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DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DO COVID-19 NO BRASIL ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES

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DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: 
ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES 
 
 
 
ARIANE CRISTINE DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camanducaia-MG 
2022 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: 
ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES 
 
 
ARIANE CRISTINE DA SILVA 
 
 
 
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção 
de Licenciatura em Ciências Biológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camanducaia-MG 
2022 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: 
ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES 
 
ARIANE CRISTINE DA SILVA 
 
Resumo: 
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo caracterizar e discutir o novo coronavírus 
a partir de aspectos clínicos, sorológicos e moleculares para o diagnóstico clínico e 
laboratorial precoce. O mundo enfrenta grandes desafios de saúde e crises 
econômicas desde 2019, e os esforços na guerra contra o COVID-19, seu patógeno, 
SARS-CoV-2, foram identificados e intensificados devido à pandemia que eclodiu 
inicialmente na China. 
Pesquisas para desenvolver vacinas e medicamentos que atuem contra o vírus, 
mesmo com os tratamentos existentes, que se espalham rapidamente e transmitem 
secreções como gotículas de espirro ou aerossóis diretamente de pessoa para pessoa 
pelo trato respiratório, também indiretamente por meio de poluentes, com sintomas 
que variam de leves resfriados a insuficiência respiratória, problemas cardíacos, 
digestivos e do sistema nervoso central. 
Nesse contexto, os órgãos de saúde vêm desenvolvendo estratégias para conter a 
disseminação da doença e o aumento epidemiológico do número de pessoas, com 
letalidade em torno de 5% no Brasil, com mais de 163 mil óbitos e mais de 6 milhões 
de casos confirmados até o momento, e à medida que os números crescem, a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento social e a higiene 
pessoal como a melhor prevenção. 
 
Palavras-Chave: COVID-19. SARS-CoV-2. Diagnóstico clínico. Laboratorial. 
 
 
 
4 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA COVID-19 NO BRASIL: 
ASPECTOS CLÍNICOS, SOROLÓGICOS E MOLECULARES. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A COVID-19 é uma doença respiratória com o primeiro caso registrado na 
China em 2019, tendo como agente causador o coronavírus SARS-CoV-2 (a segunda 
síndrome respiratória aguda grave causada pelo coronavírus), em homenagem a 
síndrome respiratória aguda grave que causa o caso atual, o vírus que causou a atual 
pandemia e desencadeou uma crise de saúde global é novo, embora tenha havido 
outros surtos relacionados ao coronavírus antes e existem muitas espécies 
semelhantes. família, SARS-CoV-2 (MIRANDA et al. 2020). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma Emergência de Saúde 
Pública de Importância Internacional (ESPII) em 30 de janeiro, e o surto de COVID-
19, que mais tarde foi considerado uma pandemia em 11 de março, também foi 
declarado como uma pandemia global. Brasil; OMS, 2020). No Brasil, o primeiro caso 
de COVID-19 começou em 26 de fevereiro de 2020, envolvendo um paulistano recém-
chegado da Itália. Apenas 11 dias após o primeiro caso, 25 pessoas foram 
confirmadas como infectadas (MACEDO et al., 2020; OMS, 2020). 
A SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é uma doença causada por 
coronavírus (CoVs), dos quais 5 são os principais tipos de CoV mais representados 
devido à sua doença leve ou grave em humanos (HCoV-OC43, HCoV-OC43, HCoV- 
HKU1, MERS -CoV, SARS-CoV e SARS-CoV-2), temos MERS-CoV, SARS-CoV. 
Em uma linha do tempo recente sobre o coronavírus, a Organização Mundial 
da Saúde foi informada em dezembro de vários casos inexplicáveis de pneumonia 
humana em Wuhan, província de Hubei, China, que mais tarde foi causada pelo 
SARS-CoV-2, daí o nome É o novo coronavírus (nCoV) (CDC, 2020; OMS, 2020). 
Há muita especulação sobre o surgimento da patologia do novo coronavírus 
e COVID-19 e como ele atingiu os humanos, mas o mais aceito é que a infecção seja 
causada por animais consumidos na China ou pelo contato com morcegos 
hospedeiros. coronavírus, infectando humanos de maneira zoonótica (CDC, 2020). O 
SARS-COV-2 faz parte de uma grande família de milhares de patógenos que são 
5 
 
