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CAS 2022 - APOSTILA USO DA FORÃA E TÃCNICAS NÃO LETAIS

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CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Aperfeiçoamento de 
Sargentos - CAS 
 
USO DA FORÇA E 
TÉCNICAS NÃO 
LETAIS 
 
2ª Edição - 2022 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espírito Santo. Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Polícia Militar 
do Espírito Santo. Apostila de Uso da Força e Técnicas Não Letais: Polícia Militar do 
Espírito Santo/Espírito Santo. 2. ed. - Vitória: PMES, 2022. 
27 p.: il, 22cm 
1. Segurança Pública 2. Polícia Militar. 3. Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. 4. Uso 
da Força e Técnicas Não Letais. 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
Mensagem do Diretor 
 
Prezado(a) Aluno(a), 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
ALESSANDRO MARIN – CEL QOCPM 
Diretor de Educação da PMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO _________________________________ Erro! Indicador não definido. 
2. INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Erro! Indicador não definido. 
3. MATRIZ OPERACIONAL DOS NÍVEIS DE SUBMISSÃO E USO DA FORÇA ____ Erro! 
Indicador não definido. 
4. CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS E TECNOLOGIAS RELACIONADAS AO USO DA 
FORÇA _________________________________________ Erro! Indicador não definido.3 
5. AGENTES QUÍMICOS _________________________________________________ 15 
6. PRINCIPAIS AGENTES QUÍMICOS UTILIZADOS NA PMES __________________ 19 
7. PRINCIPAIS RECURSOS UTILIZADOS NO USO DIFERENCIADO DA FORÇA NA 
PMES__________________________________________________________________ 22 
Referências Bibliográficas _________________________________________________ 255 
Ficha Técnica ___________________________________________________________ 26 
 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 5 
1. INTRODUÇÃO 
 
O texto constitucional brasileiro por meio do art. 144 elenca as instituições 
responsáveis pela segurança pública, bem como detalha suas atribuições: 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, 
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e 
do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem 
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, 
incumbe a execução de atividades de defesa civil (BRASIL, 1988). 
 
Entre os órgãos do Sistema de Defesa Social, destaca-se a Polícia Militar, força 
auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, que possui competência para o exercício da 
atividade de polícia ostensiva para a preservação da ordem pública. 
 
O trabalho realizado pela Polícia Militar é complexo e possui diversos fatores, de 
modo que se torna necessário ao operador de segurança pública possuir diversas 
habilidades para compor o rol de possibilidades de intervenção conforme cada caso 
concreto. Entre essas habilidades destaca-se o uso de força (MINAS GERAIS, 
2013). 
 
Nesse entendimento, o uso da força legitimada do Estado funciona como 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 6 
mecanismo de regulação social, de modo que não pode ser utilizado 
indiscriminadamente, sem regras claras quanto a sua utilização (ESPÍRITO SANTO, 
2020). 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) explicita a intenção do 
controle da atividade estatal quanto ao uso da força, uma vez que condena a tortura, 
o tratamento degradante e desumano. 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88), por sua vez, 
recepciona estes termos por meio do artigo 5º, III, sendo que, especificamente 
quanto à tortura, o inciso XLIII, classifica como crime inafiançável e insuscetível de 
graça ou anistia (ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Dentro do cenário brasileiro, a Matriz Curricular Nacional para Ações Formativas dos 
Profissionais da Área de Segurança Pública apresenta a preocupação e a 
necessidade de educar profissionais capazes de lidar com as diferentes formas de 
violência, o que remete ao entendimento de saber operar e compreender as 
consequências em virtude do uso da força em seus mais variados níveis (BRASIL, 
2014; ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Logo, o monopólio do uso da força pelo Estado possui inúmeros elementos de 
regulação, de modo que os agentes encarregados da aplicação da lei devem 
conhece-los, estando aptos e preparados para sua utilização de forma plena e 
adequada (ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
O uso da força é inerente ao trabalho policial militar e, a partir do entendimento de 
que há diferenciados níveis de força, diversas habilidades são exigidas. Assim 
sendo, tomando por base uma proposta de uso diferenciado da força será possível 
conceituar, planejar, treinar e comunicar os critérios sobre o uso da força por parte 
dos policiais, mantendo o equilíbrio adequado em relação a reação dos abordados 
(MINAS GERAIS, 2013). 
 
