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3
ATIVIDADES – 
TEMA: ROMA ANTIGA/ IMPÉRIO ROMANO
1-A sociedade romana se dividia em, basicamente, quatro grupos: Patrícios, plebeus, clientes e escravos. Descreva as características de cada um deles. 
2-Por que o número de escravos cresceu durante a República? 
3-Que formas de pressão adotaram os plebeus para reivindicar direitos? Quais foram os principais direitos conquistados por eles?
ATIVIDADES – OUTUBRO/02
TEMA: ERA MEDIEVAL/FEUDALISMO
4- Quais as origens do Feudalismo e quais as condições que levaram a Europa ao estabelecimento desse sistema?
5- Em termos gerais, como se organizava a economia na era feudal?
6- Tanto a sociedade quanto a política no feudalismo eram muito diferentes do que eram no Império Romano, Caracterize a sociedade e a política no Feudalismo.
7- O que eram as relações de suserania e vassalagem. Explique.
8- O que foram e o que motivou as Cruzadas?
9- Que conjunto de fatores levaram à decadência e fim do feudalismo?
10- Crie um esquema-resumo ou mapa mental sobre a formação dos Estados Nacionais.
_____________________________________________________________
TEXTOS
O IMPÉRIO ROMANO 
O Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) é o período de maior esplendor da Roma Antiga e é reconhecida por seu legado ao Ocidente.
Otávio Augusto: Primeiro Imperador de Roma. Roma gozou de uma época de paz e estabilidade. Ele criou o sistema de governo conhecido como PRINCIPADO: Mantinha o Senado, mas o imperador detinha o poder político supremo; e a PAX ROMANA, na qual Roma, por mais ou menos 200 anos, desfrutaria de paz, crescimento econômico e militar nos séculos I e II da era cristã. Com o tempo, os imperadores ficaram cada vez mais AUTOCRÁTICOS e o Senado se reduziu a um corpo consultivo. 
Neste período os imperadores tornam-se governante absoluto, caracterizado pelo caráter absolutista, onde o imperador se assemelhava a um deus. Roma teve dezenas de imperadores e quase todos morrendo de causas não naturais (assassinados). 
O exército romano cresce e se organiza, sendo capaz de proteger bem as extensas fronteiras de qualquer invasor. 
DIVISÃO DO IMPÉRIO ROMANO
CRISE POLÍTICA: A partir do século III se iniciou uma crise de comando e financeira que levaria à desagregação da unidade romana e uma lenta e dolorosa decadência do próprio império. INVASÕES: Povos Germânicos, chamados pelos romanos de bárbaros (não falavam o latim e não 
Possuíam os costumes romanos) começaram a se agitar nas fronteiras e testavam as habilidades dos romanos.
Imperador Diocleciano: tentando salvar o império, implantou a TETRARQUIA - dividir o império em 4 partes, governada por 4 Césares.
Constantino, o Grande
Proclamado imperador por suas legiões (sem a aprovação de Roma), Constantino I deu início a reunificação total do império, acabando com a tetrarquia. 
Constantino também lutou contra diversos povos germânicos, como os alamanos, francos e visigodos, vencendo todos. Fundou a cidade de Constantinopla (atual Istambul) a partir de uma pequena e antiga cidade grega chamada Bizâncio, que viria a se tornar a capital do império romano até o ano de 395. A cidade de Constantinopla se recebeu uma série de investimentos e se tornou mais próspera e rica que Roma, além de ser incrivelmente mais fácil de ser defendida atrás de suas incríveis muralhas.
Imperador Teodósio II:
Muralhas estas, aliás, que Teodósio faria uma segunda linha de fortificações, fazendo de Constantinopla uma cidade praticamente blindada 
Aos recursos bélicos da época (e mesmo da Idade Média e boa parte da Idade Moderna por sua facilidade de defesa) CONSTANTINOPLA também representava um ponto estratégico que ligava a Europa Continental à Ásia Menor e sobreviveria por mais mil após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. 
DIVISÃO: IMPÉRIO ROMANO 
 Cerca de um século após a tentativa da tetrarquia, em 395, o imperador Teodósio I, também conhecido como Teodósio, o Grande, dividiu formalmente o vasto Império Romano em duas porções, ficando uma conhecida como Império Romano do Ocidente e a outra como Império Romano do Oriente.
O império do Ocidente voltou a ser sediado em Roma e a capital da porção oriental ficou na magnífica Constantinopla, que também seria chamada de Bizâncio (antigo nome dado pelos gregos, por isso o termo Império Bizantino). 
QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
1.	FATORES INTERNOS DA QUEDA DE ROMA: Crises econômicas e agrárias, declínio no comércio, fim das expansões militares, rivalidade entre os generais. 