conhecidos pela comunidade científica e circulam há muito tempo, geralmente 
causando apenas doença leve a moderada (MORALES, 2020). 
No entanto, nos últimos 20 anos, ocorreram surtos de coronavírus, primeiro 
no sul da China em 2002 e 2003, causados por patógenos com maior variação 
genética do que os vírus atuais, pois podem causar Síndrome Respiratória Aguda 
grave. , por exemplo, a origem do SARS-CoV e seu patógeno permanece 
desconhecida, mas suspeita-se que a infecção também seja zoonótica de morcegos 
(LI et al., 2020). 
Mais tarde, em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) 
apareceu na Jordânia, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio, e o Reino 
Unido também informou que o coronavírus humano foi nomeado Inglaterra 1, e outros 
nomes também foram usados. Como um betacoronavírus humano, até que o 
International Committee on Taxonomy of Viruses Coronavirus Study Group (CSG) 
chegou a um consenso sobre o nome MERS-CoV para facilitar a comunicação entre 
a comunidade científica e a Organização Mundial da Saúde (DE GROOT et al., 2013). 
Acredita-se também que esse novo vírus surja de infecções zoonóticas, 
contato humano com camelos e dromedários e contato com morcegos (SAQIB et al., 
2017). 
Em geral, acredita-se que os três novos coronavírus se originaram de 
hospedeiros animais, como morcegos, porcos, gatos, camelos e animais selvagens 
consumidos pela cultura humana, e surgiram principalmente por meio de spillovers 
em países asiáticos como a China. Resumindo, entre os tipos de coronavírus 
existentes, os três que causam doença grave são o SARS-CoV descoberto em 2002, 
mas não apareceu desde 2004. Também temos o MERS-CoV descoberto em 2012, 
que foi transmitido de camelos para pessoas de camelo e, finalmente, SARS-CoV-2, 
a doença que causa a atual pandemia, chamada de novo coronavírus 2019 (COVID-
19) (NIH, 2020). 
Hoje, a epidemia cresceu exponencialmente em números impressionantes e 
se espalhou para mais de 188 países e territórios, causando milhões de mortes e 
doenças, resultando em altas taxas de letalidade e morbidade, respectivamente (JHU, 
2020). A transmissão da COVID-19 surgiu desde o início, principalmente pelo contato 
direto humano a humano, principalmente por gotículas, poluentes e falta de 
compreensão da história natural da doença (CARVALHO et al., 2020). Por ser uma 
doença facilmente transmissível, e por possuir leitos hospitalares limitados, é de 
6 
 
grande preocupação para os órgãos de saúde que buscam retardar a curva 
epidemiológica da doença, que está relacionada às taxas de transmissão por contato 
social e consequente sobrecarga. acompanhado em casa (ALMEIDA et al, 2020). 
Os números estão aumentando quase exponencialmente em todo o mundo, 
em uma curva de crescimento contínuo, estabilizando em números muito altos, 
chegando ao pico, e depois diminuindo gradativamente de forma decrescente, mas 
com o aumento de casos, a possibilidade de uma segunda onda mundial, alguns 
países Seguiu-se uma curva de crescimento da COVID-19, como no Brasil, onde os 
números se estabilizaram, passando de 6 milhões de casos confirmados e 173.000 
mortes para uma taxa de letalidade de 5,0% (Brasil, 2020; OMS, 2020). 
Nesse contexto, o trabalho de conclusão deste curso visa caracterizar, 
descrever e discutir o novo coronavírus a partir de aspectos clínicos, sorológicos e 
moleculares para diagnóstico clínico e laboratorial precoce. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
Para concluir o trabalho de conclusãodeste curso, foi realizada uma revisão 
bibliográfica narrativa da literatura por meio de um levantamento de periódicos 
científicos indexados nas seguintes bases de dados: U.S. National Library of Medicine 
(PubMed/MEDLINE) e Science Online Electronic Library (Scielo) e Data Portal: 
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e Ministério da Saúde do Brasil sobre COVID-19, seu patógeno SARS-
COV-2 e aspectos relacionados a esta doença. 
Uma estratégia de busca manual também foi usada na lista de referências de 
artigos selecionados pelo banco de dados para identificar artigos elegíveis que não 
foram recuperados pela estratégia de busca. 
Foram considerados os seguintes descritores em inglês, português e 
espanhol: "COVID-19", "SARS-CoV-2" e "2019nCoV". Os artigos incluídos neste 
estudo, publicados entre janeiro de 2020 e novembro de 2020, foram selecionados 
pela relevância para esta revisão. Como critério de exclusão, optou-se por evitar 
artigos duplicados que não tenham conteúdo online completo, violem direitos 
humanos, tenham origem duvidosa ou não se enquadrem no objeto de esforços de 
censura. 
 
