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Prematuridade: Causas, Classificação e Fatores de Risco

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Marc Carolina Ferreira 
-A OMS define prematuridade como todo RN vivo c/ menos de 37 semanas completas de 
gestação, contadas a partir do 1º dia do último período menstrual ou 259 dias 
-É a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal 
-O RN prematuro pode ser classificado em: 
• Prematuro extremo: quando nascido antes de 28 semanas de gestação 
• Prematuro grave: quando nascido entre 28 e 32 semanas de IG 
• Prematuro moderado: quando nascido entre 32 e 37 semanas de IG 
-O RN c/ menos de 2.500 g é denominado de baixo peso, podendo ou ñ ser prematuro, na 
 dependência da IG 
-A datação da gravidez deve levar em conta a certeza da data da última menstruação (DUM) e 
sua concordância c/ a USG obstétrica realizada até 12 semanas ou, pelo menos, 2 USG 
compatíveis até 20 semanas 
EPIDEMIOLOGIA 
-15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No mundo, de 4 a 11% No Brasil, 
em torno de 12% dos nascimentos. Isso significa que 340 mil bebês nascem prematuros todo 
ano, ou seja, 931 por dia 
-Em países desenvolvidos, ocorre em 4 a 11% dos nascimentos e tem se mantido constante há 
alguns anos. Em países pobres, as informações sobre a incidência são + escassas e menos 
confiáveis 
-Complicações neonatais + comuns incluem: síndrome do desconforto respiratório, 
hemorragia intracraniana, enterocolite necrosante e sepse. Tais intercorrências são as + 
frequentes em IG < a 32 semanas, tornando-se críticas abaixo de 28 semanas 
CLASSIFICAÇÃO 
-Em situações de prematuridade eletiva, a gestação é interrompida em virtude de 
complicações maternas e/ou fetais, e sua prevenção exige o controle de doenças maternas; na 
prematuridade espontânea (são 70% dos casos), ocorre o TPP, cuja etiologia é multifatorial e, 
muitas vezes, desconhecida. Os espontâneas podem ser evitados por meio da avaliação pré-
concepcional e assistência pré-natal 
-Outra maneira de classificar a prematuridade considera a IG ao nascer: 
• Prematuridade precoce: quando o nascimento ocorre antes de 33 semanas e 6 dias. Faz 
parte deste grupo a prematuridade extrema (20 ou 22 semanas a 27 semanas e 6 dias), que 
constitui o grupo de > morbidade e mortalidade neonatal 
• Prematuridade tardia: de 34 semanas a 36 semanas e 6 dias, a qual corresponde a 70% de 
todos os nascimentos prematuros. 
-É importante destacar que o nascimento entre 37 semanas e 38 semanas e 6 dias, também 
denominado termo precoce, traz consigo também > morbidade relacionada à prematuridade 
do que aquele ocorrido entre 39 e 40 semanas e 6 dias (termo completo). Portanto, a menos 
que haja alguma indicação de ordem médica, as interrupções eletivas da gestação devem ser 
realizadas a partir de 39 semanas 
FATORES DE RISCO 
Obstétricos: 
-Infecção amniótica: certos anaeróbios, particularmente Bacteroides sp., cocos anaeróbios e 
possivelmente Mobiluncus sp., agem c/ a Gardnerella vaginalis, inibindo o crescimento de lactobacilos e 
outras bactérias da flora normal e promovendo a elevação do pH vaginal (pH > 4,5). O tratamento da 
vaginose bacteriana é recomendado durante a gestação. Outros agentes também relacionados são 
Streptococcus do grupo B, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, 
Treponema pallidum e Trichomonas vaginalis. Diante do processo inflamatório das membranas 
ovulares, da decídua ou do colo uterino, há a liberação de fatores inflamatórios que atraem leucócitos e 
macrófagos, ativando-os a produzirem elastases que participam da degradação da matriz extracelular 
cervical. Isso leva a preparo do segmento inferior e esvaecimento do colo uterino. 
Marc Carolina Ferreira 
-Rotura prematura de membranas: infecções, placenta prévia, gemelaridade e polidrâmnio são os 
fatores predisponentes + importantes p/ essa intercorrência obstétrica 
-Alterações hormonais: a queda da produção de progesterona desencadeia o trabalho de parto 
prematuro(TPP) 
-Incompetência istmocervical: ocorrem dilatação cervical indolor no 2º ou no início do 3º trimestre, 
exteriorização das membranas seguida por infecção e rotura e consequente perda fetal. O diagnóstico 
precoce permite tratamento cirúrgico (circlagem) e possibilita o termo da gestação. Sangramento 
vaginal persistente, dilatação cervical ≥ 4 cm, franco trabalho de parto, corioamnionite, ruptura 
prematura de membranas, sofrimento fetal, anomalia fetal letal e morte fetal são contraindicações p/ a 
realização da circlagem. 
