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Diarreia - resumo

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Diarreia 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de 
doenças infecciosas gastrointestinais. São caracterizadas por uma 
síndrome em que há ocorrência de no mínimo três episódios de 
diarreia aguda em 24 horas, ou seja, diminuição da consistência das 
fezes e aumento do número de evacuações, quadro que pode ser 
acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal. 
O conteúdo aumentado de água nas fezes (acima do valor normal de 
aproximadamente 10 mL / kg / d em bebês e crianças pequenas, ou 
200 g / d em adolescentes e adultos) é devido a um desequilíbrio na 
fisiologia dos processos do intestino grosso envolvidos na absorção de 
íons, substratos orgânicos e, portanto, água. 
Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias. Em 
alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como 
disenteria. A depender do agente causador da doença e de 
características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir 
clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a 
grave. 
 
 
As DDA podem ser infecciosas e não infecciosas – 
- Infecciosas causadas por: bactérias e suas toxinas, vírus, parasitos, 
toxinas naturais. 
– Não infecciosas causadas por: intolerância alimentar, sais mal 
absorvidos, ácidos biliares (após ressecção ileal), gorduras não 
absorvidas, algumas drogas (ex.: óleo de rícino, prostaglandinas), 
hormônios peptídicos produzidos por tumores pancreático. 
 
ETIOPATOGENIA 
A transmissão das doenças diarreicas agudas podem ocorrer pelas 
vias oral ou fecal-oral. 
• Transmissão indireta - Pelo consumo de água e alimentos 
contaminados e contato com objetos contaminados, como por 
exemplo, utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, 
equipamentos hospitalares. 
• Transmissão direta - Pelo contato com outras pessoas, por 
meio de mãos contaminadas e contato de pessoas com 
animais. 
Os manipuladores de alimentos e os insetos podem contaminar, 
principalmente, os alimentos, utensílios e objetos capazes de 
absorver, reter e transportar organismos contagiantes e infecciosos. 
Locais de uso coletivo, como escolas, creches, hospitais e 
penitenciárias apresentam maior risco de transmissão das doenças 
diarreicas agudas. 
O período de incubação, ou seja, tempo para que os sintomas 
comecem a aparecer a partir do momento da contaminação/infecção, 
e o período de transmissibilidade das DDA são específicos para cada 
agente etiológico. 
No trato gastrointestinal, o equilíbrio iônico, a absorção de fluidos e a 
secreção são vitais para manter a homeostase, permitindo a 
manutenção de um potencial de membrana, ingestão adequada de 
nutrientes, motilidade intestinal normal, proteção contra micróbios 
e viabilidade das células epiteliais . Este estado homeostático depende 
da função fisiológica normal das células do intestino delgado e grosso 
e de um conjunto complexo de mecanismos hormonais que controlam 
a motilidade intestinal, bem como a entrada e saída de fluido no 
lúmen gastrointestinal. Aproximadamente, 8–10 L de fluido passam 
pelo lúmen do intestino delgado diariamente. É notável que, na 
saúde, o intestino delgado absorve tudo menos 1,5 L e o cólon 
absorve o resto deixando aproximadamente 100 mL de fluido a ser 
perdido nas fezes. Os mecanismos de transporte de 
íons intestinais desempenham um papel significativo na 
determinação do equilíbrio geral de fluidos no intestino, a saber, 
secreção de cloreto, absorção eletroneutra de cloreto de sódio e 
absorção eletrogênica de sódio . Além disso, uma variedade de 
hormônios e neurotransmissores são sintetizados localmente 
na mucosa intestinal e modificam o transporte de íons intestinais 
diretamente pela ligação a receptores na membrana basolateralde 
enterócitos ou indiretamente por meio da liberação de outros 
efetores. Em certos estados fisiopatológicos, a troca de fluido iônico 
bem ajustada torna-se disfuncional como resultado da falha dos 
mecanismos compensatórios pró-absortivos / 
antissecretores. Diferentes mecanismos fisiopatológicos causadores 
de diarreia, principalmente secretório, osmótico, inflamatório, trânsito 
intestinal alterado e perda de área de absorção funcional. 
 
Do ponto de vista fisiopatológico, são dois os mecanismos básicos 
envolvidos: osmótico e secretor. Secundariamente a esses 
mecanismos, podem acontecer também alterações na motilidade 
intestinal. 
O mecanismo osmótico se observa quando há aumento da 
osmolaridade luminal, como acontece na diarreia associada ao 
rotavírus, em que ocorre dano na mucosa do intestino delgado 
proximal e redução na concentração da lactase no bordo em escova, 
consequentemente aumento da lactose não digerida na luz intestinal. 
O excesso de açúcar ao ser fermentado por bactérias que fazem parte 
da microbiota colônica dá origem a ácidos graxos de cadeia curta, 
radicais ácidos, o que explica a distensão e dor abdominal e em 
alguns casos a hiperemia perianal. A diarreia é aquosa e explosiva. 
O mecanismo secretório ocorre quando há um estímulo dos 
mediadores da secreção por meio de exotoxinas produzidas por 
patógenos bacterianos (Vibrio cholerae, Escherichia 
coli enterotoxigênica) ou de mediadores da inflamação como na 
diarreia associada a cepas de shigella. Do ponto de vista das perdas 
fecais, o que diferencia basicamente os dois mecanismos é a perda de 
sódio, que é mais elevada na secretória e pode ser maior do que 70 
mEq de sódio por litro de fezes. 
 