Cabe destacar que a utilização da força como mecanismo legal deve ser o meio 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 7 
para a garantia da manutenção da ordem jurídica, executada, impreterivelmente, de 
maneira impessoal. A complexidade da ação policial torna o emprego da força 
extremamente meticulosa. Logo, os parâmetros discricionários do agente aplicar da 
lei devem pautar-se em conceitos jurídicos que legitimem a ação do Estado 
(ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
O policial militar, portanto, além de atuar de forma legal também deve descrever de 
maneira objetiva e detalhada, os motivos que o levaram a utilizar determinado nível 
de força, bem como todo o contexto envolvido em sua tomada de decisão 
(ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Ao adotar um modelo de uso diferenciado da força se espera que o Policial Militar 
empregue de forma legal, legítima, conveniente e proporcional os diversos níveis da 
força. Nesse contexto, apresentam-se os instrumentos de menor potencial ofensivo 
com alternativas a serem empregadas de maneira anterior ao uso da força 
potencialmente letal (MINAS GERAIS, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
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 8 
2. INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO 
 
O termo Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) refere-se à Lei nº 
13.060, de 22 de dezembro de 2014, que visa disciplinar o uso dos IMPO pelos 
agentes de segurança pública, em todo o território nacional. Essa legislação 
estabelece que nos cursos de formação e capacitação dos agentes de segurança 
pública deverão existir conteúdos programáticos que os habilitem ao uso dos 
instrumentos não letais, cabendo ao Poder Executivo a edição de regulamento 
classificando e disciplinando a utilização dos instrumentos não letais (ESPIRITO 
SANTO, 2020). 
 
A Secretaria Nacional de Segurança Publica utilizou por muitos anos o termo “não 
letal” para caracterizar o campo de conhecimento atualmente delimitado pela Lei nº 
13.060, de 22 de dezembro de 2014. Entretanto, faz-se importante ressaltar que a 
definição “não letal” possui ponto de interesse no objetivo que pretende alcançar e 
não na descrição do sistema (ALEXANDER 2003). 
 
Fica evidente, portanto, que o predicado “não letal” não significa que essas armas 
não podem causar a morte, mas que sua intenção é de que nãoo sejam, e para o 
caso de serem utilizadas seja improvável o resultado morte ou dano permanente 
(CHARLES, 2013, p. 16). 
 
Assim, conforme assevera Riani (2013, p. 85): 
 
é preciso entender que a não letalidade é mais do que um conjunto de 
técnicas ou de equipamentos. O conceito de não-letalidade é o que rege 
toda a produção, utilização e aplicação de técnicas, tecnologias, armas, 
munições e equipamentos não-letais em atuações policiais. O EAL que 
pauta suas ações por este conceito sabe que deve utilizar todos os recursos 
disponíveis e possíveis para preservar a vida de todos os envolvidos em 
uma ocorrência policial, antes de usar a força letal. 
 
Portanto, com vistas a adequação à legislação vigente tomaremos como referencia a 
conceituação “Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo”. 
 
A Secretaria Nacional de Segurança Pública traz a reflexão de que os instrumentos 
de menor potencial ofensivo, por si só, não garantem a “não letalidade”, enfatizando 
a importância do treinamento e a maturidade profissional para correta utilização 
desses instrumentos. Portanto, o objetivo de reduzir ao máximo o resultado morte 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
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somente será alcançado caso o profissional que operar o instrumento de menor 
potencial ofensivo for devidamente capacitado. 
 
