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NUTRIÇÃO CLÍNICA Mapeada Elaborado por: Mari Batista Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com DIABETES MELLITUS HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA OBESIDADE DOENÇA RENAL CRÔNICA N U TR IÇ Ã O C LÍ N IC A A p o s ti la d e Material de estudo elaborado em mapas e esquemas coloridos para facilitar a sua compreensão, memorização e aprendizagem dos assuntos de nutrição clínica mais cobrados nas provas de residências e concursos do Brasil. 3 18 29 43 M a p ea d a Fica estritamente proibida a cópia ou retransmissão/compartilhamento parcial ou total desta apostila por qualquer meio sem a autorização escrita e formal da autora. Mari Batista - @nutriapplicada Nutri Aplicada © 2021 . Todos os direitos reservados Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Diabetes Mellitus www.sitebacana.com.br 3 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Tipo 1A Deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais. Tipo 1B Deficiência de insulina de natureza idiopática. O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. DIABETES MELLITUS O que é Diabetes Mellitus? Classificação etiológica Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio. DM tipo 1 Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina. DM tipo 2 DM gestacional FONTE: SBD, 2019-2020 4 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Afeta igualmente homens e mulheres. DIABETES MELLITUS O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina. É mais frequentemente diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens. Diabetes mellitus tipo 1 Forma mais frequente de DM1, confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos. A denominação 1B, ou idiopático, é atribuída aos casos de DM1 nos quais os autoanticorpos não são detectáveis na circulação. Diabetes mellitus tipo 1A Diabetes mellitus tipo 1Bx * Em pacientes sintomáticos, deve-se preferir diagnóstico pelas dosagens diretas de glicemia em vez da determinação de HbA1c. HbA1c: hemoglobina glicada; TOTG: teste oral de tolerância à glicose; DM: diabetes mellitus. FONTE: SBD, 2019-2020 Estágios do DM tipo 1 e suas características Estágios 1 2 3 Autoimunidade Anticorpos positivos Anticorpos positivos Anticorpos positivos Sintomas Ausentes Ausentes Presentes Níveis glicêmicos para diagnóstico Normoglicemia: glicemia de jejum, TOTG e HbA1c normais Disglicemia: níveis glicêmicos alterados, compatíveis com pré- diabetes (jejum entre 100 e 125 mg/dL, 2 horas no TOTG entre 140 e 199 mg/dL, ou HbA1c entre 5,7 e 6,4%) Hiperglicemia evidente e de início recente, critérios clássicos para diagnóstico de DM (glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, 2 horas no TOTG ≥ 200 mg/dL, ou HbA1c ≥ 6,5%*) 5 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Fatores de riscos: História familiar da doença Sedentarismo Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG) Presença de componentes da síndrome metabólica, tais como hipertensão arterial e dislipidemia. Polifagia Emagrecimento inexplicado DIABETES MELLITUS O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. Diabetes mellitus tipo 2 Obesidade Avançar da idade Sintomas clássicos de hiperglicemia Poliúria Polidipsia FONTE: SBD, 2019-2020 6 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Sobrepeso ou obesidade Mais um fator de risco para DM dentre os seguintes: • Hipertensão arterial; • HDL-c < 35 mg/dL e/ou triglicérides > 250 mg/dL; • Síndrome de ovários policísticos; • Sedentarismo; • Acantose nigricans. • Pré-diabetes; • História familiar de DM (parente de primeiro grau); • Raça/etnia de alto risco para DM (negros, hispânicos ou índios Pima); • Mulheres com diagnóstico prévio de DMG; • História de doença cardiovascular; Indicação para rastreamento do DM2 em indivíduos assintomáticos DIABETES MELLITUS Indivíduos com idade < 45 anos FONTE: SBD, 2019-2020 7 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Glicose 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (mg/dL) Glicemia de jejum (mg/dL) DIABETES MELLITUS Critérios laboratoriais para diagnóstico HbA1c (%) Normoglicemia < 140 < 5,7< 100 Glicemia de jejum (mg/dL) Glicose 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (mg/dL) HbA1c (%) Pré-diabetes ou risco aumentado para DM OMS emprega valor de corte de 110 mg/dL para normalidade da glicose em jejum. Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de pré-diabetes. ≥ 100 e < 126 ≥ 140 e < 200 ≥ 5,7 e < 6,5 FONTE: SBD, 2019-2020 FONTE: SBD, 2019-2020 8 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Glicose 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (mg/dL) Glicemia de jejum (mg/dL) HbA1c (%) Diabetes estabelecido DIABETES MELLITUS Critérios laboratoriais para diagnóstico ≥ 126 Glicose ao acaso (mg/dL) ≥ 200 ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia. ≥ 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de DM. Método de HbA1c deve ser o padronizado. Na ausência de sintomas de hiperglicemia, é necessário confirmar o diagnóstico pela repetição de testes. Os critérios diagnósticos para DM1 são semelhantes aos utilizados no DM2. FONTE: SBD, 2019-2020 9 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Atividade