7 
 
3 DESENVOLVIMENTO: 
 
3.1 OS CORONAVÍRUS E O NOVO COVID-19 
A COVID-19 é uma doença causada por um vírus chamado SARS-CoV-2, que 
é chamado por ser um representante do coronavírus (CoV) por seu potencial de 
causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e é o segundo surto de SARS 
em China, daí o nome SARS-CoV-2, o primeiro SARS-CoV foi registrado como o surto 
de 2002 na China e, posteriormente, o surto de MERS-CoV no Oriente Médio em 2012 
(ZHOU et al., 2020). 
Esses três coronavírus fazem parte da ordem Nestoviridae e estão agrupados 
em quatro gêneros diferentes, a saber, Alpha-CoV, Beta-CoV, Gamma-CoV e delta 
coronavírus (Delta-CoV), dos quais apenas alfa coronavírus (Alpha-CoV) e O beta 
coronavírus (Beta-CoV) tem a capacidade de infectar mamíferos, enquanto o gama 
coronavírus (Gamma-CoV) e o Delta coronavírus (Delta-CoV) só têm a capacidade de 
infectar aves, e apenas uma variedade de Alphacoronaviruses (Alpha-CoV) e O 
betacoronavírus (Beta-CoV) de todos os coronavírus tem a capacidade de infectar 
humanos, são HCoV-229E e HCoV-NL63 são os mais representativos dos gêneros 
Alpha-CoV, enquanto HCoV-OC43, HCoV-HKU1, MERS-CoV, SARS -CoV e SARS-
CoV-2 são mais representativos dos gêneros Beta-CoV (FUNG et al. al., 2020). 
A estrutura morfológica e bioquímica do SARS-CoV-2 é semelhante a outros 
CoVs, então podemos descrever a estrutura do CoV e do SARS-COV-2, que é o ponto 
comum entre eles, o CoV possui RNA de fita simples de fita positiva com diâmetro de 
60 e Varia entre 140 nm, possui envelope protéico, consiste principalmente de 
proteína E, não é segmentado, é formado por partículas que exibem uma conformação 
espacial circular ou elíptica, muitas vezes podem exibir uma conformação polimórfica 
e possuem grandes saliências sua superfície semelhante à coroa, que é claramente 
visível à microscopia eletrônica, deu origem ao seu nome corona, que tem origem e 
significado da palavra coroa (PRAJAPAT et al., 2020). 
Essas estruturas de coroa são grandes glicoproteínas semelhantes a 
espículas de superfície chamadas de proteína S, além disso, o CoV possui outras 
proteínas que lhe conferem sua identidade, são as proteínas hemaglutinina esterase 
(HE) que medeiam o processo de ligação viral, as proteínas nucleares do capsídeo 
8 
 
(proteínas N ) e proteínas M que garantem a manutenção da forma do envelope 
(BOSCH et al., 2003; JIN et al., 2020). 
Muito antes dos três coronavírus que causaram o surto e o SARS-CoV-2 que 
causou a pandemia atual, havia outros coronavírus em circulação que apenas causam 
infecções do trato respiratório superior, como CoV HCoV-229E HCoV-NL63 e HCoV-
NL63 Causas apenas doenças respiratórias leves, como o resfriado comum, e não 
representam um grande problema de saúde pública, enquanto SARS-CoV, MERS-
CoV e SARS-CoV-2 compartilham muitas semelhanças filogenéticas e codificam 
proteínas não estruturais, como papaína (PLpro), quimotripsina-like protease 3 
(3CLpro), RNA polimerase dependente de RNA (RdRp) e helicases, todas essenciais 
para a replicação viral. 
Além da proteína spike, ou proteína S, comumente encontrada nesses três 
coronavírus, e transformando esses três vírus em vírus de interesse médico 
significativo, incluindo o SARS-CoV-2 (FUNG), que causou essa devastadora 
pandemia global et al., 2020; LIU et al., 2020; WU C. et al., 2020). 
 
3.2 PATOGENIA E FISIOPATOLOGIA 
 
O SARS-CoV-2 é capaz de infectar uma variedade de animais, incluindo 
humanos, e é altamente patogênico, portanto, o spillover pode ocorrer naturalmente, 
que neste contexto é a adaptação e transmissão do SARS-CoV-2 entre espécies e 
humanos, SARS- O CoV-2 é o terceiro coronavírus a atravessar as barreiras das 
espécies e contaminar humanos nos últimos 20 anos e, portanto, é considerado um 
vírus zoonótico, com pelo menos 7 dos coronavírus mais conhecidos capazes de 
causar doenças respiratórias em humanos porque o SARS-CoV-2 é um vírus cujo 
material genético é constituído por RNA e possui maior capacidade de recombinação 
genética (VIEIRA, 2020). 
O SARS-CoV-2 entra nas células através da proteína S (Spike), liga-se às 
células com receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e a proteína 
Spike então se divide, permitindo a endocitose viral, através da fusão da membrana 
viral com a membrana celular , que posteriormente pode liberar material genético viral 
dentro das células humanas, o que desencadeia a produção de mediadores 
inflamatórios, aumenta as secreções e provoca inflamação que causa manifestações 
clínicas (SERRA, 2020; Vieira, 2020). 
9 
 
