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Objetivos OBJETIVO 1: Revisar a morfofisiologia do reto e ânus OBJETIVO 2: Compreender a etiologia, fisiopatologia, fatores de risco, epidemiologia, manifestações clinicas, diagnóstico da constipação intestinal e hemorroida RETO e ânus ANATOMIA O reto é uma câmara que começa no fim do intestino grosso, imediatamente após o cólon sigmoide, e que termina no ânus. Em geral, o reto permanece vazio, pois, antes de chegarem ao reto, as fezes ficam armazenadas no cólon descendente. O ânus é a abertura na extremidade do tubo digestivo, através da qual as fezes saem do corpo. HISTOLOGIA RETAL Mucosa: composta por epitélio intestinal com enterócitos colunares simples e numerosas células caliciformes. Na zona de transição anal o epitélio colunar (cilíndrico) se achata mais e mais e eventualmente se torna epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado não queratinizado. Submucosa: tecido conjuntivo frouxo, folículos linfoides e plexo de Meissner Muscular: musculatura interna circular e externa longitudinal. Contempla o plexo de auerbach. A musculatura anular continua até o músculo esfíncter anal externo dentro do sistema esfinctérico enquanto a musculatura longitudinal continua como o músculo corrugador da pele anal, inserindo-se na pele ao redor do ânus. Serosa: HISTOLOGIA DO CANAL ANAL • Zona colorretal: É equivalente à estrutura histológica do reto com epitélio colunar (cilíndrico) simples. Pregas de membrana mucosa preenchidas com pequenas artérias formam coxins na parede. • Zona de transição: Ela lembra a estrutura histológica do reto, mas apresenta tanto epitélio colunar (cilíndrico) quanto epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado. São características as pregas mucosas transversais com criptas e glândulas anais (ductos epiteliais tubulares). • Anoderma (“zona branca”): Ela possui epitélio estratificado escamoso (pavimentoso) não queratinizado, que é associado com o esfíncter anal interno. Essa zona apresenta neurônios sensitivos densamente agrupados, registrando o status do conteúdo intestinal (ex.: sólido, líquido ou gasoso). • Zona cutânea: Ela é igual à estrutura histológica da pele, com epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado queratinizado. É fortemente pigmentada e possui todas as estruturas associadas com a pele, como suor e glândulas sebáceas, corpúsculos de Pacini e folículos pilosos. Constipação Intestinal e Hemorroida https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/histologia-do-neuronio Acima da linha denteada: artéria hemorroidal/retal superior e veia hemorroidal/retal superior Abaixo da linha denteada: artérias e veias hemorroidais/retais médias • O nervo pudendo é responsável pela inervação sensorial. FISIOLOGIA O reto é a última parte do intestino grosso. As fezes são espessadas através da absorção de água e misturadas com muco. O reto possui o mecanismo de defecação, ou seja, quando as fezes entrarem na ampola retal, que usualmente está vazia, são estimulados os receptores de elasticidade. A informação é transferida ao sistema nervoso central, dando ao indivíduo a vontade de defecar. Ele pode então decidir iniciar ou atrasar a defecação relaxando ou contraindo o músculo levantador do ânus e o músculo esfíncter anal externo. Entretanto o aumento da pressão na ampola leva a um crescente relaxamento involuntário dos músculos lisos corrugador da pele do ânus e esfíncter anal interno (reflexo inibitório retoanal), que é o motivo pelo qual reter fezes por um prolongado período envolve um “esforço” crescente. O reto suporta a defecação através de contração. Adicionalmente a pressão intra-abdominal é aumentada através de contração voluntária do diafragma e músculos abdominais (pressão abdominal). Constipação intestinal INTRODUÇÃO • Segunda causa mais frequente de visita ao gastroenterologista • Definida pela evacuação intestinal abaixo de 3 vezes/semana • Não se deve fixar apenas ao número de evacuações, mas também a qualidade delas • Situação que acomete tanto crianças quanto adultos • Na maioria dos casos não se encontra causa orgânica, o que define ela como constipação intestinal funcional • Não é uma doença, mas sim um sintoma • O diagnóstico é tão amplo quanto o de dor abdominal • Apresenta diferentes