física prescrita A recomendação é de atividade física aeróbica moderada (tipicamente, caminhar rápido) por 150 minutos/semana. DIABETES MELLITUS Prevenção ou retardo do diabetes mellitus tipo 2 Medidas não farmacológicas Intervenções farmacológicas Uso de metformina para prevenção do diabetes mellitus tipo 2 Dieta alimentar para perda de, em média, 7% do peso inicial ao longo de 6 meses, ao ritmo de 0,5 a 1,0 kg/mês. Déficit entre 500 e 1.000 calorias/dia em relação ao total necessário para manter-se o peso, com retirada preferencial das gorduras saturadas. Dieta prescrita FONTE: SBD, 2019-2020 10 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com DIABETES MELLITUS Metas de controle metabólico de acordo com sociedades científicas Sociedade Associação Americana de Diabetes (ADA) Glicemia pré-prandial (mg/dL) Glicemia pós-prandial (mg/dL) HbA1c (%) Federação Internacional de Diabetes (IDF) Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE) Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 80 a 130 <180 <160 <140 <100 <110 <115 <160 <7 <6,5 <7 <7 Pacientes hospitalizados A terapia insulínica deverá ser iniciada quando persistirem patamares glicêmicos acima de 180 mg/dL. Uma vez instituída a insulinoterapia, a meta glicêmica recomendada está entre 140 e 180 mg/dL para a maioria dos pacientes críticos e não críticos. 11 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Glicemia pré-prandial (mg/dL) É possível usar padrões alimentares com menor teor de carboidratos para DM2 de forma individualizada e acompanhada por profissional especializado.Não inferior a 130g/dia Proteína DIABETES MELLITUS Terapia nutricional Macronutrientes Mínimo 14 g/1.000 kcal (DM1) 20 g/1.000 kcal (DM2) Não se recomenda adição aos alimentos Máximo 5 a 10% do VET Dar preferência para ácidos graxos monoinsaturados e poli- insaturados; limitar saturados em até 10% e isenta de trans. Micronutrientes Vitaminas e minerais Seguem as recomendações da população sem diabetes. Carboidratos (CHO) Fibra alimentar Frutose Gordura total (GT) Sacarose 45 a 60% 20 a 35% do VET 15 a 20% do VET FONTE: SBD, 2019-2020 12 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Intolerância a carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação atual, sem ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM. Geralmente diagnosticado no segundo ou terceiro trimestres da gestação. Fatores de risco • Idade materna avançada. • Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual. •Deposição central excessiva de gordura corporal. • História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau. • Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG. • Síndrome de ovários policísticos. • Baixa estatura (inferior a 1,5 m). DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus gestacional (DMG) A gestação consiste em condição diabetogênica. Transitório ou não e fator independente para futuro DM2 • Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual. • Hemoglobina glicada ≥ 5,9% no primeiro trimestre. FONTE: SBD, 2019-2020 13 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL HbA1c ≥ 6,5% Na primeira consulta de pré- natal, recomenda-se avaliar as mulheres quanto à presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto. O diagnóstico de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado: DIABETES MELLITUS Recomendações para rastreamento e diagnóstico de DMG Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL na presença de sintomas A confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de sintomas. Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em todas as mulheres na primeira consulta de pré-natal. Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem receber diagnóstico de DMG. FONTE: SBD, 2019-2020 14 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL Toda mulher com glicemia de jejum < 92 mg/dL inicial deve ser submetida a teste de sobrecarga oral com 75 g de glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação, sendo o diagnóstico de diabetes gestacional estabelecido quando no mínimo um dos valores a seguir encontrar-se alterado: DIABETES MELLITUS Recomendações para rastreamento e diagnóstico de DMG Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg/dL Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL Ganho de peso recomendado IMC pré-gestacional (kg/m2) Ganho de peso (kg) total até a 14ª semana Ganho de peso (kg) semanal no 2º e 3º trimestres (a partir da 14ª semana) Ganho de peso (kg) total na gestação Baixo peso < 18,5 Adequado entre 18,5 e 24,9 Sobrepeso entre 25,0 e 29,9 Obesidade ≥ 30,0 1,0–3,0 0,51 (0,44–0,58) 12,5–18,0 1,0–3,0 0,42 (0,35–0,50) 11,5–16,0 1,0–3,0 0,28 (0,23–0,33) 7,0–11,5 0,2–2,0 0,22 (0,17–0,27) 5,0–9,0 FONTE: SBD, 2019-2020 15 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Mínimo diário de 175 g de carboidratos Mínimo de 71 g de proteínas (1,1 g/kg/dia) Deve-se dar preferência ao consumo de alimentos que contenham carboidratos com baixo índice glicêmico. DIABETES MELLITUS Dietoterapia para DMG O valor calórico total prescrito deve ser individualizado 40 a 55% de carboidratos 15 a 20% de proteínas 30 a 40% de gorduras 28 g de fibras Os edulcorantes (aspartame, sacarina, acessulfame- K e