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CASA DOS REPTEIS FINAL

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1 
 
Universidade São Judas Tadeu 
Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meio ambiente e medicina de animais silvestres 
Zoológico: Casa dos répteis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
2 
 
RA 81918798 
RA 818119491 
RA 819229220 
RA 818123006 
RA 819229012 
RA 819145852 
RA 818135925 
RA 818137356 
 
Universidade São Judas Tadeu 
Medicina Veterinária 
 
 
 Beatriz Santos L. de Moraes 
Caroline Zollo 
Giovanna da Silva Ré 
Giovanni Alexander Borges Lima 
Jessica Fernanda de Camargo 
Joana Almeida 
Maria Victória Fernandes Pinheiro 
Sthefany de Carvalho Bianchi 
 
Meio ambiente e medicina de animais silvestres 
Zoológico: Casa dos répteis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
Trabalho apresentado ao Curso de 
Medicina Veterinária da Universidade 
São Judas Tadeu da Unidade 
Butantã referente a UC de Meio 
Ambiente e Medicina de Animais 
Silvestres. 
Orientadoras: 
Dra. Prof.ª Fabiola Prioste; Dra. Prof.ª 
Thaís C. A. dos Santos; Dra. Prof.ª 
Patrícia Tavaloni. 
3 
 
SUMÁRIO DE IMAGENS 
 
FIGURA 1- Placa de identificação Boa constrictor........................................... 58 
FIGURA 2- Placa de identificação Corallus caninus......................................... 58 
FIGURA 3- Placa de identificação Crotalus sp................................................. 59 
FIGURA 4- Placa de identificação Heloderma suspectum............................... 59 
FIGURA 5- Placa de identificação Iguana iguana ........................................... 60 
FIGURA 6- Placa de identificação Pogona vitticeps ........................................60 
FIGURA 7- Placa de identificação Python morulus ......................................... 61 
FIGURA 8- Placa de identificação Salamandra salamandra............................ 61 
FIGURA 9- Planta Baixa do Recinto................................................................. 62 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO 
ABSTRACT 
1.INTRODUÇÃO............................................................................................... 10 
2.CLASSE REPTILIA: CARACTERISTICAS GERAIS ...................................... 12 
3. BIOLOGIA DAS ESPÉCIES EM VIDA LIVRE.................................................13 
3.1. Classificação taxônomica.................................................................13 
3.1.1 Espécie Boa constrictor.......................................................13 
3.1.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................13 
3.1.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................13 
3.1.4 Espécie Heloderma suspectum............................................14 
3.1.5 Espécie Iguana iguana.........................................................14 
3.1.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................14 
3.1.7 Espécie Python molurus.......................................................15 
3.1.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................15 
3.2. Características gerais...................................................................... 15 
3.2.1 Espécie Boa constrictor........................................................15 
3.2.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................16 
3.2.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................17 
3.2.4 Espécie Heloderma suspectum............................................18 
3.2.5 Espécie Iguana iguana.........................................................18 
3.2.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................19 
3.2.7 Espécie Python molurus.......................................................22 
5 
 
3.2.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................23 
3.3 Distribuição geográfica......................................................................24 
3.3.1 Espécie Boa constrictor.......................................................24 
3.3.2 Espécie Corallus caninus.....................................................24 
3.3.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................24 
3.3.4 Espécie Heloderma suspectum............................................25 
3.3.5 Espécie Iguana iguana.........................................................25 
3.3.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................25 
3.3.7 Espécie Python molurus.......................................................25 
3.3.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................26 
3.4 Hábitos alimentares e reprodutivos...................................................26 
3.4.1 Espécie Boa constrictor........................................................26 
3.4.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................27 
3.4.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................28 
3.4.4 Espécie Heloderma suspectum............................................28 
3.4.5 Espécie Iguana iguana.........................................................29 
3.4.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................30 
3.4.7 Espécie Python molurus.......................................................31 
3.4.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................33 
3.5 Status de conservação.......................................................................34 
3.5.1 Espécie Boa constricto.........................................................34 
3.5.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................34 
3.5.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................34 
3.5.4 Espécie Heloderma suspectum............................................34 
6 
 
3.5.5 Espécie Iguana iguana.........................................................34 
3.5.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................34 
3.5.7 Espécie Python molurus.......................................................34 
3.5.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................34 
4. MANUTENÇÃO DAS ESPÉCIES SOB CUIDADOS HUMANOS................... 35 
4.1 Recinto.............................................................................................. 35 
4.1.1 Espécie Boa constrictor........................................................35 
4.1.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................35 
4.1.3 Espécie Crotalus sp. ...........................................................36 
4.1.4 Espécie Heloderma suspectum............................................36 
4.1.5 Espécie Iguana iguana.........................................................37 
4.1.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................38 
4.1.7 Espécie Python molurus.......................................................39 
4.1.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................40 
4.2 Hábitos alimentares e reprodutivos................................................... 41 
4.2.1 Espécie Boa constrictor........................................................41 
4.2.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................42 
4.2.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................43 
4.2.4 Espécie Heloderma suspectum............................................44 
4.2.5 Espécie Iguana iguana.........................................................45 
4.2.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................46 
4.2.7 Espécie Python molurus.......................................................474.2.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................48 
4.3 Doenças comuns....... ....................................................................... 49 
7 
 
4.3.1 Espécie Boa constricto.........................................................49 
4.3.2 Espécie Corallus caninus. ...................................................49 
4.3.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................50 
4.3.4 Espécie Heloderma suspectum............................................51 
4.3.5 Espécie Iguana iguana.........................................................51 
4.3.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................52 
4.3.7 Espécie Python molurus.......................................................53 
4.3.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................54 
5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA...........................................................................55 
6. O RECINTO....................................................................................................57 
6.1 Placas de identificação......................................................................58 
6.1.1 Espécie Boa constrictor........................................................58 
6.1.2. Espécie Corallus caninus. ..................................................58 
6.1.3 Espécie Crotalus sp. ............................................................59 
6.1.4 Espécie Heloderma suspectum............................................59 
6.1.5 Espécie Iguana iguana.........................................................60 
6.1.6 Espécie Pogona vitticeps.....................................................60 
6.1.7 Espécie Python molurus.......................................................61 
6.1.8 Espécie Salamandra salamandra.........................................61 
6.2 Planta baixa.......................................................................................62 
CONCLUSÃO ...................................................................................................63 
REFERÊNCIAS .................................................................................................64
 
8 
 
RESUMO 
Este projeto tem o intuito de promover o conhecimento para o público 
sobre diferentes espécies de répteis, bem como sua conservação na natureza. 
Ao decorrer desse trabalho serão apresentados dados como: biologia das 
espécies, localização geográfica, hábitos alimentares e reprodutivos, a 
manutenção correta dessas espécies quando sob cuidados humanos, principais 
doenças e status de conservação. Todos esses dados foram de suma 
importância para criação do recinto de cada réptil de acordo com suas 
necessidades, tamanho, aquecimento, abrigo, insumos. 
Foi apontado características gerais e curiosidades de cada espécie, como 
o auxílio dos animais a medicina humana, adaptações físicas existentes nesses 
animais que facilitam a vida livre. 
Palavras- chave: conhecimento, répteis, recinto, conservação. 
 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
 This project aims to promote awareness to the public about different 
species of reptiles and their conservation in the wild. In the course of this work 
will be presented data such as: biology of the species, geographic location, food 
and reproductive habits, proper maintenance of these species when under 
human care, common diseases and conservation status. All these data were of 
paramount importance to create the enclosure of each reptile according to your 
needs, size, heating, shelter, supplies. 
It was appointed general characteristics and curiosities of every kind, as 
the aid of animals to human medicine, existing physical adaptations these 
animals that facilitate free life. 
Keywords: knowledge, reptiles, enclosure, conservation. 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
O contato com a fauna é de grande importância e passa a ser um desafio 
na sociedade atual, os zoológicos conseguem contribuir com esse contato ao 
mesmo tempo que contribui para a conservação e para pesquisas da área da 
saúde. Os zoológicos são divididos por recintos, abrigando diversos tipos de 
animais de forma a manter a segurança e bem-estar de todos, levando em 
consideração a biologia e os hábitos de cada um. 
Com o passar dos anos, a visibilidade destes animais vem aumentando, 
seja pelo conhecimento da importância na cadeia ecológica para o controle de 
pragas, ou pelo fornecimento de substâncias para produção de soros 
antiofídicos, medicamentos como anti-hipertensivos ou até para tratamento de 
neoplasias. Apesar da variedade entre as espécies e de seus habitats, alguns 
fatores são dados como fundamentais para a manutenção de um réptil sob 
cuidados humanos são eles: temperatura, umidade, alimentação, iluminação, 
substrato, tipo de viveiro, higienização e cuidados veterinários (FARIA; 
FERREIRA, 2002). Este trabalho tem como objetivo, através de artigos 
científicos, livros e referências bibliográficas; contribuir com a comunidade 
cientifica e esclarecer leigos no assunto a suma importância que, cada réptil 
possua um recinto com todos os quesitos específicos inter-relacionados com a 
biologia do animal, ou seja, reproduzindo o mais fiel possível seu habitat natural, 
para que o mesmo não seja vítima de maus tratos, como também enriquecimento 
e conservação ambiental para pesquisas. Pilares irrefutáveis de um zoológico 
(BERNADE, 2012). 
 Cada ponto desta pesquisa acadêmica serve para descrever os requisitos de 
um recinto saudável para os animais em questão. Serão abordadas suas 
características gerais, seus hábitos alimentares e reprodutivos tanto na natureza 
como também no manejo, as doenças mais comuns, sua distribuição geográfica, 
além da legislação sobre manutenção e posse de répteis. 
 
