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metódo na filosofia

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FILOSOFIA D DIREITO
Aula 03
Prof: Brenda Suerda
O MÉTODO NA FILOSOFIA DO DIREITO
o método, cujo vocábulo provém do grego methodos (caminho para alcançar um fim), é procedimento adotado pelo homem na busca do conhecimento;
A Filosofia requer métodos, todavia não se resume a eles. A reflexão filosófica é a concatenação da cultura total, o que faz supor, além do método, substância ativa do saber;
Basicamente há dois caminhos para se chegar ao fim desejado:
a) o sujeito cognoscente parte de uma verdade essencial para tirar conclusões aplicáveis ao caso concreto (dedução); 
b) da observação de diversos casos concretos, conclui a existência de um princípio geral (indução);
A intuição, embora a corrente intuicionista, que a supervaloriza, a rigor não constitui um método, pois, como se verá, o sujeito cognoscente não percorre um iter, de vez que o saber aflora espontaneamente ao espírito;
A escolha do método subordina-se à natureza do objeto a ser abordado. Cada ramo do conhecimento exige metodologia própria;
Os critérios a serem utilizados na pesquisa dependem das tendências do jusfilósofo, sobretudo perante a teoria do conhecimento. Se for de orientação empirista, isto é, se admitir que o saber provém da experiência, da observação, dará prioridade ao método indutivo; se, ao contrário, for adepto do racionalismo, selecionará aqueles que valorizam o poder da razão;
Os métodos podem ser considerados como técnica ou como orientação de pesquisa. No primeiro sentido, o mais comum, há, fundamentalmente, três tipos: dedutivo, indutivo, intuitivo. Como orientação de pesquisa, método significa doutrina, teoria;
No início do atual milênio, há uma tendência na relativização da importância da Lógica na vida do Direito, especialmente a do tipo matemático;
Questiona-se, cada vez mais, o emprego de silogismos na esfera jurídica. Nesta perspectiva, a compreensão do Direito não deve ser alcançada independente dos fins que ele propõe realizar: a justiça dos casos concretos. 
 O princípio da razoabilidade, cada vez mais reconhecido nas vias judicial e administrativa, implica a rejeição de conclusões de natureza estritamente lógica e contrária ao sentido do justo.
MÉTODOS DISCURSIVOS E MÉTODOS INTUITIVOS
Métodos discursivos. Os métodos dedutivo e indutivo são de natureza discursiva, isto porque o pesquisador, antes de alcançar o conhecimento, desenvolve atividade intelectual, percorre um iter, que apresenta três tempos: inicial, intercalar e final. 
Método dedutivo
 O método dedutivo corresponde à atividade mental que parte de um suposto racional – regra ou princípio geral – e, seguindo o critério de coerência, extrai consequências, princípios específicos;
Entre o suposto racional e a consequência, mais do que uma relação, deve haver um nexo de subordinação e dependência, em razão do qual os princípios deduzidos apresentam o mesmo grau de virtudes e de defeitos que a máxima geral;
O silogismo é uma das formas de manifestação do método dedutivo e a mais típica. O raciocínio se articula a partir da premissa maior, formada por um juízo tomado como verdade. A premissa menor é uma assertiva e a conclusão consiste na extensão, ao dado formulado na premissa menor, do predicado constante no juízo inicial. Exemplo: Todos os homens têm direito à vida e à liberdade (premissa maior); os índios são homens (premissa menor); logo, os índios têm direito à vida e à liberdade (conclusão).
