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LILIANE eloiza CATtANI cordeiro
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO iii: gESTÃO EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
São José dos Pinhais
2020
LILIANE eloiza CAtTANI cordeiro
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO iii: gESTÃO EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Trabalho Licenciatura em Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção de média nas disciplinas de Aprendizagem de Ciências Naturais, Aprendizagem de Língua Portuguesa, Aprendizagem da Matemática, Aprendizagem de Geografia e História, Pedagogia em Espaços não escolares e Estágio Curricular em Pedagogia III – Gestão Educacional em Espaços não escolares.
Prof. Angela Maria Medeiros Ramos e Silva.
São José dos Pinhais
2020
SUMÁRIO
1	RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS	4
2	RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR COM DESTAQUE PARA AS ATRIBUIÇÕES DO CORPO DIRETIVO	6
3	RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA – DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO E SECRETÁRIO	9
4	RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA	12
5	ATA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA	14
6	RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO PEDAGOGO DA ESCOLA	15
7	PLANO DE AÇÃO	17
8	RELATO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO À DIREÇÃO DA ESCOLAR	24
CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o propósito de apresentar uma análise sobre o estágio Curricular Obrigatório III – Gestão Educacional e Espaços não escolares realizado durante o mês de fevereiro e março no Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria da Piedade Souza Cortês, localizado no Campo Largo da Roseira, zona rural de São José dos Pinhais. 
Durante o estágio foi possível observar a rotina da escola e dos seus profissionais, como é o seu funcionamento e as suas peculiaridades. Foram realizadas atividades referentes a gestão escolar, em conjunto com a diretora e vice-diretora da unidade, que apresentaram as especificidades do trabalho da equipe diretiva. Por meio de observações, entrevistas e análises de documentos como o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar, foi possível compreender o funcionamento gestor da instituição, a função da equipe gestora e o papel do pedagogo no âmbito escolar.
Diante disso, ficou perceptível que a instituição é baseada nos princípios de gestão democrática e participativa, que implica em “uma cadeia ampla de processos, procedimentos, instrumentos e mecanismos de ação” (MENDONÇA, 2000, p.95) no qual os pais não devem apenas participar de reuniões para entrega de pareceres e atividades, mas também da tomada de decisões e da vida escolar dos filhos. 
A equipe gestora busca promover a gestão democrática e a participação da comunidade, na identificação de problemas, nas discussões, na formulação de alternativas, para efetivar seus objetivos. Como afirma Libâneo (2004, p.102) “a participação é o principal meio de se assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar”.
Partindo desse pressuposto, foi elaborado um plano de ação com o tema “Família e escola: uma aproximação necessária” que visa incentivar a participação da família no âmbito escolar, onde foram propostas atividades e ações que contribuem para que a família e a comunidade escolar participem ativamente do cotidiano do CMEI.
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
O artigo Pedagogia em Ação: o papel do pedagogo e suas diversas atuações analisa a trajetória da educação e do curso de Pedagogia ao longo dos anos, a atuação do pedagogo em ambientes além do escolar e esclarece sobre a questão da formação do pedagogo.
Na antiguidade a educação tinha apenas como finalidade a transmissão de conhecimentos, no qual o educador era considerado o único detentor dos conhecimentos e o estudante era passivo, não sendo considerado o sujeito da sua própria aprendizagem. No entanto, com o passar dos anos essa ideia foi se modificando, e atualmente o papel da educação e do educador é buscar métodos, práticas e favorecer a apropriação de conhecimentos.
No entanto, no Brasil a primeira noção de educação surgiu apenas em 1549 com os Jesuítas, que para educar os povos nativos utilizavam a pedagogia tradicional e métodos catequéticos. Contudo, inconformado com o modo de ensinar dos Jesuítas, o Marquês de Pombal iniciou a reforma pombalina, que transferiu uma educação baseada em ideias religiosas para uma educação laica. Já em 1932, com o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, surgiu novas noções de educação, onde buscava-se reformas, como: um ensino público, gratuito, universal e laico. Com a aprovação da LDB, a Escola Nova incentivou a criação e oferta em Universidades do curso de Pedagogia, como forma de capacitar os professores.
O curso de Pedagogia passou por inúmeras mudanças, desde a sua denominação, sua implantação nas universidades, a concepção de como deveria ser formação inicial do pedagogo, os principais aspectos do curso, as atribuições e funções, o tempo de duração e os campos de atuação. 
Entre os marcos históricos que impulsionaram a mudança no curso de pedagogia e na formação do professor, foi a Comissão de Especialistas do Curso de Pedagogia (1998), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) que abordava a educação de professores e profissionais da área e as Diretrizes Curriculares para curso de Pedagogia (2005) que estabeleceu as áreas de atuação do pedagogo.
Assim é necessário que o pedagogo busque novas formações e qualificações, pois como afirma Libâneo (2010) apud Alvarez & Rigo (2018) a educação não acontece apenas na escola como é o caso da educação formal, mas também em lugares extraclasse ou em atividades culturais como é o caso da educação não formal. Além disso, o aluno pode aprender por meios que não possuem ligação com a escola, mas acontece com a troca de experiências, com a mídia e com os meios de informação, chamada de educação informal. 
Partindo dessa perspectiva, como a Pedagogia tem como finalidade o ato educativo, onde o pedagogo deve realizar tarefas educativas que permitam a apropriação de informações, disseminação de conhecimentos e a construção de identidade e humanidade, sua área de atuação é muito ampla, podendo atuar em escolas, instituições hospitalares, empresas, nos meios de comunicação, em sindicatos, no turismo, em museus e em presídios. 
No âmbito da Pedagogia Escolar o pedagogo poderá atuar na formação inicial, sendo Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar. Sendo que pode desempenhar a função de professor, especialista em ação educativa, sendo por exemplo: supervisor, coordenador ou orientador. Também pode tornar-se especialista em atividades pedagógicas, realizando trabalhos com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e em clínicas que ofereçam apoio pedagógico e psicológico. Mas para isso são necessários conhecimentos tanto teóricos quanto práticos, que possam possibilitar uma educação de qualidade.