-Sangramentos vaginais de 1º e 2º trimestres: no 1º trimestre,  o risco de parto prematuro em 2 vezes. 
Quando o sangramento ocorre também no 2º trimestre, o risco eleva-se em 3 vezes. A trombina local, 
decorrente do sangramento decidual,  contratilidade uterina e desencadeia o parto prematuro. 
-Placenta prévia e descolamento prematuro de placenta: resultam em partos prematuros. 
-Gemelaridade e polidrâmnio: nesses casos, o TPP seja desencadeado pela superdistensão uterina. Na 
gestação gemelar, o parto prematuro ocorre em cerca de 50% dos casos e, na gestação trigemelar, em 
aproximadamente 90% das vezes. 
-Malformações fetais e placentárias: destacam-se anencefalia e agenesia renal c/ hipoplasia pulmonar. 
-Partos prematuros anteriores: gestantes c/ história de 1 parto prematuro espontâneo anterior têm 
probabilidade de 37% de um 2º parto prematuro, e aquelas c/ 2 ou + partos anteriores prematuros 
apresentam 70% de risco de repetição. 
 Ginecológicos: 
-Amputação de colo uterino: provoca incompetência cervical, proporcionando dilatação precoce do colo 
uterino e exposição das membranas ovulares, favorecendo a infecção. C/ isso, surgem as contrações 
uterinas. 
-Malformações uterinas: incidência de parto prematuro é >, cerca de 30% estão relacionados ao útero 
didelfo, 25% ao útero bicorno e 10% ao útero septado. 
-Miomas: pode causar sangramentos e rotura prematura de membranas ovulares. Os miomas de pior 
prognóstico são os submucosos, especialmente quando estão próximos à inserção placentária 
(subplacentários). 
Epidemiológicos: 
-Baixo nível socioeconômico: más condições de higiene (predispõe a infecções urinárias/vaginais), 
nutrição inadequada, gravidez na adolescência, gravidez indesejada, conflitos familiares, fumo, consumo 
de drogas, estresse constante e falta de assistência pré-natal adequada constituem fatores agravantes. 
-Desnutrição: é um fator causador de estresse, liberação de catecolaminas e c/ isso estimula os 
receptores alfa presentes no miométrio, c/ da atividade uterina e ocorre o parto prematuro 
-Gravidez indesejada e assistência pré-natal inadequada: a > incidência de prematuridade entre as 
adolescentes se relaciona + ao baixo nível socioeconômico, gravidez indesejada, conflitos familiares e 
falta de assistência pré-natal adequada do que à faixa etária propriamente dita. 
-Estresse:a ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal materno e fetal leva à produção do 
CRH. A liberação de catecolaminas constante e em crises emocionais estimula os receptores alfa no 
útero e provoca  na contratilidade uterina. 
-Fumo: as gestantes fumantes apresentam níveis + elevados de catecolaminas circulantes. Além disso, 
está associado a > incidência de rotura prematura de membranas e sangramentos vaginais. 
-Drogas: o risco é particularmente alto c/ o uso de cocaína e derivados, essas drogas influenciam a 
produção de prostaglandinas na placenta, o que predispõe à contração uterina. 
Clínico-cirúrgicos: 
-Doenças maternas: DM, HAS, nefropatias, cardiopatias e distúrbios da tireoide (hiper ou 
hipotireoidismo) ñ tratados, resultam em parto prematuro espontâneo ou eletivo, devido as 
complicações maternas ou fetais. A pielonefrite e a pneumonia apresentam > incidência de parto 
prematuro. 
-Procedimentos cirúrgicos na gravidez: a ocorrência de parto prematurodepende de quanto o ato 
cirúrgico influi sobre o metabolismo e o estado geral da gestante. 
Iatrogênicos: 
-Eros na determinação da IG e partos eletivos 
FISIOPATOLOGIA 
Marc Carolina Ferreira 
-Admite-se que existam 4 mecanismos 
fisiopatológicos p/ o parto prematuro: 
ativação do eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal (estresse); inflamação e infecção; 
sangramento decidual e distensão ou 
contratilidade uterina patológica 
-O estresse fetal ou materno pode 
desencadear a liberação de hormônios 
hipotalâmicos (CRH, ocitocina) e adrenais 
(cortisol, adrenalina). Os processos 
inflamatórios e infecciosos 
(corioamnionite, cervicite) promovem a 
liberação de endotoxinas e citocinas 
inflamatórias, como o TNF-alfa e as 
interleucinas. O sangramento decidual, c/ a produção de trombina,  a contratilidade uterina. 
