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RESUMO DIREITO CIVIL II - Teoria geral das obrigações e responsabilidade civil

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OBRIGAÇÃO No. 1 
ELEMENTO SUBJETIVO 
(Sujeitos) 
ELEMENTO OBJETIVO 
(Objeto) 
ELEMENTO ABSTRATO OU 
VIRTUAL (Vínculo Jurídico) 
CREDOR 
(Sujeito 
ativo) 
DEVEDOR 
(Sujeito 
passivo) 
DIRETO OU 
IMEDIATO 
 
INDIRETO 
OU 
MEDIATO 
1. DEVER 
CORRELATO 
2. 
RESPONSABILIDADE 
 
O Banco. 
 
Quem fez o 
financiamento. 
 
 
A prestação 
(atividade / 
dever) de 
pagar pelo 
financiamento. 
 
O dinheiro. 
 
Dever do 
devedor é 
devolver o 
dinheiro 
em suaves 
parcelas 
após a 
formatura. 
 
 
Em caso de 
inadimplemento, o 
Fies pode 
responsabilizar 
judicialmente o 
estudante, se não 
devolver o dinheiro. 
 
Contratante; 
dono da 
casa. 
 
Pedreiro. 
 
A prestação 
(fazer e dar) 
de construir e 
entregar a 
casa pronta. 
 
 
A casa. 
 
Pedreiro 
deve 
construir e 
entregar. 
 
Em caso de 
inadimplemento, o 
contratante pode 
responsabilizar o 
pedreiro 
judicialmente. 
 
Contratante 
e que pagou 
os 300 reais. 
 
 
Cantor. 
 
A prestação do 
“fazer” – 
cantar o Pai 
nosso. 
 
 
O Pai nosso. 
 
Cantar o 
pai nosso. 
 
Se houver um 
inadimplemento, o 
contratante pode 
responsabilizá-lo 
judicialmente. (Se 
ele não cantar). 
 
 
Pessoa que 
deu a pista. 
 
Polícia. 
 
Dar a 
informação. 
 
Informação. 
 
Dever da 
polícia de 
dar o 
dinheiro 
pela 
informação. 
 
Se a polícia não 
paga, ela pode ser 
acionada 
judicialmente. 
 
As obrigações positivas de dar, assumem 
as formas de entrega e restituição de 
determinada coisa pelo devedor ao credor. Pode 
ser móvel ou imóvel. 
Obs. – No caso de COMPRA E VENDA, há a 
obrigação de dar para ambos os contratantes, a 
do vendedor é cumprida mediante a entrega da 
coisa vendida, e a do comprador, com a entrega 
do preço. 
• TRADIÇÃO - 
 
A obrigação de dar é cumprida somente 
com a entrega ou restituição da coisa. 
 
 
1. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA 
CERTA: Arts. 233 a 242 
Coisa certa é coisa individualizada, a que se 
refere o CC é, pois, a coisa determinada. Tudo 
aquilo que é determinado de modo a poder ser 
distinguido de qualquer outra coisa. O devedor 
se compromete a entregar ou a restituir ao credor 
um objeto perfeitamente determinado, que se 
considera em sua individualidade. Confere ao 
credor, simples direito pessoal e não real. 
a) Impossibilidade de entrega de coisa diversa, 
ainda que mais valiosa: 
 
Dispõe com efeito o art. 313 do CC: “o 
credor não é obrigado a receber prestação 
diversa do que lhe é devida, ainda que mais 
valiosa”. 
 
Ou seja, não se pode pagar uma coisa 
por outra contra a vontade do credor. Só pode 
acontecer havendo consentimento de ambas 
as partes. 
O credor de coisa certa não pode 
pretender receber outra ainda de valor igual 
ou menor que a devida, pois a convenção é lei 
entre as partes. O credor não pode exigir 
também coisa diferente, ainda que menos 
valiosa. 
 
b) Tradição como transferência dominial: 
 
O contrato por si só, não basta para 
transferência do domínio, por ele cria-se 
apenas obrigações e direitos. 
 
Art. 481: “um dos contratantes de obriga a 
transferir o domínio de coisa certa, e, o 
outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. 
 
O domínio só se adquire por tradição, 
se for coisa móvel, pelo registro se for 
imóvel. 
 
c) Abrangência dos acessórios: 
 
Art. 233 – “A obrigação de dar coisa certa 
abrange os acessórios dela embora não 
mencionados, salvo se o contrário resultar 
do título ou das circunstâncias do caso”. 
 
Principal é o bem que tem existência 
própria, que existe por si só. Acessório é 
aquele cuja existência depende do principal. 
O princípio de que “o acessório segue 
o principal” aplica-se somente às partes 
integrantes (frutos, produtos e benfeitorias), 
mas não às pertenças (art. 94). 
 
✓ Produtos – utilidades que se 
retiram da coisa, diminuindo-
lhe a quantidade, pois não se 
reproduzem periodicamente 
(pedras e metais). 
 
✓ Frutos – utilidades que uma 
coisa periodicamente produz. 
Nascem e renascem da coisa, 
sem acarretar-lhe a destruição 
no todo ou em parte. 
Divergem-se quanto à origem 
em naturais (força orgânica 
da própria natureza), 
industriais (aparecem pela 
mão do homem) e civis 
(rendimentos produzidos pela 
coisa). E quanto ao estado, 
que podem ser pendentes 
(unidos à coisa que os 
produziu), percebidos ou 
colhidos, estantes, 
percipiendos (deveriam ter 
sido colhidos, mas não 
foram) e os consumidos. 
 
✓ Benfeitorias – qualquer que 
seja o seu valor. Podem ser 
necessárias (para conservar o 
bem ou evitar a deterioração), 
úteis (aumentam ou facilitam 
o uso do bem) e voluptuárias 
(tornar mais agradável). 
 
d) Obrigação de entregar: 
 
Às vezes, a obrigação de dar não é cumprida 
porque, antes da entrega ou da restituição, a 
coisa pereceu ou se deteriorou. 
 
✓ Perecimento sem culpa e com culpa 
do devedor – Art. 234 
 
Sem culpa do devedor: Art. 234, 
primeira parte - “se a coisa se 
perder, sem culpa do devedor, antes 
da tradição, ou pendente a condição 
suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes”. Ou 
seja, extingue-se a obrigação para 
ambas as partes, que voltam à 
primeira situação. Se o vendedor já 
recebeu o preço da coisa, deve 
devolvê-lo, mas não está obrigado a 
pagar perdas e danos. 
 
Com culpa do devedor: Art. 234, 
segunda parte – “se a perda resultar 
de culpa do devedor, responderá este 
pelo equivalente e mais danos e 
perdas”. 
 
✓ Deterioração sem culpa e com 
culpa do devedor – Art. 235 e 236 
 
Sem culpa do devedor: Art. 235 – 
“deteriorada a coisa, não sendo o 
devedor culpado, poderá o credor 
resolver a obrigação, ou aceitar a 
coisa, abatido do seu preço o valor 
que perdeu”. 
 
