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Thais Alves Fagundes DOENÇA DE CHAGAS ETIOLOGIA Protozoário: trypanosoma cruzi → transmissão oral MORFOLOGIA Amastigota: presente intracelular, sem flagelo dentro da célula Tripomastigota: presente no sangue circulante, com flagelo (infectante) Epimastigota: presente no vetor (barbeiro) VETOR Triatomíneo (barbeiro macho e fêmea) CICLO BIOLÓGICO Inoculação → Tripomastigota metacíclica: • Barbeiro defeca, eliminando nas fezes a forma tripomastigota. • Indivíduo coça o local, inoculando a forma na descontinuidade da pele. Tripomastigota → Amastigota: • Tripomastigota fagocitada por macrófago (flagelada). • Transforma-se em forma amastigota intracelular (sem flagelo). Amastigota → Tripomastigota: • Amastigota se multiplicam (reprodução assexuada), formando amastigotas. • Amastigotas transformam-se me tripomastigotas e causam a ruptura do macrófago. Tripomastigota: atingem o sistema circulatório e infectam órgãos-alvo (coração e TGI) Tripomastigotas → Triatomíneo: • Barbeiro adquire forma tripomastigota durante o repasto de indivíduos infectados. • Tripomastigotas se multiplicam (reprodução sexuada), originando tripomastigotas. o tripomastigota → epimastigota → tripomastigota MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Aguda: • Reações inflamatórias: 4-10 dias após a picada o Sinal de Romaña: edema bipalpebral unilateral, por penetração na conjuntiva. o Chagoma de inoculação, por penetração na pele. Crônica: • Assintomática: pode durar até 10 a 30 anos. o Ausência de sintomas e/ou sinais da doença. o ECG convencional normal; Radiografia normal (coração, esôfago e cólon). o Positividade nos testes sorológicos e/ou parasitológicos. • Sintomática: o Sintomas digestivos: megacolón, megaesôfago. o Sintomas cardíacos: ICC (fibrose), tromboembolismo, aneurisma de ponta. o Sintomas neurológicos: ▪ Decorrente de isquemia provocada por ICC e arritmias. ▪ Não ocorre por migração do trypanosoma. DIAGNÓSTICO Fase aguda: alta parasitemia • Ac inespecíficos: IgM e IgG • Pesquisa direta e indireta do parasita (gota espessa) → forma tripomastigota flagelar Fase crônica: baixa parasitemia • Presença de Ac específicos: o Métodos sorológicos o Xenodiagnóstico o Hemocultura o Inoculação em animais de laboratório Thais Alves Fagundes LEISHMANIOSES TEGUMENTAR VISCERAL: acomete pp crianças (imaturidade imune, desnutrição) ETIOLOGIA Leishmania Braziliensis Guyanensis Amazonenses Chagasi (Brasil) Infantum (Brasil) Donovani (África, Ásia, Europa e Américas) MORFOLOGIA Amastigotas: presente no hospedeiro vertebrado, sem flagelo Promastigota: presente no inseto vetor (forma infectante), com flagelo Paramastigota: presente no TGI do inseto vetor HOSPEDEIRO Invertebrado: flebotomíneo do gênero Lutzomia (mosquito-palha – fêmea) Vertebrados: roedores, marsupiais, canídeos, seres humanos CICLO BIOLÓGICO Inoculação → Promastigotas: • Promastigotas metacíclicas inoculadas durante o repasto sanguíneo. • Injeta saliva do vetor, contendo neuropeptídeos vasodilatadores (maxidilan): o Facilitam a entrada das formas infectantes. o Imunossuprimem o hospedeiro (estado imunossuprimido localizado). Promastigota → Amastigota: • Promastigota fagocitada por macrófago (flagelada), no local de inoculação do parasita. o Lesão inicial, por reação inflamatória localizada no local da picada. ▪ Histiocitoma (tegumentar) aparece em duas semanas a três meses. ▪ Leishmanioma (visceral): aparece em 2 a 6 meses. Após esse processo inicial, pode ocorrer cura ou disseminação hematogênica ou linfática e acometimento de vísceras. • Transforma-se em forma amastigota intracelular (sem flagelo). Amastigota → Amastigotas: • Amastigota se multiplicam (reprodução assexuada) e causam a ruptura do macrófago. • Formas amastigotas são liberadas na corrente sanguínea. o Visceral: capacidade de entrar em órgãos e tecidos (medula óssea, baço, fígado, linfonodos, rins, placas de Peyer, pulmões, pele). Amastigotas intracelulares → Triatomíneo: • Flebotomíneo adquire forma amastigota durante o repasto de indivíduos infectados. • Sugam macrófagos contendo forma amastigota. • Amastigota se multiplicam (reprodução sexuada), originando promastigota (infectante). • Promastigotas no intestino do inseto para diferenciação em promastigotas metacíclicos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Leishmaniose cutânea: infecção na derme, com epiderme ulcerada (úlcera leishmaniótica: configuração circular, bordos altos, fundo granuloso e cor vermelha. Recoberto por exsudato) Leishmaniose cutânea-mucosa: infecção na derme, com úlceras. Lesões metastáticas, com invasão de mucosa e destruição de cartilagem. Leishmaniose cutânea disseminada: infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o corpo. DIAGNÓSTICO Pesquisa do parasito: amastigotas intracelulares. Exame direto por esfregaço de lesões da pele. Exame histopatológico: amastigotas. Fragmento dos tecidos acometidos. Cultura: cultura de fragmentos. Pesquisa do DNA Métodos imunológicos: Teste de Montenegro: inocula-se antígeno. Reação inflamatória local em infectados (forma nódulo). Pesquisa do parasito: preparação material de tecidos (medula óssea, baço, fígado, linfonodo) Pesquisa do DNA Métodos imunológicos: Sorologia: altos níveis de Ac • Reação de imunofluorescência indireta. • ELISA RFC – reação fixação complemento. • TRALD-RICH – teste rápido imunocromatográfico.
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