Já na ótica da Pedagogia extraescolar o papel do Pedagogo vai além de ensinar os conteúdos escolares, mas sim irá agregar experiências aos demais sujeitos, desenvolver estratégias, produzir e difundir conhecimentos, motivar e auxiliar na resolução de problemas e dificuldades, além de propor atividades que promovam o crescimento pessoal e profissional dos sujeitos.
Deste modo, a Pedagogia não se restringe apenas a disciplinas isoladas ou uma graduação, mas também propõe conhecimentos e resultados relevantes tanto para o campo científico quanto para prática educativa. 
2 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR COM DESTAQUE PARA AS ATRIBUIÇÕES DO CORPO DIRETIVO
O CMEI Professora Maria da Piedade Souza Cortês atende duzentas e cinquenta crianças, distribuídas nas modalidades infantil I, II, III, IV, PréI e Pré II, no período da manhã e tarde, das 7h00 às 18h00. Está localizado na zona rural de São José dos Pinhais, no bairro Campo Largo da Roseira e atende uma população bem diversificada, em sua maioria moradora do bairro, no entanto, em função de disponibilidade de vagas, recebe crianças de comunidades próximas.
Quanto a realidade da comunidade, a grande maioria trabalha em empresas, comércios ou como autônomos, sendo que a faixa salarial predominante é de um a quatro salários mínimos. Nesse sentido, os alunos são carentes de afeto, pois passam pouco tempo com seus familiares, muitos deles passam mais de dez horas na instituição. No geral as crianças gostam de ir à escola, mesmo com pouca idade elas se sentem acolhidas e participam ativamente das atividades propostas.
A instituição busca garantir o desenvolvimento integral da criança, formando seres capazes de expressar sua criatividade, desenvolver sua autonomia e respeitar seus limites e possibilidades. Tendo como finalidade efetivar o processo de apropriação do conhecimento, com base na Constituição Federal (1988), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), no Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), na Base Nacional Comum Curricular (2017) e na legislação de ensino vigente.
O CMEI tem como missão a garantia da democracia, das condições de acesso e permanência na escola e de uma educação de qualidade em que sejam vedadas qualquer forma de discriminação e segregação. No qual o cuidar e o educar são indissociáveis, pois a Educação Infantil não é mais um depósito de crianças, mas sim uma etapa que visa o pleno desenvolvimento infantil. 
Como as crianças são muito pequenas e grande parte delas não possui entendimento de suas ações, quando ocorre algum problema disciplinar os pais são convocados para reunião com a equipe diretiva, pedagógica e professores para solucionar o problema. A instituição é aberta ao diálogo com as famílias, acolhendo-as e buscando melhores formas de sanar as dúvidas.
Em relação a direção ela é composta por diretora e diretora auxiliar, que são responsáveis pela efetivação da gestão democrática e participativa, assegurando o alcance dos objetivos educacionais presentes no Projeto Político Pedagógico da instituição. A diretora promove ações para efetivar a participação da comunidade, como reuniões, eventos e convites para atividades diversas.
Além disso, o diretor deve cumprir a legislação, incentivar a formação continuada, elaborar o Plano de Ação, presidir as reuniões do Conselho escolar, prestar contas dos recursos recebidos, encaminhar aos órgãos competentes as propostas para modificações no ambiente do CMEI, promover grupos de trabalho, articular processos de integração entre escola e comunidade, cumprir o regimento e acompanhar a equipe pedagógica e o trabalho docente. Ao diretor-auxiliar compete assessorar o diretor em suas atribuições e em sua falta substituí-lo, porém como na instituição não há pedagoga a diretora-auxiliar realiza o trabalho Pedagógico.
O profissional de Gestão Pedagógica no CMEI também é realizado pela vice-diretora, sendo responsável por garantir a qualidade no atendimento as crianças, por auxiliar os professores nos momentos de hora-atividade (momento de planejar aulas) e por estimular a pesquisa e formações dentro da unidade. Já o conselho escolar é responsável por consultar, avaliar e fiscalizar a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição.
Sobre a avaliação na instituição ela é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento integral da criança e considerar as características individuais desta no conjunto das atividades curriculares trabalhadas. Cabe ressaltar que os aspectos qualitativos se sobrepõem aos quantitativos, sem objetivo de classificação. Com isso, a avaliação é realizada utilizando métodos e instrumentos diversificados, sendo o principal a observação. Como resultado da observação, o professor registra por meio de parecer descritivo, parcial e final sobre o desenvolvimento da criança acumulados ao longo do processo educativo. 
No plano de ação a equipe diretiva elaborou propostas para serem atingidas no período de três anos de mandato, com a colaboração dos profissionais e da comunidade que elencaram as principais dificuldades e problemas presentes na instituição. Deste modo, foram estabelecidas metas separadas por quatro dimensões: pedagógica, administrativa, financeira e institucional.
Na dimensão Pedagógica visa-se divulgar através de panfletos o Projeto Político Pedagógico e o Regimento do CMEI, divulgar via agenda a rotina da turma, construir espaços que possibilitem a criança criar novas experiências de aprendizagem em um mesmo espaço, renovar os cantinhos de leitura disponibilizando livros de qualidade e de acordo com a faixa etária, promover campanha de arrecadação de livros literários para adultos, dar continuidade a prática da leitura em família criando experiências prazerosas entre as crianças e seus familiares, assessorar o educador/professor nos momentos da permanência, incentivando o bom andamento dos trabalhos pedagógicos aliado ao planejamento. Além de criar espaços de escuta para apreciações e resoluções de problemas, tornando o CMEI um lugar democrático e participativo. 
Em referência a dimensão administrativa busca-se conscientizar as famílias sobre a importância da frequência da criança no CMEI e garantir que todas as decisões tomadas coletivamente no Conselho Escolar, seja concretizada e conhecida por todos. 
