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Curso: Direito Matéria: Teoria Geral do Processo 2. FONTES E MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO “...] essa nítida preferência pela solução jurisdicional estatal dos conflitos de interesses faz com que se afirme, na doutrina, que a jurisdição é monopólio do poder estatal. É preciso esclarecer, todavia, que esse caráter monopolizador da atividade jurisdicional do Estado não impede que, autorizados por lei, possam os interessados optar por meio não estatal de exercício da jurisdição. Art. 3º CPC - Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Arbitragem Uma das formas de solução de conflitos permitidas pelo Poder Judiciário é a Arbitragem, que possui alguns quesitos: • Escolha de um terceiro de confiança que seja imparcial para julgar a lide (pode ser um técnico) ARBITRAGEM CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO 2 • Pode ser pactuada no contrato como cláusula arbitral ou no momento do litigio as partes podem optar por essa forma de solução • Quem possui competência de julgar a lide é o Árbitro • O Árbitro na demanda é juiz de fato e de direito por isso sua sentença não pode ser sujeita a recurso pelo Poder Judiciário. Porém a Arbitragem não possui poder de executar a sentença, caso necessite deverá ser executada no Poder Judiciário pois possui meios para coercitivos para tal. • Quando as partes optam pela arbitragem elas abdicam do seu direito de recurso, de ter uma segunda opinião jurídica sobre o litigio. • Quem pode optar por essa forma de solução são pessoas capazes de contratar e com litígios referentes a direitos patrimoniais disponíveis (Ex: dinheiro, carro, moto, bens) Mediação e Conciliação Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. § 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça. § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. 3 São formas de Autocomposição, ou seja, quando as partes trabalham juntas para chegar à solução do litigio. • A Mediação se dará em casos em que houver vínculo entre as partes, não poderá aconselha-los, apenas facilitar o diálogo para que elas apresentem soluções. Ex: Um casal discutindo o patrimônio. • A Conciliação se dará em casos em que não houver vínculo entre as partes, podendo o conciliador apresentar soluções para o conflito. Ex: Dois desconhecidos se envolvem em um acidente de trânsito. • Tanto a mediação como a conciliação podem ser judiciais ou extrajudiciais e devem ser estimuladas pelo Poder Judiciário. Processo, procedimento e autos • Processo: instrumento por meio do qual o estado exerce a jurisdição, o autor exerce o direito de ação e o réu o direito de defesa. • Procedimento: forma através da qual os atos processuais estão encadernados no tempo e no espaço, portanto procedimento é a ordem que os atos estão conceituados (petição inicial, citação, contestação...) • Autos: materialização física do processo
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