Em geral, a entrada da infecção por SARS-CoV-2 ocorre principalmente pelo 
trato respiratório superior, que pode ser leve ou assintomático no início, e 
posteriormente pode desenvolver infecção por algumas vias, se enraizar nos pulmões 
e entrar no trato digestivo , seja para dois Ou, outros órgãos, porque várias células do 
corpo possuem receptores para SARS-CoV-2. 
Como receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), em outros 
casos mais graves, o vírus pode descer para o trato respiratório inferior, viajar pela 
árvore traqueobrônquica até os pulmões, infectar o epitélio ciliado e, finalmente, 
infectar as células pulmonares, ACE2 Os receptores são o principal receptor para 
SARS-CoV-2, mas o vírus também pode se ligar a células dendríticas expressando 
duas lectinas do tipo C, DC-SIGN e LSIGN, e o receptor DPP4, que pode ser 
encontrado em muitos tipos de células. como células epiteliais brônquicas não 
ciliadas, células endoteliais vasculares a este nível, células epiteliais alveolares e 
outras células epiteliais das vias aéreas superiores (VIEIRA, 2020). 
A inflamação e a infecção são exacerbadas em pacientes porque o sistema 
nervoso central, músculo cardíaco, fígado e rins têm receptores ACE2, assim como 
os receptores DPP4, intestino delgado, rins, pâncreas, próstata e fígado e glóbulos 
brancos ativados, saúde mais grave A condição pode ser desencadeada por uma 
"tempestade de citocinas" que ocorre durante a fase aguda da doença, que ocorre 
devido à produção e liberação de citocinas e quimiocinas, sendo estas responsáveis 
pelo efeito patogênico. 
Essas citocinas e quimiocinas desencadeiam uma resposta inflamatória no 
pulmão levando à pneumonia viral, que é descrita na maioria dos casos de infecção 
do trato respiratório inferior, processo inflamatório que atinge o endotélio vascular, 
podendo ser exacerbado por infecções oportunistas, que podem ser associada a uma 
infecção bacteriana com uma infecção viral, o que pode piorar o quadro clínico. 
A microvasculatura pode ter complicações, acometidas por endotelite, o 
endotélio fica inflamado e, portanto, mais citocinas inflamatórias são liberadas, 
seguidas da produção de fibrinavia fibrinogênio, microtrombos e agregação 
plaquetária nos pulmões são inevitáveis, outros órgãos receptores SARS-CoV-2 
também pode ser afetado, de modo que pode ocorrer trombose de grandes vasos, 
também conhecida como coagulação intersticial disseminada ou coagulação 
intravascular disseminada, com isso, vasos sanguíneos e órgãos podem ser 
gravemente afetados, levando à morte (JUNIOR, 2020; SERRA, 2020). 
10 
 
A complexa fisiopatologia da coagulopatia na infecção por SARS-CoV-2 surge 
da inter-relação entre componentes da resposta imune inata, células do sistema 
hemostático e componentes plasmáticos, que induzem a produção de citocinas. 
devido à exacerbação das trocas gasosas e inflamação pulmonar, que estimula a 
fibrinólise pulmonar e produz um aumento do dímero D, que pode ser detectado, ou 
seja, no tecido. Aumentar a expressão do fator. 
É um importante ativador do sistema hemostático, e a ativação de plaquetas 
e mais componentes leucocitários acaba levando a um desequilíbrio na produção de 
trombina, o que leva à deposição de fibrina produzindo microangiopatia e dano 
tecidual, D-dímero, devido à degradação da fibrina. , portanto, trombocitopenia 
(SERRA, 2020). 
Você pode ver isso nos primeiros resultados da autópsia, onde você pode ver 
coágulos amplamente distribuídos em vários órgãos, coágulos podem ser 
encontrados em grandes vasos sanguíneos, incluindo trombose venosa profunda, 
pernas, embolia pulmonar, coração Coágulos na área, tudo bem nessa área. A 
miocardite ocorre, os acidentes vasculares cerebrais são causados por coágulos 
sanguíneos nas artérias, pequenos coágulos também são encontrados nos vasos 
sanguíneos e em órgãos por todo o corpo, complicações como arritmias graves, 
choque, piora da função neurológica e danos aos órgãos reguladores do coração e 
dos pulmões centros do tronco cerebral Ocorre também que o quadro clínico de 
pacientes com síndrome de doença de múltiplos órgãos pode se tornar grave e 
irreversível, levando à morte inevitável (DIAZ-RODRIGUEZ, 2020; SERRA, 2020). 
Além de um terço dos pacientes necessitarem de internação em unidade de 
terapia intensiva, os casos de síndrome respiratória grave aumentaram de 17% a 29% 
desde o diagnóstico, segundo o primeiro estudo apresentado no curso da doença, em 
10% dos pacientes em uso mecânico ventilação e (3%) 4% em oxigenação 
extracorpórea (ECMO), outros para infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal 
aguda e pneumonia (CARVALHO et al., 2020). 
Em pacientes com COVID-19, o vírus pode atingir a circulação do sistema 
nervoso central para causar danos epiteliais, além de alterar a barreira 
hematoencefálica, também pode atingir células gliais e odores neuronais por meio de 
receptores ACE2, e o aumento da inflamação também leva à integridade A barreira 
hematoencefálica está rompida (BRITO et al., 2020). 
 