 
 
 
–
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/homeostasis
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/cell-viability
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/cell-viability
https://www.sciencedirect.com/topics/biochemistry-genetics-and-molecular-biology/ion-transport
https://www.sciencedirect.com/topics/biochemistry-genetics-and-molecular-biology/ion-transport
https://www.sciencedirect.com/topics/biochemistry-genetics-and-molecular-biology/sodium-absorption
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/neurotransmitter
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/intestine-mucosa
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/basolateral-membrane
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Ocorrência de no mínimo 3 episódios de diarreia aguda no período de 
24hrs (diminuição da consistência das fezes – fezes líquidas ou 
amolecidas – e aumento do número de evacuações) podendo ser 
acompanhados de: 
• Cólicas abdominais. 
• Dor abdominal. 
• Febre. 
• Sangue ou muco nas fezes. 
• Náusea. 
• Vômitos. 
• Desidratação: letargia, consciência deprimida, fontanela 
anterior afundada, membranas mucosas secas, olhos fundos, 
falta de lágrimas, turgor da pele pobre, enchimento capilar 
retardado 
• Falta de crescimento e desnutrição: redução da massa 
muscular / gordura ou edema periférico 
• Dor abdominal / cólicas 
• Borborygmi 
• Eritema perianal 
 
 
 
CONDUTA DIAGNÓSTICA 
A história da doença atual deve determinar a duração e a intensidade 
da diarreia, as circunstâncias do início (como viagem recente, 
alimentos ingeridos e fonte da água tomada), uso de medicamentos 
(qualquer antimicrobiano nos últimos 3 meses), dor abdominal ou 
vômitos, frequência e momento das evacuações, mudanças das 
características das fezes (p. ex., presença de sangue, pus ou muco; 
alterações da coloração ou consistência; indícios de esteatorreia), 
mudanças associadas ao peso ou ao apetite, e urgência retal ou 
tenesmo. Deve-se verificar se há ocorrência de diarreia simultâneaem 
pessoas próximas ao paciente. Os médicos devem perguntar 
especificamente sobre quaisquer alterações dos medicamentos que 
possam causar diarreia. 
 
A revisão dos sistemas deve procurar sinais e sintomas que sugiram 
as possíveis causas, como artralgia (doença inflamatória intestinal ou 
doença celíaca); rubor (carcinoide, vipoma ou mastocitose); dor 
abdominal crônica (síndrome do intestino irritável, doença 
inflamatória intestinal ou gastrinoma); ou sangramento 
gastrointestinal (colite ulcerativa ou tumor). 
 
A história médica anterior deve identificar os fatores de risco 
conhecidos para diarreia, incluindo doença inflamatória intestinal, 
síndrome do intestino irritável, infecção por HIV e procedimentos 
cirúrgicos GI prévios (p. ex., bypass gástrico ou ressecção intestinal, 
ressecção pancreática). Deve-se pesquisar na história familiar e social 
a ocorrência simultânea da diarreia em contatos próximos. 
 
ANAMNESE 
A apresentação clínica e o curso da diarreia, portanto, dependem de 
sua causa e do hospedeiro. Considere o seguinte para determinar a 
origem / causa da diarreia do paciente: 
• Características das fezes (por exemplo, consistência, cor, 
volume, frequência) 
• Presença de sintomas entéricos associados (por exemplo, 
náusea / vômito, febre, dor abdominal). 
• Uso de creches infantis (patógenos comuns: rotavírus, 
astrovírus, calicivírus; espécies 
de Campylobacter , Shigella , Giardia e Cryptosporidium [spp]) 
• Histórico de ingestão de alimentos (por exemplo, alimentos 
crus / contaminados, intoxicação alimentar). 
• Exposição à água (por exemplo, piscinas, ambiente marinho) 
• Histórico de acampamento (possível exposição a fontes de 
água contaminadas). 
• Histórico de viagens (patógenos comuns afetam regiões 
específicas; também considere rotavírus e Shigella, Salmonella 
e Campylobacter spp, independentemente do histórico de 
viagens específico, já que esses organismos são prevalentes em 
todo o mundo). 
• Exposição a animais (por exemplo, cães / gatos 
jovens: Campylobacter spp; tartarugas: Salmonella spp) 
• Condições predisponentes (por exemplo, hospitalização, uso de 
antibióticos, estado imunocomprometido) 
 
► Forma de início do quadro de diarreia (congênito, abrupto, 
gradual). 
► Frequência das crises de diarreia (contínua, intermitente). 
► Duração dos sintomas. 
► Fatores epidemiológicos (história de viagem, exposição a alimentos 
contaminados, história de membros da família apresentando o 
mesmo quadro). 
► Características das fezes (aquosas, sanguinolentas ou gordurosas). 
► Presença ou não de incontinência fecal. 
► Presença ou não de outros sintomas: dor abdominal, perda de 
peso, rash cutâneo, vômitos, fadiga, dores articulares e úlceras na 
cavidade oral. 
► Presença de perda de peso (objetivamente mensurada). 
► Fatores agravantes (p. ex., dieta e estresse). 
► Fatores atenuantes (p. ex., dieta e medicações). 
► Análise de exames e de tratamentos prévios. 
► Investigação de causas iatrogênicas de diarreia (cirurgias, 
medicações e exposição à radioterapia), bem como de diarreia factícia. 
► Investigação de doenças sistêmicas (intolerância a lactose, 
hipertireoidismo, DM, imunodeficiências, etc.) 
 
Fatores que devem ser investigados na suspeita de diarreia crônica 
orgânica: 
► História familiar de doenças neoplásicas e DIIs; doença celíaca. 
► História de ressecções intestinais. 
► Doença pancreática prévia. 
► Abuso de álcool. 
► Uso de medicamentos (AINEs, anti-hipertensivos, antiarrítmicos, 
antibióticos, teofilina, agentes antineoplásicos). 
► Uso recente de antibióticos ou infecção por Clostridium difficile. 
 
A anamnese de CRIANÇAS com diarréia aguda deve conter dados que 
permitam caracterizar perfeitamente o tipo de diarréia em questão: 
• Início, idade, histórico alimentar, duração do aleitamento, 
desmame, peso ao nascer, mamadeira, chupeta. 
• Concomitância de vômitos. 
• Número de dejeções/dia 
• Fezes aquosas ou disentéricas (com presença de sangue vivo). 
• Eliminação de parasitos. 
• Sintomas associados devem ser questionados: febre, vômitos, 
tenesmo, flatulência, dor abdominal, distensão abdominal, 
tosse, coriza ou anorexia, assaduras 
• Ocorrência de eliminações durante o sono, dejeções pós-
alimentares, fezes explosivas. 
• Disúria 
 
Além disso, a história dos antecedentes deve especificar: 
• Período neonatal: peso ao nascer, ocorrência de icterícia 
neonatal, idade gestacional, intercorrências. 
• Antecedentes alimentares: período de aleitamento materno, 
ocasião do desmame, idade de introdução do leite de vaca na 
dieta, idade de introdução do glúten na dieta, modo de 
preparo dos alimentos. 
• Desenvolvimento neuropsicomotor: idade em que sustentou a 
cabeça, sentou, engatinhou, andou. 
• Vacinas já realizadas. 
• Relato de outros episódios de diarréia e suas características, 
hospitalizações e cirurgias prévias. 
• Identificar outros casos de diarréia na família e na escola e a 
existência de doenças de transmissão hereditária. 
• Hábitos de vida: especificar as condições de saneamento 
básico, hábitos de higiene, qualidade da água consumida e 
número de residentes da habitação por cômodo. 
• Relato de imunodeficiência, neoplasia, uso de drogas 
 
SINAIS DE ALERTA!!! 
 