significados para diferentes pacientes, dependendo do que cada um considera o padrão normal da defecação. O paciente pode querer dizer que as fezes estão muito pequenas, dura, difíceis de serem expelidas ou que as evacuações são muito frequentes. Ainda podem relatar que persiste a sensação de evacuação incompleta após defecação CARACTERISTICAS FISICAS DAS FEZES: Tamanho: o calibre não consegue ser dimensionado adequadamente devido a deformação do bolo fecal ao passar pela região anorretal e pela forca da gravidade durante o ato da defecação Comprimento: 90% das pessoas esvaziam apenas o reto ao evacuar, 10% esvaziam o cólon desde a flexura esplênica até o anus. Peso fecal: 35-450g em homens e de 5 a 335g em mulheres. Tem-se uma ampla variação devido ao teor de fibras da dieta Consistência: pode ser determinada através da forca necessária para fazê-las passar por um tubo fino ou observando a profundidade da penetração de um objeto no bolo fecal Frequência: parâmetro mais difícil de se avaliar; pessoal em geral evacuam 1x/dia e raramente alguém evacua menos de 5x/semana. A frequência pode ser alterada por: desequilíbrio na dieta, cultura, atividades físicas, educação e fatores emocionais Escala de Bristol: usada para definir o formato das fezes https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-central https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma EPIDEMIOLOGIA Um dos sintomas mais comuns na medicina, perdendo apenas para dor abdominal A incidência varia de acordo com: • Idade: a ocorrência aumenta após os 60 anos. A etiologia desses casos é multifatorial, incluindo comorbidades, diminuição da motilidade, defecação e medicamentos. • Sexo: meninos tem maior incidência que meninas, porém isso se inverte na vida adulta, tornando-se mais frequente na mulher. • Sedentarismo: menor frequência e mais dificuldade para evacuar ETIOPATOGENIA: A constipação pode ser classificada em 3 tipos: Primaria: alterações nos hábitos de vida Secundaria ou orgânica: decorrente de patologias Idiopática ou funcional: sem causa aparente CONSTIPACAO INTESTINAL PRIMÁRIA: Também chamada de constipação simples, é aquela provocada por situações inerentes aos hábitos de vida ou situações banais. Neste caso a anatomia do órgão está preservada As causas podem ser: • Ingesta de alimento inadequada: redução de fibras, desnutrição (90% dos casos), baixa ingesta de líquidos • Sedentarismo: inatividade + postura inadequada para evacuar, músculos diafragmáticos, pélvicos e abdominais debilitados pela inatividade resultam em constipação • Gravidez: alterações hormonais e compressão extrínseca do útero sobre o intestino • Perda do reflexo da evacuação: a maioria das pessoas evacua após a primeira refeição do dia, o que se denomina como reflexo gastrocólico. O bloqueio repetido do desejo de evacuar promove alterações nos mecanismos sensoriais, de forma que a chegada de mais fezes no reto não é capas de promover a vontade de evacuar • Viagens: é comum a mudança no hábito intestinal e evacuatórios. Volta ao normal com a rotina • Posição: a posição ereta adquirida pelo homem dificulta a evacuação devido as angulações no estomago e alças intestinais, através dos ligamentos e flexuras, que funcionam como um obstáculo mecânico • Condição insalubre de sanitários: pode inibir reflexo da evacuação CONSTIPACAO INTESTINAL SECUNDÁRIA: Decorrente de doença sistêmica, por iatrogenia ou então problemas psicossociais Situações frequentes são: doença do cólon, doenças neurológicas, distúrbios endócrinos,medicamentos e distúrbios psiquiátricos Doenças do cólon: Qualquer condição que provoque estreitamento do lúmen ou bloqueio mecânico do lúmen. Lesões extra lumiais como cistos ovarianos, miomas, tumores de próstata, podem causar obstrução intestinal por compressão extrínseca O dolicocólon é uma alteração frequente, que se caracteriza pelo alongamento do intestino grosso, especialmente do cólon esquerdo e sigmoide, mas nem sempre apresenta sintomas, é apenas um achado radiológico OBS: • Sempre que acompanhada de hemorragia, a constipação pode ser o primeiro sintoma de câncer de colón ou reto • Certos tipos de patologias neuromusculares como miopatias, distrofias e doenças escleroatróicas podem acometer a parede intestinal, resultando em constipação. • Qualquer