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Iespes Curso : ODONTOLOGIA PROFESSORA: SAMMYA MARLEN DISCIPLINA: PERIODONTIA I INTRODUÇÃO A PERIODONTIA http://luisgustavoleite.com.br/blog/ PERIODONTIA Ramo da odontologia que lida com o diagnóstico e tratamento de doenças e condições dos tecidos de suporte e os tecidos que circundam os dentes ou seus substitutos implantados. Especialidade da odontologia que cuida do periodonto, ou seja, do conjunto de estruturas que está ao redor do dente e que é responsável pela sua fixação e proteção: gengiva, osso alveolar e fibras que ligam a raiz ao osso. A importância da periodontia no contexto geral da Odontologia é inquestionável. Todo tratamento realizado, sem os cuidados e preparos periodontais prévios, está fadado ao insucesso. Na Periodontia o trabalho é em Equipe: paciente, profissionais (clínico e o periodontista). Inter-relação Perio e demais especialidades ORTODONTIA ENDODONTIA DENTÍSTICA PRÓTESE Inter-relação Perio e demais especialidades Fonte: google.com.br Importante que o profissional esteja empenhado com a promoção da saúde do paciente. Realizando um diagnóstico e plano de tratamento correto! Conhecimento e habilidades são fundamentais para satisfação do paciente! Inter-relação Perio e demais especialidades História Fonte: Fineart America Doenças gengivais afligem a humanidade desde os primórdios da história. Registros antigos revelam consciência sobre doença periodontal. Relação entre cálculo dental e problemas periodontais eram associados com frequência. Porém não havia discussão a respeito de tratamento. Higiene bucal era praticada desde 3000 aC - Sumérios História Fonte: arqueologiaibanez.blogspot.com Fonte: arqueologiaibanez.blogspot.com História Tratado cirúrgico árabe – Idade Média Século XVIII – Pierre Fauchard História Fonte: Wikipédia. Jonh W. Riggs (1811-1885) Primeiro periodontista Terapia periodontal conservadora Baseado na profilaxia e prevenção Doença periodontal: infecção local História Fonte: Wikipédia. PERIODONTO Conceito: perio= em torno de, que circunda odonto= dente https://www.youtube.com/watch?v=TIwV9BbSdBE Mucosa mastigatória: gengiva e palato duro Mucosa especializada: dorso da língua Mucosa revestimento: membrana que recobre toda a cavidade oral PERIODONTO DE PROTEÇÃO Fonte: google.com.br GENGIVA Marginal Inserida Interdental Características: cor rosa pálida, consistência firme, resiliente, superfície opaca (livre) ou pontilhada (inserida). GENGIVA MARGINAL GENGIVA INTERDENTAL GENGIVA INSERIDA Fonte: google.com.br Margem ou bordo que circunda os dentes em forma de “colarinho” Limite: gengiva inserida Largura de 1mm, em média Parede do sulco gengival Separada da superfície dental por meio de sonda periodontal Sulco gengival: fenda rasa ou espaço em torno do dente; profundidade clínica de 2 a 3 mm Gengiva marginal Fonte: google.com.br Gengiva inserida Contínua com a marginal Firme Resiliente Aderida ao periósteo do osso alveolar Parâmetro clínico importante Faixa variável na faixa vestibular Junção mucogengival GENGIVA INSERIDA Fonte: google.com.br Ocupa a ameia gengival Abaixo da área de contato interproximal Pode ser piramidal ou em forma de “cratera” (col) Col: depressão que une as papila vestibular e lingual/palatina; área de menor queratinização; dentes posteriores Gengiva interdental Fonte: google.com.br GENGIVA INTERDENTAL Ausência de ponto de contato proximal Fonte: google.com.br Características microscópica Gengiva: porção central de tecido conjuntivo recoberto por epitélio escamoso estratificado Fonte: google.com.br Características gengivais Características clínicas - Gengiva marginal - Sulco gengival - Gengiva inserida - Gengiva interdental Características microscópicas: - epitélios gengival Epitélio gengival: escamoso estratificado Epitélio oral ou externo Epitélio sulcular Epitélio juncional Proliferação e Diferenciação do queratinócito Função: proteger as estruturas mais profundas, porém permite troca seletiva com o ambiente bucal Mitoses camadas basal e suprabasal Queratinização Células do epitélio gengival Queratinócitos Células não-queratinócitos: - melanócitos - células de Langehans - células de Merkel Lâmina basal: lâmina lúcida (laminina) e lâmina densa (colágeno IV) Epitélio oral ou externo Reveste crista, superfícies da gengiva marginal (externa) e inserida Paraqueratinizado Queratinização idade Palato > gengiva > língua > bochechas Epitélio sulcular Reveste sulco gengival Escamoso estratificado fino, não queratinizado, sem cristas Limite coronário do epitélio juncional até a crista da margem gengival Sem estratos córneos, granuloso Contém apenas as citoqueratinas k4 e k13 Epitélio juncional Escamoso estratificado não queratinizado 3 a 5 camadas de células no início da vida 10 a 20 camadas com o passar dos anos Estratos: basal e suprabasal Aderido ao dente por uma lâmina basal interna, reforçada pelas fibras gengivais Junto com as fibras gengivais= unidade dentogengival