Buscar

TCC - ARTIGO CIENTIFICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFLUÊNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NA FORMAÇÃO CIDADÃ 
DO ALUNO DO ENSINO MÉDIO 
 
Adeane Carla Marques de Freitas1 
 
RESUMO 
 
O objetivo principal deste estudo foi identificar de que forma o ensino de história pode 
exercer influência na formação cidadã de alunos do ensino médio. A metodologia se 
baseou em uma revisão de literatura, utilizando-se da pesquisa bibliográfica. O ensino 
de história deverá sempre ocupar espaços e gerar progressos, não somente como um 
campo do conhecimento, mas ainda como motivadora do desenvolvimento de 
atividades docentes diferenciadas, para que junto aos alunos de história escolar seja 
compreendida e reconstruída, tendo como embasamento o conhecimento histórico. 
Quanto aos desafios do ensino de história, a formação universitária de professores de 
história é demorada e supõem que o professor conheça muito bem a disciplina. Desta 
forma, o ensino de história contribui para a construção e a concretização de uma 
consciência cidadã exercitada, primeiramente, em ambiente escolar, abrangendo, no 
entanto, que a cidadania não precisa iniciar em uma sala de aula, contudo é essencial 
que o seu exercício não se separe dela. Sabe-se que a cidadania está relacionada ao 
aparecimento da vida na cidade, à eficácia humana em desempenhar seus direitos e 
deveres de cidadão. Deve ter como uma das fundamentais finalidades que o aluno 
seja capaz de entender e agir a cidadania como participação social e política, do 
mesmo modo como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, seguindo 
no seu cotidiano, atitudes de solidariedade, colaboração e repúdio às injustiças, 
respeitando o outro, atuando de maneira crítica e estabelecendo para si o mesmo 
respeito, uma vez que cidadania se estuda e se vivencia em diversos ambientes, 
contudo, a escola é o espaço privilegiado para a socialização, a constituição de 
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e competências. 
 
Palavras-chave: Ensino de história. Alunos. Formação cidadã. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Além do resgate cultural, o ensino de história está presente na vida do indivíduo 
enquanto um processo de desenvolvimento e transformações. 
A mudança social tem sido desejada a cada dia pelos indivíduos que vivem em 
sociedade, sendo que essa mudança diz respeito à forma de vida, seus estilos de 
vida, em seus sistemas sociais e na economia, em suas crenças e valores. Trata-se 
 
1 Aluna concludente do curso de Licenciatura em História. 
de uma circunstância oriunda das rápidas mudanças nos cenários, tanto sociais, 
políticos, econômicos, aumentando, com isso, as expectativas das pessoas. 
A escola é um espaço que tem como finalidade não somente a reprodução das 
relações sociais, mas um espaço que onde circula ideologias, concepções, ações 
intelectuais. Trata-se de um espaço que busca a socialização do saber, da ciência, da 
técnica e das artes produzidas de forma social e que deve estar comprometida 
politicamente. A educação é uma prática social, que está relacionada aos valores 
vigentes de uma dada cultura, sendo que essa cultura varia em cada momento 
histórico. 
Diante disso, entende-se que ao se fazer uma comparação entre o conteúdo 
escolar da disciplina de história e a realidade vivenciada pelos alunos, o ensino pode 
gerar a reflexão indispensável para que o mesmo promova o despertar de sua 
aprendizagem na vida social, com habilidade para atuar e transformar a sociedade de 
maneira ativa e socialmente envolvida. 
A história, considerada como sendo experiência humana, torna-se objeto de 
investigação do historiador que a transforma em conhecimento. Este conhecimento 
passa a ser fruto de ensino formativo, tendo, com isso, seu ensino, grande importância 
para a vida social. 
Este estudo será delimitado enquanto disciplina de história para a formação 
cidadã no âmbito de alunos do Ensino Médio. Diante do exposto, é levantada a 
seguinte questão: de que forma o ensino de história pode exercer influência na 
formação cidadã de alunos do ensino médio? 
O objetivo geral deste estudo se baseou em identificar de que forma o ensino 
de história pode exercer influência na formação cidadã de alunos do ensino médio. 
Para que fosse possível atingir ao objetivo geral proposto, foram traçados objetivos 
específicos a saber: descrever sobre a didática e a prática do ensino de história; 
identificar quais são os desafios do ensino de história; verificar como o ensino de 
história está relacionada com a formação cidadã dos alunos do ensino médio. 
O estudo teve como metodologia a revisão de literatura, utilizando-se da 
pesquisa bibliográfica, uma vez que foram consultadas obras literárias, apostilas, 
artigos científicos e material publicado no meio eletrônico. 
Este estudo se justifica uma vez que o estudo de história contribui de forma 
significativa para que o aluno do ensino médio, como integrante do contexto social, 
compreenda a sua relação com o mundo e a sociedade, historicamente, culturalmente 
e politicamente, situado no tempo e no espaço, visando a construção de seus valores 
conhecimentos, atitudes e habilidades indispensáveis para a sua formação cidadã. 
 
