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Impacto da Dieta em Crianças Autistas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO VICTOR FERNANDES ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPACTO DA DIETA E HÁBITOS ALIMENTARES NA CONDIÇÃO BUCAL DE 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2023 
 
 
JOÃO VICTOR FERNANDES ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPACTO DA DIETA E HÁBITOS ALIMENTARES NA CONDIÇÃO BUCAL DE 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso na 
modalidade de Artigo apresentado ao 
curso de graduação em odontologia, da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito parcial à obtenção 
do título de bacharel em odontologia 
 
Orientadora: Profa. Dra. Isabelita Duarte 
Azevedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2023 
 
 
Esta obra está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 
Internacional. Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu 
trabalho, mesmo comercialmente, desde que creditem a você pela criação original. 
Link dessa licença: creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode 
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - 
Departamento de Odontologia – DOD 
 
 Rocha, João Victor Fernandes. 
 Impacto da dieta e condições bucais de crianças e adolescentes 
com transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática / 
João Victor Fernandes Rocha. - Natal, 2023. 
 33 f. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (graduação) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências 
da Saúde, Curso de Graduação em Odontologia. 
 Orientação: Profa. Dra. Isabelita Duarte Azevedo. 
 
 
 1. Transtorno do Espectro Autista - TCC. 2. Dieta - TCC. 3. 
Saúde Bucal - TCC. 4. Crianças - TCC. 5. Adolescentes - TCC. I. 
Azevedo, Isabelita Duarte. II. Título. 
 
 
 
RN/UF/BSO BLACK D27 
 
 
 
 
 
Elaborado por MONICA KARINA SANTOS REIS - CRB-15/393 
 
 
 
JOÃO VICTOR FERNANDES ROCHA 
 
 
 
 
IMPACTO DA DIETA E HÁBITOS ALIMENTARES NA CONDIÇÃO BUCAL DE 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso na 
modalidade de Artigo apresentado ao 
curso de graduação em odontologia, da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito parcial à obtenção 
do título de bacharel em odontologia. 
 
 
 
Aprovada em: 14/11/2023 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
Profa. Dra. Isabelita Duarte Azevedo 
Orientadora 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
Profa. Dra. Patrícia Bittencourt Dutra dos Santos 
Membro interno 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
Profa. Dra. Renata Saraiva Guedes 
Membro interno 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
3 
 
 
 
 
 
 
Revisão Sistemática 
 
João Victor Fernandes Rocha 1, Ítalo Gustavo Martins Chimbinha 2*, 
Isabelita Duarte Azevedo 3, Renata Saraiva Guedes 4 
1 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte- UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
2 Programa de Pós-Graduação em Odontologia/ Universidade Federal de 
Brasília- UNB, Brasília, Distrito Federal, Brasil. 
3 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte- UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
4 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte- UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
... 
*Autor Correspondente: João Victor Fernandes Rocha, Departamento de 
Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do 
Norte, Brasil. 55 (84) 99802-3693, joaovicttor97@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:joaovicttor97@hotmail.com
4 
 
 
 
 
IMPACTO DA DIETA E HÁBITOS ALIMENTARES NA CONDIÇÃO BUCAL DE 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
IMPACT OF DIET AND EATING HABITS ON THE ORAL CONDITION OF 
CHILDREN AND ADOLESCENTS WITH AUTISM SPECTRUM DISORDER: A 
SYSTEMATIC REVIEW 
 
João Victor Fernandes Rocha1 
Ítalo Gustavo Martins Chimbinha2 
Isabelita Duarte Azevedo3 
Renata Saraiva Guedes4 
 
RESUMO 
 
Objetivo: avaliar a influência da dieta e dos hábitos alimentares na condição bucal em 
crianças e adolescentes com transtorno espectro autista (TEA). Métodos: Uma revisão 
sistemática foi conduzida de acordo com checklist PRISMA (nº PROSPERO: ID 
476966). A estratégia de busca utilizou a combinação de palavras: autismo, dieta, 
hábitos alimentares, condição bucal, crianças e adolescentes, e foi aplicada nas bases 
de dados eletrônicas Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Sciences, Lilacs e 
Scielo. Os critérios de elegibilidade incluíram crianças e adolescentes com transtorno 
espectro autista entre 0 e 12 anos. Enquanto, revisões de literatura foram excluídas. 
Não houve restrição de idioma e ano de publicação. A coleta de dados foi realizada 
por três examinadores independentes e ocorreu com práticas sistematizadas. A 
avaliação da qualidade dos estudos foi o Joanna Briggs Institute critical appraisal 
checklist SIGN (JBI) e averiguada a aderência do artigo ao Preferred Reporting Items 
for Systematic Reviews and Meta Analyses (PRISMA). Resultados: Foram 
identificados 461 artigos nas bases de dados. Entretanto restaram 12 estudos 
transversais, 2 estudos de coorte, 3 estudos autodenominados caso-controle, 1 série 
de casos, 1 qualitativo e 1 revisão sistemática para leitura completa. Os artigos 
incluídos concentram-se na língua inglesa, entre 2007 e 2022, e apenas 1 estudo foi 
considerado de alta ou moderada qualidade. Conclusão: Esta revisão sistemática 
encontrou apenas estudos que associam consumo de açúcar e doenças bucais. Não 
existe estudos sobre hábitos alimentares e condição bucal em crianças com transtorno 
 
1 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, 
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
2 Programa de Pós-Graduação em Odontologia/ Universidade Federal de Brasília- UNB, 
Brasília, Distrito Federal, Brasil. 
3 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, 
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
4 Departamento de Odontologia/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, 
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 
*Autor Correspondente: João Victor Fernandes Rocha, Departamento de Odontologia/ 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 55 (84) 
99802-3693, joaovicttor97@hotmail.com 
 
mailto:joaovicttor97@hotmail.com
5 
 
 
 
 
de espectro autista. Observou-se que apenas um estudo apresentou alta qualidade 
metodológica e sua conclusão foi que não existe diferença de exposição de açúcar e 
ocorrência de cárie entre crianças atípicas e típicas. 
 
Palavras-chave: transtorno espectro autista; condição bucal; dieta; crianças; 
adolescentes. 
 
