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RELAÇÃO ÓRGÃO COMPETENTE vs. CARGO OCUPADO STF (art. 102, I, b e c, CF) - Presidente da República; - Vice-Presidente da República; - membros do Congresso Nacional; - Ministros e Procurador-Geral da República. - Comandantes das Forças Armadas; - membros dos Tribunais Superiores; - membros do Tribunal de Contas da União; - Chefes de missão diplomática de caráter permanente. STJ (art. 105, CF) - Governadores; - Desembargadores dos Tribunais de Justiça; - membros dos Tribunais de Contas; - membros dos Tribunais Regionais Federais; - membros dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho; - membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios; - membros do Ministério Público da União. TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS - Prefeitos; - Deputados estaduais; - Juízes de Direito; - membros do Ministério Público Estadual. TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS (art. 108, CF) - Prefeitos1; - Deputados estaduais; - Juízes federais; - Juízes do trabalho; - Juízes militares da União; - Membros do Ministério Público da União. Atualmente, é entendimento jurisprudencial que: 1) A prerrogativa de foro dos deputados federais e senadores somente se aplica aos crimes cometidos durante o exercício do cargo, considerando-se como início da data da diplomação. 2) A prerrogativa somente se aplica aos crimes praticados durante o exercício do cargo e relacionados à funções, ou seja, propter officium. 3) A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional (Súmula 451, STF). 4) Os processos das autoridades que ainda não julgadas pela prerrogativa de foro é de competência da Justiça Comum. 5) A prerrogativa de foro subsiste após o fim do mandato apenas em relação aos crimes que tenham relação com as funções atinentes ao cargo; 6) Embora o indivíduo tenha cometido o crime em outro estado, a competência para julgá-lo é o Tribunal do foro onde exerce sua função2. 7) A prerrogativa de função prevalece sobre o Tribunal do Júri quando prevista pela Constituição Federal (Súmula 721, STJ); 1 SÚMULA 208, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeito a prestação de contas perante órgão federal. 2 Por exemplo: Se um deputado do ES pratica um crime em SP, o tribunal de SP será o competente para julgar o crime cometido. 8) Ocorre a extensão da prerrogativa de função ao particular quando o crime é cometido em concurso com o indivíduo que possui a prerrogativa (Súmula 704, STJ). Essa previsão não ocorre nos crimes de competência do Tribunal do Juri. Ou seja, nos crimes dolosos contra a vida, haverá uma cisão processual: o particular será julgado pelo Tribunal do Juri e o indivíduo com prerrogativa será julgado de acordo com a prerrogativa.
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