Os instrumentos de menor potencial ofensivo têm ampla aplicação na área da 
segurança pública e, diferentemente das armas letais convencionais, que destroem 
principalmente por meio de explosão, penetração e fragmentação, os IMPO 
empregam outros meios, que não a destruição física para neutralizar seus alvos 
(ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Essas tecnologias tem o objetivo, portanto, de reduzir a letalidade das ações 
policiais, quando oferece outras ferramentas para o uso seletivo da força, 
amparando a ação policial, tanto no âmbito moral e ético, mas principalmente na 
esfera legal (ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
A doutrina base para o Curso de Operações Químicas, promovido pelo Batalhão de 
Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Distrito Federal, referência 
nacional no assunto, dissemina a ideia de não existir distinção consistente entre os 
termos não letal e menos que letal. Imprescindível, portanto, é o conhecimento 
técnico do profissional acerca de cada munição, equipamento e suas características 
no emprego real, para que as armas ditas não letais surtam os efeitos esperados e 
não produzam letalidades ou lesões graves (ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Nesse contexto, o conceito de Arma não Letal: 
 
São armas especificamente projetadas e empregadas para incapacitar pessoal 
ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes, ferimentos 
permanentes no pessoal, danos indesejáveis a propriedade e possuam 
comprometimento com o meio-ambiente (ESPÍRITO SANTO, 2020, grifo nosso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
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3. MATRIZ OPERACIONAL DOS NÍVEIS DE SUBMISSÃO E USO DA 
FORÇA 
 
Objetivando a teoria que envolve o uso da força legal por parte do Estado à prática 
policial, diversos protocolos foram criados em distintos países, resultando em 
inúmeros modelos esquemáticos, dentre os quais adotaremos neste curso o modelo 
desenvolvido no Centro de Treinamento da Polícia Federal (Federal Law 
Enforcement Training Center - FLETC). 
 
 
 
NÍVEIS NÍVEL DE SUBMISSÃO NÍVEL DE USO DA FORÇA 
NÍVEL 1 
NORMALIDADE 
Situação rotineira em que não 
há a necessidade de 
intervenção direta dos 
agentes de segurança, em 
nenhuma situação específica. 
PRESENÇA FÍSICA 
Prevenção de crimes ou 
contravenções. O infrator buscará, 
em tese, local com maior facilidade 
para a prática de delitos. 
NÍVEL 2 
COOPERAÇÃO 
O oponente é positivo e 
submisso às determinações, 
não oferece resistência e 
obedece. Pode inclusive, ser 
abordado, revistado e 
algemado com certa 
facilidade, caso seja 
VERBALIZAÇÃO 
Habilidades de comunicação por 
parte do agente. Muitas vezes por 
meio da verbalização se consegue 
maior eficácia do que a utilização 
de outros níveis de força 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
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necessário. 
NÍVEL 3 
RESISTÊNCIA PASSIVA 
O oponente pode oferecer 
um nível preliminar de 
desobediência que, via de 
regra, consiste no não 
acatamento das ordens do 
agente público. O indivíduo 
permanece parado, 
recusando-se em obedecer. A 
conduta é primordialmente 
passiva, não existindo a 
resistência física aos 
procedimentos dos agentes. 
TÉCNICAS DE MÃOS LIVRES E IMPO 
Utilização de técnicas que permitem 
alcançar os objetivos almejados 
pelo agente público sem causar 
lesões aos oponentes ou 
minimizando-as. 
NÍVEL 4 
RESISTÊNCIA ATIVA 
O oponente oferece 
resistência (por meio de força 
física ou de intensidade de 
ações) às técnicas 
empregadas pelo agente. A 
indiferença aumenta a um 
nível de forte desafio físico. 
Exemplo: Fuga. 
INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL 
OFENSIVO 
O emprego de técnicas de mãos 
livres ainda é eficiente. Usam-se 
instrumentos de menor potencial 
ofensivo, os quais possuem maior 
potencial de força. Tais tecnologias 
podem causar lesões de baixa 
gravidade. 
NÍVEL 5 
AGRESSÃO NÃO LETAL 
O agressor age com 
resistência ativa e hostil contra 
os agentes de segurança ou 
terceiros, culminando em 
ataque físico. 
INSTRUMENTOS DE MAIOR POTENCIAL 
OFENSIVO 
Usam-se instrumentos capazes de 
cessar imediatamente a 
confrontação ao agente de 
segurança ou a terceiros. Todas as 
tecnologias utilizadas nos itens 
anteriores são passíveis de serem 
utilizadas assim como outras mais 
contundentes tais como uso de 
bastões, tropa montada, utilização 
de granadas, dentre outros. 
NÍVEL 6 
AGRESSÃO LETAL 
Ameaça iminente a vida do 
agente ou de terceiros. 
FORÇA POTENCIALMENTE LETAL 
Visa cessar a ameaça ou agressão 
letal e assegura a submissão e 
controle definitivos. É o caso mais 
extremo de nível de uso da força e 
devem ser utilizado depois de 
esgotados todos os outros recursos 
anteriores. 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
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Ao analisar o modelo acima apresentado percebe-se o escalonamento dentro dos 
próprios Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo, apresentando as expressões 
MAIOR, MÉDIO e BAIXO, com o intuito de esclarecer que há a necessidade da 
percepção do nível de resistência apresentada para que seja aplicada a força 
necessária. A seleção da melhor opção tecnológica a ser utilizada está intimamente 
ligada às circunstâncias que os casos concretos apresentam (ESPÍRITO SANTO, 
2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
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4. CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS E TECNOLOGIAS 
RELACIONADAS AO USO DA FORÇA 
 
