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DIARREIA E DESIDRATAÇÃO: TERAPIA DE REIDRATAÇÃO RENAL
PATOLOGIAS MAIS COMUNS NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO: TERAPIA DE REIDRATAÇÃO RENAL.
PATOLOGIAS MAIS COMUNS NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO: TERAPIA DE REIDRATAÇÃO RENAL.
23 de novembro de 2018
SUMÁRIO
Introdução------------------------------------------------------------4
Definição--------------------------------------------------------------5
Causas----------------------------------------------------------------6
Diagnóstico e TRO---------------------------------------------------7
TRP e Tratamento---------------------------------------------------8
Desidratação---------------------------------------------------------9
Causas---------------------------------------------------------------10
Diagnóstico----------------------------------------------------------11
Tratamento e Prognóstico-----------------------------------------12
Conclusão-----------------------------------------------------------13
Referências bibliográficas-----------------------------------------14
	
	INTRODUÇÃO
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas últimas duas décadas, ocorreu globalmente expressiva redução na mortalidade por diarreias infecciosas em crianças com idade inferior a cinco anos. Para exemplificar, em 1982 ocorreram 5 milhões de mortes por doença diarreica, em 1991 foram 3,5 milhões, em 2001 morreram 2,5 milhões e, finalmente, em 2011 ocorreram 1,5 milhões de mortes no ano Deve ser destacado, no entanto, que algumas doenças que poderiam ser prevenidas continuam sendo responsáveis por mortes de lactentes e pré-escolares. Cerca de 30% desses óbitos antes dos cinco anos ocorrem devido à pneumonia e diarreia.
Esse documento científico foi redigido com o objetivo de auxiliar na assistência à saúde das crianças com diarreia aguda e suas complicações, em diferentes cenários assistenciais.
DEFINIÇÃO
A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. A diminuição da consistência habitual das fezes é um dos parâmetros mais considerados. Na diarreia aguda ocorre desequilíbrio entre a absorção e a secreção de líquidos e eletrólitos e é um quadro autolimitado.
 
De acordo com a OMS, a doença diarreica pode ser classificada em três categorias:
1. Diarreia aguda aquosa: diarreia que pode durar até 14 dias e determina perda de grande volume de fluidos e pode causar desidratação. Pode ser causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos. A desnutrição eventualmente pode ocorrer se a alimentação não é fornecida de forma adequada e se episódios sucessivos acontecem. 
2. Diarreia aguda com sangue (disenteria): é caracterizada pela presença de sangue nas fezes. Representa lesão na mucosa intestinal. Pode associar-se com infecção sistêmica e outras complicações, incluindo desidratação. Bactérias do gênero Shigella são as principais causadoras de disenteria 
3. Diarreia persistente: quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode provocar desnutrição e desidratação. Pacientes que evoluem para diarreia persistente constituem um grupo com alto risco de complicações e elevada letalidade.
Assim, doença diarreica aguda pode ser entendida como um episódio diarreico com as seguintes características: início abrupto, etiologia presumivelmente infecciosa, potencialmente autolimitado, com duração inferior a 14 dias, aumento no volume e/ou na frequência de evacuações com consequente aumento das perdas de água e eletrólitos. Apesar da definição de diarreia aguda considerar o limite máximo de duração de 14 dias, a maioria dos casos resolve-se em até 7 dias. 
A doença diarreica na maior parte das vezes representa uma infecção do tubo digestivo por vírus, bactérias ou protozoários e tem evolução autolimitada, mas pode ter consequências graves como desidratação, desnutrição energético-proteica e óbito. Nem sempre é possível identificar o agente causador do episódio diarreico.
CAUSAS
Os seguintes agentes infecciosos são os que causam a maior parte dos quadros da diarreia aguda: 
Vírus - rotavírus, coronavírus, adenovírus, calicivírus (em especial o norovírus) e astrovírus.
 
Bactérias - E. coli enteropatogênica clássica, E. coli enterotoxigenica, E. coli enterohemorrágica, E. Coli enteroinvasiva, E. Coli enteroagregativa18, Aeromonas, Pleisiomonas, Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersinia. 
Parasitos - Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium, Isosopora; 
Fungos – Candida albicans;
Pacientes imunocomprometidos ou em antibioticoterapia prolongada, podem ter diarreia causada por: Klebsiella, Pseudomonas, Aereobacter, C. difficile, Cryptosporidium, Isosopora, VIH, e outros agentes. 
Eventualmente outras causas podem iniciar o quadro como diarreia tais como: alergia ao leite de vaca, deficiência de lactase, apendicite aguda, uso de laxantes e antibióticos, intoxicação por metais pesados. A invaginação intestinal tem que ser considerada no diagnóstico diferencial da disenteria aguda, principalmente, no lactente.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é realizado através de anamnese em uma unidade de saúde. 
	Deve contemplar dados como a duração da diarreia, número diário de evacuações, presença de sangue nas fezes, número de episódios de vômitos, presença de febre ou outra manifestação clínica. 