E a sobredistensão uterina é causa de contratilidade uterina , que ocorre no polidrâmnio e na 
gemelidade. Na contratilidade uterina anormal podem estar envolvidos os receptores de 
ocitocina, a  relativa da progesterona ou as gap junctions 
PREVENÇÃO 
-Prevenção primária: é deficiente, identificar todos os fatores de risco, é preciso remover 
todas as causas, necessita da equipe multidisciplinar, anamnese detalhada, fatores de risco 
epidemiológicos atuar desde o início 
-Prevenção secundária: exames de rotina pré-natal + culturas de secreção vaginal e pesquisa 
de ISTs em pacientes c/ fator de risco + pesquisa de infecção ITU (trata-se bacteriúria 
assintomática em gestantes e profilaxia em ITU de repetição) + pesquisa de streptococcus 
grupo B + monitorização das contrações uterinas (ensinar a gestante acompanhar clinicamente 
contrações e tocógrafo) + USG p/ medida do colo (gestantes c/ fator de risco entre 18 e 24 
semanas e comprimento e sinais como afunilamento) + teste de fibronectina fetal 
-Prevenção terciária: são recomendadas a inibição do TPP e a corticoterapia, só há benefício 
se as medidas forem tomadas na fase inicial do TPP, c/ dilatação cervical < 3 cm. 
-Tratamento do colo curto (<25 mm): repouso + abstinência sexual + investigação de 
infecções+ progesterona vaginal + internação + se sintomas fibronectina fetal 
-Progesterona: natural micronizada 100 a 200MCG via vaginal 
-Teste da fibronectina fetal: é um glicoproteína produzida pelo trofoblast, é presente em 
condições normais antes das 20 semanas e após 35 semanas. Entre 20 e 22 semanas c/ a fusão 
do âmnio e córion, ela desaparece. Se estiver presente: marcador de TPP. Elevado valor 
preditivo negativo por até 2 semanas após teste (96%). É indicada a ser feita em gestantes 
sintomáticas 
-P/ a coleta do teste de fibronectina fetal é preciso ter: bolsa íntegra; abstinência sexual; 
ausência de sangramento vaginal; dilatação < 3 cm e ñ ter realizado toque vaginal antes 
-Trabalho de parto prematuro: são contrações rítmicas e regulares que modificam o colo 
uterino antes de 37 semanas 
-Tocólise: seu objetivo é postergar o parto de 48 a 72 horas, p/ remover a paciente p/ um 
centro de referencia ou p/ poder fazer corticoterapia/neuroproteção/ antibioticoterapia p/ 
quando o feto nascer tem uma melhor chance de sobrevida 
-Critérios p/ realizar tocólise: contrações rítmicas (TPP verdadeiro); menos que 3 cm (fase de 
latência); esvaiecimento ñ pronunciado; IG até 34 semanas e viabilidade (depende do serviço, 
se o serviço ñ segura viabilidade de < 20 semanas ñ faz de jeito maneira) 
-Contraindicações de tocólise: corioamnionite, rotura de membranas ovulares, sangramento 
grave (DPP, PP), condições clínicas maternas desfavoráveis, morte fetal/ anomalias fetais 
incompatíveis c/ a vida, sofrimento fetal e contraindicações relacionadas às drogas 
Marc Carolina Ferreira 
Procedimentos p/ a detecção do risco de parto prematuro espontâneo: 
-A presença de fatores de risco ñ indica necessariamente parto prematuro 
-Monitorização das contrações uterinas:é comum que a gestante apresente contrações ao realizar 
um movimento brusco (levantar, deitar ou praticar um exercício físico). O que ñ é normal é apresentar 
contrações rítmicas e c/ frequência elevada, ou 
seja, 4 ou + eventos em 1 hora em IG ≤ 30 
semanas e 6 ou + eventos por hora quando > 
30 semanas. A monitorização 
das contrações uterinas é um dos métodos que 
permitem o rastreamento do parto prematuro. As 
gestantes c/ > predisposição ao TPP apresentam  
da frequência das contrações uterinas nos dias ou 
nas semanas que precedem o trabalho de parto. 
Perante o resultado positivo, é importante 
relacioná-lo a outros marcadores do parto prematuro. 
-Medida do comprimento do colo uterino pelo toque vaginal e pela USG transvaginal: o 
encurtamento do colo e a dilatação de seu orifício interno podem acontecer semanas antes do TPP. Os 
mecanismos envolvidos acredita-se há contrações uterinas 
silenciosas ou eventual processo inflamatório local. Sabe-se que 
a invasão de células inflamatórias locais (neutrófilos) causa a 
produção de colagenases que provocam a lise do colágeno, 
principal componente do colo. No parto prematuro, o 
encurtamento do colo ocorre de maneira semelhante. As 
alterações no colo uterino podem ser notadas clinicamente por 
meio do toque vaginal seriado. Na predição do parto 
prematuro, esse recurso ñ tem se mostrado útil, por causa da 
subjetividade do exame. O avanço da USG transvaginal permitiu 
o exame do colo uterino de maneira + eficaz, deve ser empregado, de preferência, às gestantes de 
risco p/ o parto prematuro, que estejam entre 18 e 24 semanas, na mesma ocasião em que se faz 
a USG morfológica. Considera-se que quando o comprimento do colo for < a 20 mm, a gestante 
será de risco p/ o parto prematuro espontâneo (< 25 mm, de acordo c/ o MS). 