Riani (2013) destaca que as Técnicas Não Letais são classificadas de acordo com 
três critérios básicos: tipo de alvo, tecnologia empregada e o emprego tático. 
 
 
4.1 QUANTO AO TIPO DE ALVO 
 
a) Anti-pessoal: quando a arma/equipamento/tecnologia tem como objetivo o 
indivíduo (espargidores de agentes lacrimogêneos, munições de impacto controlado, 
armas de condutividade elétrica, granadas explosivas, etc.), no intuito de conter 
fugas, agressões ou mesmo força-lo a adotar condutas como desocupar um local 
determinado. 
b) Anti-material: quando a arma/equipamento/tecnologia tem como objetivo 
veículos ou instalações (redes para veículos, arames embaraçadores, tiras de 
espetos, pulso eletromagnético não nuclear, laser contra sensores, etc.) a fim de 
paralisar suas atividades. 
 
4.2 QUANTO A TECNOLOGIA 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
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a) Física: usam a energia cinética ou ação física para debilitar ou incapacitar 
(projéteisde impacto controlado, jatos d’água, redes de imobilização de pessoas ou 
veículos e tira de espetos). 
b) Química: usam agentes químicos para debilitar ou incapacitar por reação química 
entre o agente químico e a pessoa, ou objeto (CS, OC, supercolas, agentes 
derivados de petróleo utilizados contra instalações e pneus de veículos). 
c) Energia dirigida: usam irradiação térmica ou energia acústica para debilitar ou 
incapacitar (origem eletromagnética: luzes estonteantes, granadas de luz e som, 
laser não cegante, armas de atordoamento, luzes pulsantes / estroboscópicas, 
micro-ondas, hologramas; ORIGEM ACÚSTICA, as ruidosas e os infrassons). 
d) Biológica: usam seres vivos como instrumentos de força, sendo os mais 
utilizados os semoventes (cães, cavalos e búfalos). 
e) Impacto psicológico: usam técnicas de dissuasão para influenciar 
psicologicamente os indivíduos, contribuindo para evitar o uso da força fídica 
(movimento de tropa de choque e blindados). 
 
4.3 QUANTO AO EMPREGO TÁTICO 
 
a) Incapacitante: tira totalmente a capacidade operativa do opositor (na PMES os 
únicos são a Taser M26 e a Condor Spark). 
b) Debilitante: atua principalmente causando dor, no desconforto ou na inquietação 
reduzindo a capacidade combativa/operativa. 
c) Proteção: são empregados para a defesa do agente de segurança pública 
(capacete, escudo, máscara de proteção contra gases, colete balístico e trajes anti-
tumulto). 
 