Com culpa do devedor: Art. 236 – 
“sendo culpado o devedor, poderá o 
credor exigir o equivalente, ou 
aceitar a coisa no estado em que se 
acha, com direito a reclamar, em um 
ou outro caso, indenização das 
perdas e danos”. 
 
e) Obrigação de restituir: 
 
Caracteriza-se pela existência de coisa alheia 
em poder do devedor, a quem cumpre 
devolvê-la ao dono (comodatário, 
depositário, locatário etc.). 
 
 
 
✓ Perecimento sem culpa e com culpa 
do devedor – Art. 238 
 
Sem culpa do devedor: Art. 238 – 
“se a obrigação for de restituir coisa 
certa, e esta, sem culpa do devedor, 
se perder antes da tradição, sofrerá o 
credor a perda, e a obrigação se 
resolverá, ressalvados os seus 
direitos até o dia da perda”. 
 
Com culpa do devedor: Art. 239 – 
“se a coisa se perde por culpa do 
devedor, responderá este pelo 
equivalente, mais perdas e danos”. 
 
A obrigação de restituir importa a de 
conservar a coisa e zelar por ela. 
Deixando de fazê-lo, o devedor sofre 
as consequências da sua culpa. 
 
✓ Deterioração sem culpa e com 
culpa do devedor – Art. 240 
 
Sem culpa do devedor: Art. 240, 
primeira parte – “se a coisa 
restituível se deteriorar sem culpa do 
devedor, recebê-la-á o credor, tal 
qual se ache, sem direito a 
indenização”. 
 
Com culpa do devedor: Art. 240, 
segunda parte – Havendo culpa do 
devedor na deterioração, “observar-
se-á o disposto no art. 239”. O credor 
pode exigir valor equivalente 
(resolver a obrigação) + perdas e 
danos. 
 
f) Direito aos melhoramentos e acrescidos antes 
da tradição: 
Na obrigação de restituir – 
De boa-fé possui justo título de posse: 
• Devedor recebe benfeitorias com 
direito de retenção: 
✓ Necessárias; 
✓ Úteis. 
• Benfeitorias voluptuárias podem ser 
retiradas (desde que não cause 
diminuição na coisa) 
De má-fé não possui justo título de posse: 
• Devedor recebe apenas a benfeitorias 
sem direito a retenção: 
✓ Necessárias. 
 
Na obrigação de entregar – 
 A coisa continuará pertencendo ao devedor: 
“com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; 
se o credor não anuir, poderá o devedor 
resolver a obrigação” (Art. 237). 
 
Se a coisa teve melhoramentoou acréscimo, 
“sem despesa ou trabalho do devedor, 
lucrará o credor, desobrigado de 
indenização” (Art. 241) 
 
Se para o melhoramento ou aumento 
“empregou o devedor trabalho ou dispêndio, 
o caso se regulará pelas normas deste 
Código atinentes às benfeitorias realizadas 
pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé” (Art. 
242). 
 
Dessa forma, o devedor PODE exigir aumento 
do preço: 
• Princípio do equilíbrio obrigacional; 
• A melhoria não pode ser arbitraria, 
benfeitoria necessária. 
• Se o credor aceitar, esse pagará a 
diferença aperfeiçoando a obrigação; 
• Se credor não aceirar, o devedor pode 
resolver a obrigação. 
 
 
2. DAS OBRIGAÇÕES DE DAR 
COISA INCERTA: (obrigação 
genérica) Art. 243 a 246 
“A coisa incerta será indicada ao menos, pelo 
gênero e pela quantidade.” 
 
A coisa incerta indica que a obrigação tem 
objeto indeterminado, mas determinável. Falta 
apenas determinar sua qualidade. 
 
Ex.: Entregar dez sacas de café. Aqui 
o objeto é determinado pelo gênero e 
pela quantidade. 
 
O objeto ou conteúdo da prestação que, indicado 
genericamente no começo da relação, vem a ser 
determinado por um ato de escolha, no instante 
do pagamento. 
a) Indicação do gênero e da 
quantidade – O mínimo 
necessário para que exista 
obrigação. 
 
b) Escolha e concentração – A 
determinação da qualidade da 
coisa incerta perfaz-se pela 
escolha (art. 245, “cientificado a 
escolha o credor, vigorará o 
disposto na Seção antecedente”. 
O ato unilateral de escolha 
denomina-se concentração. 
 
A quem compete o direito de escolha? 
Art. 244: “Nas coisas determinadas pelo gênero 
e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da 
obrigação: mas não poderá dar coisa pior, nem 
será obrigado a dar coisa melhor.” 
• Princípio da equivalência da prestação – 
qualidade deve ser intermediária ou 
média. 
• Em regra, a escolha ou concentração 
pertence ao devedor (unilateral). 
 
c) Gênero limitado e ilimitado – 
Art. 246 “Antes da escolha, não 
poderá o devedor alegar perda ou 
deterioração da coisa, ainda que 
por força maior ou caso fortuito”. 
 Não existe teoria do risco antes da 
concentração (para gêneros ilimitados como 
dinheiro, café, açúcar, ect.)
 Abrange o serviço humano em geral. 
A prestação aqui, consiste em atos a serem 
executados pelo devedor. 
1. Diferença entre obrigação de dar e 
obrigação de fazer (art. 247): 
As obrigações de fazer diferem das obrigações 
de dar principalmente porque o credor pode, 
conforme as circunstâncias, não aceitar a 
prestação por terceiro, enquanto nestas se 
admite o cumprimento por outrem, estranho 
aos interessados (art. 305). Se o devedor tem de 
dar ou de entregar alguma coisa, não tendo, 
porém, de fazê-la previamente, a obrigação é de 
dar; todavia, se, primeiramente, tem ele de 
confeccionar a coisa para depois entregá-la, 
tecnicamente a obrigação é de fazer. 
 
2. Obrigação de fazer INFUNGÍVEL, 
imaterial ou personalíssima: (art. 247/8) 
Quando é convencionado que o devedor 
cumpre pessoalmente a prestação. Havendo 
cláusula expressa, o devedor só se exonerará se 
ele próprio cumprir a prestação. A 
infungibilidade pode decorrer também, da 
própria natureza da prestação, como por 
exemplo, a contratação de um intérprete de 
músicas populares. 
 
3. Obrigação de fazer FUNGÍVEL, 
material ou impessoal: (art. 249) 
Quando não há exigência expressa, nem se trata 
de ato ou serviço cuja execução dependa de 
qualidades pessoais do devedor, ou dos usos e 
costumes locais, podendo ser realizado por 
terceiro. Para que isso aconteça, é necessário 
que o credor o deseje, pois ele não é obrigado a 
aceitar de outrem a prestação, nessas hipóteses. 
 
4. Inadimplemento: 
Trata-se das consequências do 
descumprimento da obrigação de fazer. 
Cumprida normalmente, a obrigação extingue-
se. Não cumprida espontaneamente, acarreta a 
responsabilidade do devedor. 
✓ Não havendo culpa do devedor – 
 
Art. 248, primeira parte – “se a 
prestação do fato tornar-se 
impossível sem culpa do devedor, 
resolver-se-á a obrigação.” 
 