-Uso de marcadores bioquímicos: as interleucinas (ILs) 6 e 8, o hormônio liberador da corticotrofina 
(CRH), o estriol sérico e salivar, a fibronectina fetal (fFN) e a 
proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-
símile (phIGFBP-1) são os marcadores principais. Níveis elevados 
de IL-6 e IL-8 no líquido amniótico e no conteúdo cervical 
associam ao parto prematuro, principalmente na presença de 
infecções. Elevações do CRH no soro materno, ocorre a partir da 
20º semana, em gestantes submetidas ao estresse e que tiveram parto prematuro. Os estrogênios 
agem nas células miometriais,  a sensibilidade a ocitocina. A 
ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal materno e/ou 
fetal se relaciona à produção placentária de estrogênios, que 
acontece de 3 a 5 semanas antes do parto, c/ elevação dos níveis 
de estriol plasmático e salivar. A fFN é uma glicoproteína 
produzida pelo trofoblasto, sua função é assegurar a aderência 
do blastocisto à decídua, está presente no conteúdo 
cervicovaginal durante as primeiras 20 semanas de gestação. 
Após a 22º semana, ocorre a fusão do âmnio c/ o cório, e a fFN 
desaparece da vagina até a 36º semana, a menos que haja 
rotura de membranas, presença de fator mecânico que separe o 
cório da decídua ou diante de um processo inflamatório, 
infeccioso ou isquêmico na interface materno-fetal. Além de tudo isso, é aplicada basicamente em 2 
grupos: gestantes sintomáticas, c/ queixas de contrações uterinas e gestantes assintomáticas, mas de 
alto risco p/ prematuridade (antecedente de parto prematuro espontâneo e gestação gemelar). A 
detecção da phIGFBP-1 no colo uterino, c/ membranas intactas, sugere comprometimento da decídua 
Marc Carolina Ferreira 
-A coleta dos biomarcadores deve ser realizada em gestante apenas nas seguintes condições: 
a) IG entre 22 e 36 semanas 
b) Bolsa íntegra 
c) Dilatação cervical < 3 cm 
d) Ausência desangramento genital 
e) Ausência de relação sexual nas últimas 24 horas 
-As amostras são coletadas no fundo de saco de Douglas c/ o auxílio do espéculo vaginal e do 
kit próprio p/ o exame. É importante ñ realizar toque vaginal, coleta de esfregaços vaginais e 
uso de lubrificantes vaginais antes da coleta do exame, uma vez que esses recursos  as taxas 
de falso positivo ou negativo. 
CONDUÇÃO NO TRABALHO DE PARTO PREMATURO 
Estágio I: 
-No 1º estágio, enquadram-se as gestantes c/ fatores de risco p/ o parto prematuro, + 
importante é o bom acompanhamento pré-natal. O ideal é que o obstetra atue como membro 
de uma equipe de multiprofissionais. A gestante deve receber orientações quanto a hábitos de 
higiene, nutrição e aporte psicológico 
-O exame US deve ser realizado o + precocemente, a fim de estabelecer c/ precisão a IG e 
diagnosticar situações de risco (presença de malformações uterinas, miomas e gestação 
gemelar). As intercorrências clínicas + comuns devem ser diagnosticadas e tratadas 
corretamente. 
-Malformações uterinas (útero didelfo, bicorno e septado) e partos prematuros de repetição: 
deve ser utilizada a progesterona por via vaginal a partir da 16º semana de gestação. 
-Incompetência cervical: faz-se a circlagem eletiva do colo uterino entre a 12º e a 16º semanas 
de gestação 
→ Na gestação gemelar, a gestante é orientada a fazer repouso físico a partir da 25º semana. 
-Consultas médicas: devem ser + frequentes, c/ retornos quinzenais até a 28º semana e, após, 
devem ser semanais. O objetivo é verificar as queixas, avaliar as contrações uterinas e as 
condições cervicais. 
-É importante que as gestantes de risco tenham conhecimento dos sintomas e dos sinais do 
trabalho de parto (aparecimento de contrações uterinas regulares, durante pelo menos 1 hora, 
mesmo que indolores, da sensação de peso no baixo-ventre e da alteração no fluxo vaginal) 
Estágio II: 
-Trata-se de um estágio em que ocorrem os eventos bioquímicos do TPP, a contratilidade 
uterina é anormal e as alterações cervicais podem ser pequenas ou estar ausentes. O 
aparecimento de contrações uterinas sem alteração do colo do útero se chama útero irritável, 
situação em que a gestante deve ser mantida em repouso e submetida à sedação 
-Intercorrências clínicas: quando presentes, devem ser tratadas, e, pela frequência elevada, as 
infecções urinárias e vaginais devem ser sempre investigadas 
 -USG obstétrica: é extremamente necessária a fim de analisar a IG, as estruturas e o 
crescimento fetais. A partir da 28º semana de gestação, deve-se analisar a vitalidade fetal por 
meio da cardiotocografia ou do perfil biofísico fetal. 