sucralose) podem ser usados como alternativa para a substituição da sacarose. FONTE: SBD, 2019-2020 16 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com www.sitebacana.com.br Anotações 17 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Hipertensão Arterial Sistêmica 18 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Agrava-se pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM). Órgãos alvos Coração Cérebro Vasos Retina Rins A Hipertensão arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Mantém associação independente com eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Conceituação Agravada pela presença de outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerência à glicose e Diabete Melito. FONTE: SBC, 2016 19 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Idade: ≥ 60 anos Sexo e etnia: Maior entre mulheres e pessoas de raça negra/cor preta. Excesso de peso e obesidade. Consumo excessivo de sódio. Ingestão de álcool Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas aumenta a PA de forma consistente. Sedentarismo Fatores socioeconômicos: Quanto menor o nível de escolaridade, maior é a prevalência de HA. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Fatores de risco FONTE: SBC, 2016 20 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Hipertensos estágios 1 e 2 com risco CV alto. < 130/80 mmHg* *Para pacientes com doenças coronarianas, a PA não deve ficar < 120/70 mmHg, particularmente com a diastólica abaixo de 60 mmHg pelo risco de hipoperfusão coronariana, lesão miocárdica e eventos cardiovasculares. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Classificação Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificaçã o da PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. CLASSIFICAÇÃO PAS (mm Hg) PAD (mm Hg) Normal Pré-hipertensão Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 Hipertensão estágio 3 ≤ 120 ≤ 80 121-139 140 – 159 160 – 179 ≥ 180 90 – 99 100 - 109 ≥ 110 81-89 Metas pressóricas recomendadas Hipertensos estágios 1 e 2, com risco CV baixo e moderado e HA estágio 3. < 140/90 mmHg PAS= Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica; CV = Cardiovascular FONTE: SBC, 2016 21 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Envolve Medidas nutricionais Controle do estresse Redução do consumo de bebidas alcoólicas Cessação do tabagismo Visa não apenas à redução dos níveis pressóricos,mas também a incoproração de hábitos alimentares saudáveis permamentes. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Conjunto de medidas terapêuticas, não medicamentosa, que visam diminuir a morbimortalidade por meio de modificação do estilo de vida. Terapia nutricional Controle ponderal Prática de atividades físicas FONTE: SBC, 2016 22 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Redução de 3,31/2,04 mmHg com a redução de 3-6 para 1-2 doses/dia Restrição do consumo de sódio Moderação no consumo de álcool HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Seus efeitos sobre a Pressão Arterial. Recomendaçõesdietéticas MEDIDA 20-30% de diminuição da PA para cada 5% de perda ponderal. Manter IMC < 25 kg/m2 até 65 anos. Manter IMC < 27 kg/m2 após 65 anos. Manter CA < 80 cm nas mulheres e < 94 cm nos homens. Redução de 6,7/3,5 mmHg Adotar a dieta DASH Redução de 2 a 7 mmHg na PAS e de 1 a 3 mmHg na PAD com redução progressiva de 2,4 a 1,5 g sódio/dia, respectivamente. Restringir o consumo diário de sódio para 2,0 g, ou seja, 5 g de cloreto de sódio. Limitar o consumo diário de álcool a 1 dose nas mulheres e pessoas com baixo peso e 2 doses nos homens. Redução aproximada da PAS/PAD Recomendação Controle do peso Padrão alimentar Uma dose contém cerca de 14g de etanol e equivale a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho e 45 ml de bebida destilada. PAS= Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica FONTE: SBC, 2016 23 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com O alto consumo de sódio está relacionado com o aumento da PA. O consumo médio do brasileiro é muito alto (11,4 g/dia) O sucesso do tratamento da HA com medidas nutricionais depende da adoção de um plano alimentar saudável e sustentável. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Aspectos nutricionais Dietas radicais resulta em abandono do tratamento. Redução do consumo de sódio Ácidos graxos insaturados Fibras Os ácidos graxos ômega-3 provenientes dos óleos de peixe (eicosapentaenoico – EPA e docosaexaenoico - DHA) estão associados com redução modesta da PA. A ingestão de fibras promove discreta diminuição da PA, destacando-se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada. O consumo de oleaginosas auxilia no controle de vários FRCV. E consumir diferentes tipos de castanha é eficiente para diminuir a PA. Oleaginosas HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial; FRCV = Fatores de Riscos Cardiovasculares FONTE: SBC, 2016 24 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Aspectos nutricionais Laticínios A ingestão de laticínios, em especial os com baixo teor de gordura, reduz a PA. O leite contém vários componentes como cálcio, potássio e peptídeos bioativos que podem diminuir a PA. Vitamina D O alho possui inúmeros componentes