2 A DIDÁTICA E A PRÁTICA DO ENSINO DE HISTÓRIA 
 
Segundo informações do Instituto Pedagógico de Minas Gerais – IPEMIG 
(2017a), a didática e metodologia do ensino de história vem sempre ocupando 
espaços e gerando progressos, não somente como um campo do conhecimento, mas 
também como motivadora do desenvolvimento de atividades docentes diferenciadas, 
para que junto aos alunos de história escolar seja compreendida e reconstruída, tendo 
como embasamento o conhecimento histórico. 
Abud, Silva e Alves (2010 apud IPEMIG, 2017a) afirmam que a didática da 
histórica funda-se em torno de um objeto distinto do objeto da história. Se esta busca 
o passado e constrói um conhecimento próprio, a versão escolar supera a simples 
transmissão de saberes, para se tornar um campo de conhecimento no qual se 
imbricam a história ciência e a história escolar, cada uma com elementos próprios. 
A ciência de referência diz respeito à didática da história para sugerir operações 
cognitivas que estejam ao alcance dos alunos. Comina-se à disciplina o papel de 
intercessora, ou seja, assumir inalterados os conteúdos e formas produzidas pela 
história como ciência. A adaptação depende da capacidade de apreensão dos 
destinatários, que não são historiadores, e talvez nem desejem ser. A didática da 
história leva em conta, metodicamente, a autonomia e independência disciplinares, 
referentes às diferenças entre o trabalho da história científica e a atividade em sala de 
aula (IPEMIG, 2017). 
A essencial finalidade do ensino de história se fundamenta em envolver e 
explanar as múltiplas versões do fato, e não tão-somente memoriza-lo. Sem que 
identifique, resguarde, abranja, sem que se sugira onde se localizam outros 
acontecimentos e qual o seu valor, não pode existir seguimento consciente no tempo, 
mas apenas a eterna transformação do mundo e do período biológico das criaturas 
que nele habitam. A informação da história da civilização é importante pelo fato de 
fornecer os alicerces para o futuro, permitindo o conhecimento de como aqueles que 
existiram antes equacionaram os amplos assuntos humanos (IPEMIG, 2017). 
 
O importante não pé só o acervo de conhecimentos que se deve selecionar 
para instruir o ensino, igualmente importante é a maneira como se deve 
realizar este ensino, o modo como o ensino é trabalhado. Ou seja, a 
metodologia de trabalho na escola. Alfabetizar, por exemplo, pode ser feito 
por diversos métodos: alfabetizar a partir da convivência, da realidade doa 
alfabetizados, fazendo com que eles ampliem o conhecimento de sua 
realidade e incorporem outros conhecimentos, exige um determinado 
método, não qualquer método (IPEMIG, 2017, p. 12). 
 
Na visão de Abud, Silva e Alves (2010 apud IPEMIG, 2017a), a viradametodológica, que transforma a expectativa do ensino de história e afeta todos os 
seus atores, principalmente professores e alunos, distingue-se pelo acesso de um 
processo de memorização de informações e de relação com narrativas prontas, do 
manual didático, do professor e da mídia, para a necessidade da produção de 
narrativas a partir de induções e leituras diretas de vários documentos históricos e de 
narrativas de diversas perspectivas. Tal transformação foi verificada devido as 
pesquisas de campo da educação histórica e tornou indispensável compreender, à luz 
das pesquisas em torno da narrativa histórica, a analogia que crianças e jovens 
constituem com a produção da narrativa histórica. 
De acordo com Souza (2015), no modelo de formação de professores fica em 
destaque uma ideia segundo a qual a didática é avaliada como um conjunto de 
conhecimentos indispensáveis à preparação de profissionais competentes a 
manobrar metodologias de ensino, que o ampararão na aplicação dos conhecimentos 
característicos na educação, sendo que muitas vezes isso vem seguido de uma 
desvinculação entre o ato de ensinar e aquilo que se almeja ensinar. 
 
