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Choque Definido por perfusão inadequada dos tecidos. NÃO REQUER A PRESENÇA DE HIPOTENSÃO · Hipovolêmico: volume sanguíneo ou capacidade de transporte de o2 inadequada · Distributivos: distribuição impropria do volume e fluxo sanguíneo · Cardiogênico: contratilidade cardíaca debilitada · Obstrutivo: fluxo sanguíneo obstruído Transferência inadequada de o2 e nutrientes aos tecidos má perfusão tecidual hipóxia metabolismo anaeróbio acúmulo de ácido lático e CO2 dano irreversível as células dano aos órgãos morte Objetivo do tratamento: restaurar a perfusão sistêmica e a administração de O2 Bebes tem baixa fração de ejeção e dependem muito da frequência cardíaca - Quando o choque se desenvolve os mecanismos compensatórios tentam manter a transferência de O2 para os órgãos vitais (coração e cérebro) através da taquicardia, vasoconstrição, aumento da contratilidade e aumento do tônus de musculo liso venoso (diminuição da perfusão periférica) Choque compensado: mecanismos compensatórios conseguem manter a PAS em uma faixa normal, apesar de sinais de perfusão deficiente (baixo debito cardíaco) Choque descompensado (hipotensivo): os mecanismos compensatórios falham e a PAS cai. Pode sinalizar PCR PA de 1-10anos:70mmHg + (2 x idade) mmHg Se não foi viável medir PA use a avaliação clínica de perfusão tecidual para orientar o tratamento A evolução do choque é imprevisível. Pode levar horas para o choque compensado evolua para choque hipotensivo, mas apenas minutos para que evolua para insuficiência cardiopulmonar e PCR Choque hipovolêmico -Redução do volume intravascular -Mais comum em criança -Por meio extravascular: diarreia, desidratação ou fluido intracelular: hemorragia -Menor pré-carga menor debito cardíaco -Outras causas: vômitos, diurese osmótica (cetoacidose diabética), perda para o 3 espaço (sepse), grandes queimaduras -Acidose metabólica: taquipneia e alcalose respiratória -Caracteriza-se por pré-carga reduzida, levando a uma redução da fração de ejeção ventricular e um baixo debito cardíaco. A taquicardia, maior resistência vascular sistêmica e maior contratilidade são os principais mecanismos compensatórios. Choque distributivo -Redução da resistência vascular sistêmica -Distribuição inadequada do volume sanguíneo e do fluxo sanguíneo -Choque séptico, anafilático e neurogênico (lesão na coluna) -No choque séptico e anafilático pode haver aumento da permeabilidade capilar, que leva a perda de volume do espaço intravascular. A contratilidade miocárdica pode estar reduzida. -No choque neurogênico há perda de tônus simpático que leva a vasodilatação e a falta de mecanismos compensatórios Choque anafilático -Resposta multissistemica aguda causada por reação intensa a um antígeno (vacina, remédio, alimento, veneno, planta) -Pode ocorrer em segundos a minutos aos a exposição -Venodilatação (diminuição do volume nas câmaras cardíacas e da PA diastólica), vaso dilatação arterial e aumento da permeabilidade capilar. Resulta em uma hipovolemia relativa, redução do debito cardíaco e hipotensão -O angioedema pode obstruir total ou parcialmente as vias aéreas superiores Choque neurogênico -Decorre de uma lesão cervical ou torácica superior (acima de T6) que rompe inervação do SN simpático dos vasos sanguíneos e coração -Vasodilatação descontrolada sem taquicardia como mecanismo compensatório -Pré-carga e pós-carga reduzidos com contratilidade cardíaca normal -Hipotensão com pressão de pulso larga, FC normal ou bradicardia, hipotermia. Pode haver elevação da FR, respiração diafragmática, déficits motores ou sensoriais Choque séptico -Pode ser quente (extremidades quentes e eritematosas, pressão de pulso ampla) ou fria (pele pálida, vasoconstrição, pressão de pulso estreita) -O choque quente é mais difícil de diagnosticar -Pré-carga reduzida, debito cardíaco normal ou elevado (no início) e reduzido (tardio), pós-carga variável (depende da resistência vascular sistêmica) -A SvcO2 pode estar normal ou aumentada. Preferir o lactato como marcador -Crianças com sepse podem ter insuficiência suprarrenal por hemorragia ou trombose microvascular das glândulas suprarrenais -Vai apresentar sinais de infecção que levou ao choque séptico (febre, leucocitose). Resposta inflamatória sistêmica Choque cardiogênico -Debito cardíaco reduzido secundário a uma função cardíaca anormal ou a uma falha da bomba redução da função sistólica -Causas: doença cardíaca congênita, miocardite, cardiomiopatia, arritmia, sepse, lesão miocárdica, envenenamento ou toxicidade farmacolofica -Pré-carga variável, contratilidade reduzida e pós-carga aumentada (resist. Vasc. Aumentada) taquicardia acentuada -Aumento do volume diastólico final de VD e VE congestão venosa edema pulmonar -A SatO2 pode estar reduzida devido a edema pulmonar Choque obstrutivo -Prejudicam fisicamente o fluxo sanguíneo por limitarem o retorno venoso ao coração ou o bombeamento do sangue vindo do coração, reduzindo o debito cardíaco -Causas: tamponamento pericárdico, pneumotórax hipertensivo, cardiopatias congênitas, embolia pulmonar maciça -Pré-carga é variável, contratilidade cardíaca normal e a pós-carga aumentada (aumento compensatório devido a resist. Vascul. Sist.) -Na embolia pulmonar maciça, pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco o início geralmente é agudo. Tamponamento cardíaco: acumulo de sangue, fluido ou ar no espaço pericárdico. Mais frequentemente após trauma penetrante ou cirurgia cardíaca. ECG com QRS pequenos, ECO confirma diagnostico. Pulsos paradoxal avaliar PA na inspiração e expiração Todos QRS pequenos A Tríade de Beck: sons cardíacos abafados, diminuição da pressão arterial e dilatação das veias do pescoço Pneumotórax hipertensivo: é causado pela entrada de ar no espaço pleural e pelo acumulo sob pressão. Comprime o pulmão subjacente e empurra o mediastino para o lado oposto do tórax. Suspeitar em caso de trauma torácico ou criança com ventilação mecânica com piora súbita da ventilação.
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