bioativos, como a alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína (encontrada no alho processado). Discreta diminuição da PA tem sido relatada com a suplementação de várias formas do alho. O café, apesar de rico em cafeína, substância com efeito pressor agudo, possui polifenóis que podem favorecer a redução da PA. Recomenda-se que o consumo não exceda quantidades baixas a moderadas. Café Níveis séricos baixos de vitamina D se associam com maior incidência de HA. Exceto com a suplementação. Alho HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial FONTE: SBC, 2016 25 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com O chá verde, além de ser rico em polifenóis, em especial as catequinas, possui cafeína. Recomenda-se o consumo em doses baixas. O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo excessivo associa-se com aumento na incidência de HA. Recomenda-se moderação no consumo de álcool. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Aspectos nutricionais Chá verde Chocolate amargo Álcool O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover discreta redução da PA, devido às altas concentrações de polifenóis. HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial FONTE: SBC, 2016 26 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Principal nutriente Laticínios sem ou com pouca gordura Energia, magnésio, potássio, proteína e fibra Potássio, magnésio e fibra Cálcio e proteína Proteína e magnésio 4 a 5/dia 4 a 5/dia 2 a 3/dia 2 ou menos/dia 4 a 5/semana 2 a 3/dia 5/semana Energia HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Características do plano alimentar DASH Energia e fibra Cereais e grãos Grupo de alimentos Porções Hortaliças Frutas Carnes Oleaginosas e leguminosas Gorduras e óleos Doces 7 a 8/dia FONTE: Cuppari, 2019 27 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com www.sitebacana.com.br Anotações 28 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Obesidade 29 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Excesso de adiposidade OBESIDADE Introdução A obesidade é uma doença metabólica crônica e multifatorial. Além dos fatores nutricionais, os aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, culturais, entre outros atuam na origem e manutenção. Definição Aumento exclusivo de massa corporal. Enfermidade crônica na qual há acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo que leva a um comprometimento da saúde. Sobrepeso Obesidade FONTE: ABESO, 2016 30 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com O Ministério da Saúde aceita que no idoso (definido no Brasil como com 60 anos ou mais), o IMC normal varia de >22 a <27 kg/m2 pela diminuição de massa magra e maior risco de sarcopenia (diminuição de massa, força e desempenho muscular e de incapacidade física). OBESIDADE Classificação segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) Valores de IMC menor ou igual a 22,0: idoso com baixo peso. Valores de IMC maior que 22,0 e menor que 27,0: idoso com peso adequado (eutrófico). Valores de IMC maior ou igual a 27,0: idoso com sobrepeso. IMC (kg/m² Classificação Obesidade grau/classe Risco de doença <18,5 18,5 a 24,9 25,0 a 29,9 30,0 a 34,9 35,0 a 39,9 ≥40,0 Magreza ou baixo peso Normal ou eutrófico Sobrepeso ou pré-obeso Obesidade Obesidade mórbida Obesidade severa 0 0 0 I II III Normal ou elevado Normal Pouco elevado Elevado Muito elevado Muitíssimo elevado FONTE: WHO; OMS IDOSOS 31 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com ≥88 Valores da Circunferência da Cintura (CC) considerados como risco para doenças associadas à obesidade/Doenças Cardiovasculares (DCV) Padrões percentuais de gordura corporal, por sexo e risco de comorbidades associadas ao estado nutricional OBESIDADE Mulheres FONTE: WHO; OMS Homens ≥80 ≥94 ≥102 Risco elevado Risco muito elevado MulheresHomens Risco (desnutrição) Abaixo da média Média Acima da média Risco (obesidade) ≤5% 6 a 14% 15% 16 a 24% ≥25% ≤8% 9 a 22% 23% 24 a 31% ≥32% Classificação FONTE: Lohman, 1992 32 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com 20% a 30% de gorduras; 55% a 60% de carboidratos; 15% a 20% de proteínas. OBESIDADE A dieta deve ser prescrita de forma individualizada, levando em consideração o estado de saúde e as preferências do paciente. Tratamento dietético Fibras: entre 20g e 30g/dia Colesterol: não mais que 300g/dia Cloreto de sódio: quantidade adequada à situação biológica individual Líquidos: 1.500ml para cada 1.000kcal Distribuição: sugere-se 6 refeições/dia Adequação de nutrientes Vitaminas e minerais são alcançadas as necessidades totais nos planos de 1.200kcal ou mais FONTE: ABESO, 2016 33 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com OBESIDADE Tratamento dietético 1.000 a 1.500 kcal por dia para mulheres 1.200 a 1.800 kcal por dia para homens Para um déficit de 500 a 1.000 kcal/dia. 1.200 a 1.500 kcal por dia para mulheres 1.500 a 1.800 kcal por dia para homens Para um déficit de 500 a 750 kcal/dia. Redução calórica FONTE: ABESO, 2016 34 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com OBESIDADE O tratamento dietético é mais bem sucedido quando aliado a um programa de modificação comportamental que envolva aumento no gasto energético, promovendo