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HEMATOLOGIA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE Alterações qualitativas das plaquetas Macroplaquetas • São plaquetas que superam o seu tamanho considerado ‘’normal’’ [> 4 micrômetros] o Estas ainda são menores que as hemácias Plaquetas gigantes • São plaquetas excessivamente grandes, e são chamadas assim porque o seu tamanho consegue ser superior ao de uma hemácia Quando elas podem surgir? • A presença de plaquetas com um tamanho aumentado possui as seguintes causas: o Congênitas: síndrome de Bernard-Soulie, anomalia de May- Hegglin, síndrome de Fechtner etc. o Adquiridas: púrpura trombocitopenica autoimune [PTA], coagulação intravascular disseminada [CIVD], neoplasias mieloproliferativas [policitemia vera, leucemia mieloide crônica [LMA], etc.] • Essas alterações precisam ser reportadas em laudo, principalmente se este cursa com plaquetopenia o Se esta condição for associada ao consumo periférico, a medula tende a respostar a esse processo produzindo mais plaquetas – devido a esse processo de produção acelerado, a medula acaba produzindo plaquetas mais jovens e, consequentemente, com tamanho aumentado e de uma atividade funcional muito maior • Pacientes com hepatopatias podem acabar cursando com uma plaquetopenia devido ao fato de o fígado ser o órgão produtor da trombopoetina, hormônio que estimula a medula óssea para a produção de plaquetas o O aumento no tamanho das plaquetas costuma ser proporcional a sua quantidade; plaqueta = ↓ quantidade • O volume plaquetário médio [VPM] costuma estar alto quando há a presença de macroplaquetas e plaquetas gigantes, mesmo quando o paciente apresentar plaqueta baixa; tamanho = VPM o Não é uma regra! O VPM pode estar baixo mesmo que haja um aumento no TAMANHO da plaqueta. ▪ Exemplo: paciente com 800.000 plaquetas – 700.000 são normais, 100.000 estão aumentadas; em média, o VPM se encontrará normal, mas estas que estarão aumentadas DEVEM ser reportadas o IMPORTANTE! Havendo uma GRANDE quantidade de plaquetas de tamanho aumentado, pode haver uma FALSA diminuição de plaquetas, devido ao fato de que a maioria dos aparelhos realizam a contagem por impedância [identifica as células de acordo com o volume], metodologia que utiliza de um tamanho ‘’padrão’’ para uma célula específica que, caso venha a atingir um valor superior ao cadastrado, pode terminar não sendo reconhecida pelo equipamento e deixando de ser contada ▪ É recomendada a metodologia por florescência, por corar as organelas plaquetárias, ou o método de fônio ou Bárbara O’Connor Plaqueta gigante X Linfócito LINFÓCITO – PLAQUETA GIGANTE Microplaquetas • É um evento de raro acontecimento; a redução do tamanho das plaquetas está associada a síndrome de Wiskott-Aldrich o Também são chamadas de microtrombócitos Alteração estrutural • Ocorre a formação de pseudópodes; neste processo, as plaquetas sofrem alterações anômalas na sua forma e, devido a isso, estas têm a capacidade de se aderir a qualquer superfície e/ou outras plaquetas Plaqueta hipogranular • Ocorre a diminuição ou ausência da granulação alfa nas plaquetas; assim, estas assumem uma coloração acinzentada o Esse distúrbio também é conhecido como síndrome da plaqueta cinzenta ou síndrome da plaqueta alfa • Junto a outras alterações ocorre, geralmente, trombocitopenia [devido a redução da meia vida plaquetária e sequestro esplênico] e, também, pode haver predominância de macroplaquetas [macrotrombocitopenia] • Nessa síndrome, apesar das plaquetas se apresentarem em quantidade normal, estas podem não estar exercendo a sua função de forma correta; o Em pacientes com quadro hemorrágico, informações acerca da hipogranularidade é importante, podendo auxiliar o médico sobre a conduta a ser seguida Satelitismo plaquetário • Fenômeno que ocorre in vitro, principalmente em amostra anticoagulada com EDTA; é mediado por autoanticorpos que fazem com que as plaquetas se aderem aos neutrófilos o Pode-se observar em outras células, como monócitos, eosinófilos ou basófilos • NÃO possui significado clínico, mas é importante atentar-se a uma possível plaquetopenia Agregação plaquetária induzida por EDTA • Em algumas amostras anticoaguladas com EDTA, também pode ocorrer agregação plaquetária; também é medida por anticorpos com especificidade contra as glicoproteínas llb/lla das plaquetas, que promovem agregação plaquetária o Antes de solicitar uma nova amostra com um novo anticoagulante, pode-se utilizar o vórtex para a desagregação e tentar uma nova lâmina; se não resolvido, solicita-se uma nova amostra o ATENÇÃO! Plaquetas agregadas podem diminuir falsamente a contagem
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