV, com base em trabalho de campo em hospitais na China e na Itália (SETTI et al., 2020). 13 Dado o perigo de contágio por SARS-CoV-2, o Ministério da Saúde brasileiro enfatizou a necessidade de distanciamento social e uso de máscaras em ambientes públicos, estados apoiam obrigações baseadas em decretos para minimizar o risco de transmissão de gotículas em superfícies e lavagem das mãos com sabão é recomendado ao tocar em superfíciesque possam estar contaminadas com SARS- CoV-2, que pode ser desinfetada com água sanitária e álcool gel em ambientes públicos e para trabalho privado (Brasil, 2020). Pacientes idosos com comorbidades: diabetes, doença pulmonar crônica, câncer, doença cardiovascular e pacientes imunocomprometidos têm maior probabilidade de desenvolver doença grave e podem ser internados em terapia intensiva após contaminação com novo COVID-19 devido a complicações após a segunda semana de doença, com possível risco de exacerbação e deterioração clínica. O hospedeiro é sintomático por uma média de 5 dias, e os pacientes com essas comorbidades podem vir a óbito (SOUSA et al., 2020). Vivemos momentos em que nosso cotidiano é interrompido por vírus que causam sintomas como tosse, febre, dor de garganta, síndrome respiratória aguda grave e pneumonia (CARVALHO et al. 2020). Por isso, o Ministério da Saúde e a OMS recomendam distanciamento social, uso de máscaras, colocação das mãos na boca ao tossir, esterilidade, higiene pessoal, uso de álcool em gel e lavagem das mãos e superfícies potencialmente infectadas como principais modos de transmissão. Para evitar a propagação da doença SARS-COV-2 e COVID-19, considerando que todas as pessoas são potencialmente infecciosas, comunicadoras da doença, e possivelmente até assintomáticas, esse grupo de assintomáticos, sintomáticos e assintomáticos A impossibilidade de os pacientes serem registrados como infectados é de grande preocupação para os órgãos de saúde, pois não têm acesso nem aos dados epidemiológicos e há risco de transmissão para a população (OMS, 2020). Também conhecidos em inglês como "tele Laboratory Tests" (TLR) ou Point- of-Care Tests (POCT), são testes realizados por técnicas imunocromatográficas em que se utiliza um método manual para pesquisar anticorpos em soro, sangue total ou plasma, com execução rápida A vantagem de usar um cassete, ou seja, um único aparelho que fornece resultados, varia de 10 a 30 minutos, dependendo do fabricante, esses testes podem apresentar algumas deficiências de desempenho que são de responsabilidade do fabricante. 14 Há também testes rápidos para estudos de antígenos virais, que utilizam material biológico coletado das narinas e garganta, que são menos eficientes que os testes moleculares, e as diferenças de desempenho dos testes rápidos existentes se devem a diversos aspectos técnicos, como a detecção do coronavírus antígenos. Tipo de processo de purificação em que não ocorre a perda de seu formato tridimensional para ser adequadamente reconhecido pelos anticorpos de modo a preservar a qualidade do antígeno, o grau desejado de sensibilização da superfície, aspectos de transporte, qualidade do reagente, armazenamento, etc. (VIEIRA, 2020). A produção de anticorpos (produção de anticorpos) em resposta a estímulos antigênicos ocorre como uma resposta individual, portanto, a quantidade de anticorpos produzidos é variável e, no caso da infecção por SARS-CoV, esses anticorpos são detectados em momentos diferentes - 2, afirma a maioria da literatura , essa produção demora cerca de 7 a 8 dias e depois podem ser detectadas por um teste rápido, a janela imunológica, mas isso é variável e pode demorar mais ou menos dependendo de cada paciente, então é preciso dar mais atenção à janela imunológica , pois este é o intervalo de tempo entre a contaminação e a detecção laboratorial de anticorpos (VIEIRA, 2020). Até o momento, não se pode afirmar se os anticorpos formados constituem uma defesa eficaz contra uma possível reinfecção, dependendo do tempo de exposição do paciente ao antígeno do novo coronavírus, ou seja, da duração da imunidade em casos positivos, portanto, o papel da rápida sorologia teste permanece Em estudos de sua validade, os resultados não reativos não excluem a possibilidade de infecção por SARS para diagnósticos individuais relacionados ao tempo que um paciente foi exposto ao COVID-19. -Coronavírus-2. Testes sorológicos e moleculares adicionais podem ser realizados para confirmar o diagnóstico, bem como resultados reativos que podem levar a uma falsa sensação de segurança sobre a reexposição ao vírus, seu uso hoje no contexto da pandemia de COVID-19, no contexto da saúde pública Muito relevante para testagem em larga escala de inquéritos sorológicos populacionais (AMANAT, 2020). A OMS recomenda o uso de testes rápidos para COVID-19 apenas para fins epidemiológicos e não para fins diagnósticos, podendo também ser útil no diagnóstico da infecção por SARS-CoV em casos de não resposta ao teste RT-PCR -2 (AMANAT et al. , 2020; CHATE, 2020). 