11 
 
2. CLASSE REPTILIA: CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Os répteis são animais pertencentes ao reino animália, do filo Chordata 
dentro da classe Reptilia. Nessa classe incluem-se: serpentes, crocodilos, 
jacarés, lagartos, tartarugas, entre outros. São caracterizados por conterem pele 
grossa e resistente, recoberta de placas, escamas, plastrões ou carapaças que 
ajudam esses animais a se adaptarem melhor a climas secos. Não controlam a 
temperatura corporal, dependendo do ambiente externo para tal, sendo 
denominados ectotérmicos. Esses animais podem ser tanto rastejantes quanto 
nadadores, e possuem uma anatomia constituída de cabeça, pescoço, tronco e 
cauda. Sua respiração é pulmonar e tem uma pele espessa, seca e muito 
queratinizada, essas características os ajudam a viver em ambientes terrestres 
(RIBEIRO, 2020). 
Possuem fecundação interna, onde o macho deposita os 
espermatozoides dentro do corpo da fêmea, e em algumas espécies, como a 
Iguana e Pogona vitticeps, as fêmeas podem armazenar os espermatozoides 
para fecundar depois. A maioria dos animais dessa classe são ovíparos, tendo 
seu desenvolvimento dentro do ovo. 
 Segundo Santos, são animais que possuem hábitos alimentares 
diferenciados entre as espécies, tendo em maioria alimentação carnívora, 
variando também entre os herbívoros e onívoros. A classe Reptilia é dividido em 
quatro ordens principais, sendo elas: 
Ordem Crocodilia 
Os crocodilianos atualmente são considerados a maior parte dos répteis. 
Possuem o corpo revestido por placas córneas, são animais carnívoros e 
possuem grandes e afiados dentes. 
Ordem Rhynchocephalia 
É o grupo réptil mais primitivo. O único animal que faz parte dessa classe 
atualmente é a Tuarara, ela se assemelha muito a lagartos e é encontrada na 
Nova Zelândia. A Tuarara é carnívora e pode chegar até 100 anos de idade. 
Ordem Squamata 
12 
 
Também podem ser reconhecidas como escamosas, referência a répteis 
que possuem o corpo recoberto por escamas. Cobras e lagartos são exemplos 
de animais desse grupo. 
Ordem Testudinata 
Conhecida como quelônio e constituída por tartarugas, jabutise cágados. 
São animais que vivem por bastante tempo. As tartarugas vivem na água doce 
e salgada, os cágados são encontrados em água doce e os jabutis em terra 
firme. Possuem um casco firme e não possuem dentes. 
 
13 
 
3. BIOLOGIA DAS ESPÉCIES EM VIDA LIVRE 
3.1 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA 
3.1.1 Espécie Boa constrictor 
Nome comum: Jiboia 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamata 
Subordem: Serpentes 
Família: Boidae 
Subfamília: Crotalinae 
Gênero: Boa 
Espécie: B. constrictor 
(FIOCRUZ,2014) 
3.1.2 Espécie Corallus caninus. 
Nome comum: Cobra-papagaio 
Reino: Animalia 
Filo: Chordatha 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamata 
Subordem: Serpentes 
Família: Boidae 
Subfamília: Boinae 
Gênero: Corallus 
Espécie: C. caninus 
(MARTINS, 2016) 
3.1.3 Espécie Crotalus sp. 
Nome comum: Cascavel 
Reino: Animalia 
Filo: Chordatha 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamata 
Subordem: Ophidia 
Família: Viperidae 
Subfamília: Crotalinae 
Gênero: Crotalus 
Espécie: Crotalus sp
(FIOCRUZ,2014) 
 
14 
 
 
 
3.1.4 Espécie Heloderma suspectum 
Nome comum: Monstro de Gila 
Reino: Animalia 
Filo: Chordatha 
Classe: Reptilia 
Ordem: Sauria 
(AQUARIO DE SP, 2014) 
Subordem: Anguimorpha 
Família: Helodermatidae 
Subfamília: Sauria 
Gênero: Heloderma 
Espécie: H. suspectum 
 
3.1.5 Espécie Iguana iguana
Nome comum: Iguana-verde 
Reino: Animalia 
Filo: Chordatha 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamat 
(ANDRADE, 2009) 
Subordem: Sauria 
Família: Iguanidae 
Subfamília: Iguanidae 
Gênero: Iguana 
Espécie: Iguana iguan
 
3.1.6 Espécie Pogona vitticeps 
Nome comum: Dragão-barbudo 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamata 
Subordem: Sauria 
Família: Agamidae 
Subfamília: Amphiboluinae 
Gênero: Pogona 
Espécie: P. vitticeps
(DONELEY,2006) 
 
 15 
 
 
 
3.1.7 Espécie Python molurus 
Nome comum: Píton indiana 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Reptilia 
Ordem: Squamata 
Subordem: Serpentes 
Família: Pythonidae 
Subfamília: Pythonoidea 
Gênero: Python 
 Espécie: Python molurus 
(WOOD PARK ZOO,2000) 
3.1.8 Espécie Salamandra salamandra 
Nome comum: Salamandra-de-fogo 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Amphibia 
Ordem: Urodela 
(SANTOS,2002) 
Subordem: Salamandroida 
Família: Salamandridae 
Subfamília: Salamandrinae 
Gênero: Salamandra 
Espécie: S. salamandra
 
3.2 Características gerais 
3.2.1 Espécie Boa constrictor 
As serpentes da espécie Boa constrictor, também conhecidas como jiboias, são 
consideradas de porte médio, podendo chegar até 4 metros de comprimento. Essa 
espécie tem traços marcantes de cobras venenosas como a cabeça triangular e a 
afinação abrupta da cauda, entretanto, não são peçonhentas. Seu padrão de dentição 
é classificado como áglifa, a qual não inocula veneno, desenvolvendo assim a 
habilidade de capturar e matar a presa pela constrição da musculatura corporal 
(SANTOS, 2020). 
Suas cores apresentam padrões em tons cinza e amarronzados com presença de 
traços cor creme, tendo em seu comprimento escamas organizadas em formas 
geométricas que contrastam com a sua tonalidade principal, aumentando a 
16 
 
 
 
possibilidade do animal se camuflar, facilitando sua caça e dificultando sua 
observação no meio natural. Os animais mais jovens tendem a ter cores mais 
brilhantes e vivas. 
As jiboias possuem hábitos noturnos, contudo, também podem ser encontradas 
ativas durante o dia. São facilmente encontradas em áreas com vasta vegetação e 
uma grande variedade de árvores por conterem hábitos arborícolas. Como defesa, as 
jiboias abrem sua boca e emitem um chiado alto e forte de maneira agressiva e 
ameaça botes (FIOCRUZ, 2014). 
Quando uma serpente cresce, troca sua pele velha e cresce uma nova por baixo 
(ecdise). A ecdise vai depender de quantas vezes uma jiboia troca de pele e tamanho 
dela. Se a jiboia estiver em fase de crescimento e em pico, pode trocar as escamas 
uma vez no mês, a serpente adulta, por ter desacelerado a sua taxa de crescimento, 
só vai trocar algumas vezes no ano. Alguns dias antes da serpente entrar em ecdise, 
seus olhos ficam com uma cor clara, azul nublado. As escamas devem sair por inteiro 
não em pedaços. A umidade é de extrema importância para esse processo, pois é 
principal fator que influencia em uma ecdise incompleta. Se a serpente estiver com 
ecdise incompleta um banho de imersão em água morna pode auxiliar na troca de 
pele, facilitando o processo (FARIA; FERREIRA, 2002). 
Os boídeos possuem órgãos, como as fossetas labiais, que permitem a 
percepção de temperatura, auxiliando na localização de presas ectodérmicas (ex. 
roedores) durante a noite (BERNARDE, 2012). 
 
3.2.2 Espécie Corallus caninus.
A Corallus caninus, também conhecida como Cobra-papagaio, é uma 
serpente da família Boidae não peçonhenta, porém ainda letal, pois ao se sentir 
ameaçado esse animal pode morder, é uma espécie que mede 
aproximadamente 2 metros de comprimento na sua fase adulta. A cobra-
papagaio possui uma coloração alaranjada em sua juventude que é dada para 
que ela possa se camuflar, na fase adulta a cobra-papagaio tem a coloração 
verde com algumas manchas brancas amareladas espalhadas pelo corpo e a 
região dorsal na tonalidade de amarelo (AMDA, 2016). 
17 
 
 
 
 A serpente possui hábitos noturnos, se apresenta mais ativa durante a 
noite, passa grande parte do tempo enrolada em galhos de árvores e arbustos 
próximos a rios e igarapés de florestas tropicais (GIMENEZ, 2002). 
 
3.2.3 Espécie Crotalus sp 
Cascavéis são robustas, possuem hábitos terrestres e 
predominantemente noturnos. O repouso é a atividade predominante no período 
diurno e os movimentos são poucos frequentes, contudo, também pode caçar 
durante o dia. (DUVALL et al., 1985; OLIVEIRA; MARTINS, 2001) 
Uma característica acentuada marcante do corpo da cascavel é a sua 
cabeça triangular. O colorido do corpo é de fundo castanho-claro e uma fileira de 
manchas dorsais com formato losangular marrom e marginada de branco ou 
amarelo. A parte posterior da cauda é escura com barras diagonais do mesmo 
tom. Já o ventre é mais claro. O macho alcança 1,5 m de comprimento, sendo 
um pouco maior que a fêmea. Porém essa espécie pode chegar até 1.60m. A 
sua característica distinta é um guizo ou chocalho, situado no final da cauda, que 
atua como alerta contra predadores. Sua pele não possui cores brilhantes e 
vibrantes, como vermelho ou amarelo, por motivo de servir como camuflagem, 
assemelhando-se com o ambiente em que vivem com o objetivo de confundir 
presas e predadores. 
 As cascavéis, portam fossetas loreais, que se localizam entre os olhos e 
as narinas. Essas aberturas estão ligadas diretamente ao encéfalo da serpente, 
servindo para detectar presas, das quais a temperatura é maior que a do 
ambiente. Assim, mesmo na escuridão, a cascavel é capaz de caçar facilmente 
uma presa. Se dependesse somente da visão, isso não seria possível, porque 
as cascavéis não têm olhos muito eficientes e sua audição é ineficaz. Entretanto 
seu olfato é altamente aguçado, sendo que pode estimular tanto através de suas 
narinas quanto através da língua, que carrega glândulas olfativas para o órgão 
de Jacobson, que fica no céu da boca (GIMENEZ, 2002)
 
 
18 
 
 
 