Tanto na hipótese de a prestação ter-
se tornado impossível como na de 
recusa de cumprimento, fica afastada 
a responsabilidade do obrigado. 
 
✓ Com culpa do devedor – 
Quando a prestação é fungível, o credor pode 
optar pela execução específica, requerendo que 
ela seja executada por terceiro, à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem 
prejuízo da indenização cabível (art. 249). 
• Fixação de astreintes (multa diária – 
opcional); 
• Perdas e danos (converte-se em 
obrigação de dar indenização – exceção). 
Quando a obrigação é infungível, não há como 
compelir o devedor de forma direta, a satisfazê-
la. Há meios indiretos, como por exemplo: 
• Fixação (de astreintes) de multa diária; 
• Busca e apreensão; 
• Remoção de pessoas e coisas; 
• Desfazimento de obras; 
• Impedimento de atividade nociva. 
 
Art. 248, segunda parte – “se por 
culpa dele, responderá por perdas e 
danos”. 
Obs.: É importante verificar se o fato tornou-se 
impossível sem culpa ou por culpa do obrigado. 
 
AUTO TUTELA (justiça com as próprias 
mãos): 
• Em caso de urgência; 
• Independente de autorização judicial; 
• Executar a prestação; 
• Futuro ressarcimento; 
• Novidade do CC 2002. 
 
A obrigação de não fazer, ou negativa, 
impõe ao devedor um dever de abstenção: de 
não praticar o ato (Arts. 250 e 251). Constitui 
uma obrigação de prestação de fato. 
• Omissão / abstenção; 
Em regra, é sempre infungível e indivisível 
(fato não suscetíveis de divisão ou dada a razão). 
 
Ex.: 
O adquirente de não construir, no terreno 
adquirido, prédio além da altura certa, etc. 
 
1. Inadimplemento da obrigação negativa – 
 
✓ Sem culpa (o ato é executado): 
Obrigação é resolvida. 
Art. 250 – “extingue-se a obrigação de não 
fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe 
torne impossível abster-se do ato, que se 
obrigou a não praticar.” 
 
✓ Com culpa (o ato é executado): 
 
• Transeunte ou instantânea – são 
irreversíveis; 
→ Converter em obrigação 
de dar coisa certa, a saber; 
→ Perdas e danos. 
 
• Permanente – podem ser 
desfeitas. 
→ Exigir que o devedor 
desfaça + perdas e danos; 
→ Desfazer a coisa às custas 
do devedor + perdas e 
danos; 
→ Fixação de astreintes 
(multa diária), mas exige 
previa intimação pessoal 
do devedor – Súmula 410 
do STJ; 
→ Converter em obrigação 
de dar coisa certa, a saber 
perdas e danos. 
Art. 251 – “Praticado pelo devedor o ato, a cuja 
abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua 
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.” 
Parágrafo único. “Em caso de urgência, 
poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido”. 
Ou seja, caso o devedor realize o ato, não 
cumprindo o dever de abstenção, pode o credor 
exigir que ele o desfaça, sob pena de ser desfeito 
à sua custa, além de indenização de perdas e 
danos. 
 
Obs.: 
PERDAS E DANOS – 
• Dano emergente (art. 404): O que 
realmente se perdeu, efetivo prejuízo; 
• Lucro cessante (art. 402 a 404): O que, 
razoavelmente, se deixou de lucrar; 
• Danos morais (art. 5º, V e X, CF): Danos 
extrapatrimoniais. 
AUTO TUTELA – 
• Em caso de urgência; 
• Independente de autorização judicial; 
• Credor pode desfazer ou mandar 
desfazer; 
• Futuro ressarcimento; 
• Novidade do CC 2002 
 
 
Obrigação compostas – Múltiplas prestações. 
 
Ex.: Obrigação do locatário – Conjuntiva (E) 
• Pagar pontualmente o aluguel; 
• Servir-se do imóvel para o uso 
convencionado; 
• Restituir o imóvel no estado em que o 
recebeu; 
• Comunicar imediatamente o locador do 
surgimento de qualquer dano ou defeito; 
• Reparar imediatamente qualquer dano 
no imóvelprovocado por si. 
Disjuntiva (OU) 
 As Obrigações alternativas ou 
disjuntivas têm por conteúdo duas ou mais 
prestações, das quais uma somente será 
escolhida para pagamento ao credor e liberação 
do devedor. 
 
Ex.: 
Obrigação assumida pela seguradora de, em 
caso de sinistro, dar outro carro ao segurado ou 
mandar reparar o veículo danificado, como este 
preferir. 
 
1. Direito de escolha: 
Art. 252 – “Nas obrigações alternativas, a 
escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou”. 
 
O Código Civil respeita, em primeiro lugar, a 
vontade das partes. Em falta de estipulação ou 
de presunção em contrário, a escolha caberá ao 
devedor. Portanto, para que a escolha caiba ao 
credor é necessário que o contrato assim o 
determine expressamente, embora não se exijam 
palavras. 
 
 
2. Fragmentação ou prestação mista: 
O direito de escolha não é, todavia, irrestrito: 
✓ § 1º - “não pode o devedor obrigar o 
credor a receber parte em uma 
prestação e parte em outra”. 
 
Ou seja, estabelece a indivisibilidade 
do pagamento. 
 
✓ § 2º - “quando a obrigação for de 
prestações periódicas, a faculdade 
de opção poderá ser exercida em 
cada período”. 
 
Ex.: Entregar somente sacas de café, 
e no outro semestre somente sacas de 
arroz. 
 
✓ § 3º - “em caso de pluralidade de 
oponentes, não havendo acordo 
unânime entre eles, decidirá o juiz, 
findo o prazo por este assinado para 
a deliberação”. 
 
✓ § 4º - “se o título deferir a opção a 
terceiro, e este não quiser, ou não 
puder exercê-la, caberá ao juiz a 
escolha se não houver acordo entre 
as partes”. 
 
3. A concentração: 
Cientificada a escolha, dá-se a concentração. 
Não se exige forma especial para a 
comunicação, basta a declaração unilateral da 
vontade, sem necessidade de aceitação. 
Comunicada a escolha, torna-se definitiva e 
irrevogável, salvo se em contrário dispuserem 
as partes ou a lei. 
4. Impossibilidade das prestações: 
 
4.1 (SEM CULPA) - 
✓ Art. 253 – “se uma das prestações 
não puder ser objeto de obrigação 
ou se tornada inexequível, 
subsistirá o débito quanto à outra.” 
4.2 Redução ou conversão (COM CULPA) – 
• Escolha do devedor – Entrega a 
prestação subsistente. 
 
✓ Art. 254 – “se, por culpa do 
devedor, não se puder cumprir 
nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, 
ficará aquele obrigado a pagar o 
valor da que por último se 
impossibilitou, mais perdas e danos 
que o caso determinar”. 
 
• Escolha do credor (ou terceiro) – 
Prestação subsistente + perdas e danos 
OU valor da prestação perdida + perdas 
e danos. 
 
