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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
 
-A OMS define prematuridade como todo RN vivo c/ menos de 37 semanas completas de gestação, contadas a partir 
do 1º dia do último período menstrual ou 259 dias. É a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. O RN 
c/ menos de 2.500 g é denominado de baixo peso, podendo ou ñ ser prematuro, na dependência da IG 
-O RN prematuro pode ser classificado em: 
• Prematuro extremo: quando nascido antes de 28 semanas de gestação 
• Prematuro grave: quando nascido entre 28 e 32 semanas de IG 
• Prematuro moderado: quando nascido entre 32 e 37 semanas de IG 
-A datação da gravidez deve levar em conta a certeza da data da última menstruação (DUM) e sua concordância c/ a 
USG obstétrica realizada até 12 semanas ou, pelo menos, 2 USG compatíveis até 20 semanas 
-15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No mundo, de 4 a 11% No Brasil, em torno de 12% dos 
nascimentos. Isso significa que 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, ou seja, 931 por dia 
-Complicações neonatais + comuns incluem: síndrome do desconforto respiratório, hemorragia intracraniana, 
enterocolite necrosante e sepse. Tais intercorrências são as + frequentes em IG < a 32 semanas, tornando-se críticas 
abaixo de 28 semanas 
CLASSIFICAÇÃO 
-Em situações de prematuridade eletiva, a gestação é 
interrompida em virtude de complicações maternas e/ou fetais, e 
sua prevenção exige o controle de doenças maternas; na 
prematuridade espontânea (são 70% dos casos), ocorre o TPP, 
cuja etiologia é multifatorial e, muitas vezes, desconhecida. As 
espontâneas podem ser evitados por meio da avaliação pré-
concepcional e assistência pré-natal 
-Outra maneira de classificar a prematuridade considera a IG ao 
nascer: 
• Prematuridade precoce: quando o nascimento ocorre antes de 33 
semanas e 6 dias. Faz parte deste grupo a prematuridade extrema (20 
ou 22 semanas a 27 semanas e 6 dias), que constitui o grupo de > 
morbidade e mortalidade neonatal 
• Prematuridade tardia: de 34 semanas a 36 semanas e 6 dias, a qual corresponde a 70% de todos os nascimentos prematuros. 
-É importante destacar que o nascimento entre 37 semanas e 38 semanas e 6 dias, também denominado termo 
precoce, traz consigo também > morbidade relacionada à prematuridade do que aquele ocorrido entre 39 e 40 
semanas e 6 dias (termo completo). Portanto, a menos que haja alguma indicação de ordem médica, as interrupções 
eletivas da gestação devem ser realizadas a partir de 39 semanas 
FATORES DE RISCO 
Obstétricos: 
-Infecção amniótica: certos anaeróbios, particularmente Bacteroides sp., cocos anaeróbios e possivelmente Mobiluncus sp., 
agem c/ a Gardnerella vaginalis, inibindo o crescimento de lactobacilos e outras bactérias da flora normal e promovendo a 
elevação do pH vaginal (pH > 4,5). O tratamento da vaginose bacteriana é recomendado durante a gestação. Outros agentes 
também relacionados são Streptococcus do grupo B, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, 
Treponema pallidum e Trichomonas vaginalis. Diante do processo inflamatório das membranas ovulares, da decídua ou do colo 
uterino, há a liberação de fatores inflamatórios que atraem leucócitos e macrófagos, ativando-os a produzirem elastases que 
participam da degradação da matriz extracelular cervical. Isso leva a preparo do segmento inferior e esvaecimento do colo 
uterino. 
-Rotura prematura de membranas: infecções, placenta prévia, gemelaridade e polidrâmnio são os fatores predisponentes + 
importantes p/ essa intercorrência obstétrica 
-Alterações hormonais: a queda da produção de progesterona desencadeia o trabalho de parto prematuro(TPP) 
-Incompetência istmocervical: ocorrem dilatação cervical indolor no 2º ou no início do 3º trimestre, exteriorização das 
membranas seguida por infecção e rotura e consequente perda fetal. O diagnóstico precoce permite tratamento cirúrgico 
(circlagem) e possibilita o termo da gestação. Sangramento vaginal persistente, dilatação cervical ≥ 4 cm, franco trabalho de 
parto, corioamnionite, ruptura prematura de membranas, sofrimento fetal, anomalia fetal letal e morte fetal são 
contraindicações p/ a realização da circlagem. 
-Sangramentos vaginais de 1º e 2º trimestres: no 1º trimestre,  o risco de parto prematuro em 2 vezes. Quando o sangramento 
ocorre também no 2º trimestre, o risco eleva-se em 3 vezes. A trombina local, decorrente do sangramento decidual,  
contratilidade uterina e desencadeia o parto prematuro. 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
-Placenta prévia e descolamento prematuro de placenta: resultam em partos prematuros. 
-Gemelaridade e polidrâmnio: nesses casos, o TPP seja desencadeado pela superdistensão uterina. Na gestação gemelar, o parto 
prematuro ocorre em cerca de 50% dos casos e, na gestação trigemelar, em aproximadamente 90% das vezes. 
-Malformações fetais e placentárias: destacam-se anencefalia e agenesia renal c/ hipoplasia pulmonar. 
-Partos prematuros anteriores: gestantes c/ história de 1 parto prematuro espontâneo anterior têm probabilidade de 37% de um 
2º parto prematuro, e aquelas c/ 2 ou + partos anteriores prematuros apresentam 70% de risco de repetição. 
 Ginecológicos: 
-Amputação de colo uterino: provoca incompetência cervical, proporcionando dilatação precoce do colo uterino e exposição das 
membranas ovulares, favorecendo a infecção. C/ isso, surgem as contrações uterinas. 
-Malformações uterinas: incidência de parto prematuro é >, cerca de 30% estão relacionados ao útero didelfo, 25% ao útero 
bicorno e 10% ao útero septado. 
-Miomas: pode causar sangramentos e rotura prematura de membranas ovulares. Os miomas de pior prognóstico são os 
submucosos, especialmente quando estão próximos à inserção placentária (subplacentários). 
Epidemiológicos: 
-Baixo nível socioeconômico: más condições de higiene (predispõe a infecções urinárias/vaginais), nutrição inadequada, gravidez 
na adolescência, gravidez indesejada, conflitos familiares, fumo, consumo de drogas, estresse constante e falta de assistência 
pré-natal adequada constituem fatores agravantes. 
