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INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS – Campus Salinas Nome: Larissa Rodrigues Dias De Oliveira Primeiro Semestre - Medicina Veterinária Biologia Celular Vírus: ocupação de risco Os nossos sentidos sensoriais auxiliam nas interpretações da realidade, sociedade e percepções do mundo. A visão pode ser considerada o sentido mais importante na compreensão dos eventos cotidianos. Embora seja ampla a gama de acontecimentos que podemos enxergar no dia a dia, a vida em nosso planeta é muito mais do que a visão humana pode reconhecer. Assim sendo, bilhões de microrganismos habitam os diferentes biomas da terra, bem como microbioma humano, agindo diretamente nos processos fisiológicos. O convívio social sofreu diferentes alterações nos últimos anos diante da infecção gerada por pequenos parasitas intracelulares obrigatórios invisíveis a olho nu, conhecidos por SARSCov-19, doença que gerou impactos nas perspectivas biopsicossociais, econômicas, culturais e políticas em todo o mundo. Os vírus são acelulares e por esse motivo, muitos pesquisadores não os consideram seres vivos, isso em função da necessidade de ocupar uma célula viva para se replicar e gerar novas partículas virais. Por se tratar de uma estrutura simples, esses agentes são constituídos de material genético (DNA ou RNA) - com exceção do Mimivírus, que apresenta em seu genoma os dois ácidos nucleicos -, um capsídeo e, em alguns casos, um envelope. Os vírus compostos por DNA conseguem utilizar uma célula viva para benefício próprio na formação de proteínas virais. Já os vírus compostos por RNA necessitam de uma enzima conhecida como transcriptase reversa, a qual forma o DNA complementar para a formação das proteínas virais (RNA -> DNA -> RNA -> PROTEINA). Ao infectar uma célula saudável, esses parasitas utilizam o aparato enzimático da célula hospedeira, redirecionando o metabolismo celular para sintetizar seus componentes e garantir sua perpetuação na natureza. Ao adquirir essas características, os vírus se tornam potencialmente patogênicos, uma vez que sua replicação fornece a multiplicação do seu material genético e, após maturação, a quantidade de vírus produzidos no interior da célula viva é tão grande que essas sofrem lise celular, liberando novas partículas virais que entrarão em outras células. O mecanismo de replicação viral favorece as frequentes mutações, burlando, assim, o sistema imune do indivíduo e se tornando uma infecção grave, que pode variar entre sintomas gripais leves a insuficiência respiratória aguda grave. Por se tratar de uma condição nova, o COVID gerou muitas dúvidas e desafios aos pesquisadores, profissionais da saúde e todas as pessoas nas diferentes regiões do mundo. Medidas de distanciamento social, mediante isolamento - um método arcaico – foi a única alternativa para conter o contágio pelo coranavírus nos momentos críticos da doença, além de medidas protetivas com álcool em gel e máscaras, na tentativa de minimizar os índices assustadores de transmissões e mortes por dia. O desenvolvimento de uma vacina vinha a ser o ato de extrema necessidade para a proteção individual e coletiva. Esforços múltiplos dos cientistas, que trabalharam incansavelmente para o desenvolvimento de uma vacina antiviral, conteve a mortalidade pelo COVID-19 após cerca de dois anos tenebrosos. A contenção do vírus, no entanto, ainda não é totalmente efetiva, mas a vida tomou novos significados para além do que podemos ver. Referências: STEPHENS, P. R. S. et al. Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde, vol. 4, p.125-220. Rio de Janeiro, 2010. Acessado em 11 de julho de 2022. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap2.pdf https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap2.pdf
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