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Maria Beatriz Machado PEDIATRIA – AULA 05 – SÍNDROMES DIARREICAS (DIARREIA AGUDA) 1. INTRODUÇÃO Definição de diarreia: É quando existe a diminuição da consistência e/ou aumento do volume de evacuação. A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. Dentro da pediatria, a diarreia é classificada em: Aguda, persistente ou crônica. Diarreia aguda: Pode durar até 14 dias e determina perda de grande quantidade de fluidos e pode causar desidratação. Pode ser causada por bactérias e vírus. Eventualmente pode ocorrer desnutrição caso a criança não receba alimentação de forma correta e/ou tenha episódios sucessivos de diarreia aguda. Diarreia aguda com sangue (disenteria): Caracterizada pela presença de sangue nas fezes, e representa lesão na mucosa intestinal. Pode estar associada às infecções sistêmicas e complicações, como desidratação. Diarreia persistente: É uma complicação da diarreia aguda. Ocorre quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode provocar desnutrição e desidratação. Grupo com alto risco de complicações e letalidade. Diarreia crônica: É uma diarreia com período superior a 30 dias, podendo ou não haver síndrome de má absorção associada. Geralmente está associada a uma doença de base, como: Doença de Crohn, doença celíaca, alergia a proteína do leite, doença inflamatória intestinal.. 2. DIARREIA AGUDA Definição: Aumento no volume e/ou na frequência de evacuações com consequente aumento das perdas de água e eletrólitos. Tempo de duração: Pode durar até 14 dias. Etiologia: Presumivelmente infecciosa. Principais agentes causadores: Enteropatógenos (vírus, bactérias e protozoários) Bactérias: E. coli: Enteropatogênica clássica (enteroaderente); Enterotoxigênica, Enteroinvasiva; Enterohemorrágica. Shigella Salmonella Campylobacter jejuni Yersínia Vibrião colérico Vírus: Rotavírus, coronavírus, adenovírus, norovírus e astrovírus. Protozoários: Entamoeba histolytica e Giardia lamblia Transmissão: Fecal-oral (água e alimentos contaminados, e falta de higiene – Não lavar as mãos contaminadas e levá-las a boca). Algumas características: Início súbito Pode estar associada a vômito Pode estar associada a febre Pode estar associada a dor abdominal Pode haver queda do estado geral OBS: Veremos melhor as características quando falarmos sobre os graus de desidratação. Maria Beatriz Machado Evolução: Desidratação Diagnóstico: Na maioria das vezes o diagnóstico da diarreia aguda é SINDRÔMICO, ou seja, é feito o diagnóstico CLÍNICO de acordo com o conjunto de sinais/sintomas que o paciente apresenta, e que identificamos através da anamnese e exame físico. Os exames complementares para diagnóstico ETIOLÓGICO não são necessários para o tratamento da desidratação (principal e mais frequente complicação da diarreia aguda). Só é feita a investigação complementar para que seja dado o diagnóstico etiológico em casos de: Evolução grave, comprometimento do estado geral da criança, crianças imunossuprimidas, e crianças hospitalizadas. Possíveis exames complementares: Elisa: Método de pesquisa do rotavírus nas fezes Hemograma (bacteriano): Leucocitose com desvio (bactérias gram +), leucopenia com desvio (bactérias gram -), anemia.. Bioquímica Gasometria arterial Coprocultura Fatores de risco: Condições socioeconômicas/higiene Desmame precoce Desnutrição Lactentes (menores de 6 meses) 3. MECANISMOS DE DEFESA DO NOSSO ORGANISMO Suco gástrico: O ph ácido impede a invasão e proliferação do agente Glicoproteínas na secreção mucosa: Impede a adesão do agente Peristaltismo: Impede a adesão do agente Flora intestinal normal Imunidade celular: Placas de Peyer Imunidade humoral: A IgA é uma imunoglobulina rica no leite materno que confere um fator de proteção. 