-Desnutrição: é um fator causador de estresse, liberação de catecolaminas e c/ isso estimula os receptores alfa presentes no 
miométrio, c/ da atividade uterina e ocorre o parto prematuro 
-Gravidez indesejada e assistência pré-natal inadequada: a > incidência de prematuridade entre as adolescentes se relaciona + 
ao baixo nível socioeconômico, gravidez indesejada, conflitos familiares e falta de assistência pré-natal adequada do que à faixa 
etária propriamente dita. 
-Estresse:a ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal materno e fetal leva à produção do CRH. A liberação de 
catecolaminas constante e em crises emocionais estimula os receptores alfa no útero e provoca  na contratilidade uterina. 
-Fumo: as gestantes fumantes apresentam níveis + elevados de catecolaminas circulantes. Além disso, está associado a > 
incidência de rotura prematura de membranas e sangramentos vaginais. 
-Drogas: o risco é particularmente alto c/ o uso de cocaína e derivados, essas drogas influenciam a produção de prostaglandinas 
na placenta, o que predispõe à contração uterina. 
Clínico-cirúrgicos: 
-Doenças maternas: DM, HAS, nefropatias, cardiopatias e distúrbios da tireoide (hiper ou hipotireoidismo) ñ tratados, resultam 
em parto prematuro espontâneo ou eletivo, devido as complicações maternas ou fetais. A pielonefrite e a pneumonia 
apresentam > incidência de parto prematuro. 
-Procedimentos cirúrgicos na gravidez: a ocorrência de parto prematuro depende de quanto o ato cirúrgico influi sobre o 
metabolismo e o estado geral da gestante. 
Iatrogênicos: 
-Eros na determinação da IG e partos eletivos 
 
COMO IDENTIFICARAMEAÇA DE PARTO PREMATURO? 
-Contrações uterinas rítmicas e dolorosas na frequência de 3, contrações em 30 minutos, persistindo por 1 hora ou 
+, c/ a paciente em repouso indicam ameaça de parto prematuro. A paciente nessa situação sempre evoluirá p/ 
parto pré-termo? Não. Apenas 60% dessas pacientes evoluirão 
-A avaliação dessas pacientes p/ verificar o real risco de evoluir p/ parto pré-termo deve ser feita c/ US c/ medida do 
colo uterino. Em caso de: 
→ Colo < que 15/20 mm: o parto evolui em 1 semana. A conduta será conforme franco trabalho de parto pré-termo; 
→ Colo de 15/20 a 25/30 mm: variável, deve-se seguir acompanhando a evolução do colo por US; 
→ Colo > que 25/30 mm: o parto geralmente ocorre a termo, mesmo c/ contrações. 
-É possível avaliar a fibronectina fetal em casos de ameaça de parto prematuro, principalmente naquelas em que o 
colo varia de 20 a 30 mm . 
COMO CONDUZIR AS PACIENTES EM AMEAÇA DE PARTO PREMATURO? 
-Em casos de contrações uterinas rítmicas e dolorosas na frequência de 3 contrações em 30 minutos, persistindo por 
1 hora ou +, c/ a paciente em repouso, solicitar US transvaginal: 
→ Colo < que 15/20 mm: parto evolui em 1 semana. Tocolítico por 48 horas, corticoide p/ maturação pulmonar fetal e penicilina p/ 
infecção por estreptococo do grupo B. Conduzir como pct em franco TPP; 
→ Colo 15/20 a 25/30 mm: variável, deve-se seguir acompanhando a evolução do colo por US. Pode-se optar pela execução da 
fibronectina. Administrar progesterona vaginal 200 mg/d até 34 a 36 semanas; 
→ Colo > que 25/30 mm: parto geralmente ocorrerá a termo, mesmo c/ a paciente c/ contrações uterinas. Administrar progesterona 
200 mg/d até 34 a 36 semanas; 
→ Fibronectina: quando negativa, o parto ñ deverá ocorrer nos próximos 15 dias, ñ sendo necessário corticoide e tocolítico. O valor 
preditivo negativo da fibronectina é 90 a 95%; 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
 Observação: na gestação gemelar, o valor de corte da medida do colo seria de 25 mm. 
-Associa-se a essas medidas abstinência sexual e pesquisa 
de infecções como causa da ameaça de parto prematuro. 
-Gestação de alto risco: preconiza que, p/ aquelas que 
apresentam comprimento cervical de 15 mm ou menos 
em US transvaginal realizada entre 20 e 25 semanas, 
independentemente de fatores de risco presentes, deve 
ser considerado o uso de 200 mg de progesterona vaginal 
diariamente até pelo menos 34 semanas. Também indica 
o uso de progesterona micronizada vaginal 100 mg 
diariamente p/ pacientes c/ alto risco de parto prematuro 
(parto prematuro anterior, cerclagem vaginal anterior 
e/ou portadoras de malformações uterinas). 
COMO IDENTIFICAR PACIENTE EM FRANCO 
TRABALHO DE PARTO PREMATURO? 
-Franco trabalho de parto prematuro: + de 2 ou três 
contrações em 10 minutos e dilatação cervical > que 1 ou 
2 cm ou esvaecimento (apagamento) do colo em 80%. 
-Na presença de sintomas de ameaça de parto prematuro e colo ≤ a 15 mm, conduzir como paciente em franco TPP. 
-De acordo c/ o guideline Preterm labour and birth (2019), paciente c/ sintomas em ameaça de parto prematuro c/ 
menos de 30 semanas de gestação deve-se ser conduzida como gestante em franco trabalho de parto prematuro. 
CONDUÇÃO DA PACIENTE EM FRANCO TRABALHO DE PARTO PREMATURO 
-A melhor forma de transporte de prematuros ainda é no interior do útero da mãe. Não se deve retardar o início do 
tratamento em vista da transferência materna. Nesses casos, deve-se avaliar uso de tocolítico (reduz contrações 
uterinas), corticoide materno p/ amadurecimento pulmonar fetal em gestantes c/ menos de 34 semanas de gestação 
e antibióticos para quimioprofilaxia de estreptococos do grupo B, além de sulfato de magnésio p/ neuroproteção 
fetal em gestações entre 24 a 32 semanas. 