11 
 
4 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL 
 
Pacientes infectados por SARS-COV-2 e infectados por COVID-19 
normalmente desenvolvem manifestações clínicas com ou sem período de incubação, 
que na grande maioria dos casos é em média de 5 a 7 dias, podendo a média variar 
de 2 a 14 dias (GUAN et. al., 2020). 
Como resultado, os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sinais 
e sintomas comuns do vírus, como febre, tosse, fadiga, coceira ou dor de garganta, 
diarreia, pneumonia e sinais e sintomas associados à insuficiência respiratória, como 
falta de ar. , dispneia, tom baixo à ausculta, percussão. 
Embotamento (sons pulmonares ou percussão monótonos e indistintos, 
possivelmente efusão), exame dos sons pulmonares com auxílio da ausculta, 
elevação dos tremores táteis e alívio da fala, causados pela ação de pró-inflamatórios 
citocinas e exacerbados pela inflamação na tentativa de eliminação do vírus, e em 
alguns casos outros sons, como vocalizações brônquicas e estertores úmidos, podem 
ser identificados com auxílio da ausculta pulmonar, e as manifestações clínicas da 
infecção podem ser leves, graves, ou mesmo crítico com infecção Choque sexual, 
insuficiência respiratória e falência múltipla de órgãos (CHAN et al, 2020; WU; 
MCGOOGAN, 2020). 
No entanto, com exceção dos grupos de alto risco ou com algumas 
comorbidades, a grande maioria dos pacientes tem apresentações clínicas mais leves, 
o que pode levar a maiores atrasos na remissão da doença, maior tempo de 
internação de 14 a 21 dias ou até mesmo óbito, e por aqueles sem febre Os pacientes 
também não podem descartar infecção, pois muitos são diagnosticados sem 
apresentar sintomas (FUNG et al., 2020). 
Nos casos respiratórios, o metabolismo anaeróbio é induzido pelo aumento 
dos exsudatos inflamatórios alveolares e intestinais devido à hipóxia, e o SARS-CoV-
2 induz uma tempestade de citocinas que libera essas citocinas pró-inflamatórias 
interleucina (IL) 6, IL 12 , IL 15 e necrose tumoral fator alfa, enquanto manifestações 
clínicas de encefalopatia, agitação e sinais do trato corticoespinhal são mais 
frequentemente observadas em complicações neurológicas em pacientes com 
infecção por SARS-CoV-2 (MORIGUCHI et al, 2020). 
12 
 
O SARS-COV-2 é uma infecção respiratória aguda, portanto, a principal fonte 
de sua transmissão são as secreções do sistema respiratório, como escarro, gotículas 
de espirro, aerossóis e contato direto com pessoas ou pacientes infectados, 
independentemente dos sintomas, por isso é Acredita-se que a patologia seja 
transmissão direta, ou seja, transmissão de humano para humano, embora o vírus 
tenha sido encontrado em amostras de swab retal e sangue, sugerindo outras vias de 
transmissão além da letalidade, virulência e velocidade de transmissão. , atestando a 
causa da preocupação mundial e de órgãos de saúde com essa doença (FAN et al., 
2020). 
No entanto, a chance de transmissão através de pacientes assintomáticos é 
descrita como baixa, mas sabe-se que a principal forma de contágio ocorre entre 
pessoas do mesmo domicílio ou ambiente de trabalho, trabalhando em grupos 
pertencentes à chamada população essencial, ou lutando COVID-19 -19 Frontline, por 
profissionais de saúde, a exposição a objetos, superfícies ou qualquer meio 
contaminante apresenta alto risco de contaminação indireta para qualquer pessoa 
(VAN DOREMALEN et al. 2020). 
Estudos relacionados ao SARS-COV-2 relataram que o vírus pode 
permanecer infeccioso e sobreviver por até 3 horas em gotículas e aerossóis 
dispersos no ambiente por pacientes infectados, característica de transmissão 
indireta, maior ou menor chance de infecção. A infecção por contaminantes, que 
ocorre em termos como a quantidade e a espessura das secreções liberadas, e a 
localização e o tipo de superfícies de onde os materiais são secretados, definem assim 
o tempo variável de sobrevivência dos vírus fora dos organismos vivos como 
indivíduos em humanos. O novo coronavírus pode se manter vivo em madeira, 
papelão, vidro, podemos destacar o aço inoxidável e o plástico como superfícies para 
sobrevivência prolongada, podendo ficar infectado por até 72 horas (ZHANG et al., 
2020; CDC, 2020). 
A OMS e o governo adotaram uma distância física padrão de 1 a 2 metros 
porque pesquisas mostraram que as gotículas que transmitem o SARS-CoV-2 estão 
ao redor do nariz e da boca, onde o vírus pode se espalhar. Distâncias maiores 
dependem de maior ventilação (BUONANNO, 2020; STABILE, 2020; MORAWSKA, 
2020). O SARS-CoV-2 demonstrou ter maior estabilidade e presença de vírus vivos 
no ambiente em comparação ao SARS-CoV, com base em trabalho de campo em 
hospitais na China e na Itália (SETTI et al., 2020). 
13 
 