Sobre a dimensão financeira a instituição tem como metas investir em brinquedos, jogos e materiais diversificados, buscar parcerias com a mantenedora Secretaria Municipal de Educação para revitalizar esses espaços, fazer o plano de aplicação de verbas e prestar conta dos gastos tanto a comunidade quanto as profissionais do CMEI. 
Por fim, na dimensão institucional a meta é ampliar o atendimento às famílias, realizando revezamento para atender os pais no horário do almoço. 
3 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA – DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO E SECRETÁRIO
A diretora Marilene Ferreira dos Santos Schuertz é formada em Pedagogia pela Universidade Castelo Branco desde 2009, concluiu especialização em Gestão de Pessoas no Serviço Público em 2014, como forma de complementar seus conhecimentos em Gestão no âmbito escolar. 
Iniciou sua carreira no serviço público do Município de São José dos Pinhais em 2011, como educadora social no qual exerceu a profissão durante seis anos. No ano de 2013 foi nomeada como Professora no CMEI Maria da Piedade Souza Côrtes e em 2018 por meio de eleição foi eleita diretora. Assim contempla nove anos de experiência em Educação.
Sua carreira é pautada em formações continuadas e cursos de capacitação oferecidas pelo Município, como o curso Brincadique no ano de 2014 e 2015 proposto pelo grupo Marista de Educação que visava o ensino por meio de brincadeiras. Participou também do Projeto “Formação de formadores” pelo Instituto Avisa Lá em 2015. E em 2017 participou do Projeto Trilhas, que objetivava a formação de professores para estimular a leitura cotidiana e a alfabetização. 
A diretora é responsável pela parte administrativa da unidade, pelo atendimento aos pais e profissionais, pelo acompanhamento dos órgãos colegiados como o conselho escolar e a APPS (Associação de Pais, Professores e Servidores) e na ausência da diretora auxiliar realiza o acompanhamento pedagógico. Ainda ressalta que o CMEI é um local acolhedor tanto para as crianças quanto para a comunidade escolar. Os profissionais são comprometidos, porém ainda falta maior participação dos pais na vida escolar das crianças. 
Em relação ao Projeto Político Pedagógico foi elaborado no ano de 2016 com a participação dos pais, professores e servidores, através de pesquisas, questionários e debates. Ele visa uma gestão democrática e participativa, na qual a comunidade escolar participa ativamente nas reuniões de pais, na elaboração de documentos e na rotina escolar da criança. Os familiarestambém participam do Conselho escolar e da APPS.
O Conselho escolar é composto por todos os segmentos da unidade, sendo a presidente (Diretora), representante pedagógico (Diretora-auxiliar), representante educador social, representante preparador de alimento, representante serviços gerais e representante dos pais, no qual reúnem-se mensalmente. Além disso, os pais que representam o conselho acompanham as atividades desenvolvidas, os projetos institucionais, propõem melhorias no CMEI, participam da escolha de vagas, realizam o acompanhamento e fiscalização dos recursos financeiros que é administrado pela APPS, auxiliando assim na administração da instituição.
Durante a entrevista com a diretora ela mencionou que a grande dificuldade do CMEI é a participação ativa da maioria dos pais e funcionários em atividades e em reuniões fora do horário de trabalho, pois são sempre os mesmos profissionais e pais que se interessam em participar dos grupos colegiados e atividades desenvolvidas, dificultando assim a troca de experiências e informações.
A unidade segue um plano de ação que propõem projetos institucionais que auxiliam no desenvolvimento infantil, entre eles o Projeto “Comunidade Leitora”, no qual são enviados livros para a leitura em família, o Projeto “Do meu Nariz Cuido Eu” para estimular a criança ao cuidado do seu próprio corpo, o “Autosserviço” e “Lavagem das mãos” para desenvolver a autonomia. Além de cantos diversificados e sequência de atividades que contemplam os diversos campos de experiência da Educação Infantil.
Quanto a entrevista com a Vice-diretora Maria Cristina Caetano Rocha, é graduada em Pedagogia pela Unicesumar desde 2013, concluiu especialização em Educação Infantil em 2017 e atualmente está cursando Neuropsicopedagogia. Possui 16 anos de experiência, sendo três anos atuando como estagiária, oito anos como educadora social, quatro anos como professora e um ano e cinco meses sendo vice-diretora do CMEI. Participou do curso “Formação de docentes, nível médio na modalidade normal” em 2002, na faculdade Bagozzi e em 2018 participou do curso “Linguagem oral e escrita”, oferecido pela Universidade Federal do Paraná.
Além disso, expôs que o ambiente em que trabalha é tranquilo, onde os professores atuam conforme a descrição de suas funções e a equipe pedagógica segue o currículo Municipal. A sua rotina de trabalho é atrelada a muitas funções, pois na ausência da diretora é responsável pelo CMEI, atua como pedagoga, pois na instituição não há profissional para desempenhar essa função. Também auxilia os professores no desenvolvimento dos projetos e atividades, faz o atendimento aos pais e alunos, encaminha quando necessário os alunos ao CAEP (Centro de Atendimento de Estimulação Precoce), acompanha a frequência das crianças e preenche os livros de chamada das turmas integrais. 
No que concerne ao Projeto Político Pedagógico foi realizado pesquisas e entrevistas com pais e funcionários, sendo elaborado em ação conjunta. A escola desenvolve projetos que visam a aprendizagem integral da criança, desenvolvendo sua habilidade cognitiva e afetiva.