-Em TPP, nem todas as pacientes deverão ser submetidas a tocolíticos p/ evitar o parto prematuro. O tocolítico é 
utilizado apenas p/ se ganhar tempo p/ transferência da paciente p/ unidade de atendimento adequada e p/ 
administração do corticoide p/ maturação pulmonar fetal. Assim: 
o O tocolítico deve ser administrado apenas por 48 horas, durante a administração do corticoide para maturação 
pulmonar fetal; 
o O uso de tocolíticos é realizado apenas com menos de 34 semanas de gestação. Após 34 semanas de gestação, não há 
indicação de corticoide para maturação pulmonar fetal. 
QUAIS OS PRINCIPAIS TOCOLÍTICOS UTILIZADOS E SUAS RESPECTIVAS CONTRAINDICAÇÕES? 
-Tocolíticos são substâncias capazes de inibir a atividade contrátil miometrial (contrações uterinas) e devem ser 
usados apenas em pacientes em TPP. Caso ñ haja condições p/ a inibição do TPP, deve-se realizar o parto. A escolha 
da via, por sua vez, dependerá das condições maternas, como integridade das membranas ovulares, e das condições 
fetais, como apresentação fetal. 
-Contraindicações à tocólise: óbito fetal; sofrimento fetal; malformações fetais incompatíveis com a vida; rotura das 
membranas ovulares (em casos de transferência ou de uso de corticoide); infecção amniótica (corioamnionite); 
contraindicações maternas à tocólise agentes-específicas; sangramento materno e instabilidade hemodinâmica; pré-
eclâmpsia grave e eclampsia e idade gestacional > que 34 semanas. 
-O uso de agentes tocolíticos ou de inibidores das contrações uterinas deverá ser iniciado assim que o diagnóstico de 
TPP for realizado. O principal objetivo da tocólise é ganhar tempo necessário p/ a ação da corticoterapia e/ou 
transporte materno-fetal c/ segurança. 
-Ñ se deve utilizar terbutalina por VO ou subcutânea, ou isoxsuprina (Inibina®), porque são ineficazes 
-Prolongamento da tocólise depois de 48 horas ñ está indicado, a ñ ser em casos selecionados como IG muito 
precoce 
-O nifedipino é a medicação de 1º escolha. Se houver contraindicação ao uso de nifedipino, deve-se optar pela 
atosibana. Ñ se deve utilizar betamiméticos na tocólise. 
CORTICOTERAPIA 
-A administração de corticoides p/ amadurecimento pulmonar fetal se constitui na principal estratégia p/ a redução 
da morbidade e mortalidade perinatais associadas à prematuridade 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
-Efeitos positivos sobre o neonato são: aceleração da maturidade pulmonar, favorecendo as trocas gasosas 
alveolares, c/ redução na taxa de desconforto respiratório em RN prematuros; estabilidade circulatória neonato; < 
frequência de hemorragias cerebrais no RN e < taxa de enterocolite necrosante em RNs prematuros. 
-Contraindicações: evidências clínicas de infecção e/ou parto iminente 
-Corticoterapia: deve ser administrada entre a 24ª e a 34ª semanas de gestação; ela age no pneumócito II, 
estimulando a produção de surfactante pulmonar. Deve ser ofertada a mulheres entre 24 a 33 + 6 (+ de 24 semanas 
e menos de 34 semanas) semanas de gestação. Deve-se considerar, ainda, o corticoide materno p/ pacientes entre 
34 a 35 + 6 semanas de gestação (+ de 34 semanas e menos de 36 semanas), se não realizada anteriormente. o 
risco de membrana hialina, hemorragia intracraniana e síndrome da angústia respiratória. Idealmente, realizar 
apenas 1 ciclo e, no máximo, 2 (Ministério da Saúde permite 3 ciclos, se for utilizada betametasona); intervalo de 2 a 
3 três semanas entre os ciclos. Utilizada em conjunto c/ beta-agonistas, parece  o risco de edema pulmonar; utilizar 
após a tocólise nesses casos. 
• Betametasona 12 mg IM, 1x/d, por 2 dias; 
• Dexametasona 6 mg IM, a cada 12 horas, por 2 dias; 
 Em rotura prematura de membranas, 1 ciclo deve ser recomendado na ausência de corioamnionite. 
-Efeitos colaterais: de cerca de 30% na contagem total de leucócitos e 45% de redução na contagem de linfócitos 
dentro de 24 horas após injeção de betametasona; hiperglicemia materna e alterações significativasnos parâmetros 
de avaliação do bem-estar fetal, tais como ou da frequência cardíaca fetal basal, ou da variabilidade, dos 
movimentos fetais e alterações nos parâmetros biofísicos fetais. Essas alterações não podem ser confundidas / 
comprometimento do bem-estar fetal, pois são transitórias e retornam ao normal no 4º dia após a administração da 
1º dose de corticoide. 
NEUROPROTEÇÃO FETAL — SULFATO DE MAGNÉSIO 
-Sabe-se que a prematuridade é importante fator de risco p/ paralisia cerebral, cujo risco é > quanto + prematura a 
gestação. O sulfato de magnésio está indicado p/ neuroproteção fetal na seguinte situação: gestantes em TPP c/ 
menos de 32 semanas de gestação. 
-Se o sulfato de magnésio for iniciado p/ neuroproteção fetal A TOCÓLISE DEVE SER DESCONTINUADA. A dose de 
ataque é sulfato de magnésio 4 g IV por 30 minuto; a dose de manutenção, sulfato de magnésio 1 g/h IV até o parto 
ou por 24 horas. O tempo máximo de infusão é de 24 horas; o mínimo, de 4 horas. 
-Deve-se ofertar o sulfato de magnésio p/ neuroproteção fetal em pacientes em TPP, c/ previsão do parto em 24 
horas, p/ gestações entre 24 a 29 + 6 (+ de 24 semanas e menos de 30 semanas) e pode-se considerar seu uso entre 
+ de 30 semanas e menos 
de 34 semanas 
-O parto ñ deverá ser 
adiado p/ neuroproteção 
fetal se houver urgência 
materna e/ou fetal 
-A gestante deverá ser 
monitorada p/ os sinais 
clínicos de toxicidade por 
magnésio pelo menos a 
cada hora — reflexos, PA , 
frequência respiratória e 
pulso 
-A SOGESP recomenda que 
o sulfato de magnésio seja introduzido em: 
• Trabalho de parto em fase ativa c/ 4 cm ou + de dilatação c/ falha ou sem indicação de tocólise; 
• Dilatação de 4 cm ou + c/ progressão cervical documentada; 
• Rotura prematura pré-termo das membranas ovulares com trabalho de parto ativo 
VIA DE PARTO NA PREMATURIDADE 
-Fetos c/ menos de 24 semanas de gestação são considerados antes da viabilidade fetal. Assim, o parto deverá ser 
vaginal, independentemente da variedade de posição fetal. Fetos prematuros pélvicos devem ser submetidos à 
cesariana a fim de evitar hemorragia intracraniana e eventos traumáticos. 
