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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD Pedagogia / UERJ Escola, Violência e Direitos Humanos Articulação Acadêmica: Profª.Aura Helena Ramos Mediação Pedagógica: Prof.Guilherme Pereira e Profª .Rosana de Assis ALUN@: Kizzy da Silva Guimarães PÓLO: Itaguaí ROTEIRO DE OFICINA PEDAGÓGICA Tema: Com qual penteado vamos criar uma sociedade antirracista? Coordenação: Kizzy da Silva Guimarães Público: 2º ano do Ensino Fundamental Apresentação / justificativa Como afirma a filósofa Ângela Davis, sabemos que “numa sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Com isso surge um questionamento: “qual o lugar da escola na construção de uma sociedade antirracista?” Diariamente, meninas e meninos negros, sofrem discriminação em contextos coletivos. O preconceito e a injúria racial são formas de violência bastante presentes nas escolas e por isso, é muito necessário que educadores estejam comprometidos para o enfrentamento do racismo e, sobretudo, para a valorização das diferenças e da pluralidade na busca de uma sociedade inclusiva, justa e equitária. Nesse sentido, o educador precisa valorizar personagens negros em diferentes funções sociais, ocupando cargos de liderança, destacando as configurações do cotidiano em homens e mulheres negras tenham suas trajetórias (re)conhecidas em lugares de respeito e admiração a fim de que as crianças internalizem de maneira natural os valores civilizatórios afro-brasileiros: ancestralidade, memória, musicalidade, comunitarismo, ludicidade, circularidade... assim como ensina Azoilda Loretto Trindade. É fundamental que os currículos estejam voltados a ampliar as referências das crianças, colocando-as em contato com os elementos que formam cada grupo étnico brasileiro, para que elas sejam capazes de compreender a complexidade dessas identidades e, assim, se afirmar não apenas pela cor da pele ou do cabelo, mas também por outros elementos. Compreendendo o compromisso da ação docente frente a urgência de povoar o imaginário das crianças com as riquezas e potencialidades da negritude, essa oficina se justifica em propor uma atividade que compõe uma visão antirracista para a educação através da valorização da diversidade das estéticas a partir da literatura com protagonismo e de autoria negra, roda de conversa e expressões artística, que ampliar as referências das crianças e suscitar reflexões sobre as contribuições do continente- mãe, ancestralidade, vínculo familiar e sororidade. A partir dos conceitos aqui expostos, as crianças serão encorajadas a partilhares seus saberes e experiências pessoais, sendo capazes de dialogar com as narrativas do grupo num espaço de trocas e autorias. Objetivos - Reconhecer e valorizar os diferentes aspectos que compõem a sua identidade; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD - Respeitar e acolher as diversidades, respeitando também as diferentes narrativas trazidas nas rodas de conversa, - Levantar hipóteses sobre atitudes inclusivas, que acolham as diferenças e valorizem a pluralidade. - Compreender os conceitos de ancestralidade e sororidade, articulando com os aspectos do seu próprio contexto familiar. Material • Livro: “Com qual penteado eu vou” • Papel A3 • Lápis grafite • Nankim / cotonete • Tinta guache: preto, marrom e branco • Suportes para mistura de tintas (para criar uma paleta de tons de pele) • Pincéis DESENVOLVIMENTO Tempo total aproximado: 1hora e 50min Sensibilização Após a leitura da história “Com qual penteado eu vou?’ fazer uma breve apresentação da autora e do ilustrador. (15 min) Aprofundamento Em roda de conversa, a coordenadora coloca reparo sobre como as ilustrações retratam a diversidade através das representações dos personagens (vitiligo, albinismo, Síndrome de Down), incentivando as crianças a participarem trazendo suas percepções e opiniões. Provocações possíveis: “Quantos daqui se reúnem com suas famílias para comemorar?” “Nas famílias de vocês as comemorações reúnem poucos ou muitos familiares?” “Como se organizam as comemorações: quem prepara a comida? Quem arruma a festa? O que as crianças fazem?” Articular as memórias trazidas pelas crianças com elementos da história contada, colocando reparo na diversidade da família da narrativa. [As ilustrações trazem diferentes representações. Responder com clareza aos questionamentos que surgirem] (20 min) Reflexão Criativa Em pequenos grupos, e com auxílio do espelho, as crianças identificam e trocam ideias sobre detalhes de seus corpos (cor da pele, cor dos olhos, textura dos cabelos, formato do nariz). A mediação da coordenadora traz a consciência de que todas as pessoas têm valor. As diferenças de rosto, cabelo, nariz, precisam ser valorizadas e apreciadas, pois carregam história. (30 min) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD Em seguida tentam reproduzir o tom da sua pele misturando as tintas marrom e branco. No coletivo, iremos analisar os tons de pele criados pelas crianças e formar uma paleta com todas as cores criadas. Daremos o nome de “Paleta da Diversidade” Proposição/desdobramento Após a observação de suas faces ao espelho, as crianças irão produzir autorretratos, em folha A3, com nanquim e cotonete, inserindo os elementos que reconhecem como característicos de suas identidades e colorindo com as cores da Paleta da Diversidade. (45 min) Avaliação Construção coletiva de mural com os desenhos criados. Uma criança por vez fixa seu retrato no mural e compartilha sua opinião quanto à experiência da oficina.
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