15 O uso de testes rápidos é limitado devido à janela imunológica, período durante o qual o organismo ainda está preparando uma resposta imune. Exames como radiografia de tórax e tomografia computadorizada podem ser usados para auxiliar no diagnóstico e podem mostrar opacidades em vidro fosco periféricas assimétricas na ausência de derrame pleural (LI, 2020; XIA, 2020). Não pode ser usado como base para orientar o diagnóstico e pode ser baseado apenas nos sintomas mais graves, como falta de ar e pneumonia, pois sabe- se que existem pacientes assintomáticos ou mais leves, que representam a grande maioria dos SARS-COV -2, portanto, não é possível Representa um quadro epidemiológico confiável, apenas em pacientes com manifestações clínicas e sintomas mais graves, pois acredita-se que mais de 80% dos infectados não são diagnosticados por falta de sintomas específicos, em toda a população que podem estar infectados ou desenvolver sintomas, e falta de testes em massa, esses casos não documentados podem ultrapassar 80% e se tornar uma fonte potencial de infecção (GUAN et al., 2020; LI et al., 2020). O ELISA (ensaio imunossorvente ligado à enzima) é o principal teste sorológico usado para detectar anticorpos contra COVID-19. Na tecnologia ELISA, anticorpos das classes IgA, IgM e IgG contra SARS-CoV-2 podem ser detectados e em pacientes com COVID-19. detecção de anticorpos IgA parece ser mais sensível do que IgM, com taxas positivas de 92,7% e 85,4%, respectivamente, e a partir do dia 5, esses anticorpos podem ser detectados na fase aguda da doença, e pacientes infectados com SARS-CoV- 2 podem Sintomas e sinais presentes, mas podem ser positivos cruzados devido a infecção por outros vírus ou vacinação contra influenza, anticorpos IgG detectam sintomas por 10-18 dias, taxa de positividade é de 67-78%, teste rápido (imunocromatografia) também detecta IgM e Anticorpos da classe IgG com 87% de sensibilidade e 91% de especificidade (PACHECO et al., 2020). Existe outro teste rápido, o Teste de Fluxo Lateral Rápido VivaDiagTM COVID-19 IgM/IgG (LFIA), usado na Itália, não reage de forma cruzada com outros coronavírus, mas é testado em pacientes com sensibilidade inferior a 20% PCR positivo (DIAS et al., 2020; PACHECO et al., 2020). Testes sorológicos de outros métodos convencionais, como químico ou eletroluminescência, podem ser utilizados, porém o ELISA é o teste mais utilizado mundialmente, porém esses testes são utilizados de acordo com sua adequação clínica e temporalidade, que possuem maior sensibilidade, valor preditivo positivo os 16 testes têm resultados mais elevados, mas devido ao baixo valor preditivo negativo da fase aguda da doença (geralmente compreendida nos primeiros 7 dias de início dos sintomas), esses testes não podem ser usados como método para descartar patologia em pacientes sintomáticos Sintomas e sinais estão disponíveis. Para auxiliar no diagnóstico tardio da doença, para aqueles com manifestações clínicas de piora respiratória sem etiologia confirmada e presença de positividade de IgG como confirmação (DIAS et al, 2020). O padrão ouro para o diagnóstico de COVID-19 é a transcrição reversa, seguida pela reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR),que usa RT-PCR (amplificação em tempo real) para confirmar o diagnóstico de COVID- 19, mas existem outros testes como testes rápidos, testes sorológicos, exames de imagem, juntamente com avaliação do estado clínico do paciente, sinais e sintomas e histórico médico e histórico do paciente podem levar a um diagnóstico inicial (AI et al., 2020; AMANAT et al., 2020 ; OMS, 2020). Os métodos baseados em reação em cadeia da polimerase, com transcrição reversa e reações de amplificação em tempo real (RT-PCR em tempo real ou RT- qPCR), são os mais adequados para a detecção do vírus SARS-CoV-2, com essa tecnologia, o RNA viral pode ser identificado, os genes considerados para identificação incluem: N, E, S e RdRP, um protocolo internacional desenvolvido pelo Charité Institute/Berlim e recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), utilizado na maioria dos países, e laboratório inicial confirmação baseou-se na detecção de dois marcadores genéticos, mas dada a alta taxa de transmissão do vírus, atualmente a confirmação pode ser feita testando um único marcador genético (OMS, 