ABSTRACT 
 
Objective: to evaluate the influence of diet and eating habits on the oral condition of 
children and adolescents with autism spectrum disorder (ASD). Methods: A systematic 
review was conducted according to the PRISMA checklist (PROSPERO no.: ID 
476966). The search strategy used the combination of words: autism, diet, eating 
habits, oral condition, children and adolescents, and was applied to the electronic 
databases Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Sciences, Lilacs and Scielo. 
Eligibility criteria included children and adolescents with autism spectrum disorder 
between 0 and 12 years old. Meanwhile, literature reviews have been restored. There 
wereno restrictions on language or year of publication. Data collection was carried out 
by three independent examiners and occurred using systematized practices. The 
quality of the studies was assessed using the Joanna Briggs Institute Critical Appraisal 
Checklist SIGN (JBI) and the article's adherence to the Preferred Reporting Items for 
Systematic Reviews and Meta Analyzes (PRISMA) was checked. Results: 461 articles 
were identified in the databases. However, 12 cross-sectional studies, 2 cohort studies, 
3 self-styled case-control studies, 1 case series, 1 qualitative and 1 systematic review 
remained for complete reading. The articles included were concentrated in the English 
language, between 2007 and 2022, and only 01 study was considered of high or 
moderate quality. Conclusion: This systematic review only found studies that associate 
sugar consumption and oral diseases. There are no studies on eating habits and oral 
condition in children with autism spectrum disorder. It should be noted that only one 
study presented high methodological quality and its conclusion was that there is no 
difference in sugar exposure and the occurrence of cavities between atypical and 
typical children. 
 
Keywords: autism spectrum disorder; oral condition; diet; children; adolescents. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) trata-se de um neurodesenvolvimento 
atípico que pode comprometer a deficiência intelectual e linguagem funcional (OMS, 
2023). Indivíduos com TEA podem ter prejuízos na interação social, comunicação e 
repetição de estereótipos comportamentais (Kholood et al., 2020; Amonkar et al., 
2021; Bougeard et al., 2021). 
Crianças e adolescentes com TEA podem apresentar comportamentos 
restritivos, ritualísticos e com seletividade sensorial, que afetam diretamente sua dieta 
e seus hábitos alimentares (Page et al., 2022; Peretti et al., 2019). A seletividade 
alimentar e/ou sensibilidade sensorial pode ser baseada na cor, apresentação, cheiro, 
temperatura e textura da comida (Nimbley et al., 2022; Chaware et al., 2021; 
Rodrigues et al., 2023; Page et al., 2022). Estudos mostram que crianças com TEA 
6 
 
 
 
 
apresentam maior sel0etividade alimentar quando comparadas às crianças típicas e 
que esse comportamento pode ter associação ao estado nutricional (Bandini et al., 
2019; Marí-bauset et al., 2014; Chistol et al., 2018). 
Outro fator importante, descrito na literatura, relata que a textura e a 
consistência dos alimentos são a razão principal para a ocorrência de recusa alimentar 
(Nimbley et al., 2022; Rodrigues et al., 2023; Page et al., 2022). Em alguns casos, a 
dieta pode ser restrita e excluir todos os vegetais e frutas (Chistol et al., 2018). 
Pesquisas demonstram que crianças menores de 6 anos têm preferência de consumo 
de leite e derivados, frango frito, refrigerante e suco adoçado. Enquanto crianças 
maiores de 6 anos preferem doces, salgados e guloseimas, óleos e gorduras e cereais 
e tubérculos, além de carne bovina (Rodrigues et al., 2023). 
Além disso, observa-se a importância do cumprimento de rituais com 
utensílios ou sequência para o consumo dos alimentos (Peretti et al., 2018). Outros 
estudos sugerem a importância da restrição alimentar com a exclusão de proteínas 
possivelmente alergênicas, como o glúten e a caseína, devido aos problemas 
gastrointestinais e má absorção (Kittana et al., 2023). 
Essas limitações e dificuldades na alimentação como a sensibilidade 
sensorial, rejeição ao novo e alteração da rotina alimentar podem influenciar a 
saúde bucal (Bottan et al., 2020). Lanches frequentes e o consumo de bebidas 
açucaradas ao longo do dia podem aumentar o risco de cárie dentária, alimentos 
cítricos podem causar erosão dentária e o desgaste dentário pode ocorrer devido 
hábitos como bruxismo e roer objetos. (Jaber, 2011). Crianças e adolescentes com 
TEA podem apresentar maior risco de cárie, alteração do estado periodontal, 
alterações da microbiota oral e maior risco de lesões traumáticas (Corridore et al., 
2020. Ferrazzano et al., 2020; Onol et al., 2018; Silva, 2017). 
Nesse contexto, o cuidado odontológico para pacientes com TEA requer 
sensibilidade, paciência e adaptação para garantir a atenção e o tratamento 
adequados promovendo uma experiência positiva e contribuindo para a saúde bucal 
a longo prazo. O cirurgião-dentista deve conhecer as características relacionadas ao 
comportamento, a dieta, hábitos alimentares e a condição bucal dos pacientes para 
orientar criança/adolescente/responsáveis, compreender melhor o nível de suporte e 
adaptar a abordagem de acordo com as necessidades individuais do paciente, 
levando em conta possíveis sensibilidades sensoriais, restrições alimentares ou 
dificuldades de comunicação (Zerman, 2022). Além disso, pretende-se colaborar com 
informações que subsidiem a tomada de decisões para o planejamento e execução 
de políticas públicas e ações multiprofissionais. Evitando assim, que o dentista reduza 
o paciente TEA a uma lista de sinais e sintomas. 
Por isso, o objetivo dessa revisão sistemática é avaliar a influência da dieta e 
dos hábitos alimentares na condição bucal em crianças e adolescentes com transtorno 
espectro autista. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
A metodologia do trabalho foi dividida nas seguintes fases: delineamento, 
critérios de seleção, fontes de informação, protocolo de busca e estratégia de busca, 
seleção dos estudos (com a calibração dos avaliadores e extração dos dados) e, 
análise qualidade. 
 
7 
 
 
 
 
2.1 Delineamento 
 
O estudo trata-se de uma revisão sistemática, conduzida em conformidade 
com o checklist PRISMA. Encontra-se registrado em uma base pública de registro de 
protocolos de revisões sistemáticas no PROSPERO (nº: ID 476966). 
 
2.2 Critérios de seleção 
 
Para a condução desta pesquisa foi estabelecido como critérios de inclusão: 
artigos sem restrição de ano de publicação e linguagem, que abordem a correlação 
entre os preditores: dieta e hábitos alimentares, e desfecho: condição bucal, em 
pacientes com transtorno espectro autista, de ambos os sexos, crianças e 
adolescentes entre 0 a 12 anos de idade. Idade estabelecida conforme padrões da 
Organização Mundial da Saúde (OMS, 1994) para levantamento epidemiológico. 
Enquanto, revisões de literatura e literatura cinzenta foram excluídas. 
 