 
 
 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
2022 
 15 
5. AGENTES QUÍMICOS 
 
Os agentes químicos se caracterizam por serem substâncias que se dispersam 
através do ar através de processos químicos especiais, causando uma série de 
efeitos psicofisiológicos, instantâneos e não permanentes, causando irritações nos: 
• Olhos 
• Boca 
• Garganta 
• Pulmões 
• Pele 
• Mucosas 
 
Além disso há sensação de queimação, lacrimejamento intenso, fechamento 
involuntário das pálpebras, dores no peito, dificuldade respiratória, tosse, náuseas e 
diarreia, de modo que a pessoa atingida, torna-se temporariamente incapaz (MINAS 
GERAIS, 2013). 
 
Em razão dos efeitos causados os agentes químicos são projetados e usados com a 
finalidade de incapacitar, momentaneamente, indivíduos, bem como dispersar 
multidões, minimizando as mortes e os ferimentos mais graves (MINAS GERAIS, 
2013). 
 
5.1 CLASSIFICAÇÃO 
 
Pode-se classificar os agentes químicos considerando a sua classificação básica, 
estado físico, emprego tático e efeitos fisiológicos. 
 
5.1.1 Classificação Básica 
 
Basicamente os agentes químicos são classificados como gases, fumígenos ou 
incendiários. 
a) Gases são os agentes químicos utilizados com o objeto de neutralizar pessoas a 
partir de efeitos específicos, de acordo com sua composição. Ao se classificar os 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
Diretoria de Educação 
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gases, não se considera o estado físico inicial do agente, podendo ser sólido, 
líquidos ou gasosos; 
b) Fumígenos são agentes químicos que, através da queima, hidrólise ou 
condensação, produzem fumaça ou neblina; 
c) Incendiários são os agentes que, gerando altas temperaturas, provocam 
incêndios em materiais combustíveis. 
 
5.1.2 Estado Físico 
 
Quanto ao estado físico os agentes químicos podem se apresentar nas formas: 
a) Sólida – em pó ou cristais, prensado ou granulado; 
b) Líquida – comum ou pressurizado; 
c) Gasosa – Submetido a condições normais os agentes não se apresentam, 
inicialmente, em estado físico gasoso. Normalmente apresentam-se no estado físico 
sólido, passando ao estado físico gasoso através da queima, ou ainda, inicialmente 
no estado físico líquido, passam ao estado gasoso pela evaporação. 
 
5.1.3 Emprego Tático 
 
Para fins de emprego tático, os agentes químicos se classificam em: 
a) Causadores de baixa – Levam a morte ou incapacitação prolongada em virtude 
dos efeitos que produzem sobre o organismo humano; 
b) Inquietantes – Agentes químicos que produzem efeitos leves e temporários, 
contudo, desagradáveis, de forma a reduzir a capacidade combativa daqueles que 
são expostos a esses agentes; 
c) Incapacitantes – São os agentes químicos que atuam sobre as funções 
psíquicas do individuo, levando a perturbação mental e desordem muscular; 
d) Fumígenos – Os agentes químicos fumígenos se dividem em dois grupos: 
- De cobertura: Usados com a intenção de cobrir o ambiente com fumaça, 
dificultando a visualização; 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
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 17 
- De sinalização: Empregado em ações e operações em que há necessidade de 
sinalização, razão pela qual, é representado por fumaça colorida. 
e) Incendiários – Empregados para provocar incêndios em instalações e materiais, 
ou contra pessoas. 
 
A PMES emprega taticamente os agentes químicos inquietantes e os fumígenos em 
suas ações/operações. 
 
5.1.4 Efeitos Fisiológicos 
 
É a classificação dos agentes químicos que leva em consideração os efeitos que 
podem ser causados sobre o organismo humano: 
a) Sufocantes – Geram irritação e inflamações nas vias respiratórias (brônquios e 
pulmões); 
b) Vesicantes – Agem sobre a pele ocasionando queimaduras e, também sobre os 
olhos, provocando cegueiras e conjuntivite; 
c) Tóxicos do sangue – Uma vez absorvidos pelo organismo, afetarão funções 
vitais ao se combinarem com a hemoglobina, de modo a bloquear a capacidade do 
sangue em transportar oxigênio; 
d) Tóxicos dos nervos – Uma vez absorvidos pelo organismo, afetarão as funções 
vitais ao agir sobre o sistema nervoso; 
e) Lacrimogêneos – Agem sobre os olhos e as vias áreas superiores, produzindo 
irritação, dor intensa, lacrimejamento, salivação abundante e náuseas; 
f) Vomitivos – Provocam tosses, espirros, náuseas, vômitos e debilidade mental, 
com efeitos temporários; 
g) Psicotóxicos – Agem sobre as funções físicas e mentais, ocasionando falta de 
coordenação muscular, perda de equilíbrio, perda de visão e perturbação mental. 
 