A crítica que os empiristas fazem ao método dedutivo decorre do critério de aceitação da premissa geral. Segundo essa linha de pensamento, a premissa maior possui natureza dogmática e se constrói ideologicamente, sem raiz científica. Admitem a adoção do método dedutivo apenas na hipótese em que a regra geral surja de uma indução devidamente testada pela experiência;
Método indutivo
Com esse método o pesquisador caminha do particular para o geral. Partindo da observação dos fatos, elementos, ocorrências, ele procura, para toda a série de fenômenos, um fundamento comum, uma explicação única, um princípio diretor. O método indutivo possui também margem de risco. Este se torna patente principalmente no momento em que o pesquisador, após examinar cada fato separadamente e compará-los, passa à generalização, a indicar um princípio geral que explica e dá fundamento a uma ordem geral de acontecimentos;
O intelecto não pode operar exclusivamente com um ou outro método. Na dedução, por exemplo, a regra geral, que é considerada máxima absoluta, pode originar-se e ter a sua credibilidade fundada na indução. Com esta ocorre situação semelhante, pois o conhecimento não é alcançado apenas com o ato de se ascender à regra geral, partindo-se de princípios particulares;
O denominado método experimental ou científico, aplicado com eficácia nas ciências naturais, possui como cerne a indução. Na realidade é o próprio método indutivo que se faz acompanhar de procedimentos adicionais;
A sua primeira etapa consiste na observação, pela qual o sujeito cognoscente constata a ocorrência de fenômenos e suas peculiaridades. Em um segundo momento, cogita o princípio ou lei que explica e justifica os fenômenos. É a hipótese. A etapa seguinte consiste na experimentação, quando então o pesquisador, conservando as condições que fundamentam a sua hipótese, provoca a ocorrência de outros fenômenos. Se os resultados da experimentação forem positivos, a conclusão será a confirmação da hipótese e o saber estará, então, enriquecido com um novo conhecimento científico.
MÉTODOS INTUITIVOS
A intuição não constitui, a rigor, um método, pois não dispõe de um íter, porém, não podemos desconhecer a importância do saber adquirido espontaneamente;
No conhecimento se faz presente de um modo espontâneo, direto e acrítico. O vocábulo intuição provém do latim intueri, que significa ver;
Por esse método o observador vê a realidade em um instante; capta o saber num relance, como ocorre no momento em que identifica o formato triangular de um objeto ou a sua coloração azul;
O método intuitivo pode ser sensível ou espiritual. A primeira espécie se caracteriza quando a realidade exterior, material, que atua como estímulo ao conhecimento, alcança o intelecto pelos sentidos humanos. Na intuição espiritual – aplicada com real proveito na Filosofia – o conhecimento não é captado pelos sentidos, mas diretamente pelo espírito.
Em função da via cognoscitiva, subdivide-se em intelectual, emocional e volitiva, conforme a apreensão do saber se faça, respectivamente, pela razão, emoção ou vontade.
MÉTODOS E TEORIA DO CONHECIMENTO
Em sua concepção mais pura, o racionalismo não só elege a razão como sede única do saber como também somente atribui valor ao conhecimento logicamente necessário e universalmente válido, como no juízo “o todo é maior do que a parte”. Alinham-se nesta corrente, entre outros famosos filósofos, Platão, Leibniz, Wolff;
O empirismo, em contrapartida, indica a experiência como única fonte do conhecimento. Alega que o espírito não contém recursos próprios que influenciem a cognição, pois é uma tábua rasa, uma “folha em branco, onde a experiência escreve”. Todo o saber advém, portanto, da vivência humana. Participam desta linha de pensamento, entre outros filósofos, John Locke e David Hume;
Contendo elementos do racionalismo e do empirismo, o intelectualismo, fundado por Aristóteles, concorda com o racionalismo quanto à existência de juízos logicamente necessários e universalmente válidos, aplicáveis tanto aos objetos ideais quanto aos reais. Dele diverge, porém, relativamente aos conceitos, que não seriam produzidos pela razão, mas oriundos da experiência (nada há no intelecto que não tenha passado pelos sentidos);
O apriorismo, defendido por Emmanuel Kant, considera que o conhecimento somente se forma pelo concurso da razão e experiência. O espírito seria dotado de elementos a priori, de natureza apenas formal e semelhante a um recipiente vazio, no qual a experiência deposita conteúdos;
MÉTODOS NA FILOSOFIA DO DIREITO
A deductio juris na Filosofia do Direito:As correntes de pensamento de fundo racionalista, que defendem o primado da razão sobre a experiência na busca do saber, utilizam-se, com maior amplitude, do método dedutivo. Na Filosofia do Direito a manifestação mais frequente do racionalismo se faz com a doutrina jusnaturalista, para a qual, além do ordenamento jurídico estatal, haveria uma ordem jurídica derivada da natureza humana. Os adeptos dessa corrente, especialmente os integrantes da Escola do Direito Natural, a partir da concepção de certos direitos inatos ao homem, deduziam as normas que deveriam participar do Direito Positivo.