Roma, havia parado de se expandir ainda durante a Pax Romana. Sem guerras nem anexações novas, Roma deixou de receber as pilhagens, novos tributos e principalmente novas terras para seus generais que as dividiam entre os legionários romanos.
A mão de obra escrava, que alicerçou a expansão romana desde a república, teve um peso fundamental de modo que a economia começou a encolher, já que poucas pessoas eram incapazes de prover tamanho império.
Povos germânicos, como os visigodos, fizeram acordo com Roma e tiveram permissão para entrar no império. Contudo, seus nobres exigiam cargos de magistratura (“funcionários públicos”) e terras para cultivar em troca do fornecimento de tropas auxiliares e segurança à Roma. Tratados com extremo desdém, os soberbos romanos não haviam percebido ainda que tinham aberto a porta para os próprios vencedores do seu império.
Roma muito prometia, mas pouco cumpria aos bárbaros e nos séculos finais a sua proteção, as suas forças armadas, as suas tão elogiadas legiões, já se confundiam com as “tropas bárbaras”. O tempo do melhor exército da Idade Antiga havia chegado ao fim. 
Fatores Externos da queda de Roma
O século III, os numerosos Godos (Visigodos e Ostrogodos) começaram a migrar em direção às fronteiras do império, o que acabou empurrando outros povos germânicos menores a encontrar novos destinos e as frágeis fronteiras romanas lhes eram bem atraentes. Com a chegada dos hunos liderados por ÁTILA, os povos germânicos se espalharam ainda mais, ficando uns do lado romano e outros do lado dos velozes hunos. 
Em 476, o rei germânico dos hérulos, Odoacro, depôs o último imperador ocidental, Rômulo Augusto (ironicamente, o nome do histórico fundador de Roma que também foi chamado de Rômulo, de Remo e Rômulo). 
Rapidamente os antigos domínios romanos foram dominados por diversos povos germânicos, que se espalharam não só na Europa como no norte de África também.
No Oriente, contudo, permanecia vivo e forte o Império Romano do Oriente que, aceitando a queda do seu equivalente ocidental, duraria cerca de mil anos a mais (até o ano de 1453 quando os turcos otomanos conquistaram Constantinopla). 
HISTÓRIA DO FEUDALISMO
O surgimento desse conjunto de práticas de ordem econômica, social e política – o Feudalismo – remonta à crise do escravismo romano, quando ocorreu uma ruralização da sociedade. A história do feudalismo está vinculada a dois fenômenos históricos: a crise do Império Romano e as invasões dos bárbaros.
Denomina-se feudalismo o modo de produção dominante na Europa Ocidental durante a Idade Média (séculos V - XV), isto é, o modo de vida, com seus componentes econômicos, sociais, políticos e culturais, da população europeia no período mencionado.
O feudalismo nasceu e se estruturou em uma fase histórica conhecida como Alta Idade Média (séculos V-X) e entrou em declínio na chamada Baixa Idade Média (séculos XI-XV), quando seus elementos mais característicos sofreram profundas transformações. Vale lembrar que o feudalismo assumiu características diferenciadas em diferentes regiões da Europa.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Economia autossuficiente: a agricultura era a principal atividade econômica na Idade Média e era praticada pelos servos nos feudos. Estes eram constituídos pelo castelo – onde residia o senhor, sua família e seus dependentes –, pelas terras cultivadas pelos servos e pela vila onde estes habitavam. Os servos, sujeitos à intensa tributação em troca da proteção fornecida pelos senhores feudais, produziam apenas o necessário para a subsistência do feudo, pois as técnicas agrícolas empregadaseram rudimentares e não havia mercado consumidor de excedentes. A economia feudal era, portanto, essencialmente rural: o comércio praticamente desapareceu e as cidades se despovoaram.
Sociedade estamental: a sociedade feudal dividia-se em estamentos ou ordens. O critério de diferenciação social era a posse de terras e a função social. Assim, as categorias que compunham a sociedade feudal eram o clero (os que oravam), a nobreza (os que guerreavam) e os servos (os que trabalhavam). A mudança de grupo social era praticamente impossível e, portanto, tratava-se de uma sociedade estática.
Descentralização política: o poder político, no sistema feudal, era descentralizado e exercido pelas categorias privilegiadas da sociedade (nobreza e clero), excluindo a grande maioria da população. Os senhores feudais monopolizavam o poder político e administrativo em seus feudos sem sofrer a interferência de qualquer outro poder. O rei era uma figura decorativa com jurisdição sobre seus domínios, exclusivamente.