-É importante manter a paciente em repouso e sob vigilância contínua. Diante do  das 
contrações uterinas e da mudança progressiva do colo, deve-se atuar como no estágio III. 
Estágio III (VERDADEIRO TPP): 
-Nesse estágio, existem contrações uterinas rítmicas, capazes de provocar dilatação cervical. 
Marc Carolina Ferreira 
Estão presentes contrações uterinas regulares a cada 5 
min, dilatação cervical de, pelo menos, 1 cm e 
esvaecimento cervical de, no mínimo, 80%. 
→ No falso trabalho de parto, ñ ocorre a mudança 
progressiva do colo, e as contrações cessam 
espontaneamente após um período de repouso. Em casos 
duvidosos, é importante que a gestante permaneça em 
repouso durante 2 a 3 horas, p/ observação clínica. Nesses 
episódios, podem ser empregados ainda os marcadores 
bioquímicos. 
-Diante de doença materna que torne desfavorável o 
ambiente intrauterino ou se agrave c/ a continuidade 
da gestação, o trabalho de parto ñ deve ser inibido 
-Caso se decida pela inibição das contrações uterinas, a 
gestante deve ser mantida em repouso absoluto no 
leito e deve ser iniciada a hidratação parenteral. Até 50% das pacientes c/ contrações 
regulares respondem bem apenas c/ o repouso e a hidratação. Se, após 1 hora, persistirem as 
contrações uterinas, deverá ser introduzida a terapêutica tocolítica. 
1. Condições p/ o uso de tocolíticos: período de latência do trabalho de parto; dilatação cervical < 
3 cm; esvaecimento ñ pronunciado; IG entre 22 e 34 semanas e contrações uterinas rítmicas 
2. Contraindicações p/ a tocólise: óbito fetal; sofrimento fetal; malformações fetais incompatíveis 
c/ a vida; restrição do crescimento fetal; infecção amniótica; DPP; placenta prévia sangrante; 
síndrome hipertensiva grave; diabetes insulinodependente instável; hipertireoidismo e anemia 
falciforme. 
-Uterolíticos: seu uso deve ser iniciado assim que se estabelecer o diagnóstico de TPP. O 
principal objetivo da tocólise é ganhar tempo necessário p/ a ação da corticoterapia e/ou o 
transporte materno p/ serviço terciário c/ segurança. Os + utilizados p/ a inibição das 
contrações uterinas, no passado, eram os beta-agonistas. 
 Bloqueadores dos canais de cálcio: a nifedipina (1º escolha MS) 10 mg VO a cada 20 minutos 
até 4 doses OU 20 mg VO em dose única, e se necessário 20 mg após 90–120 minutos se a 
atividade uterina persistir. Se após a 2ª dose mantiver atividade uterina, considerar falha 
terapêutica e utilizar outro agente. Manutenção: 20 mg VO a cada 4 a 8 horas por no máximo 
72 horas. Contraindicações são: hipotensão materna (PA < 90/50 mmHg) e bloqueio 
atrioventricular 
 Inibidores de prostaglandinas: a principal é a indometacina, são bacanas pois apresenta fácil 
administração, bem tolerados, porém passam facilmente a placenta. Efeitos colaterais: 
enterocolite necrotizante, fechamento precoce do ducto arterioso, hipertensão pulmonar 
primária, oligoâmnio e hemorragia intracraniana fetal. Indicação: transferência a centros 
especializados 
 Sulfato de magnésio: age como um antagonista do cálcio na fibra muscular e representa 
alternativa a determinadas situações clínicas em que o beta-agonista pode ser utilizado.Possui 
baixa ação tocolitica. Apresenta neuroproteção fetal, o que  a chance de paralisia cerebral. 
Indicado em gestações c/ indicação de resolução abaixo de 32 semanas. Paro a tocálise faço a 
neuroproteção antes do parto e faço o parto na sequencia. Ataque: 4 g IV por 30 minutos. 
Manutenção 1 g/H até parto (caso demore). Ñ é necessário magnesemia materna 
 Antagonista de ocitocina: é usado o atosibano, possui efeitos colaterais mínimos, no entanto é 
muito caro e ñ se mostrou superior nos trabalhos a nifedipina 
 Etanol: inibe a secreção de ocitocina e hormônio antidiurético pela neuro-hipófise, reduz o nº 
de receptores p/ ocitocina e age como inibidor da ocitocina no miométrio. Ñ é utilizado, já que 
é menos eficaz e apresenta efeitos colaterais indesejáveis (vômitos, agitação, acidose láctica e 
coma) 
 Nitroglicerina: é administrado sob a forma de adesivos e tem sido empregada em alguns 
estudos como agente tocolítico. Seu mecanismo de ação se baseia na formação de óxido 
nítrico, possui ação relaxante no músculo liso. 