Alguns achados levantam a suspeita de uma etiologia orgânica ou 
mais grave da diarreia: 
• Sangue ou pus nas fezes 
• Febre 
• Sinais de desidratação 
• Diarreia crônica 
• Perda ponderal 
 
O paciente com diarreia deve estar atento e voltar imediatamente ao 
serviço de saúde se não melhorar ou se apresentar qualquer um dos 
sinais e sintomas: 
• Piora da diarreia. 
• Vômitos repetidos. 
• Muita sede. 
• Recusa de alimentos. 
• Sangue nas fezes. 
• Diminuição da urina. 
 
 
EXAME FÍSICO 
Líquidos e hidratação devem ser avaliados. 
O exame físico completo com atenção ao abdome e o toque retal para 
avaliar competência esfincteriana e pesquisa de sangue oculto são 
importantes. 
Avaliação nutricional 
• Estado de hidratação 
• Prega cutânea, enchimento capilar, tensão arterial, atividade, 
secura de boca e mucosas 
• Distensão, dolorimento ou tensão, peritonismo, presença de 
massa abdominal, aumento ou ausência de ruídos 
hidroaéreos 
• Acometimento hepático, neurológico e de outros 
 
Sistemas 
• Presença de petéquias e púrpuras 
• Lesões perianais, cicatrizes de cirurgias 
• Exame segmentar completo 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
A solicitação de exames complementares vai depender muito de caso 
a caso. Os exames normalmente solicitados são: 
• Hemograma: 
• Eletrólitos. 
• Parasitológico de fezes (3 amostras). 
• Coprocultura. 
• Pesquisa de leucócitos fecais, sangue oculto. 
• Teste quantitativo de gordura fecal. 
 
1. Exame macroscópico das fezes - a observação das fezes já nos 
indica a presença de sangue, muco, pus, alimentos mal digeridos, 
parasitas, além de caracterizar o aspecto, a consistência e sua 
composição. 
 
2. Exame parasitológico de fezes - este exame procura identificar a 
presença de parasitas, protozoários e helmintos que podem 
determinar diarréia. Em algumas situações são necessárias várias 
amostras. Esta identificação requer colheita e processamento 
adequado do material, além de indivíduos habilitados a diagnosticar 
os parasitas. 
 
3. Elementos anormais nas fezes - exames simples para 
identificação de leucócitos e sangue nas fezes, que podem traduzir 
inflamação e destruição da mucosa intestinal em casos de colites e 
diarréias invasivas causadas por Shigella, Salmonella, E. coli 
invasiva, e E. coli hemorrágica. Nas doenças alérgicas podem ser 
encontrados neutrófilos, monócitos e eosinófilos. Por outro lado nas 
diarréias secretórias não há presença de leucócitos, como nas 
causadas por E. coli enterotoxigenica e V. Cholerae. 
 
4. A pesquisa de vírus nas fezes pode ser feita de rotina através da 
técnica de Elisaimunoensaio ou Látex paraidentificar rotavírus e 
adenovírus ou em algumas situações por imunoeletromicroscopia ou 
microscopia eletrônica para estes vírus e outros mais recentemente 
ligados à doença diarréica. Também já foram iniciadas as técnicas de 
identificação viral por PCR. 
 
5. pH fecal e substâncias redutoras - esta determinação irá detectar 
a intolerância aos carboidratos, sendo útil na detecção do mecanismo 
osmótico da diarréia e na resposta à terapêutica dietética empregada. 
 
6. Hemograma - este exame poderá auxiliar nos processos 
infecciosos acompanhados de invasão da mucosa intestinal, quando 
revela leucocitose e desvio para esquerda. Se houver disseminação 
extraintestinal de bactérias enteropatogênicas há também chance de 
identificá-las nas hemoculturas. 
 
7. Identificação de bactérias enteropatogênicas - através da 
coprocultura, que deve ser realizada em laboratório de excelência, 
com coleta adequada, conservação e transporte apropriados, além da 
disponibilidade para identificar as cepas enteropatogênicas que 
possam ser correlacionadas com o quadro apresentado pelo paciente. 
Vale lembrar que, na maioria dos casos de diarréia aguda, não se 
emprega este exame, já que a maioria dos quadros são autolimitados 
e a orientação terapêutica é semelhante, baseada na hidratação e 
alimentação. A coprocultura é também exame caro e demorado, e 
muitas vezes quando se dispõe do resultado, a criança já está curada. 
Por todas estas questões há que se avaliar a necessidade de sua 
realização. Deve-se solicitar nas crianças com quadro grave, para 
identificar “shigelose”, nos pacientes de baixa idade, nos pacientes 
com evidência de disseminação extraintestinal, nos quadros que se 
prolongam e nos surtos epidêmicos. Mais recentemente começou-se a 
empregar as técnicas de PCR para identificação de enterobactérias, 
cuja vantagem é a rapidez no resultado do exame. Provavelmente em 
pouco tempo esta técnica venha a substituir a coprocultura habitual. 
 