2.3 Fontes de informação, protocolo de busca e estratégia de busca 
 
A busca incluiu seis bases de dados: Medline (PubMed), Embase, Scopus, 
Web of Sciences, Lilacs e Scielo. A estratégia de busca envolveu a identificação de 
palavras-chave, que foram usadas nas bases de dados eletrônicas, no propósito de 
identificar todos os estudos com as palavras chave: condição bucal, dieta e hábitos 
alimentares, crianças e TEA. A estratégia de busca adotada para o Medline (via 
PubMed) foi: (((((Oral) OR ("Oral health")) OR ("mouth disorder")) AND (((((diet) OR 
(feeding)) OR ("behavioral feeding ")) OR (food)) OR ("food-drug interaction"))) AND 
(((autism) OR ("autism spectrum disorder")) OR ("autistic disorder"))) AND (((child*) 
OR (infant)) OR (baby)) 
Sendo essa estratégia, adaptada para as diferentes bases de dados, em 
conformidade com seus algoritmos. Foram incluídos estudos publicados até setembro 
de 2023 
 
2.4 Seleção dos estudos e calibração dos avaliadores 
 
 O processo de seleção dos estudos seguiu as diretrizes PRISMA. Os 
resultados obtidos a partir da busca realizada nas bases de dados consultadas 
(Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Sciences, Lilacs e Scielo) foram 
exportados para o software, gerenciador de referências, Endnote Web. Um banco de 
dados foi criado para facilitar o gerenciamento e a verificação de artigos em duplicata. 
Três revisores independentes: JVF, IGM e RSG, foram previamente treinados 
e calibrados através de cuidadoso treinamento com sessões de discussão acerca dos 
critérios de inclusão/exclusão para a análise dos estudos, por meio de uma rodada 
piloto deinclusão/exclusão, analisando título e resumo dos artigos obtidos na busca 
do PubMed (Medline). Caso o título e resumo, de determinado estudo, não fornecesse 
informação suficiente, este era lido integralmente. 
Garantida a calibração dos revisores, foi realizada a fase I da extração de 
dados, com base no título e resumo dos artigos. Nesse processo, houve um Kappa e 
consenso de 100% entre os avaliadores. 
 
8 
 
 
 
 
2.5 Seleção dos estudos e extração de dados 
 
Os revisores identificaram potenciais referências, de forma independente, 
com base nos critérios previamente estabelecidos e eliminaram estudos irrelevantes 
e literatura cinza. A lista de referências dos artigos incluídos foi verificada por todos 
os revisores, manualmente, para assegurar a inclusão de possíveis trabalhos 
relevantes a esse estudo. 
A extração dos dados e composição da tabela de características dos estudos 
inclui: título do artigo, autor, ano de publicação, periódico, especialidade da revista, 
tipo de estudo, número amostral, cidade, idade da amostra e resultados. 
Qualquer fonte de conflito, durante todo o processo, foi discutida até obtenção 
de um consenso. Cabe ressaltar que, todos os artigos incluídos foram encontrados e 
lidos pelos revisores. 
 
2.6 Análise de qualidade 
 
Os artigos incluídos foram avaliados independentemente por três 
examinadores através do critério Joanna Briggs Institute. Cada estudo utilizou o 
checklist específico conforme o seu delineamento: transversal, série de casos ou 
relato de caso, caso controle, coorte, revisão sistemática e qualitativos (ANEXO II). 
Para todas as ferramentas há quatro possibilidades de respostas para cada pergunta: 
“sim”, “não”, “incerto”, “não aplicável”. 
Para avaliação foi observado a quantidade de respostas “sim” (+) para o 
estudo. O estudo foi considerado de baixa qualidade se obteve apenas três ou quatro 
respostas sim para os itens avaliados. Caso o estudo tenha obtido todas as respostas 
sim (+) foi considerado de alta qualidade. 
 
3 RESULTADOS 
 
A estratégia de busca recuperou 461 artigos relacionando desfecho e preditor 
com crianças e adolescentes que apresentavam transtorno do espectro autista, sendo 
51 duplicatas. Os três avaliadores independentes tiveram 100% de concordância e 
fizeram a extração dos dados de 12 estudos transversais, 1 série de casos, 2 estudos 
de coorte, 3 estudos autodenominados caso-controle, 1 qualitativo e 1 revisão 
sistemática como mostra o fluxograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
Figura 1 - Fluxograma da busca na literatura e processo de seleção, adaptado das 
diretrizes PRISMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023). 
 
A tabela 1 mostra as características dos artigos incluídos na revisão 
sistemática. Todos os estudos estão na língua inglesa, entre os anos de publicação 
2007 e 2022. A maior parte dos estudos têm como desfecho primário cárie dentária e 
higiene bucal associada à saúde gengival. 
Os estudos possuem faixa etária mínima de 1 ano de idade e máxima de 25 
anos de idade. Apenas 1 estudo não relata a idade dos participantes. Dos estudos 
que descrevem a faixa etária, observa-se que 8 estudos incluem bebês até 3 anos de 
idade, apenas 1 estudo não inclui escolares de 6 a 8 anos de idade e 16 estudos 
incluem adolescentes. 
 
Total de artigos identificados nas 
bases de dados (n =461) 
 
Pubmed (n =154) 
Embase (n=173) 
Scopus (n=126) 
Web of science (n=4) 
Lilacs (n=2) 
Scielo (n=2) 
Artigos removidos antes da 
avaliação: 
 
Artigos em duplicata 
(n =51) 
 
Artigos avaliados 
(n =410) 
Artigos excluídos com base em 
título e resumo 
(n =343) 
Artigos elegíveis para o estudo 
(n = 67) 
Artigos não obtidos 
(n =0) 
Reports avaliados para inclusão 
(n =67) 
Artigos excluídos: 
Não relacionados com a autismo, 
hábitos alimentares e dieta 
(n = 43) 
 
 Fora da idade estabelecida 
(n = 4) 
 
Total de artigos inclusos na revisão (n =20) 
 
Transversais (n=12), 
Série de Casos (n=1) 
Coorte (n=2), 
Autodenominados caso-controle (n= 3) 
Qualitativo (n= 1) 
Revisão sistemática (n=1) 
 
Identificação de novos estudos através das bases de dados 
Id
e
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ti
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A
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In
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10 
 
 
 
 
3.1 Condição bucal 
 
A condição bucal mais frequente foi cárie dentária, seguida de saúde gengival 
ou doença periodontal, má oclusão, halitose, bruxismo e PH salivar. 
 
3.1.1 Cárie dentária 
 
A prevalência de cárie foi maior em crianças autistas quando comparado com 
crianças típicas (Samat et al., 2021; Morales-chavez et al., 2017; Marshall et al., 2010; 
Alkhabuli et al., 2019; Hasan et al. 2020), entretanto, não foi consenso entre os 
estudos incluídos nesta revisão sistemática. 
 
3.1.2 Doença periodontal 
 
Doença periodontal também apresentou maior ocorrência em crianças com 
TEA (Morales-chavez et al., 2017; Hasan et al., 2020; Alkhabuli et al., 2019) e halitose 
(Qiao et al., 2020). A maior parte dos estudos considerou o relato da higiene bucal 
dos participantes e observou-se que a má higiene bucal está diretamente relacionada 
com a frequência de escovação (Marshall et al., 2010) e falta de acesso odontológico 
especializado (Hasan et al., 2020; Onol et al., 2018; Qiao et al., 2020). 
 