Trata-se da separação entre um conjunto de conhecimentos a ensinar e uma 
formação complementar, a partir da qual se tenta desenvolver competências 
para o trabalho pedagógico, como o planejamento de aulas, o trabalho com 
manuais didáticos e a preparação para adotar estratégias de transmissão de 
conhecimentos (SOUZA, 2015, p. 86). 
 
Vasconcelos (2002 apud RAMOS; CAINELLI, 2014) afirma que a separação 
entre teoria e prática, a falta de prestígio dos conhecimentos sucedidos da prática, 
estabelecidos na prática e sobre a prática, obedece à epistemologia clássica, em que 
se percebe o mundo das ideias, dos conceitos, das teorias como superior. O mundo 
da empiria, da prática, da experiência, conforme tal expectativa, poderia até ser ponto 
de partida, mas imperfeito uma vez que é alterável e fugidio. Não tem que deduzir o 
que seria inferior ou superior, a teoria ou a prática, mas ponderar que a prática é 
imprescindível para o conhecimento e funciona como sua pressuposição, mas não é 
satisfatória para que este se estabeleça. Distinto do padrão epistemológico tradicional, 
hoje observa-se a emergência do paradigma da complexidade, no qual não deriva 
apontar o mundo das ideias do mundo da experiência, os valores das ações. 
Conforme Souza (2015), a prática, no domínio da formação docente, não pode 
ser apreendida exclusivamente como observação e participação em atividades no 
interior das escolas. Conhecer o campo de trabalho não pode constituir meramente a 
reprodução de práticas sedimentadas na cultura escolar e na cultura da escola, pois 
é importante ir além e aprender a contextualizá-las, estabelecer interpretações críticas 
e recomendar alternativas. 
No que diz respeito à teoria, conforme Barca (2004 apud SOUZA, 2015), o 
princípio teórico-metodológico que norteia a configuração dada a esse curso se 
influencia pela percepção de aula-oficina, na qual o aluno é sujeito do próprio 
conhecimento e a aprendizagem histórica acontece por meio de um trabalho que 
agrupa atividades complexas que lidam com o conhecimento histórico em sua 
natureza epistemológica. 
Segundo Rüsen (2007 apud RAMOS; CAINELLI, 2014), os saberes 
indispensáveis para ensinar história abrangem os relacionados à pedagogia, no que 
diz respeito aos métodos de ensino e à didática da história por basear a educação 
histórica, ou seja: as ciências sociais, que pesquisam as condições sociais de ensino 
e aprendizagem; os desígnios, as formas e os processos da educação, o que abarca 
saberes pedagógicos para além do conteúdo pragmático, em conjunto com os estudos 
históricos que pesquisam história como disciplina a ser ensinada. Esse grau da 
didática da história determina as finalidades e as formas da educação histórica dentro 
de um dado contexto político, social, cultural e institucional enquanto o nível 
pedagógico constitui os meios práticos pelos quais estes objetivos são alcançados. 
 
Na área de História, a problemática relatada, quanto à separação entre 
produção e difusão do conhecimento, encontra raízes no século XIX, quando 
a história passou a ser uma disciplina de investigação orientada por um 
método e houve uma separação entre os que produzem o conhecimento 
histórico e os que tratam de sua transmissão. Antes dessa institucionalização 
da história como campo de investigações sobre o passado, os que tinham 
interesse de estudar história comumente o faziam também com fins didáticos, 
ou seja, a investigação histórica era feita para produzir conhecimentos a 
serem ensinados e, assim, orientar a sociedade sobre seu passado e seus 
destinos (RÜSEN, 2008 apud SOUZA, 2015, p. 87). 
 
Compreende-se, diante disso, todos os saberes, sendo estes formativos, 
curriculares, disciplinares e experienciais, os quais são importantes e, por isso, devem 
ser mobilizados. Entretanto, o eixo norteador desta mobilização deve ser o saber 
disciplinar. A partir daí o ensino de história deve situar-se em um esclarecimento e 
uma percepção tendo em vista a função característica e exclusiva do saber histórico 
na vida humana (RÜSEN, 2007 apud RAMOS; CAINELLI, 2014). 
 