lesão do reto ou anus pode impedir a evacuação e resultar em constipação devido a dor. As lesões que mais causam esse problema são abcessos, fissuras, prolapsos, retocele e tumores. Em alguns casos, pode-se ter estenose anorretal Doenças neurológicas: • Lesões do sistema nervoso central ou periférico produzem constipação • Tanto a diminuição quanto aumento da concentração neuronal no intestino (hipo e hiperganglionose) podem causar constipação • Em algumas situações o número de neurônios é normal, porém ineficaz em sua funcionalidade OBS: • A doença de chagas (megacólon chagásico) é uma das causas mais frequentes de constipação, devido a destruição dos plexos da musculatura lisa do intestino, especialmente o plexo de Auerbach Distúrbios endócrinos e metabólicos: • Pacientes com pseudo-hipoparatireoidismo apresentam em geral constipação intestinal grave como único sintoma, que desaparece com normalização de calcemia • Os distúrbios metabólicos quase sempre geram diminuição de água no organismo, além de redução do peristaltismo, evoluindo para constipação intestinal Medicamentos: Um grande número de drogas pode resultar em constipação, principalmente o abuso de laxativos, que lesionam as estruturas nervosas do cólon Distúrbios psiquiátricos • Pacientes que sofrem de depressão, ansiedade e distúrbios psiquiátricos como psicose, neurose e anorexia nervosa, apresentam como queixa a constipação intestinal. • Muitas vezes o paciente não se sente satisfeito com o número de evacuações • São pacientes fóbicos e acreditam ser portadores de doença intestinal grave • Em pacientes com anorexia grave a redução da evacuação se dá pela restrição da ingesta alimentar CONSTIPACAO INTESTINAL IDIOPÁTICA/FUNCIONAL: Não há alteração estrutural ou metabólica, nem alterações na rotina Problema crônico, remontam à infância e responde ao mal tratamento convencional Pode ser dividida em 3 categorias: Constipação intestinal com trânsito normal: • Trânsito e frequência intestinais normais • Pacientes relatam dificuldade de evacuação ou apresentam fezes endurecidas Constipacao intestinal com trânsito lento: • Prolongado tempo das fezes no cólon • Lentidão pode ser causada por disfunção da musculatura colônia (miopatia), ou na inervação, gerando peristalse anormal (neuropatia intrínseca) • A ausência de peristalse resulta em permanência do bolo fecal no interior do cólon • Outro mecanismo possível é a incoordenação da atividade motora do cólon distal, levando a uma barreira intestinal Obstrução anorretal: • Falência do mecanismo de coordenação de evacuação • Ocorre contração da musculatura da pelve ao invés de relaxamento, no momento da evacuação, resultando em acúmulo do bolo fecal na região retossigmoidiana FATORES DE RISCO • Sexo feminino • Idade (>60 anos) • Inatividade física • Baixo nível educacional e social • Uso de medicamentos • transtornos psiquiátricos • Baixa ingesta de fibras, água ou desnutrição • Gravidez • Doenças neurológicas • Doenças de cólon • Doenças endócrinas e metabólicas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Ausência de desejo evacuatório • Frequência evacuatória menor que a “normal” • Consistência endurecida • Evacuação dolorosa • Evacuação sem esvaziamento do intestino ou ampola retal • Impactação das fezes endurecidas no reto • Mal-estar, sensação de plenitude no abdômen inferior • Tenesmo • Diarreia paradoxal ou incontinência anal DIAGNÓSTICO Clínico: sintomatologia e história da doença atual, exame físico (hemorroidas, massas palpáveis, fecaloma) Exames Laboratoriais: hemograma, determinação de glicemia em jejum, teste de função da tireoide, exame do sedimento urinaria e urocultura (relação entre constipação e infecção do trato urinário) Colonoscopia: realizado raramente, apenas em suspeita de malignidade Radiografia simples do abdômen: Enema opaco: radiografia contratada, avalia tamanho do intestino, presença de divertículos, megacólon, estenoses (tem sido um substituto da colonoscopia) Tempo de Trânsito intestinal/colônico: a técnica mais utilizada é a de um marcador radiopaco (capsulas de bário). Os resultados são: • Trânsito normal: <20% do marcador no 5º dia • Trânsito lento: >20% do marcador no 5º dia espalhados pelo cólon • Padrão obstrutivo: >20% do marcador no 5º dia concentrado na região