5.2.2 Persistência 
 
 
CAS – USO DA FORÇA E TÉCNICAS NÃO LETAIS 
 
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A persistência consiste no período de tempo que o agente permanece em 
concentração eficiente no ponto em que foi lançado. A persistência do agente 
químico irá variar conforme seu estado físico, bem como suas propriedades físicas e 
químicas. 
 
Fatores como a temperatura, velocidade do vento, processos de dispersão, 
estabilidade do ar, topografia do terreno, vegetação, natureza do solo, bem como a 
quantidade lançada, influenciarão diretamente na persistência do agente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. PRINCIPAIS AGENTES QUÍMICOS UTILIZADOS NA PMES 
 
Os agentes químicos mais utilizados como instrumentos de menor potencial ofensivo 
pela PMES são os lacrimogênios, quais sejam, o 2-clorobezilidenomalononitrila ou 
ortoclorobenzalmalonitrilo (CS), sintetizado em laboratório, e os a base de 
Capsaicinóides, chamados popularmente de “gás de pimenta” ou no meio militar de 
OC, caracterizado por ser uma substância natural extraída das pimenteiras 
(ESPÍRITO SANTO, 2020; RIANI, 2013). 
 
6.1 ORTOCLOROBENZALMALONITRILO – CS 
 
O 2-clorobezilidenomalononitrila ou ortoclorobenzalmalonitrilo é conhecido no 
ambiente militar pela sigla “CS”, sendo empregado por policiais para dispersar 
multidões e conter manifestantes sem, contudo, causar mortes ou lesões 
permanentes. O CS é utilizado de modo a causar mal-estar no alvo, mas como a 
concentração é controlada, se torna incapaz de causar agravos permanentes ou 
óbitos (ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
A sigla CS se refere ao agente químico 2-clorobezilidenomalononitrila e não possui 
relação com a sua composição orgânica. A sigla é uma homenagem aos 
descobridoresdo composto, os ingleses Carson e Stougton, funcionários do 
laboratório inglês de armas químicas, o CBW, na década de 1930 (ESPÍRITO 
SANTO, 2020). 
 
São efeitos fisiológicos do agente químico CS: 
 
 
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Fonte: Minas Gerais, 2013. 
 
6.2 OLEORESINA DE CAPSAICINA – OC 
 
A oleoresina de capsaicina (oleoresin capsicum), também é muito utilizada por 
agentes de segurança pública, e é extraída dos grupos químicos chamados de 
capsaicinóides, sendo estes encontrados nas pimenteiras. Também conhecido pela 
sigla OC, a oleoresina de capsaicina é popularmente conhecida como “gás de 
pimenta”. 
 
Os efeitos fisiológicos do OC são análogos aos apresentados no caso de uso do CS 
e podem ser verificados no quadro acima, entretanto, a ação do OC no corpo 
humano provoca maior ardência que o CS. Já o CS provoca maior sensação de 
constrição no peito e sufocamento, quando em contato com as vias aéreas do 
homem. Além disso, a descontaminação do CS tende a ser mais rápida que a do OC 
(ESPÍRITO SANTO, 2020). 
 
Esses agentes químicos podem ser usados pelos policiais, quando esses avaliam a 
ocorrência e lançam mão de espargidores, de munições para lançamento do agente 
químico, de projéteis detonantes e de granadas. 
 
 
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Tanto o CS quanto o OC desempenham importante papel para os profissionais da 
segurança pública, porque quando usados, alinhados à técnica e à conduta 
operacional adequada, ajudam a dispersar multidões, isolar áreas, bem como 
debilitar possíveis infratores (Riani, 2013). 
 