-Se feto estiver em posição cefálica fletida, sem intercorrências, deve-se considerar parto vaginal, c/ medidas de 
proteção do concepto, c/ cardiotocografia intraparto. A amniotomia deve ser realizada no final da cervicodilatação. 
Sedativos e narcóticos devem ser evitados. Pode-se fazer anestesia raquidiana ou peridural, mas pode interferir na 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
oxigenação intrauterina de fetos prematuros. Deve-se usa c/ cautela a ocitocina intraparto. Episiotomia e fórcipe só 
devem ser utilizados c/ indicação obstétrica; o fórcipe deve ser evitado, principalmente em fetos de < IG 
-Em caso de cesariana, se o segmento inferior uterino ñ estiver bem formado, deve-se optar pela incisão longitudinal 
segmento-corporal em T. Pode-se fazer tocólise intraoperatória p/ facilitar a extração fetal. P/ parto cesárea, 
apresentação cefálica defletida e pélvica. 
-Clampeamento do cordão deve ser entre 30 segundos e 3 mi pós-nascimento. 
PROFILAXIA DE ESTREPTOCOCO DO GRUPO B 
-Cultura perineal c/ 35 a 37 semanas de gestação p/ pesquisa de colonização. 
-Indicações de profilaxia p/ infecção por estreptococo do grupo B: 
• Risco iminente ou significativo de parto prematuro sem cultura p/ estreptococo do grupo B ou c/ cultura positiva p/ estreptococo do 
grupo B; 
• Rotura prematura das membranas ovulares > que 18 
horas; 
• Febre durante trabalho de parto ≥ a 38 °C; 
• ITU por estreptococo do grupo B mesmo já tratada; 
também se considerada bacteriúria assintomática, 
mesmo já tratada; 
• RN c/ infecção por estreptococo do grupo B em gestação 
prévia 
-Em paciente em TPP c/ cultura negativa p/ 
estreptococo do grupo B, ñ se deve fazer profilaxia p/ 
estreptococo do grupo B, a ñ ser nas indicações de 
profilaxia que independam do resultado da cultura 
(como em RN acometido em gestação prévia, ITU por 
estreptococo). 
-Os antibióticos só devem ser utilizados p/ profilaxia 
da sepse neonatal pelo estreptococo do grupo B em 
gestantes em trabalho de parto ou c/ rotura de 
membranas anterior a 37ª semana, c/ risco iminente e 
significativo de parto prematuro, que tenham cultura positiva p/ estreptococo do grupo B ou se a cultura ñ foi 
realizada. Em geral, utilizam-se: 
→ Penicilina G 5.000.000 UI, IV, seguida por 2.500.000 UI, IV, a cada 4 horas; ou 
→ Ampicilina 2 g, IV, seguida por 1 g, IV, a cada 4 horas. 
→ Se a gestante for alérgica a penicilina, deve-se usar clindamicina 900 mg, IV, a cada 8 horas. 
PREVENÇÃO 
-Prevenção primária: é deficiente, identificar todos os fatores de risco, é preciso remover todas as causas, necessita 
da equipe multidisciplinar, anamnese detalhada, fatores de risco epidemiológicos atuar desde o início 
-Prevenção secundária: exames de rotina pré-natal + culturas de secreção vaginal e pesquisa de ISTs em pacientes c/ 
fator de risco + pesquisa de infecção ITU (trata-se bacteriúria assintomática em gestantes e profilaxia em ITU de 
repetição) + pesquisa de streptococcus grupo B + monitorização das contrações uterinas (ensinar a gestante 
acompanhar clinicamente contrações e tocógrafo) + USG p/ medida do colo (gestantes c/ fator de risco entre 18 e 24 
semanas e comprimento e sinais como afunilamento) + teste de fibronectina fetal 
-Prevenção terciária: são recomendadas a inibição do TPP e a corticoterapia, só há benefício se as medidas forem 
tomadas na fase inicial do TPP, c/ dilatação cervical < 3 cm. 
-Tratamento do colo curto (<25 mm): repouso + abstinência sexual + investigação de infecções+ progesterona 
vaginal + internação + se sintomas fibronectina fetal 
-Progesterona: natural micronizada 100 a 200MCG via vaginal 
-Teste da fibronectina fetal: é um glicoproteína produzida pelo trofoblast, é presente em condições normais antes 
das 20 semanas e após 35 semanas. Entre 20 e 22 semanas c/ a fusão do âmnio e córion, ela desaparece. Se estiver 
presente: marcador de TPP. Elevado valor preditivo negativo por até 2 semanas após teste (96%). É indicada a ser 
feita em gestantes sintomáticas 
-P/ a coleta do teste de fibronectina fetal é preciso ter: bolsa íntegra; abstinência sexual; ausência de sangramento 
vaginal; dilatação < 3 cm e ñ ter realizado toque vaginal antes 
-Trabalho de parto prematuro: são contrações rítmicas e regulares que modificam o colo uterino antes de 37 
semanas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
-Tocólise: seu objetivo é postergar o parto de 48 a 72 horas, p/ remover a paciente p/ um centro de referencia ou p/ 
poder fazer corticoterapia/neuroproteção/ antibioticoterapia p/ quando o feto nascer tem uma melhor chance de 
sobrevida 
-Critérios p/ realizar tocólise: contrações rítmicas (TPP verdadeiro); menos que 3 cm (fase de latência); 
esvaiecimento ñ pronunciado; IG até 34 semanas e viabilidade (depende do serviço, se o serviço ñ segura viabilidade 
de < 20 semanas ñ faz de jeito maneira) 
-Contraindicações de tocólise: corioamnionite, rotura de membranas ovulares, sangramento grave (DPP, PP), 
condições clínicas maternas desfavoráveis, morte fetal/ anomalias fetais incompatíveis c/ a vida, sofrimento fetal e 
contraindicações relacionadas às drogas 
Procedimentos p/ a detecção do risco de parto prematuro espontâneo: 
-A presença de fatores de risco ñ indica necessariamente parto prematuro 
-Monitorização das contrações uterinas:é comum que a gestante apresente contrações ao realizar um movimento brusco 
(levantar, deitar ou praticar um exercício físico). O que ñ é normal 
é apresentar contrações rítmicas e c/ frequência elevada, ou seja, 
4 ou + eventos em 1 hora em IG ≤ 30 semanas e 6 ou + 
eventos por hora quando> 30 semanas. A monitorização 
das contrações uterinas é um dos métodos que permitem o 
rastreamento do parto prematuro. As gestantes c/ > 
predisposição ao TPP apresentam  da frequência das contrações 
uterinas nos dias ou nas semanas que precedem o trabalho de 
parto. Perante o resultado positivo, é importante relacioná-lo a 
outros marcadores do parto prematuro. 