4. MECANISMOS PATOGÊNICOS Cada agente pode ter mais de um mecanismo. Maria Beatriz Machado Enterotoxina: Vibrião da cólera O agente se adere as microvilosidades dos enterócitos, libera toxinas que alteram a bomba de íons, liberando mais eletrólitos (sódio, cloro, potássio) para a luz intestinal, o que leva a um quadro de diarreia secretora. Invasão: Rotavírus O agente se adere as microvilosidades dos enterócitos, entra no enterócito, cria um processo inflamatório e leva a destruição celular. A mucosa fica imatura porque suas células imaturas não conseguem fazer todo o processo de digestão e absorção, deixando nutrientes na luz intestinal, o que atrai mais água e causa uma diarreia aquosa. Citotoxina: Shigella O agente se adere as microvilosidades dos enterócitos, libera toxinas que causam processo inflamatório e destruição das células. A mucosa fica imatura porque suas células imaturas não conseguem fazer todo o processo de digestão e absorção, deixando nutrientes na luz intestinal, o que atrai mais água, e causa uma diarreia aquosa. Aderência: Cepas de E.coli enteroaderentes e Giardia Lamblia O agente se adere as microvilosidades dos enterócitos, afeta a mucosa e isso faz com que diminua a superfície absortiva. Os alimentos que não são digeridos e absorvidos ficam na luz. 5. ANAMNESE Anamnese da criança com doença diarreica deve contemplar os seguintes dados: Duração da diarreia Número diário de evacuações (para se ter uma ideia da perda) Presença de sangue nas fezes Presença de vômitos, febre ou outra manifestação clínica Alimentação prévia e atual Outros casos de diarreia em casa ou na escola. Oferta e o consumo de líquidos, além do uso de medicamentos Histórico de imunizações (se está completa) Diurese e peso recente (se conhecido) Atenção especial para: Idade inferior a dois anos: Podem ter uma evolução mais rápida para desidratação Doença de base: Anemia falciforme, diabetes mellitus Vômitos persistentes: Um ponto importante para decidir onde a criança será tratada, é o fato dela conseguir ou não ingerir líquidos oralmente, e caso esteja vomitando muito, isso não é possível Percepção dos pais de sinais de desidratação: Porque precisamos entender qual a condição que a família tem de cuidar dessa criança em domicílio. 6. EXAME FÍSICO Avaliar: Estado de hidratação: Fundamental saber verificar sinais de desidratação. Estado nutricional: Peso e altura Estado de alerta (vivo, irritado, letárgico) Capacidade de beber líquidos Maria Beatriz Machado Diurese Percentual de perda de peso Outros achados podem traduzir a gravidade do quadro: Nível de alerta, fontanela baixa, saliva espessa, padrão respiratório alterado, ritmo cardíaco acelerado, pulso débil, aumento do tempo de enchimento capilar, extremidades frias, perda de peso, turgência da pele e sede. 7. TRATAMENTO Esquema clássico, segundo a presença ou não de desidratação PLANOS: A, B e C O tratamento é feito de acordo com três pilares: Hidratação Alimentação Medicamentos 7.1. HIDRATAÇÃO Proposta da OMS para classificar o estado de desidratação: Sem desidratação Plano A Com desidratação leve a moderada (5 – 10% da perda corporal) Plano B Desidratação grave (> 10% do peso) Plano C OBSERVAR SEM DESIDRATAÇÃO – A DESIDRATAÇÃO LEVE A MODERADA – B DESIDRATAÇÃO GRAVE - C CONDIÇÃO Alerta/bem Irritado Comatoso* OLHOS Normais Fundos Muito fundos LÁGRIMAS Presentes Ausentes Ausentes BOCA/LÍNGUA Úmidas Secas Muito secas SEDE Bebe normal Sedento/ávido Não é capaz, bebe mal* SINAL DA PREGA Desaparece rápido Desaparece lentamente Desaparece muito lentamente (mais de 2 segundos) PULSO Cheio Rápido/débil Débil ou ausente* ENCHIMENTO CAPILAR Normal (até 3 segundos) Prejudicado (3 – 5 segundos) Muito prejudicado (mais de5 segundos) DECISÃO Não tem sinais de desidratação Dois ou mais sinais Existe desidratação Dois ou mais sinais OU Um sinal grave* TRATAMENTO PLANO A Aumento de líquidos Terapia de reposição oral (TRO) após evacuações em casa PLANO B Terapia de reposição oral (VO ou SNG) no serviço de saúde PLANO C EV 7.1.1. PLANO A É feito na criança com diagnóstico de diarreia aguda, porém sem sinais clínicos. Consiste em: Oferecer ou ingerir mais líquido que o habitual para prevenir a desidratação: Líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chá, suco e sopas) Maria Beatriz Machado Solução de reidratação oral (SRO) após cada evacuação diarreica Não utilizar refrigerantes, e não adoçar o chá ou suco O refrigerante tem pouca quantidade de sódio (comparando com a quantidade de sódio no soro de reidratação oral) e muita quantidade de carboidrato. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição: Continuar o aleitamento materno Manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos Se o paciente não melhorar em dois dias, ou se apresentar qualquer um dos sinais abaixo, leva-lo imediatamente ao serviço de saúde: Piora na diarreia Vômitos repetidos Muita sede Recusa de alimentos Sangue nas fezes Diminuição da diurese Orientar a família para: Reconhecer os sinais de desidratação Preparar e administrar a solução de reidratação oral O soro mais recomendado é aquele que pegamos pronto na ESF, porque o soro preparado em casa pode ter quantidades inadequadas. Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos) Administrar zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias nas seguintes doses: Até 6 meses: 10mg/dia Maiores de 6 meses: 20mg/dia 7.1.2. PLANO B É feito na criança com dois sinais ou mais de desidratação. O plano B deve ser realizado na unidade de saúde. Os pacientes deverão permanecer na unidade de saúde até a reidratação completa e reinício da alimentação. Consiste em: Administrar solução de reidratação oral (SRO): A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente. A SRO deverá ser administrada continuamente, até que desapareçam os sinais de desidratação. Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100ml/kg para ser administrado no período de 4 – 6 horas Durante todo esse tempo a criança deve permanecer na unidade de saúde, e nesse período, a única dieta liberada é o leite materno. Maria Beatriz Machado Durante a reidratação, reavaliar o paciente seguindo os sinais indicados no quadro 1 (avaliação do estado de hidratação): Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o plano A Devemos verificar se a criança está tendo diurese abundante, se está chorando com lágrimas e todos os demais parâmetros que estavam alterados quando fizemos sua primeira avaliação. Se continuar desidratado, indicar a sonda nasogástrica (gastróclise) Verificar se a criança aceitou bem o soro e se não teve episódios de vômito enquanto o recebia. Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir o plano C. Durante a permanência do paciente ou acompanhante no serviço de saúde, orientar a: Reconhecer os sinais de desidratação Preparar e administrar a solução de reidratação oral. Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos). 7.1.3. PLANO C É feito na criança com dois sinais ou mais de desidratação, ou com UM sinal grave (comatoso; não é capaz de ingerir líquidos (bebe mal); pulso débil ou ausente). O plano C contempla duas fases para todas as faixas etárias: Fase rápida e fase de manutenção e reposição. OBS: A dra não explicou o plano C porque teremos uma aula específica de desidratação e cálculo para reposição, mas vou deixar abaixo o tratamento. Maria Beatriz Machado 7.2. ALIMENTAÇÃO Manutenção da alimentação com oferta energética apropriada é um dos pilares mais importantes no tratamento da diarreia aguda Jejum: Orientado apenas durante a reversão da desidratação (somente no plano B enquanto estamos oferendo a hidratação oral para a criança – lembrar que ela pode receber somente leite materno nesse período). OMS: Ainda temos práticas inadequadas como jejum e restrições alimentares e diluições Oportunidade para correção de erros alimentares Uso de fórmulas sem lactose: Pacientes hospitalizados e diarreia persistente Pacientes hospitalizados: Avaliar a redução das perdas diarreicas e a recuperação nutricional ou retomada do ganho de peso esperado para a idade. Pacientes com diarreia persistente: Considerar a possibilidade de intolerância as proteínas do leite de vaca (utilizar fórmulas de soja, extensamente hidrolisadas; aminoácidos). 7.3. MEDICAMENTOS Zinco: Importante papel na função e no crescimento celular e sistema imunológico Pode reduzir a duração da diarreia, a probabilidade da diarreia persistir por mais de 7 dias e a ocorrência de novos episódios de diarreia aguda em 3 meses. Elevada prevalência de deficiência nos países não desenvolvidos. Deve ser dado para crianças menores de 5 anos a partir do momento da caracterização da diarreia, durante 10 a 14 dias. Dose: Acima de 6 meses: 20 mg/dia Abaixo de 6 meses: 10mg/dia No Brasil: Temos soluções de Zinco Gliconato de Zinco 2mg/0,5ml; Sulfato de Zinco 4mg/ml 7.3.1. ANTIBIÓTICOS Na maioria das vezes não são utilizados, porque os episódios são autolimitados e grande parte deles é causada por vírus. Os antibióticos são para casos restritos: Diarreia com sangue (disenteria): Com queda do estado geral e febre Cólera Giardia lamblia ou Entamoeba histolytica Imunossuprimidos Anemia falciforme Uso de próteses Sinais de disseminação bacteriana extraintestinal Antes de iniciar a antibioticoterapia, precisamos realizar a coprocultura (cultura das fezes). Agentes: Shigella (principal), E.coli enteroinvasiva, Yersinia, V. cholerae, Salmonela não tifoide. Antibióticos que podemos utilizar: Ciprofloxacino: Crianças: 15mg/kg 2x ao dia Adultos: 500mg 2x ao dia Maria Beatriz Machado Azitromicina: 10mg/kg no 1º dia, e 5mg/kg por mais 4 dias. Ceftriaxone: 50 – 100mg/kg/dia por 5 dias Metronidazol: Em caso de giardíase. 