3.2.4 Espécie Heloderma suspectum 
Seu nome se dá por conta do seu físico, mais especificamente sua pele. “Helos” 
em grego significa “cravos” e “derma” pele, ou seja, “pele cravejada”. “Suspectum” por 
conta do seu veneno. Denominado como um dos maiores lagartos norte-americano, 
chegando até 60cm de comprimento, é uma das três espécies consideradas 
venenosas. O seu veneno é armazenado no interior dos dentes mandibulares. Na sua 
saliva é encontrada uma substância que dá origem à exendina (composto sintético) 
para tratamento da diabetes 2 e estudos para Alzheimer. 
Um novo avanço médico muito interessanteno tratamento do diabetes resultou 
da descoberta da exendina-3. A Amylin Pharmaceuticals, Inc. acredita que a 
exendina-3 e seus análogos podem ser benéficos no tratamento de diabetes tipo I e 
tipo II. Verificou-se que a exendina-3 suprime o aumento dos níveis de glicose no 
sangue que ocorre após as refeições em pacientes diabéticos, bem como estimula a 
secreção de insulina. As exendinas também modulam o esvaziamento gástrico, que 
pode retardar a entrada de glicose no sangue (HANS). 
Possui uma cauda curta, grossa e arredondada, e suas patas são curtas com 
garras nas extremidades. Tem manchas na pele variadas em tons de laranja, amarelo, 
rosa e vermelho, tendo contraste com preto ou marrom. Sua língua é bífida, coberta 
por um muco que quando exposta, as partículas do ambiente se grudam, ao colocar 
a língua para dentro ela se encaixa a dois orifícios denominados “órgãos de 
Jacobson”, esse fenômeno auxilia a detectar estímulos externos e o ambiente ao seu 
redor, (DAEVY, 2006). O monstro de gila possui cabeça grande e os olhos pequenos. 
São mais ativos no calor, porém não gostam muito de altas temperaturas, devido sua 
cor predominante ser preta o que faz que com a exposição ao sol aqueça muito seu 
corpo. Seus hábitos diurnos são mais perceptíveis em épocas mais frias, no inverno 
usa sua gordura acumulada na cauda, que é 1/3 do seu comprimento total, seu peso 
varia de 1,80kg a 2,30kg (DAEVY; OOMEN,2006). 
3.2.5 Espécie Iguana iguana
 Iguanas podem viver, em média, de 10 a 13 anos. Entre as características 
marcantes anatômicas podemos destacar a cabeça que apresenta escamas 
19 
 
 
 
numerosas, geralmente assimétricas e de tamanho pequeno. Também a crista 
que tem origem da nuca e vai até a cauda; e na garganta, um saco dilatável. 
Pode se destacar também a presença de unhas fortes e pontudas, que se 
encontram em cada um dos cinco dedos encontrados nas patas 
(FERREIRA,2018). 
Já uma pequena diferença anatômica das fêmeas são que possuem uma 
crista e papo menores; a cauda tende a ser mais fina, a cabeça é menor, e suas 
tiras de coloração (na fase adulta) são menos intensas que a dos machos. 
Quando nascem, apresentam uma coloração verde intensa. Na fase juvenil, 
tende a ficar menos intensa e ao chegar a fase adulta sua coloração passa a ser 
mais escura, geralmente com rajados pretos ou cinzas. Na fase adulta, podem 
alcançar até 10 quilos, e 180 centímetros de comprimento; sendo 2/3 deste valor 
referente à sua cauda. 
Possuem uma visão excelente, permitindo enxergar objetos a grandes 
distâncias. Se comunicam através de sinais visuais (ANDRADE, 2009). 
 
3.2.6 Espécie Pogona vitticeps
 Este pequeno lagarto tem o nome de dragão barbudo ou barbado por conter 
escamas com padrões semelhantes às de um dragão, possuindo uma fileira de 
espinhos ao longo da borda lateral do corpo em ambos os lados que continua nos 
flancos e na cauda (DONELEY, 2006), tendo uma área na parte inferior da mandíbula 
onde ocorre uma concentração maior de escamas pontiagudas dando a ideia de uma 
barba espinhosa onde o gular é expansível (SCHABACKER). Em situações de 
ameaça, ele infla essa bolsa deixando a sua “barba” mais visível enquanto abre a boca 
para impressionar e afastar os predadores. Estas escamas pontiagudas podem 
causar estragos sérios no esôfago de um predador se for ingerido (HUSSARD, 2015). 
O Pogona usa sua barba não somente para se defender, mas também para rituais de 
acasalamento, sendo mais utilizada pelos machos para impressionar as fêmeas e 
para demonstrar sua dominância em relação ao território e sob outros lagartos do 
grupo, durante essa expressividade de superioridade a cor da sua barba fica 
20 
 
 
 
totalmente pigmentada em um tom mais escuro podendo chegar ao preto 
(SUGEGORRIA). 
 Possuem uma cabeça triangular alargada com uma mandíbula forte, para que 
possam triturar os insetos sem dificuldade na hora da alimentação. Seu corpo é 
arredondado, achatado e robusto, tem pernas fortes com garras estreitas e longas que 
auxiliam seus hábitos semi-arboreos, sua cauda é forte e não possui habilidade de 
regeneração quando ocorre a amputação (DONELEY, 2006). Sua coloração varia com 
relação ao ambiente que vive, tendo influência importante com relação ao solo, 
quando em vida livre é mais comum encontrá-los em uma variação de cinza a laranja 
avermelhado na região dorsal com manchas irregulares mais claras e uma barriga 
pálida (POLLOCK, 2012). Animais de criadouros legalizados possuem uma gama 
maior de coloração devido ao manejo, sendo possível encontrar alguns indivíduos 
com tons de laranja mais vivo com traços de amarelo dourado e manchinhas pálidas 
espalhadas pelo corpo, quando jovens essa coloração é de difícil visualização 
ocorrendo mais na vida adulta (ZOFFER,1997). Essa espécie tem a capacidade de 
alterar sua coloração mudando a pigmentação da melanina presente na sua pele, este 
fenômeno ocorre de duas formas sendo o clareamento total da cor ou o seu 
escurecimento, variando em tons de amarelos e laranja quando a temperatura está 
elevada ou quando o animal está excitado, ocorrendo também em época de 
acasalamento, tendo efeito contrário com a baixa temperatura e o medo, deixando-o 
mais escuro (DPIPWE,2011). Durante o período de ecdise, o animal ganha uma 
coloração opaca enquanto não ocorre a descamação (DONELEY, 2006). 
Sendo um lagarto de porte pequeno podem variar de tamanho entre 33 a 60 
cm de comprimento, incluindo a cauda (POLLOCK, 2012). Quando jovens pesam não 
mais do que 3 gramas, ao decorrer do seu desenvolvimento chega a pesar em média 
250 gramas. Os machos tendem a crescer um pouco mais que as fêmeas e possuem 
uma cabeça mais larga (DONELEY, 2006). A sexagem desses animais pode ser 
complicada, principalmente quando são jovens. Visivelmente é possível notar algumas 
diferenças físicas e comportamentais, os machos tendem a ter uma abertura cloacal 
mais larga assim como a cauda, com a presença de um hemipênis no lado ventral da 
base da cauda com poros femorais maiores e mais proeminentes, os quais são 
responsáveis pela secreção que realiza a demarcação territorial, já as fêmeas 
apresentam uma cabeça mais alongada e fina, sem a presença da pigmentação preta 
21 
 
 
 
aparente na barba (POLLOCK, 2012). A maturidade sexual desses animais é notada 
por volta dos 15-18 meses, levando em consideração as taxas de crescimento e 
medidas que Doneley (2006) diz ser mais importante, ocorre por volta dos 30cm. 
Esses animais vivem por volta de 15 anos sob cuidados humanos adequados, 
em vida livre não se tem medições especificas da sua longevidade. É muito 
comumente tido como animal de estimação em várias localidades pelo seu 
temperamento dócil com relação ao tutor, porque eles adotam uma postura submissa 
na presença de seres humanos normalmente visível pelo gesto de “acenar” 
(DONELEY, 2006). Essa função de acenar com o braço é vista em situações onde o 
animal identifica outro ser da mesma espécie maior do que ele reconhecendo a 
superioridade do oponente em potencial. As fêmeas acenam normalmente quando 
percebem que o macho está em posição agressiva, simbolizado pelo aceno vertical 
da cabeça (POLLOCK, 2012). O macho faz este movimento para mostrar dominância 
sobre os dragões menores do seu grupo, este normalmente formado por um macho, 
fêmeas e jovens que mantem territórios menores dentro da área do macho dominante 
(ZOFFER,1997). São animais extremamente territorialistas, tanto que não expulsam 
apenas outros Pogonas do seu território como também outros lagartos menores, 
dentro do grupo a hierarquia estabelecida entre os indivíduos baseada no tamanho do 
corpo do animal. Durante as disputas entre os machos dominantes é visível a exibição 
da barba, movimentos circulares com a cabeça e ataques voltados a cauda do 
oponente. 
Essa espécie é diurna, habituando-se as temperaturas do ambiente para o 
desenvolvimentodo seu metabolismo, em relação a sua alimentação em vida natural 
não se possui muitos dados, o que se sabe é a sua permanência na mesma área por 
longos períodos delimitando sua área de caça (DPIPWE,2011). São facilmente 
encontrados empoleirados em árvores e rochas expostos a altas temperaturas para 
seu aquecimento e procura de alimentos. Quando a temperatura aumenta os Pogonas 
tem o hábito de se alocarem em tocas para se resfriarem. Na época de inverno com 
temperaturas inferiores à 10ºC além de procurarem abrigo seu metabolismo diminui 
seu apetite por volta de até 3 meses, em seguida na primavera seus hábitos retornam 
ao normal e se tornam ativos novamente, época propensa a reprodução (DONELEY, 
2006). 
22 
 
 
 