2020). O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que o gene alvo seja o gene E, devido à sua maior sensibilidade, portanto, a recomendação para casos confirmados laboratorialmente é testar dois marcadores genéticos diferentes (ex: gene E seguido do gene RdRP, conforme descrito em o protocolo Charité), uma vez que o vírus se estabeleceu e se espalhou em uma região ou país, a PCR para dois genes não é mais necessária, e apenas um gene pode ser testado para confirmação. (De Almeida, 2020; Vieira, 2020). A sensibilidade do gene E é um pouco maior que a do gene RdRP, por isso o Ministério da Saúde recomenda que o gene E seja preferido como marcador, e há também um teste molecular rápido para processamento na plataforma automatizada 17 GeneXpert (Cepheid) , o mesmo usado no teste rápido de TB online , o ensaio fornece detecção qualitativa in vitro do ácido nucleico do SARS-CoV-2 por PCR automatizado em tempo real para genes E e N2 em swabs nasofaríngeos e amostras de aspirado ou lavagem nasal. No caso da infecção por COVID-19, o diagnóstico laboratorial molecular da COVID-19 em seus estágios iniciais pode ser realizado com material coletado do trato respiratório superior, nasofaringe e orofaringe, e também do trato respiratório inferior. , aspirado traqueal ou amostras de lavado broncoalveolar e com base na detecção de ácidos nucleicos virais específicos (AMANNAT et al., 2020). Para realizar o RT-PCR é necessário copiar o material genético do SARS- CoV-2, por se tratar de um vírus de RNA, e para reconhecê-lo é necessário gerar uma fita complementar de DNA (cDNA), que é obtidos pela ação da transcriptase reversa, inserir dois primers após a transcrição reversa para promover a amplificação dos dois genes alvos, com sondas complementares, pode-se observar o conteúdo molecular correspondente ao agente infeccioso alvo, no Brasil, há um entrave para a uso em larga escala de RT-PCR, testes e número insuficiente de dispositivos, entre esses obstáculos está também o fato de que esse tipo de teste é um método mais valioso e trabalhoso do que o teste manual, por isso há um grande exame final, mas isso também acontece em uma rede privada, o laboratório central (LACEN), é a referência para a realização desses testes moleculares na rede pública brasileira (VIEIRA, 2020). O RT-PCR é um teste com alta especificidade e sensibilidade, mas sua sensibilidade pode variar de acordo com algumas variáveis pré-analíticas, como estágio da infecção e carga viral em secreções e fezes, ressaltando o exposto. dia 10 da infecção, material do trato respiratório inferior, como escarro e lavado broncoalveolar, em relação ao material biológico do trato respiratório superior, com swabs nasais e orofaríngeos (OMS, 2007). 2020; Vieira, 2020). Nesses casos, as técnicas de coleta, transporte e armazenamento das amostras até a sua análise são fundamentais para evitar a degradação do RNA contido nas amostras. O RT-PCR pode ser usado para o diagnóstico de estágios assintomáticos, pré-sintomáticos e sintomáticos de COVID-19 porque detecta diretamente a presença de componentes específicos do genoma viral nos primeiros 12 dias após o início dos sintomas. Sangue, saliva, urina e fezes também podem ser testados para o vírus, mas essas amostras geralmente não são usadas para RT-PCR, nem são preparadas de forma adequada para esse método de diagnóstico, que é o padrão-ouro. Para o 18 COVID-19, por ser muito específico, mas devido a fatores que interferem na sensibilidade, o teste pode ser repetido vários dias depois, quando o resultado for negativo e ainda houver suspeita de patologia (OMS, 2020). Para a realização do RT-PCR, a prescrição médica deve ser muito específica sobre o material biológico a ser analisado e indicar claramente que o teste requerido é o RT-PCR, e o Ministério da Saúde brasileiro recomenda que pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SARS ) e passar em RT-PCR Pessoas com resultados negativos de PCR para COVID-19 serão testadas e estudadas para outros vírus respiratórios como influenza (Brasil, 2020; OMS, 2020). Atualmente, não existem tratamentos, medicamentos, vacinas ou terapias específicos e comprovados para o COVID-19, portanto, os pacientes são tratados com controle de sintomas, repouso, ingestão de líquidos, dieta balanceada e fornecimento de ventilação com equipamentos respiratórios . Pacientes criticamente doentes (CDC, 2020; GUO et al., 2020). A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil recomendam o uso de máscaras como precaução em ambientes onde o distanciamento físico de pelo menos 1 metro não pode ser mantido ou obrigatório, a lavagem frequente das mãos com sabão e o uso de álcool para higiene é recomendado. Não