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Ana Luiza Alhadas FUNÇÃO DO SISTEMA ÓSSEO Sustentação Auxilia na locomoção Proteção Reserva de minerais e hematopoiese ESQUELETO APENDICULAR 2 projeções ortogonais Lateromedial / mediolateral Craniocaudal / caudocranial Dorsoplantar / plantarodorsal Dorsopalmar / palmarodorsal ANATOMIA E FORMAÇÃO ÓSSEA Osso longo: cortical (osso compacto – na radiografia fica mais braço) + medular (osso esponjoso) – em caso de fratura perde essa transição entre cortical e medular Perióstio: membrana que envolve o osso, responsável pelo seu crescimento em espessura – se ocorrer um trauma ou estimulo no perióstio, pode depositar isso de maneira inadequada = reação periostal Epífises e metáfises são esponjosas, pois absorvem mais impacto Metáfase – placa de crescimento – epífise Placa de crescimento e a metáfise contribuem para aumentar o comprimento e a espessura do osso em direção à diáfise, enquanto a epífise contribui para aumentar o comprimento e a espessura da extremidade óssea distante da placa de crescimento Áreas de remodelamento ósseo ativo e nova formação de osso, principalmente a metáfise, são sítios predominantes de origem de tumores ósseos primários Forame nutrício: abertura no osso onde ocorrerá a passagem dos vasos sanguíneos que irão fornecer os nutrientes e também vascularização do osso – pode ser confundido com uma fratura Placa epifisária: Consolidada em animais adultos Responsável pelo crescimento em comprimento dos ossos longos 5 a 7 camadas de condrócitos que vão se calcificando Epifisite: inflamação na placa de crescimento/epifisária Se não souber a idade do animal pode ser confundida com fratura RESPOSTA DOS OSSOS À LESÃO Diminuição da radiopacidade Quando mais de 30% do mineral ósseo foi dissolvido (diminui a densidade óssea e ele fica menos branco na imagem radiográfica) A reabsorção óssea pode acontecer em resposta a infecção, trauma, membro atrofiado, neoplasias (Ex: osteosarcoma) Perde distinção de cortical e medular Diminuição da densidade óssea pode ser generalizada (osteopenia: reabsorção generalizada do osso todo ou do esqueleto como um todo, problema sistêmico que ocorre em animais com deficiência nutricional – radiopacidade diminuída) ou focal (osteólise: osteopenia por distribuição óssea, ocorre em animais com cisto ósseo) Aumento da radiopacidade: Osso mais branco na imagem radiográfica – esclerose (osso mais mineralizado, mais branco) Em casos de mineralização em excesso ou neoformação óssea Causas: neoplasias, hipervitaminose A, osteopetrose, estresse animal (causa espessamento de cortical e evolui para osteoartrite – microfraturas no osso esponjoso que vão se consolidar e formar osso compacto) Reação periosteal: Produção óssea resultante de lesão no periósteo (tecido conjuntivo denso vascularizado – nutrição de fora para dentro) Consegue estipular a gravidade da lesão Causas: osteoperiostite, trauma, processo infeccioso, neoplasias Reação periosteal lisa: início forma calo ósseo e depois ocorre remodelação óssea (processo inativo) – doenças metabólicas Reação periosteal irregular: processo ativo – osteopatia hipertrófica, osteomielite, traumas Sun Busrt e Triângulo de Codman Lamelar Na inflamação pulmonar o osso pode responder com a reação periostial = osteopatia pulmonar hipertrófica (tratamento da pneumonia) Essas reações podem envolver apenas um osso (monostótica) ou vários ossos (poliostótica) Alteração no tamanho ou contorno: Resultado de doenças ou traumas durante o crescimento – má formações Alterações de contorno – consolidação da fratura Alteração de tamanho – fechamento precoce do disco epifisário Valgo ou varus Inflamação em um ponto da placa epifisária – osso cresce torto (epifisite) Agenesia: Falta de osso Envolve região distal do membro Artrogripose em bezerros e potros – má formação que faz o animal nascer com membros flexionados Alteração do padrão trabecular: Epífise tem osso trabecular – passa a ser compacto (área de esclerose) Pode ser a primeira indicação de doença Radiografias superexpostas Solução de continuidade óssea (fratura) formada a partir de forças direta ou indireta Pode ser necessário mais de duas projeções ortogonais Fraturas ocultas CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS LOCALIZAÇÃO Epífise Metáfise Diáfise Articular LINHA DE FRATURA Direção: Oblíqua Transversa Espiral Extensão Completa Incompleta - Fissura em galho verde NÚMERO DE LINHAS DE FRATURA Simples Cominutiva – fragmento de osso flutuante LIMITES DA PELE Aberta (fratura exposta) Fechada DESLOCAMENTO Em relação ao fragmento – CAUDAL ou DISTAL