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1 Material de estudo sobre BIOLOGIA E MANEJO EM CATIVEIRO DE ANIMAIS SELVAGENS Por Ana Beatriz Gusmão Baseado nas aulas do Prof. Maurício Barbanti @selvagens.veterinaria 2019 2 Sumário 1. Aves a. Rheiformes………………………………………………………………………………...3 b. Tinamiformes……………………………………………………………………………...5 c. Ciconiformes……………………………………………………………………………...6 d. Galiiformes…………………………………………………………………………….......8 e. Anseriformes……………………………………………………………………………....10 f. Falconiformes……………………………………………………………………………..12 g. Strigiformes……………………………………………………………………………......15 h. Piciformes…………………………………………………………………………….........16 i. Gruiformes……………………………………………………………………………........18 j. Psitaciformes……………………………………………………………………...…….…19 k. Passeriformes…………………………………………………………………...………… 21 2. Mamíferos a. Xenarthra……………………………………………………………………..........……… 22 i. Myrmecophagidae ii. Cyclopedidae iii. Dasypodidae iv. Bradypodidae v. Megalonychidae b. Primatas……………………………………………………………………….............…… 28 i. Callitrichidae ii. Cebidae iii. Aotidae iv. Pithiciidae v. Atelidae c. Rodentia……………………………………………………………………………..............34 i. Caviidae ii. Myocastoridae iii. Dasyproctiidae iv. Erethizontidae d. Carnivoridae………………………………………………………………………..............38 i. Canidae ii. Procyonidae iii. Mustelidae iv. Felidae e. Artiodactyla……………………………………………………………………….................42 i. Cervidae ii. Tayassyudae f. Perissodactyla………………………………………………………………………….……..46 3. Répteis a. Crocodilia………………………………………………………………………………..…….47 b. Chelonia………………………………………...………………………………………..…….49 c. Squamata……………………………………………………………………………………….50 https://pt.wikipedia.org/wiki/Myrmecophagidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyclopedidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Dasypodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Bradypodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalonychidae 3 Biologia e manejo de Rheiformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Rheiformes o Família: Rheidae o Espécie: Rhea americana (ema) ❖ Morfologia o Maior ave brasileira ▪ Machos pesam em média 32Kg e fêmeas 34Kg o Perdeu a 'crista sterni' (quilha) = não conseguem voar o Já existe uma comercialização de carne de avestruz e ema ▪ Quando o BR começou a exportar avestruz era muito caro, eles se reproduzem rápido, mas logo o mercado se espalhou e não tinha mais para quem vender. ▪ Produzem mais ou menos 25Kg de carne (RC de 25%) o Mudança na estrutura das penas – as bárbulas não se unem, formam plumas o São essencialmente herbívoros o Não possuem cauda, nem glândula uropigeana (é um problema na época do choco e para os filhotes, em casos de chuva por exemplo) o Ocupam ambientes abertos, como cerrado e caatinga o Leve dimorfismo sexual ▪ Macho é maior, tem mais preto no pescoço, vocaliza na época reprodutiva e possuem hemipênis na segunda câmara cloacal o Possuem três dedos ❖ Alimentação o TGI ▪ Ceco grande (40%) – fermentação das fibras (celulose) ▪ Sem inglúvio o Além de folhas, comem grãos, insetos 🡺 herbívoros/insetívoros o É importante fornecer fibras (pasto, capim, verduras) o Pode-se usar ração de cavalo ou de roedores/lagomorfos ▪ A farelada não é muito indicada, pois causa prejuízo o As aves são sensíveis às rações com ferro, precisa tomar cuidado para evitar hemocromatose o Se a ema vive num pasto bom, não tem porque fornecer ração de cavalo ▪ Pode dar ração de ave, que já possui os elementos necessários ▪ Cuidado, pois existem rações para várias etapas, como manutenção e reprodução ❖ Filhotes o Comum ter síndrome do entortamento de pernas – crescimento e peso exacerbado associado a ausência de exercícios 🡺 quadro irreversível o Os filhotes criados sem o pai em cativeiro engordam muito mais, pois não se exercitam. Para não engordar, pode dar uma ração menos energética, ou não deixar a ração a vontade (fornecer 2h de manha e 2h a tarde) ❖ Reprodução o Poligenia e poliandria 4 ▪ Poliandria (grego: poly- muitos, andros- homem) é a união em que uma só mulher é ligada a dois ou mais maridos ao mesmo tempo. É o oposto da poliginia, forma de poligamia em que um homem possui duas ou mais esposas ▪ Os machos definem seu território, fazem o ninho para as fêmeas botarem. Quando chega no 2/3º dia de postura, quando já tem alguns ovos o macho começa a chocar, então as femeas perdem o interesse e procuram outros machos ▪ O comportamento de deitar em cima dos ovos atua como um estímulo para que haja a produção de prolactina, o qual vai fazer com que os machos choquem os ovos o 15 a 20 ovos por ano o Importante que as emas botem no período mais seco no ano, para que o ovo consiga perder umidade – o ovo perde peso ▪ Se a temperatura estiver baixa e a umidade alta, vai perder pouco peso o A incubação é de 27 a 42d ▪ 24h antes de nascer o filhote começa a vocalizar, servindo como uma espécie de aviso para que os outros filhotes (a partir de 27d) nasçam também nas próximas 24 horas. Isso ocorre, pois depois que o primeiro ovo se quebra, o macho espera apenas 1 dia no ninho e depois para de chorar o restante dos ovos o Quando dois machos com ninhadas se encontram, eles se enfrentam e é comum que o vencedor roube filhotes do outro (quanto mais filhotes tiver, menor a chance que algum dos seus filhotes seja predado ▪ A ema não é inteligente – isso é seleção dos comportamentos inatos ❖ Criação o Filhotes geralmente são criados em galpões, com animais soltos (ocorre grande perda) ▪ Podem ser criados com o pai – garante a sobrevivência do filhote, mas tem uma menor produtividade o Recinto pode ser telado, piquetes com um corredor central o Machos não devem ficar juntos na reprodução o Se o capim tiver estolão a ema pode acabar comendo a folha com o estolão e ficando com o TGI obstruído ▪ Uma opção é a grama-batatais o Incubação artificial ▪ Assim que a fêmea bota, retira-se o ovo para que não ocorra estimulo no macho e ele continue se reproduzindo ▪ Depois de um tempo o macho vai ter o pico de prolactina mesmo retirando os ovos botados ▪ Da para incubar os ovos e colocar ovos falsos para o macho botar e depois que os filhotes nascerem colocar os filhotes ▪ Você pode colocar 1 macho com 8 fêmeas, elas vão botar, depois você coloca as 8 com outro macho e assim vai rodando os piquetes. No final deixar as fêmeas isoladas ❖ Contenção o Em geral se utiliza um capuz o Chutam para frente – conter por trás 5 Biologia e manejo de Tinamiformes ❖ Classificação o Classe: aves o Ordem: Tinamiformes o Família: Tinamidae o Gêneros: ▪ Tinamus (macuco) Tinamus solitarius ▪ Crypturellus (inhambu) ▪ Nothura (codorna) ▪ Taonicus (inhambu-carapu) ❖ Morfologia o Cabeça pequena, bico fino e mole o Bárbulas unidas – são terrícolas, mas conseguem voar o Não possuem cauda o Halus vestigial o Fêmea maior que o macho o Irrigação arterial ineficiente ▪ Coração relativamente pequeno comparativamente com outras aves (apenas 1,6% enquanto a pomba equivale a 12.5%) ▪ Carne bem branca do peito, musculatura peitoral muito desenvolvida ▪ Voam esporadicamente para fugir de predador o Quilha chega até próximo a cloaca o Rendimento de carcaça de 75% o Machos possuem hemipênis ❖ Alimentação o Possuem papo, moela bem desenvolvida, tem ceco, intestino relativamente curto o Comem grãos, insetos, algumas frutas o Milho farelo de soja, complexo vitamínico podem ser supridos pela ração o Da para usar ração de manutenção de galinha ❖ Reprodução o Os ovos são coloridos (rosa do inhambu e azul do macuco) o Ninhos no chão o Filhotes se mimetizam ao ambiente ❖ Cativeiro o Tem que cortar as asas para evitar acidentes o Recinto deve ter uma mureta de +/- 50cm para que eles não enxerguem o exterior e o restode tela o Tomar cuidado com a parte superior – não colocar vigas, pois eles podem voar e se machucar o 3 regiões ▪ Fundo – mais reservada, ponto de fuga ▪ Meio – esconde o fundo ▪ Frente – exposição do bicho 6 Biologia e manejo de Ciconiformes ❖ Classificação o Classe: aves o Ordem: Ciconiformes o Família: ▪ Ardeidae – garça, socó ▪ Cochleariidae – arapapá ▪ Threskiornithidae – guará ▪ Ciconidae – tuiuiú ❖ Família Ardeidae o Garça-branca-grande – Egretta alba ▪ Se encontra em toda América do Sul ▪ Inteira branca o Garça-branca-pequena – Egretta thula ▪ Bico e penas pretos, corpo branco ▪ Já esteve ameaça de extinção devido a utilização de suas plumas (egretas) o Garça-vaqueira – Bubulcus ibis ▪ Encontrada em ambientes abertos de pastagem, com rebanhos ▪ Uma das espécies mais comuns da família ▪ Pescoço mais grosso ▪ Estritamente insetívoras o Maguari – Ardea cocoi ▪ Maior espécie da família o Socó-boi – Tigrisoma lineatum ▪ Vocalização semelhante ao do boi o Maria-fasceira – Syrigma sibilatrix ▪ Também ocupa campos/pastagens o Socó-dorminhoco- Nycticorax nycticorax ▪ Hábitos noturnos ▪ Comum em cativeiro o Socozinho – Butorides striatus ▪ Ocorrência praticamente mundial ▪ Bem comum ❖ Família cochleariidae o Arapapá – Cochlearius cochlearius ▪ Bico achatado 7 ❖ Família Threskiornithidae o Colhereiro – Platalea ajaja ▪ Bico em forma de colher ▪ Difícil manter em cativeiro ● Precisam de certos carotenoides para manter a cor rosada o Guará – Eudocimus ruber ▪ Comem crustáceos (da para por carne dentro de um caramujo e ir tirando aos poucos para o animal acostumar no cativeiro) ▪ A cor vem da ataxantina – presente na cabeça do camarão e no broto de alfafa o Curicaca – Theristicus caudatus ▪ Moela relativamente grande: comem molusmo, insetos (contem uma casca dura) ❖ Família Ciconidae o Tuiuiú – Jabiru mycteria ▪ Maior espécie do pais – símbolo do pantanal ▪ Pode chegar a 1,10m ▪ Vivem em grupos (inclusive de outras espécies ▪ Vai batendo o pé no chão/água e fuçando com o bico, até saltar algum peixe o Cabeça-seca o João-grande ❖ Morfologia o Bico longo o Pernas longas – importante para termorregulação o Cauda curta o Sem dimorfismo sexual o Glândula uropigeana pouco desenvolvida – eles vivem na água, mas não se molham o Plumagem rica em pó ▪ Semelhante a secreção da glândula, ajuda as plumas a se organizarem, mas não impermeabilizam o **a flexibilidade das barbulas – para se fixarem pode ser pelo óleo da glândula ou pelo pó o Possuem egretas/plumas que surgem na época reprodutiva o As pernas auxiliam na termorregulação – molham para perder calor ou urinam (fazem isso quando o recinto não esta adequado) ❖ Alimentação o Não tem papo, pró-ventrículo grande, moela pequena, intestino bem grande, ceco vestigial 🡺 animal carnívoro o Garças – principalmente piscívoras o Pensar em processos de adaptação alimentar (como a carne moída na concha) o Se for dar carne precisa suplementar, ou dar inteiro o Ração de gato tem muito ferro – tomar cuidado 8 ❖ Reprodução o São monogâmicos vivem 20 a 30 anos o A maioria choca em colônias, ninhais (várias espécies) ▪ Quanto mais ninhos mais seguros as aves se sentem ▪ Dificilmente um recinto com poucos casais vão reproduzir o Macho e fêmea revezam o choco o Chocam +/- 21d o Tuiuiú vivem, chocam sozinhos – dificilmente reproduzir em cativeiro o Plumagem juvenil é diferente dos adultos ▪ Guara filhote é preto ❖ Cativeiro o Tirando a garça vaqueira e a maria-fasceira o restante PRECISA de um laguinho raso no recinto, que de pé o Árvore grande, fechada para o ninhal o Essencial um viveiro grande que comporte vários casais o Pode fechar as laterais com cerca viva, para deixar um ponto de fuga no local no ninhal Biologia e manejo de Galiiformes ❖ Classificação o Classe: aves o Ordem: Galiiformes o Família: ▪ Phasianidae – Uru ▪ Cracidae – mutum, jacu, jacutinga ● Começaram a ser criados como aves oornamentais ● Gêneros o Crax o Pauxi o Abunia o Nothocrax o Penelope o Ortalis ❖ Família Phasianidae o Corpo robusto, asas e pernas curtas o Inclui a galinha, pavão, faisão e peru ❖ Família Cracidae o Mutum-de-penacho - Crax fasciolata ▪ Dimorfismo sexual ▪ Ameaçados no estado de SP o Mutum-poranga- Crax alector 9 o Urumutum – Nothocrax urumutum o Jacupemba – Penelope supercilliaris ❖ Morfologia dos Cracideos o Únicos galiformes arborícolas o Halux na mesma linha dos demais dedos o Possuem hemipênis o Presença de alça traqueal (Ortalis e Penelope) ▪ Se baterem a região do peito pode colabar a traqueia ❖ Alimentação dos Cracideos o Animal granívoro e insetívoro o Intestino mais curto que o da galinha – também comem mais frutos o Em cativeiro 🡺 se dar a fruta você pode usar uma ração mais proteica (como 5% de ração de gato) ou usar uma ração de manutenção de galinha (mas é meio pobre) o Quando chegar na época reprodutiva (primavera) deve-se aumentar a proteína, não é ideal continuar a ração de gato, pois se aumentar a quantidade vai desbalancear a dieta da ave, pois aumenta o ferro e diminui os aminoácidos essenciais o Cuidado ao dosar a proteína para não causar gota úrica o Essas aves apanham a maior parte das frutas e sementes em cima das arvores o Para manutenção de galiformes imaturos e adultos ▪ PB 🡺 16-16% ▪ FB 🡺 3,5-4,5 ▪ EE 🡺 3% ❖ Reprodução o São monogâmicos e territorialistas – um casal por recinto o Ninho feito em meia altura (+/- 2m) em locais bem fechados ▪ Pode usar aquelas cestas trançadas o Você pode escolher os casais quando for montar o recinto, mas quando forem jovens, pois depois que um casal é formado é muito difícil separar o Os ovos são ásperos e rugosos, com a casca bem dura 🡺 cuidado para não aumentar muito o cálcio da dieta se não o filhote não consegue nascer o Tanto o macho quanto a fêmea participam da reprodução o 2 a 3 filhotes/reprodução o Algumas espécies já nascem voando, como a jacutinga o Incubação de 21 a 32d ❖ Recinto o Presença de poleiros e espaço no chão o Apenas um casal por viveiro – mínimo de 2x4m o Difícil misturar espécies, pois ocupam todos os estratos do recinto, haverá bastante competição o Paredes laterais entre os recintos para evitar brigas e estresse 10 o Porta do viveiro SEMPRE deve ser do tamanho do tratador, nem menor e nem maior o Mureta da altura da ave para não se machucarem e ficarem vendo ao redor o A comida pode ficar no chão ou no alto – nunca colocar o comedouro e bebedouro no meio do recinto e nem com poleiro em cima o Fundo escuro, de preferencia onde ficará o ninho o Substrato pode ser areia, ou folhas por exemplo. Mas se for de folhas tem que redobrar o cuidado sanitário ▪ Ao chegar uma ave nova, se conseguir fazer a quarentena certinha e garantir que o animal não tem nenhuma doença, você não vai colocar no recinto com folhas no chão, pois há grandes chances de ter parasitas, você vai colocar no recinto mais limpo, garantido ▪ O recinto com folhas é limpo com uma frequência muito menor, mas da uma cara melhor pros visitantes Biologia e manejo de Anseriformes ❖ Classificação o Classe: aves o Ordem: Anseriformes o Família: ▪ Anhimidae – tachã, inhumã ▪ Anatidae – patos, gansos e marrecos ❖ Família Anhimidae o Endêmica da América do Sul o Hábitos diurnos e terrestre o Tachã – Chauna torquata ▪ Gostam de ambientes alagados – banhos em águas rasas ❖ Morfologia dos anhimideos o Animais corpulentos – peso relativamente pequeno o Sistema de galerias de ar no subcutâneo – similar a um enfisema o Dedos e pés livres e longos – sem membrana interdigital o Esporas no rádio/ulna (defesa) o Não possuem "processos uncinati" nas costelas– são moveis o Boa habilidade de voo o Sem dimorfismo sexual o Muda gradual das penas – as penas primarias das asas são trocadas 1 por 1 ❖ Alimentação dos anhimideos o Pró-ventrículo bem grande ▪ Acredita-se que funcione como uma câmera fermentativa, devido a elevada ingestão de folhas desses animais o Intestino longo, ceco relativamente pequeno o Comem sementes, raízes, vermes e 90% de folhas o Cativeiro 🡺 couve, folha de couve flor, almeirão, alfafa verde ▪ Junto com a ração de galinha ● Se fornecer folhas pobres, como alface é melhor usar uma ração melhor, como a de cachorro ou farelo de soja 11 ▪ Filhotes até 3 semanas – ração farelada para crescimento ❖ Reprodução dos anhimideos o Monogâmicos e territorialistas ▪ Ficam territorialistas quando atingem a maturidade sexual o Cópula ocorre próxima a água – 0,5 a 1m acima d'água o Nidificam sob plantas aquáticas, galhos – na agua também o Macho e fêmea revezam na nidificação o Incubação de 40 a 45 dias o 2 a 3 filhotes – saem do ninho logo que nascem ❖ Recinto dos anhimideos o Você pode operar as asas para não voar e deixar o animal num recinto aberto, ou não operar e deixar num recinto todo telado o Se sentem seguros quando estão "ilhados" o 1 casal por recinto- tamanho mínimo de 4x8x4 o Possuir poleiros ❖ Família Anatidae o 16 gêneros e 38 espécies o Marrecos, patos e cisnes o Aves cosmopolitas e migratórias o Forte relação com a água – geralmente água parada, com exceção do pato mergulhão o Marreca-caneleira o Irerê – Dendrocygna viduata o Cisne-de-pescoço-preto o Pato-preto ▪ Ocorre em todo o país ▪ Ancestral do pato domestico ▪ Poligâmicos ▪ Dimorfismo sexual o Pato-mergulhão ▪ Ocorre em águas em movimento, limpas ▪ Se alimentam de peixes ▪ Espécie ameaçada ❖ Morfologia dos Anatideos o Corpo robusto, patas curtas o Membrana interdigital o Penas alares – espelho o Após a estação reprodutiva trocam as penas por uma muda em bloco (caem todas e uma vez) e ficam de 1 a 2 meses sem voar (isso não ocorre com aves que dependem do voo) o Hemipênis o Lamelas transversais no bico o Glândula uropigeana super desenvolvida o Podem usar poleiros para descanso 12 ❖ Alimentação o Na natureza filtram a água e comem fito e zooplancton, além de folhas, raízes, sementes, moluscos o Requer alta energia no preparo para reprodução e migrações o Cativeiro 🡺 precisam de água eutrofizada para poderem filtrar, pode dar ração de galinha farelada – colocar próximo a água para que ele possa molhar e não grudar tudo nas laminas do bico, se não pode usar uma ração peletizada (após 3 meses) ▪ Se usa bastante broto de alfafa ❖ Reprodução o Maturidade sexual provoca agressividade ▪ Nos cisnes ocorre com cerca de 5 anos – bem bravos o Corte elaborada o Monogâmicos (exceção do prato-preto) o Cópula ocorre na água o Cisne auxilia na criação dos filhotes, patos e marrecos não o A maioria faz o ninho no chão, algumas no oco de árvores o Cisne – 4 a 5 ovos, incubados por cerca de 30 dias o Patos – 6 a 12 ovos, incubados por cerca de 25 a 26 dias o Filhos são nidífugos – saltam do ninho o Algumas espécies parasitam ninhos de outras espécies, como falcões ❖ Recinto o Ter água com profundidade maior e eutrofizado o Viveiros fechados para as aves sem corte das asas ▪ Amputação do terceiro e quarto metacarpiano o Cuidado com o botulismo o Interessante ter ilha para chocar Biologia e manejo de Falconiformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Falconiformes o Família: ▪ Cathartidae - urubus (atualmente já mudou de ordem) ▪ Acciptridae ▪ Falconidae ▪ Pandionidae - águia rara ❖ Familia Cathartidae o Sarcorhamphus papa - Urubu-rei ▪ Espécie comum em zoológicos ▪ Ocorre em todo Brasil, mas é difícil de ser visto em vida livre o Cathartes aura - Uburu-de-cabeça-vermelha ▪ Não é comum em zoológicos ▪ Ocorre