3.2.7 Espécie Python molurus
As pítons-indianas são divididas em duas subespécies, distinguidas apenas por 
características físicas. Pode apresentar o padrão albino ou pigmentado. As pítons-
birmanesas (P. molurus bivittatus) podem atingir comprimentos de cerca de 7,6 m e 
podem pesar até 137 kg (COBORN, 1991). |As pítons-indianas (P. molurus molurus) 
permanecem menores, atingindo cerca de 6,4 m de comprimento e pesando até 91 
kg. As peles de ambas as subespécies são marcadas com um padrão de mosaico 
retangular que percorre todo o comprimento do animal. P. molurus bivittatus é mais 
escuro, “acinzentado”, com tons de marrom e retângulos creme escuro que se 
estendem sobre um fundo preto. Esta subespécie também é caracterizada por uma 
marca em forma de seta presente no topo da cabeça, que inicia o padrão. P. molurus 
molurus tem marcações semelhantes com retângulos castanhos claros e castanhos 
colocados sobre um fundo tipicamente creme, possui apenas uma marca parcial em 
forma de seta no topo da cabeça. 
 O padrão albino em vida livre é menos comum pelo fato do animal ficar mais 
visível aos predadores e presas (WOODLAND PARK ZOO, 2000). As pítons-indianas 
são dimórficas, com as fêmeas de ambas as subespécies sendo mais longas e 
pesadas que os machos. Os machos têm esporas cloacais maiores, ou membros 
vestigiais, do que as fêmeas. Os esporões cloacais são duas projeções, uma de cada 
lado da abertura anal, que se pensa serem extensões dos membros posteriores 
(MURPHY; HENDERSON, 1997). 
Python molurus é uma espécie solitária. O acasalamento é a única ocasião em 
que essas cobras são encontradas aos pares. São criaturas noturnas e principalmente 
terrestres. As pítons-indianas se movem apenas quando a comida é escassa ou 
ameaçada. Podem perseguir a presa, primeiro localizando-a pelo cheiro ou sentindo 
o calor do corpo e, seguindo a trilha. Essas cobras são encontradas no solo, 
conseguem escalar árvores, no entanto, seu peso acaba sendo uma limitação para 
esse hábito. As pítons-indianas também são frequentemente encontradas na água ou 
perto dela. Eles são nadadores experientes e podem ficar submersos sem respirar por 
até trinta minutos. Durante os meses mais frios, as pítons-indianas ficam escondidas 
e entram em um breve período de hibernação até que a temperatura volte a subir 
(MURPHY; HEDERSON, 1997). 
23 
 
 
 
Não são cobras peçonhentas e sim constritoras, significando que elas matam 
os animais envolvendo-os nas dobras de seu corpo e literalmente esmagando-os até 
a morte. As pítons-indianas tornam-se independentes logo após a eclosão e 
sexualmente maduros entre 2 e 3 anos de idade, desde que o peso corporal adequado 
seja atingido (AMERICAN MUSEUM OF NATURAL HISTORY, 1998). 
 
3.2.8 Espécie Salamandra salamandra 
A Salamandra-de-fogo ou salamandra-de-pintas amarelas é um anfíbio Urodela 
(com cauda) que pertence à família Salamandridae. Sua pele é úmida, fina e sem 
escamas, possuem o corpo alongado e geralmente apresentam quatro membros. 
Esses animais variam em tamanho, podendo chegar a 30cm de comprimento 
(SANTOS, 2002). 
As salamandras apresentam um desenvolvimento indireto, passando por uma 
metamorfose. A diferencial destas larvas é a existência de uma mancha clara na zona 
de inserção de cada membro com o tronco. Pouco antes da metamorfose algumas 
larvas já apresentam manchas amareladas que contrastam com o fundo mais escuro, 
nesta fase também há uma redução acentuada do tamanho das brânquias. Já os 
adultos normalmente possuem cor negra e manchas amarelas com disposição e 
abundância muito variáveis, visto que cada salamandra possui seu padrão único 
(KRISHNA,2019). 
Os machos são territoriais e não abandonam a sua área, que chega a ter uma 
metragem de 100m². Quando se sentem em vulnerabilidade tomam uma posição de 
alerta na qual inclinam a cabeça para trás, demonstrando dominância. As fêmeas 
percorrem distâncias maiores pois precisam se deslocar até as zonas com água para 
a postura das larvas. As salamandras não ocupam o mesmo território de ano para 
ano, durante o verão entram em letargia, uma espécie de hibernação, enterrando-se 
no solo. As salamandras possuem hábitos noturnos, vivem em ambientes escuros e 
com umidade elevada(BRAZ; CRUZ, 2009) 
São capazes de se defenderem ativamente contra seus inimigos naturais, 
assumindo uma postura anti-predatória e liberando uma substância tóxica chamada 
Samandrina através das glândulas parótidas. A substância pode causar convulsões 
24 
 
 
 
musculares e hipertensão, acompanhadas de hiperventilação. As glândulas 
venenosas estão concentradas atrás dos olhos, na zona do pescoço e na superfície 
dorsal (CLARE, 2001). 
 
3.3 Distribuição geográfica 
3.3.1 Espécie Boa constrictor 
São encontradas nos territórios da América Central e do Sul. No Brasil, podem ser 
observadas nas várias formações vegetais, sendo possível encontrá-las na Amazônia, 
na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e no Pantanal (SANTOS, 2014). 
 
3.3.2 Espécie Corallus caninus 
Tem predominância na América do sul especificamente nos países: Guiana 
Francesa, Venezuela, Suriname e no Brasil, onde é mais facilmente encontrada nas 
regiões ao norte e nordeste pelo caminho dos Rios Negro e Amazonas (HEDERSON 
et al. 2009). 
 
3.3.3 Espécie Crotalus sp. 
A cascavel habita campos, cerrados e regiões secas e está restrita a América 
do Sul. No Brasil ocorre em todos os estados, sendo predominante nas regiões sul, 
sudeste (Minas gerais e São Paulo) e centro oeste, exceto no Acre e Espírito Santo. 
São reconhecidas algumas populações isoladas na Floresta Amazônica. São típicas 
de áreas abertas e sua área de ocorrência está em expansão devido ao 
desmatamento e aumento de áreas para agropecuária (CAMPBELL; LAMAR 1989). 
A cascavel habita campos, cerrados e regiões secas e está restrita a América 
do Sul. No Brasil ocorre em todos os estados, sendo predominante nas regiões sul, 
sudeste (Minas gerais e São Paulo) e centro oeste, exceto no Acre e Espírito Santo. 
São reconhecidas algumas populações isoladas na Floresta Amazônica 
(GIMENEZ,2002). São típicas de áreas abertas e sua área de ocorrência está em 
expansão devido ao desmatamento e aumento de áreas para agropecuária. 
 
http://www.researchgate.net/publication/228925645_Geographic_Variation_in_the_Emerald_Treeboa_Corallus_caninus_Squamata_Boidae
25 
 
 
 
3.3.4 Espécie Heloderma suspectum 
Presente no extremo sudeste de UTAH, sul de Nevada, Condado de San 
Bernardino, California, Arizona e sul do México. Habitam áreas áridas (cactos, 
arbustos, algaroba, gramíneas), encostas rochosas, arroios e fundos de riachos. 
Desertos ou dunas de biomas terrestres. Esses répteis possuem adaptação a 
ambientes ásperos (DAEVY; OOMEN, 2006). 
 
3.3.5 Espécie Iguana iguana 
É um réptil que habita as regiões tropicais da América. No Brasil existe somente 
a ocorrência da iguana-verde (Iguana iguana), encontrada nas regiões norte, nordeste 
e no pantanal. Tem hábitos diurnos, a espécie é tanto terrestre como arbórea, boa 
trepadora e prefere a vegetação densa da copa das árvores (ANDRADE, 2009). 
 
3.3.6 Espécie Pogona vitticeps 
O dragão barbudo é nativoda Austrália, encontrado em habitats com 
características semiáridas, áridas, savanas e em florestas locais. Em território 
australiano não existem regulamentações desse animal para ser adotado como pet, 
mas em outros países como Estados unidos esse animal é facilmente encontrado nos 
lares (DONELEY, 2006). Sendo um animal com hábitos semi-arboreos tem costume 
de se empoleirar em diversos locais como árvores caídas, galhos ocos, pedras 
grandes e postes de cercas para tomar sol e regularem sua temperatura. Este 
fenômeno se dá pela necessidade de temperaturas elevadas para sua regularização 
térmica corporal, por serem animais de sangue frio dependem totalmente desse fator 
externo, ficando suscetíveis a variações conforme a alteração do ambiente 
(COGGER, 1992).
 
3.3.7 Espécie Python molurus 
As pítons-indianas são encontradas em uma variedade de habitats, 
incluindo florestas tropicais, vales de rios, bosques, matagais, pântanos 
gramíneos e contrafortes rochosos (WOODLAND PARK ZOO, 2000). 
Geralmente são encontrados em áreas que podem fornecer cobertura suficiente, 
26 
 
 
 
e nunca são vistos muito longe de fontes de água, preferem terrenos muito 
úmidos. Ocorrem no Sul da China, Paquistão, Índia, Nepal, Butão, Myanmar, e 
Sri Lanka (MURPHY; HENDERSON, 1997). 
 
3.3.8 Espécie Salamandra salamandra 
A distribuição das salamandras-de-fogo é muito ampla, englobando toda a 
área entre o norte da África (Marrocos e Argélia), o norte da Alemanha, Europa 
Ocidental, Central e Meridional e entre a Península Ibérica e o Irão. As 
salamandras se encontram isoladas e restringidas a zonas montanhosas e 
úmidas. Vivem em florestas de árvores de folhas caducifólias (no frio as folhas 
caem e as árvores ficam despidas), perto de lagoas ou riachos, embora na 
Península Ibérica as suas populações possam estender-se até habitats de 
matagal mediterrânico (BRAZ; CRUZ, 2009). 
 