há como lavar as mãos com água e sabão, manter o distanciamento social, isolar pessoas infectadas com SARS-CoV-2, evitar tocar nos olhos, nariz e boca e cobrir a boca e o nariz com o braço ou lenço ao espirrar ou tossir para ajudar a prevenir a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19 (Brasil, 2020; OMS, 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS A atual pandemia causada pelo patógeno SARS-CoV-2 mudou a vida de todos, causando problemas nos sistemas de saúde em todo o mundo e uma crise econômica global, alterando a vida social e a forma como lidamos com as doenças. vivemos em um "novo normal". O rescaldo da pandemia evidencia a necessidade de investimento em ciência e saúde, planejando e prevenindo potenciais mutações no SARS-COV-2, forma com 19 maior potencial de virulência do novo coronavírus, para prever e controlar o provável surgimento de novas curvas epidêmicas crescimento. Nesse contexto, pesquisas, pesquisas e diagnósticos laboratoriais relacionados à COVID-19 e seu patógeno, SARS-CoV-2, são essenciais para conter o desenvolvimento da COVID-19, traçar medidas preventivas e desenvolver vacinas e medicamentos para combater a COVID-19. 19 importante. SARS-CoV-2. Estudos de imagem, histórico médico, contato do paciente com pessoas infectadas e avaliação clínica auxiliam no diagnóstico, mas o padrão ouro para detectar SARS-COV-2 e diagnosticar COVID-19 é o teste laboratorial molecular RT- PCR, além de , testes sorológicos e rápidos auxiliam no diagnóstico, ressaltando a importância das análises clínicas e pesquisas laboratoriais científicas para minimizar a letalidade, controlar o crescimento do número de casos e planejar as medidas adotadas pelas unidades de saúde para conter o novo coronavírus Coronavírus, para a saúde humana. 20 REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. C et al., Monitoramento da Covid-19 e geração de alertas de aumento da taxa de transmissão. DA COVID, Relatorio Força-Tarefa de Modelagem da Covid-19, 2020. BOSCH, B. J.et al. The Coronavirus Spike Protein Is a Class I Virus Fusion Protein: Structural and Functional Characterization of the Fusion Core Complex. Journal of Virology, 77, n. 16, p. 8801-8811, 2019. BRITO, W.; Silva, J. Impactos neuropatológicos do COVID-19/Neuropathological impacts of COVID-19. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 3, p. 4227-4235, 2020. CARVALHO, A. P. C. et al. Novo coronavírus (COVID-19). Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Infectologia (2019-2021). CDC. Coronavírus Disease 2019 (COVID-19). 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/if-you-are-sick/steps-when-sick.html. Acesso em: 18 Jun. 2021. CHATE, R. C. et al. Apresentação de infecção pulmonar na TC em COVID-19: experiência inicial no Brasil. J Bras Pneumol. 2020; 46 (2): e20200121 MACEDO, Y.; ORNELLAS, J.; DO BOMFIM, H. COVID–19 NO BRASIL: o que se espera para população subalternizada?. Revista Encantar-Educação, Cultura e Sociedade, v. 2, p. 01-10, 2020. MINISTERIO DA SAÚDE: Organização Pan-Americana da Saúde; acessado: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:cov d19&Ite mid=875 17/05/2020 as 22:30 MIRANDA, W. Relatório técnico preliminar de acompanhamento das ocorrências de COVID- 19 no estado do Pará. 2020. Érgane científico da amazônia, 2020. SETTI, L., et al. Rota de transmissão aérea do COVID-19: por que 2 metros / 6 pés de distância interpessoal não eram suficientes. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17 (8), 2932. doi: 10.3390/ ijerph17082932, 2020. http://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/if-you-are-sick/steps-when-sick.html http://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/if-you-are-sick/steps-when-sick.html http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101%3Acovid19&Ite http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101%3Acovid19&Ite 21 SOUZA, M. O. D. Estudo do perfil dos exames de líquor,com diagnóstico de meningite, em um hospital de referência de Salvador. 23 dezembro 2021. Acessado: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8066 SOUSA, M. R. N. et al. Patogênese e perspectivas de tratamento para Covid-19: uma revisão. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , Itabira, v. 9, n. 7, p. e05973730, abr. 2020. VIEIRA, Luisane Maria Falci; EMERY, Eduardo; ANDRIOLO, Adagmar. COVID-19. Diagnóstico Laboratorial para Clínicos. 2020. ZHANG, W. et al. Molecular and serological investigation of COVID-19 infected patients: implication of multiple shedding routes. Emerging microbes & infections, v. 9, n. 1, p. 386- 389, 2021. https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8066
Compartilhar