-Medida do comprimento do colo uterino pelo toque vaginal 
e pela USG transvaginal: o encurtamento do colo e a dilatação de seu orifício 
interno podem acontecer semanas antes do TPP. Os mecanismos envolvidos acredita-
se há contrações uterinas silenciosas ou eventual processo inflamatório local. Sabe-se 
que a invasão de células inflamatórias locais (neutrófilos) causa a produção de 
colagenases que provocam a lise do colágeno, principal componente do colo. No parto 
prematuro, o encurtamento do colo ocorre de maneira semelhante. As alterações no 
colo uterino podem ser notadas clinicamente por meio do toque vaginal seriado. Na 
predição do parto prematuro, esse recurso ñ tem se mostrado útil, por causa da 
subjetividade do exame. O avanço da USG transvaginal permitiu o exame do colo 
uterino de maneira + eficaz, deve ser empregado, de preferência, às gestantes de 
risco p/ o parto prematuro, que estejam entre 18 e 24 semanas, na mesma ocasião em que se faz a USG morfológica. 
Considera-se que quando o comprimento do colo for < a 20 mm, a gestante será de risco p/ o parto prematuro 
espontâneo (< 25 mm, de acordo c/ o MS). 
 
-Uso de marcadores bioquímicos: as interleucinas (ILs) 6 e 8, o hormônio liberador da corticotrofina (CRH), o estriol sérico e 
salivar, a fibronectina fetal (fFN) e a proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) são os 
marcadores principais. Níveis elevados de IL-6 e IL-8 no líquido amniótico e no conteúdo cervical associam ao parto prematuro, 
principalmente na presença de infecções. Elevações do CRH no soro materno, ocorre a partir da 20º semana, em gestantes 
submetidas ao estresse e que tiveram parto prematuro. Os estrogênios agem nas células miometriais,  a sensibilidade a 
ocitocina. A ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal materno e/ou fetal se relaciona 
à produção placentária de estrogênios, que acontece de 3 a 5 semanas antes do parto, c/ 
elevação dos níveis de estriol plasmático e salivar. A fFN é uma glicoproteína produzida pelo 
trofoblasto, sua função é assegurar a aderência do 
blastocisto à decídua, está presente no conteúdo 
cervicovaginal durante as primeiras 20 semanas de 
gestação. Após a 22º semana, ocorre a fusão do âmnio c/ o cório, e a fFN desaparece da 
vagina até a 36º semana, a menos que haja rotura de membranas, presença de fator 
mecânico que separe o cório da decídua ou diante de um processo inflamatório, 
infeccioso ou isquêmico na interface materno-fetal. Além de tudo isso, é aplicada 
basicamente em 2 grupos: gestantes sintomáticas, c/ queixas de contrações uterinas e 
gestantes assintomáticas, mas de alto risco p/ prematuridade (antecedente de parto 
prematuro espontâneo e gestação gemelar). A detecção da phIGFBP-1 no colo uterino, 
c/ membranas intactas, sugere comprometimento da decídua 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
-A coleta dos biomarcadores deve ser realizada em gestante apenas nas seguintes condições: 
a) IG entre 22 e 36 semanas 
b) Bolsa íntegra 
c) Dilatação cervical < 3 cm 
d) Ausência de sangramento genital 
e) Ausência de relação sexual nas últimas 24 horas 
-As amostras são coletadas no fundo de saco de Douglas c/ o auxílio do espéculo vaginal e do kit próprio p/ o exame. 
É importante ñ realizar toque vaginal, coleta de esfregaços vaginais e uso de lubrificantes vaginais antes da coleta do 
exame, uma vez que esses recursos  as taxas de falso positivo ou negativo. 
CONDUÇÃO NO TRABALHO DE PARTO PREMATURO 
Estágio I: 
-No 1º estágio, enquadram-se as gestantes c/ fatores de risco p/ o parto prematuro, + importante é o bom 
acompanhamento pré-natal. O ideal é que o obstetra atue como membro de uma equipe de multiprofissionais. A 
gestante deve receber orientações quanto a hábitos de higiene, nutrição e aporte psicológico 
-O exame US deve ser realizado o + precocemente, a fim de estabelecer c/ precisão a IG e diagnosticar situações de 
risco (presença de malformações uterinas, miomas e gestação gemelar). As intercorrências clínicas + comuns devem 
ser diagnosticadas e tratadas corretamente. 
-Malformações uterinas (útero didelfo, bicorno e septado) e partos prematuros de repetição: deve ser utilizada a 
progesterona por via vaginal a partir da 16º semana de gestação. 
-Incompetência cervical: faz-se a circlagem eletiva do colo uterino entre a 12º e a 16º semanas de gestação 
→ Na gestação gemelar, a gestante é orientada a fazer repouso físico a partir da 25º semana. 
-Consultas médicas: devem ser + frequentes, c/ retornos quinzenais até a 28º semana e, após, devem ser semanais. 
O objetivo é verificar as queixas, avaliar as contrações uterinas e as condições cervicais. 