3.4 Hábitos alimentares e reprodutivos 
3.4.1 Espécie Boa constrictor 
São animais carnívoros, alimentam-se de pequenos mamíferos, aves e 
lagartos. As presas são identificadas através da detecção da temperatura 
corpórea quando se movem e são surpreendidas silenciosamente. A digestão é 
lenta, demorando por volte de uma semana, na qual o animal permanece imóvel, 
em um estado de torpor, que se assemelha a uma hibernação (FARIA; 
FERREIRA, 2002). 
A jiboia usa a tática de “sentar e esperar”, onde aguarda o melhor momento 
para capturar suas presas. Sempre se posicionam em lugares de difícil 
visibilidade, esperando a presa se aproximar para realizarem o bote. Quando 
realiza a captura, entrelaça seu corpo ao do animal, apertando-o até a morte por 
asfixia. A jiboia ingere a presa por completo, começando pela cabeça do animal 
e, finalizando com o resto do corpo. Desta forma ela impede que os membros da 
presa se abram e dificultem a deglutição (SILVA, 2012). 
Quando estão sob ameaça, sua cabeça e pescoço se contraem e emitem 
um som bem agudo juntamente com a apresentação das presas. As jiboias não 
27 
 
 
 
possuem o hábito de se alimentar com frequência em vida livre, com isso seu 
metabolismo diminui a frequência, para auxiliá-las a estocar os nutrientes 
necessários, para se manterem vivas e saudáveis no intervalo de uma refeição 
e outra (FIOCRUZ, 2014). 
Reprodução 
São cobras que na maior parte do tempo vivem solitárias e somente durante 
o tempo de reprodução se agrupam para gerar descendentes. Esta espécie é 
poligâmica, um mesmo macho cruza com diversas fêmeas. São animais 
diferentes da maioria dos répteis, uma vez que são vivíparas, os embriões se 
desenvolvem dentro do corpo da mãe, dando à luz filhotes já formados. Sendo 
assim, as jiboias não realizam a postura de ovos. A média de filhotes é de 15 a 
20 por gestação, quando nascem já possuem aproximadamente 50 cm de 
comprimento e pesam 120 g (FARIA; FERREIRA, 2002). 
 
3.4.2 Espécie Corallus caninus 
Logo ao nascer, a os filhotes da cobra-papagaio já conseguem caçar e se 
alimentar, conforme se desenvolvem sua alimentação costuma se variar de 
pequenos mamíferos, morcegos e lagartos. As presas são capturadas por caça 
em espera, onde aguardam nas árvores a chegada do seu alimento. 
Reprodução 
Esta espécie é vivípara, logo o embrião se desenvolve por completo no 
útero em uma placenta que pode fornecer nutrientes para seu desenvolvimento 
e eliminar produtos de excreção, em uma gestação chega 3 a 15 filhotes. 
Durante o período de reprodução, as cobras geralmente aumentam a 
temperatura corporal para incubar os ovos (PIZZATTO; MARQUES, 2007). 
 Os filhotes quando nascem tem uma coloração mais avermelhada. Na 
natureza, o período de acasalamento das cobras-papagaios ocorre entre abril e 
junho. As fêmeas liberam feromônios nos galhos para atrair os machos. Sob 
cuidados humanos, os adultos podem procriar em diferentes estações, tendo 
preferência inverno. O período de gestação pode variar de 150 até 250 dias. 
(SANTOS, 2005). 
28 
 
 
 
 
3.4.3 Espécie Crotalus sp. 
Cascavéis elaboram a captura através da sequência de bote, soltura, 
rastreamento e ingestão da presa. A caça é uma atividade caracteristicamente 
noturna, período que coincide com o pico de atividade de suas presas. 
(ALMEIDA-SANTOS; SALOMÃO, 2002) Se alimentam majoritariamente de 
roedores devido esse grupo de mamíferos serem terrestres, noturnos e 
habitarem em áreas abertas, o que proporciona alta disponibilidade dessa presa. 
No sudeste do Brasil, algumas espécies de roedores das famílias 
Caviidae e Muridae seguidas por marsupiais do grupo Didelphidae, foram os 
mais consumidos. No entanto, pássaros (VANZOLINI et al. 1980) e lagartos 
(SANTOS; GEMANO, 1996), podem ser considerados itens alimentares 
ocasionais na dieta. 
Além disso, lagartos Ameiva (SANTOS; GERMANO1996) podem ser um 
alimento esporádico em cascavéis. O Ameiva, é levemente abundante em sítios 
de Cerrado (ARAUJO; ALMEIDA-SANTOS 2012) e geralmente ocupa habitats 
semelhantes a Crotalus durissus, uma das razões pelas quais essa espécie é 
consumida com mais frequência do que outras presas pecilotérmicas. 
Reprodução 
As cascavéis são animais ovovivíparos, completam o desenvolvimento 
embrionário dentro de um ovo retido no útero e saem dos ovos ainda na barriga 
da fêmea, e quando nascem são idênticos aos adultos, principalmente aos 
machos. 
Cascavéis fêmeas possuem um ciclo reprodutivo que ocorre 
temporariamente durante uma estação e bienal, há cada dois anos (ALMEIDA-
SANTOS; ORSI, 2002). Nos machos o ciclo reprodutivo é diferente das fêmeas, 
acontecendo anualmente (ALMEIDA-SANTOS, 2005). Na estação seca, os 
machos procuram por fêmeas, (ALMEIDA-SANTOS, SALOMÃO, 2002) devido 
ao aumento da temperatura ambiental elevar o metabolismo das serpentes, 
favorecendo a gametogênese e o desenvolvimento dos embriões (VINEGAR, 
1974). 
29 
 
 
 
A cópula ocorre no outono, como as fêmeas armazenam os 
espermatozoides até o momento da fertilização, essa estocagem se estende 
durante o inverno. A fertilização acontece na primavera e, o parto ao final do 
verão. Os machos exibem competição evidenciada em rituais de combate com 
a finalidade de acessar fêmeas receptivas que liberam partículas de feromônios 
(vitelogenina) no ar(VANZOLINI et al. 1980). 
Depois da fertilização, a fêmea carrega os filhotes por cerca de três 
meses. Assim que nascem, por volta de 30 filhotes com veneno suficiente para 
matar suas presas, as cascavéis não passam tempo com os recém-nascidos, 
liberando-os diretamente para a vida selvagem. As cascavéis costumam viver 
normalmente de 10 a 25 anos (ALMEIDA-SANTOS; SALOMÃO, 2002). 
 
3.4.4 Espécie Heloderma suspectum 
São animais carnívoros, tendo a habilidade de consumir grandes 
quantidades de alimento de uma só vez, conforme a necessidade de estocagem. 
As presas são detectadas pelo olfato, sendo dificilmente são envenenadas 
durante a apreensão, já que seu venenoé utilizado na maioria das vezes para 
defesa. Sua dieta é composta por ovos, pequenos vertebrados, vermes, insetos 
e carniças (AQUARIO DE SP, 2014). 
Reprodução 
Não se tem muitas informações sobre a reprodução desses animais em 
vida livre, se tem o conhecimento apenas que realizam a copula em suas tocas. 
No início da temporada de acasalamento, os machos trocam a pele do hemipênis 
(HANS). 
 
3.4.5 Espécie Iguana iguana 
Durante o seu desenvolvimento de jovem para fase adulta, a iguana tende 
a modificar seus hábitos alimentares. Nos primeiros dois anos os iguanas são 
um animal insetívoro e, portanto, se alimentará com pequenos insetos. Ao 
chegar na fase adulta, tornam-se completamente herbívoros, deixando de ingerir 
30 
 
 
 
pequenos insetos, passando a se alimentar somente de folhas, flores, verduras 
e frutas (FERREIRA, 2018) 
Reprodução 
Iguanas fêmeas atingem a maturidade sexual entre três e quatro anos de 
idade. O iguana exibe comportamento sexual de poliginandria. Este tipo de 
prática inclui um grupo de um macho que se reproduz com duas ou mais fêmeas. 
Durante o acoplamento, o macho expande e contrai o queixo duplo, morde o 
pescoço da fêmea e move o pescoço de cima para baixo como sinal de 
dominância. A época de reprodução geralmente ocorre na estação seca, permite 
com que os filhotes venham a nascer na estação chuvosa. 
 Já o período de oviposição dos iguanas surge entre outubro a abril e 
ocorre 65 dias após o acasalamento e dura cerca de três dias. Iguanas tem em 
média 30 ovos por postura, que é feita uma vez no ano. Por ser ovíparo, a fêmea 
busca locais escondidos e quentes para a desova, para se ter mais chances de 
os ovos eclodirem. Entre 90 e 120 dias de incubação nascem de 10 a 30 filhotes 
e passam a ser autossuficientes muito rapidamente(ANDRADE, 2009) 
 
3.4.6 Espécie Pogona vitticeps 
Os Pogona vitticeps são onívoros e durante a juventude são 
predominantemente insetívoros tendo uma dieta que inclui formigas, besouros e 
outros artrópodes (DONELER, 2006). Conforme se desenvolvem incluem na 
dieta a ingestão de folhas, frutos e flores recém germinadas, estes com mais 
frequência durante as migrações entre os ambientes (COGGER, 1992). Seus 
estômagos possuem tamanho para acomodar grandes quantidades de alimentos 
como plantas, insetos e ocasionalmente pequenos roedores ou lagartos 
(GRENARD, 1999). São caçadores oportunistas que aguardam imóveis em 
algum local ao sol e só se movem para abocanhar a presa. As estações e épocas 
do ano influenciam na variação da ingestão dos alimentos, como os insetos 
sendo mais ingeridos em certos períodos (DPIPWE, 2011). 
 
 
31 
 
 
 
Reprodução 
Os dragões barbudos atingem a maturidade sexual em sua maioria 
quando chegam a 30cm por volta dos seis a quinze meses. O período de 
reprodução ocorre nos meses australianos referentes a primavera e ao verão de 
setembro a março, por serem os períodos em que as fêmeas estão férteis, os 
machos por outro lado produzem espermatozoides o ano todo, com o aumento 
das temperaturas os lagartos fiam mais ativos iniciando esse ciclo reprodutivo. 
O ritual de acasalamento é iniciado pelo macho, ele se aproxima da fêmea 
rondando-a apresentando sua barba e exibindo cores mais vibrantes, costuma 
balançar a cabeça e acenar com o membro dianteiro para chamar atenção dela 
e bater os pés no chão (SCHABACKER), a fêmea para aceitar o macho responde 
o aceno e balança a cabeça, após isso a copula é iniciada. As fêmeas do Pogona 
vitticeps tem a capacidade de armazenar os espermatozoides, o período de 
armazenamento é incerto, mas não ultrapassa as estações de reprodução 
(DONELEY, 2006), o que permite que alguns ponham duas ninhadas separadas 
de 11 a 26 óvulos em um único acasalamento. As fêmeas possuem o costume 
de cavar algumas tocas teste antes de realizar a postura dos ovos em uma 
definitiva. O período de gestação dura de duas a três semanas após o 
acasalamento (COGGER, 2000). Os dragões filhotes medem 9 cm na eclosão e 
são independentes desde o início. Situações como a sobreposição das 
embreagens, quando a fêmea ovipoe a embreagem posterior antes mesmo da 
primeira ter chocado, é visível nesta espécie por conta da presença de dois leitos 
germinativos em cada ovário. 
 