Testes para caracterizar síndromes disabsortivas: 
 
 
 
 
 
CONDUTA TERAPÊUTICA 
O tratamento das doenças diarreicas agudas se fundamenta na 
prevenção e na rápida correção da desidratação por meio da ingestão 
de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou fluidos 
endovenosos, dependendo do estado de hidratação e da gravidade do 
caso. Por isso, apenas após a avaliação clínica do paciente, o 
tratamento adequado deve ser estabelecido, conforme os planos A, B 
e C descritos abaixo. 
Para indicar o tratamento é imprescindível a avaliação clínica do 
paciente e do seu estado de hidratação. A abordagem clínica 
constitui a coleta de dados importantes na anamnese, como: início 
dos sinais e sintomas, número de evacuações, presença de muco ou 
sangue nas fezes, febre, náuseas e vômitos; presença de doenças 
crônicas; verificação se há parentes ou conhecidos que também 
adoeceram com os mesmos sinais/sintomas. 
O exame físico, com enfoque na avaliação do estado de hidratação, é 
importante para avaliar a presença de desidratação e a instituição do 
tratamento adequado, além disso, o paciente deve ser pesado, sempre 
que possível. 
Se não houver dificuldade de deglutição e o paciente estiver 
consciente, a alimentação habitual deve ser mantida e deve-se 
aumentar a ingestão de líquidos, especialmente de água. 
Evitar os alimentos que podem agravar a diarreia, como: 
➢ Cafeína 
Café, chá, refrigerantes e analgésicos de venda livre. 
 
➢ Frutose (em quantidades que ultrapassam a capacidade 
absortiva do intestino) 
Suco de maçã, suco de pera, uvas, mel, tâmaras, nozes, figos, 
refrigerantes (especialmente com sabores de frutas), ameixas. 
 
➢ Hexitóis, sorbitol e manitol 
Gomas de mascar sem açúcar, balas de hortelã, cerejas, ameixas. 
 
➢ Lactose 
Leite, sorvete, frozen yogurt, iogurte, queijos cremosos. 
 
➢ Magnésio 
Antiácidos contendo magnésio. 
 
➢ Olestra 
Certas batatas fritas sem gordura ou sorvetes sem gordura. 
 
Sintomáticos: dor e febre 
A febre está ausente na maioria dos casos da DDA. Em crianças 
pequenas a desidratação pode levar a um aumento da temperatura 
corporal. Na DDA com sangue pode ser um sintoma importante. Deve 
ser tratada quando acima de 39 °C ou quando o aumento da 
temperatura estiver associado a sintomas que causem mal-estar à 
criança. Antitérmicos usados com maior frequência são o 
paracetamol e a dipirona. 
A dor abdominal tipo cólica é um sintoma comum na diarreia 
osmótica (excesso de gases intestinais) e o tenesmo é observado 
quando há um componente inflamatório importante, geralmente na 
DDA associada à shigella. No primeiro caso, uma redução na oferta 
de leite e derivados alivia o sintoma; no segundo caso a indicação de 
fármacos com efeito analgésico – paracetamol ou dipirona – beneficia 
o paciente. Não deve ser indicado medicamento antiespasmódico 
(escopolamina) e antifisiótico (simeticona). 
Antieméticos 
A presença de vômitos é frequente em quadros de DDA e antieméticos 
são prescritos de forma excessiva sem se considerar a intensidade 
dos vômitos. Na maioria das vezes o quadro de vômitos cede quando 
se hidrata a criança, pois a desidratação mesmo subclínica pode 
causar vômitos. 
Quando os vômitos são esporádicos, não há indicação para o uso de 
antieméticos, quando intensos aumenta o risco de desidratação e 
hospitalização e essas drogas podem trazer um benefício para os 
pacientes. Importante lembrar que o risco de efeito colateral a elas 
aumenta quando são usadas em pacientes desidratados ou com 
distúrbios eletrolíticos. 
Dentre os medicamentos mais usados estão: bloqueadores dos 
receptores H1 da histamina (prometazina, dimenidrinato), 
antagonistas de receptores da dopamina (metoclopramida) e de 
serotonina–5HT (ondansetrona). 
Na literatura, não se encontra uma boa evidência científica que 
embase o uso da metoclopramida e dimenidrinato na DDA. Em 
relação ao ondansetron, vários estudos mostram que reduz o risco de 
desidratação e de hospitalização no subconjunto de pacientes que 
apresentam alta frequência de vômito. 
Antidiarreicos 
A procura por medicamentos que atuem reduzindo o volume das fezes 
e/ou o tempo do episódio diarreico tem sido alvo de uma busca 
constante. Estudos com adsorventes, silicato de alumínio, diosmectite 
são encontrados na literatura, mas sem resultados animadores. 
Loperamida, uma droga antimotilidade, foi proscrita do receituário 
pediátrico desde que se identificaram efeitos tóxicos relacionados ao 
sistema nervoso central, além do risco de ocorrer íleo paralítico com o 
seu uso. 
Dentre as classificadas como adsorventes, o caolin-pectina foi usado, 
mas caiu em desuso porque não foi demonstrada a sua eficácia. O 
seu efeito cosmético, ao tornar as fezes pastosas embora sem alterar 
o volume líquido, poderia dar a impressão de uma melhoria do 
quadro diarreico e diminuir a vigilância em relação à oferta líquida. 
Outra droga, diosmectite, um produto natural à base de silicato de 
alumínio e magnésio, não vendido no Brasil, tem sido alvo de 
estudos, mas não tem ainda sua eficácia comprovada. 
As diretrizes internacionais são unânimes em afirmar que não há 
indicação dessas drogas na DDA. 
Antisecretório 
Nos quadros de DDA em que o mecanismo secretório está envolvido e 
as perdas diarreicas são importantes, o uso da racecadotrila pode 
trazer benefícios para o paciente. Ao reduzir as perdas fecais e o 
tempo de doença – afeta o processo secretório ao inibir a encefalinase 
– facilita a manutenção do estado de hidratação e, consequentemente, 
reduz a chance de hospitalização. Nesses casos, tem sido 
recomendado como terapêutica adjuvante a TRO; ainda não há 
evidências se o seu uso reduz a necessidade de TRV. 
Zinco 
Em 2004, a OMS e o Unicef chamaram a atenção para o impacto do 
zinco tanto na redução da gravidade do episódio diarreico quanto na 
redução de episódios subsequentes de DDA em crianças menoresde 
cinco anos. A explicação para o seu efeito seria pela modulação do 
sistema imunológico e também por ter propriedade antissecretória. 
A maioria dos estudos foi feito em regiões pobres e que recrutaram 
crianças com maior risco de desenvolver episódio diarreico mais 
grave, inclusive diarreia persistente. A recomendação então foi de se 
usar o zinco associado à TRO para todas as crianças menores de 
cinco anos. Estudos posteriores, em regiões desenvolvidas, que 
recrutaram crianças de baixo risco para diarreia grave e/ou 
persistente, não mostraram benefício adicional com o uso do zinco. 
Atualmente, a indicação é restrita para crianças pertencentes a 
grupos de risco que se concentram basicamente nas regiões mais 
pobres: menores de cinco anos, desnutridas, história de episódios 
anteriores de DDA ou de hospitalização. 
Probióticos 
Apenas algumas cepas de probióticos têm sido estudadas no contexto 
da DDA. Esses estudos devem ser analisados criteriosamente quanto 
aos desfechos avaliados e a cepas empregadas devem ser avaliadas, 
porque há diferentes mecanismos de ação e o que é estudado em 
relação a uma cepa não pode simplesmente ser transferido para 
outra. Lactobacillus GG e S. boulardi são os mais testados 
cientificamente. 
A ação do probiótico se faz principalmente por meio do antagonismo, 
da imunemodulação ou pela exclusão de patógenos. O antagonismo 
e/ou a exclusão podem ter um efeito de curto prazo na DDA. 
A maioria dos estudos foi feita em países desenvolvidos e analisou 
como desfecho: duração do episódio diarreico, redução das perdas 
fecais, hospitalização; encontrou um efeito benéfico. É necessária a 
feitura de estudos que analisem o custo vs benefício de seu uso como 
adjuvante da TRO/TRV em países subdesenvolvidos e em 
desenvolvimento. 
Antibióticos 
Antibióticos não estão indicados na maioria dos episódios de DDA, 
mesmo quando a etiologia é bacteriana. A quase totalidade dos casos 
tem um curso autolimitado e benigno desde que o paciente se 
mantenha hidratado. Mesmo nos episódios diarreicos mais graves o 
uso de antimicrobianos é uma conduta de exceção. 
A questão principal a ser ressaltada é que não temos uma terapêutica 
antibiótica eficaz para a maioria dos agentes associados à DDA. Por 
outro lado, o uso indiscriminado pode prejudicar o paciente devido ao 
efeito devastador na microbiota intestinal, um importante mecanismo 
de proteção. 
A OMS recomenda o uso de antimicrobiano nos casos mais graves de 
DDA associada à shigella (ciprofloxacina, ceftriaxona) e na cólera 
(tetraciclina, eritromicina). Quando o agente causal é um protozoário 
o tratamento etiológico raramente está indicado, exceto em pacientes 
imunedeprimidos. 
Plano preconizado pelo Ministério da Sáude 
Plano A 
O plano A consiste em cinco etapas direcionadas ao paciente 
HIDRATADO para realizar no domicílio: 
• Aumento da ingestão de água e outros líquidos incluindo 
solução de SRO principalmente após cada episódio de 
diarreia, pois dessa forma evita-se a desidratação; 
• Manutenção da alimentação habitual; continuidade do 
aleitamento materno; 
• Retorno do paciente ao serviço, caso não melhore em 2 dias ou 
apresente piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, 
recusa de alimentos, sangue nas fezes ou diminuição da 
diurese; 
• Orientação do paciente/responsável/acompanhante para 
reconhecer os sinais de desidratação; preparar 
adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar 
ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das 
mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos); 
• Administração de Zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias. 
 