✓ Art. 255 – “quando a escolha 
couber ao credor e uma das 
prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá o 
direito de exigir a prestação 
subsistente ou do valor da outra, 
com perdas e danos; se, por culpa 
do devedor ambas as prestações se 
tornarem inexequíveis, poderá o 
credor reclamar o valor de 
qualquer das duas, além de 
indenização por perdas e danos”. 
 
4.3 Impossibilidade de todas as prestações 
(SEM CULPA) – 
✓ Art. 256 – “Se todas as prestações 
se tornarem impossíveis sem culpa 
do devedor, extinguir-se-á a 
obrigação”. 
 
 
DAS OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS 
 
Uma espécie sui generis de obrigação 
alternativa. Trata-se de obrigação simples, em 
que é devida uma única prestação. É obrigação 
com faculdade de substituição. 
Obrigação facultativa é aquela que, 
tendo objeto uma só prestação, concede ao 
devedor a faculdade de substituí-la por outra. 
 
Ex: Vendedor que se obriga a entregar 
determinado objeto (um veículo), ficando-lhe 
facultado substituí-lo por prestação em dinheiro. 
 
O credor não pode escolher. 
O Código Civil brasileiro não trata das 
obrigações facultativas. 
 
 
Obrigações compostas subjetivas: 
 
 
 
Pluralidade de sujeitos no polo passivo 
(devedor) e/ou ativo (credor). 
• Por natureza; 
• Convencional ou artificial (por 
finalidade, convenção das partes ou 
interesse do credor). 
 
1. OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS – 
Pluralidade de credores: Divide a prestação 
em partes iguais e distintas de acordo com o 
número de credores. 
Pluralidade de devedores: Divide a prestação 
em partes iguais e distintas de acordo com o 
número de devedores. 
Ex.: 
Duas pessoas devem R$ 200.000,00 a um 
determinado credor, cada qual só está obrigado 
a pagar a sua quotam correspondente a R$ 
100.000,00, partilhando-se a dívida por igual, 
pois, entre os dois credores. 
 
2. OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL – 
 
Art. 258 – “A obrigação é indivisível quando a 
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato 
não suscetível de divisão, por natureza, por 
motivo de ordem econômica, ou dada a razão 
determinante do negócio jurídico”. 
 
Pluralidade de devedores: Cada um será 
obrigado pela dívida inteira. (Art. 259) 
Pluralidade de credores: (Art. 260) 
→ Entrega a prestação a todos 
conjuntamente; 
→ Entrega a um credor e exige caução; 
→ Fazer uma divisão jurídica de 
propriedade (Orlando Gomes). 
 
 
 
Remissão da dívida de um dos devedores: 
Art. 262. 
→ Opera-se extinção parcial; 
→ Subsiste a obrigação para os outros, mas 
eles devem pagar deduzida a cota do 
credor remitente. 
 
Resolução em perdas e danos: Art. 263, §§ 1º 
e 2º. 
→ A obrigação passa a ser DIVISÍVEL; 
→ Se todos os devedores foram culpados – 
responderão em partes iguais; 
→ Se só de um a culpa – só este responderá 
pelas perdas e danos (extinção total da 
obrigação para os outros??). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL: 
Causa da indivisibilidade – 
• A prestação não pode ser fracionada por 
causas naturais ou por convenção das 
partes. 
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA: 
Causa da indivisibilidade – 
• Cláusula expressa que determina a 
solidariedade; a prestação pode ser 
fracionada se não fosse a cláusula. 
 
 
É PRECISO ESTAR EXPRESSO NO 
CONTRATO OU VONTADE DAS 
PARTES. 
 
Art. 264 – “Há solidariedade, quando na mesma 
obrigação concorre mais de um credor ou mais 
de um devedor; cada um com direito, ou 
obrigado, à dívida toda”. 
 
Ou seja, a obrigação solidária se 
caracteriza pela multiplicidade de credores (com 
cada um tendo o direito à totalidade da 
prestação) ou de devedores (estando cada um 
obrigado pela dívida toda como se fosse o único 
devedor). 
 
Exemplos de solidariedade na vida real: 
→ Aluguel de casa urbana por duas ou mais 
pessoas (lei); 
→ Seguradoras participantes do seguro 
DPVAT (lei); 
→ Outras situações convencionadas entre 
as partes. 
 
Ex.: 
Se Augusto e Bartolomeu danificarem o edifício 
de Carlos, causando-lhe estragos de 9.000 reais, 
Carlos poderá cobrar de um só deles, se quiser o 
pagamento dos 9.000 reais. Por outro lado, se 
Augusto pagar o total da indenização, 
Bartolomeu fica plenamente liberado perante o 
credor comum. 
 
 
IMPORTANTE – se algum dos devedores for 
insolvente (não puder pagar a dívida), quem vai 
sofrer o prejuízo é o outro devedor, que pode ser 
chamado a solver a dívida por inteiro. 
 
1. Caracteres da obrigação solidária: 
 
a) Pluralidade de sujeitos (ativos ou 
passivos); 
b) Multiplicidade de vínculos; 
c) Unidade de prestação. 
 
2. Princípios comuns à solidariedade: 
 
✓ Inexistência de solidariedade 
presumida: 
 
Art. 265 – “A solidariedade não se 
presume; resulta da lei ou da vontade das 
partes”. 
 
Ou seja, se não houver menção explícita 
no título constitutivo da obrigação ou em 
algum artigo de lei, ela não será 
solidária. 
 
✓ Relação externa: 
• Solidariedade; 
• Direito total (para exigir ou 
pagar). 
 
✓ Relação interna: 
• A obrigação se divide entre os 
vários sujeitos; 
• Direito de Regresso: Quem 
pagou pode exigir de cada um 
dos coobrigados a sua cota (em 
regra em partes iguais). 
 
✓ Possibilidade de a solidariedade ser de 
modalidade diferente para um ou 
alguns codevedoresou cocredores: 
 
Art. 266 – “A obrigação solidária pode 
ser pura e simples para um dos 
cocredores ou codevedores e 
condicional, ou a prazo, ou pagável em 
lugar diferentes, para o outro”. 
 
 
3. SOLIDARIEDADE ATIVA: 
É a relação jurídica entre credores de uma 
só obrigação e o devedor comum, onde cada 
um tem o direito de exigir deste o 
cumprimento da prestação por inteiro. 
Pagando o débito a qualquer um dos 
cocredores, o devedor se exonera da 
obrigação. 
 
a) Características da solidariedade 
ativa: 
 
Art. 267 – “cada um dos credores 
solidários tem o direito a exigir do 
devedor o cumprimento da prestação 
por inteiro”. 
 
Art. 268 – “enquanto alguns dos 
credores solidários não 
demandarem o devedor comum, a 
qualquer daqueles poderá este 
pagar”. 
 
b) Extinção da obrigação solidária: 
 
Art. 269 – “O pagamento feito a um 
dos credores solidários extingue a 
dívida até o montante do que foi 
pago”. 
 
c) Disciplina legal – 
 
Art. 270 – “Se um dos credores 
solidários falecer deixando 
herdeiros, cada um destes só terá 
direito a exigir e receber a quota do 
crédito que corresponder ao seu 
quinhão hereditário, salvo se a 
obrigação for indivisível”. 
 