3.4.7 Espécie Python molurus 
São carnívoras, sua dieta consiste principalmente de presas vivas. A 
alimentação dos mais jovens se resume a roedores, pequenos lagartos e filhotes 
de aves, enquanto as serpentes adultas de crocodilos, grandes lagartos e 
cervos. Essas cobras têm uma visão muito ruim. Para compensar isso, a espécie 
tem um olfato altamente desenvolvido e picos de calor dentro de cada escama 
ao longo do lábio superior, que sentem o calor da presa próxima (CANJINI, 
2003). 
32 
 
 
 
Ao contrário das espécies de cobras que procuram suas presas 
amplamente e se alimentam com frequência, os pítons empregam a tática de 
caça do tipo “sentar e esperar”. Pítons se posicionam nos galhos das árvores 
onde ficam imperceptíveis, por conta da sua pele com padrões claros e escuros, 
enquanto aguardam sua próxima refeição (KASNOFF, 2020). Quando uma 
presa em potencial aparece, a píton investe com a boca aberta, com a intenção 
de segurar antes de enrolar-se sobre ela. Com a presa morta, a píton engole-a, 
iniciando pela cabeça, com seus dentes aglifodontes (CANJINI, 2003). 
Quando captura uma presa e se alimenta, o intestino antes adormecido 
do píton imediatamente volta a função para digerir o alimento. Uma vez que a 
presa esteja dentro do estômago da cobra, inteira e morta, começa a apodrecer. 
O gás produzido pelas bactérias residentes da presa distende-a, expandindo 
ainda mais a cobra. Portanto, a píton precisa decompor a presa para aliviar a 
pressão e mover a refeição para o intestino delgado (FORTE, 1980). 
Quando atinge maturidade sexual (entre 2 e 3 anos de idade), o 
comportamento de cortejo surge. Durante o namoro, o macho envolve seu corpo 
ao redor da fêmea e repetidamente passa a língua em sua cabeça e corpo. 
Depois de alinhar suas cloacas, o macho usa suas pernas vestigiais para 
massagear a fêmea e estimulá-la. A cópula ocorre, com a fêmea levantando a 
cauda para permitir que o macho insira um hemipênis na cloaca da fêmea. Este 
processo dura entre 5 a 30 minutos. Aproximadamente 3-4 meses depois, a 
fêmea bota até 100 ovos, cada um pesando até 207g (WOODLAND PARK ZOO, 
2000). 
A fêmea geralmente se enrola em torno dos ovos, usando contrações 
musculares ou "calafrios" para elevar a temperatura corporal um pouco acima da 
temperatura do ar circundante, preparando-se para um período de incubação. 
Contrações intermitentes de seu corpo começam várias horas antes da postura 
dos ovos e param um dia após a eclosão dos ovos. Três semanas antes da 
postura dos ovos, a temperatura corporal média da cobra é mais alta que a do 
substrato. Durante 46 dias após a postura dos ovos, a temperatura corporal 
aumenta ainda mais com um diferencial médio de temperatura corpo-substrato. 
Durante os últimos dez dias de incubação, a temperatura corporal diminui 
33 
 
 
 
gradativamente e atinge o nível normal ligeiramente acima da temperatura 
ambiente na época em que os ovos eclodem (VAN MIEROP; BARNARD 1976). 
A incubação dura entre 2 a 3 meses. É muito incomum uma mãe deixar 
os ovos durante a gestação. Assim que os ovos eclodem, os jovens rapidamente 
se tornam independentes (AMERICAN MUSEUM OF NATURAL HISTORY, 
1998; MURPHY; HEDERSON, 1997; WOODLAND PARK ZOO, 2000). 
 
3.4.8 Espécie Salamandra salamandra 
São carnívoras desde a fase larval até chegarem à idade adulta. Elas 
capturam suas presas através a projeção de sua língua. Sua dieta inclui 
principalmente pequenos animais, como insetos, larvas de outros anfíbios, 
crustáceos, pequenos peixes e alguns invertebrados, como caracóis, aranhas, 
lombrigas, entre outros. O canibalismo também já foi encontrado em larvas dasalamandra-de-fogo. 
Durante a época de reprodução a fêmea libera um odor muito marcante 
que é utilizado para atrair o macho. (KRISHNA, 2019) O macho escorrega sob a 
fêmea e a pega com os membros anteriores. Logo em seguida, o macho libera 
uma cápsula contendo os espermatozoides que depois é transferido para a 
fêmea que o recolhe com os lábios cloacais. O período de reprodução é 
prolongado, geralmente entre setembro e maio. Dois picos reprodutivos podem 
ser registrados, um em outubro a novembro e o outro no final do inverno ou início 
da primavera. Geralmente há fêmeas que podem dar à luz de 20 a 40 larvas, 
embora haja registros de fêmeas com até 80 larvas. As larvas são independentes 
e podem permanecer neste estágio por 1 mês a 1 ano. Após a metamorfose, 
elas podem viver por 30 anos. (BRAZ; CRUZ, 2009) 
 
3.5 Status de conservação 
IUCN- União Internacional para a Conservação da Natureza. 
MMA- Ministério do Meio Ambiente. 
 
34 
 
 
 
3.5.1 Espécie Boa constrictor 
Status de Conservação (MMA): Pouco preocupante (LC). 
 
3.5.2 Espécie Corallus caninus 
Status de Conservação (MMA): Pouco preocupante (LC). 
 
3.5.3 Espécie Crotalus sp. 
Status de Conservação (MMA): Não Ameaçado (LC). 
 
3.5.4 Espécie Heloderma suspectum 
Status de conservação (IUCN): Quase ameaçado (NT) 
 
3.5.5 Espécie Iguana iguana 
Status de Conservação (MMA): Pouco preocupante (LC). 
 
3.5.6 Espécie Pogona vitticeps 
Status de Conservação (IUCN): Pouco preocupante (LC). 
 
3.5.7 Espécie Python molurus 
Status de Conservação (IUCN): Vulnerável (VU). 
 
3.5.8 Espécie Salamandra salamandra 
Status de Conservação (IUCN): Pouco preocupante (LC). 
35 
 
 
 
4. MANUTENÇÃO DAS ESPÉCIES SOB CUIDADOS HUMANOS 
4.1 Recinto 
4.1.1 Espécie Boa constrictor 
Costumam ser animais dóceis e adaptáveis, e aceitam facilmente o 
manuseio. O viveiro pode ser tanto fechado, em forma de terrário, quanto aberto, 
lembrando que neste caso deve atentar-se as variações do clima. O espaço deve 
ser confeccionado com materiais de fácil higienização como por exemplo vidro, 
MDF e acrílico. O recinto também deve possuir um vasilhame de água com 
tamanho suficiente para que o animal caiba inteiro dentro dela (SANTOS, 2020). 
Referente a metragem do viveiro, é preciso usar como base o comprimento 
da serpente segundo Silva (2012) (comprimento x profundidade x altura): 
jiboia com 40 a 100 cm: recinto de 70 x 40 x 40cm; 
jiboia com 100 a 200 cm: recinto de 120 x 60 x 50 cm; 
jiboia com mais de 200 cm: 150 x 60 x 50 cm 
As jiboias precisam de uma temperatura agradável e controlada por um 
termômetro. Para um ambiente mais natural é essencial uma variação de 
temperatura interna, para que a jiboia possa procurar o espaço que corresponda 
a necessidade do momento. A temperatura deve variar entre 25ºC e 32ºC, sendo 
mais frio durante a noite e mais quente durante o dia (FARIA; FERREIRA, 2002). 
A umidade do ar deve se situar entre 35% e 60%. Ambientes muito secos 
podem desencadear a desidratação do animal e locais muito úmidos podem 
favorecer o surgimento de fungos e bactérias. Para um controle mais preciso é 
indicado manter uma vasilha de água no recinto ou um pulverizador no local. O 
local também deve ser ventilado de uma forma controlada (SILVA, 2012). 
 
4.1.2 Espécie Corallus caninus 
Para esse tipo de serpente, deve-se tomar cuidados primordiais para sua 
qualidade de vida fora da natureza. O terrário deve ser alto, para que os galhos 
fiquem afastados do chão, não precisa ser muito grande, pois a Cobra Papagaio 
permanece longos períodos enrolada em um mesmo galho, mas precisa ter 
espaço suficiente para que ela se sinta confortável, não se estresse e se 
movimente bem quando quiser. A base do terrário deve ter uma fina camada de 
36 
 
 
 
pó de xaxim misturado com vermiculita, com aproximadamente 5 cm. Deve ter 
também um local com água, para manter uma boa umidade, uma fonte de calor, 
como uma lâmpada, mas controlando a temperatura para que o animal não sofra 
queimaduras. A cobra-papagaio é uma espécie que vive em florestas tropicais, 
portanto deve ser mantida a uma temperatura entre 25ºC e 27 ºC. (AMDA,2016) 
 
4.1.3 Espécie Crotalus sp. 
O serpentário que abrigar a cascavel deve se assemelhar com o clima de 
cerrado, possuindo baixa umidade (30%) e temperatura média de 26 ºC. O 
ambiente deve ter muita segurança, ser feito de um material resistente, com 
vedação total, sistema de travamento fácil e seguro (GIMENEZ, 2002 p.16). 
Como são cobras peçonhentas, é proibido que tentem criar uma em sua 
própria casa. Pessoas que trabalham em serpentários são treinadas 
adequadamente e possuem uma rotina intensa. Para evitar possíveis acidentes 
é importante o uso de EPIs, levar em consideração as características do animal, 
como a distância que o bote pode atingir; em caso de acidente, todos devem 
estar preparados para conduzir a situação. (JEPSON, 2010). 
De acordo com a Normativa do Ibama 169, publicada em 2008, é necessário 
espaço suficiente de pelo menos 2m² por cascavel, com uma altura de pelo 
menos 100cm nas laterais e a espessura do vidro de pelo menos 8mm. A criação 
pode ser feita em terrários de vidro de 4m x 2m x 3m e para o bem-estar dos 
animais algumas observações devem ser levadas em consideração, incluindo 
substratos de areia ou papel e um refúgio para evitar o estresse excessivo do 
animal, além de matérias para enriquecimento como pedras, tapete de 
aquecimento com termostato e marcadores de temperatura e umidade 
(GIMENEZ, 2002 p.14). 
 