retossigmoidiana Testes sorológicos para doença de Chagas em pacientes de zona endêmica Defecografia: pode caracterizar anormalidades anatomofuncionais do aparelho pélvico e definir o mecanismo fisiopatológico do distúrbio evacuatório em casos selecionados Manometria anorretal: possibilita o estudo de pressões esfincterianas, sensibilidade, capacidade e complacência retais e, principalmente, do reflexo inibitório retoanal, ausente na colopatia chagásica e no megacólon congênito Retossigmoidoscopia: para excluir lesões orgânicas associadas TRATAMENTO: • Quando não existir nenhum impedimento ao trânsito intestinal: ❖ Alimentos à base de fibras solúveis e insolúveis (frutas, vegetais, legumes, cereais integrais) ❖ Recomenda-se uma ingestão de 20 a 30 g de fibra por dia, sendo 25% de fibra solúvel (pectinas, gomas, hemicelulose, flocos de aveia, cevada, legumes) • Aumento na ingestão de líquidos (1,5 a 2 ℓ/dia) • Exercícios físicos (caminhada, natação, musculação) • Adotar horários regulares para defecação (“reeducação do intestino”) • Corrigir alterações metabólicas e endócrinas • Eliminar os medicamentos capazes de causar ou agravar a obstipação • Tratar alterações orgânicas relacionadas com a obstipação • Corrigir as alterações encontradas na defecografia. COMPLICAÇÕES Fecaloma: é uma grande massa de fezes empedrada e endurecida que pode ficar acumulada no reto ou no final do intestino Megacolón: é caracterizado pela dilatação e alongamento da porção final do intestino grosso Úlcera retal: uma doença rara que envolve esforço durante a defecação, uma sensação de evacuação incompleta e, às vezes, a passagem de sangue e muco pelo reto. lesão localizada ou prolapso da mucosa retal distal (devido impactação fecal) Vólvulo do sigmoide: determinada porção do intestino sofre uma torção sobre o seu próprio eixo mesentérico, em geral em regiões onde é longo e pouco fixo HEMORROIDA INTRODUCAO As características da doença incluem sangramento, prurido anal, prolapso e dor devido a trombose São estruturas vasculares normais no canal anal, originadas de tecido conjuntivo arteriovenoso que drena para as veias hemorroidais superior e inferior • Hemorroidas externas: estão localizadas distalmente à linha denteada • Hemorroidas internas: estão localizadas proximalmente à linha denteada • Hemorroidas mistas: estão localizadas proximal e distalmente à linha denteada CLASSIFICAÇÃO: São classificadas de acordo com o grau de prolapso do canal anal • Hemorroidas Grau I: visualizadas na anoscopia, podem inchar o lúmen mas não prolapsam abaixo da linha denteada • Hemorroidas Grau II: prolapsam para fora do canalanal com defecação ou esforço, mas reduzem espontaneamente • Hemorroidas Grau III: prolapsam para fora do canal anal com evacuação ou esforço e requerem redução manual • Hemorroidas Grau IV: irredutíveis e podem estrangular EPIDEMIOLOGIA • Prevalência igual em ambos os sexos • Pico entre as idades de 45 e 65 anos ETIOPATOGENIA: As veias hemorroidárias são estruturas anatômicas normais, localizadas na submucosa do reto inferior e podem ser externa ou internas, dependendo de estarem abaixo ou acima da linha denteada. Ambos os tipos de hemorroidas coexistem frequentemente. Suas três localizações primárias (lateral esquerda, anterior direita e posterior direita) correspondem aos ramos terminais das veias hemorroidárias média e superior. O epitélio colunar sobrejacente é inervado visceralmente; portanto, essas hemorroidas não são sensíveis à dor, toque ou temperatura. A patogênese das hemorroidas internas sintomáticas não é bem compreendida, mas pode ser devido aos seguintes fatores: • Deterioração do tecido conjuntivo que ancora as hemorroidas: com o avanço da idade ou condições agravantes, as hemorroidas começam a inchar e deslizam gradualmente par ao canal anal, levando a sintomas progressivos • Hipertrofia ou aumento do tônus do esfíncter anal interno: durante a defecação, o bolo fecal forca o plexo hemorroidário contra o esfíncter interno, fazendo ele hipertrofia e tornando-o sintomático • Distensão das anastomoses arteriovenosas dentro dos coxins hemorroidários: • Dilatação anormal das veias do plexo venoso hemorroidário interno FATORES DE RISCO • Avanço de idade • Diarreia • Gravidez • Tumores pélvicos • Tempo sentado prolongado • Esforço para