A instituição é baseada na gestão democrática e participativa, sendo um ambiente transparente e aberto a toda a comunidade. Deste modo, a participação dos pais é estimulada, onde são convidados para compor o Conselho escolar e a APPS, através de reuniões para a apresentação da unidade e da equipe pedagógica, sendo que também são convocados para assembléias para a tomada de decisões. Na unidade não há conselhos de classe, pois são turmas de Educação Infantil, assim não há reprovação. No entanto, possui o Conselho escolar, que é composto por pais e funcionários, com a função de desempenhar a fiscalização, tomar decisões, analisar fichas de intenção de matrícula, supervisionar e participar de todos os eventos promovidos pelo CMEI. As reuniões acontecem mensalmente, podendo haver reuniões extraordinárias se necessário.
No que se refere a entrevista com a secretária Maria Ruth Pereira Moro, ela é formada em tecnólogo em Gestão Pública desde 2012, possui especialização em Direito Administrativo com Ênfase em Licitações e Contratos, sendo que atua na instituição a um ano e três meses. Durante sua carreira, participou de cursos como Gestão Pública com Ênfase em Administração Municipal em 2009, Atendimento Humanizado ao Público em 2015 e Qualidade no Atendimento ao Munícipe em 2017 e 2018. 
A secretária percebe a instituição como um lugar interativo, pois permite a interação entre professores, crianças, famílias e comunidade. Quanto a sua rotina de trabalho, realiza a impressão do livro ponto, despacho e conferências de documentos, organização de arquivos, atendimento telefônico, recepção dos pais e comunidade e digitação de comunicados. 
Contudo, a secretária relata que o Projeto Político Pedagógico foi construído com a participação de todos, pois a instituição visa a gestão democrática e participativa. Sempre busca a participação das famílias, por meio do conselho escolar, festas e bazares. Como forma de melhorar a aprendizagem das crianças, o CMEI estimula a formação continuada dos professores.
No entanto, não soube relatar como é composto o conselho escolar e sua função, pois faz parte da equipe a pouco tempo.
4 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA
O CMEI Maria da Piedade Souza Cortês atende 250 crianças da etapa Educação Infantil, no período manhã e tarde das sete às dezoito horas. Possui cinco turmas em período integral, sendo elas: uma turma de infantil I e duas turmas de Infantil II com no máximo dezoito crianças e duas turmas de Infantil III com no máximo vinte e quatro crianças. Em relação as turmas de meio período, o número máximo de alunos por turma é vinte e três, sendo que o CMEI possui duas turmas de Infantil IV, três turmas de Pré I e três turmas de Pré II. 
A equipe diretiva da escola é composta por uma Diretora e por uma vice-diretora que atuam no período manhã e tarde. Na instituição não há pedagoga, mas quem realiza a orientação da equipe e desempenha essa função é a vice-diretora. Além disso, a instituição conta com sete professoras que atuam na pré-escola e dezoito educadoras que atuam na creche. No que se refere aos serviços gerais a instituição possui cinco profissionais de limpeza e cinco preparadoras de alimentos.
Em relação a secretaria, é composta pela diretora e uma secretária que atua no CMEI desde fevereiro de 2019. O atendimento na secretaria é realizado das oito às dezessete horas, na qual ocorre o maior fluxo de pessoas na entrada e saída das crianças, atendendo aproximadamente cinquenta pais ou responsáveis diariamente. Portanto, é de responsabilidade da secretária realizar o primeiro atendimento a esses pais, direcionando-os ao setor desejado. Compete ainda a essa profissional realizar as matrículas das crianças, o boletim de frequência dos funcionários, ofícios e o atendimento telefônico. Como integrante da secretaria também está a diretora que elabora documentos direcionados à Secretaria Municipal de Educação, realiza a prestação de contas e atendimento aos pais quando necessário, além de realizar o cadastramento das crianças no sistema da Prefeitura e no senso escolar. Quanto a frequência escolar é realizada pela diretora auxiliar.
No que diz respeito a organização do arquivo morto, está armazenado em armários metálicos, contendo pasta-arquivo com documentos em ordem alfabética e etiqueta nominais, devendo ser arquivado por no mínimo 20 anos.
Sobre a organização dos serviços de limpeza, o CMEI conta com cinco profissionais que atuam na limpeza da instituição realizada duas vezes ao dia, sendo que cada uma é responsável por duas salas de aula e um pátio externo. Na instituição não há profissionais de manutenção, quando há necessidade a diretora encaminha a solicitação a Secretaria Municipal de Educação que envia um profissional competente.
Com relação a organização alimentar na instituição há cozinha, lactário e refeitório, possui cinco funcionárias sendo que duas delas são responsáveis pelaalimentação dos bebês e três pelas demais crianças. A alimentação escolar é fornecida por uma empresa terceirizada para todas as crianças, assim não recebe recursos financeiros para esse fim. O cardápio é elaborado e organizado por duas nutricionistas sendo uma da Secretaria Municipal de Educação e outra da empresa contratada.
As 99 crianças de zero a três anos recebem na escola cinco refeições diárias, sendo elas: desjejum, colação, almoço, lanche da tarde e jantar, para o consumo são utilizados os seguintes utensílios: mamadeira ou copos, pratos e talheres. Já as 151 crianças de meio período, de quatro a cinco anos e onze meses recebem duas refeições, lanche da tarde e colação.
Quanto a organização dos recursos, está disponível na sala dos professores que contém livros didáticos, livros de histórias e materiais pedagógicos. Possui também computadores, notebooks, data show, caixa de som e impressoras, sendo que os professores possuem autonomia para utiliza-los quando necessário.
O acompanhamento das atividades pedagógicas ocorre por parte da vice-diretora diariamente, que auxilia o docente durante a elaboração do planejamento, sequências de atividades e o quadro de rotina, que após elaborado deve ser aprovado e arquivado.
Na instituição o acompanhamento da criança é realizado por meio da observação da frequência escolar e do convívio com os outros. Quando observado que a criança demonstra atitudes negativas e sintomas que indicam que não está bem logo são tomadas medidas necessárias, as profissionais relatam a direção que entra em contato com a família.
A diretora realiza o acompanhamento dos docentes e da vice-diretora, através da observação, diálogo e reuniões, expressando sua opinião e propondo soluções para os problemas e dificuldades.