Dado o perigo de contágio por SARS-CoV-2, o Ministério da Saúde brasileiro 
enfatizou a necessidade de distanciamento social e uso de máscaras em ambientes 
públicos, estados apoiam obrigações baseadas em decretos para minimizar o risco 
de transmissão de gotículas em superfícies e lavagem das mãos com sabão é 
recomendado ao tocar em superfíciesque possam estar contaminadas com SARS-
CoV-2, que pode ser desinfetada com água sanitária e álcool gel em ambientes 
públicos e para trabalho privado (Brasil, 2020). 
Pacientes idosos com comorbidades: diabetes, doença pulmonar crônica, 
câncer, doença cardiovascular e pacientes imunocomprometidos têm maior 
probabilidade de desenvolver doença grave e podem ser internados em terapia 
intensiva após contaminação com novo COVID-19 devido a complicações após a 
segunda semana de doença, com possível risco de exacerbação e deterioração 
clínica. O hospedeiro é sintomático por uma média de 5 dias, e os pacientes com 
essas comorbidades podem vir a óbito (SOUSA et al., 2020). Vivemos momentos em 
que nosso cotidiano é interrompido por vírus que causam sintomas como tosse, febre, 
dor de garganta, síndrome respiratória aguda grave e pneumonia (CARVALHO et al. 
2020). 
Por isso, o Ministério da Saúde e a OMS recomendam distanciamento social, 
uso de máscaras, colocação das mãos na boca ao tossir, esterilidade, higiene 
pessoal, uso de álcool em gel e lavagem das mãos e superfícies potencialmente 
infectadas como principais modos de transmissão. Para evitar a propagação da 
doença SARS-COV-2 e COVID-19, considerando que todas as pessoas são 
potencialmente infecciosas, comunicadoras da doença, e possivelmente até 
assintomáticas, esse grupo de assintomáticos, sintomáticos e assintomáticos A 
impossibilidade de os pacientes serem registrados como infectados é de grande 
preocupação para os órgãos de saúde, pois não têm acesso nem aos dados 
epidemiológicos e há risco de transmissão para a população (OMS, 2020). 
Também conhecidos em inglês como "tele Laboratory Tests" (TLR) ou Point-
of-Care Tests (POCT), são testes realizados por técnicas imunocromatográficas em 
que se utiliza um método manual para pesquisar anticorpos em soro, sangue total ou 
plasma, com execução rápida A vantagem de usar um cassete, ou seja, um único 
aparelho que fornece resultados, varia de 10 a 30 minutos, dependendo do fabricante, 
esses testes podem apresentar algumas deficiências de desempenho que são de 
responsabilidade do fabricante. 
14 
 
Há também testes rápidos para estudos de antígenos virais, que utilizam 
material biológico coletado das narinas e garganta, que são menos eficientes que os 
testes moleculares, e as diferenças de desempenho dos testes rápidos existentes se 
devem a diversos aspectos técnicos, como a detecção do coronavírus antígenos. Tipo 
de processo de purificação em que não ocorre a perda de seu formato tridimensional 
para ser adequadamente reconhecido pelos anticorpos de modo a preservar a 
qualidade do antígeno, o grau desejado de sensibilização da superfície, aspectos de 
transporte, qualidade do reagente, armazenamento, etc. (VIEIRA, 2020). 
A produção de anticorpos (produção de anticorpos) em resposta a estímulos 
antigênicos ocorre como uma resposta individual, portanto, a quantidade de 
anticorpos produzidos é variável e, no caso da infecção por SARS-CoV, esses 
anticorpos são detectados em momentos diferentes - 2, afirma a maioria da literatura 
, essa produção demora cerca de 7 a 8 dias e depois podem ser detectadas por um 
teste rápido, a janela imunológica, mas isso é variável e pode demorar mais ou menos 
dependendo de cada paciente, então é preciso dar mais atenção à janela imunológica 
, pois este é o intervalo de tempo entre a contaminação e a detecção laboratorial de 
anticorpos (VIEIRA, 2020). 
Até o momento, não se pode afirmar se os anticorpos formados constituem 
uma defesa eficaz contra uma possível reinfecção, dependendo do tempo de 
exposição do paciente ao antígeno do novo coronavírus, ou seja, da duração da 
imunidade em casos positivos, portanto, o papel da rápida sorologia teste permanece 
Em estudos de sua validade, os resultados não reativos não excluem a possibilidade 
de infecção por SARS para diagnósticos individuais relacionados ao tempo que um 
paciente foi exposto ao COVID-19. -Coronavírus-2. 
Testes sorológicos e moleculares adicionais podem ser realizados para 
confirmar o diagnóstico, bem como resultados reativos que podem levar a uma falsa 
sensação de segurança sobre a reexposição ao vírus, seu uso hoje no contexto da 
pandemia de COVID-19, no contexto da saúde pública Muito relevante para testagem 
em larga escala de inquéritos sorológicos populacionais (AMANAT, 2020). A OMS 
recomenda o uso de testes rápidos para COVID-19 apenas para fins epidemiológicos 
e não para fins diagnósticos, podendo também ser útil no diagnóstico da infecção por 
SARS-CoV em casos de não resposta ao teste RT-PCR -2 (AMANAT et al. , 2020; 
CHATE, 2020). 
15 
 