4.1.4 Espécie Heloderma suspectum 
Segundo Hans, a criação do mostro de gila adulto não é muito difícil. O 
terrário deve seguir algumas exigências como: tamanho grande, temperatura 
entre 22ºC a 32º C de acordo com a época do ano, de novembro a março os 
animais devem ter temperaturas baixas para poderem hibernar. Deve ser 
37 
 
 
 
enchido com uma quantidade razoável de areia para que o animal possa cavar. 
Abrigo, pedra aquecedora, refletor UVB\UVA, tigela plana com água e pedrinhas 
para amaciar as unhas, plantas de plástico (decorativas) também devem ser 
usadas. 
As orientações para o tamanho do terrário são de acordo com o tamanho 
e quantidade de animais: 
Comprimento do maior indivíduo no recinto x 3 = comprimento; 
Comprimento do maior indivíduo no recinto x 1,5 = profundidade; 
Comprimento do maior indivíduo no recinto x 1 = altura. 
Se forem inseridos mais animais, deve-se dobrar os resultados acima 
(ARIZONA GRAPHIC, 1899). 
 
4.1.5 Espécie Iguana iguana 
Nenhum recinto sob cuidados humanos para iguanas pode ser descrito 
como “adequado”, havendo sempre uma maneira de melhorá-lo. Os iguanas 
mantidos em cativeiro toleram condições abaixo das ideais; no entanto, os 
proprietários devem estar cientes de sua história natural, fazendo todos os 
esforços para atender as suas necessidades. Essas necessidades incluem 
espaços grandes, tridimensionais, fontes locais de calor atingindo 36,7ºC, fontes 
fortes de luz UV, uma dieta vegetariana balanceada e evitar os vários tipos de 
comportamentos agressivos entre os iguanas (ANDRADE, 2009). 
Por não estarem em seu habitat natural o iguana tende a ter um 
comportamento agressivo, devido a isso, seu criador deve enriquecer seu 
ambiente e levá-lo a passeios fora do recinto para que ele possa fazer exercícios 
físicos. (SOBREIRA et al, 2014) 
Dimensões recinto CxLxA: 3x2x2 aberto. 
O mais importante para a segurança do animal é a altura do terrário. O 
aquecimento é importante ter acesso a luz do Sol diariamente. Para aquecimento 
noturno lâmpadas infrared, aquecedor, luz UVB fluorescente. No fundo do 
38 
 
 
 
terrário pode colocar como substrato cascalhos. A umidade deve oscilar entre 70 
a 85% e para além do bebedouro, em que deve mudar a água diariamente, é 
conveniente contar com um recipiente pouco profundo e largo para tomar banho. 
Acessórios essenciais:Bebedouro, comedouro, plantas, galhos e folhagens 
(para abrigo do sol quando desejarem (HANS). 
 
4.1.6 Espécie Pogona vitticeps 
O recinto deve conter elementos do habitat do Dragão barbudo, 
disponibilizando sempre uma área mais fresca e outra mais aquecida para que 
o animal tenha a possibilidade de regular a temperatura conforme sua 
necessidade. Galhos secos ou pedras sintéticas devem estar dispostos de forma 
que o animal possa fazer uma toca ou se esconder quando quiser, assim como 
os substratos têm que ser higiênicos e funcionais. Areia, cascalhos não são 
indicados para esse, pois podem ser ingeridos durante a alimentação também 
gerar algumas dermatites (POLLOK, 2012). Estes adereços podem auxiliar no 
processo de ecdise, com o lagarto se esfregando neles para a retirada da pele, 
esse fenômeno nos dragões ocorre de forma fragmentada, podendo variar a 
frequência dependendo do desenvolvimento e do metabolismo do animal 
(DONELEY, 2006). 
Em relação ao formato, no mercado é possível encontrar diversos 
modelos, normalmente em forma de aquário de vidro, com metragem mínima 
recomendada por Pollock (2012) para: 
Bebês – 50cm x 31cm x 25cm; 
Juvenis – 60cm x 60cm x 30cm; 
Adultos – 100cm x 60cm x 60cm. 
Os recintos de madeira precisam de mais atenção por conta de poderem 
se tóxicas ao animal, levantando a importância do conhecimento da espécie 
novamente. O tamanho deve acompanhar o crescimento do dragão, para que 
ele sempre tenha espaço suficiente para o seu desenvolvimento adequado. 
39 
 
 
 
Para a iluminação do recinto serão necessárias lâmpadas especiais que 
substituam a luz solar, como as de ultravioleta que também auxiliam no 
metabolismo do cálcio e as fluorescentes de espectro total especializadas para 
repteis, sempre que possível é recomendável dar um banho de sol natural sem 
nenhum filtro. Como é um lagarto diurno é importante que esse ciclo seja mantido 
sob cuidados humanos, fornecendo iluminação controlada por temporizadores 
no período de 12 - 14 horas de luz no verão, e 10-12 horas de luz no inverno 
(DONELEY, 2006). 
A temperatura ideal para o metabolismo do dragão barbudo funcionar 
adequadamente é de 35º-39ºC, logo o recinto deve fornecer essa temperatura. 
Lâmpadas de cerâmica, rochas ou tapetes de aquecimento podem ser dispostos 
em uma metade do recinto para o aquecimento do animal, sendo importante o 
controle com um termômetro e grades de segurança nas lâmpadas para evitar 
problemas como queimaduras ou desidratação, o ciclo diurno do Dragão deve 
ser respeitado então recomendasse o resfriamento no período noturno 
(GRENARD,1999). 
Assim como a temperatura, a umidade precisa ser controlada, pois o 
excesso, ou a falta dela, pode gerar problemas metabólicos graves. Dentro do 
recinto, como fonte de umidade é indicado que o tutor coloque um vasilhame de 
água onde o Dragão possa se hidratar, além de se borrifar diariamente um pouco 
de água para manter o nível de umidade na faixa de 30% a 40% no máximo. 
Como se trata de um ambiente fechado o número de microrganismos que podem 
se acumular é grande. Uma boa higiene pode impedir que ocorra esses 
acúmulos. Fezes e alimentos não consumidos devem ser removidos 
diariamente, e o substrato alterado a cada 1 ou 2 semanas (DONELEY, 2006). 
 
4.1.7 Espécie Python molurus 
Pítons indianas são nativas da floresta tropical, e, portanto, precisam de 
um fotoperíodo (ciclo de luz) de 10 a 12 horas de luz com 10 a 12 horas de 
escuridão, já que possui hábitos noturnos, para o comportamento normal e a 
saúde do animal. As luzes sempre acesas podem deixar a serpente estressada 
e suscetível a doenças ou alterações de comportamento. A temperatura 
40 
 
 
 
ambiente diurna deve estar em torno de 29ºC a 31ºC na extremidade quente e 
26ºC a 28ºC no lado frio do gabinete. Uma área de aquecimento deve ser 
fornecida e deve estar em torno de 32ºC. À noite, as temperaturas não devem 
cair abaixo de 23ºC para manter a atividade digestiva adequada. Para controlar 
a temperatura do recinto deve ser instalado três termômetros; na extremidade 
fria, na extremidade quente e um acima da área de aquecimento (MEDE). 
Fornecer umidade adequada para pítons indianas é importante para o 
nível de hidratação da cobra, para a condição da pele (especialmente durante a 
ecdise) e para evitar infecções respiratórias, mas, o excesso da umidificação 
pode ser tão prejudicial quanto a falta dela. Pequenos respiradouros podem ser 
colocados nas laterais dos gabinetes ou uma parte do topo da tela pode ser 
coberta para permitir que a umidade permaneça em torno de 50 a 60%, 
necessitando de uma verificação várias vezes ao dia. Um medidor de umidade 
ou um higrômetro auxilia o controle com maior precisão (COBORN, 1991). 
Substrato é importante para o conforto do animal, por isso deve ser 
escolhido adequadamente. Pode utilizar papelão ondulado, para evitar o apoio 
de todo o ventre do animal sobre a cama. Jornal é o mais comumente utilizado 
porque é barato e fácil para trocar, porém não é muito absorvente e precisa de 
muitas camadas. A melhor opção para substrato é carpete para répteis, em razão 
de ser absorvível e lavável (MEDE). Ao manusear a serpente é necessário uso 
de ganchos, que permite conduzir ou imobilizá-la com facilidade. Para a 
decoração do viveiro do píton, é preciso providenciar alguns esconderijos, isso 
o ajudará a se sentir mais seguro e permitirá que ele use todo o seu recinto com 
segurança. O viveiro pode ser decorado com várias peças de madeira (troncos), 
rochas e plantas artificiais. Também pode incluir alguma estrutura vertical, como 
vinhas e ramos, pois assim as cobras podem escalar se quiserem 
(NORTHAMPTON REPTILE CENTER). 
 
4.1.8 Espécie Salamandra salamandra 
 As Salamandras quando filhotes se alimentam igual aos adultos, 
alimentam-se de insetos, animais invertebrados, entre outros. Precisam estar em 
ambientes úmidos, frios e escuros, pois são encontradas em locais chuvosos e 
41 
 
 
 
são noturnos (BRAZ; CRUZ, 2009). Para manter mais parecido com seu habitat 
natural, é necessário enriquecer o recinto com folhas, plantas, rochas, pedras, e 
um local com terra para que no verão elas possam entrar em letargia 
(semelhante ao sono profundo), se houver um casal no recinto, a fêmea precisa 
de um lago para colocar as larvas. (CLARE, 2001) 
 
4.2 Hábitos alimentares e reprodutivos 
4.2.1 Espécie Boa constrictor 
A alimentação de jiboias sob cuidados humanos é de pequenos roedores, 
como camundongos e hamsters, ou pequenas aves, como codornas e pintos. 
Para cobras em fase adulta podem ser oferecidos cobaias e coelhos. Os filhotes 
também aceitam camundongos pequenos ou recém nascidos (SANTOS, 2020). 
Serem alimentadas semanalmente ou a cada dez dia é o ideal e suficiente. É 
importante que seja aos poucos para evitar regurgitação. É de preferência presas 
saudáveis e robustas. 
 Para domesticação da jiboia, é preciso alimentá-la fora do terrário, em um 
espaço propício a refeição, evitando sujar com sangue o local que a serpente 
está acostumada a viver, o que poderia causar agitação e movimentos 
agressivos. Logo após a ingestão da presa, a cobra retorna ao terrário limpo, 
com o gancho de manipulação. 
 