3 OS DESAFIOS DO ENSINO DE HISTÓRIA 
 
Souza e Carvalho (2012) afirmam que, atualmente, o ensino de história 
estabelece a interdisciplinaridade na tentativa de aprofundar o conhecimento 
indispensável para o bom exercício na área de história, pois para conhecer a disciplina 
o discente precisa de anos de estudo, algo que torna sua formação lenta e determina 
que o estudo ocorra de forma contínua. A formação de professores de história visa 
apoio em outras áreas, como língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, 
artes, filosofia, economia, didática, sociologia, o que justifica a interdisciplinaridade. 
 
Sobre esse aspecto, BORGES apud GUIMARÃES (2001) observou que a 
formação universitária de professores de história é demorada e supõem que 
o professor conheça muito bem, como é produzida essa forma de 
conhecimento, pois deste modo "estará ele em condições de evitar um ensino 
repetitivo e memorizado em defesa da cultura, pautando ao acesso do 
conhecimento por meio, por exemplo, de realização de leituras e participação 
de congressos". E trabalhar por este ângulo é trabalhar a história de uma 
forma, reconhecendo que nela existe toda uma diversidade de abordagens, 
fazendo do passado uma leitura com termos de referências recentes que 
abrangem o hoje e o agora, com perspectivas sociais teóricas, ou uma 
concepção de mundo (SOUZA; CARVALHO, 2012, p. 3). 
 
De acordo com informações da IPEMIG (2017a), o ensino de história é 
considerado uma tarefa que não é fácil, essencialmente pelo fato de se tratar de uma 
disciplina que tem maior resistência entre os alunos. Não pode restringir-se a 
memorização de fatos, a informação particularizada dos eventos, à acumulação de 
dados sobre as situações nas quais incidiram. A história não é puramente uma 
narrativa de acontecimentos periféricos, não é a consagração de figuras ilustres. Não 
é um domínio imparcial, é um espaço de debate, em geral de conflitos. É um espaço 
de investigação e cultivo do saber que está além de marcar para a conformidade. 
Segundo Magalhães (2012), a legislação brasileira reforça muito a precisão de 
se trabalhar com o patrimônio histórico e cultural em sala de aula. 
 
Nos “Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN” de História, para o ensino 
fundamental de 1º. e 2º. ciclos, este fator é salientado já na definição dos 
objetivos principais do ensino da disciplina que, de acordo com o documento, 
deve ter o papel de formar identidades, envolvendo aspectos individuais, 
sociais e coletivos, tendo como pano de fundo a busca por uma formação 
cidadã (BRASIL, 1997 apud MAGALHÃES, 2012, p. 100). 
 
De acordo com Magalhães (2012), designadamente é determinada a 
necessidadede se trabalhar com o patrimônio histórico e cultural, sendo este uma das 
finalidades do ensino de história: “valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a 
diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um 
elemento de fortalecimento da democracia” (BRASIL, 1997, apud MAGALHÃES, 
2012, p. 100). 
Ao se lecionar história, deve-se passar ao aluno a informação de que o mesmo 
necessita sempre almejar o grande homem que defenderá o país e jamais que as 
transformações acontecem pela pretensão e deliberação de homens comuns. Os 
estudos de história cooperariam para desenvolver no aluno a ideia de que a realidade 
como está foi determinada por alguma razão, e mais importante, pode ser modificada 
ou conservada. Diante disso, é importante que a história seja apreendida como a 
consequência da atuação de distintos grupos, setores ou classes de toda a sociedade. 
É essencial que o aluno reconheça a história da humanidade como a história da 
produção de todos os homens e não como consequência da ação ou das ideias de 
alguns poucos (IPEMIG, 2017a). 
 
Nessa medida a história seria entendida como um processo social em que 
todos os homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra 
parte, é fundamental que se estabeleça a relação do passado e do presente, 
isto é, que os estudos não se restrinjam apenas ao passado, mas sim que 
este seja entendido como chave para a compreensão do presente, que por 
sua vez melhor esclarece e ajuda a entender o passado. Aqui duas funções 
se evidenciam como básicas nos estudos da história: capacitar o indivíduo a 
entender a sociedade do passado e a aumentar o seu domínio da sociedade 
do presente (IPEMIG, 2017a, p. 14). 
 