em praticamente toda América do Sul ▪ Atividade mais florestal o Cathartes burrovianus - Uburu-da-cabeça-amarela 13 ▪ Tem uma asa maior e voando parece mais um gavião o Coragyps atratus - Urubu ▪ É o tipo mais comum, encontrado em aterros e tal ▪ Aprendeu a viver com o homem o Morfologia ▪ Ausência da siringe - não vocalizam ▪ Falange basal longa - primeira falange do dedo ● Nos gaviões e falcões são curtas para facilitar a captura das presas ● Dieta limitada a animais mortos, uma vez que não conseguem caçar ▪ Termorregulação - defecam nas penas para perder temperatura e abrem as asas para ganhar calor ● Não indica erro de recinto, é fisiológico ▪ Cabeça e pescoços nus ▪ Narinas vazadas - mais fácil de limpar ▪ Visão extremamente desenvolvidas (30cm a 3000m) ● Caçam visualmente ● Acuidade visual esta relacionada com o número de receptores ● Luz entra, estimula os cones e bastonetes, leva ao cérebro e forma imagem ▪ Olfato aguçado em C. aura e C. burrovianus, pois vivem em áreas fechadas ▪ Macho pode ser maior que a fêmea ▪ **não morrem de botulismo, mesmo se alimentando de carcaça podre, pois acredita-se que eles possuem enzimas específicas que quebram a toxina botulínica ❖ Familia Acciptridae o 26 gêneros e 47 espécies o São os gaviões o Rupornis magnirostris - Gavião-carijó ▪ Distribui-se do México à Argentina ▪ Habita os mais variados ambientes - campo, bordas de mata, áreas urbanas, etc ▪ Situação atual pouco preocupante ▪ Bem comum, mais usadas no início da falcoaria (esses animais não precisam ser imprintados para essa atividade) o Heterospizias meridionalis - Gavião-caboclo ▪ Animal de cerrado, comum em zoológico ▪ Não é muito usado na falcoaria, pois é pesado o Spizaetus tyrannus - Gavião-pega-macaco ▪ Mede entre 58 e 80cm o Spizaetus ornatus - Gavião-de-penacho ▪ Dificil ver em vida livre e não é frequente em zoológico o Harpia harpyja - Gavião-real ▪ Maior ave predadora do Brasil, tida como a mais forte do mundo ▪ Espécie ameaça de extinção no BR ▪ Macho pode chegar a 4,8Kg e fêmea a quase 9kg ▪ IUCN - quase ameaçada o Morphnus guianensis - Uiraçu-falso ▪ Falsa harpia 14 ▪ Extinta em algumas regiões do Brasil e quase ameaçada pela IUCN ▪ Mede de 81 a 91cm ▪ Alimenta-se de outras aves e pequenos mamíferos ▪ Habita florestas umidas densas o Rostrhamus sociabilis - Gavião-caramujeiro ▪ Bico e unhas (longas) adaptado para comer caramujos ▪ Vive em grupos ▪ Habita regiões alagadas ❖ Familia Falconidae o 7 gêneros e 21 espécies o Carcara plancus - Carcará ▪ Vive tanto solitário, como aos pares ou em grupos ▪ Passa muito tempo no chão, mas é excelente voados e planador ▪ Sua maior população se encontra no sudeste ▪ Não tem habilidade de caça, come mais presa morta ▪ Mede cerca de 56cm da cabeça a cauda o Milvago chimachima - Gavião-carrapateiro ▪ Come prioritariamente insetos ▪ Frequentemente encontrado em fazendas de gados o o Falco sparverius - Quiriquiri ▪ Bem comum ▪ Menor dos falcões e uma das menores aves de rapina do país ▪ Mede de 23 a 27cm ▪ Fêmea tem as costas e asas marrom avermelhadas enquanto o macho é cinza, azulado o Falco pereguinus - Falcão peregrino ▪ Encontrada em todos os continentes, exceto na Antártida ▪ Prefere zonas montanhosas ou costeiras ▪ Atinge 270km/hora ▪ Caçador de aves - acerta apenas 10 a 20% das tentativas de caça ▪ Top da falcoaria o Anatomia ▪ Bico curvo e curto ▪ Garras afiadas e longas ▪ Grande densidade de receptores ópticos e possuem duas fóveas centralis ▪ Olho mais lateralizado, capacidade de visão bem ampla o Alimentação ▪ Papo pouco desenvolvido ou inexistente ▪ Moela com camada fina de fibras musculares ▪ Moela + proventriculo em formato de pera ▪ Proventriculo - estomago quimico ● Alta [] de enzimas peptídicas e ácido cloridrico ● Conforme vai digerindo a carne o pH vai aumentando até chegarem 3,5 pra cima. Quando atinge o pH 3,5 a ave regurgita os pelets, com resto de osso, pela, pena, pelo e afins. Quando come o pH diminui 15 ▪ Carcará tem a moela bem desenvolvida e papo, pois tem uma maior amplitude de dieta ▪ Cativeiro ==> tentar imitar os hábitos em vida livre ● Falcão peregrino come essencialmente aves, se fornecer roedores, coelhos eles vão perder peso ● Tomar cuidado na hora de congelar as presas, não colocar muitos animais juntos no mesmo freezer ● Se forem aves você pode molhar também ● Se for dar pintinho de 1d tem que balancear cálcio ● Presa inteira é a base da alimentação ▪ A subnutrição é responsável pela morte de 24% das mortes de rapinantes o Reprodução ▪ Monogâmicos estritos e territorialistas; ▪ Formação de casais é extremamente difícil ▪ Colocar a fêmea e o macho num lugar novo ao mesmo tempo, mas se não tiver como, colcoar a fêmea no viveiro do macho – geralmente a fêmea mata o macho mais fácil ▪ É comum o filhote mais novo ser morto pelos irmãos ▪ Incubação da harpia – 50 a 52d ● Pequenos gaviões – torno de 30d o Recinto ▪ Poleiros em apenas dois pontos – não precisa de muito, apenas para o animal voar de um canto para o outro ▪ A reprodução de urubus e harpias são feitas em recintos relativamente pequenos ▪ Falconiformes comem no chão e levam até o poleiro ● Coloca-se a comida no chão Biologia e manejo de Strigiformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Strigiformes o Família: ▪ Tytonidae – Suindara ▪ Strigidae ❖ Família Tytonidae o Suindara – Tyto alba ▪ Atividade noturna e diurna ▪ Cosmopolita ❖ Família Strigidae o Coruja-buraqueira – Athene cunicularia ▪ Muito frequente em vida livre, mas não tanto em cativeiro o Mocho-orelhudo/jucurutu - Bubo virginianus ▪ Ocupa florestas e matas fechadas ▪ Maior coruja de todas 16 ❖ Morfologia o Possuem certa fotofobia – cuidado com a exposição à luz ▪ Receptores sensíveis, mas pouca acuidade visual o Atividade noturna o Olhos grandes e ouvido bem desenvolvido ▪ As orelhas são projeções das penas o As bordas das penas primárias possuem ranhuras para abafar o som do vôo o Os dedos possuem a mesma angulação entre si, X o Conseguem girar a cabeça em até 270º ❖ Alimentação o Não possuem papo, intestino curto, com ceco (digestão do conteúdo estomacal das presas) o Regurgitam os pellets, com ossos, pelos, penas e afins o Oferecer o alimento a noite o Pode oferecer camundongo, carne corrigida com cálcio ❖ Reprodução o Monogâmicos estritos o Territorialistas o 2 a 4 ovos com 24 a 32d de incubação o Os filhotes são treinados para caçar quando saem do ninho ❖ Recinto o Recintos escuros, com área de penumbra o Um poleiro no fundo e outro na frente o 1 casal por recinto o Separar os recintos por parede, ou algo que não permita visualização o Proteção contra o sol direto Biologia e manejo de Piciformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Piciformes o Família: ▪ Capitonidae ▪ Galbulidae ▪ Bucconidae ▪ Ramphastidae – tucano ▪ Picidae ❖ Familia Ramphastidae o São bem exigentes em relação a reprodução, difícil ocorrer em cativeiro 17 o Alta exigência nutricional o Ramphastos toco (Tucano-toco) ▪ Ocupa cerrados ▪ Maior tucano de todos ▪ Mais comum em cativeiro o Ramphastos vitelinus (Tucano-de-bico- preto) ▪ Ocupa Amazônia e parte da Mata Atlântica o Ramphastos dicolorus (Tucano-do-bico-verde) ▪ Terceiro mais comum em cativeiro o Pteroglossus bailoni (Araçari banana) ▪ Amarelo de bico vermelho o Morfologia ▪ Bicos grandes, ocos, leves, com osso trabeculado – auxiliam na termorregulação ▪ Pouca força no bico ▪ Pé zigodactilo – dois dedos para frente e dois para trás o Alimentação ▪ Sistema digestório curto – tempo de trânsito muito pequeno, a comida passa rápido ▪ Na natureza são predadores de ovos ▪ Frugívoros e carnívoros ▪ São dispersores de sementes ▪ Língua com ferpas (projeções laminares) que permitem que o alimento volte para ponta do bico ▪ São sensíveis ao ferro, tomar cuidado com hemocromatose ▪ Algumas rações de cachorro não são indicadas devido as altas concentrações de Fe, se o nível do mineral for baixo pode se fornecer com frutas (80%) ● Não fornecer frutas cítricas, pois podem facilitar o quadro de hemocromatose ▪ Deficiência proteica pode causar alteração na cor da ave o Reprodução ▪ São territorialistas na fase reprodutiva ▪ Fêmea fica no ninho ▪ Incubação de 20 dias, 3 a 4 ovos ▪ Filhotes saem do ninho por volta de 30 dias ▪ A associação com outras espécies não é indicada, pois predam ovos ▪ Chocam em ocos de arvores o Cativeiro ▪ 1 casal por viveiro ▪ Fundo com abrigo ▪ Água em recipientes profundos, nos cantos do viveiro ▪ Divisão entre recintos com parede ▪ Poleiros um pouco distantes, pois pulam ▪ Comedouro no alto e no fundo 18 ▪ Nunca dar medicação via oral, pois não da tempo de absorver ▪ Realizar quarentena com animais novos, pois Capilaria é comum ❖ Familia picidae o Dimorfismo sexual presente, machos com mais manchas vermelhas e amarelas o Insetívoros o Poleiros verticais – troncos grossos e rugosos Biologia e manejo de Gruiformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Piciformes o Família: ▪ Eurypygidae (Pavãozinho-do-Pará) ▪ Aramidae (Carão) ▪ Heliornithidae (Patinho-d`agua) ▪ Psophiidae (Jacamins) ▪ Carianidae (Seriemas) ▪ Rallidae (Saracura) ❖ Família Eurypygidae o Monotípica o Região amazônica o Vivem em rios sombreados, florestados, matas secundárias próximas a água o Pescoço em S e pernas finas o Bico longo, reto e pontudo o Asas grandes, sem dimorfismo sexual o Alimentação ▪ Pequenos invertebrados e vertebrados ▪ Presas aquáticas e semi-aquáticas, insetos, minhoca, caramujo ▪ Pode misturar ração de gato com ração de pintinho ▪ Da para usar ração de cachorro