Reprodução 
A reprodução das jiboias está muito relacionada com condições 
ambientais propicias. O recinto, mesmo que artificialmente, deve fornecer os 
quesitos que o animal necessita para se reproduzir saudavelmente. 
O ciclo reprodutivo da jiboia está entre junho e fevereiro, podendo ser 
caracterizado, de forma geral, que as fêmeas apresentam crescimento pré 
ovulatório concentrado no outono-inverno, gestação do final do inverno até a 
primavera e nascimentos no final da primavera até o verão, sendo que a cópula 
pode ser observada do outono até o início do inverno. Essa sazonalidade 
42 
 
 
 
reprodutiva está relacionada com a temperatura ambiente, umidade relativa,disponibilidade de alimento e fotoperíodo nas diferentes áreas de ocorrência dos 
animais em vida livre. Em um sistema de criação sob cuidados humanos, esses 
fatores podem ser artificialmente controlados. Essa prática envolve reduzir o 
período de luz do recinto para 4 a 8 horas de luminosidade por dia, durante um 
mês, e diminuir a temperatura ambiente de 28ºC para (SANTOS,2020). 
Serpentes que são submetidas a esse manejo devem estar com o trato 
gastrointestinal vazio, pois a diminuição da temperatura influencia na digestão 
do alimento, comprometendo a mesma e, portanto, esse processo deve ser 
implementado pelo menos duas semanas após a alimentação. (BARANARD, 
1976). 
A avaliação física da fêmea é o melhor indicador para o momento 
adequado de introdução do macho para cópula, uma vez que cópulas realizadas 
próximas ao período ovulatório da fêmea são mais efetivas. No início da época 
reprodutiva, o manejo de cópula será com o macho inserido no recinto da fêmea 
na proporção de um macho para cada fêmea, preferencialmente. A 
compatibilidade de tamanho entres os reprodutores é importante, já que machos 
excessivamente maiores do que as fêmeas podem resultar em uma abordagem 
agressiva e não produtiva (ALMEIDA-SANTOS,2002). 
Segundo Silva (2012), a cópula em serpentes se inicia com o cortejo do 
macho abordando a fêmea ao redor de seu corpo, movimentando a língua 
durante o contato, principalmente entre caudas. Os boídeos machos possuem 
esporões pélvicos mais desenvolvidos, realizando estímulo tátil na fêmea 
durante a cópula. A receptividade da fêmea é observada pela dilatação da cloaca 
e levantamento da cauda. O macho everte o hemipênis e o insere na cloaca da 
fêmea, se atrelando a ela. A cópula pode durar horas (O’MALLEY, 2005). 
 
4.2.2 Espécie Corallus caninus 
A alimentação sob cuidados humanos costuma ser um pouco diferente, 
pode se dar de ratos ou aves pesando cerca de 150g no caso da cobra adulta, 
uma ou duas vezes por mês, dependendo da época do ano, idade e sexo do 
animal (GIMENEZ,2002). 
43 
 
 
 
 A alimentação sob cuidados humanos costuma ser um pouco diferente, 
pode se dar de ratos pesando cerca de 150g no caso da cobra adulta, uma ou 
duas vezes por mês, dependendo da época do ano, idade e sexo do animal 
(PIZZATTO et al. 2009). 
 
Reprodução 
Essa espécie é vivípara (animais cujo embrião se desenvolve dentro do 
corpo da mãe) parindo entre 3 a 15 filhotes. Durante o período reprodutivo a 
serpente costuma elevar a própria temperatura corporal para incubar os ovos. 
Os filhotes apresentam coloração avermelhada ao nascer e sua alimentação se 
dá de sapos que eles mesmos caçam. Em cativeiro, os adultos podem se 
reproduzir durante diversas épocas, porém se reproduzem preferencialmente no 
inverno (PIZZATTO; MARQUES, 2007). 
 
4.2.3 Espécie Crotalus sp. 
Durante a ecdise evitam se alimentar por conta do estresse; uma segunda 
presa só é ofertada depois que a anterior já tiver passado pela digestão 
completa. As presas predominantes da C. durissus são roedores e aves, mas 
lagartos teídeos também podem fazer parte da sua dieta. Após o nascimento, 
cascavéis recebem camundongos neonatos semanalmente e, a partir de um ano 
de vida passam a alimentar-se quinzenalmente de camundongos quase adultos. 
Durante a ecdise evitam se alimentar por conta do estresse; uma segunda presa 
só é ofertada depois que a anterior já tiver passado pela digestão completa. 
(PINTO, 2010) 
Reprodução 
Assim que colocado no terrário da fêmea, o macho começará a 
inspecionar o território, com intenso dardejar de língua, e irá iniciar a perseguição 
táctil. Após aproximadamente 15 minutos, o macho se aproximará da fêmea, 
com movimentos sutis da cabeça esfregando a região gular no dorso da fêmea. 
A fêmea permanecerá parada até o macho se aproximar da sua cabeça e tentar 
parear cloaca, com bater de cauda e a irá expor o hemipênis. Neste momento a 
44 
 
 
 
fêmea esfregará sua cabeça na do macho. Entrelaçarão as caudas, a fêmea 
dará passagem a cloaca permitindo que o macho introduza o hemipênis 
esquerdo na cloaca dela, iniciando a cópula. Durante todo o período de 
acasalamento, a fêmea permanecerá praticamente parada, batendo a cauda 
algumas vezes, o que faz com que o macho volte a cortejá-la. Por volta de seis 
horas de cópula a fêmea começará a puxar a cauda, numa possível tentativa de 
interromper o ato, intensificando novamente o cortejo do macho. O ato de 
copulação pode durar até 10 horas e irá encerrar com o macho se afastando da 
fêmea para a ponta oposta do terrário. Após o parto, os recém nascidos são 
retirados imediatamente, para que não haja esmagamento, pois, a fêmea 
instintivamente não cuida de seus filhotes, deixando-os viverem 
independentemente desde o começo(MARTINS, 2016). 
 
4.2.4 Espécie Heloderma suspectum 
Na natureza se alimentam de pequenos mamíferos, ovos, aves, vermes, 
insetos e carniças. Já sob cuidados humanos tem uma alimentação similar e 
balanceada composta por ratos, galinhas, ovos de codorna, pescoço de frango, 
e a cada 3 ou 4 dias devem ter água fresca a disposição (HANS). 
Reprodução 
A maturidade sexual em machos ocorre com aproximadamente 3 anos e 
22cm e as fêmeas com 24cm. Para a reprodução ter sucesso são necessários 
três meses de hibernação e o acasalamento precisa ser durante o período de 
ovulação da fêmea. No período de postura, as fêmeas procuram um local seguro 
para depositar seus ovos, em torno de 4 ou 5, podendo ter até 7 ovos. Esses 
ovos devem ser levados até a incubadora o quanto antes, nelas a umidade do 
ar deve estar em quase 100% H.R 
“No início da temporada de acasalamento, os machos trocam a pele do 
hemipênis. O macho desliza a base da cauda sob a fêmea para introduzir seu 
hemipênis. O esperma é espremido para fora dos canais deferentes que 
deságuam na cloaca do macho. Posteriormente é transportado através de um 
sulco na parte externa do hemipênis ereto, para a cloaca da fêmea. A partir daí, 
45 
 
 
 
passa pelos ovidutos até os ovários, até chegar aos óvulos. A cópula dura, em 
média, 2,5 horas (HANS) . 
4.2.5 Espécie Iguana iguana 
É necessária uma dieta básica de verduras, frutas, proteínas e vegetais 
oferecidos em maiores quantidades e frequências. Todos ricos em cálcio para 
compor sua alimentação. Alimentos como pepino, tomate, abobrinha e rabanete 
devem ser dados em menores quantidades, pois têm baixo valor nutricional para 
a iguana. Iguanas domésticas nunca devem ingerir alimentos de procedência 
animal. Em alguns casos essa alimentação pode ser suplementada com 
vitaminas especificas para compor sua dieta, desde que seja orientada por um 
médico veterinário (FERREIRA, 2018). 
Reprodução 
 As fêmeas, sob cuidados humanos, alteram seu ciclo reprodutivo. Inicia-
se entre novembro e janeiro. Já os acoplamentos duram entorno de três 
semanas. Durante a copula é comum o hábito do macho que ao montar a fêmea 
as vezes lhe morde o pescoço e a fêmea levanta a cauda para facilitar o 
acoplamento. A fêmea tende a deixar de se alimentar cerca de duas semanas 
antes do período reprodutivo, e passa a consumir maiores quantidades de água 
(ANDRADE, 2009). Caso ocorra um acoplamento bem sucedido, após dois 
meses a fêmea colocará entre 10 a 80 ovos, dos quais precisarão ser retirados 
do terrário ou recinto e colocados em uma incubadora para evitar que o macho 
se alimente dos mesmos. 
Na incubação é necessário retirar os ovos sem movê-los da posição que 
foi feita a postura, colar em uma vasilha ou ambiente com areia umedecida que 
contenha uma caixa térmica com lâmpada para aquecimento. O sexo dos filhotes 
durante esse período se define pela temperatura da incubadora: 
Entre 26ºC e 27ºC = Fêmeas 
Entre 27ºC e 29ºC = Ambos sexos 
Entre 29ºC e 32ºC = Machos 
46 
 
 
 
O nascimento pode ocorrer entre 50 e 100 dias depois. Os recém-
nascidos deverão ficar apenas um dia na incubadora.

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