3.1.3 Halitose 
 
Apenas 1 estudo observou a relação entre halitose e pacientes com transtorno 
de espectro autista (Qiao et al., 2020). Halitose, maus hábitos de saúde, pior higiene 
bucal foram mais prevalentes em crianças autistas quando comparado com crianças 
neurotípicas. 
 
3.1.4 Oclusão dentária e bruxismo dentário 
 
A maior prevalência de má oclusão também foi observada em crianças com 
TEA (Sahan et al., 2020; Leiva-Garcia et al., 2019). A revisão sistemática incluída 
demonstrou que crianças com TEA apresentaram maior prevalência de bruxismo 
quando comparado ao grupo controle e possuíam menor Ph salivar (Lam et al., 2020). 
 
3.2 Impacto da dieta e hábitos alimentares nas condições bucais 
 
A dieta, hábitos alimentares e condição bucal, observou-se que não existe 
diferença de exposição de açúcar e ocorrência de cárie entre crianças atípicas e 
típicas (Moorthy et al., 2021). Entretanto, crianças com TEA apresentam mais 
problemas alimentares como seletividade alimentar e hábitos bucais persistentes 
(Samat et al., 2021; Leiva-garcia et al., 2019). 
 
3.3 Avaliação de qualidade 
 
A avaliação de qualidade dos estudos pode ser observada nas tabelas 2, 3, 4 
e 5 conforme o tipo de delineamento metodológico: transversal, coorte, revisão 
11 
 
 
 
 
sistemática e qualitativo. Apenas um estudo teve alta qualidade metodológica. A maior 
parte dos artigos foram considerados de baixa ou criticamente baixa qualidade.
12 
 
 
 
 
Tabela 1 - Características dos estudos incluídos na revisão sistemática (n=20) 
Estudo Autor País Ano Revista Especialidade Tipo de 
estudo 
Amostral 
(n) 
Idade amostral 
(mín-máx) 
Desfecho 
primário 
Preditores Resultados e/ou Conclusões 
 
1. Evaluation of oral 
health status and 
influential factors in 
children with autism 
Onol S et al Turqui
a 
2018 Niger J Clin 
Pract 
Odontopediat
ria 
Transversal 237 6- 14 anos Condição 
bucal 
Determinadas escolas e 
idade, status 
socioeconômico, histórico 
médico, histórico 
odontológico, hábitos 
alimentares, maus hábitos e 
métodos de tratamento 
preferidos pelos pais das 
crianças 
Verifica-se que o estado oral 
das crianças com autismo é 
afetado negativamente por 
muitos fatores. Assim, os pais, 
os educadores, e os dentistas 
devem estar cientes deste fatos 
e encorajados a melhorar tal 
higiene oral das crianças e 
fornecer os cuidados dentários 
que necessitam. 
2. Oral health status of 
chinese children 
with autism 
spectrum disorders 
Qiao Y et al China 2020 Front Psychiatry Psicologia Transversal 372 3- 16 anos Condição 
bucal 
(Halitose ehigiene bucal) 
Respiração bucal (p < 
0.001) e morder objetos 
Halitose, maus hábitos de 
saúde, pior higiene bucal foram 
mais prevalentes em crianças 
autistas. E crianças autistas tem 
maior dificuldade no acesso à 
saúde. 
3. Dietary sugar 
exposure and oral 
health stauts in 
children with autism 
spectrum disorder: a 
case- control study 
Moorthy L et 
al 
Índia 2021 J Autism Dev 
Disord. 
Odontopediat
ria 
Transversal 136 5– 12 anos Condição 
Bucal 
(cárie dentária 
e higiene 
bucal) 
Práticas e comportamentos 
de higiene, comportamento 
relacionado à dieta, hábitos 
orais e odontológicos 
Não existe diferença quanto a 
exposição de açúcar e cárie 
dentária entre crianças típicas e 
atípicas. Entretanto, a prática de 
higiene bucal foi melhor em 
crianças autista, mas sua 
higiene bucal foi pior e 
apresentavam bruxismo. 
4. Oral health 
characteristics of 
Sarnat H et al Israel 2016 J Clin Pediatr 
Dent. 
Odontopediat
ria 
Transversal 47 3– 8 anos Condição 
bucal 
Informações 
sociodemográficas, estado 
Crianças autistas mostraram 
mais problemas alimentares e 
13 
 
 
 
 
preschool children 
with autistic 
syndrome disorder 
(cárie dentária 
e higiene 
bucal) 
de saúde geral, informações 
odontológicas (visita prévia 
ao dentista, hábitos 
alimentares, 
comportamento de higiene 
bucal, hábitos bucais e 
Escalas Comportamentais 
Adaptativas de Vinland 
(VABS). 
hábitos orais mais persistentes, 
mas nenhuma correlação com a 
saúde dental. A experiência de 
cárie das crianças autistas foi 
menor do que no grupo 
controle, mas sua saúde 
gengival mostrou-se boa. 
5. Association 
Between Feeding 
Problems and Oral 
Health Status in 
Children with 
Autism Spectrum 
Disorder. 
Leiva- Garcia 
B et al 
Espanh
a 
2019 J Autism Dev 
Disord. 
Odontopediat
ria 
Transversal 144 6– 18 anos mal oclusão Transtorno do espectro do 
autismo, comportamento 
nas refeições, 
odontopediatria, 
seletividade alimentar 
Crianças com TEA 
apresentaram maiores 
distúrbios comportamentais nas 
refeições, seletividade 
alimentar e maior prevalência 
de mal oclusões do que crianças 
com típicas 
6. Oral Health 
Assessment of a 
Group of Children 
with Autism 
Disorder 
Morales-
Chávez MC. 
Venez
uela 
2017 J Clin Pediatr 
Dent. 
Odontopediat
ria 
Transversal 96 2– 16 anos Condição 
bucal 
(cárie 
dentária, 
higiene bucal 
e doença 
periodontal) 
Autismo, índice de cárie, 
índice simplificado de 
higiene bucal 
Crianças com TEA apresentam 
maior prevalência de cárie em 
dentes decíduos do que em 
permanentes, higiene precária e 
grande presença de cálculos. Os 
indicies de cárie não são 
maiores quando comparados ao 
grupo controle 
7. Salivary 
antioxidants and oral 
health in children 
with autism. 
Rai K et al Índia 2012 Arch Oral Biol Odontopediat
ria 
Transversal 151 6– 12 anos Condição 
bucal 
(cárie e 
higiene bucal) 
Autismo, antioxidantes 
salivares, saúde bucal 
Estado semelhante de cárie 
dentária foi observado em 
crianças com TEA e seus 
irmãos saudáveis, higiene oral 
deficiente e concentração 
14 
 