5 ATA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA
Aos quatro dias do mês de março do ano de dois mil e vinte, às oito horas, reuniram nas dependências do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria da Piedade Souza Cortês a diretora Marilene Schuertz, a vice-diretora Maria Cristina, educadoras Adriana Negosseky, Adriane Moro, Águida Zanão, Ana Margarete Barbosa, Cirlei Barbosa, Cristiane Pedão, Daniela Gambim, Édina Silva, Elaine Claudiele Jarecki, Eliete Castro, Elisiane Moraes de Lima, Glaciane Oliveira, Joseli Jarecki, Juliana Rendoki, Madalena de Paula, Rafaela Menegolo, Simone de Fátima, Tatiane Moletta, professoras Adriana Pietricoski, Angelita Goss, Dilma Rocha, Estefani Zonta, Juliana Nogoseki, Katia Alves, Micheli Castro, Teresinha dos Santos e estagiárias Aline Egewart e Valéria Budziak para discutir as prioridades a serem realizadas no ano de dois mil e vinte, como devem ser utilizados os horários de permanência, o quadro de rotina e organização das salas de aula. A reunião foi conduzida pela diretora Marilene, que iniciou com um vídeo sobre a importância do trabalho em equipe, além de contextualizar os assuntos a serem tratados, requisitou que os professores buscassem formas de melhorias e apresentassem sugestões. Em grupos, representantes de cada modalidade apresentaram soluções e ideias, que foram listadas para votação. Após consenso geral, decidiu-se que as prioridades do ano atual são os reparos estruturais que visam a segurança das crianças, a ampliação do atendimento e incentivo da participação dos pais e melhorias nos Projetos Institucionais. Foi resolvido também que os horários de permanência devem ser utilizados para a organização do trabalho pedagógico, que o quadro de rotina deve ser preenchido e entregue a gestão semanalmente e que as salas devem ser organizadas diariamente. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu, Liliane Eloiza Cattani Cordeiro, lavro a presente ata.
 
6 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO PEDAGOGO DA ESCOLA
A diretora-auxiliar na sua rotina diária realiza a função de Pedagoga, pois na instituição não há profissional para essa função. É a primeira a chegar na instituição, sendo responsável por abri-la todos os dias, realizando o primeiro atendimento a todos os profissionais e famílias e supervisionando os horários de chegada. Além disso, recebe no portão da instituição as crianças que utilizam o transporte escolar, identificando-os com o número do veículo.
Contudo, ainda no início da manhã realiza a conferência da alimentação oferecida as crianças, em relação as dietas e quantidade, além de provar o alimento que será servido e enviar relatório de qualidade para o Departamento de Alimentação. 
Com a chegada da secretária na unidade passa a desempenhar a função de pedagoga auxiliando os professores na elaboração de projetos e atividades, preenchimento dos quadros de rotina e separação de materiais necessários para desenvolver as atividades em sala de aula, além de selecionar textos que serão lidos durante a permanência, como forma de favorecer a qualificação e aprimorar os conhecimentos dos profissionais da unidade. Ainda nos momentos de permanência dos professores repassa informações pedagógicas, enviadas pelo Departamento de Educação Infantil.
Em seguida, faz o controle da frequência das turmas integrais e o preenchimento das faltas, presença e atestados no livro de chamada. Sendo responsável ainda por entrar em contato com as famílias quando as crianças apresentam algum problema de saúde. 
Em relação ao atendimento aos alunos, a vice-diretora observa as crianças em sala de aula diariamente, buscando junto aos professores verificar as necessidades de acompanhamento específicos, como CAEP, fonodióloga, oftalmologista, psicólogo, entre outros. Quando percebe que a criança necessita do atendimento, realiza em conjunto com as profissionais e as famílias o encaminhamento específico com relatório da observação. Nos casos onde as crianças apresentam atitudes agressivas, convoca-se os pais ou responsáveis para uma conversa, buscando informações para explicar tal comportamento e como solucioná-los.
Quanto ao atendimento aos pais é realizado sempre que necessário e nos momentos de hora-atividade das professoras, pois assim é possível atender as necessidades da família em relação a permanência da criança na unidade. O atendimento também é realizado no horário de entrada e saída da criança. Contudo, em casos de convocação a profissional registra em ata os motivos da reunião e tudo que for declarado, e ao final é assinada por todos.
No período da tarde auxilia a diretora na organização, referente a documentação escolar e arquivos. Na sala dos professores organiza todos os materiais pedagógicos diariamente, tornando-os acessíveis aos docentes. Também organiza a sala de brinquedos, mantendo-os com etiquetas de identificação e verifica se o revezamento dos cantos diversificados está ocorrendo em sala de aula.
Observa ainda em sua rotina diária se o planejamento proposto pelas professoras está sendo aplicado em concordância com o que foi planejado, se os objetivos foram atingidos e se as crianças estão participando ativamente das atividades.
Por fim, foi possível observar que a diretora-auxiliar desempenha muitas funções, realizando-as com muito comprometimento e dedicação. Percebe-se que sempre está disposta a ouvir a opinião dos demais profissionais, buscando formas de contribuir para o desenvolvimento tanto dos docentes quanto das crianças.
7 PLANO DE AÇÃO
1. Tema
Esse Plano de Ação tem como tema “Família e escola: uma aproximação necessária”, que visa a participação ativa da comunidade escolar na instituição, pois a família e a escola possuem papéis distintos que se complementam. Foi constatado a necessidade de trabalhar a relação entre família e escola, para estimular a participação da comunidade escolar no âmbito educativo. 
2. Dados de Identificação
Nome da escola: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria da Piedade Souza Cortês
Diretora: Marilene Ferreira dos Santos Schuertz
Número de alunos: 250
3. Realidade social e educacional da comunidade escolar
No CMEI observado a participação da comunidade é estimulada, porém as famílias enfrentam várias dificuldades para participar, tanto por faltacomprometimento ou tempo, quanto por serem famílias trabalhadoras, pois a grande maioria dos pais trabalha no centro da cidade, consequentemente a distância dificulta sua participação e colaboração. Em vista disso, as crianças demonstram por meio das suas atitudes carência e a necessidade de maior presença familiar. 