um balanço energético negativo. Tratamento dietético Princípios do comer intuitivoRejeitar a mentalidade de dieta Honrar a fome Fazer as pazes com a comida Desafiar o policial alimentar Sentir saciedade Descobrir o fator de satisfação Lidar com as emoções sem usar a comida Respeitar seu corpo Exercita-se e sentir a diferença Honrar a saúde FONTE: ABESO, 2016 35 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com O tratamento farmacológico é adjuvante das terapias dirigidas com foco na modificação dos hábitos de vida relacionados com orientações nutricionais para diminuir o consumo de calorias na alimentação e exercícios para aumentar o gasto calórico. Deve-se estabelecer o grau de obesidade estando indicado o tratamento medicamentoso quando: Indivíduos com IMC normal e aumento da circunferência abdominal são considerados obesos viscerais e devem ser tratados na presença de comorbidades (associadas à obesidade e síndrome metabólica. OBESIDADE Não deve ser usado como tratamento na ausência de outras medidas não farmacológicas. O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. Tratamento farmacológico IMC maior ou igual a 30 kg/m2; IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m2 na presença de comorbidades (dependendo do medicamento); Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. A história prévia de falência com tentativa com dieta com restrição calórica é suficiente. FONTE: ABESO, 2016 36 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com IMC maior a 40 kg/m² ou 35 kg/m² com uma ou mais comorbidades graves relacionadas com a obesidade. Documentação de que os pacientes não conseguiram perder peso ou manter a perda de peso apesar de cuidados médicos apropriados realizados regularmente há pelo menos dois anos. Tratamento farmacológico Psicoterapia Nas quais a perda de peso induzida em que cirurgicamente é capaz de melhorar a condição. OBESIDADE Pacientes com IMC igual ou superior a 45 kg/m² apresentam uma diminuição da expectativa de vida e um aumento da mortalidade por causa cardiovascular, que pode chegar a 190%. Recurso consistente nos casos de obesidade grave com falha documentada de tratamento clínico. Melhora de comorbidades clínicas. Tratamento cirúrgico Indicações Cirurgia bariátrica Redução nos índices de mortalidade. Idade de 18 a 65 anos Dietoterapia Atividade física FONTE: ABESO, 2016 37 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Dificuldade de compreender riscos, benefícios, resultados esperados, alternativas de tratamento e mudanças no estilo de vida requeridas após o procedimento Absolutas ou relativas Dependência atual de álcool ou drogas ilícitas Doenças psquiátricas graves sem controle Risco anestésico e cirúrgico inaceitável classificado como ASA-IV Banda gástrica ajustável Balão intragástrico (BIG) Derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR) Derivação biliopancreática (DBP/S) com gastrectomia horizontal – técnica de Scopinaro Derivação biliopancreática com duodenal switch (DBP/DS) Gastrectomia vertical (ou em manga, sleeve) OBESIDADE Exemplo: Síndrome de Cushing, mas não a obesidade hipotalâmica intratável Contraindicações Tratamento cirúrgico Causas endócrinas tratáveis de obesidade Técnicas cirúrgicas FONTE: ABESO, 2016 38 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Oferecer um plano de restrição energética Objetivos nutricionais Contribuir para a redução do risco cirúrgico Tratar as deficiências nutricionais Contribuir para a melhora dos sintomas gastrintestinais indesejados Promover expectativas reais de perda de peso Preparar e instruir o paciente sobre alimentação/suplementa ção no pós operatório. OBESIDADE ATENÇÃO DIETÉTICA Pré-operatório Adaptção às alterações na fisiologia Estimular o desenvolvimento e atenção para a sua própria alimentação. Visando o emgrecimento no pré-operatório Modificar hábitos alimentares inadequados FONTE: Cuppari, 2019 39 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Ainda não há consenso OBESIDADE Modificação da dieta em relação a consitência e fatores nutricionais. ATENÇÃO DIETÉTICA Pós-operatório Permitir que o paciente entenda que sua nova condição exige um cuidado nutricional especial. Pretende-se facilitar a adaptação do novo trânsito digestivo. Evolução da dieta pós-operatória Dieta líquida de prova FONTE: Cuppari, 2019 Primeira dieta prescrita após jejum pós-operatório; Ingestão de líquidos de maneiras fracionada; Duração média de 2 dias; Composta por água, água de coco, chás claros e bebidas isotônicas. Dieta líquida mínima em resíduos Restrita quanto a seu conteúdo de resíduos; Requer mínimo trabalho digestivo; Pode ser oferecidos refrescos de frutas naturais bem diluídos e coados, caldos bem cozidos de legumes com temperos naturais e mínimo de sal; NÃO deve conter leite, derivados ou açúcares de adição; Inadequada quanto as necessidades nutricionais; Deve ser mantida por curto período (5 a 10 dias). 