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Resumo Direito das Obrigações - Noções gerais e classificação

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Direito das obrigações
noções introdutórias
● O Direito das Obrigações abrange os contratos, os atos unilaterais, os títulos de créditos e a
responsabilidade civil.
Direito das obrigações
Conceito Relação jurídica entre uma
pessoa (sujeito ativo) e uma
coisa
Princípios Autonomia privada
Responsabilidade
patrimonial
Direito de sequela
Objeto Prestação
Duração Temporário
Quantidade Numerus apertus
Formação Vontade
Eficácia Inter partes
Exercício Indireto
Sujeito passivo Determinado ou determinável
● Obrigação é a relação jurídica transitória que estabelece vínculos jurídicos entre duas partes
(credor e devedor), cujo objeto é uma prestação pessoal (dar, fazer ou não fazer), garantindo o
cumprimento, sob pena de coerção patrimonial.
↪ Características: patrimonialidade, transitoriedade, pessoalidade e prestacionalidade.
↪ Elementos essenciais da obrigação:
○ Elementos subjetivos: sujeito ativo e sujeito passivo.
○ Elemento objetivo: prestação.
○ Elemento abstrato: vínculo jurídico.
↪ Fontes das obrigações:
○ Lei - fonte imediata.
○ Contrato, declaração unilateral de vontade ou prática de um ato ilícito → lei é fonte
mediata.
● Obrigação, dever e ônus:
↪ Obrigação: comportamento específico e individualizado que vincula sujeitos determinados.
↪ Dever: comportamento genérico imposto a todas as pessoas da sociedade de forma
indeterminada.
↪ Ônus: comportamento cuja realização visa à satisfação de interesse próprio.
● Débito e responsabilidade:
↪ Débito: dever de pagar; aspecto pessoal.
↪ Responsabilidade: submissão do patrimônio do devedor ao cumprimento da obrigação em
favor do credor; aspecto patrimonial.
● Obrigação natural é o débito em que não se pode exigir, judicialmente, a responsabilização
patrimonial do devedor, mas, caso seja cumprido, não caracterizará pagamento indevido e não
poderá exigir-se a restituição do que foi pago.
espécies de obrigações
Obrigações de dar:
● Dar é entregar → tradição: expressão que define o ato da entrega.
● Refere-se a uma coisa determinada ou determinável.
● Dividem-se em obrigação de dar coisa certa (arts. 233 a 242 do CC/02) e obrigação de dar coisa
incerta (arts. 243 a 246 do CC/02).
● Obrigação de dar coisa certa: o credor se obriga a dar uma coisa individualizada cujas
características foram acertadas pelas partes.
↪ Perda da coisa: destruição total da coisa (chamado de perecimento caso seja total).
○ Sem culpa do devedor: a obrigação é resolvida, retornando ao status quo anterior, não
havendo obrigação de pagar perdas e danos (arts. 234 e 238).
○ Com culpa do devedor: o credor terá direito a receber o valor equivalente acrescido de
perdas e danos (arts. 234 e 239).
↪ Deterioração da coisa: destruição/perda parcial.
○ Sem culpa do devedor: o credor pode optar por resolver a obrigação ou receber a coisa
com abatimento proporcional à depreciação (art. 235).
○ Com culpa do devedor: mesmas opções oferecidas no art. 235 ou recebimento do
equivalente à coisa em dinheiro (caso se trate de obrigação de restituir), acrescidas do
direito à indenização por perdas e danos (art. 236).
● Obrigação de dar coisa incerta: seu objeto é a entrega de coisa não considerada em sua
individualidade, considerada apenas no gênero a que pertence.
↪ Coisa incerta: coisa indeterminada, mas suscetível a determinação futura.
↪ A escolha pertence ao devedor (art. 244).
Obrigação de fazer:
● O devedor se compromete perante ao credor a prestar algum ato ou fato, seu ou de terceiro.
● Em regra, são intuitu personae → art. 247. Mas, caso seja impessoal, ela é exequível por terceiro
à custa do devedor que não cumpre a prestação → art. 249.
● A obrigação de fazer pode ser:
↪ Fungível: obrigação que pode ser cumprida por outra pessoa, às custas do devedor
originário.
↪ Infungível: só pode ser cumprida pelo devedor em decorrência da natureza da obrigação ou
do instrumento obrigacional.
● Inadimplemento das obrigações:
↪ Obrigações fungíveis:
○ Com culpa do devedor:
I. Exigência de cumprimento forçado da obrigação por meio de tutela específica,
com a possibilidade de fixação de multa ou astreintes (art. 497 do CPC e art. 84
do CDC).
II. Exigência de cumprimento da obrigação por terceiro, às custas do devedor
originário (art. 816 e 817 do CPC e art. 249, caput do CC).
III. Não interessando mais a obrigação de fazer, o credor poderá requerer a conversão
em perdas e danos (art. 248 do CC).
○ Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação sem a necessidade de pagamento de
perdas e danos (art. 248)
↪ Obrigações infungíveis:
○ Com culpa do devedor: opções I e III da obrigação fungível com culpa do devedor.
○ Sem culpa do devedor: resolução da obrigação sem perdas e danos (art. 248).
Obrigação de não fazer:
● Obrigação negativa, consubstanciada em uma abstenção. O devedor está impedido de agir.
● Personalíssima e infungível.