Quanto aos docentes são preparados e qualificados, afim de entender e buscar formas para resolver situações que possam inferir no ambiente educativo, sempre utilizando e aplicando estratégias para aprimorar seus conhecimentos e facilitar o desenvolvimento infantil.
Assim, a escola além de ensinar e proporcionar conhecimentos também fornece apoio e afeto aos alunos, visando formar sujeitos capazes e atuantes em busca de uma sociedade mais justa e igualitária. 
4. Descrição da situação-problema
A instituição onde foi realizado o estágio segue os princípios de gestão democrática e participativa, onde visa a participação ativa de toda a comunidade, sobretudo no envolvimento coletivo em discussões, na tomada de decisões, nos órgãos colegiados e na vivência da rotina da criança na escola.
No entanto, em entrevista com a diretora e a partir das observações realizadas, conclui-se que são sempre os mesmos pais e responsáveis, que participam das atividades realizadas na instituição e os demais somente quando as crianças apresentam algum problema.
Consequentemente esse tema foi escolhido, pois ficou perceptível que são necessárias reflexões a cerca dessa participação, buscando formas de incentivar os pais a interessarem-se pela vida escolar das crianças, sendo que é de extrema importância que a família esteja preocupada com a educação, considerando a relevância e o papel da escola, mas principalmente fazendo o possível para realizar o acompanhamento escolar, tornando assim a educação um processo coletivo.
5. Objetivos do Plano de Ação
Considerando a importância da efetivação da gestão democrática e participativa e a participação da comunidade escolar na tomada de decisões, nas discussões e nas demais atividades realizadas no âmbito educativo, esse plano de ação apresenta como objetivo geral: Resgatar a participação e envolvimento da comunidade escolar nas atividades realizadas no CMEI. E como objetivos específicos: Analisar como ocorre a participação da comunidade escolar a partir da visão dos pais ou responsáveis, professores e funcionários; Conscientizar a comunidade escolar sobre a importância de sua participação no cotidiano escolar; Articular estratégias para efetivar a participação da comunidade; 
6. Abordagem teórica-metodológica
A educação é um direito de todos, tanto a família quanto a escola possuem seu papel, como afirma o Art. 205 da Constituição Federal de 1988, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988, p.94)
Partindo desse pressuposto, umas das formas de favorecer a participação da família e da comunidade nas instituições escolares, como afirma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) em seu Art. 3º, inciso VIII é por meio dos princípios da “gestão democrática no ensino público [...]”. (BRASIL, 1996, p.9).
Deste modo, a gestão democrática e participativa é gerenciada pela ação conjunta de todos os componentes do âmbito escolar, em busca de concretizar os objetivos comuns. Assim 
A gestão democrática-participativa valoriza a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, concebe a docência como trabalho interativo, aposta na construção coletiva dos objetivos e funcionamento da escola, por meio da dinâmica intersubjetiva, do diálogo, do consenso. (LIBÂNEO, 2004, p.7)
Sendo uma atividade coletiva, não depende apenas de decisões individuais, mas sim de objetivos e ações compartilhadas por todos os envolvidos no processo. Também compete a equipe diretiva a efetivação de um trabalho participativo e democrático, que envolva todos os segmentos da escola.
De acordo com Araújo (2000) são necessários quatro elementos para facilitar uma gestão democrática, sendo eles: a participação que visa o envolvimento de toda a comunidade escolar no processo educativo, a autonomia que se refere a organização curricular própria da instituição, sua função social, como concebe a avaliação e as normas, como o regimento escolar e o Projeto Político Pedagógico, sendo que esse elemento possibilita ações coletivas e uma gestão centrada em órgãos colegiados. A transparência, que pretende que todas as ações sejam de conhecimento coletivo. E a pluralidade, que mesmo com as diferenças de identidade e interesses, por meio de debates e ideias é efetivado o processo democrático. 
Assim sendo, a gestão democrática e participativa rompe a hierarquia dentro das instituições de ensino, na qual não é apenas o diretor que toma as decisões e elabora de forma individualizada as metas e objetivos, mas sim coletivamente. Dessa forma, amplia as relações entre a comunidade e a escola, favorecendo a proximidade entre os educadores, pais, crianças e a comunidade escolar. Além de criar condições para que os membros da comunidade assumam compromissos para efetivar as ações. Em vista disso,
A participação constitui uma forma significativa de, ao promover maior aproximação entre os membros da escola, reduzir desigualdades entre eles. Portanto, a participação está centrada na busca de formas mais democráticas de promover a gestão de uma unidade social. As oportunidades de participação se justificam e se explicam, em decorrência, como uma íntima interação entre os direitos e deveres, marcados pela responsabilidade social e valores compartilhados e o esforço conjunto para a realização de objetivos educacionais. (LUCK, 2009, p.71)
Nesse sentido, é imprescindível que toda a comunidade escolar participe ativamente, pois com a participação de todos a escola irá alcançar os objetivos desejados e resultados favoráveis no desenvolvimento das crianças. 
No entanto, a família não pode transferir somente para a escola a sua função de educar, pois tanto a escola quanto as famílias possuem seu papel, com competências específicas, mas complementares que devem se integrar ao longo processo para promover o desenvolvimento infantil. Como afirma Reis (2007, p.6) apud Souza (2009, p.8) “A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos”. Sendo necessário compreender que cada um possui sua função na formação dos sujeitos, e que ambas devem estar engajadas no processo educativo.