40 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Dieta pastosa Dieta branda Dieta normal Requer o mínimo de mastigação; Recomenda-se que seja iniciada de 10 dias a 1 semana antes de completar 1 mês do pós-operatório; As preparações incluem: carnes moídas ou desfiadas, arroz "papa", macarrão e purês de legumes; Digestibilidade ainda facilitada, mas requer maior integridade funcional do processo digestivo e absortivo; Cuidado para evitar preparações de alta densidade, como doces em geral; Orientar para que no almoço e jantar a refeição seja inicidada pelas proteínas. Pode durar de 1 a 2 semanas; Pode incluir nas preparações leite, iogurtes, carnes e outras fontes proteicas; Não há necessidade de se coar as preparações, basta liquidificar; Os líquidos devem ser consumidos lentamente e de acordo com a capacidade gástrica; Sucos e outros líquidos não devem conter açúcar de adição (para evitar a síndrome de dumping); Geralmente se inicia a suplementação de micronutrientes. FONTE: Cuppari, 2019 Não envolve qualquer restrição; Etapa final da evolução dietética pós-operatória; Deverá ser adequadamente fracionada (5 a 6 refeições por dia); Incentivar o consumo de 80g a 100g de proteínas diariamente; Ingestão de frutas e hortaliças deve ser estimulada; Consumo de massas presentes, mas não pode ser a base da alimentação; Indicação formal e permanente de suplementos polivitamínicos e minerais; A distribuição de macronutrientes deve seguri a distribuição normal, com atenção à qualidade. OBESIDADE ATENÇÃO DIETÉTICA Pós-operatório Dieta líquida completa Bastante semelhante à dieta normal; Possui características que conferem melhor digestibilidade; Restrição do teor de fibras e lipídeos na dieta; Alguns pacientes não toleram alimentos ácidos, flatulentos e condimentados; Não há restrição quanto ao período de permanência nesta dieta; Evolução para deita normal de acordo com a tolerância; Geralmente a dieta branda é mantida por 1 mês. 41 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com www.sitebacana.com.br Anotações 42 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Doença Renal Crônica 43 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Presentes por mais de 3 meses. Que tragam implicações para a saúde. Baseado em três componentes: Um componente anatômico ou estrutural (marcadores de dano renal) Por um período maior ou igual a 3 meses, apresenta TFG > 60 mL/min/1,73m² associada a alguma evidência de lesão na estrutura renal (anormalidade urinária: hematúria glomerular, microalbuminúria, proteinúria, alteração em exame de imagem como cistos renais, anormalidades histológicas e história de transplante renal). TFG < 60 mL/min/1,73m² ou Microalbuminúria: Excreção urináriaem 24 horas de 30mg a 300mg de albumina. Um componente temporal Termo genérico de desordens heterogêneas que afetam a estrutura e a função dos rins. DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Definição Um componente funcional (baseado na Taxa de Filtração Glomerular - TFG) Proteinúria ou macroalbuminúria: Excreção urinária em 24 horas superior a 300mg de albumina. FONTE: Cuppari, 2019 É portador de DRC qualquer indivíduo que: 44 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com 1 Normal ou elevada ≥90 - Monitorar Encaminhar DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Estadiamento da DRC de acordo com a Taxa de Filtração Glomerular e albuminúria Es tá gi os d e TF G ( m L/ m in /1 ,7 3m ²) 2 Redução leve 60 a 89 - Monitorar Encaminhar 3a Redução leve a moderada 45 a 59 Monitorar Monitorar Encaminhar 3b Redução moderada a grave 30 a 44 Monitorar Monitorar Encaminhar 4 Redução grave 15 a 29 Encaminhar Encaminhar Encaminhar 5 Falência renal < 15 Encaminhar Encaminhar Encaminhar TFG: Taxa de Filtração Glomerular RAC: Razão Albumina/Creatinina Nota: Na ausência de evidência de dano renal, os estágios 1 e 2 não preenchem os critérios para DRC. FONTE: Adaptada de Kdigo, 2013. Estágios de albuminúria persistente RAC(mg/g) Normal a levemente aumentada Moderadamente aumentada Gravemente aumentada < 30 30 a 300 > 300 A1 A2 A3 Baixo risco (monitorar 1 vez/ano se presença de DRC) Risco moderadamente aumentado (monitorar 1 vez/ano) Alto risco (monitorar 2 vezes/ano) Risco muito alto (monitorar 3 vezes/ano) Risco muito alto (monitorar 4 vezes/ano ou mais) 45 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Portadores de hipertensão arterial sitêmica Risco elevado Risco moderado Portadores de diabete melito Portadores de doença cardiovascular Idosos Indivíduos com história familiar de DRC Portadores de glomerulopatias Transplantados renais com rejeição crônica Indivíduos expostos a drogas nefrotóxicas Indivíduos com infecção sistêmica e neoplasias DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Indivíduos com risco de desenvolver DRC Portadores de litíase renal, uropatia obstrutiva FONTE: Cuppari, 2019 46 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Neurológicos periféricos Cardiovasculares e pulmonares Insônia/sonolência Tremor Fadiga Dificuldade de concentração Irritabilidade DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Neurológicos centrais Principais sinais, sintomas e manifestações clínicas da DRC Redução de reflexos Fraqueza muscular Neuropatia autônoma Cãibras Soluço Pericardite Hipertensão arterial Aterosclerose acelerada Insuficiência cardíaca Arritmia Edema Edema agudo de pulmão Disfunção endotelial Dermatológicos Pele seca Prurido Equimoses Conjuntivite Dificuldade de cicatrização FONTE: Cuppari, 2019 47 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo Desnutrição energético-proteica Fraqueza muscular Acidose metabólica Hiperparatiroidismo Intolerância à glicose Resistência à insulina Dislipidemia Hipoalbuminemia Hipercatabolismo proteico Redução da libido Impotência Hipotermia Anorexia Náusea/vômito Soluço Gastrite Sangramento digestivo Hálito urêmico DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Principais sinais, sintomas e manifestações clínicas da DRC Hematológicos e imunológicos Anemia Sangramento Disfunção granulocítica Disfunção dos linfócitos Imunodeficiência Suscetibilidade a infeções Inflamação Metabólicos e hormonais Gastrintestinais FONTE: Cuppari, 2019 48 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Terapia renal substitutiva (diálise) Anemia normocrômica e normocítica Elevações discretas, mas constantes nas concentrações plasmáticas de ureia e creatinina. DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Parâmetros bioquímicos e hematológicos Sódio, potássio, cálcio e fósforo permanecem normais ou muito próximo do normal até os estágios mais avançados da doença. O PH é mantido até nas fases mais avançadas da doença, porém com queda progressiva nos níveis de bicarbonato. Pode ocorrer elevação plasmática de potássio, fósforo e paratormônio (PTH) e redução do calcitriol (1,25 di-hidroxivitamina D). Diminuição na concentração da hemoglobina como consequência da redução da produção de eritropoietina pelos rins. FONTE: Cuppari, 2019 Terapêutica empregada para remoção de solutos urêmicos anormalmente acumulados e do excesso de água; Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico e acidobásico do organismo. 49 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Redução concomitante de massa e função musculares Mobilidade limitada Enfermidades crônicas/inflamatórias Envelhecimento DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC A prevalência de desnutrição na população de pacientes com DRC é elevada e varia entre 37 e 48%. Estado nutricional na DRC Estado inflamatório aumenta o catabolismo proteico e diminui o apetite. Desnutrição FONTE: Cuppari, 2019 Ação das citocinas pró-inflmatórias Sarcopenia Outras causas: 50 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Distúrbios nutricionais frequentes nesta população Avaliação nutricional Não existe um protocolo único para avaliação do estado nutricional e nenhum parâmetro isolado é capaz de fornecer informação ampla sobre a condição nutricional do paciente. OBJETIVOS: Medidas antropométricas, bioquímicas, consumo alimentar e força de preensão manual. SUBJETIVOS: Avaliação Global Subjetiva (ASG). Combinação de métodos DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Estado nutricional na DRC Sobrepeso e obesidade Fator de risco independente para o desenvolvimento da DRC. Estudos indicam a obesidade como um fator protetor na sobrevida, principalmente nos pacientes em hemodiálise. A maior reserva corporal dos pacientes obesos pode conferir proteção frente aos episódios de catabolismo proteico. Capaz de detectar, diagnosticar, classificar e apontar os indivíduos em risco nutricional. FONTE: Cuppari, 2019 O peso e demais parâmetros antropométricos devem ser obtidos após a sessão de diálise ("peso seco"). 51 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Possibilita avaliar a ingestão proteica independentemente do relato do paciente. DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Marcadores bioquímicos mais utilizados na avaliação nutricional do paciente com DRC Parâmetro FONTE: Cuppari, 2019 Limite de normalidade Valores desejados na DRC Albumina (g/dL) 3,5 a 5 > 3,8 a 4 Pré-albumina (mg/dL) 19 a 38 > 30 Transferrina (mcg/dL) 250 a 450 DLN Colesterol (mg/dL) < 200 100 a 200 PNA (g/kg/dia Depende da fase da DRC Ingestão proteica Fase não dialítica: 0,6 a 0,8 Hemodiálise: 1,2 Diálise peritoneal: 1,3 DLN: Dentro dos limites de normalidade PNA: Equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio A ingestão de proteína pode ser também estimada a partir de equações que empregam a geração de nitrogênio ureico em qualquer fase da doença. 52 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Principais objetivos Prevenir as complicações Tratar as comorbidades Preparar o paciente para a Terapia RenalSubstitutiva (TRS) Medidas que retardam a progressão da DRC Equipe multiprofissional DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Tratamento da DRC Fase não dialítica ou tratamento conservador Restrição de sódio para controle da pressão arterial sistêmica e proteinúria Prevenção e tratamento da obesidade e desnutrição Manutenção da hemoglobina glicada: Entre 6,5 e 7% Retardar o ritmo de progressão da disfunção renal FONTE: Cuppari, 2019 Controle da pressão arterial: <130/80mmHg Tratamento da dislipidemia Correção da anemia e acidose metabólica Controle de ingestão proteica 53 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Terapia nutricional na fase NÃO DIALÍTICA Utilizar o peso desejável ou ajustado para o cálculo das recomendações caso a adequação do peso seja superior a 115% ou inferior a 95%. A restrição de proteínas e fósforo protege o rim contra danos subsequentes e reduz o ritmo da progressão da doença renal. FONTE: Cuppari, 2019 Recomendação