 
 
 
antioxidante salivar total 
reduzido 
8. A Comparative 
Analysis of Chewing 
Function and 
Feeding Behaviors 
in Children with 
Autism. 
Sahan AK et 
al 
Turqui
a 
2020 Springer Nature Odontopediat
ria 
Coorte 37 4– 12 anos mastigação/ 
má oclusão 
Sistema de Preparação de 
Cavidade Cinética (KCPS), 
Escala de Avaliação 
Alimentar Pediátrica 
Comportamental (BPFAS) 
Crianças com TEA tinham pior 
função na mastigação 
9. Oral health and 
dental caries 
experience among 
students aged 7-15 
years old with 
autism spectrum 
disorders in Tehran, 
Iran. 
Piraneh H et 
al 
Irã 2022 BMC Pediatr Odontopediat
ria 
Transversal 217 7– 15 anos Higiene bucal Saúde bucal, transtorno 
autista, cárie dentária, 
higiene bucal 
O melhor estado de higiene oral 
está associado a maior 
frequência de escovação e 
menor consumo de doces. 
10. Oral health status of 
children and 
adolescents with 
autism spectrum 
disorder: A 
systematic review of 
case-control studies 
and meta-analysis. 
Lam PP et al Hong 
Kong 
2020 Autism. Odontopediat
ria 
Revisão 
Sistemática 
2691 1– 19 anos Condição 
bucal 
(bruxismo e 
Ph salivar) 
Transtorno do espectro do 
autismo, crianças e 
adolescentes, saúde bucal 
Maior prevalência de bruxismo 
e menor pH salival em 
indivíduos com TEA 
11. Exploring Eating 
Challenges and Food 
Selectivity for 
Latinx Children with 
and without Autism 
Spectrum Disorder 
Floríndez Li 
et al 
Estado
s 
Unidos 
2021 Int J Environ 
Res Public 
Health 
Odontopediat
ria 
Qualitativo 18 6– 12 anos Hábitos 
alimentares e 
condição 
bucal 
Transtorno do espectro do 
autismo, crianças, famílias, 
disparidades de saúde, 
latinxs, nutrição, higiene 
bucal, obtenção de fotos, 
qualitativo 
As descobertas do estudo 
indicam que o processo de tirar 
fotos ajudou os cuidadores 
Latinx a situar melhor as 
barreiras e comportamentos que 
influenciam as rotinas 
15 
 
 
 
 
Using Qualitative 
Visual 
Methodology: 
Implications for Oral 
Health. 
alimentares diárias dos seus 
filhos no contexto de sua saúde 
bucal geral 
12. Caries-risk 
assessment and 
caries status of 
children with 
autism. 
Marshall J et 
al 
Estado
s 
Unidos 
2010 Pediatr Dent Odontopediat
ria 
Transversal 99 2– 19 anos cárie dentária 
e higiene 
bucal 
Odontopediatria, cárie, 
autismo, avaliação de risco 
de cárie 
O autismo tem uma tendência 
ao aumento do risco de cárie, e 
menor higienização bucal. 
13. Functional 
 assessment and 
behavioural 
intervention for 
eating difficulties in 
children with 
autism: a study 
conducted in the 
natural environment 
using parents and 
ABA tutors as 
therapists. 
C.M. Gale et 
al 
Estado
s 
Unidos 
2011 J Autism Dev 
Disord 
 
Odontopediat
ria 
Série de casos 
ou transversal 
3 2– 5 anos higiene bucal Apresentação de alimentos Para todos os participantes, a 
aceitação de alimentos e higiene 
bucal melhoraram. 
14. Do autistic children 
have higher levels of 
caries? A cross-
sectional study in 
Namal N et al Turqui
a 
2007 J Indian Soc 
Pedod Prev 
Dent 
Odontopediat
ria 
Transversal 363 6– 12 anos cárie dentária Autismo, cárie dentária, 
fatores de risco 
Crianças com TEA 
apresentaram indicie CPOD 
menor do que pacientes sem 
TEA, devido ao maior controle 
dos pais ao consumo de doces 
15. Knowledge, attitude, 
and practice on oral 
Chaitanya 
Shree P, et al. 
Índia 2018 Drug invention 
today 
Odontopediat
ria 
Transversal 65 Não 
especificado 
higiene bucal Autismo, cárie, 
atendimento odontológico, 
gengivite, Leo Kanner, 
o estilo de vida da criança com 
TEA está comumente associado 
a má higiene bucal 
16 
 
 
 
 
hygiene status in 
autistic children 
neuropsiquiátrico, higiene 
bucal 
16. Oral hygiene 
practice and dental 
status of autistic 
children 
Hasan G.S, et 
al. 
Bangla
desh 
2020 Bangladesh 
Med Research 
Odontopediat
ria 
Transversal 312 2– 13 anos Higiene bucal 
e situação 
odontológica 
Crianças autistas, estado de 
higiene oral, gengivite, má 
coordenação da língua 
O teste qui-quadrado mostrou 
associações significativas com 
o consumo dos participantes de 
ter mais alimentos moles, 
presença de sangramento 
papilar e presença de dentes 
cariados com seu estado de 
higiene bucal. 
17. Oral heath status and 
treatment needs for 
children with special 
needs: A cross- 
sectional study 
Alkhabuli 
J.O.S, et al. 
Emirad
os 
Árabes 
Unidos 
2019 Pesq Bras 
Odontope Clín 
Int 
Odontopediat
ria 
Transversal 59 3- 17 anos cárie e doença 
periodontal 
Cárie dentária, crianças 
deficientes, serviços de 
saúde para pessoas com 
deficiência 
Alta prevalência de cáriee 
doença periodontal 
18. Oral Health 
Previntive Program 
in Patients with 
Autism Spectrum 
Disorder 
Carli E, et al. Itália 2022 Children 
(MDPI) 
Odontopediat
ria 
Transversal 100 7- 16 anos higiene bucal Autismo, prevenção saúde 
bucal 
Os resultados mostraram que é 
possível levar a população 
pediátrica com TEA a um 
melhor estado de saúde oral 
com um programa específico de 
prevenção de saúde oral 
19. Associations 
between diet, dietary 
and oral hygiene 
habits with caries 
occurrence and 
severity in children 
with autism at 
dammam city, Saudi 
Arabia 
Kotha S.B, , et 
al. 
Arábia 
Saudita 
2018 Oppen Acess 
Macedonian 
Jounal of 
Medical 
Sciences 
Odontopediat
ria 
Transversal Não 
relatado 
Idade média 
entre 5- 6 anos 
cárie dentária 
e higiene 
bucal 
TEA, autismo, dieta, 
hábitos alimentares, hábitos 
de higiene 
O consumo de açucares entre as 
refeições e o aumento da 
quantidade de açúcar por dia 
aumentaram a cárie dentária 
com resultados altamente 
significativos no estudo. Os 
hábitos de higiene também 
fizeram diferença na ocorrência 
17 
 