também, mas com cuidado o Reprodução ▪ Monogâmicos e territorialistas ▪ Ninho feito com palha e com barro, próximo a água ▪ 1 a 2 ovos e incubação de 26 a 27 dias ▪ Filhotes nascem emplumados e ficam cerca de 21d no ninho o Cativeiro ▪ São comuns ▪ Difícil adaptação a ração ▪ Tanques d'agua que deem pé para o animal, pois ele não nada 19 ❖ Família Psophiidae (Jacamins) o Animal muito domesticado, dócil o São gregários – 100 indivíduos o Aparência galinácea o São terrestres, empoleiram a noite e nadam em rios o Jacamim = cabeça pequena o Bico forte e curvo o Sexos são semelhantes o Alimentação ▪ Plantas e animais (sementes, folhas, frutos, insetos, répteis) o Reprodução ▪ Poligênicos e poliândricos – macho dominante ▪ Fêmea auxiliada por subordinadas na incubação ▪ Normalmente vivem em bandos e na época reprodutiva se isolam ▪ Ninhos em buracos de árvores ▪ 3 a 4 ovos, incubação de 25 a 27 dias ▪ Nidífugos o Cativeiro ▪ Boa adaptação ▪ Pisa em folhas, poleiros e árvores ocas ▪ Alimentam-se no solo ▪ Ração de frango e franga acrescida com ração de gato ou farelo de soja para corrigir proteína ❖ Família Carianidae (Seriemas) o Cariama cristata (Seriema) ▪ Só voa em casos extremos ▪ Empoleira para dormir – sobe andando na árvore ▪ Ninhos altos ▪ Ocorre na região de cerrado, áreas abertas Biologia e manejo de Psittaciformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Picittaciformes o Ara ararauna (Arara-canindé): ▪ Azul do peito amarelo; ▪ Muito comum em cativeiro e na natureza. o Ara macao (arara-piranga): ▪ Vermelha sem estrias no rosto, asas com amarelo e azul; ▪ Mais rara em cativeiro. o Ara chlopterus (arara-vermelha-grande) o Cyanopsitta spixi (Ararinha-azul) o Anodorhynchus hyacinthinus (Arara-azul) o Guarouba-guaruba (Ararajuba) 20 o Amazona aestiva (Papagaio verdadeiro) o Amazona amazônica (Papagaio-do-mangue) o Amazona farinosa (Papagaio-moleiro)o Amazona festiva (Papa-cacau) o Brotogeris chiriri (Periquito-do-encontro-amarelo) o Quando a espécie é ameaçada, você só pode comercializar a F2, para isso vc espera a o animal de vida livre atingir a maturidade sexual, ai vai produzir F1 e depois produz F2. ❖ Mutações o Lutino: totalmente amarelo, falta de pigmento azul (azul+amarelo = verde) ▪ Onde era azul fica branco e onde era verde fica amarelo o Azul: falta do pigmento amarelo ❖ Morfologia o Índice de cerebralização psitacídeos = 27,6 ▪ Galinhas = 2,9 ▪ Falcão = 8.3 o Única ave que brinca; o Imita a fala humana; o Possuem 300-400 papilas gustativas; o Pés zigodáctilo: 2 dedos para frente e 2 para trás; o Maxila superior móvel; o Uropígio vestigial/ ausente (plumagem rica em pó). ❖ Alimentação o Papo grande: armazena alimento para de voar bastante o Moela flácida, pois tritura o grão no bico o Ausência de ceco o Arara-azul come 95% de duas espécies de castanha – bacuri e outra ai ▪ Os filhotes evoluíram para absorver a proteína e a gordura passa direto o Animais de cauda longa comem mais gordura, como castanhas o Animais de cauda curta comem carboidrato, como frutas o Em cativeiro você pode fazer uma mistura de grãos ▪ 55% milho ▪ 30% soja ▪ 10% ervilha ▪ 5% grão de bico ▪ Colocar 24h em água; Ferver 5 a 10min; ▪ Pode deixar na geladeira por 3d o O ideal em questão de saúde é o uso de ração extrusada, porém é monótono pro animal o Não descem no chão para comer o Comem 20 a 30g/dia de ração ❖ Reprodução o Monogâmicos e territori o alistas, menos o periquito australiano o Precisa de 1d pra por ovo o O macho alimenta a fêmea depois do acasalamento o Chocam em oco de árvore o Usar uma madeira mole no fundo do ninho, para usar de substrato ▪ Roer é um estimulo sexual o Botam de 3 a 4 ovos o Incubação de 24-28d (papagaio), 30 a 31d (arara) o Quando fica tirando o ovo logo que bota, ele acaba botando1,5 a 2x a mais o Anilha mais ou menos com 10d o Em geral tira-se o papagaio do ninho com 10 a 15 dias, comendo 3x por dia 21 o Com mais ou menos 60d é normal que o filhote pare de se alimentar, pois na natureza é a fase que ele emagrece para sair do ninho ❖ Cativeiro o Casais podem ser colocados em gaiolões de 2x2x3 ou em recintos no chão o Laterais fechadas o Vários poleiros o Comedouro e bebedouro no alto o Ninho no fundo, com substrato macio Biologia e manejo de Passeriformes ❖ Classificação o Classe: Aves o Ordem: Passeriformes o Famílias ▪ Turdidae (Sabiás) ▪ Thraupidae (Trinca-ferro, Curió, bicudo, canário-terra, coleirinha) ▪ Cardinalidae (Azulão) ▪ Fringilidae (Pintassilgo) ❖ Alimentação o Com exceção dos sabiás, que são mais frutívoros, o restante é essencialmente granívoros, descascam sementes para comer o Farinhada ▪ 5% farelo de soja ▪ 5% fubá ▪ 80% farinha de rosca ▪ 10% núcleo mineral vitamínico 1 ovo cozido e 1 colher de chá emulsão Scott ▪ Não pode deixar muito tempo na gaiola, pois pode fermentar o Ração é a solução. ▪ Pois se usar mistura de grãos o animal pode selecionar e não comer todos os nutrientes que precisa ❖ Reprodução o Monogâmicos e territorialistas; o Ninho no alto com raízes – 2 a 5 ovos; o Fêmea choca e o macho a alimenta (a mãe e o filhote); o Incubação de 12-14 dias; o Filhotes saem do ninho com 10-15 dias; o Independência com 20-30 dias; o 2-3 posturas por ano. o Nos sistemas de criação estão tornando as aves poliginicas ▪ Macho consegue galar com 3 fêmeas na semana ▪ A partir de 7d a fertilidade começa a cair ▪ Anilha entre 8 e 9d ▪ Os filhotes podem ficar juntos numa mesma gaiola até mais ou menos 3m ❖ Cativeiro o Gaiolas individuais, com separação entre elas o Gaiola do macho é menor que a da fêmea o Comedouro pra fora da gaiola é mais indicado, por ser mais higiênico o Uma parede só com todas as gaiolas o Tem que ventilar, mas vento direto pode dar hipotermia 22 o Colocar os animais pra tomar banho e banho de sol todo dia ▪ Na reprodução não precisa, pois se a fêmea molhar os ovos eles não respiram Biologia e manejo de Xenarthra ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Xenarthra – "articulação estranha" ▪ Ungulata – tatu ▪ Pilosa – tamanduá e preguiça o Famílias ▪ Myrmecophagidae – tamanduá ▪ Cyclopedidae - tamanduaí ▪ Dasypodidae – tatu ▪ Bradypodidae – preguiça de 3 dedos ▪ Megalonychidae – preguiça de 2 dedos o Grupo extremamente primitivo o 6 famílias já extintas o Preguiças – originárias da Am. Do Sul ▪ E grandes tatus também ▪ Até 10.000 anos atrás – chegada do ser humano o Tem um potencial pet ❖ Bradypodidae e Megalonychidae o Gêneros ▪ Bradypus (Bradypodidae) ● B. tridactylus – preguiça-de-bentinho o Mancha clara na garganta o 3 a 6Kg o Encontrada no Norte do Pará o Dimorfismo sexual ● B. variegatus – preguiça-comum o Distribuição de Honduras até a Argentina o 2,3 a 5,5Kg o 3 dedos no membro anterior o Tonalidade cinza com manchas brancas o Pelagem esverdeada devido fungos o Dimorfismo sexual – mancha alaranjada com listras escuras no centro do dorso https://pt.wikipedia.org/wiki/Myrmecophagidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyclopedidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Dasypodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Bradypodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalonychidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Bradypodidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalonychidae 23 ● Bradypus torquatus – preguiça-de-coleira o 4Kg o 3 dedos o Sem dimorfismo o Pelos longos e pretos no pescoço o Ameaçada de extinção ▪ Choloepus (Megalonichidae) ● Choloepus didactylus – Preguiça-real o Pelos longos e ásperos ● Choloepus hoffmanni – Preguiça-de-Hoffmanni o 5Kg ● Mais fáceis de manejar em cativeiro, mas são mais ágeis ❖ Morfologia o Não ficam de pé – não tem musculatura para andar o Bom olfato e audição, visão ruim – habitam florestas fechadas o Pseudocloaca – ânus fica próximo ao genital – parece o mesmo orifício, mas não é o Pênis pequeno – 0,5cm o Dentes primitivos – pobres em esmalte – não mordem o Presença de clitóris o Não tem bolsa escrotal – difícil fazer sexagem o Cauda curta o Membros posteriores curtos e anteriores longos o 3 longas garras nos posteriores e 2 a 3 nos anteriores o Não tem vocalização o Giram o pescoço 270º o Nadam bem o Temperatura corporal com grandes variações – 24 a 33ºC ▪ Influência do meio ambiente ▪ Metabolismo baixo o Semi-hibernação pela manhã o Não conseguem aumentar facilmente a temperatura – não tremem ▪ O frio é muito ruim para elas – comum morrerem de pneumonia ▪ Se dão bem no calor o Em cativeiro em conjunto se estressa muito, mas não demonstra ▪ Morrem de estresse ▪ Não conseguem brigar, mas é territorialista, gerando estresse crônico, diminuindo a imunidade o Morrem de 4 a 6m em cativeiro – no ambiente vive até 20 anos (inverso do que ocorre com a maioria das espécies) o Arborícolas o 3 dedos é mais lenta que a de 2 dedos o Descem no chão para defecar (grande risco) ▪ Glândulas no anus que necessitam do estimulo de ambientes mais frescos (chão) para defecar (hipóstese) o Área de vida – cerca de 4ha o Hábitos noturnos; diurnos em algumas regiões (facilita a caça) o Hábitos solitários o Doenças https://pt.wikipedia.org/wiki/Choloepus 24 ▪ Traficantes cortam as unhas – não regeneram, pode causar Osteomielite ascendente. Pneumonia (temperatura e estresse) ❖ Alimentação o Fermentadores gástricos especializados ▪ Bradypus – apenas verde ▪ Cholopus – verde e frutas o Estômago tem 4 cavidades ▪ 2 grandes – bacterianas ▪ 2 pequenas – química o IG curto o Ausência de ceco ▪ Toda digestão depende apenas do estômago ▪ Digestão lenta e ineficiente o Ingestão