Segundo Lima (2009, p.8) a família e a escola possuem papéis distintos na educação. A família tem “o papel de acolher a criança e promover individuação e pertencimento. No convívio diário, nas conversas, na forma de proceder diante das rotinas do dia a dia é que a criança compreende [...] a forma deles de viver e conviver”. Assim a família educa de forma particular, ensina valores, costumes, e o modo de viver em sociedade.
No que diz respeito a escola, Lima (2009, p.8) explicita “A escola tem o papel de socializar o conhecimento e as relações. Ela precisa promover um espaço educativo propício aos ricos de acertar, errar, de levantar hipóteses, de discorrer o pensamento, enfim um espaço de aprendizagem”. Desse modo, a educação na escola, é por meio da interação, das trocas e seu objetivo é aprimorar e incentivar a aquisição de conhecimentos.
Partindo dessa perspectiva, a escola tem como responsabilidade o percurso escolar dos alunos, devendo buscar formas para favorecer a aprendizagem. E a família deve complementar o trabalho da escola, com o ensinamento de comportamentos, valores e atitudes. Deste modo, a família e a escola se complementam, em busca de objetivos comuns, na formação de sujeitos reflexivos, críticos, atuantes e participativos na sociedade.
Em vistadisso, é necessário que a escola abra espaços para a participação da família, onde sejam atuantes nas decisões pedagógicas e também administrativas. Sendo que a “participação não é resultado de processos automáticos e espontâneos, mas de uma conquista diária e consequência do fortalecimento da responsabilidade dos indivíduos”. (PELLEGRINI, 1999, p.26 apud LIMA, 2009, p.7). Desse modo, é fundamental o engajamento da equipe diretiva em aproximar a comunidade escolar das atividades da instituição, e de promover ações que impliquem em novos conhecimentos sobre a importância da sua participação na formação das crianças e também para efetivação da gestão democrática e participativa na instituição.
Paro (2000, p.119) reforça a importância da participação dos pais na escola:
[...] a direção, a coordenação e vários professores acreditam na necessidade da participação e buscam atrair os pais para ela. O que se acredita é que a permanência desse clima e a concretização positiva da experiência com os pais e os servidores da escola criem uma cultura de participação que seja favorável a um processo escolar de maior qualidade e de proveito para os objetivos de ensino.
Assim como o autor explicita, se a participação for efetiva, irá contribuir para uma escola de qualidade. Paro (2000) ainda sustenta que deve-se ter atenção em relação aos motivos da participação da família, seja por meio do Conselho Escolar, pela APPS ou como parte de outras atividades, sempre oportunizando que todos expressem suas opiniões e seus pontos de vista.
É imprescindível que todos tenham consciência que não basta apenas a participação em reuniões e debates, mas faz-se necessário que os participantes tomem decisões para o bem comum, proporcionando uma educação significativa e de qualidade. Deste modo, com a escola aberta ao diálogo, a comunidade escolar e os profissionais sentem-se mais valorizados e percebem-se como agentes ativos no processo educativo.
7. Síntese dos procedimentos
Para analisar como ocorre a participação da comunidade escolar a partir da visão dos pais ou responsáveis, professores e funcionários, será elaborado um questionário com perguntas referentes as informações sobre a unidade e como é a sua participação. 
No questionário serão realizadas as seguintes perguntas: Em qual categoria você se enquadra: pais ou responsável, educador (a), professor (a), funcionário ou comunidade em geral? Há quanto tempo faz parte da comunidade escolar? Já participou de reuniões, promoções, órgãos colegiados ou atividades propostas? Se sim, como foi? Na sua opinião o que poderia melhorar? Quais atividades gostaria que fosse oferecida na unidade? 
A partir disso, será elaborado um gráfico com base na análise das respostas, divididos pelas categorias. Na sequência, será realizada uma reunião com toda a comunidade escolar, onde serão expostas as respostas por meio do gráfico. Além disso, serão ouvidas sugestões e democraticamente será decidido quais atividades serão planejadas e desenvolvidas na instituição.
Afim de conscientizar a comunidade escolar sobre a importância de sua participação no cotidiano escolar, serão produzidos Folders com informações sobre a importância da família, seu papel na formação das crianças e os meios para efetivar a sua participação na instituição, como reuniões, eventos e pelos órgãos colegiados.
Como forma de articular estratégias para efetivar a participação da comunidade, será proposta uma reunião com a equipe pedagógica e profissionais da educação para a elaboração de estratégias e ideias para a aproximação da comunidade.
Desse modo, para atingir o objetivo geral e resgatar a participação e envolvimento da comunidade escolar nas atividades realizadas no CMEI, foram propostos os objetivos específicos com ações que visam essa participação. Além disso, será proposto em reunião com o Conselho Escolar para decisão coletiva, promover encontros para trocas de experiência, momentos de lazer e atividades com a família. Será sugerido o “Piquenique com a família”, sendo realizado preferencialmente em um sábado para que haja a participação de todos, onde cada família contribua com um prato de alimento para partilhar coletivamente. Para isso, será utilizado o pátio externo da unidade, onde serão dispostas toalhas de mesa na grama, com cestas de piquenique, tornando assim um ambiente agradável.
Além disso, propor a realização do “Dia dos pais ou responsáveis na escola”, realizado trimestralmente, preferencialmente durante a permanência da criança no CMEI. A família participará da rotina da criança na instituição, inserindo-se nas atividades diárias como: contação de histórias, cantos diversificados e atividades propostas pela professora, como forma de vivenciar o cotidiano da instituição.
Também poderá ser desenvolvida palestras e debates sobre assuntos de interesse das famílias, sendo que elas podem contribuir muito nesse momento. Os pais, responsáveis e comunidade possuem diferentes profissões e conhecimentos que podem agregar a escola. A instituição pode convidá-los a ministrar palestras e mediar debates, com isso se estabelece uma parceria com a comunidade escolar. Ainda será proposto que bimestralmente seja realizada uma reunião com toda a comunidade escolar, para incentivar a família a participar dos órgãos colegiados e tomada de decisões.