Sob esse ponto de vista, não faz sentido um ensino de história que se limite a 
fatos e acontecimentos do passado sem constituir sua conexão com a condição 
presente. Bem como não há sentido avaliar os fatos contemporâneos sem procurar 
sua origem e sem constituir sua relação com os outros acontecimentos políticos, 
econômicos, sociais e culturais acontecidos na sociedade como um todo. Não é 
presumível, deste modo, avaliar fatos isolados. Para apreender seu adequado sentido 
é indispensável remetê-los à situação socioeconômica, política ou cultural da época 
em que foram produzidas, reconstituídas suas evoluções no contexto mais amplo do 
social até a circunstância presente (IPEMIG, 2017). 
Na visão de Simão, Gandras e Traves (2010 apud IPEMIG, 2017a), apenas 
desta maneira a escola pode proporcionar ao aluno um ensino que lhe permita a 
informação e a concepção das relações de tempo e espaço. Isto é, pelo conhecimento 
da temporalidade das relações sociais, das relações a políticas, das formas de 
produção econômica, das formas de produção da cultura das ideias e dos valores. 
De acordo com Schimidt (2009 apud SOUZA, 2015), novas propostas estão 
sendo debatidas visando fazer com que o ensino de história seja considerado com 
princípios e desígnios próprios do que se chama uma “racionalidade histórica”. Isto 
pode ser percebido como uma forma de sugerir metas e objetivos para a 
aprendizagem da história que não sejam meramente levar os estudantes a uma 
memorização de informações históricas didatizadas. 
Na visão de Souza (2015) o desafio maior é uma formação de professores que 
não mais os prepare apenas para conduzir didaticamente conteúdos históricos 
antecipadamente selecionados, promovendo uma aprendizagem de informações 
históricas dadas. Os novos profissionais necessitam abranger a natureza de modo 
eminente investigativa da aprendizagem histórica, a relação entre conhecimento 
histórico e vida prática, e ainda os embasamentos epistemológicos da produção do 
conhecimento histórico. Com isso, também é indispensável que reconheçam o papel 
do professor na investigação da realidade social na qual está inserido, e além disso 
na intervenção sobre essa realidade, a partir do manejo do conhecimento histórico em 
aulas de história. 
Souza (2015) ressalta que a didática tem um desafio, uma vez que ocupa um 
lugar de evidência na formação de educadores, especialistas e professores em uma 
perspectiva multidimensional, devido a educação decorrer todos os domínios da 
sociedade. Com isso, a educação deve adquirir uma ligação entre escola e sociedade 
numa visão global e informatizada, habilitando os formados com vistas a sua vida 
pessoal e profissional. Diante disso, o professor de história deve ter como finalidade 
a preocupação com a constituição crítica e reflexiva, voltando-se para a concepção 
do processo histórico na busca de um ensino que venha romper com as ligações do 
conservadorismo, da decoreba, visando uma escola que trabalhe com a realidade do 
aluno, consentindo, com isso, trabalhar com a memória e a visão crítica no local em 
que vive. 
 
4 O ENSINO DE HISTÓRIA E A FORMAÇÃO CIDADÃ DOS ALUNOS 
DO ENSINO MÉDIO 
 
Conforme Lopes (2013), a sociedade é constituída por uma massa heterogênea 
e existe a necessidade de estímulo constante para que as pessoas compreendam 
que, onde quer que estejam, o que quer que cometam, têm direitos e podem lutar por 
eles e a vida não se sintetiza somente em deveres. O aluno como integrante da 
sociedade necessita ser ajudado a abranger que, fundamentado em lei, deve lutar 
para que verdadeiramente tenha condições iguais de competir no mercado de 
trabalho, igualdade na moradia, na educação, na saúde, entre outros. 
Monteiro (2007) afirma que a valor da reflexão sobre os processos de 
preparação do saber escolar e de mobilização dos saberes pelos professores 
necessita ganhar atenção e ser objeto de análise que articule teoria e prática. A prática 
pela prática não consente avanços, e sim a representação de modelos. O saber da 
experiência sem reflexão teórica somente reproduz fazeres acriticamente. 
Souza (2015) afirma que o modelo clássico de formação de professores 
encontra-se ainda presente em sua essência, na separação entre o que se considera 
conhecimentos específicos e os, igualmente denominados, conhecimentos 
pedagógicos. Entretanto, tal entendimento passa por um período de intensos 
questionamentos. 
 