 
 
 
de cárie, porém, não 
significativamente. 
20. Evaluation of the 
efficacy of a dental 
plaque control 
progam in autistic 
patients 
Dias G.G, et 
al 
Brasil 2010 J. of Autism and 
Developmental 
Disorders 
Periodontia Coorte 38 6- 25 anos doença 
periodontal e 
higiene bucal 
Autismo, OHI-S, higiene 
bucal, saúde bucal, placa 
dentária 
Houve melhoria 
estatisticamente significativa na 
higiene oral de pacientes com 
TEA, melhoria ainda maior em 
pacientes colaborativos 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
18 
 
 
 
 
Tabela 2 - Análise de qualidade dos estudos transversais segundo Joanna Briggs 
Institute 
Número 
do Estudo 
1 2 3 4 5 6 7 8 Qualidade 
do estudo 
1 + + + + - + + + ? 
2 + + + + + - + + - 
3 + + + + + + + + + 
4 - - + + - - + + - 
5 + + + + - - + + - 
6 + + + + - - + + - 
7 + + + + + - + + ? 
9 + + + + - - + + - 
12 - - + + - + + + - 
13 + + + + - + + + ? 
14 - + + - - + + + - 
15 - - - - - + + - - 
16 + + + - - + + + - 
17 + + + + - + + + ? 
18 + + + + - + + + ? 
19 - - + + - + + + - 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023). 
Legenda: Legenda para a qualidade do estudo: +: alta qualidade / -: criticamente baixa 
qualidade / ?: qualidade incerta (baixa ou moderada) 
 
 
Tabela 3 - Análise de qualidade dos estudos coorte segundo Joanna Briggs Intitute 
Número 
do 
estudo 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Qualidade 
do estudo 
8 + + + + - - + + + + + - 
20 + + - - + + + + + + + - 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023). 
Legenda: Legenda para a qualidade do estudo: + : alta qualidade / -: criticamente baixa 
qualidade / ?: qualidade incerta (baixa ou moderada) 
 
 
Tabela 4: Análise de qualidade da Revisão Sistemática segundo Joanna Briggs 
Intitute 
Número 
do 
estudo 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Qualidade 
do estudo 
10 + - + + + + + + + + + ? 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023). 
Legenda: Legenda para a qualidade do estudo: + : alta qualidade / -: criticamente baixa 
qualidade / ?: qualidade incerta (baixa ou moderada) 
 
 
19 
 
 
 
 
Tabela 5 - Análise de qualidade do estudo Qualitativo segundo Joanna Briggs 
Intitute: 
Número 
do 
estudo 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Qualidade 
do estudo 
11 + - - + - + + + - + + ? 
Fonte: Elaborado pelo autor (2023). 
Legenda: Legenda para a qualidade do estudo: + : alta qualidade / -: criticamente baixa 
qualidade / ?: qualidade incerta (baixa ou moderada) 
 
4 DISCUSSÃO 
 
Observa-se pouca literatura científica sobre o tema e a maior parte dos 
estudos são observacionais. Entretanto, é importante analisar o rigor metodológico 
das evidências científicas disponíveis, para auxiliar as tomadas de decisões e gerar 
dados importantes para a implementação de estratégias e programas de saúde 
focados nesta população vulnerável. Essa revisão sistemática foi conduzida com o 
intuito de avaliar a influência da dieta e dos hábitos alimentares na condição bucal em 
crianças e adolescentes com transtorno espectro autista. 
Observou-se que apenas um estudo apresentou alta qualidade metodológica 
e sua conclusão foi que não existe diferença de exposição de açúcar e ocorrência de 
cárie entre crianças atípicas e típicas (Moorthy et al., 2021). Isso talvez possa ser 
explicado pelo consumo de açúcar presente no cotidiano e enraizado na sociedade, 
principalmente nos hábitos alimentares dentro de um contexto urbano; A facilidade de 
encontrar produtos industrializados tem um valor simbólico agregado à publicidade 
que o produto in natura não possui. Alimentos e bebidas açucarados e ultra 
processados são reflexos da globalização na cultura alimentar e se tornou hábito 
social e status financeiro. Além disso, o gosto é “mais atrativo”, independentemente, 
da condição aquisitiva da criança. Mas cabe ressaltar que faltam estudos que avaliem 
a relação da seletividade alimentar e dos estereótipos e hábitos alimentares com a 
condição bucal de crianças e adolescentes com TEA. (Santos, 2019). 
Esta revisão sistemática encontrou apenas estudos que associam consumo 
de açúcar e doenças bucais. Mas um dado importante é que a frequência do consumo 
de açúcar provoca pior condição bucal, independente da faixa etária. Talvez, isso 
possa ser explicado pela exposição precoce do indivíduo ao consumo de açúcar. 
Alimentos açucarados são mais atrativos e muitas vezes de fácil acesso (Elamin et 
al., 2021). O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) mostrou que 
a frequência de exposição ao açúcar chega a 87% em crianças de 2 aos 5 anos, 
expondo que a sobrecarga de açúcar na dieta desde cedo tem relação com aspectos 
culturais e está diretamente ligada à educação nutricional dos pais e responsáveis das 
crianças. Ainda, é sabido que cárie dentária é uma doença cumulativa e causada por 
uma dieta rica em açúcar que favorece uma disbiose da microbiota (Angarita-diaz et 
al., 2022). 
Faz-se interessante também citar a relação entre a condição bucal de crianças 
e adolescentes com TEA quando comparados com grupos controle. Foi observada 
maior ocorrência de cárie em crianças autistas quando comparado com crianças 
típicas (Sarnat et al., 2016; Morales-chavez et al., 2017; Marshall et al., 2010; Alkhabuli 
20 
 
 
 