O uso de testes rápidos é limitado devido à janela imunológica, período 
durante o qual o organismo ainda está preparando uma resposta imune. Exames 
como radiografia de tórax e tomografia computadorizada podem ser usados para 
auxiliar no diagnóstico e podem mostrar opacidades em vidro fosco periféricas 
assimétricas na ausência de derrame pleural (LI, 2020; XIA, 2020). 
Não pode ser usado como base para orientar o diagnóstico e pode ser 
baseado apenas nos sintomas mais graves, como falta de ar e pneumonia, pois sabe-
se que existem pacientes assintomáticos ou mais leves, que representam a grande 
maioria dos SARS-COV -2, portanto, não é possível Representa um quadro 
epidemiológico confiável, apenas em pacientes com manifestações clínicas e 
sintomas mais graves, pois acredita-se que mais de 80% dos infectados não são 
diagnosticados por falta de sintomas específicos, em toda a população que podem 
estar infectados ou desenvolver sintomas, e falta de testes em massa, esses casos 
não documentados podem ultrapassar 80% e se tornar uma fonte potencial de 
infecção (GUAN et al., 2020; LI et al., 2020). 
O ELISA (ensaio imunossorvente ligado à enzima) é o principal teste 
sorológico usado para detectar anticorpos contra COVID-19. Na tecnologia ELISA, 
anticorpos das classes IgA, IgM e IgG contra SARS-CoV-2 podem ser detectados e 
em pacientes com COVID-19. detecção de anticorpos IgA parece ser mais sensível 
do que IgM, com taxas positivas de 92,7% e 85,4%, respectivamente, e a partir do dia 
5, esses anticorpos podem ser detectados na fase aguda da doença, e pacientes 
infectados com SARS-CoV- 2 podem Sintomas e sinais presentes, mas podem ser 
positivos cruzados devido a infecção por outros vírus ou vacinação contra influenza, 
anticorpos IgG detectam sintomas por 10-18 dias, taxa de positividade é de 67-78%, 
teste rápido (imunocromatografia) também detecta IgM e Anticorpos da classe IgG 
com 87% de sensibilidade e 91% de especificidade (PACHECO et al., 2020). 
Existe outro teste rápido, o Teste de Fluxo Lateral Rápido VivaDiagTM 
COVID-19 IgM/IgG (LFIA), usado na Itália, não reage de forma cruzada com outros 
coronavírus, mas é testado em pacientes com sensibilidade inferior a 20% PCR 
positivo (DIAS et al., 2020; PACHECO et al., 2020). 
Testes sorológicos de outros métodos convencionais, como químico ou 
eletroluminescência, podem ser utilizados, porém o ELISA é o teste mais utilizado 
mundialmente, porém esses testes são utilizados de acordo com sua adequação 
clínica e temporalidade, que possuem maior sensibilidade, valor preditivo positivo os 
16 
 
testes têm resultados mais elevados, mas devido ao baixo valor preditivo negativo da 
fase aguda da doença (geralmente compreendida nos primeiros 7 dias de início dos 
sintomas), esses testes não podem ser usados como método para descartar patologia 
em pacientes sintomáticos Sintomas e sinais estão disponíveis. 
Para auxiliar no diagnóstico tardio da doença, para aqueles com 
manifestações clínicas de piora respiratória sem etiologia confirmada e presença de 
positividade de IgG como confirmação (DIAS et al, 2020). 
O padrão ouro para o diagnóstico de COVID-19 é a transcrição reversa, 
seguida pela reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR),que 
usa RT-PCR (amplificação em tempo real) para confirmar o diagnóstico de COVID-
19, mas existem outros testes como testes rápidos, testes sorológicos, exames de 
imagem, juntamente com avaliação do estado clínico do paciente, sinais e sintomas e 
histórico médico e histórico do paciente podem levar a um diagnóstico inicial (AI et al., 
2020; AMANAT et al., 2020 ; OMS, 2020). 
Os métodos baseados em reação em cadeia da polimerase, com transcrição 
reversa e reações de amplificação em tempo real (RT-PCR em tempo real ou RT-
qPCR), são os mais adequados para a detecção do vírus SARS-CoV-2, com essa 
tecnologia, o RNA viral pode ser identificado, os genes considerados para 
identificação incluem: N, E, S e RdRP, um protocolo internacional desenvolvido pelo 
Charité Institute/Berlim e recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS/OMS), utilizado na maioria dos países, e laboratório inicial confirmação 
baseou-se na detecção de dois marcadores genéticos, mas dada a alta taxa de 
transmissão do vírus, atualmente a confirmação pode ser feita testando um único 
marcador genético (OMS, 2020). 
O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que o gene alvo seja o gene E, 
devido à sua maior sensibilidade, portanto, a recomendação para casos confirmados 
laboratorialmente é testar dois marcadores genéticos diferentes (ex: gene E seguido 
do gene RdRP, conforme descrito em o protocolo Charité), uma vez que o vírus se 
estabeleceu e se espalhou em uma região ou país, a PCR para dois genes não é mais 
necessária, e apenas um gene pode ser testado para confirmação. (De Almeida, 2020; 
Vieira, 2020). 
A sensibilidade do gene E é um pouco maior que a do gene RdRP, por isso o 
Ministério da Saúde recomenda que o gene E seja preferido como marcador, e há 
também um teste molecular rápido para processamento na plataforma automatizada 
17 
 