 
Como orientar o preparo do soro caseiro 
 
► Um litro ou quatro copos americanos cheios de água filtrada ou 
fervida previamente. 
► Uma colher de chá rasa de sal. 
► Oito colheres de chá rasas de açúcar. 
 
 
Plano B 
O Plano B consiste em três etapas direcionadas ao paciente COM 
DESIDRATAÇÃO, porém sem gravidade, com capacidade de ingerir 
líquidos, que deve ser tratado com SRO na Unidade de Saúde, onde 
deve permanecer até a reidratação completa. 
• Ingestão de solução de SRO, inicialmente em pequenos 
volumes e aumento da oferta e da frequência aos poucos. A 
quantidade a ser ingerida dependerá da sede do paciente, mas 
deve ser administrada continuamente até que desapareçam os 
sinais da desidratação; 
• Reavaliação do paciente constantemente, pois o Plano B 
termina quando desaparecem os sinais de desidratação, a 
partir de quando se deve adotar ou retornar ao Plano A; 
• Orientação do paciente/responsável/acompanhante para 
reconhecer os sinais de desidratação; preparar 
adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar 
ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das 
mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos); 
 
Plano C 
O Plano C consiste em duas fases de reidratação endovenosa 
destinada ao paciente COM DESIDRATAÇÃO GRAVE. Nessa situação 
o paciente deverá ser transferido o mais rapidamente possível. Os 
primeiros cuidados na unidade de saúde são importantíssimos e já 
devem ser efetuados à medida que o paciente seja encaminhado ao 
serviço hospitalar de saúde. 
• Realizar reidratação endovenosa no serviço saúde (fases 
rápida e de manutenção); 
• O paciente deve ser reavaliado após duas horas, se persistirem 
os sinais de choque, repetir a prescrição; caso contrário, 
iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções preconizadas; 
• Administrar por via oral a solução de SRO em doses pequenas 
e frequentes, tão logo o paciente aceite. Isso acelera a sua 
recuperação e reduz drasticamente o risco de complicações. 
• Suspender a hidratação endovenosa quando o paciente estiver 
hidratado, com boa tolerância à solução de SRO e sem 
vômitos. 
 Para tratamento detalhado acesse aqui o Manejo do Paciente com 
Diarreia. 
OBSERVAÇÃO: O Tratamento com antibiótico deve ser reservado 
apenas para os casos de DDA com sangue ou muco nas fezes 
(disenteria) e comprometimento do estado geral ou em caso de 
cólera com desidratação grave, sempre com acompanhamento 
médico. 
 