Além do CS e do OC, o hexacloroetano (C2Cl6), abreviado no meio militar como HC, 
também é bastante usado pelas Polícias Militares. Essa substância é usada na 
fabricação das granadas de efeito moral, usadas no controle de distúrbios civis, já 
que é um eficaz produtor de fumaça e também como sinalizadora, no caso da 
necessidade de produzir fumaça colorida. À temperatura ambiente se apresenta no 
estado sólido, porém quando em contato com o ar passa o estado gasoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. PRINCIPAIS RECURSOS UTILIZADOS NO USO DIFERENCIADO 
DA FORÇA NA PMES 
 
As principais tecnologias e instrumentos de menor potencial ofensivo usados pela 
PMES são os bastões, lançadores, munições de impacto controlado (MIC), 
espargidores, granadas, Dispositivos Elétricos Incapacitantes (DEI ou DEC) e os 
equipamentos de proteção individual e coletiva. 
 
7.1 BASTÕES 
 
Os bastões representam ferramentas de extrema importância para a atuação do 
Policial Militar, não somente pela sua utilização efetiva, mas também pelo impacto 
psicológico produzido, quando os militares são vistos portando adequadamente esse 
instrumento. Os mais usados pela Polícia Militar são: o bastão cilíndrico e linear, 
feito em madeira ou polímero e o modelo tipo tonfa ou PR-24, geralmente 
confeccionado em polímero. 
 
O uso de bastões deve ser treinado continuamente e fiscalizado por quem tem essa 
função, porque tanto a forma como o Policial Militar porta o bastão (postura e local 
adequado para o bastão), quanto a maneira como fará o uso efetivo, caso 
necessário (técnica operacional e habilidade), são determinantes para a obtenção de 
um resultado mais aceitável para seu uso. É considerado, como já apresentado, 
uma arma não letal contundente. 
 
7.2 LANÇADORES 
 
Em regra, lançadores são os dispositivos especialmente desenvolvidos para o 
lançamento e dispersão de agentes químicos e para disparo de munições de menor 
potencial ofensivo. 
 
São utilizados pela PMES, para as finalidades elencadas, a espingarda calibre 12, 
os lançadores para munições calibre 37mm a 40mm (Lançador Federal, True Fly, 
AM 600, AM 637 e AM 640), e o lançador FN 303. 
 
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7.3 MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO 
 
As munições de impacto controlado representam outra possibilidade de uso policial, 
porque associada às outras ferramentas e estratégias, o seu uso contribui para 
alcançar o sucesso na ação policial. Elas podem ser usadas tanto em controle de 
distúrbios e rebeliões em presídios quanto em ocorrências policiais corriqueiras, mas 
que seja necessário reduzir a resistência e a capacidade combativa do agressor. 
 
A distância recomendada pelo fabricante, para efetuar disparos é de 20m, exceção 
feita para as munições modelo PSR, que podem ser usadas a distâncias a partir de 
5m e para as usadas no lançador FN 303, que podem ser disparadas a partir de 1m. 
 
O disparo de munições de impacto controlado deve sempre visar atingir o infrator 
nos membros inferiores (nas pernas). O disparo nunca deve ser feito visando o solo 
ou parede de edificação, para evitar o ricochete e uma direção secundária 
indesejável para o projétil. 
 
7.4 PRINCIPAIS GRANADAS UTILIZADAS PELA PMES 
 
As granadas usadas pela PMES são artefatos, que por meio de um processo 
específico liberam agente químico no ambiente. Esse processo que ocorre para 
eliminação do agente químico é característico do tipo de granada que se usa. Em 
regra, em todas as granadas, após o processo de iniciação, o sistema gera a queima 
de pólvora, para ocorrência das demais fases até a eliminação do agente químico do 
interior do artefato. 
 
Essas granadas são divididas basicamente em dois grupos: granadas explosivas, 
nas quais ocorre a detonação de carga explosiva, para rompimento do invólucro de 
borracha, para, em seguida ocorrer a eliminação do agente químico, e granadas 
fumígenas, nas quais não ocorre o rompimento do corpo da granada, porém, surgem 
aberturas para liberação do agente químico. Essas granadas fumígenas podem ser 
apenas fumígenas (à base de hexacloroetano) ou fumígenas e lacrimogêneas (com 
CS ou OC em seu interior). 
 