Sulco gengival Fluido sulcular: lava o sulco de substâncias Contém proteínas que podem melhorar a adesividade do epitélio ao dente Propriedades antimicrobianas Inicia a atividade de anticorpos na defesa da gengiva Tecido conjuntivo gengival – lamina própria Camada papilar: subjacente ao epitélio Camada reticular: adjacente ao periósteo do osso alveolar Fibras gengivais Colágeno denso Colágeno tipo I Funções: - comprimir gengiva marginal de encontro ao dente - fornecer rigidez para suportar as forças mastigatórias - unir gengiva marginal com o cemento e a gengiva inserida Quatro grupos: DENTOGENGIVAL, CIRCULAR, TRANSEPTAL, DENTOPERIOSTEAIS Dentogengivais Das superfícies V, L e interproximais Fixadas no cemento imediatamente abaixo do epitélio na base do sulco gengival Circulares Caminham através do tecido conjuntivo da GM e interdentária circundando o dente como um anel Transeptais Localizadas interproximalmente formando feixes horizontais Dentoperiósticas Suprimento sanguíneo, linfático e nervoso Arteríolas periósticas Vasos do ligamento periodontal Arteríolas que emergem do septo interdentário Drenagem linfática: recebe vasos do tecido conjuntivo da papila, prossegue ao periósteo até desembocar nos nódulos regionais Inervação: proveniente do ligamento periodontal, nervos labial, palatal e vestibular. Características clínicas Cor: rósea coral - pigmentação fisiológica: melanina Tamanho: total de volume de elementos celulares e intercelulares e suprimento vascular Contorno: varia com a morfologia dental Consistência: firme e resiliente Textura: pontilhada como casca de laranja Posição: nível ao qual a gengiva marginal está aderida ao dente Periodonto de sustentação: Estruturas de Suporte do dente Ligamento periodontal Estrutura de tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e celular, circunda a raízes dentais e une o cemento radicular à lamina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. Fibras: - principais: porções terminais formam as fibras de Sharpey (inseridas no cemento) - seis tipos: transeptal, da crista alveolar, horizontal, oblíqua, apical, interradicular Tipos celulares Celulas de tecido conjuntivo: fibroblastos, cementoblastos, osteoblastos Restos epiteliais de Malassez: remanescentes da bainha de Hertwig Celulas de defesa: macrófagos, mastócitos e eosinofilos Ligamento periodontal Tecido conjuntivo que une dente ao osso. - contínuo com a polpa no forame apical; - contínuo com a gengiva e se comunica com a medula óssea; Elementos: células, fibras e SFA Terminações nervosas sensíveis à pressão Suprimento sangüíneo: serve tambémpara o cemento e o osso alveolar Ligamento Periodontal Variação na espessura: de 0,1-0,4 mm; variação entre decíduos e permanentes; variação inter e intra-dental; varia de acordo com a carga funcional. Ligamento Periodontal SUPRIMENTO SANGÜÍNEO - mais rico que os tecidos fibrosos; - periápice tem o ramo da artéria dental; - regiões média e inter-radicular: ramos que chegam por canais de Volkman. NERVOS Simples (termin. nervosas livres): dor Compostos: forma espirais (terço médio), termin. expandidas fusiformes (ápice) e tipo Ruffini (ápice): tato e pressão. Ligamento Periodontal CÉLULAS: fibroblastos, restos epiteliais de Malassez, osteoclastos, cementoblastos, osteoblastos, macrófagos e mastócitos. FIBRAS Colágenas (maioria; trajeto ondulado) e elásticas imaturas. Grupos: da crista alveolar; horizontal; oblíquo (mais importante); apical Ligamento Periodontal FIBRAS no movimento ortodôntico Neoformação no lugar da tensão e reabsorção no lugar da pressão Cemento radicular Tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares e, ocasionalmente, pequenas áreas coronárias Possui características comuns ao tecido ósseo ≠ SEM: IRRIGAÇÃO, INERVAÇÃO E VASOS LINFÁTICOS Formação contínua ao longo da vida Possui fibras colágenas dentro de uma matriz orgânica Porção mineral possui hidroxiapatita (65%) – NO OSSO É 60% Insere as fibras do ligamento periodontal na raiz e contribui para o processo de reparo a danos à raiz Formas de cemento Acelular de fibras extrínsecas: Porção coronária e média da raiz, contém, principalmente fibras de Sharpey Cemento acelular estratificado misto: terço apical e áreas de furca, possui fibras extrínsecas e intrínsecas e cementócitos Cemento celular de fibras intrínsecas: encontrado nas lacunas de reabsorção, contém fibras intrínsecas e cementócitos Sistema de fibras Extrínsecas: fibras de Sharpey, produzidas pelos fibroblastos Intrínsecas: produzidas pelos cementoblastos, dispostas paralelas ao longo eixo do dente Osso alveolar Partes da maxila e mandíbula que formam e dão suporte aos alvéolos Distribuir e absorver as forças geradas Osso alveolar Processo alveolar se forma na vida intrauterina ao entorno dos germens dentários Hidroxiapatita, principal componente mineral do osso Dividido em: osso mineralizado e osso medular Renova-se constantemente em resposta às demandas funcionais Exercício de fixação