→ Os herdeiros do credor 
falecido não podem exigir, 
por conseguinte, a totalidade 
do crédito e sim apenas o 
respectivo quinhão 
hereditário. 
 
Art. 271 – “Convertendo-se a 
prestação em perdas e danos, 
subsiste, para todos os efeitos, a 
solidariedade”. 
Art. 273 – “A um dos credores 
solidários não pode o devedor opor 
as exceções pessoais oponíveis aos 
outros”. 
Art. 274 – “O julgamento contrário 
a um dos credores solidários não 
atinge os demais, mas o julgamento 
favorável aproveita-lhes, sem 
prejuízo de exceção pessoal que o 
devedor tenha direito de invocar em 
relação a qualquer deles”. 
 
d) Direito de regresso (remissão de 
dívida): 
 
Art. 272 – “O credor que tiver 
remitido a dívida ou recebido o 
pagamento responderá aos outros 
pela parte que lhes caiba”. 
 
4. SOLIDARIEDADE PASSIVA: 
Consiste na concorrência de dois ou mais 
devedores, cada um com dever de prestar a 
dívida toda. Se quiser, o credor poderá exigir 
parte do débito de cada um dos devedores 
separadamente. 
a) Direitos do credor – 
 
Art. 275 – “O credor tem o direito 
de exigir e receber de um ou de 
alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o 
pagamento tiver sido parcial, todos 
os demais devedores continuam 
obrigados solidariamente pelo resto. 
 
Parágrafo único – “Não importará 
renúncia da solidariedade a 
propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns devedores”. 
 
b) Efeitos da morte de um dos 
devedores solidários – 
 
Art. 276 – “Se um dos devedores 
solidários falecer deixando 
herdeiros, nenhum destes será 
obrigado a pagar senão a quota que 
corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for 
indivisível; mas todos reunidos serão 
considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais 
devedores”. 
 
c) Renuncia à solidariedade 
(exoneração) – Credor pode 
renunciar à solidariedade em favor 
de um ou alguns devedores. 
 
Art. 282 – “O credor pode 
renunciar à solidariedade em favor 
de um, de alguns ou de todos os 
devedores. 
 
Parágrafo único. 
 
Se o credor exonerar da 
solidariedade um ou 
mais devedores, subsistirá a dos 
demais.” 
 
d) Insolvência de um devedor – 
 
Art. 283 - “O devedor que satisfez a 
dívida por inteiro tem direito a 
exigir de cada um dos co-devedores 
a sua quota, dividindo-se 
igualmente por todos a do 
insolvente, se o houver, 
presumindo-se iguais, no débito, as 
partes de todos os co-devedores.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A relação obrigacional admite alterações na 
composição de seus elementos essenciais: 
conteúdo ou objeto e sujeitos ativo e passivo. 
 
Espécies: 
 
 –
Art. 286 a 298 
Transmissão da parte ativa. É um negócio 
jurídico bilateral onde o credor transfere a 
outrem os seus direitos na relação obrigacional. 
✓ O credor que transfere seus 
direitos denomina-se cedente. O terceiro 
a quem são eles transmitidos, é o 
cessionário. O devedor é o cedido. 
O devedor ou cedido, não participa 
necessariamente da cessão, que pode ser 
realizada com ou sem a sua anuência. O contrato 
de cessão é simplesmente consensual, pois 
torna-se perfeitamente e acabado com o acordo 
de vontades entre o cedente e cessionário. 
 
1.1 Requisitos da cessão de crédito – 
• Em regra, todos os créditos podem 
ser objetos de cessão, salvo se a isso 
se opuser “a natureza da obrigação, 
a lei ou a convenção com o devedor” 
(art. 286). 
→ Nem todo direito pode ser 
cedido, por causa da própria 
natureza da obrigação. Por 
exemplo: alimentos; direitos 
de personalidade; créditos 
alimentares, pois pertencem 
exclusivamente à própria 
pessoa. 
→ Quando a Lei não permite. 
Por exemplo: O crédito já 
penhorado não pode ser 
cedido pelo credor, pois a lei 
não permite (art. 298). 
→ Quando a convecção 
(vontade das partes não 
permite a cessão). A cláusula 
contratual que proíbe a 
cessão de crédito tem de 
constar expressamente no 
contrato (instrumento) para 
poder ser exigida. 
 
• “Salvo em disposição contrário, na 
cessão de um crédito abrangem-se 
todos os acessórios”. (art. 287) 
→ Princípio da gravitação 
jurídica: os acessórios 
acompanham o Principal (o 
crédito). 
→ Exemplos de acessórios de 
um crédito: Juros, multa, 
fiança, aval, direitos de 
preferência, hipoteca, 
penhor etc. 
 
1.2 Formas – 
• Em regra, a cessão convencional 
não exige forma especial para valer 
entre as partes, mas para que tenha 
EFICÁCIA em relação A 
TERCEIROS, deverá obedecer aos 
requisitos do art. 288, que são: 
→ Ser realizada por 
instrumento Público; ou 
→ Ser realizada por 
instrumento particular que 
obedeça às solenidades 
previstas no art. 654, § 1º, 
do CC. 
 
• O cessionário de crédito 
hipotecário tem o direito de fazer 
averbar a cessão no registro de 
imóvel. (art. 289) 
→ Crédito hipotecário é 
quando um bem imóvel é 
oferecido pelo devedor ao 
credor como garantia para 
pagamento de uma dívida. 
→ Cessionário do Crédito 
Hipotecário = pessoa que 
recebe o crédito hipotecário 
do credor. 
→ Averbação no registro do 
imóvel é o ato de inserir 
modificações que possam ter 
havido no registro de 
imóvel. 
 
1.3 Notificação da cessão e desobrigação do 
devedor – 
• Arts. 290 – “A cessão do crédito 
não tem eficácia em relação ao 
devedor, senão quando a este 
notificada; mas por notificado se 
tem o devedor que, em escrito 
público ou particular, se declarou 
ciente da cessão feita”. 
→ O credor pode ceder o 
crédito para outra pessoa 
sem anuência 
(concordância) do Devedor. 
→ A notificação do Devedor 
tem o objetivo de comunicar 
ao Devedor que ele deverá 
pagar a dívida para o atual 
Credor (Cessionário) e não 
para o credor originário 
(Cedente). 
→ Se o Devedor não for 
notificado da cessão de 
crédito, essa será ineficaz 
em relação ao devedor. 
 Várias Cessões de Crédito: 
• Art. 291 – “Ocorrendo várias 
cessões do mesmo crédito prevalece 
a que se completar com a tradição 
do título do crédito cedido”. 
→ Ou seja, se o Cedente fizer 
várias cessões do mesmo 
crédito, vai valer a cessão 
que ocorreu pela tradição 
(entrega) do título do 
crédito cedido. 
 