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7.5 DISPOSITIVOS ELÉTRICOS INCAPACITANTES 
 
As Pistolas Elétricas TASER e SPARK são constituídas basicamente por uma 
bateria (conjunto de pilhas) acoplada a uma pistola que dispara dois dardos munidos 
de eletrodos. Estes eletrodos são semelhantes a anzóis e podem penetrar até uma 
profundidade de cinco centímetros no corpo. 
 
Os eletrodos estão preparados para se espetarem na pele ou nas roupas do atingido 
sem se soltarem. São disparados através de um sistema de ar comprimido a uma 
velocidade de aproximadamente 180 metros por segundo e permanecem ligados à 
arma através de fios. 
 
A arma pode também ser usada como uma arma de contato causando desconforto e 
dor. Através dos elétrodos são descarregados 50000 volts de eletricidade durante 
cinco segundos e a descargas podem ser repetidas várias vezes. 
 
No caso da TASER, a carga transmitida pelos eletrodos pode ser prolongada além 
dos 5 segundos se o gatilho permanecer pressionado, diferentemente da SPARK, 
que interrompe automaticamente o ciclo após os 5 segundos, mesmo com o gatilho 
sendo pressionado. Esta descarga elétrica de alta voltagem provoca contrações 
musculares violentas e incontroláveis, dor generalizada e o colapso gradual do 
indivíduo. 
 
Os espasmos podem ser violentos de tal forma que chegam a provocar fraturas 
ósseas. Um indivíduo que seja submetido a várias descargas pode ficar inconsciente 
e sofrer queimaduras (no caso da TASER), lesões que o fabricante nacional da 
SPARK afirma não existirem. 
 
Essas pistolas foram classificadas pelo Exército nacional como de uso restrito das 
polícias e das guardas municipais. A pistola elétrica SPARK é de fabricação nacional 
enquanto a TASER apenas possui representação no Brasil, sendo de fabricação 
Norte americana. 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 
ALEXANDER, John B. Armas não-letais: alternativas para os conflitos do século 
XXI. Tradução de José Magalhães de Souza. Rio de Janeiro - Welser-Itage: Condor, 
2003. 374 p. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. 
 
BRASIL. Ministério da Justiça e Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Guia de 
Direitos Humanos: conduta ética, técnica e legal para Instituições Policiais Militares. 
Brasília, 2008. 
 
BRASIL. Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da 
República. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010. 
Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública. 
Brasília: 2010. 
 
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Rede 
Nacional de Educação a Distância para Segurança Pública. Curso Técnicas e 
Tecnologias Não-Letais. Marcelo Tavares de Souza e Marsuel Botelho Riani. 
 
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Diretrizes 
para as atividades formativas para os profissionais da área de segurança 
pública no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública – SUSP. Brasília, 
2003. 
 
ESPÍRITO SANTO. Polícia Militar. Apostila de Uso Diferenciado da Foça – Curso 
de Formação de Soldados. Vitória: PMES, 2020. 56 p. 
 
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.012/2013-
CG: Regula a Utilização de Armamentos, Equipamentos e Munições de Menor 
Potencial Ofensivo na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte: PMMG – 
Comando-Geral, 2013. 212 p. 
 
RIANI, Marsuel Botelho. Técnicas Não-Letais na Segurança Pública e Privada. 
São Paulo: Sicurezza, 2013. 214 p. 
 
SILVA, Charles Souza. Aspectos táticos e econômicos para o emprego de 
técnicas não letais durante as manifestações de junho e julho de 2013 na 
Grande vitória. 2013. 75 f. Monografia. Faculdade Brasileira. Vitória, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 
 
APOSTILA / COORDENAÇÃO 
CAP QOC VINÍCIUS MUZI RIOS 
 
APOSTILA / CONTEUDISTA 
CAP QOC VINÍCIUS MUZI RIOS 
 
 
 
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