 
et al., 2019), entretanto, alguns estudos não encontraram diferenças entre diferentes 
grupos populacionais (Namal et al., 2007; Rai et al., 2012) e outro observou menor 
prevalência da doença (Sarnat et al., 2016). Isso pode ser explicado pois os estudos 
sugerem que as crianças com TEA podem ter dificuldades em manter uma boa higiene 
bucal devido a problemas sensoriais e bucais, porém tanto crianças atípicas como 
típicas podem ter uma maior prevalência de cárie se não forem incentivadas e 
orientadas pelos pais ou responsáveis sobre a manutenção da higiene bucal, uma 
dieta equilibrada e visitas regulares ao profissional dentista. A mesma dificuldade de 
higienização pode explicar os achados sobre doença periodontal nesta revisão 
sistemática. A maior parte dos estudos considerou o relato da higiene bucal dos 
participantes e observou-se que a má higiene bucal está diretamente relacionada com 
a frequência de escovação e doença periodontal (Marshall et al., 2010; Alkhabuli et 
al., 2019; Hasan et al., 2020; Onol et al., 2018; Qiao et al., 2020). Mas é importante 
lembrar que o autorrelato sobre higienização pode causar um viés de memória ou viés 
de resposta nos estudos incluídos, com isso, esses dados devem ser analisados com 
cuidado. 
A prevalência de má oclusão também foi observada em crianças e 
adolescentes com TEA (Sahan et al., 2020; Leiva-garcia et al., 2019). Assim como a 
ocorrência de bruxismo e o menor PH salivar (Lam et al., 2020). Isso, pode ser 
explicado pela complexidade do diagnóstico e tratamento do bruxismo em pessoas 
neuroatípicas, principalmente em crianças, que possuem mais dificuldadeem realizar 
tratamentos odontológicos. Além disso, crianças com autismo podem apresentar 
dificuldades nas interações sociais e comunicação, provocando problemas de sono e 
ansiedade, e assim, consequentemente favorecendo o surgimento do bruxismo 
(Hanna Lmo et al. 2022). 
Outro fator importante é que crianças com TEA apresentam menor PH salivar 
(Lam et al., 2020). Sugere-se que essas crianças podem ter uma resposta salivar 
reduzida, o que levaria a um menos PH salivar, no entanto, as causas exatas dessas 
alterações ainda não são completamente compreendidas devido a limitação da coleta 
salivar (Jankasova et al., 2021). 
Cabe ressaltar que dos 20 artigos, 7 artigos apresentaram qualidade incerta 
(moderada ou baixa) (Onol et al., 2018; Rai et al., 2012; Lam et al., 2020; Sahan et 
al., 2020; Gale et al., 2011; Alkhabuli et al., 2019; Carli et al., 2022) e 12 estudos 
demonstraram qualidade criticamente baixa (Floríndez et al., 2021; Qiao et al., 2020; 
Sarnat et al., 2016; Leiva-garcia et al., 2019; Morales-chávez, 2017; Piraneh et al., 
2022; Marshall et al., 2010; Namal et al., 2007; Chaitanya Shree et al., 2018; Hasan 
et al., 2020; Kotha et al., 2018; Dias et al., 2010), segundo o checklist Joanna Briggs 
Institute conforme cada delineamento do estudo. O JBI foi o instrumento utilizado no 
presente estudo, com o objetivo de qualificar criticamente os estudos. A ferramenta 
tem robusto e adequado método de avaliação para diferentes desenhos 
metodológicos e foi preterida ao NOS (Cochrane risk-of-bias tool), que foca seus 
critérios de análise, em estudos transversais e casos controles apenas. Além disso, 
foi observada uma tendência na adoção do JBI como ferramenta de avaliação de 
qualidade metodológica em outros estudos publicados na área médica e odontológica. 
 Dentre os 20 estudos, apreciados neste trabalho, foram encontradas 
diferentes metodologias, o que dificulta a análise dos dados e interpretação dos 
resultados. A variável desfecho apresentou diferentes métodos de observação e 
avaliação, diferença do tamanho amostral e a localidade onde os estudos foram 
21 
 
 
 
 
realizados provocando uma heterogeneidade das evidências e na metodologia 
proposta pelos estudos. Além disso, cabe ressaltar não padronização da idade das 
crianças para a coleta de dados dos estudos. A diferença entre as idades amostrais 
pode inferir na análise como um efeito confundidor, porque a idade é um fator 
importante na determinação do efeito da dieta e hábitos alimentares em crianças de 
diferentes faixas etárias. 
Além disso, a única Revisão Sistemática (Lam et al., 2020) incluída nesta 
pesquisa, não avaliou dieta e hábitos bucais associados à condição bucal de crianças 
TEA. Mas observou a prevalência de bruxismo e menor pH salivar em indivíduos com 
TEA. 
Outra limitação é a que esta revisão sistemática não avaliou a literatura 
cinzenta. Isso, pode gerar uma limitação, pois sé sabido que estudos com resultados 
estatisticamente significativos têm mais probabilidade de serem publicados, enquanto 
estudos com resultados negativos podem não ser relatados, introduzindo viés. 
Entretanto, os estudos não publicados na literatura podem conferir problemas 
metodológicos, o que os excluiria da análise. Além disso, outra limitação do nosso 
trabalho se refere a heterogeneidade entre os estudos incluídos, que dificultou a 
combinação dos resultados de forma significativa, não conseguindo fazer a 
metanálise. 
Por outro lado, é importante ressaltar que essa é a primeira revisão 
sistemática que avalia a influência da dieta e dos hábitos alimentares na condição 
bucal de crianças e adolescentes com TEA. Neste contexto, os achados podem 
auxiliar os cirurgiões dentistas na orientação da dieta e hábitos alimentares, assim 
como orientar sobre a condição bucal da criança/adolescente com TEA, facilitando a 
abordagem de acordo com as necessidades individuais do paciente. Além disso, 
esses dados são importantes para direcionar novas pesquisas relacionadas ao tema 
e orientar a elaboração de estratégias de promoção de saúde e políticas públicas 
destinadas a essa população vulnerável. Assim como a criação de guidelines sobre 
prevenção e promoção de saúde. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta revisão sistemática verificou que não há diferença entre frequência de 
ingestão de açúcar e cárie dentária em crianças e adolescentes com TEA quando 
comparados com indivíduos típicos. Entretanto, crianças com TEA apresentam maior 
seletividade alimentar e hábitos bucais. A condição bucal demonstra necessidade de 
um atendimento especializado, para diminuir a prevalência de cárie, doença 
periodontal, má oclusão e bruxismo. Entretanto, é importante a realização de estudos 
longitudinais e ensaios clínicos para estabelecer causalidade e obter dados robustos 
sobre o tema. 
 
 
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10.1007/s10803-009-0918-x. 
 
 
CONFLITO DE INTERESSE: os autores não apresentam conflito de interesse e 
possuem financiamento próprio para a realização do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO I 
Normas da revista: European Journal of Pediatrics 
DIRETRIZES PARA AUTORES - ARQUIVOS DE PEDIATRIA (GAVINPUBLISHERS.COM) 
European Journal of Pediatrics | Submission guidelines (springer.com) 
Estamos muito satisfeitos que você esteja considerando submeter seu 
manuscrito para publicação na Gavin Publishers. Para garantir um processo de 
submissão tranquilo e manter o mais alto padrão de qualidade para nossas 
publicações, pedimos a todos os autores que sigam as seguintes diretrizes: 
1. Preparação do manuscrito: 
 O manuscrito deve ser escrito em inglês claro, conciso e fluente. 
 Use fonte Times New Roman de 12 pontos. 
 Numere todas as páginas consecutivamente, a partir da página de título. 
 Inclua números de linha para facilitar a referência durante o processo de revisão. 
2. Página de Título: 
 A página de rosto deve conter o tipo de artigo, o título do manuscrito, a lista de todos os 
autores com suas afiliações e os dados de contato do autor correspondente (endereço de e-mail e telefone). 
 Forneça um título curto de menos de 50 caracteres. 
Exemplo: 
Tipo de artigo 
Título do manuscrito 
por Nome do Autor1, Nome do Autor2*, Nome do Autor3, Nome do Autor4, 
Nome do Autor5, ... 
1Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. 
2Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. 
3Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. 
4Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. 
5Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. 
... 
*Autor Correspondente: Nome Completo, 
Departamento/Instituição/Universidade, Cidade, Estado, País. Telefone & E-mail. 
3. Resumo e Palavras-chave: 
https://www.gavinpublishers.com/journals/authorsguidelines/archives-of-pediatrics-issn-2575-825x
https://www.springer.com/journal/431/submission-guidelines27 
 