• Art. 292 – “Fica desobrigado o 
devedor que, antes de ter 
conhecimento da cessão, paga ao 
credor primitivo, ou que, no caso de 
mais de uma cessão notificada, 
paga ao cessionário que lhe 
apresenta, com o título de cessão, o 
da obrigação cedida; quando o 
crédito constar de escritura pública, 
prevalecerá a prioridade da 
notificação”. 
 
1.4 Direito do Cessionário de Conservar o seu 
crédito – 
• Art. 293 – “Independentementedo 
conhecimento da cessão pelo 
devedor, pode o cessionário exercer 
os atos conservatórios do direito 
cedido”. 
→ O fato de o Devedor ter sido 
notificado da cessão de 
crédito não extingue a 
dívida. 
1.5 Exceções opostas ao Cessionário e ao 
Cedente – 
• Art. 294 – “O devedor pode opor ao 
cessionário as exceções que lhe 
competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a ter 
conhecimento da cessão, tinha 
contra o cedente”. 
→ Exceção = é a defesa 
interposta a uma pretensão 
em um processo judicial. 
→ O devedor pode opor as 
defesas que tiver contra o 
próprio cessionário. 
→ O devedor pode opor as 
defesas que tiver em relação 
ao cedente por fatos 
ocorridos até o momento em 
que soube da cessão. 
 
1.5 Responsabilidade do Cedente – 
• Art. 295 – “Na cessão por título 
oneroso, o cedente, ainda que não 
se responsabilize, fica responsável 
ao cessionário pela existência do 
crédito ao tempo em que lhe cedeu; 
a mesma responsabilidade lhe cabe 
nas cessões por título gratuito, se 
tiver procedido de má-fé”. 
→ Se o cedente transferiu 
onerosamente um título 
nulo ou inexistente, deverá 
ressarcir os prejuízos 
causados ao cessionário. 
→ Se a cessão tiver efetuada a 
título gratuito, o cedente só 
responde se tiver procedido 
de má-fé, conhecendo a sua 
inexistência ou o 
fundamento da sua nulidade 
no momento em que o 
cedeu. 
 
• Art. 296 – “Salvo estipulação em 
contrário, o cedente não responde 
pela solvência do devedor”. 
→ Pro soluto – o cedente 
apenas garante a existência 
do crédito, sem responder, 
todavia, pela solvência do 
devedor. 
→ Pro solvendo – o cedente 
obriga-se a pagar se o 
devedor cedido for 
insolvente; o cedente 
assume o risco da 
insolvência do devedor. 
 
• Art. 297 – “O cedente, responsável 
ao cessionário pela solvência do 
devedor, não responde por mais do 
que daquele recebeu, com os 
respectivos juros; mas tem de 
ressarcir-lhe as despesas da cessão 
e as que o cessionário houver feito 
com a cobrança”. 
1.6 Proibição da Cessão do Crédito Penhorado – 
• Art. 298 – “O crédito, uma vez 
penhorado, não pode mais ser 
transferido pelo credor que tiver 
conhecimento da penhora; mas o 
devedor que o pagar, não tendo 
notificação dela, fica exonerado, 
subsistindo somente contra o credor 
os direitos de terceiro”. 
→ O crédito, uma vez 
penhorado deixa de fazer 
parte do patrimônio do 
devedor, portanto, não 
poderá ser cedido, tornando-
se indisponível. 
 
 
–
Arts. 299 a 303 
 
Ou cessão de débito, trata-se de um negócio 
jurídico bilateral pelo qual o devedor transfere 
a outrem sua posição na relação jurídica, com 
anuência expressa do credor. 
 
 
2.1 Características e pressupostos – 
• Art. 299 – “É facultado a terceiro 
assumir a obrigação do devedor, 
com o consentimento expresso do 
credor, ficando exonerado o 
devedor primitivo, salvo se aquele, 
ao tempo da assunção, era 
insolvente e o credor o ignorava. 
Parágrafo único. Qualquer das 
partes pode assinar prazo ao credor 
para que consinta na assunção da 
dívida, interpretando-se o seu 
silêncio como recusa”. 
 
→ Esse artigo não exclui a 
possibilidade da assunção 
cumulativa da dívida, 
quando dois ou mais 
devedores de tornam 
responsáveis pelo débito 
com a concordância do 
Credor. 
 
 
2.2 Garantias Especiais Prestadas pelo Devedor 
Primitivo – 
 
• Art. 300 – “Salvo assentimento 
expresso do devedor primitivo, 
consideram-se extintas, a partir da 
assunção da dívida, as garantias 
especiais por ele originariamente 
dadas ao credor”. 
→ Garantias especiais são 
formas de garantir o 
pagamento de uma dívida, e 
que não são essenciais ao 
negócio jurídico – hipoteca; 
penhor; fiança; aval etc. 
 
 
2.3 Efeitos da assunção da dívida – 
 
• Art. 301 – “Se a substituição do 
devedor vier a ser anulada, 
restaura-se o débito, com todas as 
suas garantias, salvo as garantias 
prestadas por terceiros, exceto se 
este conhecia o vício que inquinava 
a obrigação”. 
→ Se a assunção da dívida for 
anulada, a dívida restaura-se 
e retoma para o devedor 
primitivo / renasce a 
obrigação para o devedor 
originário e as garantias 
prestadas pelo devedor 
primitivo restauram-se. 
→ As garantias prestadas por 
terceiros não se restauram 
(exceto se o terceiro sabia do 
vício). 
 
• Art. 302 – “O novo devedor não 
pode opor ao credor as exceções 
pessoais que competiam ao devedor 
primitivo”. 
→ Exceção pessoal = defesa de 
caráter pessoal que diz 
respeito à relação entre 
devedor e credor (e não em 
relação ao objeto). 
Exemplos: Incapacidade da 
parte contrária; credor agiu 
com dolo; coação etc. 
 
• Art. 303 – “O adquirente de imóvel 
hipotecado pode tomar a seu cargo 
o pagamento do crédito garantido; 
se o credor, notificado, não 
impugnar em trinta dias a 
transferência do débito, entender-
se-á dado o assentimento”. 
→ Adquirente do imóvel 
hipotecado = terceiro que 
adquiriu do Devedor o 
imóvel que estava 
hipotecado em favor do 
Credor. 
→ Esse artigo traz uma exceção 
mediante a qual pode haver 
a concordância tácita do 
credor quanto à assunção da 
dívida, caso o credor, 
notificado, não se manifeste 
no prazo de 30 dias. 
– 
 
O Código Civil dá o nome de pagamento 
à realização voluntária da prestação debitória, 
tanto quando procede do devedor como quando 
provém de terceiro, interessado ou não. O 
cumprimento da obrigação de forma não 
voluntária (penhora) é denominado de 
Satisfação da Obrigação. 
 
1.1 Pagamento da dívida pelo terceiro 
Interessado ou pelo não interessado – 
 
Quem deve pagar a dívida? 
• Devedor; 
• Terceiro interessado; 
• Terceiro não interessado. 
 