evacuar • Constipação crônica MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Sangramento indolor associado a evacuação • Incontinência fecal leve, secreção de muco, humidade ou sensação de plenitude na área perianal devido a hemorroida prolapsada • Irritação ou coceira perianal Esses sintomas resultam de uma combinação de fatores: • As hemorroidas internas são cobertas por epitélio colunar levando à deposição de muco na pele perianal que pode causar prurido • O prolapso de hemorroidas internas pode permitir vazamento do conteúdo retal • As marcas na pele associadas a hemorroidas externas podem ser difíceis de limpar, resultando em contato prolongado do material fecal com a pele perianal e irritação local • Pacientes com vazamento podem limpar agressivamente, irritando o períneo e também permitindo o contato do material fecal com a pele desnudada OBS: Os pacientes podem apresentar início agudo de dor perianal e um "caroço" perianal palpável de trombose. A trombose é mais comum com hemorroidas externas em comparação com hemorroidas internas. As tromboses das hemorroidas externas podem estar associadas à dor excruciante, pois a pele perianal sobrejacente é altamente inervada e torna-se distendida e inflamada. As hemorroidas internas trombosadas também podem causar dor, mas em menor grau do que as hemorroidas externas. Uma exceção é quando as hemorroidas internas se tornam prolapsadas, estranguladas e desenvolvem alterações gangrenosas devido à falta de suprimento sanguíneo associada DIAGNÓSTICO Clínico: A defecação dolorosa não está associada a hemorroidas, a menos que seja trombosada, e é sugestiva de fissura anorretal, proctite, fístula perirretal, abscesso, síndrome da úlcera retal solitária, câncer retal ou pólipo anal. OBS: Sintomas sistêmicos como sudorese noturna, febre, perda de peso e dor abdominal não estão associados a hemorroidas e são sugestivos de malignidade subjacente, infecção crônica ou inflamação. Exame físico: avalia o grau de hemorroida por meio da inspeção da borda anal e área perianal. Analisa presença de fistulas, fissural, acrocórdons, abcessos, neoplasias e condilomas. Pode-se realizar o toque retal. Anoscopia: quando não são detectadas alterações no toque retal, utiliza-se a anoscopia para avaliar o canal anal e o reto distal Avaliação laboratorial: não contribui muito, logo, não é recomendado rotineiramente Avaliação endoscópica: não se realiza a endoscopia em paciente com menos de 40 anos com presença de sangue vermelho vivo e sem anemia, deficiência de ferro, dor abdominal, diarreia, sintomas sistêmicos, fatores de risco para câncer colorretal ou DII. Em pacientes >40 anos realiza-se a colonoscopia. Referências: • DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo Friche. Gastroenterologia essencial. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011 • Porto, C., e Porto, A. (2022), Clínica Médica na Prática Diária, 2ª edição • Hemorroidas: Manifestações clínicas e diagnóstico - Ronald Bleday, MD, Elizabeth Breen, MD - https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoid s-clinical-manifestations-and- diagnosis?search=hemorroida&source=search_res ult&selectedTitle=2~85&usage_type=default&dis play_rank=2#H10 https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis/contributors https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis/contributors https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis/contributors https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis?search=hemorroida&source=search_result&selectedTitle=2~85&usage_type=default&display_rank=2#H10 https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis?search=hemorroida&source=search_result&selectedTitle=2~85&usage_type=default&display_rank=2#H10 https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis?search=hemorroida&source=search_result&selectedTitle=2~85&usage_type=default&display_rank=2#H10 https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis?search=hemorroida&source=search_result&selectedTitle=2~85&usage_type=default&display_rank=2#H10 https://www.uptodate.com/contents/hemorrhoids-clinical-manifestations-and-diagnosis?search=hemorroida&source=search_result&selectedTitle=2~85&usage_type=default&display_rank=2#H10
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