8. Recursos
Para a realização desse Plano de Ação, serão necessários alguns recursos como: questionários impressos, PowerPoint para a elaborar o gráfico e os folders, notebook e Datashow para a apresentação do gráfico na reunião. Na realização do “Piquenique em família” serão necessárias toalhas de mesa, cestas de piquenique e alimentos. Para o “Dia dos Pais ou responsáveis na escola” a professora deve fazer um planejamento diferenciado, com atividades que permitam a participação da família. Para isso, serão utilizados livros de história, brinquedos e outros recursos que sejam propostos pela professora. E para a realização das palestras, será necessário estabelecer parcerias com as famílias e comunidade.
9. Considerações finais
O plano de ação partiu do diagnóstico da necessidade da aproximação entre família e escola, sendo que a maior dificuldade encontrada na instituição, foi a participação dos pais nas atividades e nos órgãos colegiados, pois ainda percebe-se impregnado o conceito de que a escola é a única responsável pela educação das crianças e que a família deve pouco participar. Desse modo, para uma educação de qualidade, é necessário o comprometimento de todos, sendo que é primordial a ação ativa da comunidade para que isso seja concretizado.
 Diante dessa premissa, esse Plano de Ação contribuiu significativamente para a aproximação entre família e escola, pois propôs atividades que visam a participação da família na instituição. 
8 RELATO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO À DIREÇÃO DA ESCOLAR
O Plano de ação “Família e escola: uma aproximação necessária” foi desenvolvido para estimular a participação da família e da comunidade no ambiente escolar. 
No dia dez de maio foi marcada uma reunião com a equipe diretiva para apresentação do Plano de ação. A reunião foi iniciada com o esclarecimento da escolha do tema, os objetivos e a situação-problema identificada. Após foi explicitado alguns dos documentos e autores que nortearam o Plano de Ação, sendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), Libâneo (2004), Luck (2009) e Paro (2000).
Foram explicadas as propostas para efetivar a participação da família na instituição, os eventos a serem realizados e as sugestões de atividades, além dos recursos necessários. Ao final da apresentação, a diretora e a vice-diretora relaram que o Plano de Ação está estritamente relacionado com as propostas e metas que foram estabelecidas pela atual gestão.
A equipe diretiva aprovou a proposta, relatando ainda que contribuirá significativamente para superar a dificuldade apresentada pela instituição quanto a ausência da família no CMEI. A diretora da unidade, comentou que a partir da leitura e pela explicação durante a apresentaçãosobre a fundamentação da abordagem, passou a ter novas visões de como a escola busca favorecer a participação da comunidade escolar. Além de perceber que muitas vezes há a inversão de papéis, e a escola acaba por cumprir funções que eram da família, para que o desenvolvimento da criança não seja afetado.
Além disso, foi citado que a equipe diretiva já havia pensado em realizar atividades que aproximassem a família da instituição e que as propostas do piquenique em família, o dia dos pais ou responsáveis na escola e as palestra e debates ministrados pela própria comunidade, são ótimas para alcançar esse objetivo.
Por fim, a diretora mencionou que o Plano de Ação será efetivado com o apoio da equipe pedagógica e órgãos colegiados, a partir do segundo semestre de 2020.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo apresentar uma análise sobre o estágio de Gestão, sendo possível perceber como é o trabalho da equipe diretiva, suas atribuições e dificuldades. De acordo com o Projeto Político Pedagógico e com o Regimento Escolar do Centro Municipal de Educação Infantil a gestão democrática e participativa é primordial para o bom funcionamento da unidade, pois a comunidade escolar possui papel fundamental na tomada de decisões e na aproximação entre escola, pais, funcionários e comunidade. 
Deste modo é necessário estimular a participação de toda comunidade para que a escola seja um espaço democrático, onde todos possam dar sua opinião e contribuir para uma educação de qualidade. Ficou visível a preocupação e aplicação da direção da escola em propor melhorias, pois foram observadas situações bastante democráticas durante o estágio. No entanto, ainda é preciso repensar a participação da comunidade e sempre buscar formas para estimular a participação dos familiares no âmbito educativo, pois quanto maior a participação mais a escola se torna democrática.
Contudo, foi realizado um Plano de ação, com o intuito de aproximar a família e a escola, propondo ações e atividades a serem desenvolvidas coletivamente, para atingir a tão almejada participação familiar. Após a apresentação perante a equipe diretiva, conclui-se que ele foi significativo para a instituição.
 Deste modo, o estágio contribuiu para a relação entre teoria e prática que é fundamental para a formação de professores, pois é possível observar como é o funcionamento escolar e a prática pedagógica. Partindo desse pressuposto o estágio contribui significativamente para essa aproximação, pois ele possibilita uma reflexão a partir do convívio social e “poderá se constituir em atividade de pesquisa”. (PIMENTA & LIMA, 2012, p.6).
Assim, o estágio proporciona ao futuro professor instrumentos práticos e teóricos fundamentais para enriquecer sua experiência profissional e promover seu desenvolvimento pessoal, pois com as observações a aprendizagem torna-se significativa e ao observar é possível perceber as dificuldades e os desafios, mas também percebe-se formas de como solucioná-los.
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 11 maio 2020.
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BRASIL. Lei nº 8.069, DE 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, MEC, 13 jul. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 11 maio 2020.
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LUCK, Heloísa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009.
MENDONÇA, Erasto Fortes. A regra e o jogo: democracia e patrimonialismo na educação brasileira. Campinas, SP: FE/Unicamp, 2000.
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do Ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000.
PIMENTA, Selma Garrido.; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes concepções. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/10542> Acesso em: 24 maio 2020.
SOUZA, Maria Ester do Prado. Família/Escola: a importância dessa relação no desempenho escolar. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1764-8.pdf > Acesso em: 21 maio 2020.
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Projeto Político Pedagógico: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria da Piedade Souza Cortês. 2008.
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Regimento: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria da Piedade Souza Cortês. 2011.

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