O jusnaturalismo teológico, que toma por referencial a vontade divina, apesar de utilizar também procedimentos indutivos, segue fundamentalmente a deductio iuris;
O referencial de onde a lei humana deveria ser deduzida era, em última análise, a vontade de Deus, consubstanciada na lei eterna, segundo a qual o universo foi criado com suas leis e seus princípios (Santo Agostinho, São tomas de Aquino);
O Direito Positivo se baseia no Direito Natural, que por sua vez é um aspecto da lei eterna;
Embora a Hermenêutica Jurídica se coloque em função das técnicas de interpretação e aplicação do Direito, ela se alimenta em doutrinas filosóficas, e as suas grandes correntes doutrinárias acham-se conectadas com escolas jusnaturalistas;
O método indutivo na Filosofia do Direito
A aplicação prática do método indutivo implica a admissão do empirismo, a valorização dos fatos e da observação;
No âmbito da Filosofia do Direito, duas importantes correntes fundam o fenômeno jurídico na experiência: Escola Histórica do Direito e Positivismo Jurídico.
Para o historicismo, o Direito legítimo, autêntico, é uma emanação espontânea dos fatos sociais, em um processo de lenta e inconsciente elaboração;
O fenômeno jurídico seria essencialmente dinâmico, mutável no tempo e no espaço, em sintonia com as transformações sociais. Inteiramente avesso ao dogmatismo e à concepção dos direitos inatos, os corifeus dessa corrente não admitiam a hipótese de direitos eternos, imutáveis e universais;
Os valores jurídicos, consequentemente, seriam os eleitos pela própria sociedade e revelados na lição dos fatos. Dentro dessa linha de pensamento, como situar a reflexão jurídica? O referencial para o jusfilósofo seriam os fatos sociais e o conhecimento destes implicaria forçosamente o emprego do método indutivo. A pesquisa filosófica não teria a finalidade de revelar o melhor Direito, mas o Direito desejado e proclamado pela sociedade;
No positivismo jurídico As várias concepções, entretanto, se identificam na ideia de que o Direito deve fundar-se solidamente na experiência e não comportar elementos abstratos. Verifica-se, no denominador comum das diversas correntes positivistas, uma veemente recusa à presença de ideias metafísicas nos domínios da Ciência do Direito. O pensamento positivista é contrário ao racionalismo, ao dogmatismo, e não admite a hipótese do caráter absoluto da justiça;
O método intuitivo na Filosofia do Direito
A intuição intelectual desempenha papel importante na Filosofia Jurídica, especialmente na tarefa de captar a ideia de justiça e de outros valores;
A Fenomenologia Jurídica caminha no sentido de obter o conhecimento das noções a priori do Direito, tomada essa expressão não no sentido kantiano, mas para expressar categorias básicas à formulação da ordem jurídica, como as de pretensão, propriedade, contrato etc;
CRÍTICA À INFLUÊNCIA DA LÓGICA FORMAL NO DIREITO
O Direito “não pode ser tratado como se apenas contivesse axiomas e corolários de um livro de matemática”.
Ao discorrer sobre a aplicação do Direito, Siches rechaça a ideia de que a decisão judicial corresponde a um silogismo, pois a atividade do magistrado não é simplista nem admite automatismos. O seu argumento básico volta-se para as múltiplas atenções que o juiz deve dispensar ao processo em curso, desde a valoração das provas até a seleção das normas a serem aplicadas. Critica o método que considera isoladamente a lei, o fato e a sentença.
CONCLUSÃO
Para alcançar o saber por seus primeiros princípios ou últimas causas, o filósofo do Direito necessita de dispor de amplos recursos metodológicos. Todas as vias de acesso ao conhecimento devem ser consideradas. Em cada tipo de pesquisa há de se cogitar previamente sobre os métodos mais adequados. Essa escolha é condicionada, em parte, pelas concepções filosóficas gerais do investigador;
Ao proceder à reflexão jurídica, o jusfilósofo, em razão da natureza do objeto da pesquisa, não pode atingir os fins a que se propõe, abordando o fenômeno jurídico com igual rigor lógico aplicável às ciências naturais. Enquanto estas são regidas pelo princípio da causalidade, com um nexo absoluto entre causa e efeito, o que permite ao cientista operar com medidas exatas, o fenômeno jurídico, por ser objeto cultural que é, deve ser tratado com pautas flexíveis e tão ágeis e móveis quanto o quadro cultural contemplado

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