 
 
 
 Inclua um resumo informativo de no máximo 250 palavras que resuma os principais objetivos, 
métodos, resultados e conclusões do estudo. 
 Forneça uma lista de 4 a 6 palavras-chave que melhor representam o conteúdo do manuscrito. 
4. Introdução: 
 Indique claramente os objetivos da pesquisa e o problema que está sendo abordado. 
 Fornecer uma breve visão geral da literatura relevante na área. 
5. Materiais e Métodos: 
 Descreva detalhadamente o desenho do estudo, os procedimentos de coleta de dados e os 
métodos experimentais. 
 Incluir informações suficientes para permitir a reprodutibilidade do estudo. 
Se o seu artigo for Relato de Caso 
Apresentação do caso: 
 A apresentação do caso deve incluir informações demográficas do paciente, história clínica, 
sintomas de apresentação e achados do exame físico. 
 Quaisquer resultados relevantes de exames laboratoriais, radiográficos ou outros testes de 
diagnóstico também devem ser incluídos. 
6. Resultados: 
 Apresente os resultados em uma sequência lógica usando tabelas e figuras quando apropriado. 
 Evite duplicar informações já apresentadas nas tabelas ou figuras do texto principal. 
7. Discussão: 
 Interpretar os achados e relacioná-los com o conhecimento existente na área. 
 Discuta as implicações e o significado dos resultados. 
 Destacar limitações e sugerir direções de pesquisas futuras. 
8. Conclusão: 
 Resuma os principais achados de forma concisa e forneça uma conclusão clara. 
9. Agradecimentos: 
 Reconhecer indivíduos ou organizações que contribuíram para a pesquisa, mas não atendem aos 
critérios de autoria. 
10. Considerações éticas: 
 Se aplicável, fornecer declarações sobre aprovação ética e consentimento informado para estudos 
envolvendo seres humanos ou animais. 
11. Conflito de Interesses: 
 Divulgar quaisquer potenciais conflitos de interesse que possam influenciar os resultados ou 
interpretações do manuscrito. 
12. Referências: 
 Cite todas as fontes com precisão e liste-as em ordem alfabética usando o estilo de citação 
preferido (por exemplo, APA, MLA, Harvard). 
 Certifique-se de que todas as referências mencionadas no texto sejam incluídas na lista de 
referências. 
13. Submissão de Manuscritos: 
 Submeta o manuscrito através de nosso sistema de submissão on-line ou via e-mail, conforme 
instruções em nosso site. 
14. Processo de Revisão e Publicação: 
 Todos os manuscritos submetidos passam por rigorosa revisão por pares por especialistas na 
área. 
 Os autores serão notificados sobre a decisão de aceitação, rejeição ou revisão com base no 
feedback dos revisores. 
https://www.gavinpublishers.com/journals/submitmanuscriptform/archives-of-pediatrics-issn-2575-825x
https://www.gavinpublishers.com/journals/peerreviewprocess/archives-of-pediatrics-issn-2575-825x
28 
 
 
 
 
Ao seguir essas diretrizes, você nos ajudará a agilizar o processo de revisão 
e melhorar a qualidade de nossas publicações. Agradecemos sua adesão a essas 
instruções e esperamos receber sua valiosa contribuição. 
 
29 
 
 
 
 
ANEXO II – Check List Joanna Briggs Institute 
Estudo Transversal e Série de casos 
 
 
Estudo Caso Controle 
 
30 
 
 
 
 
Estudo Coorte
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
Revisão Sistemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
Qualitativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço aos meus familiares que me proporcionaram sempre o melhor 
possível, e contribuíram, orgulhosamente, com a formação dos meus valores ao longo 
desses anos. Especialmente a minha amada mãe, Rosilene Gondim, que com 
completo amor, dedicação, incentivo, confiança e investimento me fez concluir a 
minha graduação em odontologia. 
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por proporcionar uma 
experiência de evolução pessoal e profissional, através de toda organização e 
estrutura de excelência presente na Instituição durante a graduação. 
Ao Departamento de Odontologia que junto a Universidade, através de grande 
competência e precisão, foram capazes de me capacitar quanto a habilidades 
técnicas, críticas e humanas que um profissional da área da Saúde precisa. 
Á minha orientadora, profa. Dra. Isabelita Duarte Azevedo pela disponibilidade 
e dedicação, tanto nas disciplinas que ministrou durante a graduação, quanto na 
pesquisa acadêmica, mesmo em uma rotina bastante atarefada, sendo sempre 
solícita e presente durante a minha formação, como uma referência da 
Odontopediatria, nas disciplinas de Clínica Infantil, como no encerramento desse ciclo 
de graduação com o Trabalho de Conclusão de Curso. 
Aos co-orientadores (as), profa. Dra. Renata Saraiva Guedes, pelo total apoio, 
dedicação e ajuda para realização desse trabalho, estando comigo também 
juntamente desde as disciplinas de Clínica Infantil da graduação, sempre com um 
sorriso no rosto e palavras de motivação que me ajudaram a chegar até aqui, sou 
muito grato em tê-la conhecido nesse caminho e há tenho referência de grande 
pessoa, docente e pesquisadora. 
Ao co-orientador e colega de elaboração do trabalho Ítalo Gustavo, que 
sempre muito dedicado, prestativo e solicito ao longo do trabalho, enriqueceu esse 
estudo com detalhes e informações esclarecedoras, mostrando-se academicamente 
exemplar e diferenciado. 
À integrante da minha banca de avaliação, profa. Dra. Patrícia Bittencourt pela 
disponibilidade e atenção em contribuir para melhoria desse trabalho, também 
fazendo parte da minha formação e sendo exemplo de profissional de excelência que 
me espelho em seguir. 
Aos meus colegas de curso em especial a minha dupla, Arthur Araújo, pelo 
companheirismo, entendimento e completa parceria durante a graduação. 
Á minha namorada, Hislannia Praça, por toda paciência, demonstração de 
amor e acolhimento durante essa jornada. 
Por fim, agradeço a todos os meus amigos e familiares que de alguma forma 
contribuíram para minha formação e fizeram com que esse momento fosse possível. 
O auxílio e contribuição de vocês fez com que eu pudesse concluir esse ciclo tão 
sonhado e importante da minha vida.

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