Marc Carolina Ferreira 
 Betagonista: esses uterolíticos são úteis por adiarem o parto durante 2 a 3 dias, tempo 
suficiente p/ o emprego dos corticosteroides, importantes p/ reduzirem as complicações 
pulmonares e neurológicas do RN.Entre essas drogas, destacam-se a terbutalina(+ USADA NA 
VIDA REAL), o salbutamol(+ USADA NA VIDA REAL), a isoxsuprina, o fenoterol e a ritodrina(é 
que a FDA aprova). Deve-se ter cuidado c/ o uso de betamiméticos e hidratação venosa devido 
ao risco  de edema agudo de pulmão. Podem elevar a glicemia materna 
 Salbutamol: solução de 5 mg (10 ampolas) em 500 mL de soro glicosado a 5% (0,01 mg/mL). 
Iniciar a 10 µg/min (60 mL/h em bomba de infusão ou 20 gotas/min) e  10 µg/min de 20 em 
20 minutos até a inibição das contrações ou o aparecimento de efeitos colaterais maternos 
indesejáveis (FC > 120 bpm, dor torácica ou hipotensão). Manterpor 60 minutos,  10 µg/min a 
cada 30 minutos até < dosagem efetiva p/ a inibição das contrações e manter por 12 horas; 
 Terbutalina: 5 mg (ou 10 amp.) em 500 ml SG 5% (0,01mg/ml) 60 ml/hr em bomba de infusão 
ou 20 gotas/min. Aumentar 10 µg/ min de 20 em 20 minutos até inibição das contrações. 
Efeitos colaterais maternos: pulso >120 bpm; dor torácica; hipotensão e edema agudo de 
pulmão. Manter por 12 horas 
 Ritodrina: solução de 50 mg (ou 5 ampolas) em 500 mL de soro glicosado a 5% (0,1 mg/mL). 
Iniciar a 50 µg/min (30 mL/h em bomba de infusão continua ou 10 gotas/min) por via 
intravenosa e 50 µg/min de 20 em 20 minutos até inibição das contrações ou efeitos 
colaterais maternos (FC > 120 bpm, dor torácica ou hipotensão). Manter por 60 min,  50 
µg/min a cada 30 min até < dosagem que mantiver contrações inibidas e manter por 12 horas. 
-Deve-se evitar o uso concomitante de uterolítico beta-agonista e corticosteroide. 
-A paciente deve permanecer em repouso absoluto e sob vigilância por + 24 horas. Caso 
retornem as contrações, o esquema intravenoso pode ser reutilizado. 
-Corticoterapia: os corticosteroides atuam em receptores pulmonares fetais, leva à produção 
de fosfatidilcolina, o principal componente do surfactante. A betametasona e a dexametasona 
são os corticosteroides preferidos p/ a terapia antenatal. Preconiza-se o uso dessas drogas 
entre a 24º e 34º semanas de gestação. Deve ser evitada na vigência de tocólise c/ beta-
agonista, pelo > risco de edema agudo de pulmão; em casos como esse, os corticosteroides 
devem ser administrados a partir da retirada do agente tocolítico. Os efeitos atingem seu 
benefício máximo se o parto ocorrer entre 24 horas e 7 dias após a última dose do 
medicamento. Se o parto ocorrer fora desse prazo ainda existe benefício. Contraindicações: 
evidências clínicas de infecção e/ou parto iminente 
-Beneficios da corticoterapia: redução 40-60% da membrana hialina; < gravidade da síndrome do 
desconforto respiratório; melhor resposta ao surfactante pulmonar; menos hemorragia intracraniana e 
menos enterocolite necrotizante 
→ Betametasona em dose IM de 12 mg, c/ intervalo de 24 horas, em um total de 2 aplicações. 
→ A dexametasona em dose IM de 6 mg, a cada 12 horas, em um total de 4 aplicações. 
→ Em ambos os esquemas, o efeito máximo inicia-se em 24 horas. 
→ O MS do Brasil permite a realização de até 3 ciclos de corticoterapia desde que a droga 
utilizada seja a betametasona. 
→ Ciclo: betametasona 12 mg IM de 24 em 24h + dexametasona 6 mg IM de 12 em 12h x 4 doses 
→ 1 ciclo - ideal 
→ 2 ciclos - individualizar 
→ 3 ciclos- Ministério da Saúde orienta só se c/ betametasona 
Marc Carolina Ferreira 
-Neuroproteção: o uso do sulfato de magnésio na neuroproteção de prematuros apresenta < 
incidência de lesões do SNC. Assim, certos serviços 
de Neonatologia o preconizam o uso da droga 
importante p/ a prevenção de paralisia cerebral 
em prematuros, utilizam-se 4 g de sulfato de 
magnésio por via EV logo antes do parto. Tal 
conduta ñ faz parte do protocolo do Ministério da 
Saúde do Brasil. 