O que está na ordem do dia é que já não se pode pensar somente em uma 
didática geral, ou seja, em metodologias a partir das quais seja possível 
ensinar tudo a todos. O questionamento a este princípio tem base na 
concepção segundo a qual distintas áreas do conhecimento exigem a 
mobilização de distintas formas de ensino e aprendizagem (SOUZA, 2015, p. 
86). 
 
Conforme Lopes (2013), para que o homem seja implantado na cidadania, ele 
necessitará sujeitar-se a liberdade do próximo, o que depende da sua conduta, 
contudo isso não constitui desigualdade entre as classes. Com isso, o cidadão se 
intitula como um indivíduo com direitos, deveres e obrigações diante do Estado e a 
sociedade. Dessa forma, a cidadania seria o exercício pleno dos direitos e deveres 
das pessoas, em que a garantia de respeito. 
De acordo com Faturi (2018), de forma mais associada à realidade diária, é 
plausível classificar a cidadania como sendo uma identidade social politizada, isto é, 
abranger que a cidadania envolve processos de identificação entre as pessoas e 
sentimentos de pertencimento designado coletivamente, em diversas mobilizações, 
confrontos e negociações cotidianas, técnicas e características. Sua definição gravita, 
deste modo, em volta de um universo de valores e práticas dos direitos e da 
importância dos direitos, que asseguram, esta forma, os embasamentos e os limites 
da cidadania. 
Lopes (2013) relata que a procedência do termo cidadania deriva do latim 
“civitas”, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi empregada na Roma antiga 
para sugerir a situação política de uma pessoa e os direitos que a mesma tinha ou 
podia desempenhar. A cidadania é um conjunto de liberdades e obrigações políticas, 
sociais e econômicas em que um cidadão está sujeito noque diz respeito à sociedade 
em que vive. O cidadão [de cidade + -ão], se trata do indivíduo no gozo dos direitos 
civis e políticos de um Estado, ou na função de seus deveres para com este. 
Ao tentar definir sobre a cidadania, Faturi (2018) explica que é indispensável 
partir da concepção que cidadania não tem uma significação e que se trata de um 
conceito histórico, o que quer dizer que seu sentido altera no tempo e no espaço, 
consistindo em, deste modo, na consequência de um processo dialético em 
incessante trajetória na sociedade. O termo cidadania, atualmente, está relacionado 
ao exercício total dos direitos políticos, econômicos e sociais da pessoa cujo bom 
emprego está relacionado inteiramente na forma de organização do estado. 
De acordo com Mendes et al (2018), o ensino de história deve ter como intuito 
a formação para a cidadania, uma vez que esta colabora inteiramente para que os 
indivíduos se tornem mais críticos, reflexivos e, por conseguinte, mais atuantes na 
sociedade onde estão inseridos. 
Para Faturi (2018), o ensino de história, permite “historicizar” as experiências, 
isto é, instrumentaliza as pessoas para abarcar tendo em vista uma extensão 
temporal, entre prosseguimento e ruptura, constância e mudança, de pensar a 
duração como um fator de inteligibilidade do ser humano, completar e contextualizar, 
deste modo, permitindo situar os acontecimentos em um tempo, em uma sociedade e 
em um verificado lugar, o que admite entender aquilo que se tem de característico nas 
experiências humanas e, estabelecer conceitos, que servem para avaliar uma 
sociedade e a ação humana. Isto é, através do ensino de história oportuniza-se aos 
estudantes a seguir o processo de construção, definição e disputa do conceito 
"cidadania" e permite os alunos conjecturem acerca da sua experiência e as suas 
vivências como cidadãos, ampliando um olhar crítico ao mundo em que vive, levando 
em consideração o curso histórico da conquista dos direitos, assim como o seu papel, 
enquanto jovens estudantes, na sua manutenção e ampliação. 
Para mendes et al (2018), o ensino de história no Brasil, desde seu 
aparecimento, incidiu por diversas modificações, as quais tiveram finalidades 
diferentes, como reforço de ideologias religiosas, políticas, nacionalistas, inclusive 
mesmo a reflexão, o diálogo e a formação cidadã. É importante ressaltar que o 
professor de história deve procurar sempre o novo, uma vez que o tempo não é 
estático, é movimento, é luta, é transformação, é uma constante perquisição. O 
educador deve estimular e despertar nos educandos este sentimento de curiosidade, 
apesar de se viver em um mundo imediato, de tecnologia, que nem sempre estes 
sentem curiosidades pelos desafios recomendados por seus educadores. 
Conforme Faturi (2018), a formação para a cidadania na educação é efetiva 
aos alunos, à comunidade escolar e à sociedade, competindo aos docentes, de 
maneira geral, apresentar estratégias pedagógicas que amparem ao educando a 
estabelecer conhecimentos, valores, atitudes e habilidades imprescindíveis para a sua 
formação cidadã, e aos docentes de história, instrumentalizar alunos para analisar e 
abranger historicamente o desenvolvimento e os limites da cidadania no Brasil, 