Relações de suserania e vassalagem: o suserano era o senhor feudal, dono das terras, que, em troca da proteção que oferecia aos servos e da permissão que lhes concedia para que produzissem em seus domínios, recebia a obediência e a fidelidade dos vassalos. O vassalo era também obrigado a pagar impostos ao suserano. As relações de suserania e vassalagem eram estabelecidas durante um ritual herdado das tradições germânicas denominado homenagem. Nessa cerimônia, o feudo (parcela de terra) era concedido ao vassalo, que, em troca, jurava fidelidade ao suserano, comprometendo-se a acompanhá-lo nas guerras. O suserano, por sua vez, jurava dar proteção ao vassalo.
O senhor feudal representava a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por diferentes títulos, os nobres poderiam ser responsáveis desde a administração de um feudo até a cobrança de taxas ou a proteção militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior à dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo promotor de um poder político descentralizado.
Relações servis de produção: os servos estavam sujeitos à intensa tributação em troca da proteção fornecida pelos senhores feudais e da concessão para trabalhar as terras e delas extrair sua subsistência. As obrigações servis mais comuns eram:
· corveia: trabalho gratuito nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana;
· talha: porcentagem da produção do manso servil;
· banalidades: tributos cobrados pelo uso de instrumentos ou bens do senhor, como o moinho, o forno e o celeiro.
Muitas instituições romanas e germânicas foram importantes na estruturação da ordem feudal. A clientela, que estabelecia as relações de dependência social entre os indivíduos na sociedade romana, constituiu a base sobre a qual se desenvolveram as relações de dependência do mundo feudal (senhor-servo).
O colonato, outra herança romana, impôs a fixação do homem (colono) à terra. Instituído pelo governo imperial, o colonato originalmente objetivava conter o êxodo rural e a crise de abastecimento provocada pela falta de mão de obra escrava. Os colonos, embora juridicamente livres, não podiam abandonar as terras, submetendo-se à autoridade dos grandes proprietários rurais. Juntamente com o precarium (entrega de terras a um grande senhor em troca de proteção), o colonato constituiria a base da servidão medieval. O comitatus, instituição germânica que estabelecia a relação de lealdade entre os guerreiros e o chefe tribal, foi o alicerce das relações feudais de suserania e vassalagem.
Além do comitatus, o feudalismo herdou dos germânicos o direito consuetudinário, isto é, normas legais não escritas e baseadas nos usos e costumes, nas tradições dos povos.
A militarização da sociedade medieval também é uma característica a ser enfatizada. O feudalismo nasceu em meio às ondas invasoras, aos ataques, saques e pilhagens dos povos germânicos, árabes, normandos e magiares. A defesa e a guerra tornaram-se atividades importantes para o homem da Idade Média. Por isso, a figura do cavaleiro e seu modo de vida e valores eram tão valorizados.
O papel da Igreja - Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas transformavam-se nesse período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entrou em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”.
As Cruzadas - A partir do século IX as invasões à Europa cessaram. Isso ocasionou um rápido crescimento demográfico, decorrente da queda da taxa de mortalidade e da alta da taxa de natalidade. A melhoria das técnicas de cultivo, a ampliação das áreas dedicadas à agricultura e a diminuição dos surtos epidêmicos foram decisivos para promover um rápido e constante aumento da população, que estava além do poder de absorção da estrutura do feudo. O resultado disso foi o crescimento, na Europa, de uma população marginal: abandonando os feudos pelas dificuldades de sobrevivência, muitos indivíduos passaram a vagar pelas estradas e percorrer vilarejos, ora promovendo saques e assaltos, ora pedindo esmolas. O banditismo e a mendicância tornaram-se frequentes.
Alguns desses servos expulsos dos feudos, porém, estabeleceram-se em aldeias, ou antigos núcleos urbanos, onde exerciam uma incipiente atividade comercial e artesanal. As Cruzadas trouxeram algum alívio a esse quadro de coisas.
As Cruzadas eram expedições militares-religiosas, convocadas pelo Papa Urbano II, cujo objetivo anunciado era libertar a Terra Santa, onde se encontra o Santo Sepulcro, que na época estava sob domínio muçulmano. 
Entre 1096 e 1270, foram organizadas inúmeras Cruzadas como a dos Mendigos, a dos Nobres, a dos Reis e a das Crianças, entre outras. Se o sucesso militar não foi obtido, pois os cristãos fracassaram diante da resistência muçulmana, os efeitos do movimento cruzadista sobre a vida europeia entre os séculos XI e XV foram de extrema importância. Vale destacar: o restabelecimento dos contatos entre Oriente e Ocidente através do mar Mediterrâneo; o renascimento comercial e urbano; o surgimento e fortalecimento de uma nova camada social, a burguesia; o enfraquecimento do poder da nobreza feudal.