de grandes volumes e baixa taxa de fermentação o O gênero Bradypus é exclusivamenteherbívoro ▪ Comem embaúbas, mas não apenas ● 50 a 60% da dieta o Em cativeiro tem que adaptar a dieta, mas faltam estudos sobre ▪ Alfafa, embaúba, hibisco, amora, rami ▪ Pode pulverizar premix no verde e ração de cavalo moída o Não consomem água – deixar bebedouro tipo chupeta ou molhar as folhas o Tiram a folha com a boca e não com a mão o O gênero Chlopus já consomem ração no meio da fruta (cavalo ou de roedor) o Difícil adaptar a alimentação em cativeiro – são seletivos o Menos consumo quando diminui a temperatura o Evitar proteína de origem animal o Ração pulverizada na agua que ira pulverizar as folhas o A fruta/folha devem ser penduradas ❖ Reprodução o Difícil sexar quando não tem dimorfismo o 2 testículos intracavitários – espermatogênese na temperatura corpórea (que é baixa) o Ciclo estral de 5 a 7d – secreção sanguinolenta nos 3 primeiros dias o Os machos atingem a maturidade sexual por volta dos 5 anos e a fêmea com 2 anos e meio o Machos são férteis o ano todo o Gestação tem 120 a 180 dias o 1 filhote – agarrado ao ventre da mae até os 6m ❖ Instalações o Pode manter em casal o Rico de poleiros – não ficam no chão o Viveiro completamente fechado por grade o Distancia de 1m entre estrato de poleiros o Poleiro mais alto colado no teto e mais baixo há um metro do chão o Pode-se usar cordas também o 20m² com altura de 3m para cada preguiça o Muitas árvores servem como proteção para o frio 25 o Recintos pequenos você pode pegar e colocar em locus (?) o Troncos, forquilhas e plataformas em diversos níveis o Acesso a fontes de calor e umidade o Cercar as arvores com mureta de 50cm o Animais se machucam nas telas ❖ Myrmecophagidae e Cyclopedidae o Myrmecophaga tridactyla – Tamanduá-bandeira ▪ Cerrado aberto e fechado – mas pode ser encontrado nas florestas também ▪ 1m a 1,20m + 65 a 90cm de cauda ▪ 30 a 40 Kg ▪ Sem cauda preênsil – terrestre ▪ Garras poderosas ▪ Lentos, mas agressivos ▪ Vulnerável pela IUCN ▪ Sem dimorfismo ▪ Diurnos ▪ Área de vida de 12 a 25Km² ▪ 3 garras nos membros anteriores e 4 nos posteriores ▪ Apoia com o dorso da mão ▪ Mão fechada está relaxado – difícil destravar se ele fechar as garras ▪ Importante presa das onças pintadas o Tamandua tetradactyla – Tamanduá-mirim ▪ Cerrado, mas também outros ambientes ▪ 5 a 8Kg e 470 a 70cm ▪ Cauda preênsil – arborícola ▪ Hábito noturno ▪ 4 garras nos membros anteriores e 5 nos posteriores ▪ Não ameaçado de extinção o Cyclopes didactylus – Tamanduaí ▪ Amazônico ▪ Monotípico (7sp) ▪ Hábito noturno de ambiente fechado ▪ Mais complicado de todos no manejo – falta conhecimento ▪ Cerca de 40cm ▪ Cauda preênsil – arborícola ▪ 2 dedos nos membros anteriores e 4 nos posteriores ▪ Não sabe a exata alimentação ❖ Morfologia o Sem dentes o Olfato aguçado, mas visão e audição limitados o Língua longa e viscosa (até 60cm) o Solitários o Sem vocalização o São pseudoectotérmicos – mas podem suar e tremer https://pt.wikipedia.org/wiki/Myrmecophagidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyclopedidae 26 o Temperatura de 30 a 35ºC o Baixa taxa metabólica o Pseudocloaca – difícil sexar ❖ Alimentação o Na natureza são insetívoros (formiga e térmitas – cupim) ▪ 30 a 65% Pb ▪ 10 a 50% de gordura o Bandeira – formiga (35.000 por dia), térmitas o Mirim – térmitas do chão e árvores, abelhas e formigas (9000 por dia) o Tamanduaí – insetos e térmitas dos galhos das árvores o Cativeiro – não tem como oferecer essa quantidade de inseto, mais utilizado em enriquecimento ambiental ▪ Papa: leite sem lactose , ovo, carne moída, iogurte, ração de gato, suplementação vitamínica e mineral ▪ Para adaptar, primeiro deixa sem água e fornece só leite, depois vai adicionando os outros ingredientes ▪ Suplementar sempre com vitamina K mesmo que já tenha na ração ▪ Consistência bem mole ▪ Leite com lactose pode dar diarreia ▪ A diarreia é resolvida com o consumo de terra (na natureza comem no cupinzeiro) ▪ Para o tamanduaí e o mirim a comida deve ser ofertada em plataformas nas árvores ❖ Reprodução o Ciclo estral ▪ Mirim 42d – sem sazonalidade ▪ Bandeira 7 semanas o Testículo intracavitário o Sem dimorfismo/sexagem difícil o Gestação ▪ Bandeira 130d ▪ Mirim 190d o 1 filhote por ano o Amamentação por 6 a 8 meses o Separar macho antes do nascimento para não matar o filhote o São solitários – conseguem manter o casal junto, mas não pra parir ❖ Instalações o 80m² de recinto e 2m² para cambiamento para o bandeira o Piso de terra com vegetação arbustiva o Casinha para abrigo e aquecimento – atenção a flutuação de temperatura o Bandeira – tela e parede o Mirim – 15m² por 3m de altura ▪ Piso de terra e grande disponibilidade de galho, abrigos e comedouros em locais altos 27 ❖ Família Dasypodidae o 8 gêneros e 20 espécies o Priodontes maximus (tatu-canastra) ▪ Estado vulnerável ▪ Podem chegar a 60Kg ▪ 11 a 13 cintas móveis nas costas e 3 a 4 atrás do pescoço ▪ Hábito noturno o Euphractus sexcinctus (Tatu-peba) ▪ 6 faixas nas costas ▪ Comum e fácil de ter em cativeiro ▪ Mais do cerrado ▪ Cerca de 5Kg, único com pelos no Brasil o Dasypus novemcintus (tatu-galinha) ▪ Ocorre em outros países ▪ 8 a 10 cintas móveis ▪ Orelhas grandes ▪ 2,7 a 6,3Kg ▪ Escamas na cauda o Tolypeutus trincictus (tatu-bola) ▪ 1 a 1,6Kg ▪ Raro e menor espécie ❖ Morfologia o Mais primitivos o Possuem dentes – 7 a 9 de cada lado da mandíbula o 3 a 5 dedos nos membros anteriores e 5 nos posteriores o Corpo coberto por escamas o Mais noturnos que diurnos o Solitários, em pares ou pequenos bandos o Hábitos fossoriais – termorregulação o Temperatura aproximadamente 34,4ºC ▪ Dificuldade em perder calor o Testículos na cavidade, mas pênis externo ❖ Alimentação o Priodontes (canastra)– insetívoros ▪ Mais difícil de manter em cativeiro o Dasypus (galinha) – insetívoro e frutívoro o Euphactus (peba) – onívoro (material vegetal, carcaça de animais) o Animal insetívoro deve ser suplementado com vitamina K o Não tem ceco o Papa mais consistente que para os tamanduás ▪ Mesmos ingredientes o Frutas e insetos o Canastra e bola são bem sensíveis, já o peba não ❖ Reprodução o Gestação de 9 a 12m o Dasypodidae 28 ▪ Poliembrionia – 1 embrião vira 4 a 8 ▪ Diapausa embrionária – o óvulo fertiliza, mas não se fixa logo em seguida, fica no útero por um tempo, ai quando for conveniente para o filhote nascer ele se implanta. Prioriza o nascimento no verão ● Depois que fixa, demora 120d para nascer ❖ Instalações o O adequado era ser uma piscina de terra o Tentar mostrar o animal embaixo da terra o Pode dar a terra para cavar ou já fazer tocas subterrâneas o Tronco de árvores, folhas secas Biologia e manejo de Primatas ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Primates o Famílias ▪ Callithchidae - A ▪ Cebidae - B ▪ Aotidae - C ▪ Pithiciidae - D ▪ Atelidae - E o Catarrinos - macacos do velho mundo ▪ narina para frente ▪ humanos, chimpanze, gorila o Platirrinos - macacos do novo mundo ❖ A - Callithrichidae o Gêneros ▪ Cebuella - Mico-leozinho ▪ Mico - Mico argentatus ▪ Saguinus - Saguinus labiatus ▪ Callithrix - Callithrix jacchus ▪ Leontopthecus - Mico-leão-dourado ▪ Callimico - o Todos da família possuem garras dos dedos e unhas apenas no dedão e a cauda não preênsil o Cebuella - A ▪ caninos pequenos ▪ reforço de esmalte nos incisivos para roer árvores ▪ modelo biológico para estudos voltados para humanos, devido seu tamanho reduzido, gera menos gastos ▪ Ex.: Cebuella pygmaea - Sagui-pigmeu 29 o Mico - B ▪ 200 a 300g ▪ reforço de esmalte nos incisivos ▪ animais amazônicos, número de espécies elevado, pois se isolam por rios ▪ Ex.: Mico argentatus - Sagui-brancoo Saguinus - C ▪ 350 a 550g ▪ sem reforço de esmalte, caninos longos ▪ cauda longa e não preênsil ▪ os saguis de lábios brancos (3 espécies) são susceptíveis à hepatite ▪ exclusivamente amazônico ▪ Ex.: - Sagui-de-coleira ● Só existe na cidade de Manaus, extramamente ameaçado o Callithrix - D ▪ 200 a 300g ▪ mais abundante em cativeiro ▪ reforço de esmalte nos incisivos ▪ Ex.: Callithrix jacchus - Sagui-de-tufo-branco ● problema com invasão biológica antrópica o Leontopthecus - E ▪ cerca de 700g ▪ predadores de insetos, pequenos vertebrados ▪ canino longo ▪ ameaçados de extinção ▪ Ex.: Leontopithecus rosalia - Mico-leão-dourado o Callimico ▪ cerca de 450g ▪ reforço de esmalte nos incisivos ▪ apenas um filhote por gestação - único da família assim, o restante quase sempre tem partos gemelares o Alimentação dos calitriquideos ▪ Ceco pequeno ▪ Dieta centrada em frutas, mas também comem bastante insetos e até pequenos vertebrados ▪ Os que possuem reforço de esmalte nos incisivos fazem cortes nas árvores e depois voltam para se alimentar da goma ▪ CATIVEIRO ● pode fazer uma papa de manhã o carne moída - 0,4g/animal 30 o leite em pó - 1,5g/animal o neston - 2g/animal o ração de cachorro - 20g/animal o gema de ovo - 1/6 animais ● a tarde dar frutas o banana, mamão, laranja e gelatina ● existem rações, mas eles não se acostumam muito bem ▪ São muito sensíveis a limpeza do ambiente, podendo facilmente fiar com diarreia, o qual pode levar a morte por desidratação em 24h ● Água deve sempre estar limpa, de preferência usar bebedouro tipo chupeta ● Comedouro preferencialmente de aço inox, para facilitar a limpeza e não absorver a umidade - Não usar madeira ▪ Se esses animais ficarem 2 dias sem comer já podem morrer ▪ Não dá para deixar comida o dia todo, pois vai estragar, mas depois de 2h sem comer eles já estão famintos o