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Tipos de articulações: Sinartrose → articulação fibrosa, imóvel. Presente em suturas de crânio, dos dentes e do maxilar. Anfiartrose → articulação cartilaginosa semimóvel. Presente em ossos do quadril e vértebras. Diartrose → articulação sinovial, móvel. Presente na maioria das articulações do corpo como ombro, joelho e cotovelo. Estrutura articular Articulação sinovial (diartrose) → composta por duas superfícies ósseas em aposição, cada uma recoberta por cartilagem articular (cartilagem hialina) e cercadas por uma capsula articular. Constituída de cartilagem articular, capsula articular, membrana sinovial e liquido sinovial (fornece nutrição e oxigenação). Aparência radiográfica normal As cartilagens articulares, fluído sinovial e a capsula articular não são visíveis nas radiografias. Em animais jovens as articulações parecem ser mais amplas do que nos adultos, devido as epífises imaturas, e os pequenos ossos cuboides não são completamente observados. Resposta articular a lesão Nas luxações as superfícies articulares estão deslocadas, sem contato entre elas. Há ruptura de planos fasciais adjacentes. Em animais jovens, anomalias anatômicas de superfícies articulares sugerem que a luxação pode ser congênita Luxação articular do cotovelo (úmero-rádio-ulnar) Congênita: ocasionalmente observadas em cães de raças de pequeno porte. Podem ser bilaterais. Animal apresenta acentuada claudicação ou não apoio do membro. Dois tipos dessa luxação são reconhecidos, a em que a articulação úmero-ulnar parece normal, mas a cabeça do rádio é deslocada lateral e caudalmente, e o segundo em que a articulação umeroradial parece normal, mas a ulna proximal apresenta uma rotação de 90 graus. Adquirida: resultante de traumatismo. Graus variáveis de deslocamento são observados. Pode haver associação de fraturas e gás pode ser observado no interior da articulação do ombro, como resultado do fenômeno de vácuo. A cabeça do úmero é medialmente deslocada e a cavidade glenóide pode ser rasa, achatada ou apresentar outras malformações Luxação da articulação coxofemoral Na luxação da articulação coxofemoral resultante de traumatismo, a cabeça do fêmur tende a ser deslocada dorsal e cranialmente. Duas projeções, em ângulos retos, uma em relação à outra, são necessárias. Uma fratura por avulsão, associada ao ligamento da cabeça do fêmur (ligamento redondo), pode ser observada no interior do acetábulo. Fraturas cominutivas da borda do acetábulo também podem ser encontradas. Além disso, a luxação pode ser resultante de doenças degenerativas, como a displasia coxofemoral. Doença articular degenerativa (osteoartrose) É uma afecção que envolve a destruição e perda da cartilagem articular, pode ser primária e secundária. Ela causa fissuras e fragmentação da cartilagem articular, que passa a ser menos eficiente na proteção do osso. Altera também o remodelamento das nus superfícies articulares e proliferação óssea ao redor das bordas da articulação. • Primária: observada em cães e gatos idosos em que não há razão para o distúrbio • Secundária: resultante de estresse anormal sobre a articulação ❖ Entesófito → formação óssea no ponto de inserção de um musculo, tendão ou ligamento Sinais radiográficos 1 Aumento do líquido sinovial 2 Formação de osteófitos marginais 3 Entesófito 4 Erosão do osso subcondral 5 Artrólitos (mineralizações intra- articulares) 6 Esclerose do osso subcondral 7 Cistos ósseos subcondral Doença articular inflamatória (artrite) É uma inflamação de uma articulação que pode ser infecciosa ou não infeciosa. Ocorre uma inflamação na membrana sinovial com grau de acometimento das estruturas articulares adjacentes. A artrite não infeciosa geralmente é provocada por uma doença imunomediada. O diagnostico definitivo tende a requerer a realização de artrocentese, biópsia e exames de sangue. Sinais radiográficos Distensão da cápsula articular pode deslocar planos fasciais adjacentes, reação periosteal ocorre nos ossos ao redor da articulação, geralmente nas inserções da cápsula articular, disseminação do processo infecioso produz alterações nos ossos adjacentes, pode haver destruição óssea subcondral e pericondral uma vez que a afecção destrói a cartilagem articular e se dissemina para o osso subcondral. Em casos crônicos ocorre alterações relacionadas a doença articular degenerativa secundária, espaço articular se torna mais estreito. Fases da artrite A - Primeira fase (fase do alargamento) → lâmina óssea subcondral pode aparecer descontinua B - Segunda fase (fase de pinçamento) → ossificação subcondral, formação de osteófitos e entesófitos. C - Terceira fase (fase de desaparecimento) → caracterizada pela anquilose. Aas cartilagens articulares não são vistas radiograficamente. Displasia coxofemoral É uma alteração no desenvolvimento da articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, ela apresenta origem genética e caráter hereditário. Os filhotes nascem aparentemente normais e desenvolvem a displasia conforme o crescimento. Essa doença provoca lassidão (diminuição da força) destas articulações, resultando em instabilidade, doença articular degenerativa secundária e subluxação ou luxação. O diagnóstico definitivo é através do exame radiográfico. Ela pode se apresentar de forma leve/discreta, média e grave. • A radiografia é feita em projeção ventrodorsal, com os cães sedados ou anestesiados, com os membros pélvicos bem estendidos e rotacionados internamente. Os membros devem estar paralelos entre sí e em relação a coluna vertebral e a pélvis em simetria. • Este procedimento é denominado de método radiográfico convencional (MRC) e é capaz de revelar anormalidades que não seriam visualizadas em outras posições A – NORMAL B- DISPLASIA COXOFEMORAL MÉDIA A – NORMAL B- DISPLASIA COXOFEMORAL GRAVE Doença de Legg Calvé Perthes (necrose asséptica da cabeça do fêmur) Consiste no comprometimento de vasos epifisários responsáveis pelo suprimento sanguíneo da cabeça e colo femorais, ocasionando isquemia e necrose subcondral progressiva, reabsorção nas áreas necrosas. Com a evolução do quatro ocorre remodelação da cabeça e colo femorais. Sinais radiográficos Fase inicial: alargamento do espaço articular, áreas de osteólise focal com densidade radiográfica irregular Fase tardia: achatamento e irregularidade da cabeça femoral, espessamento do colo femoral, áreas de osteólise na cabeça e colo femorais, superfície articular irregular, podendo haver subluxação e em quadros muito graves e avançados pode ocorrer a fragmentação da cabeça femoral A - Radiografia ventrodorsal da pelve canina mostrando alterações osteoartróticas na doença de Legg Calvé Perthes inicial, observe o remodelamento e lise óssea (seta) da cabeça femoral esquerda e hipotrofia muscular no membro afetado B - Detalhe mostrando área de lise na cabeça femoral (seta)
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