Renascimento comercial e urbano e a derrocada do feudalismo - No século X, o feudalismo atingiu o seu auge, tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura hermética que marcou boa parte da Idade Média.
A crise do sistema feudal - Entre os séculos X e XI, observamos que a Europa experimentou um surto demográfico proveniente do incremento das técnicas de produção agrícola então existentes. O crescimento da população determinou a busca por novas terras, já que o modo de produção disponível não era capaz de atender satisfatoriamente o ritmo de desenvolvimento da época. Com o passar do tempo, várias regiões de floresta e pântano foram empregadas para a ampliação da oferta de terrenos cultiváveis.
Com o passar das décadas vemos que tais alterações somente retardaram a incapacidade que o modo de produção feudal tinha em abastecer as crescentes populações dos campos e das cidades. Atingindo o século XIII, notamos que a ampliação das terras por ações de transformação e desmatamento impôs uma série de transformações climáticas que alteraram o rendimento das colheitas e, em pouco tempo, criou uma sériacrise de abastecimento pela Europa.
A falta de alimentos acabou se aliando com a expansão rápida dos centros urbanos, que aglomeravam pessoas sem condições de saneamento e higiene então desconhecidas naquele tempo. Na metade do século XIV, entre 1340 e 1350, essa situação desfavorável acabou se agravando no momento em que a Peste Negra se consolidou como uma das mais graves epidemias a atingir a população da Europa. Em pouco tempo, aproximadamente um terço dos europeus foram dizimados com os terríveis sintomas da doença.
Em um primeiro momento, a Peste provocou uma violenta retração na mão de obra disponível. Tal quadro acabou sendo o grande responsável pelo recrudescimento das obrigações feudais. Nesse contexto de doenças e maior rigidez, as revoltas camponesas eclodiram em diferentes pontos do Velho Mundo. 
Sem dúvida, percebemos que o sistema feudal não conseguia abarcar as demandas de uma população em nítido crescimento. Por um lado, a limitação técnica e as obrigações impediam que a produção agrícola conseguisse suprir as demandas da época. Por outro, o crescimento das cidades e da atividade comercial não conviveria com um modelo econômico marcado em sua gênese pela subsistência. É assim que notamos a concretude das transformações entre a Idade Média e a Idade Moderna.
FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS EUROPEUS
No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos imaginar. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, transformou a importância política dos reis.
A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e linguísticos que perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios. Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.
Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias.
Além disso, a crise das relações servis causou um outro tipo de situação favorável à formação de um governo centralizado. Ameaçados por constantes revoltas – principalmente na Baixa Idade Média – e a queda da produção agrícola, os senhores feudais recorriam à autoridade real com o intuito de formar exércitos suficientemente preparados para conter as revoltas camponesas. Dessa maneira, a partir do século XI, observamos uma gradual elevação das atribuições políticas do rei.
Para convergir maiores poderes em mãos, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.
Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários que tinham caráter essencialmente temporário. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.
A partir de então, o rei acumulava poderes para instituir tributos que sustentariam o Estado e, ao mesmo tempo, regulamentaria os impostos a serem cobrados em seu território. Concomitantemente, as moedas ganhariam um padrão de valor, peso e medida capaz de calcular antecipadamente os ganhos obtidos com o comércio e a cobrança de impostos. A fixação de tais mudanças personalizou a supremacia política dos Estados europeus na figura individual de um rei.
Além de contar com o patrocínio da classe burguesa, a formação das monarquias absolutistas também contou com apoio de ordem intelectual e filosófica. Os pensadores políticos da renascença criaram importantes obras que refletiam sobre o papel a ser desempenhado pelo rei. No campo religioso, a aprovação das autoridades religiosas se mostrava importante para que os antigos servos agora se transformassem em súditos à autoridade de um rei.
Fontes:
BEZERRA, Eudes. Roma: Império Romano. Incrível História, 2021. Disponível em: <https://incrivelhistoria.com.br/roma-imperio-romano-resumo/>. Acesso em 04 de setembro de 2021.
HISTÓRIA DO FEUDALISMO. Educabrás, 2019. Disponível em: <https://www.educabras.com/enem/materia/historia/historia_geral/aulas/historia_do_feudalismo >. Acesso em 20 de setembro de 2021.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "A crise do sistema feudal"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-crise-geral-sistema-feudal.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021.
_______. "O Feudalismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/feudalismo.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021.
_______. "Formação dos Estados Nacionais Modernos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/estados-nacionais.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021.

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