1. Cuidados gerais na administração: 
a) Se o sulfato de magnésio for iniciado, a tocólise deverá 
ser descontinuada; 
b) Pode ser administrado antes que as drogas tocolíticas 
sejam eliminadas da circulação materna 
c) O uso prévio de nifedipino ñ contraindica o uso de sulfato 
de magnésio p/ neuroproteção 
d) O parto ñ deve ser postergado p/ a sua administração p/ 
neuroproteção nos casos em que há recomendação p/ 
interrupção de urgência por indicações materna e/ou fetal 
e) Ñ é necessária a monitorização dos níveis de magnésio 
sérico 
f) Quando o parto pré-termo for eletivo por indicações 
materna e/ou fetal, o sulfato de magnésio deverá ser iniciado 
idealmente 4 horas antes do nascimento – dose de ataque de 
4 g IV, por 30 min, seguida por infusão de 1 g/h até o parto 
Estágio IV: 
-Assistência ao parto prematuro: são necessários, no acompanhamento do trabalho de parto, 
ao menos 2 obstetras. O parto prematuro se associa a problemas clínicos e obstétricos que 
envolvem riscos (rotura prematura de membranas, gestação gemelar, inserção baixa 
de placenta, DPP, hipertensão arterial grave). Um bom berçário e uma UTI neonatal adequada 
são fundamentais p/ que o trabalho de toda a equipe envolvida alcance o sucesso esperado. 
-Escolha da via de parto: os seguintes aspectos devem ser considerados p/ decidir sobre a 
melhor via de parto: IG (viabilidade), peso estimado do feto, apresentação fetal, condições do 
colo uterino, integridade das membranas amnióticas, possibilidade de monitorização fetal, 
experiência da equipe e condições do berçário. Apesar da melhora na sobrevida a 28º semana 
ainda é considerada limite da viabilidade; abaixo disso, a morbidade permanece elevada. 
Deve-se optar pelo parto vaginal diante de TPP espontâneo em apresentação cefálica fletida e 
nas apresentações pélvicas c/ peso fetal estimado pela USG ≥ 2.500 g e naqueles < 
1.000 g (< 28 semanas), ou seja, inviáveis. O de catecolaminas durante o trabalho de parto 
causa  da produção de líquido pelas células alveolares dos pulmões fetais. Além disso, RN ao 
passar pelo canal de parto, elimina + facilmente o líquido pulmonar e expande melhor os 
pulmões. 
-Durante o trabalho de parto prematuro, deve-se evitar a realização de toques vaginais 
frequentes p/ que se  a chance de contaminação do feto e da câmara amniótica, 
especialmente c/ relação ao Streptococcus do grupo B. 
-Durante a assistência ao parto prematuro, deve-se evitar o uso de analgésicos 
tranquilizantes ou sedativos, que deprimem a respiração 
→ A analgesia do parto c/ anestesia combinada (raquidural + peridural) deve ser instituída, 
sempre que possível, p/ minimizar a reação de estresse em resposta à dor e à ansiedade 
materna e suas consequências fetais. 
-Amniotomia: deve ser tardia, ou seja, > 8 cm de dilatação cervical. Recomenda-se tal atitude 
pelo efeito protetor da bolsa das águas sobre a cabeça fetal. O desprendimento do polo 
cefálico e do bisacromial deve ser lento, p/ evitar os traumas sobre o SNC e o plexo braquial, 
além de favorecer a expressão torácica durante a passagem pelo canal de parto, permitindo 
expansão pulmonar adequada. 
Marc Carolina Ferreira 
-O fórcipe baixo encurta o período expulsivo e a incidência de hemorragia do SNC, ñ deve ser 
utilizado se o peso fetal estimado for < a 1.500 g. 
 -A cesárea deve ser feita diante de intercorrências clínicas e obstétricas e nas apresentações 
cefálicas defletidas e pélvicas c/ peso fetal estimado entre 1.000 e 2.499 g, situações em que 
os traumas fetais prejudicam o prognóstico neonatal. 
-A laqueadura do cordão umbilical deve ser realizada após 45 a 60 segundos, mantendo-se o 
RN em nível inferior ao da placenta, sem praticar a ordenha. Por outro lado, a passagem 
excessiva de sangue p/ o RN pode levar a hiperbilirrubinemia e hiperviscosidade sanguínea. 
-Assistência ao parto prematuro: 
a) Parto vaginal: apresentações cefálica fletida e pélvicas e peso > 2.500 g ou <1.000g; 
b) Parto cesárea: apresentações cefálica defletida e 
pélvica e peso entre 1.000 e 2.499 g; 
c) Analgesia do parto sempre que possível; 
d) Amniotomia tardia para proteção do polo cefálico; 
e) Desprendimento lento do polo cefálico ao 
nascimento (evitar trauma do SNC). 