visando valorizar os princípios éticos e da dignidade humana indispensáveis ao 
convívio social e adotando a escola como um campo de exercício da cidadania, um 
ambiente democrático, em que todos os atores, sem ressalva, sejam interventores 
ativos e participativos. 
Mendes et al (2018) ressaltam que é irrefutável o valor do ensino de história na 
formação de qualquer cidadão, ainda que muitos profissionais o proporcionem como 
um prosseguimento temporal de datas e de eventos. Uma forma tediosa e fadigosa 
de mostrar a história aos alunos é apresentá-la como um seguimento unidimensional 
de datas e acontecimentos. Quem atua dessa forma consolida oralmente uma faixa 
do tempo oral, contudo não leciona a disciplina. Diante disso, lecionar história apenas 
e meramente interpretando livros e decorando datas, faz com que o conteúdo da 
disciplina se torne maçante e sem sentido, levando à indiferença dos alunos pelos 
conteúdos recomendados. Deste modo, ensinar história é importante para que o 
indivíduo estime o patrimônio sociocultural e o direito de cidadania como qualidade de 
fortalecimento da liberdade de expressão e da democracia. 
Segundo Faturi (2018), o tema da cidadania torna-se um eixo essencial das 
técnicas da escola e implanta-se na sala de aula, exercendo influência na educação 
dos jovens de diversas maneiras, a partir de um abundante número de leis, 
parâmetros, diretrizes e orientações que põem a cidadania como uma finalidade do 
ensino, já que os currículos e programas estabelecem a ferramenta mais importante 
de interferência do Estado no ensino, o que constitui sua intervenção no 
desenvolvimento da clientela escolar para o exercício da cidadania. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O objetivo principal deste estudo foi identificar de que forma o ensino de história 
pode exercer influência na formação cidadã de alunos do ensino médio, sendo que o 
mesmo foi atingido, pois a teoria abordada contribuiu de forma significativa para o bom 
entendimento e alcance do mesmo. 
Na questão da didática, o ensino de história deverá sempre ocupar espaços e 
gerar progressos, não somente como um campo do conhecimento, mas também como 
motivadora do desenvolvimento de atividades docentes diferenciadas, para que junto 
aos alunos de história escolar seja compreendida e reconstruída, tendo como 
embasamento o conhecimento histórico. Deve fundar-se em torno de um objeto 
distinto do objeto da história. Buscar o passado e construir um conhecimento próprio. 
A prática diz respeito à observação e à participação em atividades no interior 
das escolas. A teoria norteia a configuração na qual o aluno é sujeito do próprio 
conhecimento e a aprendizagem histórica acontece por meio de um trabalho que 
agrupa atividades complexas que lidam com o conhecimento histórico em sua 
natureza epistemológica. 
No que diz respeito aos desafios do ensino de história, a formação universitária 
de professores de história é demorada e supõem que o professor conheça muito bem 
a disciplina. O ensino de história para é considerado uma tarefa que não é fácil, e se 
trata de um tipo de ensino que não pode restringir-se a memorização de fatos, a 
informação particularizada dos eventos, à acumulação de dados sobre as situações 
nas quais incidiram. 
É importante que a história seja entendida como o resultado da ação de 
distintos grupos, setores ou classes de toda a sociedade e que o aluno conheça a 
história da humanidade como a história da produção de todos os homens e não como 
resultado da ação ou das ideias de alguns poucos. 
Desta forma, contribuir para a construção e a concretização de uma 
consciência cidadã exercitada, primeiramente, em ambiente escolar, abrangendo, no 
entanto, que a cidadania não precisa iniciar em uma sala de aula, contudo é essencial 
que o seu exercício não se separe dela. Sabe-se que a cidadania está relacionada ao 
aparecimento da vida na cidade, à eficácia humana em desempenhar seus direitos e 
deveres de cidadão. 
O ensino de história deve ter como uma das fundamentais finalidades que o 
aluno seja capaz de entender e agir a cidadania como participação social e política, 
do mesmo modo como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, 
seguindo no seu cotidiano, atitudes de solidariedade, colaboração e repúdio às 
injustiças, respeitando o outro, atuando de maneira crítica e estabelecendo para si o 
mesmo respeito, uma vez que cidadania se estuda e se vivencia em diversos 
ambientes, contudo, a escola é o espaço privilegiado para a socialização, a 
constituição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e competências. 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
FATURI, Fábio Rosa. Cidadania:da reflexão à prática. Contribuições do ensino de 
história. 143 fls. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ensino 
de História. Porto Alegre, RS, 2018. Disponível em: 
<https://lume.ufrgs.br/handle/10183/185983>. Acesso em 4 mai. 2022. 
 
INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS – IPEMIG. Historiografia I e II. 
Coordenação Pedagógica. Belo Horizonte: IPEMIG, 2017. 
 
INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS – IPEMIG. Metodologia do ensino 
de história. Coordenação Pedagógica. Belo Horizonte: IPEMIG, 2017a. 
LOPES, Nelson de Jesus. O ensino de geografia e sua contribuição na formação 
cidadã do aluno. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do 
professor PDE. Produções Didático-Pedagógicas. V. I. Londrina, 2013. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_p
de/2013/2013_uel_geo_artigo_nelson_de_jesus_lopes.pdf>. Acesso em 4 mai. 2022. 
 
MAGALHÃES, Leandro Henrique. Educar para o Patrimônio Cultural: reflexões e 
propostas metodológicas. In: SANTOS, Adriana Regina de Jesus dos. LUGLE, 
Andreia Maria Cavaminami; LIMA, Ângela Maria de Sousa; ARAÚJO, Angélica Lyra 
de; ALBERTUNI, Carlos Alberto. Experiências e reflexões na formação de 
professores. Londrina: UEL, 2012. p. 99-109. Disponível em: 
<http://www.uel.br/prograd/fope/materiais/livro_01.pdf>. Acesso em 22 abr. 2022. 
 
MENDES, Anna Paula Alves; BARBOSA, Carolina da Mata; QUEIROZ, Gislene 
Aparecida Martins; SILVA, Luciana Sérgio da. O ensino de história e sua influência 
na formação para a cidadania. CEPE - V Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão 
da UEG, Anais... Disponível em: 
<https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/13122/10304>. Acesso em 4 
mai. 2022. 
 
RAMOS, Márcia Elisa Teté; CAINELLI; Marlene Rosa. A Relação Entre Teoria e 
Prática na Formação de Professores de História. História e Perspectivas, Uberlândia 
(50): 227-260, jan./jun. 2014. Disponível em: 
<http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/download/27499/15075
>. Acesso em 20 abr. 2022. 
 
SOUZA, Lucrécia Gomes; CARVALHO, Francidéia Gomes Sousa de. Perspectivas 
e desafios na formação do professor de história. Campina Grande, Realize 
Editora, 2012. Disponível em: <https://silo.tips/download/perspectivas-e-desafios-na-
formaao-do-professor-de-historia>. Acesso em 22 abr. 2022. 
 
SOUZA, Éder Cristiano de. Formação de Professores em História: desafios e 
perspectivas para a redefinição da relação teoria e prática. Revista Acadêmica 
Licencia&acturas, Ivoti, v. 3, n. 2, p. 85-92, julho/dezembro, 2015. Disponível em: 
<http://www.ieduc.org.br/ojs/index.php/licenciaeacturas/article/view/91/87>. Acesso 
em 18 abr. 2022. 
 
https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/13122/10304
http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/download/27499/15075
http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/download/27499/15075

Outros materiais