Art. 304 – “Qualquer interessado na extinção 
da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração do 
devedor.” 
→ Interessado = todos aqueles que possuem 
um vínculo com a relação obrigacional. 
Ex.: avalista; fiador; sublocatário; 
herdeiro; credor do devedor. 
→ O Credor não é obrigado a aceitar o 
pagamento de um Terceiro quando a 
obrigação do Devedor primitivo for 
personalíssima. 
→ O interessado no pagamento poderá 
utilizador de todos os remédios jurídicos 
para o pagamento da dívida, mesmo que 
o Credor se oponha ao pagamento 
(exceto se a obrigação for 
personalíssima). 
 
Parágrafo único do art. 304. “Igual direito cabe 
ao terceiro não interessado, se o fizer em nome 
e à conta do devedor, salvo disposição deste.” 
→ Terceiro não interessado = não tem está 
vinculado juridicamente à relação 
obrigacional existente entre credor e 
devedor; 
→ O terceiro pode ter interesse moral ou 
sentimental em relação ao devedor. Ex.: 
pai que paga a dívida do filho. 
→ NÃO terá direito ao reembolso dos 
valores. 
→ O devedor pode opor-se ao pagamento 
do terceiro não interessado. 
 
 
Art. 305 – “O terceiro não interessado, que 
paga a dívida em seu próprio nome, tem direito 
a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-
roga nos direitos do credor. 
 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a 
dívida, só terá direito ao reembolso no 
vencimento.” 
 
1.2 Pagamento sem conhecimento ou oposição 
do devedor – 
 
Art. 306 – “O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o 
devedor tinha meios para ilidir a ação”. 
→ O Credor não pode recusar o pagamento 
de terceiro, por implicar a satisfação de 
seu crédito, salvo se houver, no contrato 
expressa declaração proibitiva, ou a 
própria natureza da obrigação 
(personalíssima). Mas se o credor e o 
devedor acordarem em não admitir 
pagamento por terceiro interessado, não 
poderá este pretender fazer desaparecer a 
dívida, por sua iniciativa. 
 
1.3 Pagamento da Dívida com Objeto – 
 
Art. 307 – “Só terá eficácia o pagamento que 
importar transmissão da propriedade, quando 
feito por quem possaalienar o objeto em que ele 
consistiu.” 
→ Se o devedor (ou terceiro) pagar a dívida 
com um objeto (bem móvel ou imóvel) o 
pagamento da dívida terá eficácia se a 
pessoa que deu o objeto em pagamento 
era proprietária do bem ou tinha 
legitimidade para dar o bem em 
pagamento. 
 
Parágrafo único do art. 307. “Se der em 
pagamento coisa fungível, não se poderá 
mais reclamar do credor que, de boa-fé, a 
recebeu e consumiu, ainda que o solvente 
não tivesse o direito de aliená-la.” 
 
 
1.4 A Quem se deve pagar a dívida? 
 
Art. 308 – “O pagamento deve ser feito ao 
credor ou a quem de direito o represente, sob 
pena de só valer depois de por ele ratificado, ou 
tanto quanto reverter em seu proveito”. 
→ Para o próprio credor, podendo ser 
também o herdeiro, o legatário, o 
cessionário e o sub-rogado nos direitos 
creditórios; 
→ Para um representante: 
a) Legal – que decorre da lei, como 
pais, tutores e credores. 
b) Judicial – nomeado pelo juiz, 
como o inventariante, o síndico 
da falência, o administrador da 
empresa penhorada; 
c) Convencional – que recebe 
mandato outorgado pelo credor, 
com poderes especiais para 
receber e dar quitação. 
→ Para um terceiro, desde que o credor 
ratifique (confirme) o pagamento, ou 
quando o pagamento feito ao terceiro 
reverter em proveito do Credor. 
 
Art. 309 – “O pagamento feito de boa-fé ao 
credor putativo é válido, ainda que provado 
depois que não era credor”. 
→ Credor putativo = aquele que se 
apresenta aos olhos de todos como o 
verdadeiro credor. 
→ A boa-fé tem o condão de validar atos 
que, em princípio, seriam nulos. 
 
Art. 310 – “Não vale o pagamento cientemente 
feito ao credor incapaz de quitar se o devedor 
não provar que em benefício dele efetivamente 
reverteu.” 
 
1.5 Do objeto do pagamento e sua prova – 
 
Princípio da identidade física da prestação – 
regra. 
 
Art. 313 – “O credor NÃO é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa”. 
→ A substituição, com efeito extintivo, de 
uma coisa por outra, só é possível com o 
consentimento do credor. Quando, 
porém, este aceita, configura-se a dação 
em pagamento, que vale como 
cumprimento e tem o poder de extinguir 
o crédito. 
 
 
Art. 314 – “Ainda que a obrigação tenha por 
objeto prestação divisível, não pode o credor ser 
obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por 
partes, se assim não se ajustou”. 
 
Art. 315 – “As dívidas em dinheiro deverão ser 
pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo 
valor nominal, salvo o disposto nos artigos 
subsequente”. 
 
→ Regra: Pagar em moeda nacional e 
nominal. 
 
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DO 
NOMINALISMO: 
• Art. 316 – “É lícito convencionar o 
aumento progressivo de prestações 
sucessivas”. 
• Art. 317 – “Quando, por motivos 
imprevisíveis, sobrevier desproporção 
manifesta entre o valor da prestação 
devida e o do momento de sua execução, 
poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da 
parte, de modo que assegure, quanto 
possível, o valor real da prestação”. 
→ Teoria da imprevisão = 
Permite que o valor da 
prestação seja corrigido pelo 
juiz sempre que houver 
desproporção entre o que foi 
ajustado por ocasião de 
celebração do contrato e o 
valor da prestação na época da 
execução. 
 
Art. 318 – “São nulas as convenções de 
pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, 
bem como para compensar a diferença entre o 
valor desta e o da moeda nacional, excetuados 
os casos previstos na legislação especial”. 
→ Exceção (ex.) = Negócios de importação 
ou exportação. 
1.6 Da Prova do Pagamento – 
Quitação: 
(Princípio da Liberdade das Formas e 
Simplicidade) 
Art. 319 – “O devedor que paga tem direito a 
quitação regular, e pode reter o pagamento, 
enquanto não lhe seja dada”. 
 
→ Quitação = declaração unilateral escrita, 
emitida pelo credor, de que a prestação 
foi efetuada e o devedor fica liberado. 
 