-Profilaxia da infecção neonatal pelo Streptococcus do grupo B: o Streptococcus do grupo B 
(Streptococcus agalactiae) é frequentemente encontrado na vagina e no reto da mulher 
grávida. Quando essa bactéria é transmitida da mãe p/ o feto (o que acontece na maioria das 
vezes durante o trabalho de parto e no parto), pode causar sepse neonatal, principalmente no 
prematuro. Pesquisa em gestantes entre 35 e 37 semanas. Amelhor forma de evitar a infecção 
neonatal pelo Streptococcus do grupo B é a profilaxia c/ antibióticos durante o trabalho de 
parto. A profilaxia antibiótica deve ser realizada em todas as gestantes de risco ou aquelas c/ 
cultura perineal positiva 
→ Em todos esses casos, deve-se prescrever, no período intraparto, penicilina G na dose de 
5.000.000 UI IV, como dose de ataque, e 2.500.000 UI a cada 4 horas, até o parto. Como 
alternativa, pode ser empregada ampicilina 2 g IV, na dose de ataque, e 1 g a cada 4 horas, até 
o parto. Alergia á penicilina usa clindamicina 900 mg IV de 8 em 8h. P/ SER COMPLETA A 
PROFILAXIA SÃO 2 COMPLETAS 
-Fatores de riscos + importantes: TPP; rotura prematura de membranas no feto prematuro; 
rotura prematura de membranas por + de 18 horas; história de RN anterior c/ infecção pelo 
Streptococcus do grupo B; bacteriúria por Streptococcus agalactiae durante a gestação e febre 
durante o trabalho de parto. 
-Detecções e condutas: 
1. A 1º conduta é a prevenção do TPP: 
a) Pesquisa de fatores de risco e acompanhamento pré-
natal adequado; 
b) USG precoce, p/estabelecer a IG precisa e diagnosticar 
malformação uterina, gemelaridade, miomas; 
c) Circlagem entre a 12º e 16º semanas de gestação nos 
casos de incompetência cervical; 
d) Uso de marcadores bioquímicos, como IL-6, IL-8, CRH, fFN 
e phIGFBP-1, que podem servir p/ indicar risco de TPP. 
2. Detecção e conduta no TPP: 
a) O verdadeiro TPP apresenta: 
• Contrações uterinas regulares a cada 5 minutos 
• Dilatação cervical de, pelo menos, 1 cm 
• Esvaecimento cervical de, no mínimo, 80%. 
-Operação cesariana no prematuro: deve estar de acordo c/ as indicações obstétricas. 
Entretanto, na prematuridade deve-se estar atento aos cuidados p/ facilitar a extração fetal e 
evitar os traumatismos. Laparotomia muito reduzida e histerotomia segmentar transversa, 
quando o segmento inferior do útero ainda é espesso, dificultam a extração fetal, prolongam o 
tempo operatório e as complicações maternas e fetais. Sendo assim, na ausência de 
segmento inferior adequado, recomenda-se a incisão segmentocorporal. Em situações em que 
inadvertidamente tenha-se praticado a incisão segmentar transversa e ocorram dificuldades 
Marc Carolina Ferreira 
para a extração fetal, deve-se recorrer a uma incisão complementar longitudinal que se 
assemelha à letra T invertida. A extração do feto prematuro exige que o obstetra seja 
experiente. As manobras obstétricas devem ser cuidadosas, lentas e delicadas, de preferência 
a c/ o nascituro empelicado. As técnicas de eleição p/ a anestesia são as regionais, raqui ou 
peridural. A escolha entre raqui e peridural é feita c/ base nas condições clínicas da gestante e 
no tempo cirúrgico estimado. Pela prematuridade é preferível a raquianestesia c/ agulha fina, 
em que se utiliza < quantidade de anestésico, c/ < comprometimento fetal e > relaxamento da 
musculatura, o que facilita a extração do feto e propicia < risco de traumatismo. Entretanto, 
essa anestesia apresenta > risco de hipotensão materna. Nesse sentido, deve-se estar atento 
às gestantes que foram submetidas à tocólise recente c/ beta-agonistas ou antagonistas do 
cálcio, pela possibilidade de interação medicamentosa c/ o anestésico, o que pode causar 
hipotensão arterial. Recomenda-se que após a suspensão da tocólise haja um intervalo de pelo 
menos 2 horas p/ a realização da anestesia 
Quais são os benefícios neonatais da corticoterapia antenatal? Os benefícios da terapêutica 
antenatal c/corticosteroides incluem redução de 40 a 60% de membrana hialina entre RN de 28 a 34 
semanas, < gravidade da síndrome da angústia respiratória quando presente, < incidência de 
hemorragia intracraniana e de enterocolite necrosante, e > sobrevida dos RN prematuros, c/ melhora na 
estabilidade circulatória e c/ necessidades reduzidas de oxigenação e de suporte ventilatório. Além 
disso, observam-se melhores respostas terapêuticas ao uso do surfactante neonatal quando a paciente 
faz uso do corticosteroide no período antenatal.

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