CLASSIFICAÇÕES ESPECIAIS Fratura por avulsão A- Tuberosidade da tíbia normal B- fratura por avulsão Fraturas compressivas (diminuição das dimensões ósseas) Fraturas Fisárias – Salter Harris III e IV: fratura envolve linha articular V: compressão da placa epifisária I: afastamento da placa epifisária IV: envolve linha articular e metáfise II: envolve metáfise Fratura de Monteggia – rádio e ulna Luxação do rádio com o úmero e fratura na ulna CASOS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. CONSOLIDAÇÃO DE FRATURA 7 a 10 dias: reabsorção óssea e início de reação periosteal 15 a 20 dias: reação periosteal intensa (calo ósseo) 30 a 60 dias: calo ósseo preenchendo a linha de fratura 60 a 90 dias: remodelação do calo ósseo Sequencias radiográficas que devem ser feitas: No pós operatório imediato: para avaliar o alinhamento e a redução da fratura Duas, três e quatro semanas do pós operatório: para avaliação do alinhamento, formação do calo ósseo e sinais de osteomielite Radiografias adicionais até a formação do calo ósseo definitivo SINAIS RADIOGRÁFICOS DE COMPLICAÇÕES Ausência de formação do calo ósseo Calo ósseo exuberante Desvio de fragmento ósseos Quebra ou deslocamento de implantes Lise óssea no sítio de fratura ou adjacente ao implante Quando não ocorre união / má união ou retardo de consolidação temos como causas: Movimentação Deficiência no suprimento sanguíneo – pouco tecido mole Infecções Idade do paciente Cavalos – maior peso e metabolismo mais lento Má união: há cicatrização, mas o alinhamento anatômico está anormal Não união: Sem consolidação e sem evidencias de cicatrização Atrófica Hipertrófica Infecção óssea: Infecção óssea que acomete o osso e a região medular Causada por fungos, bactéria ou metalose (reação decorrente da liberação de metais do implante) Principais achados: o Aumento de volume de tecidos moles o Perda de padrão trabecular o Lise da cortical e medular o Reação periosteal o Gás OSTEOMIELITE Infecção óssea que acomete o osso e sua medular Causada por bactérias, fungos, metalose Via hematógena: Metáfise Vértebras Inoculação direta: Fratura exposta Mordedura Cirurgias Sinais radiográficos: Aumento de volume de tecidos moles Osteólise – cortical e medular Perda do padrão trabecular Reação periosteal – irregular ou sun burst Sequestro ósseo (ilha óssea sem vascularização) Poliostótica Gás NEOPLASIAS ÓSSEAS Monostóticas Clínica e imagem semelhantes a osteomielite Neoplasias primarias benignas: Osteomas Osteocondroma Neoplasias primarias malignas: Osteossarcomas Condrossarcomas Fibrossarcomas Neoplasias secundarias malignas: Hemangiossarcoma Linfossarcoma Carcinoma Melanoma Tumores ósseos malignos: Comum em cães de grande porte Jovens e adultos Localização mais frequente em: o 1/3 proximal do úmero, ulna, fêmur e tíbia o 1/3 distal do rádio e ulna, fêmur e tíbia Destruição de >30% do tecido ósseo Osteossarcomas: Líticos: lise óssea sem resposta proliferativa Esclerótico: aumento da radiopacidade do osso afetada Misto: lise e proliferação óssea associada Sinais radiográficos: o Metáfise o Monostótico e não atinge osso subcondral o Reação de “Sun burst” o Triangulo de Codman o Aumento dos tecidos moles o Fratura patológica o Metástases DOENÇAS ÓSSEAS METABÓLICAS Suspeitar quando houver alterações em vários osso Hiperparatireoidismo primário ou secundário: Diminuição global da opacidade óssea – osteopenia Achados radiográficos: o Desmineralização: diminuição do contraste entre osso e tecidos moles o Diminuição de espessura cortical óssea o Fraturas não patológicas – consolidadas ou não o Coluna vertebral com conformação anatômica anormal o Estreitamento pélvico Osteodistrofia fibrosa: Doença da cara inchada É um distúrbio relacionado ao manejo nutricional Ingestão de oxalato – oxalato de cálcio – forrageiras Deficiência de vitamina D Excesso de fósforo Osteodistrofia hipertrófica: Comum em cães entre 2 a 7 meses e em raças grandes ou gigantes Causas: suplementação excessiva, processos infecciosos local, cinomose Achados clínicos e radiográficos: o Lesões bilaterais e simétricas o Envolve metáfise o Fechamento fiseal Hepervitamonose A: Gatos alimentados com fígado Causa uma diminuição da atividade dos osteoclastos, aumento da atividade dos osteoblastos e consequentemente, uma diminuição da absorção e do remodelamento ósseo Sinais clínicos: o Prostração o Claudicação o Algia e palpação cervical o Relutância a saltos Reação periosteal nas vertebras Anquilose das articulações sinoviais Osteoporose Função osteoclástica anormal Doença rara e hereditária
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