Reprodução dos calitriquideos ▪ Útero sem cornos e ovários grandes que ovulam ao mesmo tempo ▪ 90% dos partos são gemelares ● não conseguem cuidar de mais de 2 filhotes ▪ Monogâmicos, estrutura familiar matriarcal ▪ Na semana seguinte ao parto já ovulam novamente e emprenham ● 2 filhotes nas costas, um amamentando e outro no útero ▪ Não tem cio, ovulam o ano todo, até o ⅔ da gestação ▪ Toda família ajuda na criação dos filhotes ● o aprendizado dos irmãos é fundamental para o comportamento dos animais depois ▪ Gestação de 150d ▪ Inibição da ovulação ● apenas a fêmea dominante ovula, seus feromônios inibem a ovulação do restante das fêmeas e apenas o macho dominante ejacula, os subordinados podem copular, mas nao ejacular (fazem um movimento com a cauda quando ejaculam) ▪ Se for reproduzir esses animais em cativeiro, deve ser um ambiente ventilado, para não acumular feromônios e todas as fêmeas reproduzirem o Cativeiro dos calitriquideos ▪ Em laboratório são criados em gaiolas - podem ficar com emagrecimento progressivo por atrofia muscular ● O que é feito é usar um viveiro de exercício, o qual conecta-se por meio de um tubo com as gaiolas, dessa forma se utiliza o mesmo viveiro para todos os animais, 2 a 3x por semana para cada gaiola ▪ Em centro de primatologia geralmente são viveiros maiores ▪ Não descem ao chão - colocar muitos poleiros, dá para usar cipó ▪ Colocar uma porta para alimentação e uma caixa para refúgio ou um buraco na parede e esconderijo fora do recinto ▪ Se os poleiros forem muito finos pode atrapalhar na cópula, pois o casal não consegue se equilibrar, dá para usar uma tábua ▪ Para eles dá para deixar vegetação no recinto 31 ▪ O modelo de ilha não é muito usado para essa família ▪ Toca é fundamental ❖ Família Cebidae o Gêneros: ▪ Saimiri -Macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus) ● Fêmeas de 500 a 700g e machos de 700g a 1000g ● A partir deles todos os outros primatas possuem unhas ● Cauda não preênsil ● Muito ágeis ▪ Alimentação Saimiri ● Papa de manhã e frutas a tarde, como os calitriquídeos ▪ Reprodução Saimiri ● Gestação de cerca de 150d ● Filhotes/partos únicos o apenas a mãe cuida, pois são grupos muito grandes (até 100 indivíduos) e todos reproduzem ▪ Cebus ● Segunda espécie mais comum no país ● Fêmea pesa de 2 a 4 Kg e os machos 3,2 a 4kg ● Cauda preênsil ● Primatas neotropicais mais inteligentes - constróem ferramentas para comer ● Precisam ter o que fazer ● Cebus apella – Macaco-prego ▪ Alimentação Cebus ● Onívoros - 65% frutas, 15% folhas e 20% insetos e pequenos vertebrados o depende da disponibilidade da época ● Cativeiro - comem ração bem - de cachorro ou de primata com frutas e verduras ▪ Reprodução Cebus ● Gestação de 5.5 meses ● Grupos de até 15 indivíduos - fica claro quem é o macho dominante, este não copula com as fêmeas, ele é responsável por proteger o grupo e achar comida ● A evolução é da estrutura do grupo e não apenas do macho dominante ● Possuem cio (período de aceitação) ❖ Família Aotidae o 850 a 900g o Cauda longa e não preênsil o Único neotropical noturno 32 ▪ Não possuem tapetum lucium ▪ Olhos bem grandes o Alimentação ▪ 65% frutas, 30% folhas e 5% presa animal ▪ Em cativeiro - 20% de folha e 15% de ração e frutas ▪ Ex.: Aotus trivirgatus ▪ Único modelo para malária o Reprodução ▪ Monogâmico, grupo de 3 a 4 indivíduos ▪ Gestação de 135 a 145 dias, partos únicos ❖ Família Pitheciidae o Gêneros ▪ Callicebus - guigó ● Cerca de 1kg ● Cauda muito longa e não preênsil ● Maior número de espécies num gênero ● Alimentação → (Callicebus melanochir) o Frugívoros, mas comem folhas ● Reprodução o Monogâmico, grupo de 2 a 3 indivíduos o Gestação de 167d ▪ Pithecia - Parauacu (Pithecia pithecia) ● 1,4 a 2,4kg ● Cauda longa e não preênsil ● Lateralização dos caninos - usam para quebrar castanhas ● Dimorfismo sexual ● Alimentação o Frugívoros, mas grandes predadores de sementes o Em cativeiro dar ração de cachorro no lugar das sementes e frutas ● Ceco um pouco maior ● Reprodução o Grupo de 5 a 6 indivíduos, monogâmicos o Gestação 5.5 a 6m ▪ Chiropotes - Cuxiú ● 2,7 a 3,2Kg ● Cauda longa para cima ● Alimentação o fruta e semente/castanha (até 66% da dieta) ● Reprodução o grupos maiores, de até 30 animais o filhotes criados pela mãe 33 o gestação de 5m ▪ Cacajao - Uacari/Cacajao calvus ● 3,5kg ● Cauda curta ● Canino longo ● Alimentação o Frutas, folhas e sementes ● Reprodução o Grupos de 30 indivíduos o Gestação não conhecida ● Cara vermelha devido a testosterona ❖ Família Atelidae o Gênero ▪ Alouatta ● Bugio - ● Macho com 7kg e fêmea com 4,5 ● Cauda preênsil e longa ● Osso hioide desenvolvido, forma uma caixa de ressonância - vocalização com baixa frequência (dá para ouvir a longas distâncias) ● Letárgicos - dormem a maior parte do tempo, pois são folívoros ● Alimentação o Basicamente folívoros (30 a 40%) e frugívoros (40%) e um pouco de ração - vantagem evolutiva, mas deixa lento o O ceco nem é tão grande por ser folívoro ● Reprodução o Grupo de 9 a 15 indivíduos o Macho dominante, se tiver macho filhote pode matar o Gestação de +/- 6 meses ▪ Ateles ● Macaco-aranha - Ateles paniscus ● 7,5 a 9kg ● Polegar vestigial ● Alimentação o O mais frugívoro dos neotropicais ● Reprodução o Grupos grandes de + de 10 o Gestação +/- 7 meses ▪ Lagothrix ● Macaco-barrigudo (Lagothrix lagotrichia) ● Encontrado como pet na Amazônia ● Alimentação o Ceco maior, são folívoros + eficiêntes, não são tão letárgicos e frugívoros ● Reprodução 34 o Grupos de 20 indivíduos o Gestação de 7,5m ▪ Brachyteles ● Muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides) ● Machos com 15Kg - maior neotropical ● Cauda longa e preênsil ● Alimentação o Folívoros e frugívoros ● Reprodução o Gruposde 20 o Comportamento afiliativo/carinhoso o Cativeiro ▪ Biotério - difícil dar certo com gaiolas pequenas ● Melhor criar em viveiros maiores ▪ Comedouro - levanta a grade e coloca a bandeja, mas o animal não tem contato direto ▪ O recinto de macaco-prego deve ser todo telado, com comedouro preso - eles destroem tudo ▪ Poleiro com cipó, chão pode ter folhas ▪ Precisa ter cambiamento no alto ▪ Da para plantar soja perene, hibisco por fora para o bugio Biologia e manejo de Rodentia ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Rodentia o Famílias: ▪ Caviidae - capivara e preá ▪ Myocastoridae - Ratão-do-banhado ▪ Dasyproctiidae - Paca e cutia ▪ Erethizontidae - Ouriço ❖ Morfologia o Dentição - um par de dentes incisivos na arcada superior (crescem continuamente) ▪ um par na inferior ▪ 2 câmaras ▪ um ou mais molares e pré-molares o Diastema - estrutura óssea que define duas câmaras ▪ quando roem a comida vai para a lateral da boca e depois volta para o centro e só então engole o Em geral possuem esmalte só na face labial do dente, o restante é revestido por dentina ▪ quanto mais roe mais afia os dentes ❖ Capivara o Hydrochaerys hidrochaeris o Maior roedor do mundo - 27 a 79kg 35 o Poucos pelos, mas são longos e grossos o Cauda vestigial o Ocorre no Brasil todo, menos na caatinga o São transmissores da febre amarela o Hábito semi-aquático ▪ Usam a água como refúgio, reprodução e defecação o Ativos de manhã e fim de tarde o As populações com maior pressão de caça se adaptaram a ser mais noturnas o 4 dedos nos membros anteriores e 3 nos inferiores o Membrana interdigital incipiente o Ótimos nadadores o Alimentação ▪ Herbívoros - pastadores ▪ Gramínea e vegetação aquática ▪ Comem de 3 a 4kg de MS por dia ▪ Ótima conversão alimentar e rendimento de carcaça de aproximadamente 60% ▪ Em cativeiro é bom dar sal mineral ▪ Fazem coprofagia - pasta que vem diretamente do ceco ● aumenta a absorção dos nutrientes ▪ Em cativeiro comem capim a vontade no cocho mais ração com pouca proteína - se o verde for a vontade pode dar com ração de suíno, mas se não for é melhor dar uma ração com mais fibra, como de roedor e cavalo ▪ Gostam de comer no chão, mas é legal por um pouco acima ▪ É dificil dar ração, pois tendem a entrar no cocho e molhar - tem que dar num momento que possam comer tudo o Reprodução ▪ Reproduzem o ano todo - até duas ninhadas por ano ▪ A cópula e a corte ocorrem na água - precisam de tanque ▪ Maturidade sexual com +/- 15m ▪ Gestação 5m e de 1 a 8 filhotes - depende estado nutricional, idade, genética ▪ Hábito gregário, sem flexibilidade entre o grupo ● Quando a fêmea pari o filhote ela está no nível mais baixo da hierarquia do grupo, ela fica marginalizada até estar fértil novamente (após 1,5 a 2m) ▪ Aleitamento por 4 meses - dá para desmamar com 3 ▪ Vivem de 8 a 10 anos - na produção abate a fêmea com 5 anos) ▪ Ausência de bolsa escrotal no macho ● A genitália externa é igual em ambos os sexos o Cativeiro ▪ Tipo criação ● Baias para reprodução com 120m² - 1 macho e 6 fêmeas ● Maternidade - 40m² até o desmame (60d) ● Piquete de crescimento - 1000m² com até 30 animais por 10 a 12 meses ▪ Tela resistente com aproximadamente 1,4m de altura ▪ Tanque mínimo de 2x1,5x1m 36 ▪ Abrigo de 10m² ▪ Sistema extensivo ● Área de 10hc cercada com uma lagoa ● Problema de verminose, carrapato, não ter controle dos animais ● Não é bom kkk ▪ Sistema rotacional ● Piquete com lago e sem vegetação sempre aberto ● Outros piquetes ao redor que serão abertos individualmente para acessar o lago ● Piquete 45x15x1,5m, todo com cerca elétrica com corredor entre os piquetes PIQUETE 1 PIQUETE 2 PIQUETE 3 PIQUETE 4 Corredor Corredor Corredor Corredor PIQUETE 5 PIQUETE 6 LAGO PIQUETE 7 ❖ Ratão-do-banhado o Myocastor coypus o Grande demanda pela pele