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Anestesia em Distúrbios de Condução

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Anestesia em Distúrbios de Condução
O termo distúrbio de condução [intraventricular] refere-se a todo alentecimento da condução do impulso elétrico pelo sistema His-Purkinje. O Transtorno da Condução Intraventricular é caracterizado por demora ou bloqueio na propagação do estímulo em uma ou mais vias do feixe de His e em seus ramos. O feixe de His é composto predominantemente de células tipo Purkinje, orientadas longitudinalmente e septadas por colágeno.
Doença Do Nó Sinoatrial 
Muito comum em cadelas de meia idade a geriátricas, sendo os Schanauzers miniaturas as mais predispostas. O nó sinusal ou nó sinoatrial é formado pelas células marca-passo fisiológicas cardíacas. Ele tem como função a manutenção do ritmo cardíaco normal. Quando sofrem uma lesão, essas células produzem potenciais elétricos de baixa amplitude e pouco eficazes no estímulo da contração das células do miocárdio (células cardíacas), provocando a redução da frequência cardíaca. Ou seja, é uma doença generalizada do sistema de condução cardíaca. 
Para avaliação pré-anestésica é importante saber se o animal apresenta doença valvar crônicas associada, visto que os sinais clínicos são variáveis, como episódios de sincope, letargia, cansaço fácil e intolerância ao exercício. Os exames laboratoriais, especialmente de função renal deve ser realizada pois episódios de bradicardia podem levar a um baixo fluxo e comprometimento renal, bem como de outras funções orgânicas. 
Protocolo 
A anestesia desses pacientes é mais dificultada quando não há a possibilidade de colocação de marcapasso temporário externo. A indução é o momento de maior cuidado para não levar a uma bradicardia excessiva, sendo mais seguro o uso de etomidato ou cetamina. A MPA pode ser realizada com baixas doses de fenotiazinico (acepromazina) e benzodiazepínicos (midazolam). Na manutenção os anestésicos inalatórios ainda são a melhor opção, visto que a infusão contínua de anestésicos como propofol são mais cardiodepressores.
Durante o transoperatório é essencial manter a PA em níveis aceitáveis pela administração de adrenalina, dopamina ou noradrenalina nas doses convencionais.

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