-É importante que as gestantes de risco tenham conhecimento dos sintomas e dos sinais do trabalho de parto 
(aparecimento de contrações uterinas regulares, durante pelo menos 1 hora, mesmo que indolores, da sensação de 
peso no baixo-ventre e da alteração no fluxo vaginal) 
Estágio II: 
-Trata-se de um estágio em que ocorrem os eventos bioquímicos do TPP, a contratilidade uterina é anormal e as 
alterações cervicais podem ser pequenas ou estar ausentes. O aparecimento de contrações uterinas sem alteração 
do colo do útero se chama útero irritável, situação em que a gestante deve ser mantida em repouso e submetida à 
sedação 
-Intercorrências clínicas: quando presentes, devem ser tratadas, e, pela frequência elevada, as infecções urinárias e 
vaginais devem ser sempre investigadas 
 -USG obstétrica: é extremamente necessária a fim de analisar a IG, as estruturas e o crescimento fetais. A partir da 
28º semana de gestação, deve-se analisar a vitalidade fetal por meio da cardiotocografia ou do perfil biofísico fetal. 
-É importante manter a paciente em repouso e sob vigilância contínua. Diante do  das contrações uterinas e da 
mudança progressiva do colo, deve-se atuar como no estágio III. 
Estágio III (VERDADEIRO TPP): 
-Nesse estágio, existem contrações uterinas rítmicas, capazes de provocar dilatação cervical. 
Estão presentes contrações uterinas regulares a cada 5 min, dilatação cervical de, pelo menos, 1 cm e esvaecimento 
cervical de, no mínimo, 80%. 
→ No falso trabalho de parto, ñ ocorre a mudança progressiva do colo, e as 
contrações cessam espontaneamente após um período de repouso. Em casos 
duvidosos, é importante que a gestante permaneça em repouso durante 2 a 3 horas, 
p/ observação clínica. Nesses episódios, podem ser empregados ainda os marcadores 
bioquímicos. 
-Diante de doença materna que torne desfavorável o ambiente intrauterino 
ou se agrave c/ a continuidade da gestação, o trabalho de parto ñ deve ser 
inibido 
-Caso se decida pela inibição das contrações uterinas, a gestante deve ser 
mantida em repouso absoluto no leito e deve ser iniciada a hidratação 
parenteral. Até 50% das pacientes c/ contrações regulares respondem bem 
apenas c/ o repouso e a hidratação. Se, após 1 hora, persistirem as 
contrações uterinas, deverá ser introduzida a terapêutica tocolítica. 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
1. Condições p/ o uso de tocolíticos: período de latência do trabalho de parto; dilatação cervical < 3 cm; esvaecimento ñ 
pronunciado; IG entre 22 e 34 semanas e contrações uterinas rítmicas 
2. Contraindicações p/ a tocólise: óbito fetal; sofrimento fetal; malformações fetais incompatíveis c/ a vida; restrição do 
crescimentofetal; infecção amniótica; DPP; placenta prévia sangrante; síndrome hipertensiva grave; diabetes 
insulinodependente instável; hipertireoidismo e anemia falciforme. 
-Uterolíticos: seu uso deve ser iniciado assim que se estabelecer o diagnóstico de TPP. O principal objetivo da 
tocólise é ganhar tempo necessário p/ a ação da corticoterapia e/ou o transporte materno p/ serviço terciário c/ 
segurança. Os + utilizados p/ a inibição das contrações uterinas, no passado, eram os beta-agonistas. 
 Bloqueadores dos canais de cálcio: a nifedipina (1º escolha MS) 10 mg VO a cada 20 minutos até 4 doses OU 20 mg VO 
em dose única, e se necessário 20 mg após 90–120 minutos se a atividade uterina persistir. Se após a 2ª dose mantiver 
atividade uterina, considerar falha terapêutica e utilizar outro agente. Manutenção: 20 mg VO a cada 4 a 8 horas por no 
máximo 72 horas. Contraindicações são: hipotensão materna (PA < 90/50 mmHg) e bloqueio atrioventricular 
 Inibidores de prostaglandinas: a principal é a indometacina, são bacanas pois apresenta fácil administração, bem 
tolerados, porém passam facilmente a placenta. Efeitos colaterais: enterocolite necrotizante, fechamento precoce do 
ducto arterioso, hipertensão pulmonar primária, oligoâmnio e hemorragia intracraniana fetal. Indicação: transferência 
a centros especializados 
 Sulfato de magnésio: age como um antagonista do cálcio na fibra muscular e representa alternativa a determinadas 
situações clínicas em que o beta-agonista pode ser utilizado.Possui baixa ação tocolitica. Apresenta neuroproteção 
fetal, o que  a chance de paralisia cerebral. Indicado em gestações c/ indicação de resolução abaixo de 32 semanas. 
Paro a tocálise faço a neuroproteção antes do parto e faço o parto na sequencia. Ataque: 4 g IV por 30 minutos. 
Manutenção 1 g/H até parto (caso demore). Ñ é necessário magnesemia materna 
 Antagonista de ocitocina: é usado o atosibano, possui efeitos colaterais mínimos, no entanto é muito caro e ñ se 
mostrou superior nos trabalhos a nifedipina 
 Etanol: inibe a secreção de ocitocina e hormônio antidiurético pela neuro-hipófise, reduz o nº de receptores p/ 
ocitocina e age como inibidor da ocitocina no miométrio. Ñ é utilizado, já que é menos eficaz e apresenta efeitos 
colaterais indesejáveis (vômitos, agitação, acidose láctica e coma) 
 Nitroglicerina: é administrado sob a forma de adesivos e tem sido empregada em alguns estudos como agente 
tocolítico. Seu mecanismo de ação se baseia na formação de óxido nítrico, possui ação relaxante no músculo liso. 
 Betagonista: esses uterolíticos são úteis por adiarem o parto durante 2 a 3 dias, tempo suficiente p/ o emprego dos 
corticosteroides, importantes p/ reduzirem as complicações pulmonares e neurológicas do RN.Entre essas drogas, 
destacam-se a terbutalina(+ USADA NA VIDA REAL), o salbutamol(+ USADA NA VIDA REAL), a isoxsuprina, o fenoterol e 
a ritodrina(é que a FDA aprova). Deve-se ter cuidado c/ o uso de betamiméticos e hidratação venosa devido ao risco  
de edema agudo de pulmão. Podem elevar a glicemia materna 
 Salbutamol: solução de 5 mg (10 ampolas) em 500 mL de soro glicosado a 5% (0,01 mg/mL). Iniciar a 10 µg/min (60 
mL/h em bomba de infusão ou 20 gotas/min) e  10 µg/min de 20 em 20 minutos até a inibição das contrações ou o 
aparecimento de efeitos colaterais maternos indesejáveis (FC > 120 bpm, dor torácica ou hipotensão). Manter por 60 
minutos,  10 µg/min a cada 30 minutos até < dosagem efetiva p/ a inibição das contrações e manter por 12 horas; 
 Terbutalina: 5 mg (ou 10 amp.) em 500 ml SG 5% (0,01mg/ml) 60 ml/hr em bomba de infusão ou 20 gotas/min. 