na década de 90 o Ocorre no sul do país - populações introduzidas em vários países o Pesa entre 8 e 9kg, com 40 a 60cm + 30 a 45cm de cauda o Incisivos grandes e alaranjados o Membros posteriores maiores e com membrana o Semi-aquáticos o Fossoriais - gostam de tocas o Atividade noturna o Alimentação ▪ Herbívoros - plantas aquáticas, mexilhões, gastrópodes ▪ Fazem cecocoprofagia ▪ Cativeiro - verdura e pouco de ração de roedor ● pode dar ração de cachorro, mas pouco ● ração de coelho é pouco aceita, pois não é palatável o Reprodução ▪ Grupos familiares mais flexíveis ▪ Não são sazonais - 2 a 3 crias por ano ▪ Maturidade sexual entre 4 e 10m ▪ Gestação de 128 a 130 dias, média de 5 filhotes ▪ FIlhotes ficam 1,5 a 2 meses amamentando - à partir do 5o dia já sobrevivem sem a mãe o Cativeiro ▪ Tanque d’água e abrigo 37 ❖ Paca o Agouti paca o 8 a 9kg o Membros anteriores com 4 dedos e posteriores com 3 o Habitam florestas densas próximas a água (local de fuga) o Solitários (ou em pares), territorialistas e noturnos o Carne de qualidade o Fossoriais - fazem tocas o Alimentação ▪ Frugívoro - frutos caídos, brotos, sementes ▪ Difícil adaptação à ração o Reprodução ▪ 1 gestação/ano de 3,5m com um filhote de 710g ▪ Desmame com 21d ▪ Pênis do macho possuem alelas que se fixam na vagina induzindo a ovulação o Recintos ▪ Toca escura com feno ▪ Piso cimentado para não cavarem ▪ Água ❖ Cutia o Dasyprocta spp o 1,2 a 2kg e 41 a 62cm o Patas longas e finas o Habilidade em segurar coisas com as patas traseiras o Terrestres gregários (flexíveis) e diurnos o Fazem tocas para dormir e enterrar sementes (ação de dispersor) o Alimentação ▪ 60% frutas, brotos, castanhas, sementes e 40% verduras ▪ dá para oferecer ração de roedor o Reprodução ▪ Não sazonal ▪ Gestação de 4m geralmente com 1a 2 filhotes ▪ Durante a corte o macho urina na fêmea o Cativeiro ▪ Grupo de até 10 membros ▪ Tocas individuais ▪ Cercas altas 2m ou viveiros fechados ▪ Piso de cimento, para não cavar ❖ Ouriços o Gênero ▪ Coendou prehensillis (ouriço-caxeiro) ● Espinhos bem evidentes 38 ● Cauda preênsil sem espinhos ● Lentos e calmos - baixa eficiência na digestão da celulose ▪ Sphiggurus spp (ouriço-preto) ● Espinhos embaixo do pelo o Morfologia ▪ Espinhos são pelos modificados ● Quando eriçam os espinhos, afrouxa o folículo piloso ▪ Noturnos o Alimentação ▪ Frugívoro e herbívoro - castanha, folha e broto ▪ Cativeiro - 50% de fruta + 30% de ração de cachorro e 20% de folhas o Reprodução ▪ Não sazonais ▪ Ninhos em ocos de árvores ▪ Éstro pós-parto ▪ Gestação de 6,5m e 1 a 2 filhotes ▪ Desmame de 10 semanas ▪ Longevidade de 17 anos ▪ Macho sem anel inguinal o Cativeiro ▪ Deve ter árvores, tocas ▪ Mureta de 1m de cimento ▪ Um macho para 2 a 3 fêmeas Biologia e manejo de Carnivora ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Carnivora o Famílias brasileiras ▪ Canidae ▪ Procyonidae ▪ Mustelidae ▪ Felidae ❖ Família Canidae o Exemplares brasileiros ▪ Cachorro-do-mato ● 6kg ● mais comum em cativeiro ● alta plasticidade ● patas pretas/escuras, cauda peluda ● robustos, focinho mais achatado ● mais onívoros ▪ Cachorro-vinagre ● são raros, mesmo com ampla distribuição no país ▪ Lobo-guará ● maior canídeo brasileiro - 20 a 20kg ● ocupa áreas de cerrado 39 ● solitários ▪ Raposa-do-campo ● parecido com o cachorro-do-mato ● para amarela, cauda espessa ● esbelta, focinho curto ● mais insetivoras ▪ Graxaim-do-campo ● mais encontrado no sul ▪ Cachorro-de-orelha-curta ● não tem em cativeiro o Morfologia ▪ 5 dedos na frente e 4 atrás ▪ Garras não retráteis ▪ Geralmente orelhas grandes ▪ Osso peniano bem desenvolvido o Alimentação ▪ Lobo-guará ● essencialmente frugívoro - se alimentam bastante da lobeira (vermífugo natural) ● não são bons caçadores ● também comemroedores e pequenos vertebrados ● **podem apresentar cistinúria (problema na eliminação de cisteína na urina) por excesso de proteína na dieta ● pode dar ração com menos de 20% de PB, mas nem sempre aceita ● em cativeiro dar 50% de fruta e 50% de presa animal ou 30% de fruta e 70% de ração de cachorro ● Elevada plasticidade ▪ Cachorro-vinagre ● exclusivamente carnívoros - bons caçadores ▪ Raposas ● 95% da dieta é insetos ● nem sempre aceita ração em cativeiro, mas acabam aceitando pintinhos, camundongos e afins ● ir adaptando a ração aos poucos ▪ Cachorro-do-mato ● são onívoros, pode dar 30% de fruta e 70% de presas ● se adaptam melhor a ração o Reprodução ▪ Cachorro-vinagre ● vive em grupo de 4 a 5 indivíduos ▪ Lobo-guará ● solitários - se unem apenas para reprodução ▪ Cachorro-do-mato ● toleram viver em grupos pequenos, contanto que tenha uma toca para cada animal ▪ Gestação de aproximadamente 2m com 1 a 6 filhotes (média de 3) ▪ Desmame em torno dos 3m ▪ Lobo e raposas são monoéstricos já os cachorros poliéstricos 40 o Recinto ▪ Não sobem em tela, mas cavam ● fazer tela com 2m de altura, mas para baixo da terra também ▪ Lobo-guará - 200m² com cambiamento e piso de terra ▪ Demais animais - 20x30m e piso de terra também ▪ Tocas individuais, com exceção do vinagre ▪ Presença de cambiamento para alimentação ▪ Pode cercar com vidro, mas a parte interna deve ser mais clara que a externa para que o visitante consiga ver ▪ Cachorro-vinagre - fazer tocas coletivas e mureta para baixo de pelo menos 2m da terra e ter tanque d’água é interessante ▪ Lobo tem muito problema com pulga e Dioctophyma renale ● acabam morrendo por anemia ❖ Família Procyonidae o Exemplares brasileiros ▪ Quati - Nasua nasua ● 5kg, diurno, vive em grupos de fêmeas e filhotes, terrícola e arborícola ▪ Mão-pelada - Procyon cancrivorus ● 5kg, mais solitário e noturno ▪ Jupará - Potos flavus ● 2 a 4kg, cauda preênsil e arborícola o Morfologia ▪ 5 dedos em todos os membros ▪ Garras não retráteis ▪ Cauda longa o Alimentação ▪ Quati - onívoro: frutas, inseto, minhoca, crustáceo ● aceitam ração de cachorro ▪ Jupará - frutas e pequenos vertebrados ● não aceitam ração muito bem ▪ Mão-pelada - molusco, peixe, inseto, anfíbio, frutas ▪ Em cativeiro pode intercalar fruta, ração de gato, presas ● não dar ração de cachorro com fruta, pois está no limite de proteína necessário. melhor dar só ração o Reprodução ▪ Jupará - gestação de 112 a 118 dias e em média 2 filhotes ▪ Quati e mão-pelado - gestação de 65 dias, 2 a 7 filhotes ▪ O quati é gregário (fêmea e filhote) ● quando a fêmea entra no cio ela sai do grupo e depois volta ● machos são solitários ● em cativeiro dá para por junto o Recinto ▪ Todos possuem algum nível de atividade arborícola ▪ Mão-pelada e quati aceitam pequenos grupos ● 30 a 40m² com abrigo ● tanque d’água ▪ Jupará - fazer tocas noturnas ou inverter o fotoperíodo 41 ● 12 a 16m² ▪ Todo telado ou tipo fosso ▪ Ter bastante poleiro e cambiamento (pode ser distante do recinto, ligado por um corredor) ▪ Quati não é bom ter recinto tipo ilha, porque nadam ❖ Família Mustelidae o Exemplares brasileiros ▪ Ariranha - 20 a 25kg, forte relação com água, mancha individual na garganta ▪ Lontra - 9 a 15kg, ocupam rios menores e nadam menos ▪ Irara - 4 a 5 kg, área seca, arborícolas e terrícolas ▪ Furão pequeno ▪ Furão ▪ Jaritataca o Morfologia ▪ Corpo alongado, pernas curtas ▪ 5 dedos em todos os membros ▪ Elevada densidade de pelos (mais aquáticos 1000 pelos/mm²) ▪ Cauda geralmente longa ▪ Cangambá que exala cheiro forte - glândula bilateral adianal - secreção tóxica ▪ Garras retráteis o Alimentação ▪ Ariranhas são piscívoras ▪ Lontras comem peixes, moluscos e crustáceos ▪ Irara e cangambá comem pequenos vertebrados e frutos ● pode dar ração de cachorro ▪ Furão pequenos vertebrados e bebe sangue de galinha ● pode dar ração de gato ou presas pequenas o Reprodução ▪ Gestação aproximada de 70 dias e furão 45d ▪ Ariranhas são gregárias ▪ Lontra são + solitárias, mas vivem em casais ▪ Furões tendem a ser gregários ▪ Irara e cangambás são solitários o Recinto ▪ Ariranha e lontra precisam de tanque bem grande (50% do recinto) e parte com terra ● Toca preferencialmente num nível mais alto que a água, para poderem reproduzir ● interessante ter duas piscinas, uma onde se limpa e a outra onde fica a exposição ▪ Irara - esquema de fosso com poleiros no recinto ▪ Furão - pode fazer galerias subterrâneas ● não precisa ter poleiro 42 ❖ Família Felidae o Exemplares brasileiros ▪ Onça-pintada - Panthera onca - vulnerável ▪ Suçuarana - Puma concolor ▪ Gato-mourisco ▪ Jaguatirica - Leopardo pardalis - pintas e ocelos ▪ Gato-do-mato-pequeno ▪ Gato-maracajá ▪ Gato-do-mato-grande ▪ Gato-palheiro o Morfologia ▪ São bem arborícolas e garras retráteis o Alimentação ▪ Mamíferos (cateto, queixada, capivara, lebre), répteis (jacaré) ▪ Em cativeiro - importante balancear o cálcio e fósforo, pode corrigir com premix o Reprodução ▪ Gestação dos pequenos de 2 a 2,5m com 1 a 4 filhotes ● Onças - 3 meses ▪ Abrem os olhos com mais ou menos 2 semanas e desmamam com 6 meses (onça) e ficam com a mãe até 1 ano ▪ Todos são solitários - se ver um casal junto a fêmea deve estar no cio ▪ Separar o macho da fêmea assim que emprenhar e a fêmea pode matar o filhote se tiver estressada o Recinto ▪ Ter muitos troncos e poleiros e cambiamento ▪ Plataforma de madeira ▪ Chão de terra ou folha por cima do cimento ▪ Grade estreita para o animal não quebrar o dente Biologia e manejo de Artiodactyla - Cervidae ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Artiodactyla o Subordem: Ruminantia o Família: Cervidae ❖ Características o Chifres decíduos nos machos (exceção das renas onde ambos os sexos possuem chifres) o Canino ancestral