	Deve ser avaliada, também, a oferta de consumo de líquidos, além do histórico de uso de medicamentos e imunizações. Pacientes com idade inferior a dois meses; doença grave de base com diabete melito, à insuficiência renal ou hepática e outras doenças crônicas. 
Terapia de Reidratação Oral
A TRO é considerada uma das modalidades terapêuticas que mais salvou vidas a partir do século XX. O princípio fisiológico da eficácia vincula-se ao fato de que a via de transporte ativo, acoplada de sódio-glicose-água pelo enterócito está preservada na diarreia aguda, independentemente da etiologia.
A desidratação pode ocorrer tanto na diarreia aguda como na diarreia persistente.
Quadro com composição da solução de reidratação oral recomendada pela OMS e da solução recomendada pela ESPGHAN (Sociedade Europeia de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição em Pediatria).
	Componentes
	Solução Tradicional (OMS, 1975) 
	Solução com osmolaridade reduzida (OMS, 2002) 
	Solução hipotônica da ESPGHAN (1992) 
	Glicose (mmoL/L) 
	111 
	75 
	74-111 
	Sódio (mmoL/L) 
	90 
	75 
	60 
	Potássio (mmoL/L) 
	20 
	20 
	20 
	Cloro (mmoL/L) 
	80 
	65 
	60 
	Citrato (mmoL/L) 
	10 
	10 
	10 
	Osmolaridade (mmoL/L) 
	311 
	245 
	225-260
 
Terapia de Reidratação Parenteral
Indicada para pacientes com desidratação grave ou que não apresentam reversão da desidratação após 2 horas de TRO. 
TRATAMENTO
Com o diagnóstico estabelecido, deve ser seguido o esquema clássico de tratamento, distribuído em três categorias segundo a presença de desidratação.
O Plano A, é indicado se o paciente estiver com diarreia e hidratado. 
	É executado no domicílio. Com aumento da oferta de líquidos, incluindo o soro de reidratação oral (reposição para prevenir a desidratação) e a manutenção da alimentação com alimentos que não agravam a diarreia.
O Plano B é indicado se o paciente estiver com diarreia e um grau considerado de desidratação.
	Durante a permanência no Serviço de Saúde, administra-se soro de reidratação oral sob supervisão médica. Se, o paciente RN, manter o aleitamento materno e suspender os outros alimentos (jejum somente durante o período de terapia de reidratação por via oral). Após o termino desta fase, retornar ao Plano A.
O Plano C é indicado se o paciente estiver com diarreia e está com desidratação grave.
	O paciente deve permanecer na unidade de saúde e corrigir a desidratação grave com terapia de reidratação por via parenteral. Em geral, o paciente deve ser mantido em hidratação parenteral de manutenção até que tenha condições de se alimentar e receber líquidos por via oral na quantidade adequada.Esquema de avaliação e conduta:
	Observar 
	A 
	B 
	C 
	Condição 
	Bem alerta 
	Irritado, intranquilo 
	Comatoso, hipotônico* 
	Olhos 
	Normais 
	Fundos 
	Muito fundos 
	Lágrimas 
	Presentes 
	Ausentes 
	Ausentes 
	Boca e língua 
	Úmidas 
	Secas 
	Muito secas 
	Sede 
	Bebe normalmente 
	Sedento, bebe rápido e 
avidamente 
	Bebe mal ou não é capaz de beber* 
	Examinar 
	Sinal da prega 
	Desaparece 
Rapidamente 
	Desaparece 
lentamente 
	Desaparece muito lentamente (mais de 2 segundos) 
	Pulso 
	Cheio 
	Rápido, débil 
	Muito débil ou ausente* 
	Enchimento capilar1 
	Normal 
(até 3 segundos) 
	Prejudicado 
(3 a 5 segundos) 
	Muito prejudicado 
(mais de 5 segundos)* 
	Conclusão 
	Não tem desidratação 
	Se apresentar dois ou mais dos sinais descritos 
acima, existe desidratação 
	Se apresentar dois ou mais dos sinais descritos, incluindo pelo menos um dos assinalados com 
asterisco, existe desidratação grave 
	Tratamento 
	Plano A 
Tratamento domiciliar 
	Plano B 
Terapia de reidratação oral no serviço de saúde 
	Plano C 
Terapia de reidratação parenteral 
DESIDRATAÇÃO 
Estado em que o corpo se encontra quando falta não apenas água, mas também líquidos corporais e sais minerais do corpo. É uma condição especialmente perigosa para as crianças e idosos. Sem líquidos e sais minerais, o corpo não funciona apropriadamente e os órgãos podem falhar.
TIPOS
Existem três tipos distintos de desidratação. Em todos eles existe falta líquido e sódio, porém a diferença é a proporção de cada uma das faltas.
Desidratação Isotônica
Crianças são as principais vítimas deste tipo de desidratação, mas mesmo em adultos, ela é o tipo mais comum do agravante. Acontece quando o corpo perde água e sódio na mesma proporção, normalmente através de vômitos e diarreia.