Aumentar 10 µg/ min de 20 em 20 minutos até inibição das contrações. Efeitos colaterais maternos: pulso >120 bpm; 
dor torácica; hipotensão e edema agudo de pulmão. Manter por 12 horas 
 Ritodrina: solução de 50 mg (ou 5 ampolas) em 500 mL de soro glicosado a 5% (0,1 mg/mL). Iniciar a 50 µg/min (30 
mL/h em bomba de infusão continua ou 10 gotas/min) por via intravenosa e 50 µg/min de 20 em 20 minutos até 
inibição das contrações ou efeitos colaterais maternos (FC > 120 bpm, dor torácica ou hipotensão). Manter por 60 min, 
 50 µg/min a cada 30 min até < dosagem que mantiver contrações inibidas e manter por 12 horas. 
-Deve-se evitar o uso concomitante de uterolítico beta-agonista e corticosteroide. 
-A paciente deve permanecer em repouso absoluto e sob vigilância por + 24 horas. Caso retornem as contrações, o 
esquema intravenoso pode ser reutilizado. 
-Corticoterapia: os corticosteroides atuam em receptores pulmonares fetais, leva à produção de fosfatidilcolina, o 
principal componente do surfactante. A betametasona e a dexametasona são os corticosteroides preferidos p/ a 
terapia antenatal. Preconiza-se o uso dessas drogas entre a 24º e 34º semanas de gestação. Deve ser evitada na 
vigência de tocólise c/ beta-agonista, pelo > risco de edema agudo de pulmão; em casos como esse, os 
corticosteroides devem ser administrados a partir da retirada do agente tocolítico. Os efeitos atingem seu benefício 
máximo se o parto ocorrer entre 24 horas e 7 dias após a última dose do medicamento. Se o parto ocorrer fora desse 
prazo ainda existe benefício. Contraindicações: evidências clínicas de infecção e/ou parto iminente 
-Beneficios da corticoterapia: redução 40-60% da membrana hialina; < gravidade da síndrome do desconforto respiratório; 
melhor resposta ao surfactante pulmonar; menos hemorragia intracraniana e menos enterocolite necrotizante 
→ Betametasona em dose IM de 12 mg, c/ intervalo de 24 horas, em um total de 2 aplicações. 
→ A dexametasona em dose IM de 6 mg, a cada 12 horas, em um total de 4 aplicações. 
→ Em ambos os esquemas, o efeito máximo inicia-se em 24 horas. 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Carolina Ferreira 
 
→ O MS do Brasil permite a realização de até 3 ciclos de corticoterapia desde que a droga utilizada seja a betametasona. 
→ Ciclo: betametasona 12 mg IM de 24 em 24h + dexametasona 6 mg IM de 12 em 12h x 4 doses 
→ 1 ciclo - ideal 
→ 2 ciclos - individualizar 
→ 3 ciclos- Ministério da Saúde orienta só se c/ betametasona 
-Neuroproteção: o uso do sulfato de magnésio na neuroproteção de prematuros apresenta < incidência de lesões do 
SNC. Assim, certos serviços de Neonatologia o preconizam o uso da 
droga importante p/ a prevenção de paralisia cerebral em prematuros, 
utilizam-se 4 g de sulfato de magnésio por via EV logo antes do parto. 
Tal conduta ñ faz parte do protocolo do Ministério da Saúde do Brasil. 
1. Cuidados gerais na administração: 
a) Se o sulfato de magnésio for iniciado, a tocólise deverá ser descontinuada; 
b) Pode ser administrado antes que as drogas tocolíticas sejam eliminadas da 
circulação materna 
c) O uso prévio de nifedipino ñ contraindica o uso de sulfato de magnésio p/ 
neuroproteção 
d) O parto ñ deve ser postergado p/ a sua administração p/ neuroproteção nos casos 
em que há recomendação p/ interrupção de urgência por indicações materna e/ou fetal 
e) Ñ é necessária a monitorização dos níveis de magnésio sérico 
f) Quando o parto pré-termo for eletivo por indicações materna e/ou fetal, o sulfato 
de magnésio deverá ser iniciado idealmente 4 horas antes do nascimento – dose de 
ataque de 4 g IV, por 30 min, seguida por infusão de 1 g/h até o parto 
Estágio IV: 
-Assistência ao parto prematuro: são necessários, no acompanhamento 
do trabalho de parto, ao menos 2 obstetras. O parto prematuro se 
associa a problemas clínicos e obstétricos que envolvem riscos (rotura 
prematura de membranas, gestação gemelar, inserção baixa 
de placenta, DPP, hipertensão arterial grave). Um bom berçário e uma 
UTI neonatal adequada são fundamentais p/ que o trabalho de toda a equipe envolvida alcance o sucesso esperado. 
-Escolha da via de parto: os seguintes aspectos devem ser considerados p/ decidir sobre a melhor via de parto: IG 
(viabilidade),peso estimado do feto, apresentação fetal, condições do colo uterino, integridade das membranas 
amnióticas, possibilidade de monitorização fetal, experiência da equipe e condições do berçário. Apesar da melhora 
na sobrevida a 28º semana ainda é considerada limite da viabilidade; abaixo disso, a morbidade permanece elevada. 
Deve-se optar pelo parto vaginal diante de TPP espontâneo em apresentação cefálica fletida e nas apresentações 
pélvicas c/ peso fetal estimado pela USG ≥ 2.500 g e naqueles < 
1.000 g (< 28 semanas), ou seja, inviáveis. O de catecolaminas durante o trabalho de parto causa  da produção de 
líquido pelas células alveolares dos pulmões fetais. Além disso, RN ao passar pelo canal de parto, elimina + 
facilmente o líquido pulmonar e expande melhor os pulmões. 
-Durante o trabalho de parto prematuro, deve-se evitar a realização de toques vaginais frequentes p/ que se  a 
chance de contaminação do feto e da câmara amniótica, especialmente c/ relação ao Streptococcus do grupo B. 