 
 
ETÁRIAS: 
 
 
 
 
Quando o paciente puder beber, geralmente 2 a 3 horas após o 
início da reidratação venosa, iniciar a reidratação por via oral com 
 
Interromper a reidratação por via endovenosa somente quando o 
paciente puder ingerir SRO em quantidade suficiente para se manter 
hidratado. A quantidade de SRO necessária varia de um paciente 
para outro, dependendo do volume das evacuações. 
Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida deve ser maior nas 
 
Observar o paciente por pelo menos seis (6) horas. 
 
NA UNIDADE HOSPITALAR 
 
 
MELHORAR SUA VIDA, NOSSO COMPROMISSO. 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE 
MANEJO DO PACIENTE 
COM DIARREIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPAS A B C 
OBSERVE 
Estado geral Bem, alerta Irritado, intranquilo Comatoso, hipotônico* 
Olhos Normais Fundos Muito fundos e secos 
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes 
Sede Bebe normal, sem sede Sedento, bebe rápido e avidamente Bebe mal ou não é capaz de beber* 
EXPLORE 
 
Sinal da prega 
 
Desaparece rapidamente 
 
Desaparece lentamente 
Desaparece muito lentamente 
(mais de 2 segundos) 
Pulso Cheio Rápido, fraco Muito fraco ou ausente* 
DECIDA 
 
SEM SINAIS DE DESIDRATAÇÃO 
 
Se apresentar dois ou mais sinais: 
COM DESIDRATAÇÃO 
Se apresentar dois ou mais sinais, 
incluindo pelo menos um dos 
destacados com asterisco (*): 
DESIDRATAÇÃO GRAVE 
TRATE 
 
USE O PLANO A 
USE O PLANO B 
(pese o paciente) 
USE O PLANO C 
(pese o paciente) 
 
FASE RÁPIDA – MENORES DE 5 ANOS (fase de expansão) 
 
SOLUÇÃO 
 
VOLUME 
TEMPO DE 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
Soro 
Fisiológico 
a 0,9% 
Iniciar com 20ml/kg de peso. 
Repetir essa quantidade até que a 
criança esteja hidratada, reavaliando 
os sinais clínicos após cada fasede 
expansão administrada. 
 
 
 
30 minutos 
Para recém-nascidos e cardiopatas 
graves começar com 10ml/kg de 
peso. 
 
 
ADMINISTRAR SOLUÇÃO DE REIDRATAÇÃO ORAL: 
A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente. 
A SRO deverá ser administrada continuamente, até que 
 
Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 
 
 
 
 
Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o PLANO A. 
 
Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir o PLANO C. 
 
NO SERVIÇO DE SAÚDE ORIENTAR A: 
Reconhecer os sinais de desidratação. 
Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. 
Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem 
adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos 
alimentos). 
 
 
 
O PLANO B DEVE SER REALIZADO NA UNIDADE DE SAÚDE. 
 ANTIDIARREICOS E ANTIEMÉTICOS 
 
USO DE MEDICAMENTOS 
EM PACIENTES COM DIARREIA 
Antibióticos: devem ser usados somente para casos de diarreia 
com sangue (disenteria) e comprometimento do estado geral ou 
em casos de cólera grave. Em outras condições, os antibióticos são 
 
 
Amebíase, quando o tratamento de disenteria por Shigella sp 
fracassar, ou em casos em que se identificam nas fezes trofozoítos 
de Entamoeba histolytica englobando hemácias. 
cistos ou trofozoítos nas fezes ou no aspirado intestinal. 
 
 
 
1- PERGUNTAR SE O PACIENTE TEM SANGUE NAS FEZES 
Em caso positivo e com comprometimento do estado geral: 
Reidratar o paciente de acordo com os planos A, B ou C. 
 
Tratamento de crianças: 
 
 
Orientar o acompanhante para administrar líquidos e manter a 
 
 
Se mantiver presença de sangue nas fezes após 48 horas do início 
 
Observação: crianças com quadro de desnutrição devem ter o 
primeiro atendimento em qualquer Unidade de Saúde, devendo- 
se iniciar hidratação e antibioticoterapia de forma imediata, até que 
 
Tratamento de adultos: 
 
Orientar o paciente ou acompanhante para administrar líquidos e 
domicílio. 
 
 
Se o paciente estiver com condições gerais boas, iniciar Ceftriaxona 
 
Se estiver com condições gerais comprometidas, encaminhar para 
 
2- PERGUNTAR QUANDO INICIOU A DIARREIA 
Se tiver mais de 14 dias de evolução: 
 
 
 
Quando não houver condições de encaminhar para a unidade 
hospitalar, orientar o responsável/acompanhante para administrar 
 
Se o paciente não estiver com sinais de desidratação e nem for 
menor de seis meses, encaminhar para consulta médica para 
 
3- OBSERVAR SE TEM DESNUTRIÇÃO GRAVE 
Se a criança estiver com desnutrição grave (utilizar para diagnóstico a 
 
Em caso de desidratação, iniciar a reidratação e encaminhar o 
paciente para o serviço de saúde. 
Entregar ao paciente ou responsável envelopes de SRO em 
quantidade suficiente e recomendar que continue a hidratação até 
que chegue ao serviço de saúde. 
4- VERIFICAR A TEMPERATURA 
Se o paciente estiver, além da diarreia, com a temperatura de 39ºC 
ou mais: investigar e tratar outras possíveis causas, por exemplo, 
 
IDENTIFICAR DISENTERIA E/OU OUTRAS 
PATOLOGIAS ASSOCIADAS À DIARREIA 
FASE RÁPIDA – MAIORES DE 5 ANOS (fase de expansão) 
SOLUÇÃO VOLUME TOTAL 
TEMPO DE 
ADMINISTRAÇÃO 
1º Soro Fisiológico a 0,9% 30ml/kg 30 minutos 
2º Ringer Lactato ou 
Solução Polieletrolítica 
70ml/kg 
2 horas e 30 
minutos 
 
FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO 
PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS 
SOLUÇÃO VOLUME EM 24 HORAS 
Soro Glicosado a 5% + 
Soro Fisiológico a 0,9% 
na proporção de 4:1 
(manutenção) 
+ 
Peso até 10kg 100ml/kg 
Peso de 10 a 
20kg 
1000ml + 50ml/kg de 
peso que exceder 10kg 
Peso acima 
de 20kg 
1500ml + 20ml/kg de 
peso que exceder 20kg 
Soro Glicosado a 5% + 
Soro Fisiológico a 0,9% 
na proporção de 1:1 
(reposição) 
+ 
 
Iniciar com 50ml/kg/dia. Reavaliar esta 
quantidade de acordo com as perdas 
do paciente. 
KCl a 10% 
2ml para cada 100ml de solução da fase 
de manutenção. 
 