o Chifre nasce com velame e depois se rompe com a deposição de cálcio ▪ começa a crescer pela ponta ▪ o velame se rompe quando há pico de testosterona ● pode ocorrer por disputa de território, por fêmea e defesa contra predadores 43 ▪ chifre bem mole, formado de tecido conjuntivo no começo ● quando quebra, sangra muito ● cai quando a testosterona cai muito e imediatamente começa a nascer outro o Animais de floresta tem a galhada curta e pequena, já animais de áreas abertas tem a galhada maior o Apoio no 3o e 4o dedo (o segundo e quinto são vestigiais) o Ausência de incisivos superiores ❖ Veado-galheiro: Odocoileus virginianus o Raro em cativeiro o Chifre com 3 pontas o Hábito noturno ❖ Cervo-do-pantanal: Blastocerus dichotomus o Macho chega a 120Kg e a fêmea a 100kg ▪ maior espécie do Brasil o Ocupa áreas alagadas (várzeas) de 60cm de profundidade ▪ Foge do predador, come e termorregula na água o Noturno o Chifre com 10 pontas ❖ Veado-campeiro: Ozotocerus bezoarticus o 30kg o Chifre com 3 pontas o Olhos bem marcados o Vivem em áreas de campos abertos, como cerrado o Diurno o Problema com doenças de bovinos (febre aftosa, língua azul e brucelose) e caça ❖ Veado-catingueiro: Mazama gouazoubira o Chifre simples, não ramificado o Grande plasticidade ❖ Veado-roxo: Mazama nemorivaga o Amazônico o Raro em cativeiro ❖ Veado-mateiro: Mazama americana o 40 a 50kg o Florestas densas ❖ Veado-combuta: Mazama nana o Menor espécie o Ocorre no sul o Maior problema com caça por cães ▪ miopatia de captura devido a perseguição do cachorro ❖ Alimentação o São ruminantes - rúmen (menor que o do boi, tem que comer vegetação de melhor qualidade), retículo, omaso e abomaso (estômago químico) ▪ Ceco funcional o Fígado grande - detoxificação (retira o que for tóxico das plantas) 44 ▪ não tem vesícula biliar o IG - ceco e cólon descendentefazem digestão de celulose o Também comem fruta, mas não são frugívoros o Não comem gramíneas o Ração de cavalo ▪ 14 a 20%PB (é a mais palatável) o Plantas ▪ Leguminosas e folhas (rami, leucena, amora, hibisco, soja) o Frutas ▪ mais ou menos 10% da dieta - quanto mais fruta der maior vai ser a quantidade de PB necessária na ração ou no verde ▪ muita fruta vai diminuir a ingestão de ração, pode levar a morte o PB final da dieta deve ser maior ou igual a 18% o O verde deve ser colocado na manjedoura (no alto), pois o animal não comem no chão, eles precisam cortar as folhas o ALEITAMENTO DE FILHOTES ▪ a fêmea só fica com o filhote para alimentar ▪ o leite é muito rico em gordura ▪ é importante que o filhote sugue a mamadeira para ir direto para o abomaso (goteira esofágica) - segurar a mamadeira no alto ▪ é interessante sentar ao lado do animal e ir passando a mão para ele acostumar ▪ deixar o animal ficar com fome para garantir que ele coma ▪ iniciar com leite de cabra que tem sabor mais semelhante ● enriquecer com gema de ovo, leite em pó e ração de gato ▪ amamentar até os 3 meses ❖ Reprodução o Poliéstricos, mas não estacionais o Cio de 24 a 48h o Gestação de 7 meses (cervo-do-pantanal é de 8,5m) o O macho é fértil o ano todo o Só o veado-campeiro que tem ciclo de chifre, cai em maio e setembro desencapa o Ciclo estral de 24 dias o Animal troca de chifre quando perde território o Cervo - macho dominante só cai o chifre quando perde território - troca por um novo que pode garantir um novo local ▪ acumulumam cálcio o ano todo para essa troca - final do desenvolvimento do chifre, os ossos ficam mais frágeis -> não trabalhar muito com os animais nessa época o Fáceis de reproduzir o São solitários e territorialistas o M. americana - só juntar o casal durante o cio, onde a fêmea fica parada o Por serem presas, não demonstram sinais clínicos, só param de comer ▪ se passar de 3 dias é bom entrar com atb, como enrofloxacina ▪ é comum terem pneumonia o Escondem a gestação o Os filhotes nascem pintadinhos, com exceção do cervo-do-pantanal o Blastocerus e Ozotecerus tem hábito quase gregário - várias fêmeas e um macho 45 o Mazama é extremamente solitário ❖ Cativeiro o Local pequeno, fechado, de preferência com paredes e escuro ▪ dá para usar baia de cavalo ▪ se usar tela o animal pode se jogar contra e é comum haver fratura de cervical ou de mandíbula o Estresse agudo pode provocar Síndrome da desesperança - o animal perde a conexão com o exterior, acaba morrendo de fome depois de dias o Cuidar dos carrapatos - usar medicamento via oral, como nexgard o Recinto para visitação pode ser estilo fosso o Sempre recolher os animais a noite o Não insistir no manejo se o animal estiver estressado ▪ pode dar miopatia de captura Biologia e manejo de Artiodactyla - Tayassuideos ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Artiodactyla o Subordem: Ruminantia o Família: Tayassuidae - cateto e queixada ❖ Características o Apoio no terceiro e quarto dedo o Focinho móvel que termina de forma trincada o Possui tecido adiposo no SC ▪ Provoca dificuldade na termorregulação, hipertemia maligna e necessidade de contato com a lama para perder calor o Canino superior com crescimento contínuo, usado para defesa o Não mordem - batem o canino pela lateral o Glândula dorsal - produz o cheiro característico importante para as conexões sociais ❖ Cateto - Pecari tajacu o 14 a 25kg o Gregários ❖ Queixada - Tayassu pecari o 30 a 40kg o Extremamente agressivos o Gregários o Em problema de conservação - suspeita-se que seja vítima de doenças da suinocultura ❖ Alimentação o Estômago policavitário (3) - com câmaras fermentativas o Na natureza comem frutas, folhas, pequenos vertebrados, tubérculos, brotos o Cativeiro - 40% com volumoso (silagem de milho, cana) + ração de suíno com 14 a 16% de PB ▪ se for dar fruta e diminuir o volumoso, optar por ração de cavalo o Comem no chão 46 ❖ Reprodução o Gregário ▪ cateto - grupo de 3 a 10 ▪ queixada - até 100 o Maturidade sexual entre 12 e 18m o Gestação ▪ cateto - 145d, 1 a 4 filhotes ▪ queixada - 158d, 2 a 3 filhotes ❖ Recinto o Sempre ter cambiamento para queixadas, pois são agressivos o Piso de terra, pois gostam de fuçar o Local como um chiqueiro, piso de cimento com terra por cima o Lago para termorregularem - pode fazer uma piscina e o recinto de areia para nao sujar tanto a água o Cercado de tela 1m de altura + fosso + água + areia Biologia e manejo de Perissodactyla ❖ Classificação o Classe: Mammalia o Ordem: Perissodactyla o Famílias: ▪ Tapiridae - Antas (Tapirus terrestris) ▪ Cavalos ▪ Rhinocerontidae - Rinocerontes ❖ Características Tapiridae o Apoio no 2o, 3o e 4o dedo o Focinho móvel, com uma pequena tromba para selecionar o alimento o Crânio com crista occipital muito evidente - estrutura anti-predatória para onça pintada o 160 a 230kg o Visão ruim, mas olfato e audição bons o Bons nadadores o Noturnos - em cativeiro tem atividade diurna o Habitam matas fechadas o Vulnerável pela IUCN ❖ Alimentação o Monogástrica, com ceco funcional (como cavalo) o Seletivo o Ramoneador - aceita gramínea, mas não é o principal da dieta o Cativeiro: Verde (Capim elefante, amor, soja, rami) ou verduras + ração de equino ❖ Reprodução o Se reproduzem mal ❖ Recinto o Tanque que permita submergir o Ter cambiamento o Piquetes grandes com sombra 47 o Animais solitários o Recinto com grama, capim elefante ou verduras o Pode ter cercado de grade (+/-1m) Biologia e manejo de Répteis ❖ Classificação o Classe: Reptilia o Ordens: ▪ Crocodilia ▪ Chelonia ▪ Squamata ❖ Família Aligatoridae - jacarés o Presentes em zoos e criadouros comerciais o Legislação específica para comercialização ▪ Ranching - retira os ovos da natureza e cria em cativeiro para o abate ● devolve 5 a 10% ao ambiente ● é autorizado, pois a maioria dos ovos na natureza não tornam adultos mesmo ▪ Farming - processo completo, com matrizes em cativeiro ● não volta animal para natureza, pois já alterou a seleção natural e nao é necessário o Carúnculas occipitais são usadas para identificar as espécies o São 5 espécies ▪ Caiman latirostris - Jacaré-do-papo-amarelo ▪ 2 carúnculas grandes ● É o mais comum em cativeiro ● Não está ameaçado ● Focinho mais achatado ● Chega a 2.5m de comprimento em média ▪ Caiman crocodilus - Jacaretinga ● 1 fileira grande + uma pequena de carúnculas ● 2.5m de comprimento ● Amazônico ▪ Caiman yacare - Jacaré-do-pantanal ● Só ocorre no Pantanal ● Maior população do BR ● 2.5m ● Manchas na mandíbula ● Focinho mais alongado ▪ Paleosuchus palpebrosus - Jacaré-anão ● Amazônico ▪ Paleosuchus trigonatus - Jacaré-coroa ● 1 fileira + 1 caruncula ● 1,6m 48 ● Couro sem valor comercial (muitos osteodermas) e pouca carne ▪ Melanosuchus niger - Jacaré-açu ● Uma série de carúnculas pequenas ● 5m de comprimento ● Amazônico ● População de secupera da caça excessiva dos anos 80 ❖ Morfologia o Escamas no dorso com placas ósseas internas (osteodermas) ▪ ligam a pele, passam na musculatura chegando nas costelas e vértebras ▪ impedem o aproveitamento da pele e carne do dorso ▪ em criadoros é fornecido pouco cálcio e vitamina D para que esse escudo ósseo seja menos resistente o Ectotérmicos o Crescem a vida toda o Coração com 4 cavidades - com presença de foramen de Panizza o Olho e nariz acima da linha da cabeça - permite se esconder de forma eficiente o Existência de sistema porta renal o Hemipênis o Estômago - cavidade grande com parede grossa + cavidade pequena com parede fina (estômago químico) ▪ geralmente ingerem pedras para triturar alimento ou para ajudar no equilíbrio hidrostático (?) ❖ Alimentação
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