Art. 320 – “A quitação, que sempre poderá ser 
dada por instrumento particular, designará o 
valor e a espécie da dívida quitada, o nome do 
devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o 
lugar do pagamento, com a assinatura do 
credor, ou do seu representante. 
→ Requisitos que a quitação deve conter. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos 
estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se 
de seus termos ou das circunstâncias resultar 
haver sido paga a dívida”. 
Art. 321 – “Nos débitos, cuja quitação consista 
na devolução do título, perdido este, poderá o 
devedor exigir, retendo o pagamento, 
declaração do credor que inutilize o título 
desaparecido”. 
As presunções de pagamento: 
 
Art. 322 – “Quando o pagamento for em quotas 
periódicas, a quitação da última estabelece, até 
prova em contrário, a presunção de estarem 
solvidas as anteriores”. 
→ Assenta-se a regra na ideia de que NÃO 
é natural o credor concordar em receber 
a última prestação sem haver recebido as 
anteriores. Mas admite prova em 
contrário. 
Art. 323 – “Sendo a quitação do capital sem 
reserva dos juros, estes presumem-se pagos”. 
→ Determina a lógica, portanto, que os 
juros devem ser pagos em primeiro 
lugar. Quando o recibo está redigido em 
termos gerais, sem qualquer ressalva, 
presume-se ser plena a quitação. 
Art. 324 – “A entrega do título ao devedor firma 
a presunção do pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação 
assim operada se o credor provar, em sessenta 
dias, a falta do pagamento”. 
Art. 325 – “Presumem-se a cargo do devedor as 
despesas com o pagamento e a quitação; se 
ocorrer aumento por fato do credor, suportará 
este a despesa acrescida”. 
Art. 326 – “Se o pagamento se houver de fazer 
por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio 
das partes, que aceitaram os do lugar da 
execução”. 
1.7 Do lugar do pagamento – 
Regra: Domicilio do devedor. 
Art. 327 – “Efetuar-se á o pagamento no 
domicílio do devedor, salvo se as partes 
convencionarem diversamente, ou se o 
contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias”. 
Parágrafo único. “Designados dois ou mais 
lugares, cabe ao credor escolher entre eles” 
Art. 328 – “Se o pagamento consistir na 
tradição de um imóvel, ou em prestações 
relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde 
situado o bem.” 
Art. 329 – “Ocorrendo motivo grave para que 
se não efetue o pagamento no lugar 
determinado, poderá o devedor fazê-lo em 
outro, sem prejuízo para o credor.” 
Art. 330 – “O pagamento reiteradamente feito 
em outro local faz presumir renúncia do credor 
relativamente ao previsto no contrato”. 
→ Renúncia tácita (Supressio + Surrectio) 
 
1.8 Do tempo do pagamento – 
Vencimento – momento em que a obrigação 
deve ser satisfeita. 
Obrigação no tempo: 
→ Instantânea: Execução imediata; 
→ Execução Diferida (adiada): A prazo ou 
termo – sujeita a evento futuro e certo; 
→ Execução Periódica: Pagamento de 
trato sucessivo (continuar pagando); 
→ Condicional: Sujeita a condição – 
evento futuro e incerto. 
 
Vencimento antecipado – 
Art. 333 – “Ao credor assistirá o direito de 
cobrar a dívida antes de vencido o prazo 
estipulado no contrato ou marcado neste 
Código. 
I. no caso falência do devedor, ou de 
concurso de credores; 
II. se os bens, hipotecados ou empenhados, 
forem penhorados em execução por 
outro credor; 
III. se cessarem, ou se e se tornarem 
insuficientes, as garantias do débito, 
fidejussórias, ou reais, e o devedor, 
intimado, se negar a reforça-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se 
houver, no débito, solidariedade passiva, não se 
reputará vencido quanto aos outros devedores 
solventes”. 
– 
Art. 334 – 345. 
 
Depósito efetuado pelo devedor – 
 
Art. 334 – “Considera-se pagamento, e extingue 
a obrigação, o depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos 
casos e forma legais”. 
→ O depósito judicial permite a 
consignação não só de dinheiro como 
também de bensmóveis e imóveis. 
 
Art. 335 – “A consignação tem lugar: 
I. se o credor não puder, ou, sem justa 
causa, recusar receber o pagamento, ou 
dar quitação na devida forma; 
II. se o credor não for, nem mandar 
receber a coisa no lugar, tempo e 
condição devidos; 
III. se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil; 
IV. se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
V. se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento”. 
Art. 343 – “As despesas com o depósito, 
quando julgado procedente, correrão à conta 
do credor, e, no caso contrário, à conta do 
devedor”. 
– 
Art. 346 – 351 (pagamento indireto) 
 
Substituição do credor por ato bilateral: 
→ Mera substituição do credor por um 
terceiro que paga a dívida; 
→ Não cria nova obrigação. 
 
Ex.: Fiador que paga a dívida. 
 
Art. 347 – “A sub-rogação é convencional: 
I. Quando o credor recebe o pagamento de 
terceiro e expressamente lhe transfere 
todos os seus direitos; 
II. Quando terceira pessoa empresta ao 
devedor a quantia precisa para solver a 
dívida, sob a condição expressa de ficar 
o mutuante sub-rogado nos direitos do 
credor satisfeito”. 
 
– 
 
Indicação de qual dívida está sendo paga: 
→ Pelo devedor; 
→ Pelo credor; 
→ Pela Lei. 
 
Art. 352 – “A pessoa obrigada por dois ou mais 
débitos da mesma natureza, a um só credor, tem 
o direito de indicar a qual deles oferece 
pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.” 
Art. 353 – “Não tendo o devedor declarado em 
qual das dívidas líquidas e vencidas quer 
imputar o pagamento, se aceitar a quitação de 
uma delas, não terá direito a reclamar contra a 
imputação feita pelo credor, salvo provando 
haver ele cometido violência ou dolo”. 
Art. 354 – “Havendo capital e juros, o 
pagamento imputar-se-á primeiro nos juros 
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação 
em contrário, ou se o credor passar a quitação 
por conta do capital”. 
Art. 355 – “Se o devedor não fizer a indicação 
do art. 352, e a quitação for omissa quanto à 
imputação, essa se fará nas dívidas líquidas e 
vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem 
todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a 
imputação far-se-á na mais onerosa.” 
 
 
PAGAMENTO INDIRETO – Sub-rogação, 
dação, novação, compensação, confusão e 
remissão. 
 
 
 
– 
Art. 356 – 359 
 
Entrega de uma coisa móvel ou imóvel para 
pagamento. 
→ Não cria nova obrigação; 
→ Substituição da prestação, mediante 
aceite do credor. 
 
– 
Art. 360 – 367 
 
Criação de uma nova obrigação por substituição 
de seus elementos. 
Ex.: Negociação de dívida em banco. 
 
→ Novação objetiva ou real – A dívida é 
substituída. 
→ Novação Subjetiva ou pessoal – Sujeito 
é substituído. 
• Ativa (substituição do credor) 
• Passiva (substituição do 
devedor). 
→ Mista. 
 
– 
Art. 368 – 380 
Extinção de dívidas recíprocas ou mutuas. 
 
 
– 
Art. 381 – 384 
 
Art. 381 – “Extingue-se a obrigação, desde que 
na mesma pessoa se confundam as qualidades 
de credor e devedor”. 
 
 
– 
Art. 385 – 388 
 
→ Remitir = remição – pagamento só por 
liberdade. 
→ Remir = remissão – perdão que teve 
pagamento. 
 
 
Art. 385 – “A remissão de dívida, aceita pelo 
devedor, extingue a obrigação, mas sem 
prejuízo de terceiro.”

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