 
PLANO A 
PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO NO DOMICÍLIO 
Explique ao paciente ou acompanhante para fazer no domicílio: 
1) OFERECER OU INGERIR MAIS LÍQUIDO QUE O HABITUAL PARA 
PREVENIR A DESIDRATAÇÃO: 
• O paciente deve tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, 
chá, suco e sopas) ou Solução de Reidratação Oral (SRO) após cada 
evacuação diarreica. 
• Não utilizar refrigerantes e não adoçar o chá ou suco. 
 
2) MANTER A ALIMENTAÇÃO HABITUAL PARA PREVENIR A 
DESNUTRIÇÃO: 
• Continuar o aleitamento materno. 
• Manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos. 
 
3) SE O PACIENTE NÃO MELHORAR EM DOIS DIAS OU SE 
APRESENTAR QUALQUER UM DOS SINAIS ABAIXO, LEVÁ-LO 
IMEDIATAMENTE AO SERVIÇO DE SAÚDE: 
SINAIS DE PERIGO 
• Piora na diarreia • Recusa de alimentos 
• Vômitos repetidos • Sangue nas fezes 
• Muita sede • Diminuição da diurese 
 
4) ORIENTAR O PACIENTE OU ACOMPANHANTE PARA: 
• Reconhecer os sinais de desidratação. 
• Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. 
• Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada 
das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos). 
5) ADMINISTRAR ZINCO UMA VEZ AO DIA, DURANTE 10 A 14 DIAS: 
• Até seis (6) meses de idade: 10mg/dia. 
• Maiores de seis (6) meses de idade: 20mg/dia. 
 
IDADE 
Quantidade de líquidos que devem ser 
administrados/ingeridos após evacuação 
diarreica 
 
Menores de 1 ano 50-100ml 
De 1 a 10 anos 100-200ml 
Maiores de 10 anos Quantidade que o paciente aceitar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONDUTA EDUCACIONAL 
Cabe ao médico de família e comunidade conscientizar toda a 
população sobre as principais medidas de prevenção da diarreia e de 
promoção de saúde. Para isso, deve sempre procurar usar linguagem e 
estratégias de comunicação adequadas à comunidade com a qual 
trabalha. 
Assim, as pessoas poderão ser abordadas não apenas na consulta 
médica, mas em todos os espaços nos quais há contato com a 
população assistida e de uma forma mais eficaz. 
► Estimular o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade 
e complementado até 2 anos de idade. 
► Usar alimentos com valor nutricional adequado e sem 
contaminação 
► Ingerir apenas água filtrada ou fervida 
► Estimular políticas governamentais de saneamento básico 
► Educar sobre a lavagem adequada dos alimentos 
► Orientar a respeito da lavagem correta das mãos 
► Informar sobre a imunização contra o rotavírus 
 
• Lavar sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente 
antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, 
após utilizar transporte público ou tocar superfícies que possam 
estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua, 
antes e depois de amamentar e trocar fraldas. 
• Lavar e desinfete as superfícies, os utensílios e equipamentos 
usados na preparação de alimentos. 
• Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, 
animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em 
recipientes fechados). 
• Tratar a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas 
gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro 
de água, aguardar por 30 minutos antes de usar). 
• Guardar a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, 
sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação; 
• Não utilizar água de riachos, rios,cacimbas ou poços 
contaminados para tomar banho ou beber. 
• Evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos 
(principalmente carnes, pescados e mariscos) e alimentos cujas 
condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam 
precárias. 
• Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada; quando não 
houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local 
apropriado. 
• Usar sempre o vaso sanitário, mas se isso não for possível, 
enterre as fezes sempre longe dos cursos de água; 
• Evitar o desmame precoce. Manter o aleitamento materno 
aumenta a resistência das crianças contra as diarreias. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
Notificações 
A notificação de casos individuais de DDA é compulsória em unidades 
sentinelas para VE-DDA que realizam a Monitorização das Doenças 
Diarreicas Agudas (MDDA). 
Surto: A ocorrência de, no mínimo, dois casos com o mesmo quadro 
clínico de diarreia após ingestão do mesmo alimento ou água da 
mesma origem caracteriza-se como surto de doença transmitida por 
água/alimento. 
O aumento do número de casos de DDA acima do limite esperado 
para a população envolvida, naquele período e localidade indica 
alteração do padrão e um possível surto, deve ser investigado. 
 
O Global Burden of Disease Study constatou que a diarreia foi a nona 
principal causa de morte em todo o mundo em 2015. A maioria dos 
casos de diarreia está associada a alimentos e fontes de água 
contaminados, e mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não 
têm acesso ao saneamento básico. 
 
Mais de 1 bilhão de pessoas, no mundo, sofrem um ou mais episódios 
de diarreia aguda a cada ano. Dos 100 milhões de pessoas acometidas 
anualmente por diarreia aguda nos EUA, quase metade tem de 
restringir as atividades, 10% consultam um médico, cerca de 250 mil 
precisam de hospitalização e aproximadamente 5 mil morrem. 
 
A diarreia infecciosa aguda continua sendo uma das causas mais 
comuns de mortalidade nos países em desenvolvimento, 
principalmente entre crianças pobres. 
 
A diarreia aguda, recorrente, em crianças de países tropicais resulta 
em enteropatia ambiental com impactos de longo prazo nos 
desenvolvimentos físico e intelectual. 
 