7.3.2. ANTIEMÉTICOS Sem indicação segundo a OMS e Ministério da saúde Melhora dos vômitos com a correção da desidratação. Segundo a ESPGHAN: Onansetrona reduz a frequência dos vômitos na dose de 0,1mg/kg até 4mg VO ou EV. 7.3.3. PROBIÓTICOS Os probióticos são microorganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, proporcionam efeito benéfico para a saúde do indivíduo. OMS e Ministério da saúde: Não mencionam a indicação. ESPGHAN: Mencionam como coadjuvantes no tratamento da diarreia aguda. Lactobaccillus GG: Não temos no Brasil Sacharomyces boulardii: 250 – 750mg/dia Lactobacillus reuteri: 10mg por 5 a 7 dias. 7.3.4. RACECADOTRILA É um inibidor da encefalinase, uma enzima responsável pela degradação das encefalinas produzidas pelo sistema nervoso entérico, que com maior tempo de ação, reduzem a secreção intestinal de água e eletrólitos. Apenas a ESPGHAN sugere o uso. É contraindicado em menores de 3 meses. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A DIARREIA AGUDA Princípios: Terapia de reposição oral e manutenção da alimentação Não orientar leite ou fórmulas lácteas diluídas Evitar sucos e refrigerantes com alta osmolaridade Suplementação de zinco Antibióticos: Em caso de disenteria (Shigella) Atenção para: Lactentes jovens, desnutridos ou com doença de base. Incentivar o aleitamento materno Orientar atenção com as condiçõesde higiene, preparo de alimentos e saneamento básico. 9. CASO CLÍNICO Lactente de 12 meses de idade apresenta quadro de diarreia há 5 dias, associado a febre e vômitos no primeiro dia do quadro. Está aceitando parcialmente a dieta oferecida. Mãe refere que irmão de 3 anos também apresentou diarreia com melhora em 4 quatro dias. BEG, eupnéico, choro com lágrimas, afebril, corado, tempo de enchimento capilar adequado, pulsos palpáveis e normais. Demais exame físico – sem alterações. De acordo com Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, cite o diagnóstico clínico, descreva os dados clínicos a serem abordados na anamnese para definir tal diagnóstico e baseando-se no estado de hidratação do paciente estabeleça o plano terapêutico. 9.1. Diagnóstico clínico: Diarreia aguda Maria Beatriz Machado 9.2. Anamnese: Dados a serem abordados na anamnese: Duração da diarreia Número diário de evacuações Presença de sangue nas fezes Presença vômitos, febre ou outra manifestação clínica Alimentação prévia e atual Outros casos de diarreia em casa ou na escola. Oferta e o consumo de líquidos, além do uso de medicamentos Histórico de imunizações (se está completa) Diurese e peso recente (se conhecido) Dados a serem abordados no exame físico: Estado de hidratação Estado nutricional Estado de alerta (vivo, irritado, letárgico) Capacidade de beber líquidos e diurese Percentual de perda de peso 9.3. Plano terapêutico: Esse lactente se encontra em diarreia aguda diagnosticada, porém sem sinais de desidratação, portanto devemos seguir o plano A da OMS, ou seja, receberá reposição oral de líquidos em casa: Oferecer ou ingerir mais líquido que o habitual para prevenis a desidratação: Líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chá, suco e sopas) Solução de reidratação oral (SRO) após cada evacuação diarreica (100 – 200ml por ter 1 ano) Não utilizar refrigerantes, e não adoçar o chá ou suco Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição: Continuar o aleitamento materno Manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos Se o paciente não melhorar em dois dias, ou se apresentar qualquer um dos sinais abaixo, leva-lo imediatamente ao serviço de saúde: Piora na diarreia Vômitos repetidos Muita sede Recusa de alimentos Sangue nas fezes Diminuição da diurese Orientar a mãe para: Reconhecer os sinais de desidratação Preparar e administrar a solução de reidratação oral Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da [agua e higienização dos alimentos) Administrar zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias na dose de 20mg/dia (por ter mais de 6 meses de idade).
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