Desidratação Hipertônica
Acontece quando a água é maior do que a de sódio. Especialmente comum em diabéticos, pode ser causada por febres altas prolongadas, suor intenso e baixa ingestão de água. A desidratação hipertônica representa de 10 a 20% dos casos de desidratação infantil.
Desidratação Hipotônica
Causada por uma perda de sódio maior do que o de água,é incomum em adultos e idosos, mais de 10 a 15% das crianças que entram em desidratação através da diarreia são afetadas por este tipo.
CAUSAS
Diarreia e vômitos estão entre os problemas mais comuns da infância e são responsáveis por boa parte das internações neste período. A desidratação é a consequência deles.
CAUSA VIRAL: Os virus são as causas mais frequentes de diarreia e vômitos, embora, em crianças menores, estes podem ser sintomas de alguma infecção, como otite, infecção urinária etc. Nas disenterias viróticas, o tempo de duração pode variar de dois a três dias a até uma semana.
CAUSA BACTERIANA: Quando causados por bactérias, há diarreia com fezes com muco ou sangue, e necessita de avaliação do pediatra para ver a necessidade de exames ou medicação antibiótica. 
CAUSAS PARASITÓRIAS: Diarreia e vômitos também podem ser sintomas de infestações parasitárias, como a giárdia, que necessitarão de exames para confirmação do diagnóstico e tratamento com medicação adequada.
SINTOMAS
Desidratação leve:
- Sede;
- Dor de cabeça;
- Tontura;
- Fadiga e cãibra;
- Urina escura;
- Menor frequência de micção;
- Mau hálito;
Desidratação moderada:
- Olhos encovados;
- Aumento da temperatura corporal;
- Boca e olhos secos;
- Taquicardia;
- Diminuição de peso;
- Pele seca;
- Moleza;
- Afundamento da moleira.
Desidratação grave:
- Falta de lágrimas;
- Disúria;
- Taquipnéia;
- Convulsão.
DIAGNÓSTICO
O exame clínico, feito pelo médico clínico geral, é o bastante para identificar a desidratação. Ele irá buscar sintomas como boca e olhos secos, elasticidade da pele e frequência cardíaca, além de ouvir o que o paciente tem a dizer sobre o que sente e a quantidade de líquido ingerido.
Entretanto, alguns exames podem ser feitos para descobrir qual o grau exato e a causa da falta de água no corpo:
- Exame de sangue;
- Exame de urina;
TRATAMENTO
A desidratação leve pode ser tratada em casa. Nos primeiros seis meses de vida, o leite materno é o ideal para lidar com a desidratação. Ele possui todos os sais minerais e líquidos de que a criança precisa.
É importante lembrar que crianças possuem mais água no corpo do que adultos. Por isso, uma desidratação hipotônica nelas é especialmente perigosa, já que os sais minerais de seu corpo podem ficar muito diluídos e dar água pura para elas pode diluí-los ainda mais. O ideal é dar polpa de fruta e sucos.
Soro caseiro
Bastante efetivo contra a desidratação leve e moderada, o soro caseiro também pode ser ingerido em qualquer idade e repõem líquidos e sais minerais.
A desidratação grave pode precisar de cuidados médicos imediatos, pois o soro caseiro e beber água não hidrata o corpo rápido o bastante.
Existe, também, a possibilidade de ser inviável devido aos sintomas da condição, que podem incluir convulsões, confusão mental, delírios e coma. Se possível, o soro caseiro por via oral é uma boa opção, mas especialmente no caso de crianças e idosos, a hospitalização pode ser necessária.
Pode haver a reposição de líquidos por via intravenosa, o que restaura os sais minerais e a água do corpo de maneira rápida. As causas da desidratação, então, devem ser encontradas e tratadas.
PROGNÓSTICO
Quando isolada, a desidratação costuma ser de fácil tratamento e perfeitamente curável. Os pacientes não costumam ter sequelas e podem viver a vida normalmente depois da cura, lembrando-se de se hidratar sempre que possível.
CONCLUSÃO
Os princípios fundamentais para o tratamento da diarreia aguda são a terapia de reidratação e a manutenção de alimentação que atenda as necessidades nutricionais do paciente.
O médico deve dar recomendações claras à família sobre o tratamento, a alimentação, as medidas de higiene e o saneamento, aproveitando esta oportunidade para educar, além de explicar quais as possíveis complicações e sinais de alarme e como proceder nesta situação.
Na prevenção, devem ser destacados: imunização contra infecções por rotavirus e sarampo, ênfase no aleitamento natural prolongado e a suplementação de vitamina A, bem como a disponibilidade e condições de armazenamento de água de boa qualidade, higiene pessoal (lavagem das mãos), adequado preparo de alimentos e maior cobertura de saneamento básico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/ses/noticias/2011/fevereiro/criancas-sao-as-principais-vitimas-de-desidratacao-no-verao
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/diarreias-vomitos-e-desidratacao
https://minutosaudavel.com.br/desidratacao/
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