-Durante a assistência ao parto prematuro, deve-se evitar o uso de analgésicos tranquilizantes ou sedativos, que 
deprimem a respiração 
→ A analgesia do parto c/ anestesia combinada (raquidural + peridural) deve ser instituída, sempre que possível, p/ 
minimizar a reação de estresse em resposta à dor e à ansiedade materna e suas consequências fetais. 
-Amniotomia: deve ser tardia, ou seja, > 8 cm de dilatação cervical. Recomenda-se tal atitude pelo efeito protetor da 
bolsa das águas sobre a cabeça fetal. O desprendimento do polo cefálico e do bisacromial deve ser lento, p/ evitar os 
traumas sobre o SNC e o plexo braquial, além de favorecer a expressão torácica durante a passagem pelo canal de 
parto, permitindo expansão pulmonar adequada. 
-O fórcipe baixo encurta o período expulsivo e a incidência de hemorragia do SNC, ñ deve ser utilizado se o peso 
fetal estimado for < a 1.500 g. 
 -A cesárea deve ser feita diante de intercorrências clínicas e obstétricas e nas apresentações cefálicas defletidas e 
pélvicas c/ peso fetal estimado entre 1.000 e 2.499 g, situações em que os traumas fetais prejudicam o prognóstico 
neonatal. 
-A laqueadura do cordão umbilical deve ser realizada após 45 a 60 segundos, mantendo-se o RN em nível inferior ao 
da placenta, sem praticar a ordenha. Por outro lado, a passagem excessiva de sangue p/ o RN pode levar a 
hiperbilirrubinemia e hiperviscosidade sanguínea. 
-Assistência ao parto prematuro: 
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a) Parto vaginal: apresentações cefálica fletida e pélvicas e peso > 2.500 g ou <1.000g; 
b) Parto cesárea: apresentações cefálica defletida e pélvica e peso entre 1.000 
e 2.499 g; 
c) Analgesia do parto sempre que possível; 
d) Amniotomia tardia para proteção do polo cefálico; 
e) Desprendimento lento do polo cefálico ao nascimento (evitar trauma do 
SNC). 
-Profilaxia da infecção neonatal pelo Streptococcus do grupo B: o Streptococcus do grupo B (Streptococcus 
agalactiae) é frequentemente encontrado na vagina e no reto da mulher grávida. Quando essa bactéria é transmitida 
da mãe p/ o feto (o que acontece na maioria das vezes durante o trabalho de parto e no parto), pode causar sepse 
neonatal, principalmente no prematuro. Pesquisa em gestantes entre 35 e 37 semanas. A melhor forma de evitar a 
infecção neonatal pelo Streptococcus do grupo B é a profilaxia c/ antibióticos durante o trabalho de parto. A 
profilaxia antibiótica deve ser realizada em todas as gestantes de risco ou aquelas c/ cultura perineal positiva 
→ Em todos esses casos, deve-se prescrever, no período intraparto, penicilina G na dose de 5.000.000 UI IV, como dose de 
ataque, e 2.500.000 UI a cada 4 horas, até o parto. Como alternativa, pode ser empregada ampicilina 2 g IV, na dose de 
ataque, e 1 g a cada 4 horas, até o parto. Alergia á penicilina usa clindamicina 900 mg IV de 8 em 8h. P/ SER COMPLETA 
A PROFILAXIA SÃO 2 COMPLETAS 
-Fatores de riscos + importantes: TPP; rotura prematura de membranas no feto prematuro; rotura prematura de 
membranas por + de 18 horas; história de RN anterior c/ infecção pelo Streptococcus do grupo B; bacteriúria por 
Streptococcus agalactiae durante a gestação e febre durante o trabalho de parto. 
-Detecções e condutas: 
1. A 1º conduta é a prevenção do TPP: 
a) Pesquisa de fatores de risco e acompanhamento pré-natal adequado; 
b) USG precoce, p/estabelecer a IG precisa e diagnosticar malformação uterina, 
gemelaridade, miomas; 
c) Circlagem entre a 12º e 16º semanas de gestação nos casos de incompetência 
cervical; 
d) Uso de marcadores bioquímicos, como IL-6, IL-8, CRH, 
fFN e phIGFBP-1, que podem servir p/ indicar risco de TPP. 
2. Detecção e conduta no TPP: 
a) O verdadeiro TPP apresenta: 
• Contrações uterinas regulares a cada 5 minutos 
• Dilatação cervical de, pelo menos, 1 cm 
• Esvaecimento cervical de, no mínimo, 80%. 
-Operação cesariana no prematuro: deve estar de acordo c/ as indicações obstétricas. 
Entretanto, na prematuridade deve-se estar atento aos 
cuidados p/ facilitar a extração fetal e evitar os 
traumatismos. Laparotomia muito reduzida e histerotomia 
segmentar transversa, quando o segmento inferior do útero 
ainda é espesso, dificultam a extração fetal, prolongam o 
tempo operatório e as complicações maternas e fetais. 
Sendo assim, na ausência de segmento inferior adequado, 
recomenda-se a incisão segmentocorporal. Em situações em que inadvertidamente 
tenha-se praticado a incisão segmentar transversa e ocorram dificuldades para a 
extração fetal, deve-se recorrer a uma incisão complementar longitudinal que se 
assemelha à letra T invertida. A extração do feto prematuro exige que o obstetra seja 
experiente. As manobras obstétricas devem ser cuidadosas, lentas e delicadas, de 
preferência a c/ o nascituro empelicado. As técnicas de eleição p/ a anestesia são as 
regionais, raqui ou peridural. A escolha entre raqui e peridural é feita c/ base nas condições clínicas da gestante e no 
tempo cirúrgico estimado. Pela prematuridade é preferível a raquianestesia c/ agulha fina, em que se utiliza < 
quantidade de anestésico, c/ < comprometimento fetal e > relaxamento da musculatura, o que facilita a extração do 
feto e propicia < risco de traumatismo. Entretanto, essa anestesia apresenta > risco de hipotensão materna. Nesse 
sentido, deve-se estar atento às gestantes que foram submetidas à tocólise recente c/ beta-agonistas ou 
antagonistas do cálcio, pela possibilidade de interação medicamentosa c/ o anestésico, o que pode causar 
hipotensão arterial. Recomenda-se que após a suspensão da tocólise haja um intervalo de pelo menos 2 horas p/ a 
realização da anestesia

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