GeneXpert (Cepheid) , o mesmo usado no teste rápido de TB online , o ensaio fornece 
detecção qualitativa in vitro do ácido nucleico do SARS-CoV-2 por PCR automatizado 
em tempo real para genes E e N2 em swabs nasofaríngeos e amostras de aspirado 
ou lavagem nasal. No caso da infecção por COVID-19, o diagnóstico laboratorial 
molecular da COVID-19 em seus estágios iniciais pode ser realizado com material 
coletado do trato respiratório superior, nasofaringe e orofaringe, e também do trato 
respiratório inferior. , aspirado traqueal ou amostras de lavado broncoalveolar e com 
base na detecção de ácidos nucleicos virais específicos (AMANNAT et al., 2020). 
Para realizar o RT-PCR é necessário copiar o material genético do SARS-
CoV-2, por se tratar de um vírus de RNA, e para reconhecê-lo é necessário gerar uma 
fita complementar de DNA (cDNA), que é obtidos pela ação da transcriptase reversa, 
inserir dois primers após a transcrição reversa para promover a amplificação dos dois 
genes alvos, com sondas complementares, pode-se observar o conteúdo molecular 
correspondente ao agente infeccioso alvo, no Brasil, há um entrave para a uso em 
larga escala de RT-PCR, testes e número insuficiente de dispositivos, entre esses 
obstáculos está também o fato de que esse tipo de teste é um método mais valioso e 
trabalhoso do que o teste manual, por isso há um grande exame final, mas isso 
também acontece em uma rede privada, o laboratório central (LACEN), é a referência 
para a realização desses testes moleculares na rede pública brasileira (VIEIRA, 2020). 
O RT-PCR é um teste com alta especificidade e sensibilidade, mas sua 
sensibilidade pode variar de acordo com algumas variáveis pré-analíticas, como 
estágio da infecção e carga viral em secreções e fezes, ressaltando o exposto. dia 10 
da infecção, material do trato respiratório inferior, como escarro e lavado 
broncoalveolar, em relação ao material biológico do trato respiratório superior, com 
swabs nasais e orofaríngeos (OMS, 2007). 2020; Vieira, 2020). 
Nesses casos, as técnicas de coleta, transporte e armazenamento das 
amostras até a sua análise são fundamentais para evitar a degradação do RNA 
contido nas amostras. O RT-PCR pode ser usado para o diagnóstico de estágios 
assintomáticos, pré-sintomáticos e sintomáticos de COVID-19 porque detecta 
diretamente a presença de componentes específicos do genoma viral nos primeiros 
12 dias após o início dos sintomas. 
Sangue, saliva, urina e fezes também podem ser testados para o vírus, mas 
essas amostras geralmente não são usadas para RT-PCR, nem são preparadas de 
forma adequada para esse método de diagnóstico, que é o padrão-ouro. Para o 
18 
 
COVID-19, por ser muito específico, mas devido a fatores que interferem na 
sensibilidade, o teste pode ser repetido vários dias depois, quando o resultado for 
negativo e ainda houver suspeita de patologia (OMS, 2020). 
Para a realização do RT-PCR, a prescrição médica deve ser muito específica 
sobre o material biológico a ser analisado e indicar claramente que o teste requerido 
é o RT-PCR, e o Ministério da Saúde brasileiro recomenda que pacientes com 
síndrome respiratória aguda grave (SARS ) e passar em RT-PCR Pessoas com 
resultados negativos de PCR para COVID-19 serão testadas e estudadas para outros 
vírus respiratórios como influenza (Brasil, 2020; OMS, 2020). 
Atualmente, não existem tratamentos, medicamentos, vacinas ou terapias 
específicos e comprovados para o COVID-19, portanto, os pacientes são tratados com 
controle de sintomas, repouso, ingestão de líquidos, dieta balanceada e fornecimento 
de ventilação com equipamentos respiratórios . Pacientes criticamente doentes (CDC, 
2020; GUO et al., 2020). 
A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil 
recomendam o uso de máscaras como precaução em ambientes onde o 
distanciamento físico de pelo menos 1 metro não pode ser mantido ou obrigatório, a 
lavagem frequente das mãos com sabão e o uso de álcool para higiene é 
recomendado. 
Não há como lavar as mãos com água e sabão, manter o distanciamento 
social, isolar pessoas infectadas com SARS-CoV-2, evitar tocar nos olhos, nariz e 
boca e cobrir a boca e o nariz com o braço ou lenço ao espirrar ou tossir para ajudar 
a prevenir a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19 (Brasil, 2020; 
OMS, 2020). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A atual pandemia causada pelo patógeno SARS-CoV-2 mudou a vida de 
todos, causando problemas nos sistemas de saúde em todo o mundo e uma crise 
econômica global, alterando a vida social e a forma como lidamos com as doenças. 
vivemos em um "novo normal". 
O rescaldo da pandemia evidencia a necessidade de investimento em ciência 
e saúde, planejando e prevenindo potenciais mutações no SARS-COV-2, forma com 
19 
 
maior potencial de virulência do novo coronavírus, para prever e controlar o provável 
surgimento de novas curvas epidêmicas crescimento. 
Nesse contexto, pesquisas, pesquisas e diagnósticos laboratoriais 
relacionados à COVID-19 e seu patógeno, SARS-CoV-2, são essenciais para conter 
o desenvolvimento da COVID-19, traçar medidas preventivas e desenvolver vacinas 
e medicamentos para combater a COVID-19. 19 importante. SARS-CoV-2. 
Estudos de imagem, histórico médico, contato do paciente com pessoas 
infectadas e avaliação clínica auxiliam no diagnóstico, mas o padrão ouro para 
detectar SARS-COV-2 e diagnosticar COVID-19 é o teste laboratorial molecular RT-
PCR, além de , testes sorológicos e rápidos auxiliam no diagnóstico, ressaltando a 
importância das análises clínicas e pesquisas laboratoriais científicas para minimizar 
a letalidade, controlar o crescimento do número de casos e planejar as medidas 
adotadas pelas unidades de saúde para conter o novo coronavírus Coronavírus, para 
a saúde humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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