de proteína Estágios 1 e 2 (TFG >60mL/min) Normal- 0,8 a 1,0 g/kg/dia Estágios 3 (TFG 30 a 59 mL/min) 0,6 a 0,75* g/kg/dia Estágios 4 (TFG 15 a 29 mL/min) 0,6 a 0,75* g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia suplementada com AAE e cetoácidos 0,6 a 0,75* g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia suplementada com AAE e cetoácidos Estágios 5 (TFG <15 mL/min) Diabete descompensado 0,8 g/kg/dia Proteinúria >3 g/24h 0,6 a 0,8 g/kg/dia 0,8 + 1g de proteína para cada g de proteinúria Recomendação de energia > 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia < 60 anos 35 kcal/kg/dia Carboidratos 50 a 60% do valor energético total Lipídios 25 a 35% do valor energético total TFG: Taxa de Filtração Glomerular AAE: Aminoácidos essenciais *Para pacientes que tenham muita dificuldade em aderir a maior restrição FONTE: Cuppari, 2019 54 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Terapia nutricional na fase DIALÍTICA Diálise peritoneal Principal consequência é a arritmia cardíaca Pode ser fatal Recomendações de proteína e energia DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Pacientes apresentam o fator adicional da perda diária de proteínas, que pode variar entre 5 e 15g/dia. Proteína (50% de alto valor biológico) Energia Hemodiálise 1,1 a 1,2 g/kg/dia Diálise peritoneal 1,2 a 1,3 g/kg/dia Hemodiálise e diálise Peritoneal 30 a 35 kcal/kg/dia Hemodiálise FONTE: Adaptado de KDOQI, 2000; Fouque et al., 2007 POTÁSSIO Hiperpotassemia ou hipercalemia: > 5,5 mEq/L 55 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Acidose metabólica Constipação crônica e grave Uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina Uso de betabloqueadores Condições de hipercatabolismo Deficiência de insulina ou hiperglicemia Uso de diuréticos poupadores de potássio Elevada concentração de potássio na solução de diálise DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Fatores não dietéticos e condições clínicas que podem promover hiperpotassemia FONTE: Adaptada de Fouque et al., 2007. Recomendações de eletrólitos, minerais e líquidos Fase não dialítica Hemodiálise Diálise peritoneal Potássio (mEq/dia) 50 a 70 50 a 70 70 a 100 Sódio (mg/dia) 2.000 a 2.300 2.000 a 2.300 2.000 a 3.000 Fósforo (mg/dia) 700 800 a 1.000 800 a 1.000 Cálcio (mg/dia) 1.400 a 1.600 Máximo 2.000 (dieta + quelantes de P à base de CA) Máximo 2.000 (dieta + quelantes de P à base de CA) Ferro (mg/dia)* Homens: 8 Mulheres: 15 Homens: 8 Mulheres: 15 Homens: 8 Mulheres: 15 Homens: 10 a 15 Mulheres: 8 a 12 Zinco (mg/dia)** Homens: 10 a 15 Mulheres: 8 a 12 Homens: 10 a 15 Mulheres: 8 a 12 500 a 1.000 mL/dia + diurese de 24h Selênio (mcg/dia) 55 55 55 Líquidos (mL/dia) Sem restrição Individualizada * Avaliar necessidade de suplementação ** Não deve ser suplementado, salvo se a ingestão energética e proteica for insuficiente e se o paciente apresentar sintomas de deficiência de zinco (diminuição do paladar/olfato, pele sensível, impotência e neuropatia periférica). 56 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Recomendação diária de suplementação com vitaminas Nos procedi mentos dialíticos oc orrem perda de vitamina s, principalme nte as hidrossolúv eis (Vitamin a C e do comp lexo B). DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Conservador Hemodiálise Diálise peritoneal Vitamina A e K Não suplementar Não suplementar Desconhecido Vitamina E (UI) 400 a 800 400 a 800 400 a 800 Tiamina (mg) 1,1 a 1,2 1,1 a 1,2 1,1 a 1,2 Riboflavina (mg) 1,1 a 1,3 1,1 a 1,3 1,1 a 1,3 Vitamina B6 (mg) 5 10 10 Vitamina B12 (mcg) 2,4 2,4 2,4 Vitamina C (mg) 75 a 90 75 a 90 75 a 90 Ácido fólico (mg) 1 1 1 Niacina (mg) 14 a 16 14 a 16 14 a 16 Biotina (mcg) 30 30 30 Ácido pantotênico (mg) 5 5 5 Vitamina D Individualizado Individualizado Individualizado FONTE: Adaptada de Fouque et al., 2007. As vitaminas A e K somente devem ser suplementadas caso haja deficiência. 57 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com Composto neurotóxico Soluço persistente Confusão mental Insônia Convulsão Carambola DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC Indivíduos portadores de DRC não devem consumir carambola e nenhum de seus subprodutos (suco, geleia, doce, sorvete etc). FONTE: Cuppari, 2019 Caramboxina Sintomas comuns Vômitos Agitação Diminuição da força muscular Pode ser fatal 58 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com www.sitebacana.com.br Anotações 59 Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com www.sitebacana.com.br Referências Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidadee da Síndrome Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP CUPPARI, Lilian. Nutrição clínica no adulto. 4. ed. Barueri Sp: Manole, 2019. CALIXTO-LIMA, Larissa; GONZALEZ, Maria Cristina. Nutrição clínica no dia a dia. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2017. 308 p. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83 SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-2020. São Paulo: Clannad; 2019. 60 "Estude com dedicação e nada no mundo poderá afastar você dos seus sonhos." Licenciado para - A lice P ereira da S ilva - 00792975367 - P rotegido por E duzz.com
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