● Inadimplemento da obrigação:
↪ A inadimplência inicia-se quando o devedor executar o ato ao qual deveria se abster (art.
390).
↪ O credor pode exigir o cumprimento forçado por meio de tutela específica, com a
possibilidade de fixação de multa e astreintes (art. 497 do CPC e art. 84 do CDC).
↪ O credor pode exigir perdas e danos caso não seja interessante a obrigação de não fazer (art.
251).
Obrigação propter rem:
● Obrigação que recai sobre uma pessoa em decorrência de um direito real.
● Exemplos: arts. 1277, 1315, 1336 e 1297, § 1o do CC.
● O devedor responde com todos os seus bens, de forma ilimitada.
● Os efeitos da obrigação permanecem em qualquer circunstância.
● Pode ser uma prestação positiva ou negativa.
● Se vincula a uma coisa.
Obrigação natural:
● Débito em que não se pode exigir, judicialmente, a responsabilização patrimonial do devedor,
mas, caso seja cumprido, não caracterizará pagamento indevido e não poderá exigir-se a
restituição do que foi pago.
● Exemplos: arts. 588, 814 e 882 do CC.
● Aplicam-se todos os elementos estruturais de uma obrigação, salvo a exigibilidade da prestação
pelo devedor.
Obrigação alternativa:
● São aquelas que têm por objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor se exonera
cumprindo apenas uma delas.
● A escolha é do devedor (art. 252).
● Impossibilidade de cumprimento das prestações:
↪ Sem culpa do devedor: concentração da dívida na prestação remanescente.
↪ Por culpa do devedor, cuja escolha couber ao credor: se uma das prestações se
impossibilitar, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da que se
impossibilitou, acrescido de perdas e danos.
↪ Impossibilidade total: sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação; com culpa do devedor,
se a escolha couber a ele, pagará o valor da prestação que se impossibilitou por último, mais
perdas e danos, se a escolha couber ao credor, este poderá exigir o valor de qualquer das
prestações, mais perdas e danos.
Obrigações facultativas:
● Consiste na entrega de um único objeto, mas ao devedor é facultado, à sua escolha, desde que
acordado previamente, substituir a prestação quando do cumprimento da obrigação.
● Impossibilidade de cumprimento:
↪ Obrigação principal nula ou impossível: a obrigação acessória também será nula ou
impossível.
↪ Obrigação acessória nula ou impossível: subsiste a obrigação principal.
Obrigação divisível e indivisível1:
● Divisíveis: admitem o cumprimento fracionado das prestações.
● Indivisíveis: devem ser cumpridas por inteiro.
● Divisibilidade das obrigações de dar, fazer ou não fazer:
↪ Obrigações de dar: podem ser divisíveis ou indivisíveis, a depender da divisibilidade do
objeto.
↪ Obrigações de fazer: só serão divisíveis se a atividade puder ser fracionada.
↪ Obrigações de não fazer: em regra, são indivisíveis.
● Legislação:
↪ Art. 257 → presume-se que a obrigação divisível está dividida em partes iguais para todos os
credores e devedores.
↪ Arts. 260, 261 e 262 → pluralidade de credores e um só devedor: cada credor somente
receberá a sua parte e a insolvência de um não aumenta a quota-parte do outro.
↪ Art. 259→ pluralidade de devedores: cada um será obrigado pela dívida toda.
Obrigação solidária:
● Ocorre quando há mais de um credor (obrigação complexa subjetiva ativa) ou mais de um
devedor (obrigação complexa subjetiva passiva).
● Pela solidariedade, cada credor possui direito sobre a dívida toda, ou cada devedor está obrigado à
dívida toda.
● Art. 265 → a solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes.
● Art. 266 → subdivisões da solidariedade.
● Solidariedade ativa:
↪ Tipo de solidariedade em que há multiplicidade de credores.
↪ Art. 267 → cada credor tem direito a receber a prestação por inteiro, respondendo perante
aos demais credores.
↪ Art. 269 → o pagamento a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do
que foi pago.
↪ Art. 270 → morte de um dos credores solidários.
↪ Art. 271 → impossibilidade da obrigação por culpa do devedor, conversão em perdas e
danos, o que não extingue a solidariedade.
↪ Art. 272 → remissão da dívida por um dos credores faz com que ele responda perante aos
demais pela parte que lhes caiba.
1 Só há que se falar em divisibilidade ou indivisibilidade da obrigação se houver pluralidade de credores ou de
devedores. Se houver um único devedor obrigado a um só credor, a obrigação será indivisível.
● Solidariedade passiva:
↪ Ocorre quando há multiplicidade de devedores.
↪ Art. 275 → o credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns devedores, parcial ou
totalmente, a dívida comum.
↪ Art. 276 → o falecimento de um dos devedores cessa a solidariedade em relação aos seus
sucessores.
↪ Art. 277 → a remissão ou o pagamento parcial por um dos devedores não atinge os demais
devedores em relação à integralidade da dívida.
↪ Art. 279 → impossibilidade da prestação por dolo ou culpa de um dos devedores leva ao
permanecimento da solidariedade ao pagamento da dívida, mas apenas o culpado responde
pelas perdas e danos.
↪ Art. 283 → o devedor que satisfizer a dívida em sua integralidade tem direito a exigir de
cada co-devedor sua quota-parte.
↪ Art. 284 → pretensão de nivelamento.

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