A doença diarreica ocorre com frequência inicial em países com 
recursos limitados, sobrepostos a casos epidêmicos de diarreia, 
disenteria ou diarreia aquosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e gênero, pode manifestar 
sinais e sintomas das doenças diarreicas agudas após a 
contaminação. No entanto, alguns comportamentos podem colocar as 
pessoas em risco e facilitar a contaminação como: 
• Ingestão de água sem tratamento adequado; 
• Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do 
preparo e armazenamento; 
• Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e 
derivados; 
• Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou 
malcozidos; 
• Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada; 
• Viagem a locais em que as condições de saneamento e de 
higiene sejam precárias; 
• Falta de higiene pessoal. 
ATENÇÃO ESPECIAL: Crianças e idosos com DDA correm risco de 
desidratação grave. Nestes casos, a procura ao serviço de saúde deve 
ser realizada em caráter de urgência. 
Surtos de Doenças Diarreicas Agudas causados por Cryptosporidium 
spp. 
 
 
Fatores implicados na determinação 
da diarréia aguda da criança: 
• Condições desfavoráveis de gestação e má-nutrição materna 
• Baixo peso ao nascer 
• Desmame precoce 
• Precárias condições de habitação, saneamento e higiene 
• Contaminação fecal de água e alimentos 
• Falta de informação e baixa escolaridade dos pais 
• Predária condição sócio-econômica 
• Condição nutricional e imunológica desfavoráveis 
• Idade da criança 
• Grau e extensão da lesão do tubo digestivo 
• Falta de orientação adequada após o desmame 
• Acesso precário aos Serviços de Saúde 
• Falta de orientação técnica dos profissionais 
• Preconceitos culturais. 
 
Crianças de risco para apresentarem diarréia persistente: 
 
• Desmame precoce. 
• Baixa idade. 
• Desnutrição protéico-calórica. 
• Infecção por E. coli enteropatogênica. 
• Uso inadequado de antibióticos. 
• Não reconhecimento por parte do médico de pacientes com alto 
risco para prolongarem um quadro agudo de diarréia. 
• Baixo peso ao nascer. 
• Episódios repetidos de diarréia ou diarréia prévia prolongada. 
• Gravidade do quadro agudo de diarréia. 
• Deficiência de vitamina A e micronutrientes. 
• Conduta inadequada na diarréia aguda. 
• Hospitalização. 
• Más condições de vida. 
 
 
COMPLICAÇÕES 
Complicações podem aparecer com diarreia de qualquer etiologia. 
Perdas de líquidos com desidratação secundária, perda de eletrólitos 
(sódio, potássio, magnésio, cloreto) e mesmo choque podem ocorrer. 
Choque pode aparecer rapidamente em pacientes com diarreia mais 
intensa (p. ex., pacientes com cólera) ou muito jovens, muito idosos 
ou debilitados. 
A perda de bicarbonato pode resultar em acidose metabólica. 
Hipopotassemia pode ocorrer em diarreias crônicas e/ou mais 
intensas ou ainda se as fezes contiverem excesso de muco. 
Hipomagnesemia após diarreias mais intensas pode causar tetania. 
 
Alguns agentes etiológicos, além das características individuais dos 
pacientes, podem desencadear outras complicações como é o caso das 
Escherichia coli produtoras de toxina shiga, Shiguella dysenteriae 1, 
Campylobacter, Aeromonas, Enterovírus que podem causar a 
Síndrome Hemolítico-Urêmica. 
 
ATENÇÃO! Se tratadas incorretamente ou não tratadas, as doenças 
diarreicas agudas podem levar à desidratação grave e ao distúrbio 
hidroeletrolítico, podendo ocorrer óbito, principalmente quando 
associadas à desnutrição ou à imunodepressão. 
 
Complicações mais frequentes e manifestações não habituais 
relacionadas com os enteropatógenos mais comuns: 
Shigella – Enteropatia perdedora de proteínas, meningite, convulsão, 
pneumonite, síndrome hemolítica-urêmica, síndrome de Reiter 
(artrite, uretritte, conjuntivite), eritema nodoso, colite pós-fecciosa, 
reação leucemóide, apendicite, miocardite. 
Salmonella não tifóide – bacteremia e infecção extra-intestinal, 
osteomielite, pneumonia, arterite, meningite, estado de portador, 
colecistite, c;alculos, colite pós-infecciosa. 
Salmonella typhi – dissociação pulso-temperatura, alteração do nível 
de consciência, manchas róseas na pele, máculas em abdômen, 
miocardite, ulceração intestinal e colônica, sangramento e perfuração 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/regula%C3%A7%C3%A3o-e-dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base/acidose-metab%C3%B3lica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipopotassemia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipomagnesemia
intestinal, hepatoesplenomegalia, supressão de medula óssea, recidiva 
da doença, estado de portador. 
Campylobacter jejuni – Aborto séptico, colecistite aguda, pancreatite, 
cistite, síndrome Guilliam Barre, artrite. 
C. fetus – meningoencefalite, artrite séptica, pneumonia, cardite, 
tromboflebite, aneurisma micótico aórtico, aborto séptico, febre 
recorrente, mialgia. 
Yersinia enterocolytica – poliartrite, síndrome de reiter, eritema 
nodoso, faringite, sepse, tireoidite, pericardite, glomerulonefrite. 
Clostridium difficile – enteropatia perdedora de proteína, megacólon 
tóxico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Artigos 
• Sheikh, I. A., Ammoury, R., & Ghishan, F. K. Pathophysiology of 
Diarrhea and Its Clinical Implications. Physiology of the Gastrointestinal 
Tract. 2018. 
• BRANDT, Kátia Galeão; ANTUNES, Margarida Maria de Castro; SILVA,Gisélia Alves Pontes da. Diarreia aguda: manejo baseado em 
evidências. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 91, n. 6, supl. 1, p. S36-
S43, Dezembro. 2015. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças diarreicas agudas (DDA). 2020. 
• GUANDALINI, Stefano; FRYE, Richard E.; TAMER, M. Akram. Diarrhea. 
Medscape: 2020. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância das doenças 
transmissíveis. Doenças Diarreicas Agudas Brasil. 2019. 
 
Livros 
• GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. 
Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e 
Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019. 
• GROSSMAN, Sheila C.; PORTH, Carol Mattson. Fisiopatologia. 9ª ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• ZATERKA, Schlioma; EISIG, Jaime Natan. Tratado de 
gastroenterologia da graduação à pós-graduação. 2ª ed. São 
Paulo: Atheneu, 2016.

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